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Capitalismo

Origem

→ Surgiu na Europa Ocidental, devido às mudanças ocorridas no


sistema feudal: a crise se iniciou entre os séculos XI e XV e muitos
fatores culminaram para que esse sistema desaparecesse, dando lugar
à Idade Moderna;
→ A transição do sistema feudal para o capitalista foi lenta;
→ Novas classes sociais surgiram (como a burguesia) a partir do
desenvolvimento do comércio e das cidades, que ampliou as fontes de
renda e relações de produção e trabalho;
→ Através do comércio os burgueses conseguiam riquezas e os
banqueiros obtinham lucros por meio da circulação de dinheiro;
→ Primeiros indícios do capitalismo: acúmulo de riquezas, expansão de
negócios etc;
→ Consolidação como sistema econômico: Revolução Francesa
(1789-1799), Revolução Industrial e Revolução Gloriosa (1688-1689) na
Inglaterra;
→ A classe de comerciantes que constitui a burguesia nascente
também realiza sua acumulação de capital através da intermediação
entre a produção dos artesãos e manufaturas e o mercado consumidor
em expansão.

Definição
Capital → “cabeça”, do latim capitale; alusão às cabeças de gado
(medida de riqueza antiga) e como parte superior do corpo (que pensa
e comanda as outras partes), referência também à capital de um
estado/país (onde se concentra a administração e direção dos
negócios públicos);

Características

→ Sistema econômico, político e social no qual os agentes econômicos


controlam os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e
o capital (dinheiro) são propriedade privada (tem um dono).

→ Propriedade privada;
→ Lucro:
→ Acúmulo de riquezas;
→ Trabalho assalariado;
→ Controle dos sistemas produtivos por parte de proprietários
privados e do estado;
→ Divisão entre classes sociais;

Propriedade privada

→ Para o capitalismo funcionar o Estado precisa garantir a


propriedade privada. Com ela garantida, os capitalistas (detentores
dos meios de produção) são livres para utilizá-la da forma como
desejam;
→ Marx afirma que a propriedade privada surgiu como uma
consequência da exploração da agricultura, tendo servido como uma
forma de impor o domínio de um pequeno grupo sobre a massa de
camponeses;
→ Rousseau associa o surgimento da propriedade privada com a
demarcação de terras, sendo a origem das desigualdades sociais e,
consequentemente, da miséria humana;
→ Outros autores liberais defenderam que a propriedade privada era a
condição de possibilidade da cooperação social e do desenvolvimento
das sociedades humanas;
→ Filósofo inglês John Locke (1632-1704), Estado Natural: a propriedade
é um presente divino e comum entre todos os homens;
→ Mudança na maioria dos escopos sociais: passaram de
exclusivamente comunitários para intensamente egoístas, gerando
uma diferenciação de valores no seio da comunidade, medida pela
diferenciação de riquezas entre os indivíduos.

Lucro

→ O objetivo de todo aquele que detém o capital e os meios de


produção é obter a maior quantidade de lucro possível, por meio de
sua atividade econômica;
→ Ranking de exploração: setores de tecnologia e moda;
→ Lucro gerado pela exploração do trabalho forçado: US$ 150 bilhões
por ano; 21 milhões de pessoas (até crianças) vítimas de exploração por
uma rede ilegal que movimenta muitos setores (prostituição,
agricultura, construção civil, mineração e trabalho doméstico etc); as
empresas envolvidas movimentam cerca de US$ 354 bilhões em
exportação para os países do G20;
→ Lucro recorde do Itaú, durante a crise, é anomalia do capitalismo
brasileiro: Pochmann aponta a oligopolização e a falta de
regulamentação do setor, agravadas pela atuação do Banco Central,
que permite a prática de altas taxas de juros, independente de outros
indicadores econômicos;

Acúmulo de riquezas

→ A Organização Não Governamental Oxfam denunciou (em 20 de


janeiro de 2020) a concentração de renda nas mãos dos 2.153
bilionários do mundo. Eles detêm mais dinheiro do que 60% da
população mundial;
→ Os dez bilionários mais ricos, de acordo com a Forbes , possuem US
$801 bilhões em riqueza combinada, soma superior ao total de bens e
serviços que a maioria das nações produz anualmente, segundo o
Fundo Monetário Internacional;
→ No Brasil, a distribuição de renda estagnou, a pobreza voltou com
força e a equiparação de renda entre homens e mulheres, e negros e
brancos, que vinha acontecendo ainda que timidamente, recuou;
→ Seis brasileiros possuem a mesma riqueza que a soma do que possui
a metade mais pobre da população, mais de 100 milhões de pessoas;
→ Levaremos 35 anos para alcançarmos o atual nível de desigualdade
de renda do Uruguai e 75 anos para chegarmos ao patamar atual do
Reino Unido, mantido o ritmo médio de redução anual das
desigualdades de renda;

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