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Ana Cristina Limongi França

Práticas de
Recursos Hulllanos - PRH
o
Conceitos,
Ferramentas e
Procedi mentas

LIVRO DIGITAL

SÃO PAULO
EDITORA ATLAS S.A. - 2013
3

Recrutamento, Seleção
e Testes Psicológicos
o

O recrutamento e a seleção são processos que fazem parte da rotina de preen-


chimento de uma vaga em abeno, nos procedimentos de admissão pessoal. Atual-
mente, pode-se utilizar grande quantidade de instrumentos comprovados cientifi-
camente, que proporcionam melhor qualidade e maior precisão a esses processos.
O Recrutamento e a Seleção devem estar integrados à estratégia de negócios
da empresa. Se a empresa está necessitando passar por mudanças ou por reno-
vações, ela deverá buscar e atrair pessoas com esse potencial. Se, ao contrário,
tratar-se de uma empresa conservadora e enrijecida, o perfil do profissional que
ela necessitará será outro.
Vivemos um momento histórico em que a competição e a sustentabilidade é
um fator presente nas organizações, e isso se reflete também na concorrência por
profissionais que agregam características e valores que determinam um diferen-
cial de qualidade para as empresas.

3.1 O que é recrutamento?

O recrutamento é a fase inicial para o preenchimento de uma vaga que está


em abeno. Lodi (1967) define recrutamento como "um processo de procurar em-
pregados". &sa procura se faz com base nas requisições de pessoal emitidas pelos
supervisores e no mercado de trabalho, onde, de um lado, competem os empre-
gadores, e, de outro, os próprios profissionais. Os empregadores competem em
termos de salários, condições de trabalho e benefícios oferecidos. Os candidatos
competem em termos de qualificação pessoal, o que inclui habilidade, conheci-
mento, experiência e personalidade.
30 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

O recrutamento é influenciado diretamente pelo mercado de trabalho. Em


períodos de recessão, de crise econômica e poucos investimentos, o mercado de
trabalho recebe maior oferta de mão-de-obra do que de postos de trabalho. Em
períodos de crescimento e desenvolvimento econômico, a disputa pelos candida-
tos toma-se acirrada.
Flippo (1961) define recrutamento como ''um processo de procurar emprega-
dos, estimulá-los e encorajá-los a se candidatar" a vagas em determinada organi-
zação. Uma variável importante relaciona-se à imagem que a empresa projeta no
mercado de trabalho. Uma empresa reconhecida como "um bom lugar para se
trabalhar' terá maior visibilidade e provavelmente maior número de candidatos.
No entanto, é sempre ,necessário planejar e organizar esforços para estimular e
atrair novos talentos. E mediante o processo de recrutamento que a empresa ex-
põe o grau de profissionalismo com que trata os seus colaboradores. Um processo
de recrutamento mal conduzido projeta uma imagem negativa da empresa. Qua-
lidade no atendimento aos candidatos e retomo aos não escolhidos são fatores
que elevam os resultados do recrutamento e seleção da empresa.
O recrutamento dá subsídios para o processo de seleção. Se não houver can-
didatos com potencial para o preenchimento de uma vaga, não há como efetuar
a seleção. O processo de recrutamento necessita de criatividade para atrair o má-
ximo de pessoas com o perfil desejado a participar do processo seletivo. Para tal,
deve-se fazer a descrição detalhada do cargo, com pré-requisitos e competências
necessárias. Também toma-se importante trabalhar na adequação das expectati-
vas dos candidatos, dimensionando suas capacidades e interesses à necessidade
do trabalho.

Fatores críticos de sucesso do processo seletivo:


• Alinhamento com estratégia corporativa e políticas de RH.
• Informações sobre as atividades e habilidades da posição.
• Contato com a área requisitante durante todo o processo.
,
• Etica: - diwlgação de detalhes da posição;
- comunicação de resultados.

O recrutamento pode ser feito de duas formas básicas:


a) recrutamento interno: atraindo pessoal já contratado pela empresa,
mas para outras vagas;
b) recrutamento externo: buscando candidatos que não têm vínculo dire-
to com a empresa no mercado de trabalho.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 31

Provisão/Atração de Pessoas
1 2 3 4

Requisitar Definir Buscar Triar


pessoal estratégia candidatos candidatos +
0
• Evento: • Recrutamento • Bancos de dados
• Desligamento interno x extemo • Anúncio (interno e
• Promo~ão • ln house x externo)
• Transfer~cia Outsorcing
• Aumento do • Crftérios, etapas
quadro e critérios de
• Perfil da seleção
posição
• Aprovação/
budget
5 6 7 8
Comunicar os
- Entrevistar Escolher
Efetivar
resultados aos
1 1 1-+
candidatos candidato
oferta para
candidatos não
- candidato
escolhidos
• Especialista • Exame médico
deRH (se necessário)
• Requisitantes da • Negociação
área salarial
• Avaliação
cadastral

Foi-.n: Liliana Vasconcellos Jacobsohn (anorações de aula, 2002).


Figura 3.1 Exemplo de um processo de seleção.

3.2 Recrutamento interno

Como já citado, o recrutamento interno é a procura de candidatos dentro da


própria organização para o preenchimento de uma vaga. Esse processo estimula
os funcionários a se aperfeiçoarem, devido à possíbilidade de mudança e de re-
lacionamento com outros setores e pessoas, aJém d.e criar um sentimento de jus-
tiça pelo oferecimento de oportunidades aos funcionários já comprometidos e
fiéis aos objetivos da empresa. Apesar desse aspecto positivo sobre motivação,
crescimento e desenvolvimento profissional, adotar essa técnica requer cuidados
de gerenciamento de expectativas: há empresas que alegam que o processo gera
competição interna, descontentamento e frustração para aqueles que foram pre-
teridos. De qualquer forma, o recrutamento interno deve ter normas definidas,
transparentes e conhecidas por todos para minimizar os eventuajs problemas que
possam ocorrer.
Essa escolha interna apresenta várias vantagens quando utilizada, e deve ser
realizada com aJguns critérios, tais como:
32 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

• levantamento prévio dos candidatos reais e candidatos potenciais, capa-


zes de exercer a função disponível;
• divulgação adequada da existência da vaga, informando sobre os requi-
sitos necessários e as características do cargo;
• informaç.ão sobre os critérios de escolha e os fatores preferenciais;
• seleção objetiva dos candidatos.

As principais vias que conduzem o recrutamento interno podem ser divi-


didas em:

• promoção: o funcionário exerce determinada função e após ceno tem-


po de carreira e amadurecimento profissional na empresa ele passa a
ocupar um cargo superior. Para tanto, "cria-se" ou utiliza-se uma vaga
disponível, conforme a necessidade. 'lreinamentos podem acompanhar
a promoção;
• transferência: solicita-se o preenchimento de uma vaga na empresa. An-
tes de qualquer providência externa, procuram-se, no quadro de pessoal,
funcionários com formação para exercer aquela função e que não estão
sendo bem aproveitados ou insatisfeitos com as atividades que exercem;
• remanejamento de pessoal: para manter os funcionários em um "mesmo
nível'>, preparados para atuar em qualquer atividade da área. Propicia
visão geral da área, capacitando funcionários para cobrir faltas e prepa-
rando-os para assumir cargo hierárquico superior.

Não deixe o Guga jogar xadrez

Imagine o campeão tenista Gustavo Kuerten jogando um torneio de xa-


drez ou o russo Gary Kasparov representando seu país na Copa Davis. Se essa
inversão absurda fosse concretizada, ela representaria, sem dúvida, um tre-
mendo desperdício de talentos. Em cena medida, muitas empresas estão fa-
zendo exatamente isso com seus funcionários. Elas não sabem identificar os
talentos próprios de cada um, e - ponanto - subutilizam um capital cada vez
mais valorizado e escasso: o humano. "De acordo com nossas pesquisas, ba-
seadas em entrevistas com 1,7 milhão de profissionais em 63 países, apenas
20% das pessoas acham que seus talentos são aproveitados satisfatoriamen-
te", afirma Leda Machado, diretora de desenvolvimento de talentos da filial
brasileira da americana Gallup Organization. Ruim para os funcionários, pior
para as empresas. Elas estão jogando fora um fator tão imponante para o su-
cesso quanto dinheiro, inovação tecnológica ou uma boa estratégia.
FoSTil: ROS.ENBURG, Cynthia. Exame, 21 mar. 2001.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 33

Adicionam-se a essas vias os programas de desenvolvimento de pessoal e pla-


nos de carreira.
Os processos de recrutamento interno são realizados com base em pré-requi-
sitos, como a manutenção de um banco de dados atualizado do pessoal, pesquisa
sobre os interesses dos funcionários nas diversas tarefas da empresa etc.
A política de aproveitamento e mudança de pessoal interno envolve um con-
junto de regras e a conjugação de objetivos. O recrutamento interno fundamen-
ta-se na valorização dos recursos humanos já existentes na empresa, criando es-
paços para o crescimento e a realização de pessoal. Resulta, inevitavelmente, em
melhor desempenho da mão-de-obra e da empresa como um todo.

Quadro 3.1 Aspectos do recrutamento interno.


Vantagens Desvantagens
-
• menor custo direto - mais econômico em • requer pessoas muito bem preparadas e
relação a tempo e investimento; que conheçam muito bem todas as áreas da
• conhecimento prévio sobre o perfil do de- empresa;
sempenho do "candidato"; • não-aproveitamento do elemento externo;
• estimula a preparação para a promoção, • manutençã o do status quo, reduzindo a
promovendo medidas especiais de treina- possibilidade de inovação e novas idéias na
mento e criando um clima sadio de progres- empresa.
so profissional;
• melhora o mo ral interno;
• demonstra valorização do pessoal que já
-
compoe a empresa.

3.3 Recrutamento externo

O recrutamento externo é a busca do candidato no mercado de trabalho ou


em fontes específicas para o preenchimento do cargo. A opção pelo recrutamen-
to ex.temo deve ser feita, preferencialmente, após avaliação sobre a alocação de
pessoas que já estejam empregadas na empresa.
O recrutamento externo tem vantagens que devem ser ponderadas, levando-
se em conta o contexto em que a empresa está inserida naquele momento. Algu-
mas dessas vantagens são:
• Possibilidade de inclusão de novas personalidades e talentos.
• Possibilidade de inovação da composição das equipes de trabalho.
• Possibilidade de atualização no estilo e nas tendências do mercado.

Nas empresas com períodos de rápidas mudanças, o recrutamento externo


toma-se fundamental, pois apresenta-se como importante alternativa para intro-
duzir novas idéias e atitudes na organização.
Em geral, os custos diretos do recrutamento externo são maiores do que os
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do recrutamento interno; porém, apesar de possuir custos diretos menores, o re-


crutamento interno possui custos indiretos referentes ao remanejamento de car-
gos e do processo seletivo em si.

3.4 Fontes de recrutamento

Algumas das principais fontes de recrutamento (in house x outsourdng) são:

• consulta ao cadastro de candidatos da própria empresa (processos sele-


tivos anteriores ou apresentação espontânea de candidatos, por exem-
plo, via site);
• escolas de cursos técnicos, faculdades e universidades;
• entidades de classe (sindicatos, associações e conselhos de classe);
• anúncio de vagas em locais visíveis da empresa ou em locais específicos
(em faculdades);
• cadastros de outros recrutadores e grupos informais;
• intercâmbio entre empresas;
• sites especializados em oferta de candidatos;
• empresas de outplacement;
• anúncios em jornais, revistas, rádio, 1V;
• agências de emprego/headhunters.
As vagas (ou posições) de maior complexidade e responsabilidade, ou que te-
nham baixa oferta no mercado de trabalho, em geral, exigem maior investimento
de recursos, financeiros e d.e divulgação.

3.5 O que é a seleção de pessoal?

A seleção é a escolha do(s) candidato(s) mais adequado(s) para a organiza-


ção, dentre os candidatos recrutados, por meio de vários instrumentos de análise,
avaliação e comparação de dados.
Santos (1973) define a seleção como um processo pelo qual são escolhidas
pessoas adaptadas a determinada ocupação ou esquema operacional. Nem sem-
pre significa escolher os candidatos que revelam aptidões ou capacidades nos
seus índices mais elevados. É, em principio, a escolha dos candidatos com maior
afinidade das suas expectativas e potencialidades com as expectativas e neces-
sidades previstas para o cargo ou posição em processo de preenchimento, para
os quais mais convém determinado plano de ação. Algumas vezes, admitir um
funcionário cujo potencial é maior do que a capacidade da empresa em ofere-
unuruuaut:: ut:: uesenvo1vunt::nlo e crescunt::nLo pout:: 1evar a ues1nteresst::.
o, em caso de contratação, expectativas devem ser gerenciadas para evitar
.e nto de desvalorização profissional por parte do empregado. Da mesma
admitir um funcionário sem a qualificação necessária gerará tensão e an-
e, estresse e até irritabilidade, se não for gerenciado adequadamente, in-
lo-se em treinamento e capacitação. Nessa situação, podemos indagar: por
.o investir em treinamento no funcionário que já faz parte da organização?
a resposta aceitável seria quando o investimento em qualificação e desen-
.e nto ocorrer em prazo maior do que o previsto para obtenção do nível de
ividade esperad.o.

U 'JJrofissiográfico"

>erfil psicológico desejado para o candidato, incluindo pré-requisitos, ha-


:1des gerais e específicas e potencial de desempenho.

ltes de o processo seletivo ser iniciado, há necessidade de obter infonna-


>bre as atividades a serem desenvolvidas e as habilidades necessárias para
~ecução. Em muitaS empresas, já existem as descrições e análise das com-
ias necessárias. Mesmo assim, é indispensável a realização de uma entre-
om o requisitante da vaga, para conhecer as suas necessidades e expecta-
confirmar o perfil psicológico e a bagagem de conhecimentos necessários
didato.
: acordo com Semple (1987),

"antes de iniciarmos o processo, é preciso que tenhamos em mãos uma


~álise' da Função, onde deverão estar escritas todas as tarefas que o car-
go envolve, quais as habilidades e conhecimentos necessários para o cargo,
as responsabilidades que este exige, o horário de trabalho, o salário condi-
zente ao cargo, de acordo com o mercado de trabalho, enfim, devemos ter
analisado minuciosamente todas as características que são relevantes para
o perfeito desempenho numa determinada função".

:ssa forma traça-se o "boneco" requerido para o cargo, o "candidato mo-


o contratado deverá ser o que mais se assemelhe a esse boneco. De um
.a to a uma vaga aberta em uma célula de produção, por exemplo, seriam
idas características como habilidade técnica, ensino médio completo, faci-
de comunicação e de trabalhar em grupo e disciplina.
contato com a área deve ser feito desde o levantamento do perfil do candi-
: em todas as etapas do processo seletivo. A decisão sobre o preenchimento
a, a avaliação e comparação dos candidatos e a escolha final do candidato
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devem ser feitas sempre a partir da pessoa ou área que receberá o empregado
selecionado. Quanto mais envolvida estiver a área, maior a possibilidade de se
acertar na escolha.

3.6 Técnicas utilizadas para a seleção de pessoal

A seleção de pessoal não pode ser feita apenas avaliando-se a experiência e o


conhecimento do trabalho a ser realizado. Conhecer aspectos relacionados com
a personalidade do candidato é fundamental para verificar se a contratação será
positiva para ambos, empresa e empregado. Todos os métodos psicométricos pre-
vêem uma margem de acerto e erro, por isso não são a expressão do futuro, mas
a predição. A utilização de diversas técnicas que se complementam pode dimi-
nuir a possibilidade de erro na escolha do candidato.

CURRÍCULO
Dez passos para montar um currículo nota 10
Tudo bem. Você tem um histórico brilhante, uma formação
maravilhosa e experiências significativas. Mas você sabe como
organizar tudo isso no seu currículo?
Os hea.dhunters dizem que a maioria não sabe. Pensando nessa dificulda-
de, separamos dez dicas para deixar seu currículo igual a você: Nota 10!
1. Comece com os dados pessoais
Escreva bem no alto da página: seu nome, endereço, telefone, celular,
e-mail, nacionalidade, idade, estado civil e número de filhos. Há quem diga
que os três últimos devem ir por último. Faça como quiser, mas o importante
é não colocar mais nada além disso. Ou seja, RG, CPF, atestado de reservista,
caneira profissional e título de eleitor são besteira. Esqueça.
2. Deixe claros seus objetivos
Depois dos dados pessoais, coloque o(s) cargo(s) e a área a que você as-
pira, mas seja breve. Se você ainda não é um profissional experiente, o ideal é
explicar como você pretende direcionar sua carreira e por que resolveu esco-
lher essa profissão. Tome cuidado para não mandar seu currículo para qual-
quer empresa. Antes disso, enfoque sua área de atuação e o cargo desejado.
Não vale a pena dizer que tem interesse em atuar em 20 áreas diferentes.
3. capa cor-de-rosa não ajuda
Se você entrega seu currículo com capas ou guarda dentro de pastas com
cor e cheiro, esqueça. O segredo é usar folhas brancas limpas e grampeadas.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 37

Até a tipologia deve seguir a linha tradicional: Courier, Arial ou Times New
Roman. Os negritos, itálicos e sublinhados só devem ser usados para organi-
zar as informações. Alguns headhunters advertem para o fato de que a preo-
cupação excessiva com a estética dá a impressão de que o candidato está ten-
tando compensar eventual falha.
4. Currículo sim, biografia não
Um erro muito comum é achar que quanto maior o currículo melhor ele
fica. Lembre-se de que o tempo que você tem para se apresentar não passa de
um minuto. Duas folhas, portanto, são o ideal e não vale usar aquela velha tá-
tica de diminuir o tamanho da fonte para colocar mais informação dentro de
uma página. Cuidado também para não escrever errado. Erros de português
pegam muito mal.
Para um profissional com longos anos de estrada é aconselhável montar
um segundo currículo mais detalhado, que deve ser mostrado só se for cha-
mado para a entrevista.
Faça um currículo especial para cada empresa em que você deseja tra-
balhar. Óbvio que para isso você vai precisar saber em quais empresas dese-
ja atuar. A partir daí você deve descobrir tudo o que pode sobre a empresa.
Como? Internet, jornais, revistas e principalmente conversas com funcioná-
rios do local. De repente, você pode encontrar soluções para os problemas que
a empresa enfrenta. Isso pode servir como cartas na sua manga.
s. Minhas experiências
O próximo passo é falar das suas experiências profissionais. Essa é uma
parte exuem.amente delicada do currículo. Você deve falar de maneira sucinta
todos os lugares por que passou e quais foram as suas experiências dentro de
cada empresa. Ou seja, vai falar do que é capaz. Uma ótima idéia é organizar
seu texto em tópicos.
Mas corno ser tão sucinto? Mencione apenas as cinco últimas empresas
em que você trabalhou, começando pelas mais recentes e caminhando para
as mais antigas. Fale o nome da empresa; se ela não for conhecida, faça uma
rápida apresentação dela (ramo de atividade, posição no mercado, farura-
mento e número de funcionários). Depois descreva seu cargo e o que fazia na
prática Acredite: isso faz a diferença. Ou seja, diga quais eram suas funções e
responsabilidades. Se possíve~ não esqueça de mencionar quanto sua empre-
sa lucrou com suas ações.
Caso você esteja começando a carreira, vá direto para sua formação aca-
dêmica.
6. A vingança dos nerd.s
Uma formação acadêmica numa escola de ponta vai fazer diferença sim.
Nessa hora, aqueles longos anos de estudo para entrar na melhor faculdade
38 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

fazem a diferença. Se você é graduado por urna faculdade não muito conheci-
da, o ideal é "reparar esse erro" fazendo uma pós-graduação. Isso não signifi-
ca, no entanto, que as pessoas que não estudaram em instituições de renome
não têm chance.
A vantagem de ter estudado numa boa faculdade aparece quando a sele-
ção é feita entre pessoas com pouca ou nenhuma experiência. Os graduados
numa boa faculdade sempre têm mais chances.
Yale também dizer que os cursos relâmpagos não ajudam em nada. Co-
loque apenas os que realmente acrescentaram algo importante na sua vida.
Esqueça aqueles seminários inúteis de meia hora. Eles definitivamente não
interessam.
7. Do you spealc English?
Se por um lado os seminários inúteis não ajudam, falar fluentemente ou-
tro idioma vale.
Principalmente se você fez um curso no exterior. Os r:rainees que fizeram
intercâmbio e trabalharam entregando pizza, limpando piscinas, ou qualquer
atividade desse tipo ganham ainda mais crédito. Por isso, não tenha vergonha
de dizer como foi sua vida lá fora.
Lembre-se: não vale a pena enganar. Você pode ser surpreendido com um
teste cara a cara e se dar mal. Aliás, se descobrirem qualquer falcatrua no seu
currículo, você será dispensado na hora. O critério
, é o seguinte: ou você sabe
falar fluentemente ourro idioma, ou não sabe. E melhor você falar que seu es-
panhol é apenas básico, em vez de dizer que sabe se virar muito bem.
8. Carta para meu futuro chefe
A carta de apresentação serve para personalizar o currículo e mostrar se
você serve ou não para o cargo que está disponível. O mais adequado é escre-
ver uma e.a rta para cada empresa.
Sabe aquelas conversas de bastidores? Então, se você conseguir descobrir
quem será seu chefe, mais um ponto. Encaminhe diretamente para ele e não
se esqueça de colocar os dados sobre a empresa que possam reforçar seus ar-
gumentos.
Se você for mandar seu currículo para uma empresa de headhunting, en-
derece a carta à empresa ou a um dos seus consultores. Uma carta de apre-
sentação deve responder a três perguntas básicas: quem sou, o que quero e
o que realizei nci carreira. Termine com um pedido de entrevista. A carta de
apresentação deve ter no máximo 20 linhas.
Algumas palavrinhas mágicas lhe ajudarão a deixar o currículo mais bem
escrito. Use verbos como:
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 39

• realizar (um projeto);


• organizar ( uma equipe);
• implantar (um processo);
• atingir (resultados);
• motivar (pessoas);
• delegar (tarefas) j
• criar e executar (soluções).

Coloque todos os verbos no pretérito perfeito, como no exemplo: "criei


um novo sistema de trabalho e motivei toda a equipe. Atingi resultados fan-
tásticos.,.
O currículo nunca deve falar sobre pretensão salarial, nem sequer men-
cione o pacote de remuneração da empresa anterior. Esse assunto deve ser tra·
tado durante a entrevista.
9. Como devo enviar meu currículo?
Não existe consenso sobre qual é a melhor forma de enviar seu currículo.
A maioria das empresas possui um cadastro on line em que o candidato ape-
nas completa os dados. Alguns consultores sugerem mandar o currículo como
um documento anexado, outros dizem que nem sempre é possível abrir um
documento anexado em função de problemas técnicos, ou até por medo de
possíveis vírus. O ideal, portanto, é fazer das duas maneiras. Envie um e-mail
com o currículo anexado, mas diga que, por via das dúvidas, vai enviar seu
currículo também pelo correio.
Seja por e-mat1, seja por correio, é completamente desnecessário enviar
uma foto. Pode parecer exibicionismo. Mas é conveniente que você leve, no
dia da entrevista, uma foto e, de preferência, use temo (homens) ou tailleur
(mulher).
10. É só?
Depois de entrar numa boa empresa, não esqueça de atualizar seu currí-
culo sempre que houver uma mudança significativa na sua carreira. Coloque
tudo que for realmente significativo. Desde mudança de telefone até um ne-
gócio milionário que você fechou com a sua empresa, ou um projeto que deu
muito certo no mercado.
Alguns consultores aconselham as pessoas a criar uma espécie de diário
profissional. Assim, o profissional não se esquece dos fatos importantes da

sua carreira.
Fonte: Disponível em: <http://www2.uol.eom.br/ vocesa/>. Acesso em: 17 set, 2002.
40 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

A seguir, falaremos sobre as principais técnicas utilizadas no processo sele-


tivo:
a) Entrevistas
A entrevista é um instrumento importante para o processo de seleção. Exa-
tamente por essa razão, ela deve ser conduzida por um profISsional experiente e
capaz de identificar quando fatores de ordem pessoal podem estar interferindo
no processo (antipatia, atração, rejeição etc.). E recomendável que vários entre-
vistadores avaliem o mesmo candidato, para minimizar esse problema. O entre-
vistador deve ter sempre presentes as expectativas da área.
Entrevistas são utilizadas nos vários momentos do processo seletivo. Como
entrevistas de triagem, podem-se verificar aspectos mais evidentes que são deter-
minantes para a ocupação do cargo. Por exemplo, para uma vaga de segurança,
em que é necessário permanecer em pé e fazendo rondas todo o dia, um candida-
to com obesidade não terá o preparo físico necessário. Além do biótipo e de da-
dos demográficos, pode-se também fazer uma averiguação inicial dos interesses e
expectativas do candidato, como pretensão salarial, desenvolvimento na carreira,
horário e jornada de trabalho, disponibilidade para viagens etc.
A entrevista pode aprofundar-se na pesquisa sobre os dados do candidato. Ela
deve ser realizada tendo-se questões semi-estruturadas que devem ser apresen-
tadas no decorrer do diálogo entre entrevistador e entrevistado. Devem-se per-
mitir a espontaneidade e o momento da exposição do candidato. Quanto menos
tensão for gerada e maior a confiança conquistada por ambos, melhor será a qua-
lidade do djáJogo. Portanto, o entrevistador deve estar extremamente preparado,
garantindo uma boa entrevista - de onde ele possa extrair "o melhor" dos candi-
datos (mais informações a respeito de cada um deles).
Segundo Weiss (1992), a entrevista deve seguir quatro estágios:

1°) Abertura: é um momento de aquecimento, no qual o entrevistador se


apresenta e expõe a proposta da entrevista e como será conduzida.
2°) Pesquisa: tem corno objetivo obter do candidato as informações neces-
sárias para avaliação do seu perfil pessoal e profissional.
3°) Troca: deixar o candidato fazer as perguntas que revelem seus interes-
ses, valores, atitudes e preocupações. Normalmente, são perguntas re-
lacionadas ao cargo, às condições de trabalho e à empresa.
4Sl) Fechamento: dar um breve feedback da entrevista e informar as etapas
futuras do processo seletivo.

A entrevista deve pesquisar aspectos de conteúdo profissional e pessoal do


candidato, tanto relacionados com a sua vida pregressa como suas expectativas
de vida futura. Alguns tópicos essenciais para apurar essas informações são:

• Desenvolvimento na carreira: abordagem da sua formação profISsional,


Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 41

Conselhos para comportamento adequado durante


uma entrevista - o lado do entrevistador
• Reconheça que todo encontro é emocional.
• Aprenda a formular perguntas (para evitar respostas "prontas" ou
dizer ao entrevistado o que ele deve responder).
• Proteja a outra pessoa (formule perguntas para procurar os pontos
fortes do candidato).
• Não faça muitas perguntas, apenas dirija a entrevista.
• Seja claro e objetivo.
Po:..n : BOTELHO, Joaquim Maria. Jornal Carreira & Sucesso, Catho On Llne. Disponível em:
<www.catho.com.br>. Acesso em: 14 maio 2001.

experiências passadas, empresas em que trabalhou, motivos pelos quais


saiu dessas empresas, insatisfações na vida profissional, planos e ambi-
ções na carreira.
• Relacionamento profissional: como o candidato se relacionava com co-
legas, subordinados e chefias nos empregos anteriores.
• Ambiente familiar: qual a estrutura familiar do candidato e responsabi-
lidades econômicas que possui.
• Interesses pessoais: investigar hobbie.s e hábitos que dão satisfação ao
candidato pode trazer revelações importantes sobre suas preferências e
realizações.
• Relacionamentos sociais: conhecer como o candidato se relaciona so-
cialmente, se pertence a algum grupo, associação, religião. Possibilitará
verificar o seu grau de sociabilidade.
• Perspectivas futuras: verificar qual o planejamento de vida e autogestão
de carreira que o candidato possui. Possibilitará avaliar de que maneira
a empresa poderá estar incluída nesse projeto pessoal.

Outra maneira de se conduzir uma entrevista é pela utilização do próprio cur-


rículo do candidato como roteiro de entrevista, agregando as informações não
mencionadas por ele.
A linguagem do corpo, ou seja, gestos e posturas que indicam seu estado emo-
cional, seu grau de interesse, sua reação àquele momento, também deve ser ob-
servada, pois pode acrescentar informações importantes sobre como o candidato
reage a diferentes situações.
Esses são apenas alguns exemplos de como conduzir uma entrevista. Outros
métodos podem ser utilizados, de acordo com as características da empresa e do
42 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

cargo, como entrevistas "agressivas", para avaliar reação a situações de descon-


forto, embora não seja prática comum.

A entrevista
Questões comuns:
Quais são seus objetivos para este cargo?
Que qualificações o(a) tomam capaz de ser bem-sucedido(a) no cargo e
na organização?
Quais suas realizações mais importantes como estudante e profissional?
Do que você mais (ou menos) gostou em suas experiências anteriores?
Avaliação: As respostas serão avaliadas de acordo com a clareza e con-
cisão de respostas, coerência (com outras respostas e currículo), linguagem
corporal, olhar.
Apesar de existirem vários livros de aconselhamento para comportamen-
to ideal em uma entrevista, vale lembrar que cada empresa e cada cargo pe-
dem perfis diferentes, que também variam de acordo com os ambientes in-
terno e externo.
Fo."1'6: NADLER, B. J. Nu na Entrevista, 1996.

Para saber mais: <www.catho.com.br>, Jornal Carreira & Sucesso.

b) Provas de conhecimentos
As provas de conhecimentos podem ser gerais ou específicas.
As provas gerais visam avaliar o grau de cultura geral do candidato. Pode ser
uma simples redação para verificar a fluência escrita, o conhecimento de portu-
guês e a ordenação das idéias e pensamento. Pode ser uma prova de matemática,
nos diversos níveis de complexidade, de acordo com a escolaridade exigida pelo
cargo. ~sas provas têm baixa correlação com o desempenho profissional imedia-
to, porém servem para entender melhor o universo do candidato e sua atitude
pessoal e profissional.
As provas específicas visam avaliar os conhecimentos profissionais que o can-
didato possui, que são imprescindíveis para o bom desempenho na função. Po-
dem ser de cálculos matemáticos, matemática financeira, mecânica, idiomas etc.
É importante que esses instrumentos sejam desenvolvidos e validados interna-
mente na empresa, para n.ã o eliminar bons candidatos.
c) Testes psicológicos
Testes psicológicos são instrumentos padronizados que servem de estímulo a
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 43

um comportamento por pane do examinado. Visam predizer o comportamento


humano, na base do que foi revelado na situação de teste.
Santos (op. cit.) define os testes psicológicos como provas ou verificação sis-
tematizada, no sentido de medir (ou avaliar) um atributo qualquer, seja este uma
aptidão (a inteligência, por exemplo), seja ele uma atitude, o campo de interes-
ses, a estabilidade emocional, seja, finalmente, um traço de personalidade (a do-
minância, a agressividade, a intro-extroversão etc.).
Segundo Tiffin e McCormick (1969), o uso de testes e provas psicológicas,
conjugado com outros recursos, é o procedimento de maior segurança de que se
dispõe. Vários estudos indicam que o emprego de técnicas psicológicas de seleção
supera os resultados alcançados pelos processos tradicionais ou pelo recrutamen-
to ocasional.
Santos (op. cit.) lembra que na escolha dos testes psicológicos deve-se ob-
servar:

• Se eles oferecem condições de sensibilidade, ou seja, se são adequados


à idade, à escolaridade e ao grupo social, econômico ou profissional da-
queles que serão examinados.
• Se apresentam condições satisfatórias de validade, apresentando suficien-
te evidência científica de que medem aquilo que se propõem a fazer.
• E se são precisos, ou seja, coerentes entre si e constantes na medida.

Os testes psicológicos podem ser divididos em psicométricos e de personali-


dade.
Os testes psicométricos são os que medem as aptidões individuais, deter-
minando um, índice que é comparado com escores ponderados e validados ante-
rionnente. E o caso dos testes de inteligência. De acordo com Binet, a inteligên-
cia visa ao ajustamento contínuo do indivíduo ao seu ambiente, como resultado
da organizaç.ã o mental, que envolve várias funções: compreensão, juízo crítico,
invenção e direção.
A teoria de Thurstone avalia a inteligência, no conceito expresso pelo fator
G, mensurando a aptidão verbal, a fluência verbal, a aptidão numérica, a aptidão
espacial, a memória associativa, a aptidão perceptiva e o raciocínio abstrato. Ou-
tros testes psicométricos utilizados no processo seletivo são: WAIS, WISC, Cubos
de Kohs, Matrizes Progressivas de Raven.
Os testes de personalidade identificam traços de personalidade, aspec-
tos motivacionais, interesses e distúrbios, como o neuroticismo. Segundo Santos
(op. cit.), embora esses testes não permitam inferências precisas sobre o possível
sucesso profissional, indicam estados temperamentajs, necessidades, pressões ou
conflitos emocionais que, afetando a vida do indivíduo, podem refletir-se em sua
vida profissional. Nessa categoria existem os testes projetivos, e.m que o candida-
44 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

to associa conteúdos internos com estímulos apresentados, como o Teste de Rors-


chach e o Teste de Apercepção Temática - TAT, e os projetivos, em que se utilizam
lápis e papel, como o Psicodia.gnóstico Miocinético - PMK.
d) Técnicas vivenciais
São técnicas que criam situações para os candidatos interagirem e participa-
rem ativamente, de forma a ser avaliado seu comportamento social em situações
pré-selecionadas. As expressões observadas são projetadas para comportamentos
em cargos futuros. Por se tratar de atividades que envolvem atuação e muitas ve-
zes simulações de uma situação profissional, o controle da situação por parte do
candidato fica diminuído e os resultados podem ser mais visíveis e espontâneos.
Essas técnicas exigem uma estruturação anterior e devem ser aplicadas por pro-
fissionais qualificados, capazes de controlar a situação e evitar conflitos ou des-
controle emocional por pane de algum candidato.
Podem ser:
• Provas situacionais: estão relacionadas às tarefas do cargo. Podem
ser, por exemplo, um teste de digitação, direção ou operação de um equi-
pamento.
• Dinâmica de grupo: envolve jogos de grupo, com situações estrutu-
radas, relativas ou não ao cargo, em que os integrantes interagem. É
uma técnica muito utilizada, pois pennite observar problemas de rela-
cionamento, integração social, liderança etc. .A prática apresenta diver-
• • • •
sos usos organizac1ona1s, entre os quais:
a) levantamento de problemas;
b) discussão e solução de questões polêmicas;
e) seleção;
d) treinamento.
Em seleção, a dinâmica de grupo é uma das atividades mais valorizadas, sen-
do facilmente encontrada em muitos processos de avaliação de candidatos. Sua
importância se deve ao papel fundamental dos grupos em trabalhos organizacio-
nais. A dinâmica de grupo pode prever comportamentos em grupos sendo vital
na hora de contratar. Aparece muitas vezes como estudos de caso ou "siruações
problema" referentes ao trabalho em questão.
Outra vantagem da técnica é que muitas características dos candidatos aflo-
ram durante as discussões de maneira espontânea como relatado anteriormente,
além de eles poderem demonstrar capacidade de expressão verbal, conhecimento
técnico e objetividade.
Sua aplicação deve ser feita por profissionais especializados, capazes de
"criar' a situação de discussão e deixar que os candidatos expressem suas opini-
ões dentro do tema (propiciar certa liberdade sem perder o controle da situação).
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 45

Durante a aplicação, deve haver pelo menos dois profissionais observando o gru-
po e avaliando as características de cada candidato previamente escolhidas pela
equipe de RH e áreas interessadas nos candidatos.
Pode-se classificar as dinâmicas de grupo nas seguintes abordagens ou obje-
tivos:
a) didáticos, que visam aperfeiçoar a maneira de comunicação entre as
pessoas;
b) recreativos, utilizados para descontrair, diminuindo o nervosismo ou
fadiga;
c) reforçadores, que buscam fortalecer o relacionamento entre as pessoas
de um grupo;
d) socioterap~uti.cos, destinados a identificar e solucionar problemas da
vida em pequenos grupos.

Segundo Fritzen (1981), as dinâmicas de grupo ocorrem:

"pela sua afinidade e suas relações com os diversos aspectos da vivência


dos grupos e do grupo com os indivíduos, dinâmica de grupo e relações
humanas se complementam de tal forma que a reunião de exercícios práti-
cos de dinâmica de grupo e de relações humanas num mesmo compêndio
é perfeitamente justificável. Todo especialista deve acumular seus modelos
e exercícios de dinâmica de grupo".

• PsicodJ-ama: Tem como pressuposto a expressão da personalidade me-


diante um papel social atribuído, e o candidato deve expressar-se de
acordo com a linguagem e dimensões deste papel. Por se tratar de uma
representação, o candidato fica livre para expressar os seus sentimentos,
valores e emoções, quebrando a "barreira social" existente sobre certos
comportamentos.

Avaliação de saúde
Essa é uma das etapas de um processo seletivo. Igualmente, o médico deve
ter conhecimento da função para avaliar as condições de saúde do candidato e
verificar se ele está ou não habilitado para o desempenho da função. A avaliação
de saúde é acompanhada de exames clínicos específicos de acordo com a legisla-
ção e política da empresa.

3 .7 Resultados da seleção de pessoal

A aprovação de um candidato em uma empresa depende dos mais diversos


fatores, entre eles o número de candidatos que concorrem à vaga, os requisitos e
46 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

a experiência desejáveis, rotinas da administração de pessoal, verba disponível,


empatia entre o candidato e a futura chefia ou comportamento do indivíduo du-
rante a entrevista.
Geralmente, a decisão de contratação ocorre em pelo menos três níveis: junto
ao selecionador, à chefia e ao departamento de pessoal Na verdade, estes seriam
os níveis básicos de decisão que cuidam da admissão do novo funcionário, porém
há um importante elemento, muitas vezes esquecido: o candidato.
Além de analisar as condições do emprego em oferta e aceitar, mesmo que
de forma subentendida, os processos e critérios de seleção estabelecidos pela em-
presa, o candidato deve, também, ser informado claramente sobre as decisões da
empresa.
Essa situação é especialmente delicada nos casos dos candidatos "contra-in-
dicados". Na maioria das vezes, o candidato é informado por meio de um contato
impessoal e breve ou de listas afixadas na empresa, ou, pior, não se dá retomo
nenhum - pede-se para aguardar um telefonema ou correspondência, que na ver-
dade não chegam nunca.
Mais do que palavras, essas classificações (contra-indicado, inapto, reprovado,
desfavorável) despertam estigmas que são prontamente absorvidos por quem as
recebe, pois a pessoa vê frustrados os seus objetivos, sem conhecer os verdadei-
ros motivos disto.
Essas frustrações combinadas com a desinformação despertam, entre muitas
outras fantasias, as sensações de inutilidade, incompetência, menosprezo e até
parcialidade no processo seletivo.
Daí a importância de estruturar claramente as formas de transmissão de re-
sultados de seleção, o que deve ser iniciado no primeiro contato com o candidato,
esclarecendo a politica e os critérios da empresa para a função em questão.
Quando se tratar de situações confidenciais, deve-se esclarecer que determi-
nados tipos de informações sobre o processo não poderão ser transmitidos, mas
nunca deixar de demonstrar que a seleção de pessoal é feita com base nos cri•
térios eleitos pela própria instituição e que isso não pode ser generalizado para
outras situações e, especialmente, não significa que um candidato não admitido
é incapaz, deficiente ou problemático. Apenas significa que para aquela função,
naquela empresa, dentro daquele e apenas daquele período ele não será admiti-
do, quer por motivo de excessiva concorrência, quer por falta de habilitação dese-
jada, quer por características pessoais desejáveis naquela empresa ou, então, por
problemas administrativos internos.
Agindo assim, os responsáveis da empresa evitarão mal-entendidos e dissa-
bores para quem vêm procurando satisfazer a necessidades afetivas, econômicas
• •
e socra1s.
Portanto, os resultados de seleção, quando estabelecidos com clareza nos crité-
rios e retomo dos resultados ao candidato, pemútem que ele analise com objetiv:ida-
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 4 7

de suas possibilidades de concorrência, levantando, inclusive, a hipótese de não ser


escolhido, e também evitam sentimentos de inferioridade e incapacidade pessoal,
que muitaS vezes não foram cogitados nem foram causa de sua não-contratação.

3.8 Cuidados no processo seletivo

Por se tratar de um processo em que se pesquisam dados intrínsecos dos can-


didatos, a ética deve estar presente acima de tudo. Afinal, a pessoa está procuran-
do um emprego e depara com uma bateria de avaliações com o objetivo de saber
sobre sua inteligência, personalidade, interesses, sociabilidade, vida pessoal e vida
profissional. Não ser contratado após um processo seletivo pode levar o candida-
to a questionar sobre as suas capacidades e habilidades e ferir a sua auto-estima,
mesmo sabendo que apenas um, dentre vários, pode ocupar a vaga existente.
Por isso, os resultados devem ser comunicados, os critérios, divulgados previa-
mente e a posição geral da empresa deve ser esclarecida. Deve-se evitar personali-
zar restrições ou falhas observadas nas entrevistas, testes ou vivenciais. Em casos
especiais, devem-se recomendar melhorias ou investimentos pessoais/profissionais,
com o esclarecimento das razões da escolha ou rejeição, de maneira a evitar trau-
mas ou frustrações. Da mesma fonna, os resultados das várias etapas do processo
devem ser confidenciais, restritos à área de Seleção e/ou ao próprio candidato.

O mau recrutamento - visão do candidato


"Estava no 4ci ano de Administração de uma universidade pública quando
decidi procurar um estágio numa empresa. Queria conhecer melhor o mundo
empresarial, trabalhando em grandes organizações. Inscrevi-me em muitos
processos seletivos, mas um processo seletivo me frustrou muito.
Fiz a inscrição, a triagem de currículos e a prova de conhecimentos ge-
rais pela Internet. Os selecionados foram submetidos a uma prova presencial
de inglês e português, e devido ao grande número de candidatos, os conhe-
cimentos exigidos foram além dos básicos necessários à vaga. A próxima eta-
pa foi a dinâmica de grupo. Cansativa, a dinâmica durou quatro horas e as
atividades eram confusas e monótonas. Apesar da péssima impressão com
que saí da dinâmica, fuj selecionada para a próxima fase, e demoraram cer-
ca de três semanas para retomar marcando a data. Retomaram: 'A entrevista
será amanhã, às 9:00.' Após três semanas esperando, ligam para marcar para
'amanhã'. Após a entrevista, mais três semanas para saber o resultado. Fui
aprovada, e mais uma vez ligaram para avisar sobre a próxima etapa um dia
antes. Era um estudo de caso, que foi bastante produtivo e interessante. No
dia seguinte, recebi a mensagem de aprovada. Agora faltava apenas a entre-
vista final, e seriam cinco ou seis candidatos para quatro vagas. Isso ocorreu
48 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

no fim do ano, e combinamos de fazer minha entrevista em janeiro. Janeiro


chegou e nada de a empresa retomar. Decidi mais uma vez ligar para a con-
sultora interna responsável pelo processo - na verdade, liguei algumas vezes.
As respostas eram sempre vagas, quando atendiam, mas sempre avisavam
que logo ligariam para marcar a entrevista. Assim chegou fevereiro, e final-
mente consegui falar no ramal da consultora: ela não trabalhava mais lá, e a
nova encarregada não sabia do processo! No dia seguinte, ela retomou com
a bomba: teria de fazer uma nova dinâmica! A explicação: a requisitante da
vaga queria ver os candidatos em ação. '&ttanho', pensei, mas fui à dinâmica
novamente. Chegando lá ... percebi que havia entrado em um novo processo,
com pessoas que, para chegar lá, só haviam passado por uma prova de inglês.
Pior: pessoas que participaram do 'meu' processo já rrabalhavam lá. Fiquei
superchateada, achei superinjusto. Participei da dinâmica e, logicamente, não
fui aprovada dessa vez: ~adecemos o interesse, mas você não tem o perfil.'
Expliquei toda a minha situação, mas a responsável não deu importância a
todas as etapas de que havia participado e ouvi um 'as regras mudaram e o
perfil do candidato também'!
,
E, bem que dizem que as empresas mudam rápido! Afinal de contas, que
perfil é esse que muda a cada mês? Então, desabafei e disse como me sentia, e
a única coisa que ela pôde fazer foi me pedir desculpas em nome da empresa!
Grande coisa ... e minhas expectativas, meus sonhos? E pior; deve ter aconte~
cido isso com outros candidatos também."
Fo.sTE: Processo de Recrutamento e Seleção nu.ma empresa de destaque no mercado (cujo autor
preferiu não se identificar), 2002 - FWUSP.

3.9 Absenteísmo e demissões

A ausência de empregados ao ttabalho se constitui num problema que vem


preocupando os dirigentes empresariais, administradores de pessoal, médicos do
ttabalho, engenheiros de segurança, psicólogos organizacionais, bem como ou-
tros profissionais que atuam na área de relações humanas. Essa preocupação de~
corre da dificuldade em diagnosticar a origem das faltas, estabelecer critérios re-
lacionados à política de pessoal e utilizar medidas alternativas.
Dentre os motivos reais freqüentes, apresentam-se:

• doença, com comprometimento físico, que impossibilita a atividade la-


boral, na qual o alcoolismo tem significativa ocorrência, em todos os es-
calões hierárquicos;
• dificuldades de relacionamento com a chefia e com os colegas;
• desmotivação por falta de oponunidade de ascensão profissional ou de
reconhecimento do valor do trabalho.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 49

Esses dois últimos fatores levam o trabalhador que não consegue supe~
enfrentar ou conviver com essas dificuldades a faltar ao serviço por motivos apa-
rentemente banais:
• problemas familiares, relacionados com a saúde física e mental, com a
situação financeira ou em virtude de desentendimento, ou a.inda devido
à necessidade de assistência a filhos menores e a pessoas idosas, uma
vez que faltam entidades capacitadas a cuidar de emergências e impre-

vistos;
• outras situações de ordem pessoal, difíceis de serem resolvidas no ho-
rário normal de expediente, por serem conflitantes com o horário de
trabalho.
Essa gama de motivos que levam ao absenteísmo complica especialmente o
trabalhador horista ou mensalista, que registra o "ponto" em horários predeter-
minados.
Nesse caso, quando não existe uma polltica de pessoal explícita e a decisão e
orientação disciplinar ficam em nível de chefia, o trabalhador sujeita-se às varia-
ções de humor, compreensão e afinidade pessoal das chefias.
Para evitar esse tipo de interferência subjetiva, têm-se procurado formas al-
ternativas que visam à diminuição do nível de absenteísmo e à identificação dos
motivos reais, entre outras: entrevistas de aconselhamento, compensações, horá-
rios variáveis, incentivos visando ao desenvolvimento de autodisciplina, melhoria
das condições de trabalho, programas de aperfeiçoamento, politica de promoção
de pessoal interno e criação de atividades de Serviço Social¾como, por exemplo,
instalação de creches.
Assim, se de um lado a implementação dessas alternativas evita o absenteís-
mo, que, sem dúvida, traz prejuízos à produção, de outro possibilita ao trabalha-
dor ausências conscientes que permitem uma análise do motivo da falta, assim
como a aplicação de medidas disciplinares cabíveis, baseadas em fatos concretos
e imparciais.
A segurança no emprego vai desde a segurança contra riscos e acidentes físi-
cos até a segurança contra cortes, desligamentos e pressão para aposentar cedo.
Necessidades sociais relacionadas com ''pertencer", "fazer parte de", "ser aceito
por'' atestam o grau de coleguismo, coesão grupal, aceitação grupal, aceitação e afe-
to por parte dos companheiros. Douglas McGreggor, já nos anos 70, lembrou que,
"temendo a hostilidade grupal aos seus objetivos, a administração muitas
vezes procura controlar e dirigir os esforços humanos em direções com-
patíveis com a sociabilidade e com a tendência grupal dos seres huma-
nos. Quando as necessidades sociais do homem são assim contrariadas,
ele comporta-se de maneira a impedir que sejam alcançados os objetivos
50 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

da organização. Toma-se resistente, antagônico, não cooperativo. Mas este


comportamento é uma conseqüência, não uma causa".

3.1 O O recrutamento e seleção no contexto da gestão de pessoas

Outra (2001) insere os processos de recrutamento e seleção na denominação


de captação de pessoas no âmbito das relações macroeconômicas de obtenção de
mão-de-obra. Tal conceito sinaliza processos mais amplos, como a expatriação,
isto é, as transferências entre áreas da mesma organização no âmbito nacional e
no internacional.
A captação de pessoas é uma das várias formas de movimento de funcioná-
rios nas organizações e no mercado. Na verdade, qualquer que seja a movimenta-
ção de pessoas na empresa - transferência, promoção, demissão ou contratação
- , o trabalho de captação será sempre requisitado.
Para muitos autores, a gestão estratégica de pessoas é definida como a forma
de orientar as pessoas no alcance de seus objetivos organizacionais e, ao mesmo
tempo, dos pessoais (CHIAVENATO, 1999, ROTHWELLe ARMSTRONG apud OU-
TRA, 2001). Sob essa visão, o recrutamento e seleção passa a ter papel funda-
mental na renovação e/ou confirmação da estratégia adotada pela organização.
Outro ponto importante refere-se ao planejamento do quadro de pessoas.
Outra (2001) coloca-o como importante para a gestão do movimento de pessoas
da organização, pois a empresa deve ter clareza sobre a sua necessidade de pes-
soas ao longo do tempo, tanto em termos quantitativos quanto em termos qua-
litativos. A captação de pessoas realizada com o conhecimento de necessidades
futuras ou excessos presentes garante o seu alinhamento com a estratégia da em-
presa, além de permitir melhor utilização dos recursos disponíveis tanto interna
quanto externamente.
Como já relatado, os processos de recrutamento e seleção são utilizados nas
rotinas de admissão de pessoal em uma organização. Esses processos também são
uma ferramenta importante e integrada na estratégia de negócio da empresa, na
medida em que o modo como são realizados retrata o perfil da organização.
O recrutamento, que é a procura de candidatos com o perfil adequado, é um
processo que dá subsídios para o processo de seleção, que s6 acontece se o recru-
tamento foi eficiente para atrair os candidatos potencialmente interessantes para
a contratação.
O recrutamento pode ser feito interna ou externamente, ou seja, a empresa
que está decidindo preencher uma vaga pode procurar pessoas dentro da própria
organização, ou pode procurá-las no mercado de trabalho. Essas duas man.eiras
de se fazer o recrutamento apresentam vantagens e desvantagens, como custo,
motivação, entre outras, que precisam ser ponderadas antes de se dar início ao
processo, conforme discutido em irens anteriores.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 51

A seleção de pessoal é a avaliação e a escolha dos candidatos com perfis dese-


jados para a vaga a ser preenchida, entre aqueles que foram recrutados. Para se
fazer a seleção, podem ser utilizados vários instrumentos, como entrevistas, tes-
tes psicológicos, técnicas vivenciais, provas de conhecimento, entre outros, des-
critos anteriormente.
Freqüentemente, nos processos de seleção se utiliza a técnica da entrevista para
avaliar os candidatos, pois mediante a observação e o relacionamento direto obtêm-
se informações importantes na captação dos dados, além de fornecer ao entrevista-
dor um reconhecimento sobre o estilo de relacionamento de cada candidato.
Os testes psicológicos, que são insoumentos de análise específica de traços do
comportamento humano, podem ser djvididos em testes psicométricos - que me-
dem aptidões individuais - e testes de personalidade - que identificam os traços
de personalidade, aspectos motivacionais, interesses e distúrbios. Outro tipo de
avaliação são as provas de conhecimento, que podem ser \1tilizadas no processo de
seleção, e podem ser gerais ou específicas. Por último, também podem-se utilizar
no processo seletivo as técnicas vivenciais, que são atividades que provocam a in-
teração dos candidatos, como provas situacionais, dinâmicas de grupo ou psicodra-
mas. Essas técnicas têm o objetivo de observar as características de relacionamento
social dos candidatos. Este universo compõe a prática da gestão de pessoas.
Do ponto de vista ético, todo processo seletivo deve ser sempre cauteloso, pois
está expondo os candidatos a uma série de testes, e a não-aprovação pode causar
um forte sentimento de rejeição e frustração.
Em síntese, pode-se especificar os seguintes conceitos:
Entrevistas: Instrumento de avaliação utilizado na seleção de pessoal que
envolve um diálogo pessoal entre o entrevistador e o candidato à vaga, ou vários
entrevistadores e vários candidatos em uma situação específica.
Perfil Profissiográfico: Perfil psicológico desejado para o candidato, incluin-
do pré-requisitos, habilidades gerais e específicas e potencial de desempenho.
RecrutamP.nto: Processo de procurar empregados, estimulá-los e encorajá-
los a candidatar-se a um cargo ou posição de trabalho.
Recrutamento Externo: É a busca do candidato para o preenchimento de
uma vaga fora da organização, no mercado de trabalho ou em outras empresas.
Í

Recrutamento Intemo: E a procura de candidato para o preenchimento


de urna vaga dentro da própria organização.
,
Seleção de Pessoal: E a análise instrumentalizada de preenchimento de
uma ou mais vagas de uma empresa.
Técnicas Vivenciais: São récrucas que criam situações para os candidatos
interagirem e participarem ativamente, de forma a ser avaliado seu comporta-
mento social em situações pré-selecionadas. As expressões observadas são proje-
tadas para comportamentos em cargos futuros.
52 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

Tes tes de Pers onalidade : Identificam traços de personalidade, aspectos


motivacionais, interesses e distúrbios de comportamento mental e social.
Testes Ps icomé tricos: São aqueles que medem as aptidões individuais,
determinando um índice que é comparado com escores ponderados e validados
anteriormente, com populações específicas. Por exemplo:
• raciocínio verbal;
• inteligência lógica;
• raciocínio espacial;
• raciocínio aritmético.

3.11 Tendências

Networking
Quando uma pessoa se dispõe a nos ajudai; está nos dando um voto de con-
fiança. A rede só funciona com base na confiança mútua. Se você indica um ami-
go para uma vaga em sua empresa ou para um conhecido do mercado, está con-
fiando em que ele terá bom desempenho tanto do ponto de vista profissional
quanto pessoal.

Recrutamento Eletr6nico

Cinco tendências do e-recrultment


Estudos norte-americanos identificam cinco grandes tendências para o
futuro do recrutamento online para os próximos anos:
1. As organizações focarão seus esforços de recrutamento por meio da
Internet.
2. Para utilizar a Internet eficazmente, os recrutadores terão que obter
competências específicas e complementares, designadamente nas
áreas de pesquisa, conteúdos e marketing.
3. Os processos de filtragem de candidaturas online melhorarão, enri-
quecendo o próprio processo de seleção.
4. As empresas de seleção tenderão a procurar novas opções para se
manter no mercado.
5. As organizações deverão passar a utilizar a Internet como uma rede
privada virtual de gestão e armazenamento de informações sobre
candidatos.
FoNTES: Pesquisa da Forrest Research; Você S.A., jun. 2002; <www.rtd.eom.br/site2/novosite>;
<www.rtd.eom.br/ siteVrevista\ edicao123\ 764_pag30-38-ca pa.pdf>; < www.curri<:ulum.corn>.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 53

3.12 Exercícios

1) Em grupo elabore um processo seletivo para motoristas


1. Processo de avaliação - O candidato pode ser submetido a:
a) dinâmica de grupo;
b) testes psicológicos;
c) provas de conhecimentos específicos;
d) entrevistas.

2. Sobre uma posição em algum tipo de atividade voluntária, deve-se saber:


a) Como recrutar e selecionar
b) Como manter os empregados
c) Que problemas podem ocorrer e como solucioná-los?

3. Perfil. desejado e entrevista - Para a posição descrita a seguir:


a) Cite alguns pontos-chave do boneco do cargo.
b) Como realizar a entrevista? Elaborar um roteiro que considere o que
avaliar e como.

4. Referindo-se ao caso "O mau recrutamento - visão do candidato" discutido no


capítulo, quais foram os problemas de seleção e como eles poderiam ter sido
evitados?
5. O que não é necessário colocar no currículo. Assinale apenas uma resposta
correta:
( ) situação conjugal
( ) RG
( ) número do celular
( ) número de filhos

6. O currículo deve ser enviado (assinale a(s) alternativa(s) possível(is)) (quan-


do o documento for entregue em papel)
( ) dentro de uma pasta
( ) com uma capa escrita: curriculum vitae
( ) sem nenhuma capa, somente grampeado, se houver mais de uma
folha
( ) com foto
54 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

7. O currículo não deve passar de uma página?


( ) certo
( ) errado
( ) depende da vaga

8. Escreva em até 4 linhas do que é capaz.


O currículo é um resumo profissional, o coração do currículo, é a apresenta-
ção de uma síntese das competências desenvolvidas ao longo da carreira. Em ge-
ral, é o item mais difícil da elaboração, pois deve-se discorrer sobre as habilidades
e prender a atenção do leitor.

9. Por onde você passou: dados das últimas empresas pelas quais passou; que tipo
de dados você acha que deve ser colocado? Assinale a correta.
( ) em todos os casos, o ramo de atividade das empresas
( ) a posição que você ocupou
( ) somente o tempo em que você ficou na empresa; não colocar a data
de entrada e a de saída

10. Qual é a sua língua ? O que não se deve fazer ao se referir ao seu conheci-
mento com línguas?
( ) subavaliar o conhecimento das línguas em que você não é 100%
fluente
( ) colocar o nome da escola onde estudou na sua cidade
( ) relatar que aprendeu um idioma no exterior
( ) dizer quanto tempo você estudou tal língua

11. As experiências de estudo ou trabalho no exterior são muito válidas. Relacione


pelo menos duas atividades que podem ser importantes.

12. Para quem está disputando um estágio, o item do currículo "infonnações adi-
cionais" pode ser muito importante. Assinale os itens que podem gerar dados
importantes no seu currículo.
( ) hobbies
( ) prática de esportes
( ) participação esporádica em trabaJho voluntário
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 55

( ) aprendizado de línguas por meio de experiência no exterior


( ) todas as anteriores
13. Uma empresa quer contratar uma pessoa para assistente administrativo. As-
sinale verdadeiro M ou falso (F) para cada uma das alternativas:
( ) Recrutar em jornais e revistas traria um número muito grande de can-
didatos para o cargo
( ) Uma forma eficiente de recrutar candidatos para esse cargo seria anun-
ciar em universidades e faculdades
( ) Recrutar pela lnternet pode ser muito eficiente para esse cargo
( ) A Internet propicia uma vantagem de pré-seleção para qualquer tipo
de recrutamento
( ) Recrutar na própria empresa pode ser uma forma de motivar os fun-
cionários
14. Com suas palavras, explique quais seriam os passos para se conduzir uma
boa entrevista de seleção de um canwdato a estagiário para uma fábrica de
brinquedos.
15. Assinale, entre as alternativas seguintes, qual(is) representa(m) o que um
entrevistador NÃO deve fazer em uma entrevista de seleção:
( ) perguntar ao candidato seu estado civil
( ) deixar o candidato pouco confortável para poder medir seu grau de

nervosismo
( ) perguntar ao candidato por que ele saiu de seu último emprego
( ) permitir que o canwdato o envolva
( ) perguntar ao candidato sua pretensão salarial
( ) informar-se sobre a afinidade que o candidato mantinha com seus ex-
colegas de trabalho e com sua última chefia
16. Coloque em ordem de importância as possíveis etapas de seleção para se con-
rratar um técnico em equipamentos:
( ) Entrevista
( ) Testes psicológicos e de personalidade
( ) Dinâmica de grupo
( ) Prova de conhecimento específico
( ) Triagem
17. Assinale, entre as alternativas a seguir, aquelas que representam as situações
em que é melhor contratar uma empresa de recrutamento especializada para
realizar tal processo:
56 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

( ) A empresa que procura candidatos não possui pessoal capacitado em


RH para fazer o recrutamento
( ) A empresa está sem dinheiro para fazer o recrutamento e acredita
que contratar outra empresa é certamente a maneira mais barata
( ) A empresa não conhece muito bem o mercado de trabalho
( ) A empresa acredita que o número de candidatos é muito grande para
a capacidade da empresa
18. Em um processo de seleção de comissários de bordo, quais as características
que os testes psicológicos podem investigar?
19. O que os testes de personalidade medem?
a) distúrbios de relacionamento
b) interesses
c) traços do comportamento individual
d) conflitos emocionais
e) todas as anteriores
20. Quais os requisitos de qualidade dos testes psicológicos segundo Santos?
21. Quais os aspectos psicológicos e sociais que uma dinâmica pode avaliar?
Respostas da questão 1
a) Ser ele mesmo, procurar participar sem exageros, deixar que os outros fa-
lem (respeitar o espaço alheio), interagir, não interromper alguém falando,
tirar dúvidas, mostrar bom relacionamento interpessoal (e acolhedor para fa-
zer com que os outros se sintam à vontade), administrar as emoções, mostrar
habilidade de negociação.
b) Prestar atenção às perguntas sem se preocupar com "pegadinhas", não
deixar respostas em branco, atenção ao tempo. Os testes, em geral, apresen-
tam aumento contínuo de dificuldade. Entender a lógica dos testes iniciais
ajudará nos testes fmais.
c) Exemplificar situações anteriores, não ser repetitivo nem cansativo (com
uso de muitos termos técnicos e jargões), mostrar diferenciais sem exageros.
d) Simpático Oembrar que a entrevista é uma conversa), demonstrar serie·-
dade e responsabilidade, expor seus conhecimentos, ser claro e objetivo, bus-
car aspectos em comum com o entrevistador.

22. Atividades do grupo - aplicação, siD'111lação, propostas de dis-


-
cussao em grupo
Proposta 1
• Dividir a classe em grupos de alunos.
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 5 7

• Fornecer transparências e canetas aos alunos.


• Definir um cargo de cada grupo ocupacional e solicitar que estabeleçam:
1. O tipo de recrutamento seria utilizado como primeira opção. Por quê?
2. As fontes de recrutamento que utilizariam, estabelecendo uma ordem
de prioridade (especificar o nome da fonte).
3. Detalhar as técnicas de seleção que utilizaria. Justificar a escolha.
• Solicitar aos grupos que apresentem seus resultados, abordando e co-
mentando as escolhas realizadas.

Proposta 2
• Dividir a classe em grupos de alunos.
• Apresentar aos alunos a seguinte situação:

Você foi contratado para implantar a rotina de recrutamento e seleção de


uma organização. Ao avaliar com o diretor de RH a sua proposta, ele solicita que
seja incorporado na avaliação médica pré-admissional o exame para detecção do
vírus HN.
Ele sabe que se trata de uma atitude que não possui respaldo legal, mas in-
. . -
s1ste na sua pos1çao.
Você concordaria com a posição do seu superior? Por quê?
Que atitudes você tomaria?

• Solicitar aos alunos que façam uma reflexão e discutam as questões éti-
cas e humanas que a situação envolve.
• Solicitar aos alunos que apresentem as conclusões a que chegaram.

23. Pesquisa e complementação bibliográfica


Proposta 1
• Solicitar aos alunos que escolham uma organização a que possam ter
acesso.
• Pesquisar nessa organização quais as rotinas de recrutamento e seleção
11tilizadas nos diferentes grupos ocupacionais.
• Pesquisar as técnicas de recrutamento e seleção utilizadas.
• Levantar índices de resultados: qual o tempo médio de preenchimento
de vaga para cada grupo ocupacional?; quantos candidatos são atendi-
dos mensalmente?; quantas vagas são preenchidas mensalmente? etc.

Proposta 2
• Pesquisa bibliográfica: escolher um tem.a específico dentro do recruta-
58 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

mento e seleção (testes psicológicos, entrevistas, dinâmica de grupo,


headhunters, sites de recrutamento, recrutamento interno, recrutamento
externo etc.).
• Buscar bibliografia e artigos recentes sobre o tema.
~

24. Case: Orubus atropela em aeroporto.

Ônibus atropela três e mata um em Congonhas


(Bruno Lima, da reportagem local)
"Um ônibus que faz o transpone de passageiros entre as aeronaves e os
terminais de embarque e desembarque do Aeroporto de Congonhas atrope•
lou três _pessoas na pista do aeroporto no início da noite de ontem. Uma de•
las morreu no local.
Os passageiros tinham acabado de desembarcar de um avião que vinha
de Goiânia. Eles se preparavam para entrar em uma van, na qual seriam le.
vados até a sala de desembarque do aeropono, quando foram atingidos pelo
ôru'bus. A.V., 52, funcionário de um grande banco, morreu. J.A.N., 23, funcia.
nário do restaurante do aeroporto, sofreu traumatismo craniano médio e foi
atendido no hospital. O técnico em contabilidade S. G. A., 52, passageiro do
vôo, teve ferimentos nos joelhos, em um cotovelo e em um pulso.
Era o primeiro dia de trabalho do motorista I.G.C., 33, funcionário da
empresa de ônibus contratada pela empresa aeroportuária. Segundo a polí-
cia, ele teria confundido os pedais e pisado no acelerador em vez de pisar no
freio, atropelando as vítimas. Os ônibus utilizados na pista são hidramáticos
e possuem dois pedais.
O motorista S.E, 39, que trabalha na empresa de ônibus há um ano e qua•
tro meses, estava no ôru'bus para acompanhar o primeiro dia do novo motoris-
ta. 'Os passageiros [dentro do ônibus] gritaram, eu gritei para ele parar, mas ele
acelerou.'
O motorista que acompanhava o novo motorista disse que, após o aciden-
te, o motorista chorou e começou a tremer. Segundo a policia, o motorista,
que não deu entrevista, seria liberado após depoimento, que deveria ocorrer
ontem à noite. Ele deve ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção).
No momento do atropelamento, havia cerca de 50 passageiros dentro do
ôrn'bus, que tinha saído do boxe 17 do pátio do aeroporto e ia em direção à
ala de desembarque. Após um _percurso de cerca de dez metros, o acidente
ocorreu.
tPdrece que foi mesmo uma falha humana. Ele [o motorista] se atrapalhou',
disse o Delegado Ruy Barros, titular da Delegacia de Polícia do Aeroporto.
Um funcionário da Empresa de Ônibus presente à delegacia infonnou que
a empresa não comentaria o assunto."
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 59

questão a : a panir do case "ônibus atropela em aeroporto", reunir um grupo


com S pessoas e responda de que fonna um programa de treinamento poderia ter
auxiliado neste caso?
questão b: se o funcionário tivesse sido previamente treinado a lidar com situa-
ções de grande pressão, muito provavelmente o acidente não teria ocorrido?
25. Case: A contratação na X-file.
Caso apresentado por A. T. Salto
(FEA/1999)
'!João (nome fictício), 20 anos, nascido em Tapiraí-SP, veio a São Paulo es-
tudar ciências sociais. Para se sustentar. necessitava de um trabalho, uma ocu-
pação, porém, era difícil: para ele havia poucas oportunidades. Na faculdade,
conheceu Ariovaldo, 21, que trabalhava em urna empresa de gerenciamento
de arquivos, a X-file, e não perdeu a oportunidade para pedir-lhe uma indica-
ção para ingressar nessa empresa. Ora, João precisava de recursos financei-
ros! A vaga disponível era de estagiário, cuja função era separar documentos,
segundo urna checklist. Concluindo: os pré-requisitos básicos eram: saber ler,
escrever e ter raciocínio lógico, além de ter resistência física para suportar a
rotina de separar documentação. No entanto, a empresa divulgava os seguin•
tes itens: universitário, domínio de inglês, experiência profissional, ser dinâ-
mico, ter vivência no exterior. &tes fatores deixaram o nosso "super-herói"
nervoso, apesar da indicação de seu colega. Resumindo: após uma entrevista
de cinco minutos, foi contratado. Contente, comemorou, não sabendo o que
lhe aguardava..."
Desfecho: uma semana depois se desligou da X-file.
De acordo com o caso anterior, explique:
a) qual foi a falha no recrutamento da empresa citada;
b) quais as desvantagens que esse recrutamento trouxe para a empresa;
c) proponha outra maneira de fazer o recrutamento;
d) que cuidados o João poderia ter tomado para evitar a decepção no
novo emprego.

26. Case: Experiência e esgrima.


Artigo '~té a esgrima ajuda", da revista Veja, 2000
"Não é brincadeira. O ínve,;timento na ~formação alternativa' pode fazer
diferença durante o processo de recrutamento.
O estudante A.T., de 20 anos, dedica-se com grande aplicação à esgrima.
Por estranho que seja, o esporte fez diferença na hora de arrumar um empre-
60 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

go. Explica-se: a empresa de consultoria na área de Recursos Humanos que o


contratou levou em conta o fato de ele ter chegado à seleção brasileira juvenil,
mesmo tendo começado tarde no esporte, aos 17 anos.[...] O engenheiro ci-
vil M.R., de 26 anos, partiu para Israel há três anos, para viver numa fazenda
coletiva, o chamado kibutz. Na volta, também por incrível que pareça, usou o
que aprendeu com a experiência para montar o próprio negócio. Explica-se:
dedicou-se um ano à jardinagem, à pesca e à ajuda aos moradores. Depois de
ter superado as adversidades e se adaptado à vida no campo, Rubinstein se cliz
preparado pra encarar qualquer desafio. 'Nos lagos, nós éramos de seis a dez
pessoas segurando uma rede e usando uma técnica especial para pescar [...] .'
Os profissionais de RH classificam a esgrima do estudante e a permanência
no kibutz de Rubinstein como 'formação alternativa'. A expressão define todo
o investimento em ensino cujo retomo só se colhe de forma inclireta. Quem faz
um curso de MBA ou aprende a usar uma calculadora científica investe tempo
em algo objetivo, cujos ganhos podem ser medidos. Há quem diga que um bom
profissional é aquele que aprende algo mensurável todos os anos. Mas o que
dizer de quem passa um ano morando em albergues na Europa, colhendo uvas
na França ou trabalhando de garçom em Londres? E aquele que decide estudar
teologia ou se inscrever nas fileiras de uma organização não-governamental?
O que o mercado pensa disso? A resposta é: ele adora isso [...]"
De acordo com o artigo •~ré a esgrima ajuda", da revista Veja, responda:
• O que experiências como as mencionadas no texto mostram sobre um •
candidato? 4

• Explique uma experiência que você já teve que pode ser considerada
uma formação alternativa, e o que essa experiência demonstrou sobre
sua personalidade e suas capacidades.
27. Case: Emprego e internet.
Artigo "Seu e mprego na Web", da revista Você S.A.,
abr. 2002 (adaptado)
Nos últimos anos, mais de 60.000 sites de carreira estrearam na Internet.
E parece que a febre continua. A cada semana surgem novos sites de procura
de emprego, de orientação profissional e de informações ligadas à carreira.
Além de movimentar o negócio em si, esses sites de carreira - e a Internet em
geral - estão provocando uma mudança radical na forma como os profissio-
nais procuram emprego, montam seus currículos e se apresentam no mercado
de trabalho.[...]
Recentemente fizemos um estudo com o pessoal da Harvard Business Scho-
ol e analisamos currículos produzidos há mais de 100 anos. Se você olhar para
esse material, vai ver que não houve quase mudança. Tanto há 100 anos, como
Recrutamento, Seleçlio e Testes Psicol6glc:os 61

recentemente, os currículos sempre estavam focados nas informações sobre a


educação e a experiência profissional da pessoa. O produto era basicamente
o mesmo. Com o advento da Internet, os currículos estão realmente passando
por uma transformação. Vão ficar mais fluentes e muito mais interativos. E isso
vai facilitar a vida tanto das empresas quanto dos profissionais. A Internet vai
possibilitar que as empresas conheçam melhor seus candidatos, entender o que
os motiva, quais são suas reais expectativas, em vez de se concentrar apenas
em fatos do passado. [...] Antigamente as empresas colocavam suas vagas nos
jornais e os candidatos tinham de ler os jornais toda semana para encontrar as
oportunidades. Depois escreviam uma carta relatando seu interesse pala vaga.
No novo sistema, via Internet, você vai até o site e diz exatamente o que preci-
sa, com todos os detalhes. Quando o site tem o emprego desejado em seu banco
de dados, ele avisa o profissional. Tudo isso é muito mais proativo, mais direto.
É claro que, se você estiver desempregado, poderá ler o jornal todo dia e fazer
todo o processo de pesquisa. Mas há um grupo de pessoas, [...] que não têm
tempo para isso. São os profissionais que estão empregados, supostamente fe-
lizes em sua atividade mas que nem por isso deixam de se interessar por novas
oportunidades. Nesse caso, o site é ideal e está mudando significativamente o
processo de como as pessoas procuram emprego. O mercado está muito mais
dinâmico. Os profissionais estão muito mais atentos.

a) De acordo com o artigo, explique o que os sites de procura de emprego


pedem no preenchimento dos currículos.
b) De acordo com o texto, explique quais as vantagens e desvantagens dos
sites de emprego.

Referências bibliográficas
1. Site sobre oporrunidades para entrantes no mercado de trabalho:
<www.aprendiz.com.br>
2. Site de empregos:
<www.bumeran.com.br>
3. Site de empregos:
<www.catho.com.br>
4. ONG que trabalha para colocar jovens no mercado de trabalho:
<www.ciee.org.br>
5. Site de empregos:
< www.curriculum.com.br>
6. Canal de empregos de Pernambuco:
<www.curriculumvitae.com.br>
7. Site de empregos:
<www.curriex.com.br>
62 Pr.iticas de Recursos Humanos - PRH • limongi França

8. Empresa de consuJtoria especializada na seleção de estagiários e trainees:


<www.dreves.com.br>
9. Ponal de empregos e carreira:
<www.empregos.com.br>
10. Site especializado na seleção de jovens profissionais:
• •
< www.estagianos.com >
11. Empresa de recrutamento de profissionais:
<www.gelre.com.br>
12. Empresa de recrutamento e seleção:
<www.jobonline.com.br>
13. Empresa de Recursos Humanos:
<w.vw.manager.com.br>
14. Site americano gratuito de cadastramento de currículos:
<www.monster.com>
15. Empresa de seleção de executivos:
<www.passarelliconsultores.com.br>
16. Guia de empregos:
<www.precisa-se.com.br>
17. Cadastro gratuito de currículo:
<www.proemprego.com.br>
18. Site coligado à empresa de recrutamento e seleção Companhia de Tolentos:
<www.vagas.com. br>
19. Site de gerenciamento de carreiras:
<www.vidaexecutiva.com.br>
CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. São Paulo:
Atlas, 1999.
FLIPPO, E. P. Principies of personnel management. New York: McGraw-Hill, 1961.
FRANÇA, A. C. L.; ARELLANO, E. B. Os processos de recrutamento e seleção. ln: FLEURY,
M. T. L. As pessoas na organização. 2. ed. São Paulo: Editora Gente, 2002. p. 63-72.
FRITZEN, S. J . Exerdcios práticos de dindmica de grupo. Rio de Janeiro: Vozes, v. l. 2001.
LODI, J. .B. Reautamento de pessoal. São Paulo: Livraria Pioneira, 1967.
SANTOS, O. B. Psicologia aplicada à orientação e seleção de pessoal. São Paulo: Livraria
Pioneira, 1973.
'I'IFFIN, J.; MCCORMICK, E. Psicologia industrial. Tradução de M. H. S. GappeUato. São
Paulo: Helder, 1969.
WEISS, D. Entrevista de seleção. Como conduzi-la com êxito. Tradução de 1. Dafonte. São
Paulo: Nobel, 1992.

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