Mente, corpo e espírito são parte do todo em uma pessoa, Tradições enfraquecidas.
Embora nenhuma tenha perdoado à
do mesmo modo que uma pessoa é parte do todo universal.
Identidade, divisão e conflitos são ilusões. Quando a mente e o
corpo estão em harmonia, a alma avança. Quando os
indivíduos não oferecem resistência ao universo, e
acompanham seu fluxo, abraçam a natureza. A partir desses
princípios filosóficos foi fundada a Irmandade de Akasha. Ao
lapidar o corpo, os Irmãos e Irmãs constroem um templo para
a mente a mente; a mente refinada traz o entendimento do
espírito. A Irmandade usa ferramentas simples – exercício,
meditação, prática e estudo – para transformar o homem
comum num irmão do conhecimento.
Histórico
As raízes filosóficas e históricas da Irmandade de Akasha
remetem aos primeiros tempos, quando todas as pessoas
viviam em harmonia. Os primeiros Akáshicos receberam sua
perícia em Dô do Dragão e da Fênix e disciplinaram seus
corpos e mentes por meio do equilíbrio entre movimento e
imobilidade. Conforme a Terra girava e mais pessoas chegavam
para viver próximos do Todo Cósmico, ele se fracionou e
tornou-se dissonante. O equilíbrio entre mente e corpo,
movimento e imobilidade, foi perturbado e aqueles que se
transformariam na Irmandade de Akasha se afastaram para as
montanhas, cavernas e florestas de modo a continuar seus
estudos do equilíbrio através do Dô. As artes marciais e os
exercícios aperfeiçoavam o corpo enquanto rigorosas
disciplinas, cânticos e preces purificavam a mente.
À medida que o mundo se fracionava e as pessoas seguiam
caminhos dissonantes, o conflito atingiu a Irmandade de várias
maneiras. Os antigos artífices trouxeram os primeiros vestígios
de tecnologia para a humanidade, afastando o povo de sua
relação com o mundo em imaterial e solidificando a barreira
entre os reinos material e espiritual. As ferramentas
encorajaram as pessoas a se concentrar somente naquilo que
podiam tocar, fazendo-as esquecer que havia algo mais; os bens
materiais se tornaram um objetivo e substituíram a realização
natural e a conquista pessoal. Mesmo dentro da Irmandade,
jovens estudantes se esmeravam no aprendizado Dô mas não
conseguiam compreender a relação entre filosofia e aptidão
física. Esses guerreiros viam as capacidades físicas da
Irmandade como um fim, trazendo desarmonia para o grupo e
para suas relações com outros.
Depois, os conflitos da Irmandade se expandiram e
abrangeram outro grupo de humanos Despertos, um bando de
magos que viam a reencarnação como sua meta. Os Irmãos de
Akasha não aprovavam os magos que tomavam em suas mãos o
poder sobre a vida e a morte, declarando guerra contra os são reconhecidos como passos num longo caminho, mas todos
magos da morte – que depois seriam conhecidos como os seres vivos têm virtudes e valores. Para a Tradição, elevar
Eutanatos – por 300 anos. O conflito deixou ambas as uma criatura ou filosofia acima de outra é uma divisão falsa.
outra por completo pelos os séculos de derramamento de
sangue, elas aprenderam entre si. Nenhuma Tradição (como
um todo) se lança num conflito afoitamente.
Conforme as filosofias espirituais do Budismo, Taoismo,
Xintoísmo e religiões similares se espalhavam pela Ásia, a
Irmandade prosperava. Os monastérios Shaolin da China
abrigavam os seus membros, da mesma forma que os retiros
das montanhas japonesas, os mosteiros de sacerdotes do Tibet
e os misteriosos místicos da Índia. Muitas pessoas normais
adotaram as crenças da Irmandade em suas vidas cotidianas.
Esse apoio comum se tornou a maldição da Irmandade de
Akasha: nações organizadas, ditadores cruéis e sociedades
secretas se ressentiam da influência libertadora dos Irmãos
sobre as Massas. A Irmandade acabou por ver-se envolvida em
guerras quando exércitos e governos procuraram destruir sua
influência. Suas fortalezas foram destruídas e seus integrantes
dispersos. Sociedades hierárquicas e sistemas de castas aliadas
ao foco da vida materialista voltaram o povo contra os
ensinamentos de autocapacitação da Irmandade.
Mesmo assim, como uma organização de devotada ao
aperfeiçoamento do indivíduo, a Irmandade de Akasha
sobreviveu. Monges peregrinavam, mantendo vivo os ideais da
Tradição enquanto seus ensinamentos se estabeleciam como
parte de muitas culturas e família. A influência Tecnocrata
pode ter destruído a força material da Irmandade, mas esse
nunca foi seu foco – o verdadeiro poder da Tradição vem da
alma da humanidade. Aqueles que precisam de orientação, que
sentem o chamado do Dô, encontram a Irmandade.
Independente dos desejos, estruturas e posses modernas nessa
era tecnológica, os irmãos e irmãs não podem ser aprisionados
ou privados de sua luz interior.
Para as Tradições mais atuais, a Irmandade incorpora o
equilíbrio entre violência e paz, compreensão e conflitos, nos
quais as próprias Tradições permanecem enredadas. As raízes
da Irmandade são espirituais, portanto não podem ser
destruídas por tiros, dinheiro ou leis. Os Punhos Guerreiros
usam suas incríveis capacidades para enfrentar os inimigos das
Tradições, enquanto seus ensinamentos pregam a Ascensão de
cada indivíduo através da retidão de suas ações. À medida que
o moderno renascimento das artes marciais e da filosofia
asiática se mistura à cultura e tecnologia do século XXI, a
Irmandade de Akasha se estabelece uma vez mais nos corações
das pessoas comuns por toda parte.
Organização
A estrutura da Irmandade é vaga; a iluminação e o destino
Capítulo Dois: As Tradições 47