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2022.

Ética Profissional
Professor Thiago Galvão Simonetti

Aula 3 – Ética na Magistratura


•Ética e Profissão

•Ética e Profissão Jurídica


•Controle e conduta dos profissionais do direito

•Ética na Magistratura
•Poder jurisdicional
•Deveres do Juiz
•Código de Ética da Magistratura

•CNJ
•Ética e Profissão

Ética profissional é o conjunto de regras morais de conduta que o indivíduo deve


observar em sua atividade, no sentido de valorizar a profissão e bem servir aos que
dela dependem.

O que define o estatuto ético de uma profissão é a responsabilidade que dela decorre,
pois quanto maior a sua importância, maior a responsabilidade que dela provém em
face dos outros.

Como conceituar profissão?


•PROFISSÃO
Entendida como uma prática social produtiva, que evolve troca econômica, da qual se
extrai os meios para subsistência, para sua qualificação e para seu aperfeiçoamento,
técnico, moral e intelectual, e da qual decorre do seu exercício um benefício geral.
É algo tanto relevante para o indivíduo quanto para sociedade.

O trabalho não pode ser considerado apenas como questão material e de


subsistência, devendo também ser considerada pela perspectiva de autoafirmação da
humanidade, em que pessoas em convívio social dependem de níveis adequados de
socialização.

Transformação da natureza, do indivíduo e da sociedade.


•CÓDIGOS DE ÉTICA

Com a regulamentação a ética profissional


passa um conjunto de prescrições de conduta.

Deixam de ser normas puramente éticas e


passam a ser normas jurídicas, as quais seu
descumprimento acarretam sansões
administrativas, equiparando as infrações
éticas em infrações funcionais.
•Ética e Profissão Jurídica

•Eixos de preocupações das profissões jurídicas


• A questão da eficiência da Justiça;
A responsabilidade pela busca de uma sociedade mais justa e equilibrada
• A questão da probidade das profissões jurídicas;
Probidade, correção, lisura, discrição, eficiência, etc.
• A questão da complexidade ao agir.
Busca de soluções para os dilemas da sociedade.

•Controle e conduta dos profissionais do direito


Profissionais de direito possuem regulamentos específicos de suas atividades
profissionais e controle efetivo de cumprimento dessas normas e órgãos
colegiados que fiscalizam esse cumprimento.
•Ética na Magistratura

O juiz é responsável pela aplicação da justiça


corretiva.
Se as partes se desigualam, cumpre ao juiz
restabelecer a igualdade.
Imparcial;
Equidistante; Simbologia da balança e do martelo
Mediador;
Humanista;
Inependente; e
Razoável.
•Poder Jurisdicional

A jurisdição como função "expressa o encargo que têm os órgãos estatais de


promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do
direito justo e através do processo"

A magistratura é órgão social autônomo, digno, desvinculado de outras instituições e


descompromissado com a representação de quaisquer ideologias.

Para manter essa independência a Constituição Federal atribuiu garantias à


magistratura:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a
perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração
Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar 35/79)
Art. 36 - É vedado ao magistrado:
I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto
como acionista ou quotista;
II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer
natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração;
III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de
julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos
judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.

CPC arts. 144 e 145 (impedimentos e suspeições)


Atribuições da Magistratura
•Custódia de processos;
•Organização cartorial;
•Comportamento de servidores da justiça;
•Célere e tempestiva solução de litígios;
•Correição dos serviços judiciários;
•Atendimento a advogados, membros do ministério
público e sociedade;
•Produção de provas orais em processos;
•Proferimento de despachos, decisões interlocutórias e
sentenças;
•Demais atividades condizentes com a função.
•Deveres do Juiz
Lei Complementar 35/79
Art. 35 - São deveres do magistrado:
I - Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos
de ofício;
II - não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;
III - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos
legais;
IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas,
os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se
trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.
V - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;
VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar
injustificadamente antes de seu término;
VIl - exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de
custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;
VIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.
•Deveres do Juiz
Assim o magistrado que se distanciar de suas atribuições legais, que deixar seguir os dizerem da
profissão, ais que deixar de receber promoções por méritos, ficará sujeito a aplicação de sansões
proporcionais à gravidade do desvios.
Apurados pela Corregedoria respectiva e/ou pelo Conselho Nacional de Justiça.

Art. 41 - Salvo os casos de impropriedade ou excesso de linguagem o magistrado não pode ser punido
ou prejudicado pelas opiniões que manifestar ou pelo teor das decisões que proferir.
Art. 42 - São penas disciplinares:
I - advertência;
II - censura;
III - remoção compulsória;
IV - disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço;
V - aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço;
VI - demissão.
•Código de Ética da Magistratura

Resolução Nº 60 de 19/09/2008

Um Código de Ética da Magistratura constitui um parâmetro fundamental para atuação do juiz.


Contribui para orientar a forma como os profissionais que lidam com os interesses da justiça devem
conduzir o quotidiano de sua atuação, e, sem caráter punitivo ou recriminatório, tem visão de como as
virtudes profissionais devem ser conduzidas, em comprometimento com as virtudes pessoais e
publicas.
Princípios:
• Independência profissional e Imparcialidade judicante;
• Conhecimento, Capacitação e diligência no atendimento das demandas;
• Cortesia no trato;
• Transparência nos atos e segredo nos casos;
• Prudência ética, integridade moral na profissão;
• Dignidade, honra e decoro nas posturas sociais.
• Conselho Nacional de Justiça

•Emenda Constitucional nº 45, de 2004 e instalado em 14


de junho de 2005, nos termos do art. 103-B da
Constituição Federal.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição
pública que visa a aperfeiçoar o trabalho do Judiciário
brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e
à transparência administrativa e processual.
Missão: promover o desenvolvimento do Poder Judiciário
em benefício da sociedade, por meio de políticas
judiciárias e do controle da atuação administrativa e
financeira.
Visão de futuro: órgão de excelência em governança e
gestão do Poder Judiciário, a garantir eficiência,
transparência e responsabilidade social da Justiça
brasileira.
• Conselho Nacional de Justiça

Órgão de transparência e controle

• Na Política Judiciária: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da
Magistratura;
• Na Gestão: definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do
Poder Judiciário;
• Na Prestação de Serviços à População: receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra
membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de
serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializado.
• Na Moralidade: julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, podendo determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar
outras sanções administrativas.
• Na Eficiência dos Serviços Judiciais: realizar, fomentar e disseminar melhores práticas que visem à
modernização e à celeridade dos serviços dos órgãos do Judiciário. Com base no relatório estatístico sobre
movimentação processual e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional em todo o país, formular e
executar políticas judiciárias, programas e projetos que visam à eficiência da justiça brasileira.
• Conselho Nacional de Justiça

COMPOSIÇÃO

15 conselheiros:

• 9 magistrados;
• 2 membros do Ministério Público;
• 2 advogados;
• 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada.

A presidência é exercida pelo presidente do STF


• Projeto de Extensão Direito na Escola
• Matutino

• Liberdade de expressão e Fakenews;


• Liberdade de expressão e a cultura do cancelamento;
• Nudes e o Direito de imagem;
• Assédio sexual;
• A organização política do Estado brasileiro;
• Discriminação racial.

Atividade Unidade I
• Projeto de Extensão Direito na Escola
• Noturno

• Lei Maria da Penha;


• Organização política do Estado brasileiro.

Atividade Unidade I
• DICA DE FILME:

“A moral são comportamentos avaliados pela


sociedade.
A ética são comportamentos avaliados pela
sua consciência.Cada pessoa, dependendo
de onde e quando nasceu, desenha uma linha
e diz se daqui até aqui está certo ou errado.
E a maior loucura é quando você chega bem
perto dessa linha.”
Fernando Araújo
Ladrão argentino que planejou e executou um
roubo ao Banco Rio em 2006 na Cidade de
Buenos Aires

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