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Vale a pena salientar que a arte como ferramenta aplicada a clínica, é um processo
atentamente guiado, onde a tríade terapeuta, paciente e arte estão intrinsecamente
vinculados em um contexto com um fim específico de catarse, expressão do
sofrimento e elaboração de sentimentos, na desconstrução de padrões de
pensamentos e comportamentos que porventura contribuíram ao paciente o estado de
adoecimento. Existe quebra de paradigmas de suas vivências de modo a construir
novos padrões mais saudáveis, criando novas perspectivas e construindo uma nova
realidade que possa proporcionar o encontro do eu do paciente enquanto essência e
desta forma, buscando a harmonia e a saúde.
Importante ressaltar que a arte na clínica nunca deve ser considerada um passatempo
ou simples relaxamento, pois como foi exposto acima ela remete a fins terapêuticos e
resultados específicos. Não existe contra-indicação para a utilização da arteterapia,
podendo ser utilizada em qualquer abordagem da clínica individual, em psicoterapias
grupais e em qualquer faixa etária, tais como o público infantil, adolescente, adulto e
idoso. Abrange qualquer condição socioeconômica e grau de instrução, atendendo as
mais diversas queixas, sejam de ordem física, psicológica ou psicossomática, dentre
elas as doenças auto-imunes, a depressão, o Alzheimer, problemas neuropsicofísicos
em geral. Dentre as artes que participam nos processos de cura, podemos citar a
arteterapia (desenhos, mandalas, pintura, escultura e trabalhos com argila), a
musicoterapia (canto, instrumentos musicais), psicodrama (teatro) e a biodança. O tipo
de procedimento a ser utilizado vai depender da história de vida do paciente, de sua
queixa clínica, bem como de seus interesses, propensões e limitações. Cada caso é
um caso único, onde se necessita realizar todo um procedimento personalizado para
aquele paciente.