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INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE

ORIGEM ANIMAL

PROF.: LUANA R. C. CARDOSO


MÉDICA VETERINÁRIA
CRMV-MS 3344
REGISTRO,
EMBALAGEM,
ROTULAGEM E
CARIMBOS DE
POA’S
LEGISLAÇÃO

 DECRETO 9.013/2017 e suas alterações - RIISPOA;

 RESOLUÇÃO - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022


REGISTRO DE POA’S
RIISPOA
Art. 427
Todo produto de origem animal produzido no País ou importado deve ser registrado no Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal.
O registro de que trata o caput abrange a formulação, o processo de fabricação e o rótulo.
O registro deve ser renovado a cada dez anos.

Art. 428. Solicitação de registro:


I - matérias-primas e ingredientes, com discriminação das quantidades e dos percentuais utilizados;
II - descrição das etapas de recepção, de manipulação, de beneficiamento, de industrialização, de
fracionamento, de conservação, de embalagem, de armazenamento e de transporte do produto;
III - descrição dos métodos de controle realizados pelo estabelecimento para assegurar a identidade, a
qualidade e a inocuidade do produto; e
IV - relação dos programas de autocontrole implantados pelo estabelecimento.
EMBALAGEM
 DEFINIÇÃO (ANVISA):
 “É o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinada a cobrir, empacotar,
envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, matérias-primas, produtos semielaborados ou produtos acabados”.

 RIISPOA:
Art. 435
Os produtos de origem animal devem ser acondicionados ou embalados em recipientes ou continentes que
confiram a necessária proteção, atendidas as características específicas do produto e as condições de
armazenamento e transporte.
 De material previamente autorizado pelo órgão regulador da saúde.
 De acordo com a natureza do produto, pode ser exigida embalagem ou acondicionamento específico.

Art. 436
Permitida a utilização de embalagem diferente dos padrões tradicionais para produtos destinados ao comércio
internacional, desde que atestado pelo fabricante o atendimento à legislação do país importador.

Art. 437 É permitida a reutilização de recipientes para o envase ou o acondicionamento de produtos e de matérias-
primas utilizadas na alimentação humana quando íntegros e higienizados, a critério do SIF.
EMBALAGEM
 Função:
 PROTEÇÃO
Deve proteger o produto contra adulteração ou perda de
integridade, sendo acidentais ou provocadas durante o armazenamento,
transporte, distribuição, manuseio, etc.

 CONSERVAÇÃO
Prolongar a vida útil através do controle de fatores extrínsecos
como: umidade, oxigênio, luz e etc. além de servir como barreira física a
microrganismos.

 INFORMAÇÃO
Meio informativo para consumidores e distribuidores, deve conter as
informações obrigatórias de acordo com a legislação. Primeiro contato do
consumidor com o produto. Marketing das empresas.
EMBALAGEM
 Agregam valor ao produto.

Inteligentes: monitoram as condições do


Conveniência: Facilitam a “vida” do consumidor
alimento ou ambiente “comunicando-se” com o
consumidor
EMBALAGEM
 CLASSIFICAÇÃO:

 PRIMÁRIA:
 São aquelas que entram em contato direto com o produto
 Lata, vidro ou plástico;
 Conservação proteção do produto

PRINCIPAIS:
Bandejas de poliestireno e filme de PVC;
Vácuo;
Atmosfera modificada;
EMBALAGEM
 SECUNDÁRIA:
 Pacote ou caixa
 São aquelas que entram em contato com as primárias, podendo acondicionar
uma ou mais unidades;
 Proteção contra ações físicas e mecânicas durante armazenamento e
transporte e distribuição.

 TERCIÁRIA:
 Agrupam várias embalagens secundárias;
 Facilidade e proteção no transporte.
ROTULAGEM
 RIISPOA
 Art. 438
 Toda inscrição, legenda, imagem e toda matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada,
gravada em relevo, litografada ou colada sobre a embalagem ou contentores do produto de origem animal destinado ao
comércio, com vistas à identificação.

 Art. 439 Só podem expedir ou comercializar matérias-primas e produtos de origem animal registrados pelo
DIPOA e identificados por meio de rótulos
 Local visível;
 Resistente às condições de armazenamento e de transporte dos produtos
 Quando em contato direto com o produto, o material utilizado em sua confecção deve ser previamente autorizado pelo
órgão regulador da saúde.
 Informações visíveis, caracteres legíveis, cor contrastante com o fundo e indeléveis.
 Rastreabilidade dos produtos.
ROTULAGEM
 RIISPOA
 Art. 440 Os produtos destinados à exportação devem observar a legislação do país importador.
 Processos tecnológicos ou apresentarem composição permitida pelo país importador, mas não atenderem ao disposto na
legislação brasileira, não podem ser comercializados em território nacional.

 Art. 441 O uso de ingredientes, de aditivos e de coadjuvantes de tecnologia em produtos de origem animal e a
sua forma de indicação na rotulagem devem atender à legislação específica.

 Art. 442. Os rótulos somente podem ser utilizados nos produtos registrados aos quais correspondam, devendo
constar destes a declaração do número de registro do produto DIPOA.
 As informações expressas na rotulagem devem retratar fidedignamente a verdadeira natureza, a composição e as
características do produto.
ROTULAGEM
 RIISPOA
 Art. 443. Além de outras exigências previstas neste Decreto, em normas complementares e em legislação
específica, os rótulos devem conter, de forma clara e legível:
 I - nome do produto;
 II - nome empresarial e endereço do estabelecimento produtor;
 III - nome empresarial e endereço do importador, no caso de produto de origem animal importado;
 IV - carimbo oficial do SIF;
 V - CNPJ ou CPF, nos casos em que couber;
 VI - marca comercial do produto, quando houver;
 VII - prazo de validade e identificação do lote;
 VIII - lista de ingredientes e aditivos;
 IX - indicação do número de registro do produto no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
 X - identificação do país de origem;
 XI - instruções sobre a conservação do produto;
 XII - indicação quantitativa, conforme legislação do órgão competente; e
 XIII - instruções sobre o preparo e o uso do produto, quando necessário.
ROTULAGEM
 Art. 443
 Terceirização da Produção:
 Deve constar a expressão “Fabricado por”, ou
equivalente, seguida da identificação do fabricante,
e a expressão “Para”, ou equivalente, seguida da
identificação do estabelecimento contratante.

 § 3º Quando ocorrer apenas o processo de


fracionamento ou de embalagem de produto, deve
constar a expressão “Fracionado por” ou “Embalado
por”, respectivamente, em substituição à expressão
“fabricado por”.

 § 4º Nos casos de que trata o § 3º, deve constar a


data de fracionamento ou de embalagem e a data Art. 450 Os rótulos e carimbos do SIF devem
de validade, com prazo menor ou igual ao referir-se ao último estabelecimento onde o
estabelecido pelo fabricante do produto, exceto em produto foi submetido a algum processamento,
casos particulares.
fracionamento ou embalagem.
ROTULAGEM
 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005
 Denominação (nome) de venda do produto de origem animal;
 Lista de ingredientes;
 Conteúdos líquidos;
 Identificação da origem;
 Carimbo oficial da Inspeção Federal;
 Categoria do estabelecimento;
 CNPJ;
 Conservação do produto;
 Marca comercial do produto;
 Identificação do lote;
 Data de fabricação;
 Prazo de validade;
 Composição do produto;
 Indicação da expressão: Registro no Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob nº----/-----;
 Instruções sobre o preparo e uso do produto de origem animal comestível ou alimento, quando necessário.
ROTULAGEM
 RIISPOA
 Art. 446 VEDADA a presença de expressões, marcas, vocábulos, sinais, símbolos, emblemas, ilustrações,
etc.. QUE:
 Que possam transmitir Informações falsas, incorretas ou que possam, direta ou indiretamente induzir o consumidor a
equívoco, erro, confusão ou engano em relação à verdadeira natureza (composição, rendimento, procedência, tipo,
qualidade, quantidade, validade, características nutritivas ou forma de uso do produto).

 NÃO podem destacar a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou próprios de produtos de igual
natureza, exceto nos casos previstos em legislação específica.

 Os rótulos dos produtos de origem animal NÃO podem indicar propriedades medicinais ou terapêuticas.

 O uso de alegações de propriedade funcional ou de saúde em produtos de origem animal deve ser previamente
aprovado pelo órgão regulador da saúde, atendendo aos critérios estabelecidos em legislação específica.
ROTULAGEM
 RIISPOA
 Art. 447
 Mesmo rótulo para produtos idênticos fabricados por unidades diferentes da mesma empresa. (croqui)

 Art. 448
 Produtos destinados ao comércio internacional: Rotulagem pode ser impressa em uma ou mais línguas estrangeiras,
desde que contenha o carimbo do SIF, além da indicação de que se trata de produto de procedência brasileira e do
número de seu registro no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
ROTULAGEM PARTICULARIDADES
 RIISPOA
 Art. 454 Carcaças, quartos ou partes de carcaças em natureza de bovídeos, de equídeos, de
suídeos, de ovinos, de caprinos e de ratitas, destinados ao comércio varejista ou em trânsito
para outros estabelecimentos recebem o carimbo do SIF diretamente em sua superfície e
devem possuir, além deste, etiqueta-lacre inviolável.

Art. 455 produtos cárneos que contenham carne e produtos vegetais devem dispor nos rótulos a
indicação das respectivas percentagens.

Art. 456. A água adicionada aos produtos cárneos deve ser declarada, em percentuais, na lista de
ingredientes do produto (acima de 3%).
ROTULAGEM PARTICULARIDADES
 RIISPOA
 Art. 457 Os produtos que não sejam leite, produto lácteo ou produto lácteo composto
não podem utilizar rótulos, ou qualquer forma de apresentação, que declarem,
impliquem ou sugiram que estes produtos sejam leite...

 Art. 458 e 459 Tratando-se de pescado fresco, pode ser dispensado o uso de
embalagem e a aposição de rótulos, conforme definido em normas complementares.
 Tratando-se de pescado descongelado, deve ser incluída na designação do produto a
palavra “descongelado”, devendo o rótulo apresentar no painel principal, logo abaixo
da denominação de venda, em caracteres destacados, “NÃO RECONGELAR”.

 Art. 460. Na rotulagem do mel, do mel de abelhas sem ferrão e dos derivados dos
produtos das abelhas deve constar a advertência “Este produto não deve ser
consumido por crianças menores de um ano de idade.”, em caracteres destacados,
nítidos e de fácil leitura.

 Art. 462. Os rótulos das embalagens de produtos não destinados à alimentação


humana devem conter, além do carimbo do SIF, a declaração “NÃO COMESTÍVEL”, em
caixa alta, caracteres destacados e atendendo às normas complementares.
ROTULAGEM - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022

 Art. 13. Os alimentos que contenham ou sejam derivados dos principais alimentos que causam alergias
alimentares, listados no Anexo III desta Resolução, devem conter as seguintes advertências, conforme o caso:
 I - "ALÉRGICOS: CONTÉM (NOMES COMUNS DOS ALIMENTOS QUE CAUSAM ALERGIAS ALIMENTARES)";
 II - "ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE (NOMES COMUNS DOS ALIMENTOS QUE CAUSAM ALERGIAS
ALIMENTARES)"; ou
 III - "ALÉRGICOS: CONTÉM (NOMES COMUNS DOS ALIMENTOS QUE CAUSAM ALERGIAS ALIMENTARES) E
DERIVADOS".
 Parágrafo único. No caso dos crustáceos, a declaração das advertências de que trata o caput desse artigo deve
incluir o nome comum das espécies, da seguinte forma, conforme o caso:
 I - "ALÉRGICOS: CONTÉM CRUSTÁCEOS (NOMES COMUNS DAS ESPÉCIES)";
 II - "ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE CRUSTÁCEOS (NOMES COMUNS DAS ESPÉCIES)"; ou
 III - "ALÉRGICOS: CONTÉM CRUSTÁCEOS E DERIVADOS (NOMES COMUNS DAS ESPÉCIES)".
 Art. 14. Nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada por alérgenos
alimentares dos principais alimentos que causam alergias alimentares listados no Anexo III desta Resolução,
deve ser declarada a advertência "ALÉRGICOS: PODE CONTER (NOMES COMUNS DOS ALIMENTOS QUE CAUSAM
ALERGIAS ALIMENTARES)".
ROTULAGEM - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022
ROTULAGEM - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022

 No caso de alimentos que exijam condições especiais para sua conservação ou que possam
sofrer alterações após a abertura da embalagem, a declaração de que trata o art. 31 desta
Resolução deve ser acompanhada:
 I - de informações sobre as precauções necessárias para manutenção das características do
alimento;
 II - da indicação das temperaturas máxima e mínima para a conservação do alimento; e
 III - do tempo que o fabricante, produtor ou fracionador garante sua durabilidade nessas
condições.
 Parágrafo único. No caso dos alimentos congelados:
 I - deve ser indicado que o prazo de validade varia segundo a temperatura de conservação; e
 II - pode ser indicado o prazo de validade para cada temperatura, por meio das expressões
"validade a - 18º C (freezer): ...", "validade a - 4º C (congelador): ...", e "validade a 4º C
(refrigerador):...", seguida da declaração da data de validade,
ROTULAGEM - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022
 A declaração das instruções sobre o preparo e uso do alimento deve garantir o uso correto do produto pelo
consumidor, incluindo sua reconstituição, descongelamento ou tratamento a ser aplicado.
 Parágrafo único. A declaração de que trata o caput desse artigo não pode ser ambígua ou dar margem a falsas
interpretações.
 Art. 34. As carnes suínas cruas, incluindo miúdos, toucinho, pele, embutidos, carne moída e produtos cárneos
moldados, e as carnes de aves cruas, incluindo miúdos e produtos cárneos à base de carne moída ou picada de aves,
devem conter a declaração das instruções de preparo, uso e conservação previstas no Anexo IV desta Resolução.
 §1º Os produtos de que trata o caput desse artigo incluem aqueles temperados, maturados, refrigerados, congelados ou
embalados a vácuo.
 §2º A declaração de que trata o caput desse artigo não se aplica aos alimentos destinados exclusivamente ao
processamento industrial.
 §3º No caso dos alimentos destinados exclusivamente aos serviços de alimentação, as instruções de que trata o
caput desse artigo podem ser fornecidas alternativamente nos documentos que acompanham o produto ou por
outros meios acordados entre as partes.
 Art. 35. Os ovos devem conter as seguintes instruções de conservação e uso:
 I - "O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde"; e
 II - "Manter os ovos preferencialmente refrigerados".
 §1º As declarações de que trata o caput desse artigo se aplicam aos entrepostos que embalam ovos destinados ao
consumo humano.
 §2º As declarações de que trata o caput desse artigo podem ser complementadas com ilustrações, de forma a
facilitar a sua compreensão.
ROTULAGEM - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022
ROTULAGEM - RDC Nº 727, DE 1° DE JULHO DE 2022
CARIMBOS
CARIMBOS
 Art. 433
 O carimbo de inspeção representa a marca oficial do SIF;
 Constitui a garantia de que o produto é procedente de estabelecimento inspecionado e fiscalizado pelo
MAPA.

 Art. 464. O carimbo deve conter:


 I - a expressão “Ministério da Agricultura”, na borda superior externa;
 II - a palavra “Brasil”, na parte superior interna;
 III - palavra “Inspecionado”, ao centro;
 IV - o número de registro do estabelecimento, abaixo da palavra “Inspecionado”; e
 V - as iniciais “S.I.F.”, na borda inferior interna.

 Pode ser dispensado o uso da expressão “Ministério da Agricultura” na borda superior dos carimbos oficiais de
inspeção, nos casos em que os carimbos forem gravados em relevo em vidros, latas, plásticos termo-moldáveis,
lacres e os apostos em carcaças.

 evDem obedecer exatamente à descrição e aos modelos determinados neste Decreto e em normas
complementares...
CARIMBOS
 MODELO 1:
 Dimensões: 7cm x 5cm;
 Forma: elíptica no sentido horizontal;
 Dizeres:
 Número de registro do estabelecimento, isolado e abaixo da palavra “Inspecionado”, colocado horizontalmente,
 “Brasil”, que acompanha a curva superior da elipse;
 Abaixo do número de registro do estabelecimento, constar as iniciais “S.I.F.”, acompanhando a curva inferior;
 Uso: para carcaça ou quartos de bovídeos, de equídeos e de ratitas em condições de consumo em natureza, aplicado sobre
as carcaças ou sobre os quartos das carcaças;
CARIMBOS
 MODELO 2:
 Dimensões: 5cm x 3cm ;
 Forma: elíptica no sentido horizontal;
 Dizeres: idênticos ao modelo 1;
 Uso: para carcaças de suídeos, de ovinos e de caprinos em condições de consumo em natureza, aplicado sobre as
carcaças ou sobre os quartos das carcaças;
CARIMBOS
 MODELO 3:
 Dimensões:
 1cm de diâmetro → embalagens com superfície visível para rotulagem ≤ a
10cm²;
 2cm ou 3cm → embalagens de até 1kg;
 4cm →embalagens de 1kg até 10kg;
 5cm → embalagens superior a 10kg;
 Forma: circular;
 Dizeres: deve constar o número de registro do estabelecimento, isolado e
abaixo da palavra “Inspecionado” colocada horizontalmente e “Brasil”, que
acompanha a curva superior do círculo; logo abaixo do número de registro do
estabelecimento deve constar as iniciais “S.I.F.”, acompanhando a curva
inferior; e a expressão “Ministério da Agricultura” deve estar disposta ao
longo da borda superior externa;

 Uso: para rótulos ou etiquetas de produtos de origem animal utilizados na


alimentação humana.
CARIMBOS
 MODELO 4:
 Dimensões:
 3cm de lado quando aplicado em rótulos ou etiquetas;
 15cm de lado quando aplicado em sacarias.

 Forma: quadrada;
 Uso: para rótulos, etiquetas ou sacarias de produtos não
comestíveis;
CARIMBOS
 MODELO 5:
 Dimensões: 7cm x 6cm
 Forma: retangular no sentido horizontal;
 Dizeres: a palavra “Brasil” colocada horizontalmente no
canto superior esquerdo, seguida das iniciais “S.I.F.”; e
logo abaixo destes, a palavra “condenado” também no
sentido horizontal;
 Uso: para carcaças ou partes condenadas de carcaças;
CARIMBOS
 MODELO 6:

 Dimensões: 7cm x 6cm


 Forma: retangular no sentido horizontal;
 Dizeres:
 a palavra “Brasil” colocada horizontalmente no canto
superior esquerdo;
 abaixo no canto inferior esquerdo, as iniciais “S.I.F.”;
 na lateral direita, dispostas verticalmente as letras “E”,
“S” ou “C” com altura de 5cm ou “TF” ou “FC” com altura
de 2,5cm.

 Uso: para carcaças ou partes de carcaças destinadas ao


preparo de produtos submetidos aos processos de
esterilização pelo calor (E), de salga (S), de cozimento (C),
de tratamento pelo frio (TF) ou de fusão pelo calor (FC);
CARIMBOS
 MODELO 7:
 Dimensões: 15mm (quinze milímetros) de diâmetro;
 Forma: circular;
 Diretrizes:
 Deve constar o número de registro do estabelecimento,
isolado e sobre as iniciais “S.I.F.” colocadas
horizontalmente abaixo;
 a palavra “Brasil” acompanhando a borda superior interna
do círculo; logo abaixo do número, a palavra
“Inspecionado”;
 Uso: em lacres utilizados no fechamento e na identificação
de contentores e meios de transporte de matérias-primas e
produtos que necessitem de certificação sanitária, podendo
ser de material plástico ou metálico.
TIPIFICAÇÃO
DE
CARCAÇAS
DE BOVINOS
CLASSIFICAÇÃO X TIPIFICAÇÃO

 CLASSIFICAÇÃO
 Agrupar semelhantes (raça, sexo, acabamento, maturidade, conformação).

 TIPIFICAÇÃO
 Hierarquização das classes (pior e melhor).

(FELÍCIO, 2011)
OBJETIVOS DA TIPIFICAÇÃO

 OBJETIVO PRINCIPAL: Avaliar as características das carcaças que estejam


relacionadas direta ou indiretamente ao rendimento e qualidade.

 Auxiliar na comercialização entre produtores – frigoríficos – varejo;


 Agregar valor aos produtos comercializados;
 Garantir ao consumidor especificações diferenciadas de cortes e produtos;
 Auxiliar a indústria frigorífica quanto ao destino dado à carcaça: exportação, mercado
interno, fabricação de produtos cárneos, etc.
 Organização/padronização da cadeia produtiva.
QUALIDADE DA CARNE
 FATORES INTRÍNCECOS
 Raça, idade, sexo..

Raça Angus - considerada uma raça Raça Brahman - considerada uma


precoce raça de precocidade intermediária

 FATORES EXTRÍNSECOS
 Manejo, nutrição, ambiente...

Gado a pasto Gado em confinamento


SISTEMA BRASILEIRO DE TIPIFICAÇÃO DE
CARCAÇAS
 LEGISLAÇÃO
 Portaria Ministerial 612 publicada no Diário Oficial da União de 10/10/1989
 Rege o Sistema Brasileiro de Tipificação de Carcaças Bovinas

 Portaria Ministerial 268 publicada no Diário Oficial da União de 08/05/1995


 Define um tipo de carcaça a ser comercializado como novilho precoce com base na categoria de novilho Jovem (no
máximo 4 dentes permanentes) da n° 612.

 MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) através da normativa N. 9 de 4 de maio de 2004


 O novo sistema instituía a obrigatoriedade da classificação de carcaças em todo o território nacional a partir do início
de 2005, em todos os matadouros-frigoríficos com Inspeção Federal.
 foi adiada pelo MAPA, com a IN no 37, de 29.12.2004 e ainda não implementada.
PARÂMETROS UTILIZADOS (B.R.A.S.I.L.)

 1º) SEXO
 Macho = M
 Macho castrado = C
 Fêmea = F
 Vaca de descarte = FV

MACHO FÊMEA

FONTE: http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf9_2002/11_RPCV543.pdf
PARÂMETROS UTILIZADOS (B.R.A.S.I.L.)
 2º) MATURIDADE (Dentes incisivos)

 Dentes de leite (d) = animal


com apenas a primeira
dentição, sem queda das
pinças.
 Dois dentes (2d) = animais com
até dois dentes definitivos, sem
queda dos primeiros médios da
primeira dentição.
 Quatro dentes (4d) = animais
com até quatro dentes
definitivos, sem queda dos
segundos médios da primeira
dentição.
 Seis dentes (6d) = animais com
até seis dentes definitivos, sem
queda dos cantos da primeira
dentição.
 Oito dentes (8d) = animais com
mais de seis dentes definitivos
Dentes de leite – 18 a 20 meses

2d – 24 meses

4d – 30 a 36 meses
6d – 42 a 48 meses

8d – acima de 60 meses
PARÂMETROS UTILIZADOS (B.R.A.S.I.L.)

 3º) PESO DA CARCAÇA QUENTE (Kg)


 Macho (M) = 210Kg (mínimo)
 Macho castrado (C) = 210Kg (mínimo)
 Fêmea (F) = 180Kg (mínimo)

 B – macho 210 kg – fêmea 180 kg


 R – macho 220 kg - fêmea 180 kg
 A – macho 210 kg – fêmea 180 kg
 S – macho 225 kg – fêmea 180 kg
 I – sem especificação
 L – sem especificação
PARÂMETROS UTILIZADOS (B.R.A.S.I.L.)
 4º) ACABAMENTO
 Avaliação subjetiva da gordura de
acabamento.

 Verificar a distribuição e quantidade


de gordura de cobertura , em locais
diferentes da carcaça:
 6ª costela – m. grande dorsal
(dorsal)
 9ª costela – m. grande dorsal
(ventral)
 12ª costela – m. serrátil dorsal
caudal lombo e coxão

Padrão de cobertura de gordura


1=ausente(0mm) , 2=escassa (1 a 3mm), 3=mediana (3 a
6mm), 4=uniforme (6 a 10mm), 5=excessiva (acima de
10mm).
PARÂMETROS UTILIZADOS (B.R.A.S.I.L.)
 CONFORMAÇÃO
 Avaliação subjetiva de perfis que
demonstram o desenvolvimento das massas
musculares. As carcaças de melhor
conformação tendem a apresentar menor
proporção de osso e maior porção
comestível.

 Quanto mais convexa (arredondada), maior


desenvolvimento.
PARÂMETROS UTILIZADOS (B.R.A.S.I.L.)
“TIPIFICAÇÃO” NAS EMPRESAS
PERSPECTIVAS DA TIPIFICAÇÃO NO
BRASIL
 CNA discute ajustes no protocolo de tipificação de carcaças
 Brasília (07/12/2018) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
vai fazer pequenos ajustes no protocolo de classificação e tipificação de carcaças
bovinas para atender a algumas solicitações do Ministério da Agricultura. O assunto
foi discutido durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne
Bovina, nesta quinta (6), em Brasília.

 O Protocolo Tipificar, coordenado pela CNA, terá um sistema único de classificação


das carcaças pelos frigoríficos. Entre as vantagens estão a melhor remuneração
para aqueles que produzem animais de qualidade, maior transparência na
negociação e produtos diferenciados para os consumidores.
PRECOCE MS

 Resolução Conjunta SEFAZ/SEPAF nº 069/ 2016 de 30 de agosto de 2016.

 OBJETIVOS:
 Aumentar o desfrute do rebanho de corte;
 Estimular o mercado de carne de qualidade;
 Incentivar a eficiência e a eficácia do produtor rural, premiando com incentivo
financeiro a qualidade do produto obtido (animal) e o nível do processo produtivo.
PRECOCE MS - REQUISITOS
 1) Requisitos para a classificação de animais
 Maturidade - serão classificados os animais, na tipificação de carcaças (machos
e fêmeas):
 Animais com apenas dentes de leite, sem nenhuma queda;
 Animais com no máximo 2 dentes permanentes, sem a queda dos 1ºs médios;
 Animais com no máximo 4 dentes permanentes, sem a queda dos 2ºs médios (para esta
categoria os machos obrigatoriamente devem ser castrados).

 Peso mínimo (carcaça)


 Machos 225 kg - Fêmeas 180 kg;

 Acabamento de gordura:
 tipo 2 (gordura escassa), tipo 3 (gordura mediana) ou tipo 4 (gordura uniforme).
PRECOCE MS - REQUISITOS
 2) Requisitos básicos referentes ao Produtor Rural
 Estar em situação regular quanto às suas obrigações fiscais e tributárias, trabalhistas e sanitárias;
 Estar com seu estabelecimento rural devidamente inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR);
 Possuir um profissional de assistência técnica como responsável pelo sistema de produção do estabelecimento
rural (com ART).

 Avaliação do Processo Produtivo (Estabelecimento Rural)


 Identificação individual de bovinos;
 Atributos de Boas Práticas Agropecuárias (BPA);
 Tecnologias que promovam a sustentabilidade do processo produtivo;
 Participação em associações de produtores visando à produção comercial sistematizada e organizada.

 Os estabelecimentos rurais serão classificados como:


 I - Simples: aqueles que apresentarem categoria superior em até um dos critérios;
 II - Intermediário: aqueles que apresentarem categoria superior em pelo menos dois critérios;
 III – Avançado: aqueles que apresentarem categoria superior em pelo menos três critérios.
PRECOCE MS - REQUISITOS
3) Credenciamento das Indústrias Frigoríficas no Subprograma
 Compete à SEMAGRO credenciar as indústrias frigoríficas. O credenciamento está
condicionado a que a indústria:
 Esteja em situação regular quanto às suas obrigações tributárias;
 Possua linha de tipificação e sala de desossa;
 Detenha a posse e o controle administrativo das instalações da indústria ou abatedouro;
 Seja a responsável por atender às exigências sanitárias impostas pelos serviços de inspeção
sanitária (SIF, SIE, SIM ou SISBI);
 Firme expressamente o compromisso de pagar ao produtor rural o valor do incentivo apurado
nos termos do art. 29 da Resolução Conjunta e de repassar à Agência Estadual de Defesa
Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) a contribuição a que se refere o art. 32 da mesma
Resolução;
 Realize as adequações necessárias nos seus equipamentos e software, para possibilitar a
transmissão on-line ao banco de dados da SEFAZ/MS das informações de que trata o art. 24
da Resolução;
 Contrate empresa independente de classificação e tipificação de carcaças bovinas.
SISBOV - SISTEMA
BRASILEIRO DE
IDENTIFICAÇÃO E
CERTIFICAÇÃO DE
BOVINOS E
BUBALINO
LEGISLAÇÃO
 Instrução Normativa MAPA nº 17, de 13 de julho de 2006. Estabelece a Norma
Operacional do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e
Bubalinos (SISBOV), constante do Anexo I, aplicável a todas as fases da produção,
transformação, distribuição e dos serviços agropecuários. REVOGADA

 Lei nº 12.097, de 24 de novembro de 2009. Dispõe sobre o conceito e a aplicação


de rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes de bovinos e de búfalo.

 Decreto nº 7.623, de 22 de novembro de 2011. Regulamenta a Lei nº 12.097, de 24


de novembro de 2009, que dispõe sobre a aplicação da rastreabilidade na cadeia
produtiva das carnes de bovinos e de búfalos

 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51, DE 1 DE OUTUBRO DE 2018 – INSTITUI O SISBOV


INTRODUÇÃO E OBJETIVO
 Pressão da UE - Exigiu dos países que exportam
 Sistema de identificação e registro de animais;
 Sistema de rotulagem com garantia de rastreabilidade.
 Depois do episódio do mal da vaca louca.

 Objetivo:
 Registar, identificar e monitorar, individualmente, o rebanho bovino e bubalino do território nacional.
 Rastreamento do animal do nascimento até o abate;
 Estabelece uma série de procedimentos e controles para a identificação dos animais.
 Base Nacional de Dados – BND Base de dados única, centralizada no MAPA e gerenciada pela Secretaria de Defesa
Animal (DAS/MAPA);
 Criação do ERAS – Estabelecimento Rural Aprovado no SISBOV.
COTA HILTON
 Limitar a quantidade de carne importada para União Europeia (EU) e determinar as
características para a padronização de sua produção;
 10.000 TON DE CARNE

 A característica é de que seja composta por cortes especiais do quarto traseiro de novilhos
precoces, desossada, fresca ou resfriada, com alto padrão de qualidade.

 A carne deverá ser oriunda do abate de bovinos com boa conformação de carcaça,
apresentando até quatro dentes incisivos e com cobertura de gordura condizente com as
normas da União Europeia.
COTA HILTON

 Carne embarcada através da Cota Hilton:


 Bovinos → idade é verificada na BND do SISBOV
 Os animais devem ser cadastrados antes do 10 meses, assim como a propriedade.

 Fazenda de terminação:
 Certificada e classificada como ERAS no SISBOV
 Lista Trace
 Animais permanecem por pelo menos 90 dias

 Vistorias pelas certificadoras:


 Sistemas a pasto: Intervalos de 180 dias
 Confinamento: 60 dias
 MAPA: Auditorias anuais – 10% propriedades
COTA HILTON
 Bovinos
 Criados em pasto e identificados até a desmama (máximo 9 meses e 29 dias)
 Antes do abate é conferida a tipificação dos animais

 Sexo e maturidade:
 Novilhas e machos castrados - no máximo quatro dentes incisivos permanentes;
 Machos inteiros - somente dentes de leite.

 Conformação:
 (A) Convexa, (B) Subconvexa ou (C) Retilínea

 Acabamento:
 1. Ausente - 0 mm;
 2. Escassa - de 1 a 3 mm;
 3. Mediana - de 4 a 6 mm;
 4. Uniforme - de 7 a 10 mm;
 5. Excessiva - acima de 10 mm.
COTA HILTON
 Peso: As carcaças para Cota Hilton devem atender os limites mínimos:
 Macho - mínimo de 240 kg de carcaça (16@)
 Fêmea - mínimo de 195 kg de carcaça (13@)

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