Máquinas Elétricas

Prof. Humberto Ícaro P. Fontinele, Me.

hicaropf@gmail.com
Unidade II – Introdução às Máquinas Rotativas
Máquinas com Entreferros Uniformes
 Considerações e consequências
 Rr muito maior que g
 Campo magnético H está orientado radialmente, e
módulo constante no entreferro

 Esse campo magnético radial é de módulo Hg

Fmmg
Hg 
g

2
Máquinas com Entreferros Uniformes
 Variação entre Fmm e Campo Magnético

Fmmg1 4  Ni 
H g1     cos  a
g   2g 

Fmmg1 4  K enr  N fase  P 

H g1     a 
i t cos  a 
g   Pg  2 

3
Exemplo 1
Gerador CA, síncrono, de 4 pólos, com um entreferro uniforme, tem um
enrolamento de rotor distribuído por 263 espiras em série, por fase, um fator
de enrolamento de 0,935, e um entreferro de comprimento 0,7 mm. Supondo
que a queda de força magnetomotriz no aço elétrico seja desprezível,
encontre a corrente de enrolamento de rotor necessária para produzir uma
densidade de fluxo magnético fundamental espacial de pico de 1,6 T no
entreferro da máquina.

Fmmg1 pico 4  K enr  N fase 

Bg1 pico  0 H g1 pico  0  0    Ir
g   Pg 
1 1
Ir  Bg1 pico 𝐼𝑟 =
4 0,9356.263
1,6
4  K N  4π. 10−7 . .
0   enr fase  π 4.0,0007
  Pg 

I r  11, 4 A

4
Exercício 2
Gerador CA, síncrono, de 2 pólos, com um entreferro uniforme, tem um
enrolamento de rotor distribuído por 830 espiras em série, por fase, e um
entreferro de comprimento 2,2 cm. Supondo que a queda de força
magnetomotriz no aço elétrico seja desprezível, encontre o fator de
enrolamento do enrolamento de campo para uma corrente de enrolamento
de rotor de 47 A e que produz uma densidade de fluxo magnético
fundamental espacial de pico de 1,35 T no entreferro da máquina.

1
47  1,35
4  K enr  830 
4 107  
  2  0, 022 

Kenr  0,952

5
Máquinas com Entreferros Não-
Uniformes
 Máquinas com pólos salientes
 Máquinas síncronas com rotor de pólos salientes
 Máquinas CC

6
Máquinas com Entreferros Não-
Uniformes
 Máquinas com pólos salientes
 Técnicas mais avançadas devem ser usadas
(elementos finitos)
 Mapeamento de campo é necessário

7
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento monofásico
4  K enr N fase  P 
Fmmg1  , t     a 
i t cos  
 P  2 
P
e    a ia  t   I a cos t 
2

4  K enr N fase  P 
Fmmg1  , t     I a cos t  cos   
 P  2 

4  K enr N fase 
F máx
   Ia
g1
 P 

8
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento monofásico
P 
Fmmg1  , t   Fmáx
g1  cos t  cos   
2 

9
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
P 
Fmmg1  , t   Fmáx
g1  cos t  cos   
2 

10
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento monofásico
1 1
cos   cos     cos      cos    
2 2
Fgmáx  P  P 
Fmmg1  , t   1
  cos    t   cos    t  
2  2  2 

11
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento monofásico
Fgmáx P 
Fmmg1  , t    cos    t 
1

2 2 
Fgmáx P 
Fmmg1  , t    cos    t 
1

2 2 

12
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento trifásico
ia  t   I m cos t  ib  t   I m cos t  120º 

ic  t   I m cos t  120º 

13
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento trifásico
4  K enr N fase  P 
Fmmg1a  , t     m
I cos   t  cos  
 P  2 

4  K enr N fase  P 
Fmmg1b  , t     m
I cos   t  120º  cos    120º 
 P  2 

4  K enr N fase  P 
Fmmg1c  , t     m
I cos   t  120º  cos    120º 
 P  2 
4  K enr N fase 
F máx
   Im
g1
 P 

14
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento trifásico
1 1
cos   cos     cos      cos    
2 2
Fgmáx P 
Fmmg1 a  , t    cos    t 
1

2 2  Fgmáx P 
Fmmg1b  , t    cos    t 
1

Fgmáx P  2 2 
Fmmg1 a  , t    cos    t 
1

2 2  Fgmáx P 
Fmmg1b  , t    cos    t  120º 
1

2 2 
Fgmáx P 
Fmmg1 c  , t    cos    t 
1

2 2 
Fgmáx P 
Fmmg1c  , t    cos    t  120º 
1

2 2 

15
 Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento trifásico
Fmm  , t    Fmm  , t   Fmm  , t    ...
g1 g 1 a g 1 a

...   Fmm  , t   Fmm  , t    ...

g 1 b g 1b

...   Fmm  , t   Fmm  , t  

g 1 c g 1 c

Fgmáx P  Fg1
máx
P  Fg1
máx
P 
Fmmg1  , t    cos    t    cos    t  120º    cos    t  120º   0
1

2 2  2 2  2 2 

Fgmáx P  Fg1
máx
P  Fg1 P
máx
 3Fg1
máx
P 
Fmmg1  , t    cos    t    cos    t    cos    t    cos    t 
1

2 2  2 2  2 2  2 2 

16
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento trifásico
3Fgmáx P 
Fmmg1  , t    cos    t 
1

2 2 
2 𝑤𝑒 120 fe
 s  e 𝑓𝑒 = ns 
P 2𝜋
P

17
Ondas Girantes de FMM em
Máquinas CA
 Enrolamento trifásico
 Máquina CA
 Com os dois enrolamentos excitados
 Rotor e Estator

Fmmg1total  Fmmg1estator  Fmmg1rotor

 Não se deve esquecer que devido a natureza da

FMM
 Pode ser considerado um fasor

18
Tensão Gerada
 Máquina CA 4  Kf Nf  4 0  K f N f 
Fgmáx   If B pico   If
1
 P  g  P 

𝐾𝑓 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑟𝑜𝑙. 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜

𝑁𝑓 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑟𝑜𝑙. 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜

a  Kenr  N fase  P

 P  
B  B pico  cos     r 
 2  
 P
 P  
P  l   Bpico  cos     r   r  d r
 P  2  
𝜙𝑃 = 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜, 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑙𝑜
19
Tensão Gerada
 Máquina CA 2
P     2 B pico  l  r
P

 P  
a  K enr  N fase  P  cos    mt 
 2  

d a d   P  
ea   K enr  N fase   P  cos    mt  
dt dt   2  

P  P  
ea   K enr  N fase  P     m  sen    mt 
2  2  

20
Exercício 2
Um gerador síncrono de 60 Hz, trifásico, de dois pólos e ligado em Y, possui
rotor cilíndrico e tem um enrolamento de campo com Nf = 68 espiras em
série distribuídas e um fator de enrolamento Kf = 0,945. O enrolamento de
armadura tem Na = 18 espiras em série por fase e fator de enrolamento Ka =
0,933. O comprimento do entreferro é g=4,5 cm, o raio médio do entreferro é
r=0,53 m. O comprimento ativo do enrolamento é l = 3,8 m. O rotor é
acionado por uma turbina a vapor com uma velocidade de 3600 RPM. Para
uma corrente contínua de campo de 720 A, calcule (a) a FMM fundamental
de pico produzida pelo enrolamento de campo, (b) a densidade de fluxo
fundamental de pico no entreferro, (c) o fluxo fundamental por pólo e (d) o
valor eficaz da tensão gerada em circuito aberto na armadura.

21
 Resolução exercício 2/a/b/c/d
4  Kr Nr  4  0,945  68 
1 
Fmmgmáx    720  29400  A  esp pólo 
  P  r
I
  2 

4 0  K r N r  29400  4 107
Bgmáx   Ir   0,821T
1
 g  P  4,5 10 2

P  2  Bgmáx
1  l  r  2  0,821  3,8  0,53  3,31Wb

P
ERMS  fase  K enr  N fase  P     2    f e  0,933 18  3,311 2    60  14,8 KV
2

ERMS linha  ERMS  fase  3  25,7 KV

22
Tensão Gerada
 Máquina CC

1 P  P  
Ea    N  P  2  sen    mt   d mt 
 02  2  

23
Tensão Gerada
 Máquina CC
2 P
Ea      m  N  P
 2
2 𝑤𝑒 120 fe
s  e 𝑓𝑒 =
2𝜋
ns 
P P
 n 
Ea  P  N  P   
 30 

2 P C  P  C 
Ea      m  a   P      a   P  n
 2 2m  60   m 

24
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Circuito Acoplado
 P 
er  m   Ler  cos  m 
2 

e  Leeie  er m  ir
r  er m  ie  Lrr ir

d e
ve  Reie 
dt
d r
vr  Rr ir 
dt
25
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Fluxo Concatenado

die  P  dir  P  P 
ve  Reie  Lee  Ler cos   m   Ler ir sen   m   m
dt  2  dt  2  2 
dir  P  di  P  P 
vr  Rr ir  Lrr  Ler cos   m  e  Ler ie sen   m   m
dt  2  dt  2  2 

26
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Co-Energia
1 1
W '
campo  L11   i1  L22   i22  L12   i1i2
2

2 2

1 1 P 
W '
campo  Leeie  Lrr ir  Ler ieir cos   m 
2 2

2 2 2 

Wcampo
'
 ir , ie ,m  P P 
T  ie ,ir   Ler ieir sen   m 
 m 2 2 

27
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Conjugado médio
 Corrente senoidal no estator e contínua no rotor
P P 
T  Ler  I r  I e cos s t  sen  mt    
2 2 
P
s   m
2

 Na velocidade síncrona, há conjugado médio

P 1 P 
Tmédio    Ler I e I r sen   
2 2 2 

28
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Campo Magnético

H g g  Fmmer

29
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Campo Magnético
Fmmer 2  Fmme 2  Fmmr 2  2  Fmme  Fmmr  cos  er 

H g pico

Fmmer
g

0 2 0  H g  pico
2 2
W ' W 0  Fmmer 
'

 H    
V 2 2 2 V 4  g 

30
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Campo Magnético
2 2
0  Fmmer  0  Fmmer 
W   Ventreferro      D lg
'

4  g  4  g 
0 0
W 
'

4g
Fmmer   D l 
2

4g

  D l Fmme 2  Fmmr 2  2  Fmme  Fmmr  cos  er  

Wcampo
'
 Fmmr , Fmme ,  er  P  0 Dl 
T  Fmme , Fmmr     Fmme  Fmmr  sen  er 
 er 2  2g 

31
Conjugado em Máquinas de Pólos
Não Salientes
 Campo Magnético

32
 Torque em Máquinas de Pólos Lisos
 Ponto de vista do Campo Magnético
Fer2  Fe2  Fr2  2  Fe  Fr  cos  er

l = comprimento axial do entreferro

D = diâmetro médio do entreferro
𝛿 = ângulo elétrico de fase
espacial entre a 𝐹𝑀𝑀𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 e 𝐹𝑀𝑀𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟
T=
𝜕𝑊𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜
 P   o Dl 
𝜕𝛿𝑒𝑟 T     Fe  Fer  sin  e
 P     Dl   2   2g 
T    o  Fe  Fr  sin  er  P     Dl 
 2   2g  T    o  Fr  Fer  sin  r
 2   2g 
33
Torque em Máquinas de Pólos Lisos
 Ponto de vista do Campo Magnético
Fer2  Fe2  Fr2  2  Fe  Fr  cos  er

 P
2

Forma alternativa: T       er  Fr  sin  r

2 2

34
Saturação Magnética
 Circuitos magnéticos
 Materiais magnéticos
 Aumento de fluxo magnético
 Permeabilidade magnética diminui
 Redução da efetividade do material
 O material magnético passa a influenciar na FMM geral
do sistema
 Mudança nas características da máquina
 Tensão Induzida pelos enrolamentos
 Conjugado Eletromecânico desenvolvido

35
Fluxos Dispersivos
 Conceito de fluxo mútuo e dispersivo

36
Fluxos Dispersivos
 Tipos de dispersões na máquina
 Harmônicas Espaciais
 Ranhura
 Cabeça de Espira

37
Exercício 3 – Casa – 0,5 ponto extra
Um motor síncrono de quatro polos, operando a 1800 rpm e 60 Hz, tem um
entreferro de 1,2mm. O diâmetro médio do entreferro de 27cm, e seu
comprimento axial é de 32cm. O enrolamento do rotor tem 786 espiras e um
fator de enrolamento de 0,976. Supondo que razões térmicas limitem a
corrente do rotor a 18A, estime o conjugado e a potência de saída máximos
que se pode esperar obter dessa máquina.

38