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RESUMO PRÓTESE FIXA 201

Resumo: Prótese Fixa

Ana Carla Rossoni Massolin

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
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Sumário
Resumo: Prótese Fixa..................................................................................... 1

Sumário.......................................................................................................... 2

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3

PRINCIPIOS MECÂNICOS................................................................................. 3

FATORES QUE INFLUENCIAM NA RETENÇÃO\ESTABILIDADE........................8

PRINCIPIOS BIOLÓGICOS............................................................................. 9

Tecnica da silhueta....................................................................................... 10

Em dentes anteriores................................................................................ 10

COROAS PROVISÓRIAS................................................................................. 12

CARACTERÍSTICAS DA COROA PROVISÓRIA..............................................13

Coroas Provisórias X Oclusão....................................................................17

Restauração Provisória e Estética............................................................19

Técnicas para confecção das restaurações provisórias.............................19

Moldagem..................................................................................................... 21

MATERIAIS DE MOLDAGEM .......................................................................22

NÚCLEOS (PINOS INTRA-RADICULARES).......................................................27

DENTES POLPADOS .................................................................................. 27

DENTES DESPOLPADOS ............................................................................28

Registros oclusais e moltagem no ASA.........................................................36

Infraestrutura de próteses metaloceramicas................................................37

Infraestrutura para elementos unitários anteriores...................................38

Infraestrutura para elementos unitários posteriores.................................38

Registro..................................................................................................... 42

Seleção de cor e ajuste funcional e estético................................................42

Seleção de Cor.......................................................................................... 42

Aplicação de Porcelana............................................................................. 43

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Ajuste funcional e estético:.......................................................................43

INTRODUÇÃO
Passos de uma reabilitação protética:
• Exame físico e anamnese;
• Diagnóstico e planejamento;
• Preparo dos dentes pilares;
• Restaurações protéticas temporárias ou provisórias;
• Moldagem;
• Restauração protética definitiva.
O sucesso do tratamento com prótese fixa depende:

• Da longevidade da prótese;

• Saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos;

• Satisfação do paciente.

Para isso o CD deve saber executar todas as fases do tratamento


(exame clinico, diagnóstico, planejamento e cimentação da prótese. O preparo
dental não deve ser iniciado sem o profissional saiba quando indicá-lo e como
executá-lo, buscando preencher os três princípios fundamentais para conseguir
preparos corretos: mecânicos, biológicos e estéticos.

PRINCIPIOS MECÂNICOS
Os seguintes princípios serão comentados:

1. Retenção;

2. Resistência ou estabilidade;

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3. Rigide\Estabilidade estrutural;

4. Integridade marginal.

RETENÇÃO

O que segura a prótese é a justaposição da prótese com o dente. O


cimento apenas facilita esta retenção. Retenção é a capacidade que o preparo
tem de impedir o deslocamento da prótese no sentido contrário ao da sua
inserção.

A retenção visa impedir o deslocamento da restauração no


sentido axial do dente (vertical).

Quais são os dois fatores responsável pela retenção mecânica?


São as paredes do preparo com inclinação correta e a técnica de cimentação
correta do agente cimentante.

Porque é necessário uma inclinação da parede axial do preparo?

Para permitir o escoamento do cimento e suprir as necessidades de


retenção da restauração.

Quanto mais paralelas as paredes axiais do dente preparado,


maior será a retenção friccional das restaurações. Porém, o aumento
exagerado da retenção friccional irá dificultar a cimentação da restauração pela
resistência ao escoamento do cimento, impedindo o seu assentamento final e,
conseqüentemente causando desajuste oclusal e cervical da restauração. Para
suprir as exigências de retenção, as dimensões da coroa também influencia
neste processo, assim, quanto maior for a coroa clinica de um dente preparado,
maior será a superfície de contato e maior a retenção final.

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• Conicidade: é o grau de convergência ou grau de paralelismo,


que influencia na retenção. O preparo necessita de uma conicidade mínima
para permitir o assentamento da prótese. Se fizer um preparo paralelo, por
estar tão retentivo, não ocorre o assentamento da prótese com o cimento.
Conicidade permite um melhor escoamento do cimento, mas deve ser a
mínima possível para permitir a retenção e assentamento da prótese fixa.

• Altura: O que vai permitir a


conicidade maior ou menor é a altura, quanto
mais alto o preparo, maior a conicidade e melhor
o escoamento do cimento e mais retentivo. E
quanto mais curto, menor a conicidade e maior a
retenção.

Dentes longos > conicidade ↑ retenção (devido a maior área )

Dentes curtos < conicidade ↑ retenção (devido a menor área)

• Área de contato: quanto maior a área de contato maior a


retenção e maior estabilidade.

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ESTABILIDADE OU RESISTÊNCIA
É a capacidade de impedir o deslocamento frente às forças obliquas
(forças mastigatórias). O cimento não garante retenção e estabilidade. Durante
a mordida o cimento sofre compressão na oclusal e na distal e mesial, sofre
cisalhamento. A sugestão então é criar um sulco e uma canaleta no meio do
preparo para evitar o cisalhamento. É, portanto muito utilizado em preparos
curtos, fazendo isso gera no sulco uma parede axial, que vai aumentar a área
de preparo e que, ao ser submetida a uma força, esta será mais próxima a
força de compressão do que cisalhamento.

Em preparos redondos deve-ser fazer sulcos e canaletas para impedir


que a prótese gire. (o cimento fosfato de zinco não resiste à força de
cisalhamento, somente de compressão).

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Para impedir o deslocamento da coroa, a largura do dente preparado


tem que ser no mínimo igual a sua altura.

O preparo deve ter diferentes grau de conicidade\inclinação onde:

- Primeira inclinação 2° a 5° = finalidade de oferecer retenção

- Segunda inclinação 5° a 10° = esta vai do terço médio até o final do


preparo, e fornece estabilidade.

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**Independente do grupo dental, estas inclinações devem ser


respeitadas.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA


RETENÇÃO\ESTABILIDADE

- Paralelismo

- Altura

- Área de superfície

- Diâmetro da coroa

- Geometria do preparo

- Adição de sulcos e canaletas

- Via de inserção

ESTABILIDADE ESTRUTURAL
É a capacidade\qualidade que uma restauração deve ter de não
apresentar deformação permanente ou plástica sob ação das forças
desenvolvidas durante a função. Ou seja, capacidade da prótese fixa de resistir
as forças mastigatórias e não comprometer a estética e o tecido periodontal.
Para isso o desgate deverá ser feito seletivamente e acordo com as
necessidades estéticas e funcional da restauração.

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INTEGRIDADE MARGINAL
O objetivo básico de toda restauração cimentada é estar bem adaptada
e com uma linha mínima de cimento para que a prótese possa permanecer em
função o maior tempo possível, num ambiente biológico desfavorável que é a
boca. Mesmo com as melhores técnicas e materiais usados na confecção de
uma PF, sempre haverá algum desajuste entre as margens da restauração e o
término cervical do dente preparado. O desajuste marginal tem duas
conseqüências, pois margens inadequadas facilitam a instalação da doença
periodontal e facilita a presença de cárie.

PRINCIPIOS BIOLÓGICOS
Preservação do órgão pulpar

Preservação da saúde periodontal

PRESERVAÇÃO DO ÓRGÃO PULPAR


A vitalidade pulpar aumenta a longevidade da prótese, diminui o risco de
complicações, diminui o custo, e destes fatores irão depender do remanescente
dentário, da permeabilidade pulpar, do calor (broca), da exotermia provocado
pela resina e broca e, do remanescente dentário.

O desgate excessivo estará diretamente ligado a retenção e a saúde


pulpar, pois além de diminuir a área preparada prejudicando a retenção da
prótese e a própria resistência do remanescente dentário, podendo trazer
danos irreversíveis a polpa, como inflamação, sensibilidade entre outros. Por
outro lado, o desgaste insuficiente, esta diretamente relacionado ao
sobrecontorno da prótese e consequentemente aos problemas que isto pode
causar em termos de estética e prejuizo para o periodonto.

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PRESERVAÇÃO DA SAÚDE PERIODONTAL
A saúde periodontal irá depender da distância biológica e do perfil de
emergência. Vários fatores estão diretamente relacionados com a manutenção
da saúde periodontal: higiene oral, forma, contorno, imagem e localização da
margem cervical do preparo. A melhor localização deste término cervical é
aquela em que o profissional pode controlar todos os procedimentos clínicos e
o paciente tem condições efetivas para higienização. Assim é vital para
homeostasia da área que o preparo estenda-se o máximo de 1mm dentro do
sulco gengival, isso por razoes exclusivamente estéticas e suficientes para
esconder a cinta metálica da coroa Metalo-cerâmica.

Distancias biológicas devem ser respeitadas.

Sulco gengival – 0,69mm

Epitélio juncional – 0.97 mm 2,04 mm

Inserção conjuntiva – 1.07 mm

___________________________
_________________________________________________

Tecnica da silhueta
Em dentes anteriores.

1. Sulco marginal cervical

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• Broca esférica 1014, face vestibular e lingual

• Profundidade de 0,7mm ( metade da broca)

• Introduzida a 45 graus em relação a superfície

• Limitar o termino cervical

• Meia face – vestibular e lingual

2. Sulco de orientação

• Broca 3216- ponta diamantada

• Todo o diâmetro – 1,4mm

• Realizar a 1º e a 2º inclinação na face vestibular

• 2 sulcos de orientação

• 45º na incisal, todo o diâmetro

• Lingual- inclinação única.

3. Rompimento dos contatos proximais

• Ponta 3113 ou 2200

• Proteger dente vizinho coma tira metálica

4. Definição dos preparos proximais

• 3216

5. União dos sulcos de orientação

• vestibular, lingual e incisal

• lembrando da 1º e 2 º inclinação

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6. Redução da concavidade palatina

• Ponta diamantada 3118

7. Preparo da outra metade com referencia da superfície já preparada

8. Definição do preparo: inclinação e o chanfrado

• 3216 – baixa rotação

9. Preparo subgengival.

• 4138

COROAS PROVISÓRIAS
Qualquer tipo de tratamento protético exige a confecção de coroas
provisórias, que podem facilitar a confecção das coroas definitivas e levá-las ao
sucesso.

Definição: Provisório é uma restauração protética temporária que tem como objetivo reintegrar os
elementos dentários preparados, danificados ou perdidos ao sistema estomatognático em todas suas
funções bem como proteger o endodonto e periodonto.

Por que o sucesso das coroas definitivas está diretamente


relacionado com a qualidade da coroa provisória?

-Desde sua confecção até a cimentação da coroa definitiva, o tempo


clinico despendido é muito grande, então porque não usar da coroa provisória
em favorecimento da prótese definitiva?

- a coroa provisória permite determinar a oclusão, dimensão vertical,


forma, contorno e estética da coroa definitiva

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- Serve como elemento de diagnóstico, para permitir um correto
planejamento inicial, determinando a qualidade e quantidade do periodonto de
inserção, do número e do posicionamento dos dentes pilares.

- Permite o treinamento da higiene oral do paciente antes da instalação


da prótese.

Embora seja possível dar um planejamento protético inicial e idéia do


custo final, somente após o tratamento periodontal é que se pode estabelecer
com exatidão quais dentes serão pilares, que prótese será executada e o custo
final. Até então deve-se estabelecer um orçamento inicial e o final, após o
tratamento periodontal.

Insucesso da Coroa Provisória

- desajuste e fraturas marginais que provocam sensibilidade devido as


variações térmicas, inflamação gengival e sangramento localizado;

- contatos proximais insuficientes ou inadequados, que possibilitam a


impacção de alimentos;

- formas anatômicas que deixam a desejar (sobrecontorno)

- Dentes estéticos, principalmente os anteriores que não preenchem esta


finalidade;

- Cor que não é compatível com os dentes vizinhos ou antagônicos;

CARACTERÍSTICAS DA COROA PROVISÓRIA

PROTEÇÃO PULPAR
Quantidade de Desgaste: Após o preparo ter sido realizado, é
obrigatório que a quantidade desgaste esteja de acordo com as necessidades

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estéticas e mecânicas da prótese planejada, para que a prótese provisória,
juntamente com o agente cimentante, tenha capacidade de fazer a
recuperação pulpar.

Limpeza: Antes da confecção do provisório, é necessário que o dente


preparado seja limpo com algum detergente para este fim específico, e em
seguida, envolvido com algodão embebido com Hidróxido de Cálcio P.A., que
por apresentar ação bactericida e bacteriostático, tem a capacidade de vedar
os túbulos dentários pela mineralização dos mesmos.

Proteção: Em seguida protege-se a superfície preparada com verniz de


copal, que atua como isolante, impedindo o contato direto do dente com o
monômero de resina que é altamente irritante ao órgão pulpar. Esta camada de
verniz, é removida naturalmente com a confecção da coroa provisória, não
impedindo a ação do cimento junto ao órgão pulpar.

Irrigação Constante: Durante a polimerização da resina é gerado calor,


que também é irritante para polpa. Para eliminar este efeito nocivo, é
importante manter irrigação constante.

Adaptação da prótese provisória: A falta da adaptação da prótese


provisória leva a infiltração marginal, e como os cimentos provisórios
apresentam alta grau de solubilidade, a infiltração será maior. E
conseqüentemente, o dente poderá apresentar hipersensibilidade, inflamação
pulpar e cárie, comprometendo a capacidade de regeneração da polpa e
desconforto ao paciente.

Mesmo tomando todos os cuidados acima, poderá ocorrer a


hipersensibilidade dentinária. O tratamento endodôntico só será indicado, se
todas as possibilidades para eliminar ou diminuir este processo, terem sidos
esgotados como: averiguação da adaptação marginal, análise da oclusão, de
hábitos parafuncionais e da alimentação ( dietas ácidas, frutas, refrigerantes),
do tipo de cimento empregado.

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PROTEÇÃO PERIODONTAL
O provisório em a função de preservar a saúde periodontal ou auxiliar no
tratamento e recuperação do tecido gengival alterado, e na manutenção da
saúde do periodonto, ou seja, manter a homeostasia da área.

a) Adaptação cervical: a adaptação da coroa provisória mantém a


arquitetura normal do tecido gengival, evitando-se a sua proliferação
sobre o dente preparado e conseqüentemente a instalação do processo
inflamatório.

b) Contorno: o contorno da prótese é influenciado por alguns fatores:


estética, fonética, posição do dente no arco, forma da raiz, forma do
rebordo alveolar e qualidade do tecido gengival. Dois aspectos são
importantes no contorno da prótese provisória: forma e extensão da
ameia interproximal e perfil de emergência. Excesso de contorno pode
provocar ulceração no epitélio sulcular, recessão gengival, inflamação. O
objetivo do perfil de emergência é favorecer um posicionamento
harmônico da gengiva com as paredes da restauração.

c) Higiene Oral e controle da placa bacteriana: é importante que o


profissional ensine as técnicas de higiene bucal, a fim de estimular o
paciente a realizá-la na prótese provisória. È necessário que o paciente
saiba o que é placa bacteriana e com evitá-las. Para isso a evidenciação
de placa, manequins e figuras contribui para a demonstração

Restauração provisória com tratamento peridontal

Um tratamento prévio que irá eliminar suas próteses deficientes e


substituir por coroas provisórias adequadas, restabelecendo oclusão, fonética,
estética e função mastigatória, realizar profilaxia e aprendizado de técnicas de
higienização e a eliminação de restaurações com deficiências marginais, são
procedimentos que se tornam visíveis a melhora geral do tecido do periodonto.

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O momento ideal para encaminhar o paciente para tratamento
periodontal é quando ele já é capaz de fazer higienização aceitável, seus
dentes foram preparados, receberam tratamento endodôntico, núcleos intra-
radiculares, se necessário, e coroas provisórias. Se sua oclusão e desoclusao
são adequadas, sua mastigação é efetiva e sua estética é satisfatória.
a) Orientação dos procedimentos cirúrgicos: A presença da prótese
provisória auxilia o periodontista a conseguir mais facilmente os
requisitos estéticos e funcionais durante os procedimentos cirúrgicos.

b) Controle da posição definitiva da margem gengival: Após a cirurgia


periodontal deve-se aguardar a formação do sulco gengival, que ocorre
em torno de 60 dias, para levar com segurança a margem do preparo
subgengivalmente. Se a prótese provisória estiver bem polida, bem
adaptada e com contorno correto, o trauma mecânico causado pela
broca no epitélio sulcular durante o preparo subgengival, não
apresentará graves consequências para o periodonto, desde que a
extensão intra-sulcular não seja excessiva, e que a prótese provisória
seja reembasada corretamente. De qualquer modo, é aconselhável
esperar 2 a 3 semanas para realizar a moldagem, para se ter certeza da
localização definitiva da margem gengival. Este cuidado é extremamente
importante nas próteses envolvendo destes anteriores.

c) Avaliação do grau de mobilidade dos dentes pilares: O planejamento da


prótese fixa deve ser feito em função das características dos dentes
pilares e daqueles com doença periodontal avançada. A diminuição,
estabilidade ou aumento da mobilidade deve ser avaliada na fase
provisória, para realizar um correto diagnóstico e planejamento
adequado. A prótese provisória tem como objetivo estabilizar os dentes
com mobilidade, embora os procedimentos iniciais do tratamento
periodontal possam diminuir o grau de mobilidade, através do controle
de infecção e da oclusão, essa mobilidade poderá persistir mesmo após
o tratamento periodontal definitivo, devido a perda do suporte ósseo.

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Na ausência de doença periodontal, a presença de mobilidade indica
apenas que o dente não esta capacitado a receber isoladamente as forças
com frequência e duração normais. Assim, o dente pilar nessas condições
deve ser unido a outro ou outros dentes para resistir às forças laterais que
vão incidir sobre a prótese.Essa união de dentes pilares aumenta a área
superficial do periodonto de sustentação e orienta o fulcro de orientação de
cada dente, minimizando o efeito negativo da ação das forças laterais.
Logo, indica a necessidade de alteração do planejamento, como aumento
no número de dentes pilares ou indicação de outro tipo de prótese, como a
parcial removível ou colocação de implantes.

Coroas Provisórias X Oclusão


As características oclusais das próteses provisórias e definitivas deve
preencher os seguintes requisitos para se obter a oclusão fisiológica:
-Relação maxilo-mandibular adequada(relação de trabalho);
-Contatos oclusais uniformes;
-Guia anterior
-Dimensão vertical de oclusão corretos.
Paciente deve apresentar função mastigatória eficiente, conforto, saúde
periodontal, ausência de problemas na ATM e músculos da mastigação e
hábitos parafuncionais (bruxismo ou apertamento dental).

Relação Maxilo-Mandibular (Posição de trabalho): O alinhamento maxilar;


mandibular deve ocorrer em relação cêntrica (RC), máxima intercuspidação
habitual (MHI) e oclusão em relação central (ORC). Esta é uma posição
craniomandibular e, portanto, independe da presença dos dentes e deve ser
usada em diagnóstico e como posição de trabalho. Para diagnóstico o modelo
é montado em ASA para análise oclusal, na posição de RC e deslocado para a
posição MIH, assim avaliando presença de contatos prematuros entre essas
duas posições. E como posição de trabalho, a RC é empregada quando existir
sinais e sintomas de trauma oclusal, independente da extensão da prótese. A
posição de RC também é utilizada quando a estabilidade oclusal esta

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comprometida, na ausência de vários dentes, ou quando a MIH não apresenta
estabilidade dental suficiente para reabilitação do paciente e/ ou na presença
de alguma patologia oclusal.

Máxima Intercuspidação Habitual: A MIH é uma posição fisiológica que deve


sempre ser preservada nos tratamentos protéticos, desde que apresente
estabilidade oclusal e ausência de sinais e sintomas de trauma oclusal.

Contatos Oclusais Simultâneos: O fechamento da mandíbula deve ocorrer com


todos os dentes posteriores apresentando contatos simultâneos, conseguindo
maior eficiência mastigatória e estabilidade oclusal, que são importantes no
direcionamento das forças oclusais para o periodonto de sustentação e
proteção da ATM.
Os elementos dentários são sustentados por fibras periodontais que
apresentam direção oblíqua em 80% de sua totalidade e, portanto, tornam os
dentes aptos a resistirem às forças de grande intensidade no sentido axial. A
presença das interferências oclusais ou contatos prematuros favorece a
incidência das forças no sentido oblíquo ou horizontal, que podem promover
alterações no posicionamento dos dentes no arco ou no suporte ósseo.
Guia Anterior: Uma Guia Anterior correta elimina a possibilidade de
interferências oclusais dos dentes posteriores, e é essencial para a estética e
fonética, para diminuir o estresse oclusal e melhor conforto do paciente. Caso
sua conformação for incorreta, poderá alterar o movimento da mandíbula e
restringir seus movimentos, causando dor e desconforto, mobilidade dental e
deslocamento dos côndilos.
Dimensão Vertical: Sua diminuição ocorre quando dentes posteriores entram
em colapso decorrente de extrações, migrações e desgaste excessivo ou
migração para a vestibular. Ocorrem alterações na fonética, na tonicidade
muscular, na estética e umedecimento acentuado nos ângulos da boca (queilite
angular). Para restabelecer a DV devem-se realizar testes fonético e estético,
sendo o mais utilizado o método que determina a dimensão vertical em

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repouso (DVR) até chegar-se à dimensão vertical de oclusão (DVO). Após a
determinação DVO, ela é transferida para o ASA.

O enceramento é feito reconstruindo-se a porção desgastada dos dentes e


substituindo os dentes ausentes, procurando determinar corretamente o plano
oclusal, contatos simultâneos nos dentes posteriores e guia anterior. A inclusão
e polimerização dos modelos são feitas de maneira convencional e após a
desinclusão os modelos voltam para o articulador para realizar ajustes
necessários, preservando a DVO já obtida.
A primeira coisa a ser verificada na instalação é os ajustes oclusais,
verificando se a DV é semelhante à determinada anteriormente.

Restauração Provisória e Estética

Realizada após os ajustes estético e funcional das restaurações


provisórias, estas devem ser moldadas com alginato e, modelos que foram
usados para a personalização devem ser enviado ao técnico junto com os
modelos de trabalho, para servir como orientação para a prótese definitiva.
Comprimento, largura, contorno, forma das coroas provisórias, linha
media, assimetria gengival entre os dentes pilares e também na área
desdentada, relação dos pônticos com tecido gengival, devem ser analisados
nas restaurações provisórias. A relação correta do pôntico com o tecido
gengival em dentes anteriores e pré-molares é importante para a estética, para
não ocorrer buracos negros entre os pônticos.

Técnicas para confecção das restaurações


provisórias

Imediata ou Direta:

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1.Com moldagem prévia
1. De inicio é selecionada uma moldeira parcial
2. Realizada a moldagem parcial da região, utilizando alginato ou
silicona.
3. Realizar alivio nos dentes adjacentes na moldeira
4. Após é realizado o preparo do elemento
5. Isolar com vaselina
6. A moldeira é levada até a boca contendo resina acrílica preenchendo
assim o espaço referente ao elemento dental preparado.
7. Após a polimerização, o provisório é removido do material de
moldagem,
8. Demarcar o termino cervical
9. Remover os excessos com fresna
10. Aliviar a parte interna
11. Avaliar adaptação cervical, perfil de emergência e contatos proximais
12. Procede-se ao reembasamento cervical da restauração, caso julgue
necessário.
13. Após, o provisório é removido, verifica-se a oclusão
14. Prossegue o polimento com borrachas abrasivas, pedra pomes e
branco de espanha, podendo utilizar discos de feltro.

Com dentes de estoque (com ou sem retenção intra-canal):


1. Dentes de estoque são selecionados seguindo a cor, tamanho e
forma dos dentes naturais e,
2. Posteriormente desgastados em sua face lingual, cervical e/ou incisal,
com uma ponta maxicut. Esses desgastes são realizados até serem
completamente adaptados sobre os dentes preparados.
3. Após sua perfeita adaptação sobre o preparo, as facetas são
ajustadas aos dentes e em pequenas porções será adicionado resina acrílica
até que haja perfeito encaixe.
4. Caso necessário, reembasamento será realizado.

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
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5. Após é realizado o polimento com borrachas abrasivas, pedra pomes
e branco de Espanha.

Escultura negativa
1. Após realizar o preparo no dente, fazer a limpeza do dente e tecidos
adjacentes e isolar com vaselina
2. É manipulado uma pequena porção de resina acrílica quimicamente
ativada,
3. e quando a mesma atingir a fase plástica e faça uma bolinha,
4. acomodando-a no dente preparado e peça para paciente ocluir, para
registrar a oclusão do paciente, e com lecron remova excesso grosseiro.
5. Aguarde a polimerização (durante a polimerização o modelo deve ser
retirado e colocado sobre o preparo).
6. Demarcação do término cervical
7. Após o desgaste é realizado com uma maxicut ou minicut em um
ângulo de 45°, tomando cuidado para que pontos de contato não
sejam perdidos.
8. Realize escultura da anatomia desenhando arestas e vertentes com
uma broca tronco cônica cilíndrica picotada, seguindo anatomia que
foi copiada do dente antagonista.
9. Aliviar a parte interna
10. Finalmente é checada a oclusão, adaptação cervical e perfil de
emergência
11. Reembasamento pela técnica do pincel
12. E realizada polimento com borrachas abrasivas, pedra pomes e
branco de Espanha.

Moldagem

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
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Uma boa moldagem deve registrar todos os detalhes do dente preparado e
incluir suficientes estruturas não preparada.

A extensão subgengival do preparo deve preservar a saúde periodontal, pois a presença de


inflamação gengival com sangramento e exudato inflamatório impede a obtenção de moldes
precisos, pois a maioria dos materiais de moldagem apresenta uma redução das suas
propriedades finais na presença de umidade, além das dificuldades técnicas de se conseguir
uma boa moldagem nessas condições. O término cervical deve ser liso, polido e bem definido,
para que possa ser copiado detalhadamente durante a moldagem.

MATERIAIS DE MOLDAGEM
A qualidade de um molde depende: como as manobras são conduzidas, seleção da técnica,
materiais, controle da umidade, controle dos tecidos gengivais, tempo de presa, tempo de
vasamento do gesso...

Caterísticas ideiais dos materiais de moldagem


Os materiais de moldagem supostamente ideal deve r as seguintes
propriedades:
• Atóxico, evitando reações à mucosa durante a moldagem.
• Após a polimerização final deve ter uma cor que facilite a identificação dos
detalhes do molde com exatidão.
• Tempo de trabalho satisfatório.
• Consistência adequada para reproduzir todos os detalhes desejados.
• Não se deformar ao ser removido da boca.
• Estabilidade dimensional diante de variações de umidade e temperatura.
• Ser compatível com os materiais de modelos, como gessos
• Não distorcer durante o vazamento do molde
• Ser passível de desinfecção antes do vazamento

Materiais disponíveis.
Os materiais disponíveis para moldagens de próteses fixas são os
hidrocolóides reversíveis, polissulfetos, siliconas de condensação e adição e
poliéteres.

POLISSULFETOS - Permelastic
Os polissulfetos apresentam uma reação de polimerização com aumento de
viscosidade, quando então ganham propriedades tixotrópicas. São
apresentados em duas pastas, base e catalizadora.
Podem ser encontrados nas consistência pesada, regular e leve, sendo cada
uma indicada para diferentes técnicas.
Uma de suas vantagens é o tempo de trabalho com sua polimerização final
ocorrendo por volta de 9 minutos. Seu baixo custo, alta resistência ao
rasgamento, bom tempo de trabalho e boa reprodução de detalhes fazem do

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polissulfetos um dos bons materiais à base de borracha. Por outro lado, seu
odor desagradável, capacidade de manchar e memória elástica deficiente, são
algumas de suas desvantagens.

2.4' POLIÉTERES - Impregum


Trata-se de um polímero à base de poliéter e também encontrado
comercialmente em bisnagas. Das duas pastas não se formam subprodutos
voláteis, o que faz este material possuir uma excelente estabilidade
dimensional.
Como vantagens apresentam uma boa precisão, permitem a obtenção de
excelentes modelos, são mais precisos que polissulfetos e siliconas de
condensação, possuem um bom adesivo e, desde que em ambiente seco, os
moldes podem ser armazenados, segundo o fabricante, por até 7 dias.
Como desvantagens, por serem hidrofílicos, tendem a absorver água e não
podem então serem trabalhados em ambiente de alta umidade, rasgam
facilmente, são caros, o tempo de trabalho é reduzido, o gosto desagradável e
aprentam dificuldade de desinfecção. Por esses motivos, o molde deve ser
vazado imediatamente.

2.5' SILICONAS DE CONDENSAÇÃO


A formação do elastômero ocorre através de uma reação cruzada entre o
polímero de silicona (grupamentos terminais) e um silicato alquílico. O

23
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
subproduto desta reação é o álcool etílico, que, ao evaporar-se, confere ao
material maior alteração dimensional. Sua apresentação se dá em forma de
uma pasta base e de um catalizador, na forma líquida ou pasta de baixa
viscosidade.
As siliconas de condensação são muito utilizadas pelos profissionais pela
facilidade de trabalho e técnica de moldagem.
Porém, sua baixa resistência ao rasgamento, maior deformação que os outros
elastômeros e distorção exagerada, quando armazenada para posterior
vazamento, estão contribuindo para a sua substituição por silicones de adição.

2.6' SILICONAS DE ADIÇÃO


São conhecidas também como polivinil siloxanas. Uma ligação cruzada ocorre
através de uma reação de adição, sem formação de subprodutos por isso, é
um material que apresenta excelente estabilidade dimensional. Esta reação
continua ocorrendo, mesmo após a remoção do molde da boca e, por isso,
deve-se esperar uma hora para o seu vazamento, caso contrário podem
aparecer alterações na textura superficial do gesso e formação de bolhas na
superfície do modelo. É o material mais preciso do mercado, com excelente
resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho ótima recuperação elástica,
e, o molde pode ser vazado até 48 horas após sua obtenção, sem qualquer tipo
de alteração.
Como desvantagem, esse material tem seu processo de polimerização alterado
na presença de enxofre. Assim, o profissional não pode manipular este tipo de
silicona quando estiver usando luvas, pois ocorrerá alteração de sua
consistência rígida para borrachóide.

24
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3

Polissulfeto Poliester Silicona de Silicona de


Condesação Adição
Estabilidade Regular Muito boa Regular excelente
Deformação Alta Baixo Alta baixa
após presa
Tempo de 1 hora Ate 7 dias imediato 1 hora após
vasamento mantido seco ate 7 dias
Reprodução Boa Excelente Boa excelente
de detalhes
Resistência Alta Médio Baixa baixo
a
rasgamento
Tempo de Grande De peuqeno a De médio a De médio a
trabalho médio longo longo

25
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
Facilidade Regular Boa Boa boa
de uso
Facilidade Facil Moderada a regular Regular
de remoção dificil
Odor podre regular excelente Excelente
Esterilização regular regular excelente excelente
Custo baixo Muito alto baixo Muito alto

MÉTODOS DE RETRAÇÃO GENVIVAL


Como o material de moldagem não tem capacidade de promover o
afastamento lateral do tecido gengi-val, torna-se necessário o emprego de
técnicas de retração gengival, para expor a região cervical do dente preparado,
e assim permitir que o material de moldagem possa copiar os detalhes dessa
área. O afastamento gengival pode ser realizado por meios mecânicos,
químicos, mecânico-químicos e por meios cirúrgicos.

MEIOS MECÂNICOS:
Uso de fios de algodão para conseguir o afastamento do tecido gengival.

MEIOS QUÍMICOS:
Buscando eliminar a iatrogenia causada pelos fios, substituíram-se os meios
mecânicos de afastamento pelos químicos, como o cloreto de zinco de 2 a
40%, alúmen, e até ácido sulfúrico diluído, entre outros. Essas substâncias
também causavam sérios traumatismos ao tecido gengival, como proliferação e
descamação epitelial, hiperemia, necrose do epitélio sulcular e recessão
gengival, sendo tão ou mais traumáticos que os meios mecânicos.

MEIOS MECÂNICO-QUÍMICOS:
Fios de algodão impregnados com sais de adrenalina. Este método de retração
gengival mecânico-químico é o mais utilizado na Odontologia e é conhecido
como fios retratores. Várias são as substâncias químicas utilizadas nestes fios:
epinefrina, sulfato de alumínio, cloreto de alumínio e férrico.

TÉCNICAS DE MOLDAGEM

TÉCNICA DE DUPLA MISTURA:


E também conhecida como técnica de um só tempo. Os materiais pesado e
leve são manipulados e usados simultaneamente; o leve é colocado na seringa
e injetado no sulco gengival, e a moldeira preenchida com o pesado é levada à
boca, forçando o material mais fluído a penetrar dentro do sulco gengival. Após

26
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
a remoção dos fios de retração, faz-se o proporcionamento e manipulação do
material pesado, que é levado à moldeira e sobre o qual aplica-se uma
pequena camada do material leve, que também é colocado sobre os dentes
preparados O fio de retração é removido, o material injetado no sulco e a
moldeira individual, carregada com o material pesado, é levada em posição.
Após sua polimerização, a moldeira é removida com movimento rápido.
OBS: Como as mercaptanas e siliconas não se comportam bem na presença
de umidade, a região que vai ser moldada deve ser isolada com rolos de
algodão. Na presença de fluido sulcular, este deve ser controlado.

NÚCLEOS (PINOS INTRA-RADICULARES)

Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento estão indicados em dentes


que apresentam-se com a coroa clínica com certo grau de destruição e que
necessitam tratamento com prótese.

DENTES POLPADOS
Uma regra básica é que, existindo aproximadamente metade da
estrutura coronária, de preferencialmente envolvendo o terço cervical do dente,
pois é essa a região responsável pela retenção friccionai da coroa, o restante
da coroa pode ser restaurada com material de preenchimento, usando meios
adicionais de retenção através de pinos rosqueáveis em dentina.
Os materiais que melhor desempenham a função de repor a estrutura
dentinária perdida na porção coronária de um dente preparado são as resinas
compostas, os ionômeros de vidro, e a combinação de ambos, os chamados
compômeros. Essa escolha é determinada pelas propriedades desses
materiais, especialmente seus módulos de elasticidade semelhantes ao da
dentina e, principalmente, sua capacidade de adesão à mesma.
Quando após o preparo da estrutura coronária remanescente chegar-se a
conclusão que não existe estrutura dentária suficiente para resistir às forças
mastigatórias, com o risco de ocorrerem fraturas no material de preenchimento,
deve-se realizar o tratamento endodôntico.
É importante ressaltar que a desvitalização de um dente para esse fim deve ser
evitada ao máximo, pois o preparo para colocação do pino metálico intracanal,
ao contrário do que muitos pensam, tende a enfraquecer a estrutura dentária
da raiz remanescente, tornando-a mais suscetível à fraturas.

27
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
DENTES DESPOLPADOS
Sua porção intracanal vai dar retenção intracanal e a sua porção
coronária sustentação para a coroa.

RESTAURAÇÃO COM NÚCLEOS FUNDIDOS


Nos casos de grande destruição coronária, nos quais o remanescente
coronário não é suficiente para promover resistência estrutural ao material de
preenchimento, indica-se o uso de núcleos metálicos fundidos.

Preparo do remanescente coronário

O preparo deve ser realizado seguindo as características do tipo de prótese


indicado, removendo o cimento temporário contido na câmara pulpar até a
embocadura do conduto. É muito importante que se preserve o máximo de
estrutura dental para manter a resistência do dente e aumentar a retenção da
prótese. Após eliminar-se as retenções da câmara pulpar, as paredes da coroa
preparada deve apresentar uma base de sustentação para o núcleo com
espessura de 1 mm. É através desta base que as forças são dirigidas para a
raiz do dente, minimizando as tensões que se formam na interface do
núcleo/raiz, principalmente na região apical do núcleo.
Quando não existe estrutura coronária suficiente para propiciar essa base
de sustentação, as forças que incidem sobre o núcleo são direcionadas no
sentido oblíquo, tornando a raiz mais suscetível à fratura. Nesses casos, deve-
se preparar uma caixa no interior da raiz com aproximadamente 2 mm de
profundidade para criar uma base de sustentação para o núcleo e assim
direcionar as forças predominantemente no sentido vertical, diminuindo as
tensões nas paredes laterais da raiz. Essas pequenas caixas não devem
enfraquecer a raiz nesta região, devem e só podem ser confeccionadas quando
a raiz apresentar estrutura suficiente.

28
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
Preparo do conduto
Existem 4 fatores que devem ser analisados para propiciar a retenção
adequada ao núcleo intra-radiculares: comprimento, inclinação das paredes,
diâmetro e característica superficial.
- Comprimento: A literatura é vasta em relação ao comprimento do núcleo
intra-radicular: deve ser igual ou maior que a coroa clinica, dois terços do
comprimento da raiz, ¾. Entretanto, como regra geral, o comprimento total do
remanescente dental, embora o meio mais seguro, principalmente naqueles
dentes que tenham sofrido perda óssea, é ter o pino no comprimento
equivalente à metade do suporte ósseo da raiz envolvida.
O comprimento correto do núcleo no interior da raiz proporciona uma
distribuição mais uniforme das forças oclusais ao longo de toda a superfície
radicular, diminuindo a possibilidade de ocorrer concentração de estresse em
determinadas áreas e, consequentemente a fratura. Logo, comprimento correto
do núcleo no interior da raiz é sinônimo de longevidade da prótese.
O comprimento do pino deve ser analisado e determinado por uma
radiografia periapical após o preparo da porção coronária e levando-se em
consideração a quantidade mínima de 4mm de material obturador que deve
ser deixado na região apical do conduto radicular para garantir um vedamento
efetivo nessa região.
Nos casos de tratamento endodôntico parcial, nos quais o material
obturador não atingiu o nível desejado, deve-se considerar o tempo do
tratamento e a presença de lesão periapical. Caso haja presença de lesão, o
conduto deve ser retratado. Na ausência da lesão, deve se considerar o tempo
de tratamento: caso realizado há pelo menos 5 anos, procede-se a execução
do núcleo, mantendo-se o remanescente do material obturador (4mm).

4 mm

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
Comprimento do pino intracanal

Parte coronaria – O pino tem que ser maior ou igual a coroa.


Nunca menor

- Inclinação das paredes do conduto: Os núcleos intra-radiculares


com paredes inclinadas, além de apresentarem menor retenção que os de
paredes paralelas também desenvolvem grande concentração de esforços em
suas paredes circundantes, podendo gerar um efeito de cunha e,
consequentemente, desenvolver fraturas em sua volta.
Para compensar estas inclinações, pode-se lançar mão de meios
alternativos, como aumentar o comprimento do pino (para conseguir alguma
forma de paralelismo) ou, aproveitar ao Maximo a porção coronal
remanescente, que irá auxiliar na retenção, e minimizar a distribuição de forças
para a raiz.
Em casos extremos de destruição, quando o conduto esta muito alargado e,
consequentemente as paredes da raiz estão muito finas e o dente, é
estrategicamente importante no planejamento da prótese, pode-se utilizar os
núcleos estojados para proteger a raiz. Esse tipo de núcleo busca retenção
intra-radicular e, ao mesmo, protege as paredes delgadas remanescente
radicular, através do biselamento das paredes das raízes. Assim, essas
paredes são protegidas com o metal com o qual é confeccionado o núcleo.

- Diâmetro do pino: O diâmetro da porção intra-radicular metálico é


importante na retenção da restauração e na sua habilidade para resistir aos
esforços durante a mastigação. Em vista disso, tem sido sugerido que o
diâmetro do pino deve apresentar até 1/3 do diâmetro total da raiz e que a
espessura de dentina deve ser maior na face vestibular dos dentes anteriores
superiores, devido a incidência de força ser maior neste sentido.
Clinicamente, o diâmetro do pino deve ser determinado comparado através
de uma radiografia, o diâmetro da broca com o do conduto.

30
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
- Característica superficial do pino intra-radicular : Para
aumentar a retenção de núcleos fundidos que apresentam superfícies lisas,
estas podem ser tornadas irregulares ou rugosas antes da cimentação,
usando-se brocas ou jateadas com óxido de alumínio.

Remoção do material Obturador

A remoção do material obturador deve ser iniciada com pontas Rhein


aquecidas até atingir o comprimento pré-estabelecido. Como nem sempre é
possivel com este instrumento retirar a quantidade desejada do material
obturador, utiliza-se para esse fim as brocas de Peeso, Gates ou Largo, de
diametro apropriado ao do conduto, acopladas de um guia de penetração.
Durante a utilização da broca, deve-se tomar cuidado em acompanhar a
extensão do conduto, procurando sempre visualizar o material obturador, para
não correr o risco de trepanar a raiz.
Na presença de retenções acentuadas no interior do conduto pode ser
desaconselhável remover toda a dentina necessária para sua eliminação para
não enfraquecer a raiz, recomenda-se, nesses casos, o preenchimento da área
retentiva com cimento ionomérico, previamente à moldagem do conduto.
O material não deve ser totalmente removido, deve-se deixar 4 mm de
material obturador no ápice do conduto para garantir um selamento efetivo
nessa região.
Pra dentes multirradiculares com condutos paralelos, não é necessário que
o preparo dos condutos apresente o mesmo comprimento. Como os condutos
são paralelos, pode-se ter o núcleo com os 2 pinos unidos pela base, que
funciona como dispositivos anti-rotacionais. Nos pré-molares superiores, que
podem apresentar divergência das raízes, devem ter seu conduto mais
volumoso preparado na extensão convencional (2/3) e o outro preparado
parcialmente apenas com o objetivo de conferir estabilidade, funcionando como
dispositivo anti-rotacional.
Os dentes multirradiculares superiores com condutos divergentes e que
apresentam remanescente coronário, prepara-se o conduto palatino até 2/3 da

31
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
sua extensão, e um dos vestibulares até a sua metade e o outro terá apenas
parte de sua embocadura preparada, constituindo metade do núcleo que se
encaixará na metade palatina através de sistemas de encaixes.

CONFECÇÃO DO NÚCLEO
Para a confecção do núcleo podem ser empregadas duas técnicas: a direta, na
qual o conduto é moldado e a parte coronária esculpida diretamente na boca, e
a indireta, que exige moldagem dos condutos e porção coronária
remanescente com elastômero, obtendo-se um modelo sobre o qual os núcleos
são esculpidos no laboratório. Esta técnica é indicada quando há necessidade
de se confeccionar núcleos para vários dentes ou para dentes com raízes
divergentes.

TÉCNICA DIRETA - DENTE UNIRRADICULAR


Primeiramente prepara-se um bastão de resina acrílica que se adapta ao
diâmetro do dente e o comprimento do conduto. Seu comprimento deve passar
1 cm além da coroa remanescente e atinja a porção apical do conduto
preparado. Entre o bastão e as paredes axiais deve haver um espaço que seja
suficiente para o alojamento do material moldador, ou seja, a Duralay.
Em seguida se faz a lubrificação do conduto e da porção coronária
usando uma broca Peeso ou similar envolvida com algodão.

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
Então é feita a moldagem do conduto com a resina que vai ser levada
com sonda, pincel ou seringa Centrix e vai envolver todo o bastão que é
introduzido.
O material em excesso é acomodado no bastão para a confecção da
porção coronária, se necessário há uma complementação com resina para
completar a coroa.
Dentes com dois condutos paralelos se faz a moldagem individual e
após a polimerização da resina são unidos na região de câmara pulpar.
Durante todo o processo de polimerização da resina nos condutos ou moldes
devem ser sempre tirados e colocados varias vezes para que o mesmo não
fique retido por deficiências (retenções) do preparo dentro do canal. Após a
polimerização total verifica-se a fidelidade do pino moldado e corta-se o bastão
no nível oclusal ou incisal para dar procedimento ao preparo na porção
coronária, utilizando-se de brocas e discos de lixa. Essa porção coronária deve
apenas complementar a estrutura dentária perdida, dando forma e
características de um dente preparado.
A liga metálica a ser usada tem que resistir as forças que receberá, por
isso as ligas metais não nobres são as mais utilizadas, principalmente a de
cobre-aluminio, em razão de seu baixo custo.
A adaptação do núcleo no interior do conduto deve ser passiva, por isso
é necessário o uso de evidenciadores de contato do núcleo. Após a adaptação,
a porção radicular do núcleo deve ser jateada com óxido de alumínio.
Antes da cimentação o conduto deve ser limpo com álcool absoluto ou
líquidos próprios para esse fim, e seco completamente. Para a cimentação,
com um pincel leva-se uma pequena quantidade de cimento em volta do núcleo
para reduzir a pressão hidrostática. A cimentação pode ser feita com cimento
de fosfato de zinco ou ionômero de vidro.

Técnica direta – Dente multirradicular

33
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
É possível confeccionar núcleos em dentes com raízes divergentes pela
técnica direta, seja moldando os condutos com resina ou empregando sistemas
pré-fabricados.
Primeiro realiza-se a moldagem com resina do conduto divergente,
deixando preparado a caixa oclusal. Esse núcleo vai ser fundido e adaptado no
conduto. Recebe acabamento superficial com brocas e discos de lixa e depois
da a sequência para a confecção dos outros condutos, se serão unidos na
porção coronária com que já estava pronto.
A cimentação é feita por partes onde se introduz primeiro a porção de
núcleos paralelos e depois o núcleo divergente.
Moldando os condutos com Resina

Outra maneira para obter núcleos pela técnica direta em dentes com condutos
divergentes, é confeccionando o pino do canal de maior volume que irá
transpassar a porção coronária do núcleo.

O conduto palatino é moldado com resina deixando a porção coronal do pino


com suas paredes divergentes para a oclusal, lisas e ligeiramente ovalada. O
pino de resina e as paredes da câmara pulpar são isolados e faz-se a
moldagem do conduto. Em seguida faz-se o preenchimento da câmara pulpar e
com resina a formação da parede coronária do núcleo. Após a polimerização
da resina, remove-se o pino do conduto palatino e prepara-se a parte coronária
do núcleo.

TÉCNICA INDIRETA
O preparo da coroa remanescente e dos condutos seguem os mesmos
princípios da Técnica indireta, buscando-se a preservação máxima da estrutura
dentária.

Adapta-se em cada conduto, um fio ortodôntico ou clipe de papel, com


comprimento um pouco maior que do conduto e ligeiramente folgado em
relação as paredes do conduto.

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
O material de moldagem deve ser proporcionado e manipulado seguindo a
orientação do fabricante e para leva-los aos condutos, utiliza-se uma broca
lentulo manualmente ou acoplada em contra ângulo em baixa rotação.
Os fios metálicos também são envolvidos com o material e colocados em seus
respectivos condutos, e em seguida com uma seringa apropriada faz-se a
moldagem da coroa preparada, envolvendo totalmente os fios metálicos que
estão em posição.

Os elastômeros devem fornecer ao técnico um modelo preciso e confiável, para


obtenção de núcleos divididos ou múltiplos.

Para a confecção do modelo de trabalho, vaza-se o molde com gesso tipo IV.
Os modelos devem ser montados em articulador permitindo que a porção
coronária seja esculpida, mantendo a forma de inclinação das paredes, espaço
olcusal/incisal e relação de paralelismo com os demais dentes pilares e com os

antagonistas.

RESTAURAÇÕES COM NÚCLEOS PRÉ- FABRICADOS


Quando o elemento a ser restaurado apresenta tratamento endodôntico, e
mantém parte considerável da coroa clínica após o preparo do dente, indica-se
a colocação de um pino pré-fabricado no canal radicular, com objetivo de
aumentar a resistência do material de preenchimento. Esses pinos podem ser
lisos, serrilhados ou rosqueados. Embora apresentem grande capacidade
retentiva, os pinos rosqueados devem ser usados com muito cuidado, pois
estes geram mais tensões nas paredes do canal radicular do que os
cimentados. Entretanto, quando indicados, deve-se sempre desrosquear de
volta após sua introdução final no conduto para minimizar as tensões geradas
na dentina.
Em relação ao diâmetro do conduto, é importante que o diâmetro do pino seja
compatível com o do conduto. Assim, a seleção do pino é feita comparando
seu diâmetro com a luz do conduto, através de uma radiografia.
O conduto é preparado usando as brocas que normalmente acompanham os
pinos. Quando o dente apresentar perda óssea, o comprimento do pino deve
ser equivalente à metade do suporte ósseo da raiz envolvida.

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
PROVISORIOS EM PF

TÉCNICA DE ADAPTAÇÃO DE ESTOQUE COM


RETENÇÃO INTRACANAL

-Indicado para dente fraturado, onde não tem fragmento para segurar a faceta,
e para canais tratados.
- Preparar o dente com a ponta 4138 removendo a estrutura sem suporte, e
fazer chanfrado á nível gengival.
- Usar Gates, largo, para o preparo intracanal. Remover parte da guta percha,
até a mtedade da raiz, deixando 4 mm apical, para manter o selamento
biológico.
- Preparar microretenções no fio ortodontico
- colocar um fio ortodôntico no interior do canal
-colocar resina acrílica (duralay) bem fluida, no conduto previamente
vaselinado, com auxilio de pincel.
- quando a resina começar perder o brilho, fazer movimento de tira e Põe.
- Selecionar o dente de estoque.
-fazer uma dobra no fio ortodôntico
-desgastar toda parte posterior da faceta, deixando apenas a face vestibular.
-Preencher com resina a faceta.
-Fazer adaptação do provisório
- para cimentar o provisório, utilizar hidro C...

Registros oclusais e moltagem no ASA


Tem como objetivo a reprodução do relacionamento oclusal do paciente
com duas finalidades básicas: estudo da oclusao, no caso de patologias
oclusais e planejamento para confecção de prótese . Vai estudar a oclusao
do seu paciente, reprodução do relacionamento oclusal, reprodução da
posição estática e dinâmica da mandíbula.

36
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3

Infraestrutura de próteses metaloceramicas.


A utilização das cerâmicas fundidas sobre estruturas metálicas veio
melhorar bastante sua resistência, principalmente no que se diz respeito a
resistência ao cisalhamento e a tração. A cerâmica deve manter sua
espessura contate para ter sua resistência aumentada. As características da
estrutura metálica devem possibilitar a manutenção de uma
homogeneidade na espessura do revestimento cerâmico em todas as

37
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
superfícies. A cerâmica não deve ter espessura menor que 1mm ou maior
que 2,5mm

Infraestrutura para elementos unitários anteriores


Caracteristicas: Infra estrutura com dimensão anatômica aproximada de 2/3
do trabalho definitivo. Extensao próximo incisais para suportar a superfície
livre da cerâmica e a presença da cinta metálica lingual obedecendo as
características estéticas.

Essa cinta metálica é importante para manter a integridade do adrao de


cera quando sua remocao do troquel, e na fase de aplicação de cerâmica,
onde sera levada a altíssimas temperaturas. Assim da resistência contra
distorções. Emrelação a estética, deve restrigir na porção lingual do
preparo.

Todas superfícies da infraestrutura que serão revestidas pela cerâmica


deverão ser completamente arredondadas.

• Angulos internos da infreestrutura que sera recobertos por


cerâmica devem ser completamente arredondados

• Angulos das bordas da cinta metálica vivos e de preferencia


90º, nos quais acontecerão o contato com a cerâmica

• Presença de cintametalica se restringindo a superfície lingual


com altura ideal de aproximadamente 2,5mm

Infraestrutura para elementos unitários posteriores.


• Devera ser completamente revestida por cerâmica

• A infraestrutura deveraapresetnar dimensão aproximada de


2/3 do tamanho anatômico final

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
• Apresentar cinta metálica lingual com altura de 2,5mm. Essa
cinta deve-se estender pelas proximais, elevando-se em
direção a superfície oclusal, sempre que os contatos proximais
incidirem sobre as cristas marginais.

Prova dos retentores, remoção em posição para soldagem e remontagem

É o reconhecimento de duas etapas bem sucedidas, a primeira é a


moldagem e a obtenção de troqueis precisos, que representam nas suas
formas, dimensões e posicionamentos, a real posição do dente preparado
no arco dentário. E a segunda é o trabalho protético.

A prova do coping deve ser realizada em diferentes


etapas:

Adaptação Marginal
O uso de evidenciadore de contato interno, possibilitam a detecção e
visualização de pontos da superfície interna do coping que estão impedindo
o seu assentamento completo. Peliculas de elastômero, possibilitam a
detecção de contatos internos. Radiografias, visualização de áreas

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
proximais desajustadas. Sondas exploradoras, observação dos locais
corretamente adptados e das área deficientes.

Ajuste Ideal
As coroas totais devem apresentar dimensões maiores que os próprios
dentes, criando simultaneamente espaços internos necessários para
acomodar a película de cimento.

Um ajuste ideal sempre depende da quantidade de retenção friccional.

Tipos de desajuste marginal e correções

Degrau negativo
Entra parte do termino cervical do dente preparado não coberta pelo metal
do coping, pois o metal encontra aquém da margem preparada do dente.
Pode-se fazer um desgaste do dente para corrigir, se for pequeno, dicreto e
localizado em área de fácil acesso. Ou realizar a repetição da moldagem e

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3
troquel.

Degrau Positivo
Quando o coping esta além do termino cervical. Consequencia de recorte
incorreto do troquel, que apresenta um sinal clinico: isquemia gengival,
deslocamento da infraestrutura. Pode se realizar o desgaste da
infraestrutura ou repetição da moldagem e troquel.

Espaço Cervical
È um espaço existente entre a margem da restauração e o termino cervical.
Significa que há uma deficiência da peça fundida em direção vertical e que
ela é incapaz de atingir as bordas preparadas. A correção é a repetição de
moldagem e troquel.

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
3

Registro
Na prova da coping, com o acrílico faz o registro oclusal no coping.
Assim a visualização da quantidade de cerâmica, a correta oclusão
sera observado. Faz uma nova moldagem, porque o outro modelo
esta troquelado. Molda com o coping com o registro oclusal. Isso se
chama REMONTAGEM. E dentro do coping você faz alguma retenção ,
para que no novo modelo se faça sempre a mesma inserção. Entao
coloca-se a gengiva artificial em cima dos pilares, para aplicação da
cerâmica.

Seleção de cor e ajuste funcional e estético


Triade de estética: forma dos dentes, textura e cor, em ordem de
importância.

Seleção de Cor
É muito difícil a escolha, por ser muito pessoal.

Matiz – nome da cor, tonalidade ( amarelo, azul, vermelho)

Croma – Intensidade da Matiz. Quantidade de pigmentos que determinado


matiz apresenta. (vermelho claro, vermelho escuro)

Valor: Quantidade de brilho. Quantidade de cinza em um matiz

Pode ser influenciada por diferentes fatores:


1. Ambiente – deve ser consutorio com cores neutras, paciente coberto
para quea roupa dele não faça alguma interferência, batom forte.

2. Observador

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RESUMO PRÓTESE FIXA 201
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3. Objeto- umedecer o objeto, fazer profilaxia,

4. Fonte de Luz- fazer seleção de cor durante o dia, aproveitando o


máximo de luz natural, ou a utilização daquelas lâmpadas corrigidas
do tipo “luz do dia” . Refletor desligado

5. Escala de Cores

6. Comunicação CD X Protético- Desenho ou fotografia.

Aplicação de Porcelana
1. Tratamento do coping

Superficie metálica linpa, uniforme e sem contaminações, obtendo


espaço ideal para a espessura de opaco e porcelana.

2. Aplicação de jatos de oxido de alumínio, num processo denominado


texturização.

3. Aplicação do opaco, em 2 etapas. E tem a função de simular o efeito


da dentina subjacente, mascarando a tonalidade acinzentada do
metal.

4. Leva para o forno

5. Aplicação da 2 camada do opaco

6. Aplicação de porcelana.

7. Manda para o CD

Ajuste funcional e estético:


Para analisar o ajuste oclusal, verificar o tamanho, forma, cor. Verificar
internamente se não tem restos de porcelana

43
RESUMO PRÓTESE FIXA 201
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