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COMO SURGIU?
Os primeiros CLPs surgiram no final dos anos 60 para atender a necessidade
da General Motors em alterar de forma rápida e barata os processos de suas
linhas de produção.
Foi nesse contexto que nasceu o CLP. Desenvolvido por uma empresa norte-
americana, o Controle Lógico Programável começou a ser utilizado com grande
sucesso pela GM e posteriormente foi difundido para outras indústrias dos
mais diversos ramos.
ENTRADAS
As entradas são as responsáveis por receberem os sinais do equipamento,
sejam eles analógicos ou digitais.
SAÍDAS
As saídas do CLP são responsáveis por receberem as ordens enviadas pela
CPU. Essas ordens são resultantes do processamento dos sinais recebidos.
Dessa forma, os cartões de saída acionam as cargas de acordo com o que foi
determinado no programa do CLP.
Assim como as entradas, as saídas também podem ser analógicas ou digitais.
SAÍDAS ANALÓGICAS: Disponibilizam sinais variáveis para um determinado
controle ou acionamento. Por exemplo, para controlar a velocidade de um
motor elétrico, é ela quem disponibiliza o sinal responsável por enviar uma
instrução para o inversor de frequência.
SAÍDAS DIGITAIS: Podem ser de dois tipos: relé ou transistor. Ambos trabalham
sempre de maneira binária, ou seja, com apenas dois estados lógicos (ex:
ligado ou desligado). Dessa forma, realiza o “comando” a partir dos estados 0
ou 1, acionando ou desligando, por exemplo, uma bobina de um relé ou um
sinaleiro.
DISPOSITIVO DE PROGRAMAÇÃO
É o cérebro do CLP, já que é o responsável por receber a informação e
determinar o que será feito. Atua lendo os valores lógicos presentes nas
entradas, em seguida executa as instruções do programa e transfere as ordens
provenientes dessas instruções para as saídas.
Tal qual um computador comum, possui duas partes fundamentais: o
processador e a memória.
O processador tem como função executar a ação programada pelo usuário.
Além disso, gerencia a comunicação e execução dos programas de
autodiagnóstico.
Atualmente, alguns CLPs utilizam mais de um processador. Dessa forma,
conseguem dividir tarefas e, consequentemente, ganhar maior velocidade de
processamento e facilidade de programação.
RECURSOS DOS CLPs
Como você já sabe, o CLP é um equipamento eletrônico utilizado na
automação de processos industriais. Dessa forma, é projetado para trabalhar
em ambientes industriais, sob condições adversas de temperatura e poeira.
Além disso, é imune a interferências, seja de ruído, eletromagnética, vibração
ou impacto.
O CLP funciona em tempo real analisando os sinais das entradas e atualizando
as saídas de acordo com a sua programação. Além disso, é importante
mencionar um recurso muito importante nos dia de hoje: a capacidade de
transmissão de dados via canais seriais ou Ethernet. Afinal, dessa forma, os
CLPs podem ser supervisionados por computadores formando sistemas de
controle integrados.
De fato, os canais de comunicação integrados nos CLPs permitem conectar
interfaces de operação (IHM), computadores, outros CLPs e até mesmo
unidades de entradas e saídas remotas. Notou? Isso é Indústria 4.0 pura!
Nesse sentido, cada fabricante estabelece um protocolo para conectar seus
equipamentos de modo que troquem informações entre si. Os protocolos mais
comuns são Modbus, EtherCAT, Profibus, DeviceNet entre outros.
PRINCIPAIS MARCAS
A Siemens lidera a a pesquisa de fabricantes com 44% das respostas enquanto
a Rockwell está com 21%, Schneider aparece com 8% e outros com 20%.
Fabricantes mais ligado com indústria de processos como Emerson, GE e ABB
também estão baixos.
LADDER
É responsável pela lógica de controle, indicando para o controlador qual ação deve ser
realizada a partir dos valores de entrada. Desta forma, ele atualiza suas saídas ou atuadores
para que interajam ou alterem diferentes processos industriais.
Recebe esse nome – ladder, que significa escada, em inglês – pois seus símbolos se
assemelham a degraus. Também é conhecida por Linguagem Ladder, Diagrama Ladder,
Diagrama de Escada ou Lógica Ladder.
Suas funções são de fácil compreensão por aqueles que têm noção sobre circuitos elétricos,
pois são baseadas na lógica de relés, representadas por contatos (chaves) e bobinas.
É formada por circuitos horizontais em que a bobina fica na extremidade direita e com a
alimentação feita por duas barras laterais verticais. Cada linha horizontal é uma sentença
lógica, tendo os contatos como entradas.
A lógica é a associação dos contatos e as bobinas são as saídas. Cada lógica de controle,
formada por linhas e colunas, é chamada de rung.
A forma mais comum para verificação do código é da esquerda para a direita e de cima para
baixo, mas há variações entre fabricantes de controladores.
Entradas ou contatos, que fazem a leitura do valor de uma variável booleana. Podem ser NA
(normalmente aberto, representados pelo símbolo -II-), que fica fechado quando a variável
associada é verdadeira, do contrário, fica aberto; ou NF (normalmente fechada, representada
pelo símbolo -I/I-) – contato que está aberto quando a variável associada é verdadeira, ou fica
fechado, caso contrário;
Saídas ou bobinas, que escrevem o valor de uma variável booleana ou ativam uma memória.
Podem ser simples, set ou reset e são representadas pelo símbolo –( )-;
Nos diagramas Ladder, os elementos de entrada se combinam para gerar um resultado lógico
booleano que, por sua vez, é designado a uma saída.
Geralmente, a parte esquerda do diagrama é energizada e, caso um caminho possa ser traçado
da esquerda para a direita, conectando uma bobina, então o valor desta será verdadeiro.
O valor de entrada é dado pelos contatos e o valor da bobina pode ser destinado a uma saída
física no CLP.