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INDUSTRIAL
Introdução
Um controlador lógico programável (CLP) é um dispositivo com caracte-
rísticas de hardware semelhantes às de microcomputadores pessoais, mas
diferentes no que diz respeito à robustez e à redundância de diversos itens.
Para desenvolver programas que funcionarão de forma cíclica, execu-
tando as tarefas, podem-se utilizar algumas linguagens de programação,
dentre as quais se destacam como as mais comuns o diagrama de con-
tatos (ou ladder) e o diagrama sequencial funcional (SFC).
Neste capítulo, você vai ser apresentado a todos os elementos que
compõem um CLP, como a unidade central de processamento (CPU),
as entradas e saídas, vai ler sobre a metodologia de construção dos
programas e, por fim, vai conhecer aplicações do uso do CLP.
1 Componentes de um controlador
lógico programável
Conforme a definição dada pela norma IEC 61131-1, o CLP ou PLC, do inglês
Programmable Logic Controller é um equipamento formado por componentes
eletrônicos que contém memória programável ou não programável com dados
e programas. Sua finalidade é ler e executar instruções que interagem com
um sistema controlado por dispositivos de entrada, que chegam de sensores
ou transdutores, e de saída, do tipo digital ou analógico.
2 Controlador lógico programável
Com base nisso, Natale (2008) diz que o CLP é basicamente um computador
utilizado em uma aplicação destinada à automação de processos em geral
— como, por exemplo, em CNC (Comando Numérico Computadorizado) —
contendo as mesmas características de um computador pessoal. A maneira
como um CLP atua no sistema é apresentada na Figura 1.
Interfaces de entrada/saída
Segundo Antonelli (1998), o sistema de entrada/saída conecta fisicamente a
CPU com a parte externa, por meio de vários tipos de circuitos de interfaces,
com a finalidade de adequar eletricamente os sinais para serem depois proces-
sados. Essas entradas/saídas podem ser de dois tipos: discretas ou analógicas.
As entradas/saídas discretas são os tipos de sinais mais comumente
encontrados em sistemas automatizados com CLP. Nessa espécie de interface,
as informações provêm de um único bit, que apresenta as funções ligado ou
desligado. Um exemplo de entrada/saída com tais características pode ser
observado no Quadro 1.
Esses dispositivos são acionados por fontes de alimentações distintas, que
não são de mesma magnitude ou natureza. Dessa forma, as interfaces com
os elementos de entrada/saída discretos estão disponíveis em vários níveis
de tensão CA ou CC, como, por exemplo, 12Vcc, 24Vcc, 110Vca e 220Vca.
As entradas/saídas analógicas contêm um conversor analógico-digital
ou digital-analógico que permite que sinais numéricos sejam recebidos ou
enviados. Como expõem Silveira e Santos (1998), a principal diferença desses
sinais em relação aos discretos é que mais de um bit deverá ser manipulado,
seja por conversão de sinal analógico, seja por tratamento de dispositivos
multibits. No Quadro 2, são apresentados exemplos de alguns dispositivos
analógicos e multibits.
Controlador lógico programável 5
Pushbottons Solenoides
Figura 2. Exemplo de linguagem de programação: (a) Ladder, (b) texto estruturado, (c) lista
de instruções, (d) blocos funcionais e (e) SFC.
Fonte: Adaptada de Prudente (2013).
Controlador lógico programável 7
Alguns símbolos gráficos apresentados pela norma IEC 60848 podem ser
observados na Figura 5.
Acesse o link a seguir e conheça mais a respeito de CLPs, de conexões com dispositivos
de entrada e saída, e de como desenvolver programas para aplicação de controle de
temperatura.
https://qrgo.page.link/uXZBG
Controlador lógico programável 11
Exemplo 1
Exemplo 2
Leituras recomendadas
CAPELLI, A. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos. 3ª
ed. São Paulo: Érica, 2013.
NEVES, Y. B. de M.; FREITAS, D. R. R. de. Construção de controlador lógico programável
de baixo custo para fins didáticos. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v. 4, nº.
4, p. 28–39, out. 2019. Disponível em: http://revistas.poli.br/index.php/repa/article/
download/1172/523/. Acesso em: 1 mar. 2020.
PRUDENTE, F. Automação industrial: PLC — teoria e aplicação. 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2011.
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