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COMENTARIO DO MÊS: Expedições Científicas - Eng.o VIRGíLIO CORREIA FILHO (pg. 5).
OPINIÕES! O nome da capital baiana (pg. 37) - Concurso de monografias mumc1pais (pg. 37) -
Imigração de após-guerra (pg. 37) - Crepúsculo dos impérios coloniais (pg. 38) - A raça
tupí--guaraní, tronco comum de brasileiros e paraguaios (pg .. 38).
TERTÚLIAS GEOGRAFJCAS SENIANAIS: Quarta tertúlia semanal (pg. 53). - Critérios para a
determinação do fOrmador principal de um rio (comunicação do coronel Renato B. Rodrigues
Pereira) (pg. 5•±) - Critérios para a det~rminação do formador principal de um rio (Esquema
apresentado pelo professor Everal'do Backheuser) (pg. 55) - Quinta tertúlia semanal (pg. 57)
- As "Hipóteses de trabalho nas pesquisas geográficas", pelo professor Everardo Backheuser
(pg. 59) - Sexta tertúlia semanal (pg. 60) - Expedição organizada pelo Conselho Nacional
de Geografia à região do Jalapão (Comentários feitos pelo professor Francis Ruellan) (pg. 62)
- Sétima tertúlia semanal (pg. 64) - Expedição científica organizada pelo Conselho Nacional
de Geografia à regiã.o do Jalapão (Esbõço das principais pesquisas antropo-geográficas a
serem realizadas, apresentado pelo professor E. Backheuser) (pg. 65).
LEIS E RESOLUÇÕES: LEGISLAÇAO FEDERAL - Ementário dos decretos-leis baixados nos meses
de abril a maio de 1943 (pg. 179) - íntegra da legislação de interêsse geográfico (pg. 187) -
;LEGISLAÇAO ESTADUAL - íntegra dos decretos, decretos-leis e demais atos de interêsse geo-
gráfico - Baía (pg. 193) - Mato Grosso (pg. 195) - Minas Gerais (pg. 195) - Pará (pg. 195)
- Paraná (pg. 196) - Rio de Janeiro (pg. 196) - Rio Grande do Sul (pg. 197) - São
Paulo (pg. 197) - Sergipe (pg. 197) LEGISLAÇAO MUNICIPAL - íntegra dos decretos,
decretos-leis e demais atos de interêsse geográfico - Belém (pg. 198) - Belo Horizonte
(pg. 198) - Teixeira Soares (pg. 198) - RESOLUÇÕES DO INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATíSTICA - CONSELHO NACIONAL DE ESTATíSTICA - ASSEMBLÊIA
GERAL - Ementário das Resoluçôes ns. 67 a 110 aprovadas em 1938 (pg. 199) - JUNTA
EXECUTIVA CENTRAL - Ementário das Resoluçôes ns 61 a 84 aprovadas em 1939 (pg. 200)
- CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA - ASSEMBLI!:IA GERAL - Ementário das
Resoluções ns. 40 a 64 aprovadas em 1939 (pg. 202) - íntegra das Resoluções ns. 6 a 8
pg. 203) - DIRETÓRIO CENTRAL - Ementário das Resoluções ns. 56 a 73 aprovadas em
1940 (pg. 204) - íntegra das Resoluções ns. 6 e 7 (pg. 205) - DIRETÓRIOS REGIONAIS -
BAÍA - íntegra das Resoluções ns. 6 a 10 (pg. 207).
Editorial do mês
M. A. TEIXEIRA DE FREITAS
Secretário Geral do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística
Comentário do mês
Expedições Científicas
Eng. VIRGÍLIO CORREIA FILHO
Assistente-técnico do Conselho
Nacional de Geografia.
Logo após a arribada venturosa de Cabral a Pôrto Seguro, que exaltou aspi-
rações imperialistas, escolheu D. Manuel quem pudesse explorar o desconhecido
litoral, que se estendia para o sul.
Coube a incumbência a André Gonçalves, consoante indicou Rio Branco, em
suas Efemérides, ou a Gonçalo Coelho, que teria zarpado de Lisboa a 10 de maio
de 1501, chefiando tres caravelas, com as quais lhe perlongaria extenso trecho,
segundo outros historiadores.
A 28 de agôsto, dobra o cabo de Santo Agostinho, e inspirado pelo calen-
dário católic.o, vai sucessivamente batizando de nomes de santos, consoante as
datas das respectivas descobertas, os mais importantes acidentes da costa, como
o rio São Francisco (4 de outubro), a baía de Todos os Santos (1.º de novembro),
a de Santa Luzia (13 de dezembro), o Cabo São Tomé (21), a baía do Rio de
Janeiro, (1. 0 de janeiro), cuja barra foi confundida com simples foz de rio,
Angra dos Reis (6), a ilha de São Sebastião (20), o pôrto de São Vicente (22).
Se a prioridade cabe à armada cabraliana, sem dúvida as explorações de
intuitos geográficos principiam com os que lhe seguem o roteiro atlântico e o
continuam, costeando as paragens bravias, sempre atentos no exame do relêvo,
cuja representação cartográfica dessa maneira progressivamente se aperfeiçoou.
Limitavam-se, porém, à faixa litorânea da qual pudessem aproximar-se os
seus na vi os.
A penetração pela hinterlândia viria mais tarde, de comêço pelos aventu-
reiros, a quem os índios serviam de guias argutos, através de rios e serras que
não lhes barravam a marcha.
Ao devassamento empírico, destituído de propósitos científicos, sucederia,
porém, o reconhecimento sistemático, especialmente nas regiões fronteiriças, a
exemplo da travessia de Belém a Vila Bela, empreendida pela diligência de
que participou José Gonçalves da Fonseca, feito cronista e Antônio Nunes, como
pilôto. Antes, porém, que a Lisboa chegassem os resultados de tal exploração,
Alexandre de Gusmão ajustou as bases do Tratado de Limites de 1750, de acôrdo
com d "Mapa dos Confins do Brasil com as terras da Espanha na América Meri-
dional", ou mais resumidamente "Mapa das Côrt.es", como se tornou conhecido.
Em suas linhas resumiu-se quanto era sabido acêrca do Brasil, com as
grandes falhas, geradoras de cláusulas inexequíveis.
Não obstante, a linha fronteiriça definiu-se desde a barra do "regato que
vai ao pé do monte de Castilhos Grande" até se perder no divisor de águas do
Amazonas e Orinoco, em plena região desconhecida.
Para lhe assinalar os pontos principais, foram mobilizados técnicos de no-
meada, entre os quais se incluiu Miguel de La Ciera, astrônomo, além dos padres
Panigai, Namieri e Pineti, ao sul, padre Inácio Semartoni, Dr. João Antônio Bru-
nem, ao norte. ·
Volvido um quartel de século, repetiu-se análoga iniciativa, para cabal
execução do Tratado de Santo Ildefonso, de 1777, em conseqüência do qual foram
organizadas quatro comissões demarcadoras, cada uma incumbida da exploração
de certo setor lindeiro.
6 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Data dessa época minucioso conhecimento dos rios Branco e Negro, e outros
tributários do Amazonas, como igualmente do Guaporé, Jaurú, Paraguai e pa-
ragens circunjacentes, mercê dos esforços dos astrônomos José Simões de Car-
valho, José Joaquim Vi.tório da Costa, Antônio Pires da Silva Pontes, Francisco
José de Lacerda e Almeidar, além dos militares, que serviriam de engenheiros,
como Ricardo Franco de Almeida Serra. J. J. Ferreira, Eusébio Antônio de
Ribeiros, Henrique João Wilkens, Teodósfo Constantino Chermont, que opera-
riam sob a chefia de João Pereira Caldas, na Amazônia, e de Luiz de Albu-
querque de Melo Pereira e Cáceres, do Madeira para o sul.
Em vez de demarcadores, atuaram como abnegados geógrafos, que esquadri-
nharam os rincões estremenhos, para determinar com exatidão os cursos dos
rios, os divisores de águas e demais particularidades topográficas.
Ainda os trabalhos de campo os retinham naquelas paragens, quando para
lá partiu, com encargos mais amplos, Alexandre Rodrigues Ferreira, incumbido
de aquilatar as riquezas naturais do Pará, da Capitania do Rio Negro e de Mato
Grosso.
Acompanhado de dois desenhistas, Codina e Freire, evidencia a sua compe-
tência de naturalista, como igualmente de geógrafo, empolgado pelo estudo
cabal da ecologia.
A sua Viagem Filosófica, escrita nos intervalos de uma excursão a outra,
contém verdadeiros painéis das condições de vida na Amazônia, analisadas desde
os aldeamentos indígenas até os núcleos urbanos de mais alta categoria.
Explorou rios, cuidou da flora e fauna, dos costumes populares, das artes
e indústrias regionais, da história, de graves problemas políticos, decorrentes de
litígios fronteiriços, e de tudo que lhe chegasse ao alcance da vista indagadora,
a ponto de merecer da Posteridade a qualificação de Humboldt brasileiro, que
lhe define o critério científico.
Depois dêsse périplo notável, há como que penoso esmorecimento em ati-
vidades semelhantes.
A Europa entra em convulsão e a América, estimulada pelo exemplo dos
patrícios de Washington, prepara-se para a campanha emancipadora.
O Brasil já se considerava independente, pois que hospedava o rei que
daquí dava ordens a Portugal, quando a curiosidade científica de sábios euro-
peus logrou autorização para lhe devassar os mistérios.
Mais feliz do que Humboldt, que não logrou rodar pelo Amazonas, como pre-
tendia, para não incorrer no crime de desobediência, punível com a prisão, Mar-
tius deleitou-se no estudo da natureza brasileira, acompanhado pela amizade
eficiente de Spix, com quem repartiu a glória imperecível.
Os forasteiros, que lhes imitaram o proceder, dedicaram-se especialmente
às ciências naturais, como zoólogos, botânicos ou geólogos, sem maiores inte-
rêsses relacionados com a geografia.
Mal se exclue a "Comissão Langsdorff", que, financiada pelo govêrno russo
varou a região central, entrando pelo Tieté, para sulcar a mesma via bandeirant~
das monções até Cuiabá, donde alcançou o Arinos, em cuja descida se agravou
o desiquilíbrio mental do seu chefe, causa do fracasso de tão promissora ini-
ciativa. ·
Com êle, que já perlustrara várias regiões brasileiras, em companhia de
outros naturalistas, como A. Saint-Hilaire, seguiram L. Riedel botânico Rub-
zoff, astrônomo, Amado Adriano Taunay, desenhista, além d~ Hercule~ Flo-
rence, que se esmerou no escrever a narrativa da peregrinacão desfechada em
tragédia, com o falecimento de seu colega, arrebatado pelas" águas revôltas do
Guaporé, e desvario de Langsdorff, que ensandeceu lamentàvelmente, antes
que se colhessem os resultados prometidos pela sua expedição.
Também comissionado por govêrno estrangeiro, o de sua Pátria de 1843 a
1?47, andou pelos sertões brasileiros o conde Francisco de Casteln~u, que re-
gistou em sua obra Expedition dans les parties centrales de l' Amerique du Sud
quanto notou ele interessante em longa excursão indagadora.
Na década seguinte, coube a Henrique Guilherme Fernando Halfeld explorar
o São Francisco, a respeito do qual elaborou cartas minudenciosas.
COMENTARIO DO Mll:S 7
Confiada a chefia ao
"engenheiro Gilvandro Simas Pereira, astrônomo da campanha de
coordenadas do Conselho e que participou da expedição de 1942",
como determinou o art. 3.0 , articulou-se destarte o novo empreendimento com
o anterior, por maneira que, executados embora em períodos diferentes, cons-
tituam como que uma só exploração, alongada dos arredores de Formosa às
divisas do Piauí.
E destarte, mediante plano sistemático, anualmente contribuirá o Conselho
Nacional de Geografia, em cooperação com outras institu:ições científicas, de
orientação análoga, para ir progressivamente apagando as sombras que ainda
amantam grandes extensões do território nacional, apesar dos esforços de dou-
tos pioneiros, cujas atividades se desenvolviam, na melhor hipótese, desarticula-
das, isentas de quaisquer elos de coordenação, comparáveis aos que norteiam os
técnicos mobilizados pelo "Serviço de Geografia e Estatística Fisiográfica", tanto
para as campanhas de coordenadas como em outras incumbidas de explorações
científicas mais amplas.
Trnnscrições do mês
O avanço humano não é por tôda parte idêntico nesta grande frente de
combate da natureza. Há pontas, há golfos. Um dos elementos que a humani-
dade melhormente submeteu e domesticou, foi o do mundo vegetal e, sobretudo,
a floresta; ela cedeu seu solo para a cultura das plantas escolhidas pelos homens
e grupadas nesses estranhos quadrados chamados campos, e a primeira agri-
cultura é quase sempre uma agricultura silvestre; ela forneceu, com seus frutos,
um maná alimentar que tantas civilizações coletoras utilizaram; a árvore deu,
também, esta potência extraordinária que é o fogo; o único combustível foi
durante séculos a madeira; a floresta forneceu ao homem a energia do fogo
e permitiu a luta contra o frio; ela, também, facilitou a conquista de um outro
elemento, a água. A madeira tinha esta maravilhosa qualidade de ser sólida
e no entanto ser mais leve do que a água. Devemos à floresta, ao mesmo
tempo, a conquista da água e a do fogo, os dois inimigos. Devemos-lhe, ainda,
tantas construções, casas, veículos, tantas indústrias como a do papel, téxteis
artificiais, e um carburante. Sem a floresta, a terra seria quase inhabitável aos
homens. A vitória humana foi grande demais; o homem reduziu o revestimento
florestal em tais proporções que hoje na maior parte das regiões cogita-se do
reflorestamento.
Em compensação, os esforços do homem para domesticar os elementos do
clima permanecem ainda quase nulos. Nada fizemos para a domesticação das
potências da temperatura, as nossas culturas sofrem ainda os danos do frio e
do calor sem que nós saibamos defendê-las. O homem não utiliza diretamente
nada, ainda, das calorias do sol que, entretanto, é a fonte de tôda a energia
sôbre o globo. Como nos tempos prehistóricos, nós sabemos apenas aquecer
16 ' CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
BOLETIM DO
-2-
A Recessão das Galaxias
Capítulo I do livro O Universo em Sir ARTHUR EDDINGTON M. A.
Expansão, da lavra do autor à D. Se., LL. D., F.R.S. Professor de
margem. Traduzido para o fran- Astronomia, da Universidade
cês por V. RossrnNOL. (HERMANN de Cambridge.
ET CIE., Paris, 1934) .
A tradução para a língua portuguesa esteve a cargo do professor Orlando Valverde, secretário
assistente do Conselho Nacional de Geografia.
1 A Via Látea.
2 1929-1933.
TRANSCRIÇÕES DO MÊS 19
últimos quatro anos. 2 Estes resultados da observação são, sob certos aspectos,
de tal forma revolucionários que hesitamos, instintivamente, tomá-los como
"favas contadas". Entretanto êles não se lançaram em nós como um relâmpago
,que risca um céu azul, porque a metade dos teóricos esperava, desde os quinze
últimos anos, ver o estudo dos objetos mais afastados do universo acarretar
conseqüências muito sensacionais.
As nebulosas espirais são os objetos mais afastados que conhecemos. Fizeram-
-se medidas aproximadas de suas distâncias, e as situamos entre 1 milhão e
150 milhões de anos-luzª de nós; haverá, sem dúvida, outras além dessa última
distância, mas no momento êsse é o limite das nossas observações. O nome de
"nebulosa" é aplicado a diferentes classes de objetos astronômicos que só têm
de comum o seu aspecto vaporoso. Há as nebulosas gasosas cujo espectro
mostra serem constituídas por µm gás extremamente rarefeito; êste pode estar
ligado a uma estrêla isolada e retido por ela, ou então estender-se irregularmente
através de uma região compreendendo um grande número de estrêlas; as nebu-
losas dessa espécie não são particularmente longínquas. As nebulosas espirais,
por outro lado, são objetos extra-galáticos, isto é, estão situadas além dos limites
da Via Látea, êste agregado de estrêlas que forma o sistema ao qual pertence
o nosso Sol, e dela separadas por imensos abismos de espaço vazio. Quando
grupamos o Sol, tôdas as estrêlas visíveis a olho nu e várias centenas de milhões
de estrêlas telescópicas, não atingimos o fim das coisas; exploramos justamente
uma ilha - um oasis no deserto do espaço. Outras ilhas existem além. É possível
distinguir-se a olho nu u'a mancha luminosa difusa na constelação de Andrô-
meda; esta mancha é uma dessas outras ilhas. No telescópio vêem-se bem outras
- um arquipélago de ilhas galáticas se estendendo a perder de vista urnas
atrás das outras. São estas ilhas galáticas que nos aparecem como nebulosas
espirais.
Pensa-se que cada uma destas ilhas é um agregado de bilhões de estrêlas
apresentando no conjunto uma semelhança geral com a nossa própria galaxia, a
Via Látea. Como no nosso próprio sistema, pode haver, acompanhando as estrêlas,
grandes caudas nebulares, ora luminosas, ora sombrias e opacas. Um grande
número de sistemas mais próximos revestem uma forma admirável de espiral
dupla; e julga-se que as dobras da Via Látea dariam à nossa galaxia a mesma
aparência espiralada para um observador que a visse de fora. A expressão "nebu-
losa espiral" deve sempre ser considerada como uma designação e não como
uma descrição, porque ela é aplicada indiferentemente a tôdas as galaxias es-
tranhas, quer elas manifestem ou não traços de espiral na sua estrutura.
Os sistemas insulares são extremamente numerosos. De contagens efetuadas
em porções limitadas do céu deduz-se que mais de um milhão estão ao alcance
dos nossos telescópios atuais. Se se pode ter confiança na teoria desenvolvida
neste livro, o seu número total deve ser da ordem de 100 000 000 000.
Para fixar nos seus espíritos a imensidade do sistema que temos que consi-
derar, vou dar-lhes uma "tabuada de multiplicação celeste". Partamos de uma
estrêla como a unidade que nos é mais familiar, um globo comparável ao Sol.
Então: '
Uma centena de bilhões de estrêlas constituem uma galaxia;
Uma centena de bilhões de galaxias constituem um universo.
Estes números podem não ser muito exatos; penso que, não obstante, êles
dão uma impressão correta.
Lições de modéstia nos têm sido tantas vêzes inflingidas em astronomia,
que quase automàticamente nós nos ligamos à idéia de que a nossa própria
galaxia não deve ter nada de especialmente notável - não deve, no plano da
" ;.no luz é o espaço que a luz percorre em um ano. Ê igual a (300 x 60 x 60 x 24 x 365) l<m.
(N. da R.).
20 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
II
III
6
De minha parte, eu o ignorava em 1929 (N. do A.).
7
1 megaparsec = 3,26 milhões de anos-luz.
TRANSCRIÇõES DO Ml!:S 23
de 80 nebulosas foram observadas que se afastam e entre elas não se achou uma
sequer que ap}·oxime para tomar o seu lugar.
Daí resulta que com o correr do tempo, tôdas as nebulosas se retirarão cada
vez mais, e abandonarão a região do espaço que atualmente é accessível à nossa
vista. Finalmente elas estarão fora do alcance dos nossos telescópios, a menos
que a potência dos nossos instrumentos cresça na mesma medida. O cálculo
me demonstrou que o caçador de nebulosas teria que duplicar a abertura do seu
telescópio todos os 1 300 milhões de anos, com o único Ilto de acompanhar-lhes
o afastamento. Para aqueles que estimam que a raça humana tem ainda diante
de si milhares de milhões de anos para achar tudo aquilo que pode ser des-
coberto no universo, o problema das nebulosas espirais conta-se entre aqueles que
devem ser resolvidos com urgência. Tratemos de estudá-las antes que a distância
as engula!
O conjunto com o qual as galaxias nos fogem faz pensar numa aversão
aguda que nós lhe inspiraríamos. Seria o caso de perguntarmos porque nos
evitariam como se a peste reinasse na região do universo em que se encontra
o nosso sistema. Mas essa é uma opinião um pouco prematura, e não há real-·
mente razão para pensar-se que a animosidade seja especialmente dirigida contra
a nossa galaxia. Se acontecesse esta sala de conferências dilatar-se ao dôbro
das suas dimensões atuais, as cadeiras se afastando umas das outras na mesma
proporção, vós notaríeis que todo o mundo se teria distanciado de vós. O vosso
vizinho que estava a 2 pés de vós está agora a 4 pés; aquele homem lá em
baixo que estava a 40 pés está agora a 80 pés. Não é a vós que êles evitam;
cada um de vós experimenta a mesma impressão. Numa dispersão ou expansão
de conjunto cada indivíduo constata que todos os outros indivíduos se afastam
dele. A lei de uma expansão geral uniforme é· que cada indivíduo se afasta de
vós com uma velocidade proporcional à distância que vos separa dele - o que é
precisamente a lei que observamos no movimento de recessão das nebulosas
espirais.'
Assim para o futuro não encararemos mais o fenômeno como um movimento
de afastamento em relação à nossa galaxia. É uma dispersão geral não tendo
nenhum centro particular de dispersão.
Não é minha intencão insistir de um modo dogmático nesses fatos de obser-
vação. Admite-se que -haja possibilidade de êrro e de interpretação errônea.
o exame apenas começou, e as coisas poderão aparecer sob uma luz diferente
à medida que o estudo prosseguir. Mas se desejardes saber que representação
fazem atualmente do universo aqueles que estão empenhados no estudo prático
dos caracteres que êle apresenta numa grande escala - e estes não são homens
que se deixem comover exageradamente pelas idéias de curvatura de espaço ou
de invariabilidade de padrão do tensor de Riemann-Christoffel -, eu vos dei
a sua resposta. A sua representação é a de um universo em expansão. O super-
sistema das galaxias se dispersa à maneira de uma baforada de fumaça. Eu me
pergunto às vêzes se não pode haver uma escala maior da realidade na qual
êsse supersistema não seria verdadeiramente nada mais que uma baforada
de fumaça.
No momento não faço nenhuma alusão a uma "expansão do espaço". Não
falo de nada de mais misterioso que a expansão ou a dispersão de um sistema
material. Exceção feita da grande escala dos fenômenos em jôgo, a expansão
do universo é tão banal quanto a expansão de um gás. Não obstante oferece
ao nosso pensamento um alimento dos mais sérios.
Está talvez de acôrdo com a eterna mudança das coisas que testemunhamos,
que o tempo ponha mesmo um têrmo ao sistema maior que existe; mas o. que
é chocante, é a velocidade com que se constatou estar êsse sistema desaparecendo.
IV
(), gµv) cria uma repulsão diretamente proporcional à distância. Mas distância
a partir de que? Distância de não importa de onde; em particular, distância
contada a partir do observador. E' uma fôrça dispersiva análoga àquela que eu
tinha imaginado acima e que causava a dispersão do auditório na sala de con-
ferências. Cada um crê que essa fôrça emana de si. Podemos dizer indiferente-
mente que a repulsão não tem centro, ou que todo ponto é um centro de re-
pulsão.
Assim. restringindo sua lei de gravitação para satisfazer certas condições
puramente ideais, Einstein, quase por inadvertência, superpôs uma força repul-
siva à atração newtoniana dos corpos. Chamamos esta fôrça a repulsão cósmica,
porque ela depende da constante cósmica pelo fato de lhe ser proporcional. Ela
é absolutamente imperceptível no interior do sistema solar ou na ação do Sol
sôbre as estrêlas vizinhas. Mas como ela cresce proporcionalmente à dis-
tância, temos que ir bem longe para torná-la primeiro apreciável, depois intensa
e finalmente formidável. Nas nossas observações, o mais longe que conseguimos
•atingir até aquí foram 150 milhões de anos-luz. Bem antes dessa distância cons-
tatamos que os objetos celestes se afastam de nós como se estivessem submetidos
a uma fôrça dispersiva. Daí concluímos provisoriamente que a repulsão cósmica
se tornou aí preponderante e que ela é a causa da dispersão.
Não temos prova direta da existência de uma aceleração na recessão das
nebulosas porque se trata de velocidades que não observamos. Mas é razoâvel
admitir que as nebulosas tomadas individualmente assim como no conjunto, se
conformam à regra de que quanto maior é a distância mais rápida é a recessão.
Se assim é, a velocidade de uma nebulosa aumenta à medida que ela se afasta,
o que significa que existe uma aceleração de afastamento. Assim partindo dos
movimentos observados pode-se, procedendo ao contrário, remontar pelo cálculo
à fôrça repulsiva, e em seguida determinar pela observação a constante cós-
mica 'A.
Mas tudo isso depende de muito da questão de saber-se se a mudança que
trouxe Einstein à sua lei de gravitação introduzindo a repulsão cósmica era
verdadeiramente justificada. A primeira razão invocada por Einstein não era
muito convincente, e durante vários anos o têrmo cósmico foi encarado como
um elemento fantasista, antes que como uma parte integrante da teoria. Eins-
tein_ foi para a sua própria teoria um crítico tão severo quanto qualquer outro,
e nao se prendeu a ela de maneira invariável. Mas a constante cósmica tem
agora uma p9sição assegurada em razão do grande progresso realizado pelo pro-
fessor Weyl que, na sua teoria, fêz esta constante desempenhar um papel capf-
tal 1 º. Não somente ela permite a unificação dos campos gravitacional e electro-
magnético, mas torna de tal forma mais luminosa e intuitiva a teoria da gravi-
tação e sua relação com as medidas de espaço-tempo, que uma volta ao ponto
de vista anterior é inconcebível. Eu aceitaria tão voluntariamente um retôrno.
à teoria de Newton como um abandono da constante cósmica.
VI
, Terminemos agora o assunto. Segundo a teoria da relatividade, o campo de
forças. total_ compo~ta além da atração newtoniana clássica uma fôrça repulsiva
(de ~1spe_rsao_) var~an_do na razão direta da distância. Sabe-se bem que a lei
de Emstem d1~ere llgeiramente da de Newton, e dá por exemplo um efeito suple-
mentar que pode ser posto em !fVidência na órbita de Mercúrio, o mais rápido
dos planetas do sistema solar; à repulsão cósmica marca uma outra diferenca
entre as duas leis, e só é apreciável no movimento dos objetos afastados. Colo-
cando-nos num ponto de vista teórico, creio que não há mais dúvida de que é
10
. , "O, têrmo _cosmológico, que Einstein só introduziu depois de um golpe na sua teoria, se
liga as ra1zes mais profundas da nossa". Raum, Zeit, Materie; pág. 261 (Edição francesa).
TRANSCRIÇÕES DO MÊ:S 29
11
Para sermos completos, devemos acrescentar a hipótese possível de que o sistema se teria
dilatado no passado muito mais do que o faz agora, em seguida se teria contraído, e atualmente
estària numa fase de distensão. Isto explicaria a produção das grandes velocidades por fôrças
dirigidas para o interior, as velocidades para o interior se tendo transformado em velocidade para
o exterior pela passagem pelo centro. Ao que eu saiba, esta hipótese nunca foi defendida por
ninguém. E)a não parece susceptível de levar em conta a distribuição das velocidades que
observamos.
30 BOLETIM DO CÓNSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
que nos grupos humanos que formaram a ~u) mes dados no. Rio Grande do Sul aos bezerros
tura ariana já havia dolicocéfalos e braqmce- e poldrinhos ainda não marcados. Tão pouco
falos. se sabe alí que "alhambrado" significa um cer-
A etnografia é ciência, e por isso não con1- cado de arame.
porta dogmas e a política é arte, e por isso re- No Nordeste a "marca" ten1 o no1ne de
quer liberdade. Elas são distintas, não podem "ferro", pelo que quando alguém quer refe-
ser fundidas sem serem ambas deturpadas. rir-se à marca de outrem, usa a expressão "o
A política, em nome da liberdade, exige ferro de F".
que se permita a todos os povos o direito de ªQuerência" é o nome por que se designa,
l\vre autodeterminação. no Rio Grande do Sul, o lugar de pastagem
A etn_ografia, em nome da verdade, exige habitual do gado. Em nenhuma outra região
qtle ela fique exclusivamente no terreno ciel_l- do Brasil o empregam ou conhecem, segundo
tífico, a etnografia servindo ao homem, e nao esclarece ainda o projeto.
o homem servindo à etnografia . O . V. Não sendo possível eliminar as diversida-
des, era necessário consigná-las no Código e
assim foi feito nos artigos 84, 87, 92, 104, 113,
123, etc. etc.
O Projeto, por outro lado, adota normas
que, no momento atual, embora não reflitam
0> têrmos regionais e o ante-projeto do usos e costumes praticados em todo o Brasil,
Código Rural há conveniência na sua generalização, por
traduzirem vantagens incontestáveis para o
No número anterior dêste Boletim, publi- desenvolvimento da pecuária nas regiões que
cámos uma síntese dos capítulos do projeto ainda as desconhecem. A experiência dos cen-
do Código Rural, a ser adotado em todo o país. tros mais adiantados será propagada pelo Có-
A comissão elaboradora do projeto, na expo- digo nos ainda dominados pela rotina, com-
sicão de motivos que o antecede, pôs em desta- petindo aos seus aplicadores agirem de modo
que a diversidade de usos e costumes, entre que a transição se opere com o menor abalo
as diversas regiões criadoras do Brasil, inclu- possível.
sive quanto a linguagem regional.
Possuindo o Brasil um dos maiores re-
banhos do mundo, de gado de tôdas as es-
pécies, espalhado em todo o terri to rio nacio-
nal, constituindo mesmo a principal riqueza São Paulo. A cidade das indústrias
de alguns Estados e apresentando-se a ati-
vidade pastoril sob os mais variados aspectos, O visitante que, depois de percorrer as
teria ela, como é natural, de ser tratada mais belas avenidas e as largas ruas da capital pau-
desenvolvidamente do que qualquer outra for- lista, penetra em certos trechos centrais da
ma de atividade rural - assim se expressa o cidade, terµ., por vêzes, a impressão de estar
projeto. numa cidade que acaba de ser submetida a
A grande extensão territorial do país te- um severo bombardeio. De fato, quarteirões in-
ria, outrossim, de dar lugar a certa di versi- teiros, ao longo de uma diretriz, como ao longo
dade de usos e costumes entre as diversas re- dum rasto de avião, estão em ruínas: são exa-
giões criadoras, inclusive na linguagem empre- tamente os traçados de futuras avenidas, tão
gada, que foi preciso atender no Código. belas ou mais do que as que já surgiram. Se
Quanto à diversidade na linguagem, al- procurarmos explicar este fenômeno de uma
guns exemplos a elucidam eloqüentemente. cidade que não está se fazendo, mas anda se
O estabelecimento onde se faz a criação refazendo, se queremos resumir êste surto ex-
do gado é designado no Rio Grande do Sul traordinário em uma palavra, será esta apenas:
e outros Estados vizinhos pelo nome de es- industrialização. O maior parque industrial do
tância. Pronunciado, porém êsse nome no continente sulamericano está numa crise de
Nordeste poucas pessoas o entenderiam naquela crescimento, como não há exemplo.
acepção. Em tôda essa vastíssima região bra- Industrialização significa o grau mais ele-
sileira, o estabelecimento pecuário é designado vado na escala da produção, isto é, a maquino-
pelo nome de "fazenda" simplesmente, tal- fatura em vista da produção em série e da pa-
vez porque. a princípio, não se conheciam, dronização. As características da grande in-
ali outras espécies de estabelecimentos, eis dústria são: a especialização, a integração e a
que todos os existentes tinham por finalidade concentração. E' exatamente o que encontra-
principal a criação de gado. A lavoura cana- mos hoje, no Estado de São Paulo. Ora, in-
vieira, circunscrita às terras do litoral, do re- dustrialização representa um estado econômico
côncavo da Baía ao Rio Grande do Norte, que altera tão profundamente o conceito de
era feita ao redor dos engenhos de açúcar, que vida social, de vida urbana principalmente,
alimentava com a matéria prima, razão por que se torna necessária uma readaptação das
que a palavra "engenho" ainda hoje é usada condições de circulação e de habitação. Daí
para designar os establelecimentos agrícolas o aspecto de terremoto recente que apresenta
onde se cultiva a cana. a paulicéa, na sua febre de construcões e re-
Quando nos Estados do Nordeste, Norte e construcões. ~
extremo Norte, alguém emprega a palavra "fa- O Brasil "essencialmente agrícola" já foi
zenda" é sempre para designar um estabele- uma expressão que nos definiu com justiça,
cimento pecuário. Nos Estados do Centro e no passado. Atualmente o têrmo não se aplica
do Sul onde, ao lado da pecuária, ou indepen- mais: o planalto paulista está "essencialmente
dentemente desta, se faz a lavoura em grande industrializado", porque a sua própria agri-
escala, o estabelecimento também é designado cultura já trabalha em vista da transformação
pelo nome de "fazenda", com a especialidade de seus produtos. Já não visamos mais a sim-
a que se dedica, para a necessária diferencia- ples produção de matéria prima para expor-
ção, verbi gratia fazenda "de café", fazenda tá-la e outros beneficiarem de seu tratamento
"de gado", etc. industrial.
"Rodeio", no Rio Grande do Sul, é a ope- Roberto Simonsen, grande industrial e tam-
ração que se executa para conter o gado, reti- bém grande economista e escritor paulista tra-
nido, com uma finalidade qualquer. E' têrmo çou, em várias ocasiões, o quadro histórico
porém, desconhecido, no Nordeste, onde essa de nosso desenvolvimento fabril. Prestou ho-
operação tem o nome de "vaquejada", talvez, menagem à intuição do barão de Mauá, em
mais apropriado do que aquele. meados do século passado, quando êste ilustre
Ninguém sabe no Nordeste o que é um precursor da nossa grandeza industrial pre-
"terneiro", ou um poltrilho "orelhano", no- conizava a multiplicação dos meios de trans-.
RESENHA 33
porte como condição básica de progresso. Re- porcelanas, os artigos de vidro e de cristal, os
latou Simonsen as primeiras tentativas de in- óleos vegetais, os sabões, as colas e os adubos
dustrialização no XX. 0 século, os efeitos da químicos, as bebidas, os cigarros, os chapéus
guerra de 1914-18, o surto industrial que se se- e calçados, o papel e o papelão e, por fim, os
guiu e os efeitos da crise de 1929 a 1933. De móveis, de madeira e de metal.
1934 em diante, começou a reação favorável. Em 1940, o valor total da indústria pau-
De fato, em menos de dez anos, dobrou a pro- lista já subia a 6 milhões de contos; mais de
dução industrial brasileira e, a produção in- metade dêste total é produzido no município
dustrial paulista que, em 1907, representava da capital - daí a necessidade de novos pré-
14% da produção total do país, em 1914, 20% dios, de novas comunicações, de novas ruas
chegou, em 1938, a 41% e atualmente talvez não longas e de avenidas numa cidade industrial
esteja longe dos 50%. cujo crescimento apresenta sob o impulso pa-
Jâ em 1940, o valor dos produtos fabris de triótico de Prestes Maia um índice superior ao
São Paulo subia a 6 milhões de contos de réis, de Los Angeles, de Detroit, de Chicago e de
quando a sua exportação de produtos agríco- Nova Iorque, para não falar nem no Rio de
las ainda se mantinha em 4 % milhões de Janeiro, nem em Buenos Aires.
contoe . Estava, pois, o Estado bandeirante, à E' pois, dêste modo e neste ritmo que a
frente da federação, tornando-se aos poucos indústria paulista, senhora de seu mercado es-
"essencialmente industrial". tadual de alto poder aquisitivo, vai conquis-
Nestas condições seria oportuno lembrar tando os mercados nacionais e os mercados
quais as condições econômico-sociais para que estrangeiros, platinos principalmente.
um pais, ou uma região, se torne industrial. Dizia hà meses; um dos capitães da indús-
Depende como se sabe a industrialização tria nacional, Francisco Matarazzo:
de duas ordens de seus fatores: os fatores não-
geográficos e os fatores geográficos. '"Merecem partioular menção as aqu1s1-
Na primeira ordem temos os capitais e a ções dos países sul-americanos no Brasil,
técnica; na segunda, a fôrça motriz, a mão que aumentaram de cêrca de 90% em con-
de obra, os transportes, a proximidade da fronto com 1940. Esta corrente é susce-
matéria prima e dos mercados. tível de ulterior incremento e esperamos
Seria deveras interessante procurar como não seja transitória. Além de alcançar a
cada um dêstes fatores intervém no surto pau- consolidação das posições conquistadas das
lista para a constituição do maior parque in- que ainda são possíveis de obter no co-
dustrial da América do Sul. mércio inter-sul-americano, é preciso uma
Seria longo, porém; talvez seja preferível visão realista por parte de todos e um re-
resumir a industrialização de São Paulo em cíproco conhecimento das possibilidades de
uma frase. Disseram que o Egito foi um dom cada um, mantido continuamente em dia;
do Nilo; digamos agora, que a indústria pau- recordando como um fenõmeno cuja re-
lista foi um dom do café. Eis a frase que se petição é preciso evitar, que durante a ou-
recomenda a novas meditações: A grande in- tra guerra as trocas inter-sul-americanas
dústria de São Paulo é o resultado dos capitais foram mais que redobradas, para depois
acumulados comercialmente no café, da mão baixarem quase ao nível de 1914, tal como
de obra chamada e atraída pelo café, dos trans- ocorrem nestes últimos anos".
portes construídos para o café, das atividades
técnicas e de direção aplicadas ao café e dos São estas as palavras de um mestre sõbre a
mercados consumidores internos que viviam economia da Nação. Merecem ser meditadas por-
do café. Se a isso acrescentamos o solo, pro- que são sóbrias e prudentes, mas também ani-
dutor de matérias primas, e as fõrças hidro- madoras e patrióticas. (Aula ministrada pelo
elétricas aproveitadas, temos, em poucas pa- professor Delgado de Carvalho no último Curso
lavras, os elementos todos da invejável gran- de Férias promovido pela Associação Brasileira
deza paulista. de Educação).
Examinemos sumàriamente alguns dêstes
aspectos. Sob o ponto de vista da mão de
obra e do mercado consumidor que ela repre-
senta, é necessário lembrar que São Paulo,
com seus sete e meio milhões de almas, é o mais O abastecimento do Vale Amazônico
povoado do Brasil, embora não seja o que ofe-
rece maior densidade relativa à população, O Presidente da República expediu, recente-
pois é de 30 habitantes por k' a sua densidade mente, um decreto-lei criando a Superinten-
demográfica. Mas, quanto à sua produtividade dência de Abastecimento do Vale Amazõnico,
e nível de vida, é o Estado que maior índice com sede em Belém do Pará e subordinada à
apresenta. O operariado paulista ultrapassou Comissão de Controle dos Acordos de Washing-
o meio milhão, sendo metade empregado na ton. Destina-se essa instituição a atuar para
indústria. o fornecimento de gêneros alimentícios e ou-
Quanto à fôrça motriz, cuja importância tros de primeira necessidade àquela vasta re-
aproveitada no Brasil já sobe a milhão e meio gião do extremo norte, em face do programa
de Kw cabe a São Paulo cêrca de 60% dêste da produção da borracha e outros artigos, de-
total. A estiagem de 1925 determinou o empre- terminado pelos convênios firmados entre os
endimento das grandes obras da serra do Mar, governos do Brasil e dos Estados Unidos.
no Cubatão, cuja importância já coloca São Ficarão sob a jurisdição do novo órgão, os
Paulo no oitavo lugar quanto às instalações Estados do Amazonas e do Pará, o Território
geradoras de eletricidade, e talvez venha a do Acre, a zona sul do Maranhão e a zona
levar êste Estado, algum dia, para o terceiro norte de Mato Grosso e Goiaz. Compete-lhe
lugar. coordenar as medidas a serem tomadas con-
Em relação aos transportes, São Paulo pos- juntamente pelos Estados da Amazônia, vi-
S'l\e, 20% das rêdes ferroviárias do pais e 25% sando aos suprimentos e ao incremento da
de sua rêde rodoviária, em excepcionais con- produção dos referidos gêneros, e a providen-
dições de conservação e aparelhamento, repre- ciar sôbre a aquisição e o transporte, dentro
sentando respectivamente 7 % milhares de ou fora do país, dos necessários ao consumo
quilõmetros e 50 000 de estradas de rodagem. amazônico, sempre que o abastecimento pelos
Entre os principais produtos fabris de São canais normais do co1nércio se mostrar insu-
Paulo figuram os tecidos de algodão, de juta, ficiente. Cabe-lhe ainda controlar não só os
de sêda e de lã, os metais fundidos, laminados estoques e preços, estabelecendo o sistema de
e em artefatos, sendo as máquinas para a la- racionamento, se tanto fõr preciso, como tam-
voura uma de suas especialidades, as louças e bém a exportação e o transporte.
3
34 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
o mate corre a roda. Depois de tomado, há os congressos de geografia que do I ao VIII vi-
mais firmeza no braço para os tiros elegantes nham sendo organizados exclusivamente sob
do laço, e mais certeza para os pealos das bo- os auspícios da Sociedade de Geografia da Ca-
las. Durante as noites nostálgicas, polvilhadas pital Federal.
de estrêlas ou navalhadas de ventos frios, quan- Foi assim que tivemos o Congresso de
do não azorragadas de pampeiros demoníacos, o Florianópolis, realizado em 1940, alcançando a
chimarrão entretém a caboclada em tôrno do alta cifra de 2 077 adesões, para a qual o
fogo, enquanto se narram casos interessantís- nosso Estado concorreu com 207 teses que se
simos, provocadores de gargalhadas sonoríssi• distribuíram por oi to secções.
mas e bulhetas, ou se ponteiam nas cordas da
viola as chimarritas crioulas, que se aprende-
ram nos sapateados dos rincões amigos, soan-
tes de chinelas e esporas.
O carreteiro, por sua vez, descanga os bois, Como preparar um diagrama em perspectiva
sustém a carga sôbre o Hmuchacho" e, em se-
guida, sentado sôbre os apeiros do flete, e,
às vêzes, sob o abrigo da quincha, del!cia-se E' muitas vêzes desejável, para fins cien-
com as goladas contínuas do mate. tíficos e técnicos - ensina Monthly Sciences
Nas estâncias e nas querências tranqüilas, News - preparar um diagrama em perspectiva
nos ranchos cobertos de sapé, atravessados de de um objeto que, por uma razão ou outra,
fasquias e entaipados de barro, nas moradias não pode ser avistado de qualquer ponto con-
dos posteiros, bem como nos palacetes das ci- veniente para que seja desenhado ou foto-
dades, o chimarrão anda de mão em mão. Vem grafado de modo satisfatório. Felizmente, to-
das tradições a voengas e passou para nossos da via, informações detalhadas àcêrca de tais
hábitos atuais. . objetos acham-se, geralmente, disponíveis na
O gaúcho, madrug::ida grande ainda, quando forma de secções em séries paralelas ou dados
o poleiro começa a despovoar-se e a passarada comparáveis, ou podem ser fàcilmente dedu-
papeia nos capões vizinhos, aparece sôbre a zidas das plantas e alçados no caso de proje-
porta com a chaleira de água quente na mão tadas estruturas arquitetôniicas e de enge-
e a mamadeira de bocal entre os dentes. E' o nharia. Enquanto às pessoas lJOssuídas da
velho começar do dia nos pampas. necessana habilidade artística seja possível
Em Caçapava é o chimarrão também glo- desenhar um diagrama em perspectiva per-
rificado, mais com os fatos que com as pala- feitamente exato mediante um estudo atento
vras. dessas informações, outras em geral acham-se
obrigadas a se servirem de um ou outro dos
seguintes recursos: construir, primeiro e la-
boriosamente, um modêlo, ou empregar um
método geométrico que se torna incômodo para
A origem dos congressos brasileiros de objetos de forma irregular.
geografia Descreveu-se, recenteme!)te, um método
que, com o auxílio de uma câmara lúcida ou
O Sr. Valdemar Lefêvre, diretor do Insti- mesmo uma câmara, permite a construção,
tuto Geográfico e Geológico de São Paulo con- sem dificuldade, de diagramas em perspectiva
éedeu, recentemente, ao Diário da Noite uma de secções dispostas em série ou diagramas
entrevista sôbre a contribuição que a repre- hipsométricos. No método em aprêço, estes
sentação daquele Estado levará ao X Congresso últimos são montados na extremidade de uma
Brasileiro de Geografia, a realizar-se entre os cremalheira graduada e colocados sucessiva-
dias 7 a 16 de setembro próximo, na capital do mente nas posições que ocupariam no objeto
Pará. efetivo na escala empregada. Em cada etapa
Ao ensejo de enumerar o vulto de tais o delineamento apropriado ou secção em série
contribuições, bem como a entusiástica co- é desenhado quando se olhar através da câ-
operação que a Delegação Regional do X Con- mara lúcida, arranjada em uma posição con-
gresso em São Paulo, sob sua presidência, vem veniente para desenhar o objeto caso ocupas-
recebendo por parte de todos círculos intelec- se o espaço a definir por meio dos diagramas.
tuais e administrativos ·1ocais, o Sr. Valdemar Subseqüentemente completam-se os contornos
Lefêvre historiou a origem dos congressos de do obieto, põe-se sombra onde fõr precisa, e
que o próximo será o décimo da série. apagam-se tôdas as linhas desnecessárias.
Os Congressos de Geografia - esclareceu o o método é suscetível de ser aplicado em
Sr. Lefêvre, tiveram origem na proposta apre- larga escala, embora seja limitado o tamanho
sentada à Sociedade de Geografia do Rio de do diagrama obtido diretamente quando se
Janeiro, em 1908, pelo seu então secretário, usar uma câmara lúcida. Fins típicos aos
Sr. José Boiteux. Vencedora essa idéia, reali- quais pode ser aplicado incluem topografia,
zou-se o primeiro congresso na cidade do Rio exploração de minas, corpos de minérios, es-
de Janeiro, em setembro de 1909, sob a presi- truturas geológicas, as estruturas de ordem
dência do· marquês de Paranaguá. O segundo menor nos espécimenes biológicos e paleonto-
se realizou no ano seguinte, nesta capital, lógicos, cristais, reticulações de espaço nos cris-
também no mês de setembro. sendo seu presi- tais, e as superfícies definidas por três quan-
dente o Sr. Domingos Jaguaribe. E, assim, os tidades inter-relacionadas.
congressos subseqüentes vieram se realizando
com relativa reg·ularidade, nas cidades de Curi-
tiba, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Pa-
raíba e Vitória. Dentre todos devemos destacar o
congt·esso da cidade do Salvador, o qual, sob a Massa trabalhista do Brasil
presidência do ilustre engenheiro Teodoro Sam-
pn!o superou os de1nais, não só pelo nú1nero de
adesões que atingiu a 1 057, como pelo número A massa trabalhista brasileira, segundo as
das teses, que chegaram a 111. estatísticas oficiais mais recentes - informa
Motivo de fôrça maior, entretanto, impe- o último Relatório do Banco do Brasil - é re-
diu que esta série de congressos geográficos presentada por 12 808 931 pessoas, distribuí-
continuasse depois de 1926, quando se verifi- das pelos seguintes grupos profissionais abaixo
cou o certame de Vitória. discriminados:
Na 3." assembléia geral do Instituto Brasi- Trabalhadores na agricultura - pecuária
leiro de Geografia e Estatística, que se efe- e indústrias rurais - (estimativa) 8 860 000;
tuou no Rio de Janeiro, em julho de 1939, ficou industriários 956.088; comerciários 500 000; em-
deliberado que aquele Instituto patrocinaria pregados em transriortes e cargas 210 000; fer-
36 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
roviários 172 524; trabalhadores nos serviços a existência do petróleo no nosso sub-solo.
públicos por concessão 96 488; marítimos e Temos carvão em abundáncia, xistos, álcool e
portuários 55 867: bancários 25 626: trabalha- outras fontes de energia mecânica. O de que
dores na estiva 21 338; outras atividades (esti- precisamos agora é investigar os meios de pro-
mativas) 1 911 000. duzir, transportar, armazenar, distribuir e
utilizar comercialmente êsses carburantes, de
acôrdo com as nossas crescentes necessidades.
Tem-se atribuído muitas origens próximas
ou remotas ao conflito internacional de agora.
Chocc.m-se, naturalmente, opiniões as mais
A conferência de Belém dispares acêrca da sua gênese e dos seus fins.
Onde há um acõrdo quase unânime é quanto à
A recente conferência de Belém, - acen- chamada "sêde de combustível" que atenaza
tua o Diário Oficial do Estado do Amazonas - os povos agitados pelo dinamismo de um&
representa mais uma articulação de vontades avançada civilização industrial e altamente me-
para a intensificação do· trabalho no vale ama- canizada. Na verdade, não vale aperfeiçoar fá-
zônico. · bricas e usinas, abrir largas vias de comuni-
Realizada com o mapa do Brasil sôbre a cação e rotas de transportes para o intercâm-
mesa, teve um cunho claro e prático, em que bio de povo para povo, se se não dispõe de re-
todos os pensamentos se combinavam, como servas abundantes das matérias que alimen-
peças mecânicas, para o fim de uma ação tam as máquinas motrizes, chave de todo êsse
única: assistência aos seringueiros, abaste- poderoso sistema de expansão e de energia
cimento, financiamento, transportes, sanea- criadora.
mento, encaminhamento de trabalhadores nor- Ora, o Brasil, dono de apreciável potencial
destinos, localização em nossos rios, controle de carburantes, sofre, entretanto, no momento,
de preços, coordenação entre as diferentes co- a penúria deles, por isso que, não tendo con-
missões e as administrações estaduais e muni- seguido ainda explorar intensivamente as suas
cipais, eis os principais problemas expostos na disponibilidades, o nosso país se conserva, na
conferência em que todos os componentes ma- dependência do fornecedor estrangeiro. Éilsa
nifestaram os seus pontos de vista para o ob- situação assume aspectos inquietantes num
jetivo de uma ação única. momento como o atual, em que o consumo dos
Os empreendimentos na bacia amazônica, carburantes aumenta devido aos enormes e
partindo de diferentes setôres, jâ tiveram início impreteríveis reclamos da defesa nacional, ao
irrad'.ando-se das capitais aos núcleos e serin- passo que os stocks diminuem pela carência
gais mais distantes. Enquanto os seus solda- dos mercados abastecedores.
dos se mobilizam, no apresto das armas, o O Touring Clube do Brasil, apreciando o
Brasil atira-se a uma batalha de responsabi- palpitante assunto, tomou a feliz deliberação
lidade, certo da vitória - a batalha pela bor- de promover o primeiro Congresso Nacional de
racha. Carburantes. 1':ste se instalou a 21 de novem-
bro ultimo sob os melhores auspícios, acorrendo
ao Palácio Tiradentes várias delegações de téc-
nicos, que deram uma orientação eminente-
mente prática aos seus estudos e pesquisas.
Os poderes públicos dispensaram o seu apóio
Primeiro Congresso de Carburantes a essa iniciativa, que consulta os mais legíti-
mos interêsses nacionais, sendo de prever que
Se há, no Brasil, problema que deva ab- resultem de grande utilidade as deliberações
sorver a atenção dos dirigentes e responsáveis, da importante assembléia, onde se fizeram ou-
na administração e na vida civil, para uma ca- vir as vozes mais autorizadas na matéria pelo
bal e urgente solução, é certamente o dos car- conhecimento científico, pela especialização e
burantes. Já está sobejamente demonstrada pela experiência.
ção e Colonização interessante e oportuno tra- convenientemente o homem numa ecologia fa-
balho onde tão marcante assunto é exposto vorável. A distribuição unilateral dos imi-
tendo. em vista as conseqüências decorrentes grantes, que vem sendo condenada desde o
da guerra atual. século passado, deve ser corrigida, porque uma
Baseado nessa nova contribuição do Sr. repartição equilibrada consulta os interêsses
Castro Barreto, o Boletim Semanal da Asocia- econômicos e políticos do país.
ção Comercial de São Paulo, condensou-a num
dos seus comentários, cujos trechos finais fo-
calizam a questão sob o ponto de vista da nos-
sa densidade demográfica, em face de outros Crepúsculo dos impérios coloniais
países do continente.
A densidade populacional dêste hemisfé- O Sr. Raymond Arthur Davies publicou
rio - expressa-se o comentário - é, atual- no Magazine Digest, de Toronto, um excelente
mente, de 11,5, enquanto no mundo de leste artigo intitulado "O crepúsculo dos impérios
é de 36, por km'. Entretanto, o crescimento coloniais", no qual, com visão penetrantie 1
grandes raças indígenas sul-americanas, afir- grande anel, abrangendo tôda a região costeira
mou ser o Paraguai, o país cujo povo tem do Brasil, todo o vale do Amazonas e, descendo
maiores identidades antropológicas com os bra- pelo interior, abrangia o Paraguai. Esta uni-
sileiros. dade racial também era lingüística. Nós, infe-
Na mescla racial brasileira- esclareceu o lizmente, descuramos o seu estudo e os inú-
professor Fróis da Fonseca - o teor em sangue meros resíduos do tupi, que sobreviveu na flora,
indígena é bem maior do que geralmente se na fauna, na geografia e no linguajar popular
imagina, especialmente nas regiões do centro das nossas populações sertanejas já destituídos
e norte do país. Foi essa mescla que fez os de significação, são perfeitamente entendidos
bandeirantes, os desbravadores da Amazônia, pelo paraguaio que continua a falar, em fa-
que levaram o nosso pavilhão às fronteiras do mília, o guaraní.
Acre. O substrato racial indígena de um e de
Ora, das quatro raças indígenas da Amé- outro povo é o mesmo, como, aliás, também
rica do Sul, reconhecidos por Eickstedt, a tupí- o é, pràticamente, o ibérico, concluiu o cien-
guaraní ou simplesmente guarani, ocupava um tista.
nm:- Envie os livros de sua autoria, ou os que se encontrem em duplicata em seu poder, à
~ Biblioteca Central do Conselho Nacional de Geografia, para maior benefício da cultura
geográfica do Brasil. ,
ContribuYção didática
EMBASAMENTO CRISTALINO
• l!:ste resumo foi preparado pela Secção de Estudos do S.G.E.F. para a publicação "Brasil
1941-42", do Ministério das Relações Exteriores.
* O próximo nü1nero do Boletim começará, nesta secção, a inserir oportunas e originais con-
tribuições à Geografia humana, da lavra do eminente e erudito geógrafo brasileiro Prof. Carlos
Delgado de Carvalho. Iniciando essa série publicaremos a Geografia das Linguas, seguindo-se a
Geografia das Religiões e a Habitação Rural, etc.
CONTRIBUIÇÃO DIDATICA 41
Algonquiano
O sistema algonquiano ocupa pequena extensão no Brasil, aflorando suas
rochas em apenas 4% do território nacional. A sua parte mais importante cor-
responde à grande série de elevações que se estendem num rumo geral sul-norte,
desde as vizinhanças de Ouro Preto até as proximidades de Juazeiro, com-
preendendo a serra do Espinhaço, em Minas Gerais e a Chapada Diamantina,
na Baía. Outra porção digna de nota abrange a serra de Paranapiacaba que
se estende do sul de São Paulo ao Paraná. Extensas áreas são ainda encontradas
em Goiaz e Mato Grosso, além de menores trechos em diversos outros Estados.
Os geólogos dividem o algonquiano em três séries: de Minas, de Itacolomí
e de Lavras. À primeira, mais antiga e de maior importância econômica, têm
sido equiparadas as séries chamadas São Roque em São Paulo, Cuiabá em Mato
Grosso, Ceará nos Estados do Nordeste e outras.
As rochas do algonquiano são metamórficas e compreendem principalmente
micachistos, quartzitos e calcáreos, sendo algumas variedades essencialmente bra-
sileiras, como o itabirito e o itacolomito. O metamorfismo é, pórém, menos intenso
do que nas do Complexo Brasileiro.
No fim do período algonquiano ocorreu nova fase de movimentos orogênicos
(diastrofismo huroniano), com dobramentos importantes, sobretudo a leste, cujos
vestígios constituem notáveis elevações no relêvo brasileiro, como a Chapada
Diamantina, as serras do Espinhaço, da Paranapiacaba, dos Pireneus, etc.
Apesar de sua pequena extensão, o sistema algonquiano tem enorme impor-
tância econômica no Brasil, pois nele se encontram as nossas principais jazidas
minerais: os imensos depósitos de minérios de ferro, filões auríferos, minérios
de manganês, níquel, chumbo, prata, ocorrências de diamante, rutilo, bauxita, etc.
Os solos originados da decomposição de suas rochas apresentam, contudo, em
geral, pequena fertilidade.
CAPEAMENTO SEDIMENTAR
ERA PALEOZÓICA
Cambriano
No cambriano (primeiro período da era paleozóica ou primária) é duvidoso
que se tenham depositado sedimentos no Brasil. Alguns geólogos consideram,
porém, a Série de Lavras, importante sobretudo no norte de Minas Gerais e
na Baía, como pertencente a êsse período. As rochas dessa Série são principal-
mente conglomeratos, que muitos se relacionam com as ocorrências de diamantes
e revelam terem-se formado numa época de clima glacial em tais regiões.
42 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Siluriano
Ao siluriano pertence uma estreita faixa de terrenos que orlam a parte norte
da planície amazônica, a leste do rio Negro. Aí as rochas são arenitos duros,
com fósseis marinhos cuja idade está bem determinada. A êsse período tem
sido atribuída, ainda, uma extensa formação de rochas sedimentares, denominada
Série de Bambuí, embora de modo duvidoso, por faltar a necessária base
paleontológica.
As rochas da Série Bambuí são principalmente calcáreos, ardósias e folhelhos,
apresentando um metamorfismo menos intenso. Ocorrem em grandes extensões
no alto e médio vale do São Francisco, em Minas Gerais e Baía. São ainda
assinaladas no "vão" do Paranã {Goiaz) e em alguns trechos da região do
Pantanal matogrossense. Sua decomposição dá origem a solos férteis. Devido
à grande abundância de calcáreos. é comum em terrenos dessa Série a formação
de numerosas e vastas grutas, algumas famosas, como as de Maquiné (Minas
Gerais) e de Bom Jesús da Lapa (Baía).
No fim do siluriano manifestou-se nova fase de movimentos da crosta (dias-
trofismo caledoniano), que produziram no Brasil dobramentos de menor impor-
tância que os anteriores. Estava formada a terra chamada pelos geólogos de
"Brasília".
Desde então não mais se processaram grandes movimentos orogênicos em
nosso território e sim apenas movimentos verticais de conjunto (movimentos
epirogênicos), às vêzes com formação de fraturas e falhas. As camadas formadas
nos períodos seguintes se mantiveram em geral horizontais ou sofreram apenas
fracas inclinações: daí as feições predominantes do relêvo do interior do Brasil,
em grandes planaltos, que recebem as expressivas denominações de chapadas
e tabuleiros. •Somente em pequenos trechos se produziram mais tarde dobra-
mentos de caráter puramente local (como as formações cretáceas petrolíferas
do Recôncavo bafano).
Devoniano
No período devoniano depositaram-se sedimentos no vale do Baixo Amazonas,
em duas estreitas faixas laterais. Outras formações encontram-se no Paraná
(Serrinha) estendendo-se a um pequeno trecho de São Paulo, em Goiaz (Serra
de Caiapó) e Mato Grosso (Chapada, a N .E. de Cuiabá). Suas rochas são prin-
cipalmente arenitos e folhelhos. A erosão nos arenitos devonianos dá origem,
com freqüência, a curiosas formas semelhantes a ruínas, como a chamada
Vila Velha, no Paraná. Os folhelhos são considerados, por alguns geólogos, com
a possibilidade de conter reservas de petróleo e os arenitos como a matriz
secundária do diamante.
Carbonífero
O carbonífero é representado no Brasil por duas estreitas faixas marginando
o vale do Baixo Amazonas, em seqüência às do devoniano. Aí as rochas são
arenitos, calcáreos e folhelhos. Tais sedimentos são de origem marinha con-
forme atesta a abundante fauna fóssil aí encontrada e, por conseguinte' neles
não podem ser encontradas jazidas de carvão. Até 1934 eram êsses os 'únicos
terrenos de idade carboníféra conhecidos no Brasil. Nesse ano, porém, a já
famosa sondagem n. 0 125, realizada em Teresina (Piauí) para pesquisa de água
subterrânea, revelou, a partir de 219 m de profundidade, a presença de espêssas
camadas de sedimentos carboníferos de origem continental, com possibilidades
portanto, da existência do carvão de pedra. '
Permiano
O permiano é um dos mais importantes períodos da história geológica do
Brasil. Seus terrenos ocupam grande extensão no Nordeste Ocidental, cobrindo
quase todo o Piauí e parte do Maranhão, estendendo-se ainda ao norte de
Gpiaz e sudeste do Pará. Outro trecho ocupa partes de Goiaz e Mato Grosso
na região do Alto Arag:uaia. No sul do país, estende-se em longa e estreita faixa'.
CONTRIBUíÇAO DIDATICA 43
desde o norte de São Paulo (vizinhanças de Mococa) até o Rio Grande do Sul.
As rochas dêsse período são principalmente arenitos, folhelhos e tilitos. É interes-
sante notar-se que no início de permiano manifestou-se no sul uma fase de
glaciação, com a formação de geleiras e deposição de tilitos e varvitos.
No permiano o Brasil, a África, Madagascar, a Am:trália e a índia se achavam
ligados, constituindo um grande continente, por Suess denominado Terra
Gondwana, no qual se desenvolvia uma flora característica de gigantescos fetos
chamados Glossopteris e Gangamopteris. Admite-se que não existia então o
Atl~ntico Sul (de qualquer forma, é certo que a linha de costa estava muito
mais a leste do que a atual) ; a oeste, onde hoje se ergue a cordilheira dos Andes
achava-se o mar, para o qual se dirigia a drenagem fluvial brasileira. Êsse fat~
repercute até hoje na hidrografia, principalmente no Brasil Meridional onde
os grandes rios correm para o interior. '
~.grande imI?or_tânci_a ~conômica do_ sistema permiano é a presença, na faixa
mendrnn_'.11, das ~mcas. Jazidas ~e carvao d.e pedra conhecidas em nosso país.
Embora esse ~arvao de_ixe a deseJar quanto a qualidade (o que era de esperar-se
por ser de origem mais recente do que a hulha formada no carbonífero) suas
ja.zi~as têm um8: grande significação para _a conquista da nossa autarquia eco-
nomica. _9onvementemente tratado, o carvao de Santa Catarina presta-se para
a obte_nça9 do coque_ metali;trgico, sendo assim um dos elementos básicos para
a reallzaçao duma siderurgia cem por cento nacional.
Os terrenos permianos do Sul contêm ainda importantes jazidas de folhelhos
betuminosos (os chamados "xistos de Iratí") e têm sido considerados por emi-
nentes geólogos como rocha matriz de petrôleo.
ERA MESOZóICA
Triássico
Sôbre as camadas permianas depositaram-se no triássico (primeiro período
da era mesozóica ou secundária) , extensas formações sedimentares. Tais sedi-
mentos cobrem grande parte do Brasil Meridional, nas bacias do Uruguai e do
Paraná, desde o Rio Grande do Sul até o sul de Goiaz e do Mato Grosso. São
arenitos que denotam origem eólica, numa época em que aí reinava um clima
desértico. A parte mais importante dessas formações é denominada "Arenito
de Botucatú", que dá origem a solos muito pobres, quase estéreis.
No fim do período triássico (ou já no jurássico, segundo outros) manifestou-
-se uma fase de movimentos da crosta, sem dobramentos, mas com a formação
de fraturas. Através de numerosas fendas, derramaram-se extensíssimos lençóis
de lavas basálticas - os mais extensos do mundo - que cobriram uma área
de cêrca de novecentos mil quilômetros quadrados (900 000 km2 ) no Brasil Meri-
dional, atingindo em certos trechos uma espessura de 600 metros. Tais derrames,
que recebem a denominação genérica de "Trapp do Paraná" ou "Lavas da Serra
Geral", são de grande importância para a caracterização da Região Sul.
A decomposição dos basaltos e diabases dá origem à famosa "terra roxa",
de grande fertilidade e que teve papel decisivo na prosperidade da agricultura do
sul do país, especialmente na lavoura cafeeira. É interessante o contraste entre
a uberdade dos solos de terra roxa e a quase esterilidade do arenito de Botucatú
nos trechos não beneficiados pelos derrames.
O "trapp" é bastante resistente à erosão e, assim, formou-se na borda
oriental do capeamento de lavas uma imponente escarpa ("cuesta") denominada
Serra Geral, que se estende desde o norte de São Paulo até o interior do Rio
Grande do Sul. A consolidação das rochas eruptivas dentro das fendas, através
das quais se faziam os derrames, deu origem a longas e resistentes paredes
rochosas chamadas "diques". Tais "diques" e os rebordos dos lençóis de lavas
são responsáveis pelas grandes quedas dágua, tão numerosas no Sul e que tanta
importância apresentam como mananciais de energia: Iguassú, Sete Quedas,
Urubupungá, Marimbondo, Cachoeira Dourada, etc.
As intrusões e derrames de rochas basalto-diabásicas se deram ainda em1
muitas outras regiões do país, embora em menor escala, com formações 9e
diques causadores de inúmeras cachoeiras. Tais rochas, pela sua coloraçao
escura' e grande dureza, recebem a denominação popular de "pedra-ferro", tão
comum no Brasil.
44 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Jurássico
No jurássico não se depositaram em terras brasileiras sedimentos cuja idade
'esteja comprovada. A êste período é entretanto atribuída intensa atividade
vulcânica, com erupções de rochas alcalinas, em predominância: sienitos nefe-
línicos ou foiaítos, além de tinguaítos, fonolitos, etc. Exemplos dêsses centros
de erupções se apresentam em Araxá, Poços de Caldas, em Minas Gerais;
Itatiaia, nas divisas dêsse Estado com o do Rio de Janeiro; Ipanema, em São
Paulo; Tinguá e Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro; Gericinó e Mendanha,
nas divisas dêsse Estado com o Distrito Federal; ilhas de Trindade e Fernando
de Noronha, rochedos de São Pedro e São Paulo, etc.
Aos centros eruptivos de Araxá, Caldas e Itatiaia relacionam-se as fontes
de águas minerais, tão abundantes em Minas Gerais. A decomposição das rochas
foiaíticas de Focos de Caldas deu origem aos mais importantes depósitos de
bauxita em nosso país, base para a criação da nossa indústria metalúrgica do
alumínio. Outras importantes jazidas, geneticamente ligadas a essas rochas,
podem ser aquí citadas, como as de baritina, em Araxá; as de minérios de zircônio,
em Poços de Caldas, consideradas as maiores do mundo; as de apatita, em
Ipanema, etc.
Cretáceo
O período cretáceo caracterizou-se por uma extensa sedimentação. No inte-
rior do país são formações geralmente continentais, de arenitos que se dispõem
em camadas horizontais. Tais são os grandes chapadões e tabuleiros do interior,
como sejam as elevações do sul do Piauí e do Maranhão, o grande chapadão
que se estende entre o Tocantins e o São Francisco (Espigão Mestre), a serra
dos Pareeis em Mato Grosso, as chapadas do Triângulo Mineiro e o noroeste
de São Paulo. Quando o cimento (matéria depositada entre os grãos de areia,
ligando-os) é calcáreo, como no arenito de Baurú, o solo é fertil; mas em
geral tais terrenos são bastante pobres e neles cresce apenas uma vegetação
campestre (arenitos de Parecís e de Urucuial .
No Nordeste notam-se algumas formações de origem marinha, como as
Chapadas de Araripe e de Apodí, restos duma sedimentação cretácea que cobria
grandes extensões nessa região. No litoral, desde o Rio Grande do Norte até
o sul da Baía, encontram-se sedimentos cretáceos compostos de arenitos, cal-
cáreos e folhelhos. Tais formações têm enorme valor econômico, pois constituem
a nossa "Província Petrolífera da Costa Atlântica". A ela pertencem os campos
petrolíferos do Recôncavo, já produtivos. Êsses depósitos marinhos mostram
ainda que no cretáceo começou a separação entre o Brasil e a África, esfacelando-
-se o continente da Gondwana.
No extremo oeste brasileiro, na serra de Contamana (Território do Acre)
apresentam-se ainda formações cretáceas, com dobras do sistema dos Andes
onde também depositam os nossos geólogos fundadas esperanças de existência:
de petróleo.
ERA CENOZóICA
Terciário
Dos sedimentos depositados durante o períodq terciário, mais de 90% cobrem
as planícies amazônica e maranhense. Longa e estreita faixa dêsses terrenos
orla o litoral, desde o Maranhão até Campos e Macaé no Estado do Rio de
Janeiro. ~ão dignas ainda de menção diversas pequenas bacias terciárias, antigos
lagos de agua doce, em pleno planalto: médio vale do Paraíba do Sul reofao
da cidade de São Paulo, Gandarela em Minas Gerais, etc. As barra~cas do
0
MAPA GEOLÓGICO
. ( Es9uemêÍ tico)
Aoqueano
1 t
(Complexo brae.ile1r>o)
Embasamento
. \ 1·
CPl& ª '" 0 A!gonquiano
1 Capeamento sedimentao
SERVIÇO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA FtSICOR;.:-1:::A
BRASIL
ESCALA GRÁFICA
O mapa acima é uma esquematização do "Mapa geológico do Brasil" organizado por Avelino
Inácio de Oliveira, diretor do Serviço do Fomento da Produção Mineral. Tendo em vista a exi-
güidade da escala e as necessidades didáticas, foram assinaladas apenas as ocorrências mais im-
portantes, assim como simplificadas as linhas de contacto. Pelas m..esmas razões foram repre-
sentados englob9damente todos os terrenos sedimentares, sem distinção de grupos e sistemas.
Convém· notar-se que na região centro-oeste é ainda bastante incerta a delimitação do emba-
samento cristalino e do capeamento sedimentar.
Quaternário
Ao quaternário correspondem os depósitos recentes do vale amazomco pro-
priamente dito, em suas partes periódica e permanentemente inundadas - "vár-
zea" e "igapó"; a grande planície da bacia do Paraguai, em Mato Grosso, comu-
mente chamada "Pantanal matogrossense"; estreita faixa ao longo do São Fran-
cisco, a montante de Juazeiro, e, dum modo geral, os depósitos das planícies
inundáveis (formação das vazantes). São ainda relativamente importantes as
diversas formações litorâneas (baixadas, restingas, dunas, praias, vazas dos man-
gues), os recifes de arenito e de coral, os depósitos dos leitos dos rios, das grutas,
das "cacimbas" (lagoas temporárias do Nordeste), etc.
Vários dêsses depósitos são de interêsse econômico, como os depósitos de
diatomito e de turfa, e os aluviões auríferos, diamantíferos, de pedras coradas,
de rutilo, etc.
Ao contrário do que se deu no hemisfério norte, não houve glaciação no
Brasil, no período quaternário.
Feito em muito largos traços o esbôço da geologia do Brasil, convém notar-
-se que grande parte do seu território ainda se pode considerar geologicamente
desconhecido. As pesquisas geológicas, que continuam a ser feitas em nossa
pátria por cientistas eminentes e abnegados - ora revelando novos aspectos
ainda não conhecidos, ora corrigindo noções anteriormente estabelecidàs - são
básicas para a compreensão da geografia física, especialmente do relêvo do país
e têm repercussão econômica inestimável, com o conhecimento elas nossas riquezas
minerais.
46 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
AR- PRO-
GRUPOS QUEO- TERO- PALEOZÓICO MESOZÓICO CENOZÓICO
ZÓJCO zó1co Áreas
--- --- Total não·
SISTEMAS Ar- Algon- Silu-
Devo- Carbo- Per- Triás- Cre- Ter- Quater- estuda~as
queano quiano riano niano nífero mia no sico táceo ciário nário
- - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
UNIDADES
FEDERADAS
Acre.
Amazonas ...
-
527 580
-
12 510
-
24 C30
-
8 640
-
7 .560
-
-
-
-
9 590
43 830
126 437
891 977
12 ººº
309 870
-
-
148 027
1 825 997
Pará. 642 781 4 449 12 743 26 918 24 732 13 648 - 16 005 162 642 200 41F 216 630 1 380 96&
Maranhão. 21420 - - - - 138 691 89 840 28 823 69 330 18 113 - 346 217
Piauí.. 25 030 - - - - 167 617 - 49 98.5 1286 1 664 - 24.5 582
Ceará. 111 961 7 000 - - - -- - 16 710 11 520 1400 - 148 591
Rio G. do Norte. 32 491 - - - - - - 11 503 8 417 - - 52 411
Paraíba. 51482 - - - - - - 1 418 3 020 - - 55 920
Pernambuco .. 86 897 - - - - - - g 587 2 770 - - 99 254'
Alagoas ..... ... 22 04' - - - - - - 610 5 913 - - 28 571
Sergipe .. 8 301 372 - - - - - 5 844 7 035 - - 21 552
Baía. 198 939 78 280 82 560 - - - - 73 120 52 360 44 120 - 529 379
Espírito Santo .. 32 544 - - - - - - - 5 800 6 34. - 44 684
Rio de Janeiro .. 34 981 - - - - ·- - - 188 7 235 - 42 404
Distrito Federal. 597 - - - - - - - - 570 - 1167
Minas Gerais. .. 213 603 113 310 149 400 - - 990 35 190 79 920 450 - - 592 863
São Paulo ... ... 48 630 12 850 - 700 - 25 710 94 75g 56 890 3 100 4 600 - 247 239
Paraná ...... 15 930 6 630 - 5 610 - 31 930 137 137 - 430 2 230 - 199 897
Santa Catarina . 18 28~ 2 664 - - - 18 939 52 595 - - 2 518 - 94 998
Rio G. do Sul. .. 39 734 2 203 2 469 - - 16 83fi 200 555 - - 23 492 - 285 289
Goiaz. ..... .... 146 227 27 040 63 480 - - 54 840 37 440 7 360 - - 324 753 661140
Mato Grosso .. 493 560 66 780 11 250 5 310 - 14 130 145 710 214 920 - 169 020 356 361 1477041
------- - - - ---- - - - - - - ---- --- - - - - - - - - - - - - - - - - - -
BRASIL km. 2755 Ole 334 088 345 932 47178 32 292 483 331 773 226 686 115 1352675 803 590 897 741 8 511189
3. 32,37 3,92 4,07 0,55 0,38 5,68 9.09 8,0€ 15,88 9,45 10,55 100,00
Dados colhidos no Atlas Geológico do Brasil, elaborado pelo Serviço Geológico do Ministério
da Agricultura, conforme cálculos procedidos pelo Eng.º Artur Cardoso de Abreu, com posteriores
modificações do autor dês te trabalho.
Programas de geografia *
Faculdade Católica de Filosofia
GEOGRAFIA FíSICA
A cadeira de geografia física da Faculdade Católica de Filosofia está sendo
exercida interinamente pelo professor Carlos Marie Cantão. Funciona na 1.ª e
2.ª séries do Curso de Geografia e História em aulas conjuntas durante três
horas por semana. Há uma quarta hora que se destina apenas aos alunos da
1.ª série. A matéria lecionada nesta aula já o foi no ano anterior aos alunos
que se acham cursando atualmente a 2.ª série.
Das três aulas conjuntas, uma é reservada à cartografia e trabalhos gráficos.
Nas outras duas lecionam-se partes diferentes do programa. Nas semanas de
seminário, a hora de cartografia e trabalhos gráficos será substituída por êste.
Haverá seminário uma ou duas vêzes por mês.
Na segunda parte do ano letivo serão, aos domingos, realizadas excursões
nos arredores do Rio de Janeiro.
PROGRAMA
1 · - História da geografia
1 - O horizonte geográfico e a ciência geográfica dos povos da Antiguidade
e Idade Média.
2 - Os descobrimentos marítimos e o progresso das ciências naturais - As
explorações no interior dos continentes.
3 - Humboldt e Ritter - As escolas geográficas.
4 - O método geográfico e seus princípios.
II - Cartografia e trabalhos gráficos
5- Representação da Terra - Escalas.
6- Orientação de uma carta - Convenções cartográficas - Leitura plani-
métrica e
altimétrica.
7- Cópia, redução e ampliação de cartas e plantas.
8 - Levantamentos expeditos.
9 - Construção de gráficos e blocos-diagramas.
10 - Projeções não desenvolvidas: ortográficas e estereográficas.
11 - Projeções desenvolvidas: cilíndricas, cônicas e policônicas.
III -. Cosmografia
12 - Forma da Terra - Dimensões - Achatamento.
13 - Orientação - Manejo de bússolas.
14 - Movimentos da Terra e suas conseqüências.
15 - Coordenadas geográficas - A hora legal.
1
IV - Meteorologia e climatologia
16 - A atmosfera e suas divisões.
17 - Radiação solar e celeste - Irradiação terrestre .
18 - Temperatura: variações, anomalias e distribu:ição geográfica - Cartas
isotérmicas.
19 - Pressão atmosférica: variações e distribui:ção geográfica - Cartas
isobáricas.
20 - Ventos: circulação geral, movimentos ciclonal e anticiclonal, principais
regimes - Ventos locais.
* Já foram divulgados, anteriormente, os programas da Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo e da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do
Brasil, respectivamente, nos ns. 1 e 2 dêste "Boletim".
BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
48
GEOGRAFIA HUMANA
O titular da cadeira prof. Fernando Antônio Raja Gabaglia. só entrou a
lecionar em 1943. Nos anos anteriores a cadeira esteve inteiramente a cargo
do prof. Everardo Backheuser. Os dois professores lecionam, atualmente, cada
um, uma das duas séries do curso.
PROGRAMA ORGANIZADO PELO PROF. EVERARDO BACKHEUSER.
l.ª SÉRIE
1 - Preâmbulo
1 - Definição de geografia - O campo da geografia humana - Seus prin-
cípios basilares, segundo Ratzel (espaço e posição ou situação) e segundo Kjellén
(territorium, dominium e posição ou situação) - Noções que completam os prin-
cípios basilares - Leis antropogeográficas.
2 - A geografia humana no quadro geral da geografia - Fatores geográ-
ficos - Binários que dêles se originam - Ciências subsidiárias e fundamentais
da geografia - Condições de ocurrência do fenômeno geográfico; sua unidade
- Do espírito geográfico - Da especialização em geografia - Divisão da geo-
grafia humana: 1) topologia antropogeográfica (teoria da situação ou posição;
geografia cultural) ; 2) morfografia antropogeográfica (teoria do espaço ou terri-
CONTRIBUIÇÃO DIDATICA 49
-4-
50 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
II - Da Geografia Humana
3 - Conceito e extensão da Geografia Humana.
4 - Relações da Geografia Humana com os diversos ramos do conhecimento.
G€ografia Biológica e Geografia Humana. Sociologia e Geografia Humana.
5 - Dos estudos antropogeográficos. História. Doutrinas. Escolas.
6 - Classificação dos fatos de Geografia Humana.
7 - O Ecumeno. Distribuição e movimentos da população da Terra.
8 - Raças e povos: dados antropogeográficos.
9 - Línguas e Religiões: dados antropogeográficos.
10 - Das Aglomerações humanas. A geografia urbana.
11 - Da alimentação e do vestuário do homem, nas div.ersas áreas geográficas.
12 - Dos gêneros de vida: seu conceito antropogeográfico.
13 - A exploração racional do Globo; o conceito de Civilização.
III - Da Geografia Política
14 - Conceito e extensão da Geografia Política.
15 - Problemas da geografia Política. A Geo-Política.
16 - Da noção geográfica do Estado.
17 - Estudo geográfico das Fronteiras e das Capitais.
18 - Das fontes, método e bibliografia da Geografia Humana. Idem: da Geo-
grafia Política.
IV - Metodologia e Bibliografia
GEOGRAFIA DO BRASIL
O grupo III (de posição ou situação) inclue as condições variáveis, quer com
as estações (cheias e estiagem), quer com o correr dos anos e ação erosiva
(perfil) . São condições em correlação com as primeiras, mas menos marcantes.
O quarto constitue as condições instáveis, transitórias, variam com o nível
de cultura. A energia, a pesca, o garimpo, etc. são elementos que variam com
o tempo. Uma vez extraído o ouro de um rio, êste perde a sua importância; do
mesmo modo a navegabilidade varia com a capacidade técnica e econômica dos
povos. Só devem ser levados em conta quando tomam feição característica e
decisiva como no caso da agricultura e da pesca, em alguns casos.
O professor Backheuser declarou ter apresentado o problema sob o aspecto
teórico, não especificou. o que considera mais ou menos importante. Não há
dúvida que os elementos permanentes têm grande importância; uma vez le-
vantada a planta de uma região e sendo bem conhecida a bacia hidrográfica,
grande parte do problema está resolvido. A bacia determina a condição do rio.
Tratando-se rl.e duas bacias iguais, passa a ser considerado o comprimento. De-
pois a descarga e apenas se houver coincidência em todos êstes fatores serão
consideradas as últimas condições. Continuou o professor Backheuser dizendo
que não propunha pesos, apenas mostrava quais os elementos mais ponderáveis,
que são exatamente os que advêm do território. No caso de dizer-se que num
trabalho de exploração não se pode ter a bacia levantada, é preciso ver que
também é ousado querer estabelecer qual o rio principal nestas circunstâncias.
Também considerou importantes as ponderações do coronel Rodrigues Pereira,
num rio de grandes enchentes e também em rio selvagem coberto de mato, não
se pode obter valores médios. Porém, normalmente, o rio de maior bacia é o de
maior descarga .
Em resumo, descarga, perfil e bacia, estão mais ou menos em correlação.
No caso de ser possível um levantamento topográfico, não deve haver dúvidas.
por ex., quis fazer trabalhos práticos com os alunos da Politécnica foi forçado
a primeiro ensiná-los a observar. Em seguida, contou como depois de desper-
tar o entusiasmo dos referidos alunos para a pesquisa científica, realizou, du-
rante 10 anos, com o seu concurso, a carta geológica do Distrito Federal. Estes
mesmos estudantes fizeram uma série de descobertas interessantes como: 3
veios diferentes se cruzando, sambaquís, etc.
O mesmo trabalho pode ser feito para a geografia humana. Porém, para
prosseguir é preciso uma estreita colaboração entre professores e alunos de
geografia.
Finalizando o professor Backheuser, pediu a palavra o Sr. Pedro Geiger.
A seu ver, as hipóteses de trabalho em geografia só podem ser feitas no campo.
A hipótese consiste na interpretação de uma região. As perguntas formuladas
pelo professor Backheuser não são hipóteses, são dados concretos que se vai
buscar nb terreno, retinindo estes dados constrói-se uma hipótese que será
uma síntese da evolução da região. Não se deve confundir método de trabalho
com hipótese de trabalho.
Em resposta, o professor Backheuser <lisse que não se referira a estudos
em geral, e sim ao caso particular das rochas do Rio de Janeiro. Quanto à
hipótese de trabalho, é sua opinião que esta pode surgir tanto no campo como
durante as leituras.
Respondendo ao professor Backheuser, o professor Ruellan disse que as
hipóteses só devem ser formuladas depois de realizada a observação, obrigando
cada um a fazer um trabalho próprio, e não apenas, ir ao terreno para aí re-
conhecer o que autores conceituados acreditam. ter visto.
Em tôda pesquisa geomorfológica, há, a princípio, a observação direta sôbre
o terreno com ajuda de instrumentos e a observação indireta que consiste em
trabalhos. gráficos sôbre cartas, quando estas existem. As observações con-
duzem o pesquisador a uma interpretação, em que se deve distinguir uma parte
de resultados n.dquiridos e uma parte de hipóteses inevitáveis.
Tôda hipótese leva, por dedução lógica, a uma série de conseqüências que
devem ser comprovadas com novas observações no terreno e trabalhos gráficos.
Há uma outra verificação que se impõe, mas que nem sempre é possível - é a
experimentação. A experimentação é uma observação provocada, podendo sê-lo,
pela própria natureza. Uma hipótese não deve ser logo destruída, deve ser antes
bem observada; mesmo quando falsas, as hipóteses podem levar a novos estudos
que poderão trazer esplêndidos resultados.
Tôda a história do progresso científico constituiu na refutação de hipóteses,
que hoje parecem absurdas, mas as pesquisas que provocaram levaram à des-
coberta de leis mais solidamente estabelecidas.
Em seguida, falou o professor Veríssimo elogiando as propostas do profes-
sor Backheuser no sentido do desenvolvimento cada vez maior do .estudo da
geografia do Brasil. Interessou-se, particularmente, pelo estudo do povoamento
do Rio de Janei.ro em relação aos morros tecendo a respeito considerações gerais
oportunas.
O professor Fábio Guimarães declarou que desejaria que houvesse uma maior
colaboração entre os professores, afim de que a contribu:ição dos estudantes das
várias faculdades não fôsse dispersada .
Discutiu-se em seguida o problema do estudo da geografia nas escolas su-
periores, tendo todos os presentes concordado que a geografia é prejudicada pela
junção dos cursos de geografia e história.
Os professores Backheuser e A. Musso contaram experiências suas com alunos
das faculdades no que se refere a trabalhos práticos e mostraram como depois
de algum tempo o entusiasmo dos estudantes é despertado.
Falando de outro ponto de vista, o engenheiro Agenor Machado observou que
se nota a ausência de bons professores de geografia. O conhecimento da matéria
por parte dêstes, não é suficiente.
Tomou em seguida a pal::wra o engenheiro A. Fragoso, que em nome dos
alunos do professor Backheuser. que com êle colaboraram na confeccão da carta
geológica do Distrito Federal, ·agradeceu-lhe os seus ensinamentos.
, :J'.'inalm~n~~. enc~rrando ~ sess~o o eng~nheiro Leite de Castro notificou que na
proxn~a reumao; alem da ~iscussao em_ torno do. formador principal de um rio,
haver~ debate sobre a _reg~ao ~<? Jalapao onde fica a lagoa do Veredão, região
escolhida para a excursao cientifica de 1943, pelo Conselho Nacional de Geografia.
TERTúLIAS GEOGRAFICAS SEMANAIS 59
Caracterizar o que é:
A - Hipótese de trabalho
B - Pesquisa geográfica
A - As hipóteses
1) hipóteses gerais, isto é, teorias ou doutrinas que procuram ligar fatos
conhecidos com o fio de uma pressuposta causa comum - Augusto
Com te e Bouasse - Exemplos: hipóteses cosmogônicas, físicas, quí-
micas, biológicas. - Não as há, dêsse tipo, em geografia, não convindo
confundir doutrinas geográficas (escolas, métodos) com doutrinas-hi-
póteses.
2) hipóteses de trabalho - São as que se formulam ao encetar um tra-
balho científico imaginando algo que se supõe provável. São, porém,
depressa abandonadas se os fatos as infirmam. De uso freqüente entre
todos os sábios e estudiosos. Mas precisam ser manejadas com agilidade
pelos geógrafos. - Seus perigos quando há obstinação em mantê-las
contra os fatos - Agassiz e a hipótese glaciária: sua aplicação ao caso
dos blocos brasileiros erróneamente chamados erráticos. Agassiz e o
barão de Capanema.
B - A pesquisa geográfica
1) Caracterizá-la em confronto com o modo' de pesquisar em outras ci-
ências - O enciclopedismo, sintético da geografia - Suas pesquisas só
se devem referir a fenômenos na superfície da Terra e sob a atuação
combinada dos três fatores: solo, clima e homem.
2) Um exemplo de hipóteses de trabalho em geografia: "OS MORROS DO
RIO DE JANEIRO".
Há relação entre a petrografia e a decomposição? Qual?
Há mister de hiuóteses estratigráficas como as de Betim e Lamego para es-
clarecer a forma dÕs ditos morros? Ou bastará estudar o descascamento das
rochas para esclarecer as formas de tipo Pão de Açúcar, Gávea, Corcovado? In-
flui:rão nesse tocante as falhas, diques e diaclases? De que modo?
Existe correlação entre a decomposição dos nossos morros e a fixação da po-
pulação sôbre êles? A diferença de densidade geográfica entre vales e morros
no Rio é o simples "horror à montanha" ou há outras razões? Quais? o metas-
somatismo? o declive suave ou abruto?
Cada uma dessas perguntas, e muitas outras se poderiam formular, prestam-
-se para hipóteses de ,trabalho e sua verificação.
Providências de ordem prática
1 - Hábito de observação
Didática da "observação" no ensino primano, secundário e supe-
rior - Suas deficiências no sisten+a educacional brasileiro.
2 - Despertar o entusiasmo para a pesquisa científica.
O valor da prioridade - A satisfação da descoberta - A impor-
tância da cooperação.
3 - Como foi realizada a carta geológica do Distrito Federal por alunos da
Politécnica, em turmas sucessivas - Dificuldades iniciais: geologia de
"almofadinhas", incapacidade de observação -- Entusiasmo final: des-
coberta de sambaquis, de rochas desconhecidas, de idade dos veios e di-
ques, e outras.
60 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
O assunto tratado nesta reünião foi a expedição que está sendo organizada
pelo C .N .G., para a região do Jalapão.
Depois de apresentados os caracteres e os objetivos da expedição, pelo enge-
nheiro Leite de Castro, falou o eng-cnheiro Gilvandro de Simas Pereira que fêz um
estudo sôbre a organização e o roteiro da mesma. Nos estudos preliminares ne-
cessários para organização de uma expedição, tem-se a considerar as condições
do local, ou seja, o clima, estado. sanitário, recursos alimentares, vias de comu-
nicação e transporte. Feito isso, será possível, baseado numa carta embora
rudimentar, construir o provável roteiro da expedição.
Passa-se, em seguida, à fase de organização em que se deve considerar os
seguintes itens:
1- Programa dos trabalhos: geográficos, geológicos, mineralógicos, bo-
tânica, zoologia, climatologia, etc.
2 - Pessoal necessário: um especialista para cada ramo, médico, pessoal
operário.
3 - Trajeto na ida e na volta: navegação aérea, marítima, fluvial; fer-
rovia e rodovia. Outros meios.
4 - Tempo necessário para execução dos trabalhos.
5 - Material para acampamento: cozinha, farmácia, instrumental, gêne-
ros alimentícios e bagagem do pessoal.
6 - Orçamento.
Há ainda a considerar a necessidade de um rádio-telegrafista, com esta-
ções receptora e transmissora.
Em seguida, falou o professor Urbino 'Viana a quem se deve uma memória
sôbre a região do Jalapão, apresentada ao 8.° Congresso de Geografia do Espírito
Santo. Apresentou um histórico dos estudos sôbre a região, em que se destacam
James Wells, Braz do Amaral, Euclides de Matos e outros.
A lagoa do Veredão é também conhecida como Várzea Bonita sendo assim
denominada, principalmente, no período de sêca quando a lagoa ~e transforma
num verdadeiro apaülado, dificilmente transposto.
"São planos os dois Jalapões: o de cima, numa rampa insensí-
vel até a Pedra da Baliza (constituída de arenito) e daí até o co-
mêço do tombador; tendo ao nordeste a chapada' da Mangabeira,
ao sul e sudeste a lagoa do Veredão; ao centro a serra do Meio se-
parando o rio Preto do Novo e formando a cachoeira da Velha; aqui
e além, morros isolados de rochas areníticas; apaülados .onde cres-
cem inumeráveis buritís e por tôda a parte campos intérminos. o
Jalapão de baixo é cortado, ao centro, pelo rio do Sono e limitado
ao sul e oeste pelo vale do Balsas, profundo e volumoso tributário
daquele; é, como dissemos, plano de solo e em geral de ~reia como
TERTÚLIAS GEOGHÃFICAS SEMANAIS 61
A - Divisão territorial
1 - Verificação dos informes sôbre os mumc1p10s, anterior-
mente fornecidos ao I.B.G.E. pelos prefeitos da região.
-- 5 -
66 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
B - Quantidade de população
2 - Adensamentos da população. Notícia sôbre cada uma das
cidades , vilas, povoados e população esparsa, indicando,
entre outras coisas: tipos de edifício (casas, igrejas, repar-
tições, etc.) , material empregado, etc. - Sugestões sôbre
o melhor plano para as cidades de maiór futuro.
e- Qualidade da população
3 - Medidas antropométricas do homem local. Verificação das
características raciais, de modo a verificar a predominân-
cia de uma das raças componentes do brasileiro - Co-
lheita de documentos e informes etnográficos.
4 - Colheita de dados sôbre o jargão lingüístico local, parti-
cularidades de pronúncia e de semântica, idiotismos, sin-
táticos, modismos. - Estudo da toponímia, verificando-se,
se possível, a origem da respectiva nomenclatura.
5 - Indicações sôbre os credos religiosos mais seguidos. -
Indicações sôbre igrejas, capelas, missões. Credos protes-
tantes. Espiritismo. Deturpações religiosas pela superstição.
6 - Ocupações habituais dos moradores. Analfabetismo. Fre-
qüência à escola. Distribuição das escolas. Estabelecimen-
tos culturais.
·D - Limites e confrontações
7 - Exame psicológico da influência da linha de fronteiras in-
terestaduais sôbre a alma coletiva das populações. Há um
sentimento "estadual?" "nacional?" simplesmente "local"?
de município? de' distrito? Ou a linha de fronteiras não
influe no ânimo das populações?
E - Comunicações
8 - Natureza das vias de comunicação e meios de transpor-
te. - Sumária estatística dos receptores de rádio.
F - Migrações
9 - De qual dos Estados próximos vieram preponderantemente
as populações da região? Tendem a sendentarizar-se ou a
deslocar-se? São "de passagem?" Qual a direção geral do
movimento da população?
II - Pesquisas de topologia antropogeográfica
10 - Estudo mais particularizado da distribuição da população
segundo a situação geográfica, isto é, localização nos vales?
nas chapadas? junto aos rios? Às lagoas? independente-
mente da água? próximo a bosques? Localização dos vales,
gargantas e altura média.
m - Pesquisas de fisilogia antropogeográfica
11 - Principais características do "domínio" 'da regiao:
a) animal: o rebanho local, exportação de gado? Apro-
veitamento do leite? noticia da fauna local.
b) vegetal. Exame da flora local, seu possível aproveita-
mento. Atividades agrícolas.
c) mineral. Notícia dos recursos minerais da região. -
Atividades de mineração.
d) atmosférico. Aproveitamento atual, ou possível, do ven-
to, das precipitações atmosféricas.
e) fluvial. Notícia de quedas d'água, de rios navegáveis
(e seus afluentes), se já estão ou como podem ser apro-
veitados.
Not l
.
e
. a,
l r
.
l o
Da Capital Federal
PRESIDÊNCIA DA REPúBLICA
5 -
Saúde . , ..... , . , ..... , , .. ,
Ministério da Fazenda ..
20
215 ººº·ºº
000 000,00
000
dêste ano, considerando a necessidade de le-
vantar o cadastro da população consumidora
6 -
7 -
Ministério da Guerra ...
Ministério da Justiça e Ne-
50 ººº·ºº
000 do Distrito Federal, criou a Comissão de Re-
censeamccnto dos Consumidores. A Portaria foi
gócios Interiores 10 000 000,00 publicada no Diário O jicial de 2 do referido
8 -
9 -
Ministério da Marinha ..
Ministério da Viação e 50 ººº·ºº
000 mês.
Obras Públicas ... , ... . 120 000 ººº ·ºº ORGANIZADO O SETOR DA PESCA - O
10 - Siderurgia Nacional ..... . 65 000 000,00 Sr. Coordenador da Mobilização Econômica,
considerando a importãncia da pesca marítima
600 000 ººº·ºº fluvial e lacustre para a economia nacional,
quer sob o ponto de vista do produtor, quer do
68 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
consumidor, e as vantagens de coordenar os seu Nacional de Belas Artes, uma mostra foto-
diversos órgãos governamentais, associações de gráfica das Capitais Brasileiras que teve por fi-
classe· e entidades privadas, de forma a deter- nalidade documentar os melhoramentos intro-
minar o aumento da produção e conseqüênte duzidos na vida dessas cidades, seu desenvolvi-
barateamento do prduto, no dia 9 de abril as- mento econômico, capacidade de transportes e
sinou a Portaria n. 0 52, publicada no Diár.io execução de planos urbanísticos e saneamento.
Oficial de 10 do mesmo mês, criando o Setor
da Pesca, com sede na capital da República e FILMAGEM NA REGIÃO AMAZÔNICA -
jurisdição em todo o território nacional. A O Sr. Major Coelho dos Reis, Diretor Geral do
ação do S .P. se fará sentir em todo o território Departamento de Imprensa e Propaganda, en-
nacional, dividido em 4 regiões: a) região ama- viou ao Sr. Interventor no Amazonas um tele-
zónica, b) região nordestina, c) região central, grama, datado de 3 de março, comunicando que
d) região sulina. "Walt Disney productions" enviará, em breve, o
cinegrafista KnaJ;?p para fazer filmagens do-
SETOR DE COORDENAÇÃO DA PRODUÇÃO cumentárias da região amazônica, as quais ser-
AGRíCOLA - O Sr. Coordenador da Mobiliza- virão de base de um grande filme sôbre o de-
ção Econô1nica, considerando a necessidade de senvolvimento da mesma região.
coordenar a ação dos órgãos federais, estaduais,
municipais e paraestatais e dos serviços que se DESCOBRIMENTO DO BRASIL - Sôb os
formarem na atual emergência para orientar auspícios da Secção Portuguesa do DIP. rea-
ou dirigir a produção agrícola, baixou no dia lizou-se no dia 28 de abril no Gabinete Por-
26 de fevereiro dêste ano, a Portaria n. 0 42, pu- tuguês de Leitura, uma sessão comemorativa
blicada no Diário Oficial, no dia seguinte, or- ao Descobrimento do Brasil. Falaram os Srs.
ganizando o setor de coordenação da Produção Almirante Gago Coutinho e Comandante Luiz
Agrícola, com sede na capital da República e de Oliveira Belo.
com jurisdição em todo o território nacional, o A sessão foi aberta pelo Sr. Martinho No-
qual será dirigido por um Assistente responsá- bre de Melo, Embaixador de Portugal, e presi-
vel diretamente subordinado ao C. N. E. dida pelo Major Coelho dos Reis, Diretor Geral
do Departamento de Imprensa e Propaganda.
ASSISTENTE REGIONAL E DELEGADO NA
AMAZÔNIA - O Sr. Coordenador da Mobiliza-
ção Económica, conforme expediente publicado
no "Diário Oficial de 4 de março, designou o
comandante Braz Dias de Aguiar para exercer
a função de Assistente Regional e Delegado da Departamento Administrativo do Serviço
Coordenação na Amazônia, com jurisdição nos Público
Estados do Amazonas, Pará e Território do
Acre. PROGRAMA DE GEOGRAFIA E ESTATÍS-
TICA DO CONCURSO PARA ARQUIVISTA -
MOBILIZAÇÃO DA MAO DE OBRA NAS MI- No Diário Oficial de 24 de abril foram publi-
NAS DE CARVÃO DO RIO GRANDE DO SUL - cadas às instruções que regulam o concurso de
O Sr. Coordenador da Mobilização Econômica, provas para provimento em cargos da classe ini-
atendendo a que a importação de carvão estran- cial da carreira de Arquivista de qualquer Mi-
geiro se acha reduzido de forma erástica em vir- nistério. Para as provas figuram os seguintes
tude das dificuldades de transporte marítimo, programas de "Geografia do Brasil" e "Noções de
tornando-se, assim, necessário proteger e incre- Estatística".
mentar, por todos os meios, a produção de car-
vão nacional, e considerando que as minas do I - Geografia do Brasil:
Rio Grande do Sul encontram-se ameaçadas de
paralização parcial devido ao exôdo dos traba- 1 - Bacias Amazónica, Platina e São Fran-
lhadores, dirigiu-se, em exposição de motivos ao ciscana.
Sr. Presidente da República, sendo atendido, so- 2 - Agricultura. Indústrias extrativas ve-
licitando a aprovação da Portaria n. 0 43, de 10 getais e minerais. Produtos animais e indústrias
de março, a qual mobiliza a mão de obra des- dos derivados. Indústrias manufatureiras.
tinada à produção e ao transporte do carvão 3 - Viação rodoviária, férrea, fluvial, ma-
naquele Estado e dá outras providências. rítima e aérea. Principais portos e aeroportos.
Na medida estão compreendidos os operá- 4 - Brasil: regionalização - Norte, Nor-
rios (mestres, contra-mestres, carvoeiros, me- deste, Leste, Sul, Centro-Oeste (Res. n. 0 72 do
cânicos, topógrafos, auxiliares de topógrafos, Conselho Nacional de Geografia (1941) e Res.
motoristas e serventes) que trabalham nas usi- n. 0 225 do Conselho Nacional de Estatística
·nas, na lavagem de carvão, no seu transporte (1941) . Cidades principais e aspectos políticos
seja no páteo das minas, seja no percurso dês- e econômicos das diversas regiões.
ses páteos às estações feroviárias, seja no trans- 5 - Evolução e descrição das fronteiras.
porte por via férrea ou nas operações de carre- A obra de Rio Branco.
gamento nos portos do Rio Grande do Sul.
Foi atribuído à Diretoria de Producão Mi- III - Noções de Estatística:
neral da Secretaria da Agricultura do· Estado
do Rio Grande do Sul, a solução de todos os 1 - Distribuição de freqüência e represen-
problemas de mão de obra, os de natureza téc- tação tabular.
nica referentes ao incremento da produção de 2 - Gráficos simples em curvas, barras e
carvão, os relativos ao transporte e ao carrega- setoreo.
mento da produção do mesmo nos portos de em- 3 - Média aritmética, moda e desvio pa-
barque do Estado do Rio Grande do Sul. drão.
Esta prova valerá até cem pontos, assim
distribuídos:
I - Geografia do Brasil, até . . . . . . . . . . . . 50
II - .Matemática, até .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 30
Departamento de Imprensa e Propaganda III - Noções de Estatística, até . . . . . . . . . . 20
MOSTRA FOTOGRAFICA DAS CAPITAIS VIAGEM DE ESTUDOS AO ESTRANGEIRO
BRASILEIRAS - Como uma homenagem ao Sr. - O Diário Oficial de 26 de abril publicou a
Presidente Getúlio Vargas, em sua data nata- exposição de motivos n. 0 598, do Departamento
lícia, no dia 19 de abril, foi inaugurada pelo Administrativo do Serviço Público, aprovada
Prefeito Henrique Dodsworth no "hall" do Mu- pelo Sr. Presidente da República, a respeito da
NOTICIARIO 69
.
Serviço Nacional do Recenseamento
VISITA DO PREFEITO HENRIQUE DODS-
a) A terra no espaço: Idéia do Universo;
siste1na solar; principais astros e planetas; ter-
ra e lua: forma, dimensões e movimentos; eixo,
-WORTH - O Sr. Henrique Dodsworth visitou o polos, círculos e zonas climatéricas terrestres;
Serviço Nacional do Recenseamento, que per- coordenadas geográficas; orientação; represen-
correu demoradamente, ouvindo detalhadas ex- tação da terra por meio de cartas.
plica~ões sõbre a natureza e a extensão dos b) Estrutura da terra: A crosta da terra;
trabalhos realizados pelas diversas secções. Re- acidentes geográficos aquáücos e terrestres;
ceberam o Sr. Henrique Dodsworth, acompa- partes .do mundo: continentes, oceanos e ma-
nhando-o durante a visita, os srs. Carneiro Fi- res. Atmosfera e climas.
lippe, presidente da Comissão Censitária Na- c) Paises das Américas; localização rela-
c!bnal, e· diretor geral do Serviço Nacional de tiva; capitais e cidades principais; população
Recenseamento; Rafael Xavier, diretor da Di- e superfície relativa.
visão Técnica do S.N.R.; Teixeira de Freitas, dJ Brasil: situação, limites, superfície e
secretário geral do Instituto Brasileiro de Geo- população; principais serras, rios, lagos, ilhas,
grafia e Estatística; padre Leonel da Franca, cabos e baías. Dimensão administrativa. Esta-
da Comissão Oensitária Nacional; Cristóvão dos, capitais, cidades e portos principais. Po-
Leite de Castro, secretário geral do Conselho pulação e superfície relativa comparadas às
Nacional de Geografia, além de chefes de ser- grandes nações. Govêrno, raça e língua. Pro-
"l'iços do S.N.R .. Depois de palestrar durante al- dução mineral, vegetal e animal; comércio e
gum tempo, no gabinete do sr. Carneiro Filippe, indústrias principais; materiais e produtos de
o prefeito visitou as secções de Censo Demo- exportação e importação. Vias de comunicações
gráfico, de Apuração, Censos Industrial, Co- terrestres, fluvial, marítima e aérea.
mercial, Agrícola e Social, e, finalmente, a de
Sistematização. Os censos demográfico e eco-
nômico estão bastante adiantados. A exceção
do censo Agrícola e do Demográfico, todos es-
tarão terminados e com os resultados divul-
gados ainda êste ano. Contrariando a impres- MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
•ão, aliás injustificável de que os trabalhos de
apuração estão sendo muito morosos, em uma OBRAS NO PARQUE NACIONAL DE ITA-
das secções, durante a visita, o Sr. Rafael Xa- TIAIA - O Sr. Presidente da República, por
vier mostrou ao Sr. Prefeito o resultado final despacho de 22 de janeiro, publicado no Diá-
rio Oficial de 4 de fevereiro, aprovou o parecer
do Censo Comercial de 1939 nos Estados Unidos do Departamento Administrativo do Serviço,
e só há pouco concluído e divulgado. Público, constante da exposição de motivos n. 0
Despedindo-se do Professor Carneiro Filip- 176, sôbre o pedido do Ministério da Agricultura
pe, o Sr. Henrique Dodsworth disse que levava no sentido de que fôsse "autorizada a adjudi-
a melhor impressão de tudo quanto havia visto cação das obras de abastecimento dágua e de
e constatado através as explicações que lhe fo- instalação de uma usina hidra-elétrica no
ram dadas sóbre as atividades do S.N.R. Parque Nacional de Itatiaia, ao único licitante
na concorrência realizada para êsse fim, cuja
proposta, embora dentro dos limites orçamentá-
rios fixados, prevê um prazo que excede o es-
tipulado no edital de concorrência.
O D. A. S. P. , ponderando achar-se já es-
MINISTÉRIO DA AERONAUTICA gotado o exercício de 1942, o que invalida a me-
dida solicitada pelo Ministério quanto à forma
SUBVENÇÕES AOS AEROCLUBES - O Sr. de pagamento dos trabalhos, opinou favoràvel-
Ministro da Aeronáutica baixou, no dia 10 de mente à aceitação integral da proposta da firma
fevereiro dêste ano, a Portaria n. 0 17, aprovando "Sociedade de Instalações Técnicas Ltda.", de-
as Instruções para a execução do Regulamento vendo a despesa correr por conta da Verba 5,
•ôbre as subvenções aos aeroclubes, as quais Consignação I, Subconsignação 02, item 25, alí-
foram publicadas no Diário Oficial, de 15 do nea b do orçamento vigente". ·
referido mês.
AS MISSÕES SALESIANAS CONTINUARÃO
NOVOS REPRESENTANTES NO SERVIÇO A FAZER OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS
HISTóRICO E GEOGRAFICO DO EXÉRCITO - - O Diário Oficial, de 23 de fevereiro último
O Sr. Ministro da Aeronáutica, por ato de 26 publicou os têrmos de prorrogação do contrato
de janeiro designou o 1. 0 Tenente do quadro e têrmos adi ti vos ceie brados entre o Ministério
de oficiais auxiliares Valter Castilhos de Bar- da Agricultura e as Missões Salesianas, em 26
ros para substituir o capitão aviador Pindaro de julho de 1939, 25 de março de 1940 e 21 de
Pereira Dias no Serviço Geográfico e Histórico setembro de 1942, para a execução de observa-
do Exército. Por ato de 3 de fevereiro, foi dis- ções meteorológicas em diversas localidades do
pensado das funções que exercia no mesmo Estado do Amazonas e mais a Estação Aeroló-
Servico o capitão aviador Aldo Ferreira e desig- gica. da Juaretê, de acôrdo com o Decreto-lei
nado, para substituí-lo o aspirante da Reserva n. 0 5 120, de 19 de dezembro de 1942.
convocado, Edgard Azevedo Moreira. No mesmo Diário Oficial está também
publicado o têrmo aditivo ao têrmo de prorro-
gacão celebrado entre o mesmo Ministério e a
Escola de Especialistas de Aeronáutica Inspetoria Salesiana de Santo André para exe-
cução de observações meteorológicas em diversas
PROGRAMA DE GEOGRAFIA - O Diário localidades dos Estados do Pará e Mato Grosso.
Oficial de 22 de fevereiro publicou, em suple- A despesa decorrente dos referidos contra-
mento, as Instruções para o funcionamento da tos correrão pela verba 3 - Serviços e En-
Escola de Especialistas de Aeronáutica, aprova- cargos - Consignação I - Diversos - Subcon-
t!as pela Portaria n. 0 18, de 10 do mesmo mês, signação 36 - Sub-contratuais (S.N.C.) Paga-
do Sr. Ministro da Aeronáutica. n1ento etc. do vigente orçamento do mesmo
No concurso de admissão ao Curso de Es- Ministério onde foi empenhada no Serviço de
pecialistas, figura o seguinte programa de Geo- Meteorologia.
grafia:
"Assunto equivalente ao de admissão e ao CRIADOS 5 CARGOS DE TECNOLOGISTA
ti.a parte da 1. ª série ginasial do ensino secun- - Pelo Decreto-lei n. 0 5 297, de 3 de março dês-
tlário, compreendendo: te ano, foram criados mais cinco cargos, classe
76 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
gere se modifique a legislação vigente no os da zona ·de Go'.az, interessando a região ni-
sentido de aliviar as obrigações do S. P. I. quelífera de São José do Tocantins, tendo sido
concernentes ao assunto, medida que não estudadas a Cachoeira dos Macacos, no rio do
restringirá grandemente a extensão das atri- mesmo nome, a Cachoeira Quebrada ou da Ca-
bu1ções dêsse Serviço. veira, no Tocantinzinho; a do Machadinha, no
4. Com isto se incrementará a respon- rio Maranhão e a da Ferradura.
sabilidade do C.N.P.I. nos estudos em Foram ainda realizados importantes estudos
questão, ficando o S.P.I., durante o prazo de aproveitamento de energia hidráulica na
que se fi3er necessário, votado inteiramente Serra do Mar, São Paulo, pelo chefe do 1. 0 dis-
para os outros aspectos do vasto e com- trito. São êles o aproveitamento de Mococa, 660
plexo problema que tem de enfrentar. metros de quéda e 43 m.c, e o aproveitamento
5. Nesse sentido, êsse Departamento Caraguatatuba, 620 metros de quéda e 45 m.c de
elaborou o projeto de decreto junto, que descarga média. No setor energia hidráulica,
modifica o Regimento do S.P.I., e vem sub- técnicos da D. A. prestaram colaboração nas
metê-lo à consideração de V. Excia. obras da usina de Macabú, no Estado do Rio.
6. Aó ter de efetuar o estudo do pro- Quanto à previsão de inundações, são re-
blema surgido da mencionada circunstán- centes os serviços prestados pela Divisão de
cia resolveu êste Departamento elaborar, Aguas aos habitantes das zonas flageladas pe-
ta~bém, um projeto de Regimento cuja las cheias recentes do Paraíba e São Francisco.
falta se vem fazendo sentir aos trabalhos do Com admirável exatidão foram feitas as pre-
C.N.P.I. visões e os anúncios antecipados, tendo a Di-
7. A elaboração do trabalho teve a co- visão de Aguas recebido cumprimentos do di-
operação do C.N.P.I., dada sob a forma de retor do Departamento de Obras e Saneamento
um projeto que nos foi enviado pelo presi- pela precisão e eficiência dos avisos prévios for-
dente dêsse órgão. necidos à população de Campos. De muitos
8. Examinando o projeto redigido no pontos ribeirinhos do São Francisco e do Pa-
Conselho, verificou êste Departamento que raíba chegaram agradecimentos à Divisão.
se fazia necessário refundi-lo, afim de ajus- No setor de estatística de usinas, está no
tá-lo, inteiramente, às normas usuais na prelo um trabalho completo sôbre a indústria
elaboração dos regimentos, embora conser- da eletricidade no país.
vando-lhe os têrmos essenciais. O laboratório de eletricidade, embora mo-
9. :l!:ste projeto de Regimento é também desto ainda, prestou serviços, estudando rendi-
remetido, nesta oportunidade, a V. Excia., mento de fogões elét·ricos, de grande lnterêsse
bem como um projeto de decreto relativo para o estabelecimento das tarifas de energia
à sua aprovação. · elétrica em Campinas. Prestou ainda serviços ao
Aproveito a oportunidade para renovar Arsenal de Guerra e ao Ministério da Marinha.
a V. Excia. os protestos do meu mais pro- No campo de levantamentos aerofotogramé-
fundo respeito. - Luiz Simões Lopes, Pre- tricos foram realizados vôos em Goiaz, no Estado
sidente. do Rio e em São Paulo, em trabalhos pedidos
(Assinados decretos ns. 12 317 e 12 318 - por diversas organizações governamentais.
em 27-4-943) ". No que se refere à irrigação, foram termi-
nados os campos de Propriá, Lapa, Santa Sé, Sa-
Departamento Nacional da Produção Mineral litre e Massangano, na região do São Francisco.
O de Pirapora está quase terminado. O de Jua-
zeiro já está em fase de produção, tendo for-
PROJETO SôBRE A DISTRIBU!ÇAO RE- necido a agricultores da região cêrca de 20 000
MUNERADA DE LIVROS, BOLETINS E MAPAS mudas diversas. Os campos do Ceará tiveram
- O ConBelheiro Othon Henry Leonardos, na uma produção da ordem de 400 mil cruzeiros.
sessão do Conselho Nacional de Minas e Meta- Relativamente às concessões para aproveita-
lurgia, de 29 de janeiro último, conforme ata mento de energia hidráulica e utilização de
publicada no Diário Oficial de 15 de fevereiro, energia elétrica, foram estudados diversos pedi-
propôs fôsse organizado um projeto de De- dos e projetos. estando o programa estabe-
creto-lei autorizando o Departamento Nacional lecido pelo Código de Aguas sendo executado
da Produção Mineral a vender ao público as co mtôda a firmeza.
suas publicações (boletins, monografias, avul-
sos, mapas, etc.) e aplicar a receita obtida na CURSOS DAGUA CONSIDERADOS DE USO
reedição dos trabalhos esgotados e aquisição de COMUM - A Divisão de Aguas, do Departa-
livros e revistas para a sua biblioteca. Aprovada mento Nacional da Produção Mineral, do Minis-
a proposta, foi designado o Conselheiro Antô- tério da Agricultura, por edital publicado no
nio José Alves de Sousa para examinar o as- Diário Oficial de 6 de março último, tornou
sunto e submeter à consideração do Conselho público, para conhecimento dos interessados,.
o projeto em aprêço. em obediência ao disposto nos §§ 1. 0 e 2. 0 do
art. 5. 0 do decreto-lei n. 0 2 281, de 5 de junho
de 1940, que considera públicas de uso comum
Divisão de Aguas e do domínio do Estado do Paraná, as águas
dos cursos abaixo mencionados que se enqua-
OS TRABALHOS REALIZADOS EM 1942 - dram no que dispõe o artigo 6. 0 do decreto-
Em relacão ao estudo do regime dos nossos rios, lei acima citado e que preencham as exigências
foram realizadas, em 1942, pela Divisão de do inciso II do art. 29 do Código de Aguas:
Aguas do Ministério da Agricultura, 1 885 me- O curso dágua denominado "Capivarí da
dições diretas de descargas, instalados 100 novos Cochila Alta,'' "Capavarí'' e "Capivarí", respec ..
postos hidrométricos e 189 pluviômetros, tendo tivamente nos seus trechos superior, médio e
sido efetuadas 1 730 viagens de inspeção aos inferior, nasce no município de Tibagí e limita
inúmeros postos em funcionamento. êste município com o de Ipiranga, ambos no
Para fins de classificação das águas, no Estrrdo do Paraná;
que se refere à jurisdição a que estão sujeitas O curso dágua denominado "Pitanguí" ao
foram ore;anizados e publicados 63 editais, nos longo de tôda a sua extensão, nasce no municí-
quais se baseia a distribu1ção pela União, pelos pio de Castro e limita êste município com o de
Estados e pelos municípios, das taxas sôbre o Ponta Grossa, ambos no Estado de Paraná;
kilü''l:'a tt de energia nas diversas usinas. Para O curso dágua denominado "Patos", Ivaí" 11
o cálculo das mesmas taxas foram feitas nu- e "Ivaí" respectivamente nos seus trechos su-
merosas operações de descargas médias. perior, inédio e inferior, nasce no município de
Quanto aos trabalhos para estudo e avalia- Prudentópolis, limita êste município com os
ção do nosso potencial hidráulico, prosseguiram de Iratí, Imbituva e Ipiranga; limita ainda o
NOTICIARIO 79
município de Guarapuava com os de Reserva e quele mês, o sr. Presidente da República auto-
Londrina, todos no Estado do Paraná; rizou, conforme solicitação do Ministério da
O curso dágua denominado "Cinzas" ao lon- Agricultura, fôsse posto no Banco do Brasil, à
go de tôda a sua extensão, nasce no município disposição do Diretor da Divisão de Fomento
de Pirai, percorre os de Tomazina e Santo An- da Produção Mineral, o crédito de Cr$ ....... .
tônio da Platina e limitada o município de Ja- 2 227 000,00 constante da verba 5.ª, Consignação,
guariaiva com o de Pirai, limitando ainda o Sub-Consignação 01, do orçamento vigente, para
município de Bandeirantes com os de Jacare- estudos de jazidas e projetos de mineração a
;-;nho e Cambará, todos no Estado de Paraná; cargo do Departamento Nacional da Produção
O curso dágua denominado "Piraí Mirim" Mineral.
ao longo de tôda a sua extensão, nasce no mu- Justificando o pedido, declara o Ministério
nicípio de Pirai e percorre o de Castro, ambos da Agricultura não ser possível ao Departamento
no Estado de Paraná; interessado levar a efeito, por outra forma, os
O curso dágua denominado "Dois Córregos importantes trabalhos a cujo custeio se destina
Salto", "Tibagi" respectivamente nos seus tre- o crédito referido, todos de natureza especial
chos superior, médio e inferior. nasce no mu- e urgente, executados em diferentes pontos do
nicípio de Palmeira e percorre o de Tibagi; li- interior do pais, inclusive os de pesquisas em
mita o município de Ponta Grossa com o de cooperação com a Diretoria do Ma teria! Bélico
Ipiranga; limita o município de São Januário do Ministério da Guerra e os de inspeções, for-
com o de Londrina e limita ainda o municí- necimento de dados estatísticos e relatórios téc-
pio de Sertanópolis com o de Cornélia Procó- nicos para orientação da Comissão Técnica Ame-
pio, todos no Estado do Paraná; ricana e para o Sr. Coordenador da Mobilização
O curso dágua denominado "Caratuva" ao Econômica.
longo de tôda a sua extensão, nasce no muni-
cípio de Iratí e limita êste município com o
de Imbituva ambos no Estado do Paraná. Divisão de Geologia e Mineralogia
O critério adotado para a determinação des-
sas águas foi o seguinte:
1) os cursos dágua foram determinados AS ATIVIDADES EM 1942 - Os trabalhos
partindo de jusante para montante; da Divisão de Geologia e Mineralogia foram, em
2) nas confluências foram considerados 1942, afetados polos acontecimentos políticos de
como principais os de maior bacia hidrográfica. repercussão internacional que atingiram tôdas
Nota - As identificações dos cursos dágua as atividades, interrompendo umas e modifi-
foram feitas segundo os mapas municipais, or- cando outras, principalmente aquelas de natu-
ganizados em observância ao decreto lei número reza especulativa.
311, de 2 de março de 1938. Essa Divisão do Departamento Nacional da
Por edital publicado no Diário Oficial de 16 Produção Mineral compõe-se, na parte técnica,
de abril, a Divisão .de Aguas tornou público de 4 Secções: Geologia, Topografia e Carta Geo-
para conhecimento dos interessados, que, depois lógica, Paleon tologfa e Petrografia.
de meticuloso estudo também considera públi- Em relação à parte geológica e topográfica
cas de uso comum, do domínio federal, na prosseguiram-se os estudos no norte do Estado
parte marítima, e do domínio do município de da Baia e os levantamentos geológicos da re-
Ilhéus, Estado da Baia, na parte restante do gião central de Minas Gerais. Foi possível, em
seu curso, as águas do curso dágua denominado colaboração com o Conselho Nacional de Geo-
"Braço do Sul-Almada", "Almada" e "Almada", grafia e o Serviço Geográfico e Geológico de
respectivamente nos seus trechos superior, mé- Minas Gerais, levar a efeito uma expedição
dio e inferior. científica, visando um maior conhecimento
O critério adotado para a determinação do da região fronteiriça - Minas Gerais - Goiaz
curso dágua foi o seguinte: - Baía. Os resultados obtidos, de carater
1) o curso dágua foi determinado partindo geográfico e geológico foram da mais alta val'••
de jusante para montante; e muito contribuirão para delinear a região li-
2) nas confluências foi considerado como mítrofe dêsses Estados.
principal o de maior bacia hidrográfica. Na Divisão de Geologia e Mineralogia, diri-
gida pelo eng. Arribai Alves Bastos, os trabalhos
TABÉM O CURSO DAGUA DENOMINADO topográficos tiveram o seu curso normal. Está
"ANGÉLICA" - Pelo edital publicado no Diá- sendo impressa a nova edição da carta geoló-
rio Oficial de 22 de abril, a Divisão tornou pú- gica do Brasil, contendo grandes modificações,
blico que também considera públicas do uso co- conseqüência do melhor conhecimento da geo-
mum e do domínio do município de Malacache- logia do País e dos estudos efetuados nos úl-
ta, Estado de Minas Gerais, as águas do curso timos anos pelos técnicos do Departamento.
dágua denominado "Angélica", "Bimbarras" e Os estudos de Paleontologia, cuja impor-
"Bimbarras", respectivamente nos seus trechos tância vem aumentando progressivamente, mui-
superior, médio e inferior. to se têm ampliado com o acréscimo de exm-
Estas conclusões se apoiam no art. 6. 0 do plares colhidos nas jazidas já conhecidas e em
decreto-lei acima citado e no inciso III do arti- outras provenientes de depósitos novos. A Pa-
go 29 do Código de Aguas. leontologia é tratada com muito interêsse pela
O critério adotado para a determinação des- contribuição que poderá oferecer à geologia do
sas águas foi o seguinte: continente. Seria ocioso, ressaltar, aquí, a fun-
lJ o curso dágua foi determinado, partindo ção científica das coleções que representam va-
de jusante para montante; liosa documentação dos trabalhos da referida
2) nas confluências foi considerado como Divisão. E' preciso, também não esquecer de
principal o de maior bacia hidrográfica. que o Museu é, constantemente, procurando por
A identificação do curso dágua foi feita estudiosos que nele encontram excelente campo
segundo o mapa municipal, organizado em ob- para ampliar seus estudos científicos. No mo-
servância ao decreto-lei n. 0 311 de 2 de março mento, procede-se à recomposição de mamíferos
de 1938. de grande porte, cuja montagem aguarda, re-
cinto apropriado.
A Secção de Petrografia encarrega-se da
classificação de amostras colhidas pelos técnicos
Divisão de Fomento da Produção Mineral do D.N.P.M. em trabalhos de campo. Alé!fl
dessa parte, incumbe-se da identificação de ma-
ESTUDOS DE JAZIDAS E PROJETOS DE terial enviado por particulares. A atividade des-
MINERAÇÃO - Por despacho de 13 de abril, sa Secção, como vem acontecendo há muitos
na exposicão de motivos do Ministério da Fa- anos, foi intensa, não só na part·e relativa aos
zenda, publicado no Diário Oficial de 22 da- trabalhos do próprio Departamento, como es-
80 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
pecialmente na que se refere a particulares. fts- 670 quilos de sementes para igual fim; intensi-
tes, tendo em vista o acolhimento e as facili- ficação da campanha de repressão aos contra-
dades que o serviço proporciona, o procuram, ventores do Código Florestal, principalmente
demonstrando absoluta confiança num atendi- das matas da União localizadas no Distrito Fe-
mento rápido. deral e no Estado do Rio, que passaram à ju-
Em 1942, foram estudados 698 exemplares risdição do Ministério; realização de um inqué-
procedentes de quase todos os Estados do País, rito florestal junto a tôdas as prefeituras do
sendo 335 minerais, 354 rochas e 9 areias. For- país, como base para elaboração do mapa flo-
neceu-se a instituições oficiais 65 coleções, restal; recomendação aos hortos de Ubajara e
quase tôdas destinadas a estabelecimentos de Ibura para a produção de 40 000 mudas de caju-
ensino. eiros, tarefa em plena execução - mudas que
A coleção mineralógica, de alto valor cien- serão distribuídas por intennédio das Seccões
tífico, não sofreu interrupção. Representa ele- locais da Divisão do Fomento da Produção 've-
mento básico para o aperfeiçoamento cultural. getal, e providências para a instalação do horto
No momento, acha-se no prelo o catálogo florestal no quilômetro 47, da Estrada Rio-Pe-
geral dos minerais, publicação que despertará tropólis, constando do atual orçamento uma
grande interesse, pois, permitirá aos especialis- vérba de 1 500 000 cruzeiros, para êste fim.
tas nacionais e estrangeiros fazerem uma idéia Em outros setores de atividade do Serviço
das possibilidades do país. Florestal, dirigido pelo agrônomo Alfeu Domin-
gues, assinalam-se igualmente o redobramento
DIARIAS AOS FUNCIONARIOS DA DIVI- da campanha pela cultura do pau-brasil, tendo
SAO - O sr. Ministro da Agricultura, por des- sido obtido um total de 2 197 mudas; prepara-
pacho do dia 6 de abril, publicado no Diário ção do II volume do Album Florístico, a pu-
Oficial de 16 dêsse mês, deu autorização ao blicação do Guia dos Visitantes do Jardim
Sr. Diretor da Divisão de Geologia e Mineralo- Botânico; a realização das exposições de be-
gia, do D.N.P.M., para conceder mais 60 diárias gônias, tinhorões e orquídeas nesse parque; o
consecutivas aos funcionários' da Divisão que início da construção dos pavilhões da Paraíba
se encontram em serviços de campo. e do Maranhão para representação da flora des-
ses Estados no .Jardim Botânico; a organizacão
neste parque, da nova secção de plantas das
Escola Nacional de Agronomia Américas, tendo sido realizados entendimentos
a respeito com as embaixadas do Uruguai e
FIXADO EM SETE HORAS O DIA DE TRA- do Paraguai, a intensificação dos estudos para
BALHO ESCOLAR - O Sr. Presidente da Repú- melhor conhecimento das plantas, medicinais
blica, pelo Decreto-lei n. 0 5 276, de 25 de fe- e de outras valiosas plantas, como a seringueira,
vereiro dêste ano, na pasta da Agricultura e as orquídeas e os eucaliptos; a identificação
publicado no Diário Oficial de 27 do mesmo anatômica das madeiras e conseqüente coope-
mês, alterou o artigo 405 do regulamento da Es- ração com os Ministérios da Guerra e da Ma-
cola Nacional de Agronomia fixando em 7 ho- rinha.
ras o dia de trabalho escolar. São ainda dignos de registro o prossegui-
mento das obras para a instalação dos Parques
NOMEAÇAO DE PROFESSOR SUBSTITUTO Nacionais de Itatiaia, Serra dos órgãos e Iguas-
- Por decreto de 3 de março, na pasta da Agri- sú, onde começaram a ser estudados a flora e
cultura, o Sr. Presidente da República nomeou a fauna locais, e a colaboração do Serviço Flo-
o engenheiro Olivéro Henry Leonardos, ocupante restal no ajardinamento e arborização da praça
do cargo de Assistente, padrão I, do Quadro Su- Internacional Livramento-Rivera e da "Cidade
plementar do Ministério da Agricultura, para das Meninas".
exercer, interinamente, como substituto, o car-
go de Professor Catedrático, padrão M, da 3.•
cadeira - Geologia Agrícola: geologia, minera- PARQUES FLORESTAIS MUNICíPAIS - O
logia e agrologia, da Escola Nacional de Agro- Ministério da Agricultura está interessado na
nomia do Quadro Permanente do mesmo Mi- constituição de Parque~ Florestais Municipais,
nistério, durante o impedimento do respectivo já tendo o Serviço Florestal expedido as neces-
titular Alcides de Oliveira Franco, em virtude sárias instruções.
de estar o mesmo exercendo a função gratifi- De acôrdo com êsse órgão, para se formar
cada de Diretor dos Cursos de Aperfeiçoamento um parque, torna-se indispensável a escolha de
e Especialização. áreas que serão declaradas próprio municipal.
Procedida a escolha do local onde será organi-
zado o parque obedecendo aos requisitos de
Laboratório da Produção Mineral ordem técnica, o terreno, que foi declarado pró-
prio municipal e amparado pelo Código Flores-
tal. deverá ser levantado topogràficamente e
'êRIADA A FUNÇAO DE CHEFE DE POR- f~ita. a respectiva planta, elementos indispen-
TARIA - Pelo Sr. Presidente da República foi save1s aos entendimentos preliminares com a
assinado, na pasta da Agricultura, no dia 16 de direção do ~erviço Florestal.
fevereiro, o decreto-lei n. 0 5 251, publicado no Através da Secção de Parques Nacionais, o
Diário Oficial de 18 do mesmo mês, criando Serv1co Florestal orientará as Prefeituras Muni-
a função gratificada de chefe de portaria do cipais na conservação ou feitura da reserva flo-
Laborntór.io da Produção Mineral do Departa- restal.
mento Nacional da Produção Mineral.
Os Parques Folrestais deverão ser de prefe-
rência localizados nas bacias dos mananciais que
fornecem água às cidades, pois é conhecido o
Serviço Florestal efeito benéfico das florestas, na manutencão
das fontes, das nascentes ou mesmo dos rios.
MOVIMENTO DURANTE O PRIMEIRO ANO Na feitura dos Parques, o emprêgo de essen-
DE GESTAO DO SR. APOLÔNIO SALES - O cias florestais, locais, é não só recomendável,
Serviço Florestal do Ministério da Agricultura, como ainda de grande utilidade, convindo ob-
registou o seguinte movimento durante o pri- servar que de pern1eio às árvores de cresci-
meiro ano de gestão do Sr. Apolônio Sales no mento lento, deve··se proceder o plantio de
Ministério da Agricultura: distribuição, pelos grupo.s de vegetais de crescimento mais ligeiro
hortos florestais localizados na Gávea, Lorena, que ~nrvam de amparo às outras árvores. Assim,
Ibura e Ubajara, de 1 526 368 mudas de essên- seguir-se-á a orientação da natureza, no que
cias florestais par'.' reflorestamento, ultrapas- ~e refere à disposição na colocação das futuras
sando de 507 557 a do ano anterior; idem de arvores.
NOTICIARIO 81
O Parque terá feição de mata quando as Foi iniciada a criação de bovinos, com o
plantas forem árvores, e o aumento da popu- plantel de 10 novilhas e um touro. O Posto
lação vegetal deve constituir objeto de obser- General Dantas Barreto (Pernambuco) passou
vação do administrador municipal. a contar com um edifício para depósito de al-
Como motivo de beleza, de recreação e ele- moraxifado e 10 casas para índios, com a área
mento educativo o Parque Folrestal Municipal total de 500 ms'. A criação bovina continua
deverá ser, também, o início do grande tra- alí em progresso.
balho de reflorestamento que cada município No Posto Pancarús (Pernambuco) fêz-se
brasileiro terá de fazer com intensidade. um edifício para escola e iniciou-se a criação de
g·ado, tendo sido também concluídos 20 quilô-
metros de cêrcas de arame. No Caramurú
Serviço de Meteornlogia (Bafa), que já dispõe de 260 vacas, completou-
se a instalação para o fabrico de queijo e man-
teiga. No E,ngenheiro Mariano de Oliveira, le-
CURSO AVULSO DE PREVISÃO DO TEMPO vantaram-se 10 casas para os índios Maxacalis.
o Sr. Ministro da Agricultura, pela Portaria No Guida Marliere, foram construídos um edifi-
n.º 60, de 2 de fevereiro dêste ano, publicada cio escolar, outro para enfermaria e cinco casas
no Diário Oficia! de 4 do mesmo mês, apro- para índios. O govêrno adquiriu um plantel de
vou as instruções para o funcionamento, no 30 novilhas e um touro indubrasil. Na Quinta
Servico de Meteorologia, do Curso Avulso da Inspetoria Regional, no Posto Cachoeirinha, já
Previsão do Tempo, anexas à Portaria e baixa- se acha construído um edifício para escola. Os
das pelo diretor dos Cursos de Aperfeiçoamento auxiliares dêsse estabelecimento r2alizaram uma
e Especialização. grande invernada de capim Jaraguá para a ali-
mentação do gado. Montaram-se também dois
LOTAÇÃO DE FUNCIONARIOS - O Sr. cataventos. No Posto Taunay, foi construída
Presidente da República aprovou a exposição uma escola, na aldeia Ipeguê, e reconstruído o
de motivos n.º 1 104 do D.A.S.P., publicada Postos dos índios Cadiueas, no sopé da Serra da
no Diário Oficial de 17 de abril último, favo- Bodoquena, tendo sido feitas uma casa num ex-
rável a solicitação do Ministério da Agricul- tremo de seus grandes campos e uma rodovia,
tura no sentido de serem os calculistas Orsino descendo a dita serra, de mais de seis quilô-
Aureliano Dias, Venâncio Gomes da Silva e 1netros. Construiram-se cêrcas de arame numa
Adalgisa Araújo Fonseca, e os observadores extensão de uns 20 Km. :Êsses campos compor-
meteorológicos Amador Reis, Esmerinda de Sou- tarão mais de 40 mil cabeças de gado. O gaso-
sa, Darci de Oliveira Miranda, Euclides da Silva gênio presta, alí, serviços da maior valia. A
IVIartins, Diana Rodrigues Pires Condeixa, Maria Quinta Inspetoria Regional conta mais de 4
Joàna da Costa e Maria José da Costa, lotados mil bovinos pertencentes aos índios. Foram
na séde do Servico de Meteorologia, postos à construídos sólidos e espaçosos edifícios para
disposição das dependências do Serviço de Me- escolas, enfermarias, depósitos, casa para em-
teorologia nos Estados do Rio de Janeiro e Pa- prega.dos e índios, nos Postos de Córrego Gran-
rá, São Paulo e Minas Gerais, devendo o prazo de, São Lourenço, Simões Lopes e Fraternidade
de afastamento ficar condicionado à relotação Indígena, num total de 1 317 ms' de área co-
numérica das repartições ou órgãos do Ministé- berta. Terminaram-se as instalações do Posto
rio da Agricultura que, para isso, deverá fazer Piebaga e outras no de "Simões Lopes" para a
proposta em caracter geral, antes de 31-12-43. criação de gado, tendo o Serviço adquirido 27
touros zebús, sendo de 3 mil cabeças o rebanho
existente. Mais de 36 000 metros de cêrca com-
Serviço de Proteção aos índios pletam o trabalho realizado.
Na Sétima Inspetoria instalam-se, no Posto
Mangueirinha, os currais, abrigos e outras de-
TRABALHOS E MELHORAMENTOS REA- pendéncias destinados à criação. Para a cul-
LIZADOS EM 1942 - A ação do govêrno sôbre tura irrigada do arroz, preparou-se os tabuleiros
os índios para a sua atração, assistência. educa- no Posto "Duque de Caxias". A Oitava Inspe-
cão e nacionalizacão, prossegue em lugares os toria adquiriu uma lancha motor, a óleo crú,
rnais distantes do ºterritório da República, atra- para carga e reboque no Rio Araragua e das
vés de 94 postos indígenas e turmas volantes, a Mortes.
cargo das Inspetorias Regionais do Serviço de Em junho de 1942, o Sr. Presidente da
Proteção aos índios, dirigido pelo Cel. Vicente República concedeu ao Serviço de Proteção aos
de Paulo Vasconcelos. Conta êste Serviço com a índios uma verba de 400 mil cruzeiros para a
colaboração do Conselho Nacional de Proteção constcucão do rodovia de Cuiabá a Vilhena e
aos índios, que funciona sob a presidência do 870 mil, e 600 cruzeiros para as instalações ser-
General Rondon. Com o apóio do Sr. Apolônio tanejas.
Sales, os trabalhos do Ministério da Agricultu-
ra, nesse sentido, foram granden1ente intensifi-
cados em 1942, apezar de difíceis e perigosos.
Na Primeira Inspetoria Regional (An1azonas e
Acre) foram definitivamente Instalados mais
três postos indígenas, o de Tiquié, o dos Tl!- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
clms (fronteira colombiana) e o de Cucu_1.
Instalou-se também um posto para a atracao
e pacificação dos índios de; Rio Cauaburia. Re- ENDEREÇOS TELEGRAFICOS DE VARIAS
orgar.i.zou-se a fazenda Sao Marcos, nos cam- REPARTIÇÕES - Estabelecendo código tele-
0os do Rio Branco, possuidora de 3 mil rêses. gráfico para designar os órgãos componentes do
:~ na1·egação e o serviço rádio-telegráfico fun- Ministério da Educação e Saúde, o titular dessa
cionararn regularmente. Na Segunda Inspetoria pasta baixou a Portaria n. 0 113, de 23 Gie janeiro,
Regional construiu-se a c::isa da administração publicado no Diário Oficial de 9 de fevereiro.
do Posto de Pucurui, com área de 209ms', de- De acôrdo com o item I da Portaria, a partir
vendo ser terminada a elo Posto de Marabá, de 1. 0 de março dêste ano os órgãos componen-
nlél!1 de dois pa ~.-Hhões para a instalação da tes do Ministério adotaram obrigatóriamente o
maquinária desfinada ao fabrico da farinha, código, elaborado em entendirr1ento con1 o De-
~lCÚCHl', ~1~C. partamento dos Correios e Telégrafos.
, No Posto Indígena de Nacionalizacão Oc símbolos telegráficos serão usados como
(PIN) Nisía Brasileira (Paraíba), IR 4, o Serviço enderêco e assinatura, e representarão se1npre
construiu um edifício para a sede do posto, com o diretor ou chefe da repartição destinatária
luz elétrica, bem como um pavilhão para de- ou sinatária do telegrama. Exemplo: do Recife:
pósito. "Edpsssoal-Rio DF - Remeti avião boletins re-
-- 6 -
82 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
forme edital n. 0 4, publicado no Diário Oficial e da_ instrução do Exército. A organização e a.s
de 11 de março último resolveu abrir novo con- funçoes do Conselho Superior de Guerra são
curso, na conformidade do disposto no decreto- reguladas por decreto especial .
-lei n. 0 5 108, de 17 de dezembro de 1942, para A Escola de Estado Maior e o Serviço Geo-
escolha de desenhos dos motivos simbólicos que gráfico e Histórico do Exército ficara1n subordi-
deven1 figurar no reverso das notas do papel- nados ao Chefe do Estado Maior do Exército e
-moeda a que se refere o art. do decreto-lei ao Secretário Geral do Ministério da Guerra
n. 0 4 791, de 5 de outubro d.e 1942, sendo: o Gabinete Fotocartográfico, que constitue un{
- notas de Cr$ 10,00 - Unidade Nacional; dos Serviços Auxiliares do Ministério.
- notas de Cr$ 20,00 - Proclamação da Re- Entre as Diretorias criadas, figura a de
pública; Engenharia (Serviço),
- notas de Cr$ 50,00 - Lei Aurea; O decreto-lei em aprêço foi publicado na·
- notas de CrS 100,00 - A Cultura Nacional; edi.ção do dia 12 do referido mês, do Diário
- notas de Cr$ 500,00 - Abertura dos Portos. Oficial.
O concurso ficou aberto durante 60 clias, MONUMENTO AOS HERóIS DE SÃO BOR-
a partir da data do edital de convocação dos J A - O sr. Ministro da Guerra, no dia 7 de
interessados, podendo concorrer artistas idôneos abril baixou o seguinte aviso, publicado no
de qualquer nacionalidade, exceto os súditos "Diário Oficail" de 9 do mesmo mês:
das naçôes que se acham em guerra com o "N. 0 892 - Considerando que o culto dos
Brasil. heróis e do passado deve ser sempre reavivado
Não serão aceitos trabalhos coloridos. Se- entre as novas gerações como exemplo de de-
rão distribuídos os seguintes prêmios em di- votamento à Pátria;
nheiro aos autores dos desenhos escolhidos para Considerando que os nomes daqueles que
cada valor: lutaram pela defesa da integridade territorial
aos classificados em 1.º lugar Cr$ 10 000,00; do Brasil devem ser perpetuados;
aos classificados em 2.º lugar Considerando que o melhor meio de perpe-
Cr$ 3 000,00; tuá-los é inscrevê-los no b:ronze dos monu-
aos classificados em 3. 0 lugar Cr$ 1 000,00. mentos;
Considerando que a heróica defesa da então
Diretoria das Rendas Internas do Tesouro vila de São Borja, no Rio Grande do Sul, por
Nacional ocasião da invasão paraguaia, a 10 de junho
de 1865, é uma página brilhante da nossa
INSTRUÇüES SôBRE O SERVIÇO DE FIS- história;
CALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO DOS TRIBUTOS Considerando, finalmente, que no páteo do
DE QUE TRATA O CóDIGO DE MINAS - O Quartel do Regimento João Manuel (2. 0 R.C.I.),
Diário Oficial da União, de 6 de abril, e o foi erguida, pela fé cristã de nossa gente, uma
Minas Gerais, órgão oficial do Estado de Minas, tosca cruz de madeira de lei que recorda o
em suas edições de 16 do mesmo mês, publicam, local exato onde se feriu o principal combate
na íntegra, a circular n.º 11, de 27 de março, durante a invasão,
do sr, Diretor das Rendas Internas do Tesouro Resolvo:
Nacional, baixando instrucões relativas ao ser-
viço de fiscalização e arrêcadação dos tributos 1. 0 Mandar construir um pedestal quadran-
de que tratam o Código de Minas e o Decreto- gular de granito, no páteo do Quartel do refe-
-~ei n. 0 466, de 4 de junho de 1938, que dispõe rido Regimento, sôbre o qual será fixada a cruz
sobre a garimpagem e o comércio de pedras aludida, devendo em cada um dos lados do
prec10sas. pedestal ser colocado um escudo de bronze
Cabe à Diretoria das Rendas Internas fisca- com os nomes dos mortos no campo da honra,
lizar e orientar a arrecadacão dos tributos de feridos em combate, elogiados e condecorados,
que cogitam os Decretos-leis n.º 1 985, de 29 de conforme a planta apresentada pelo Gabinete
janeiro de 1940; 5 247, de 12 de fevereiro de Fotocartográfico.
1943; e 466, de 4 de junho de 1938, exercendo-a 2. 0 Designar para se encarregar da execucão
diretamente ou por intermédio das Delegacias dêsse monumento e assistir à sua inauguraÇão
Fiscais e no Estado de Minas Gerais, também co1no meu representante, o Exmo. Sr. general
pelo Superintendente designado de acôrdo com · Emílio Fernandes de Sousa Doc:i, que fará todo
o Decreto-lei n.º 5 247. o possível para inagurá-lo a 10 de junho do
A sede da Superintendência será na capital corrente ano.
do Estado de Minas Gerais.
DIVISÃO TERRITORIAL MILITAR DOBRA-
SIL - SERVIÇO GEOGRAFICO E HISTÓRICO
DO EXÉRCITO - O sr. Presidente da Repú-
blica, no dia 12 de abril dêste ano, assinou na
MINISTÉRIO DA GUERRA pasta da Guerra, o Decreto-lei n. 0 5 388, publi-
cado no Diário Oficial de 16 do mesmo mês, o
LEI DE ORGANIZACAO - O sr. Presidente qual atuallza disposições da lei de organização
da República, no dia 10 de março último, as- dos quadros e efetivos do ;:>;xército ativo con-
sinou o Decreto-lei n.º 5 311, Lei de Organiza- tidas no Decreto-lei n. 0 556, de julho de 1938.
ção do Ministério da Guerra, o qual atualiza De conformidade com o artigo 1.º - Tí-
disposições contidas no Decreto-lei n.º 279, de tulo I - que trata da Divis'.\o Territorial Mi-
16 de fevereiro de 1938, que fica assim revo- litar - o território nacional, de acôrdo com
gado. De acôrdo com o urtigo 1.º, parg, o desem- o artigo 5. 0 da Lei de Organização do Exército,
penho de suas funções, o Ministro da Guerra é dividido em 10 Regiões Militares, assim cons-
dispõe dos seguintes órgãos, sob sua autoridade tituídas:
imediata: 1.ª R.M. - Distrito Federal e Estado do
Gabinete do Ministrn da Guerra; Rio de Janeiro.
Estado Maior do Exército; 2.ª R.M. - São Paulo.
Secretaria Geral do Ministério da Guerra; 3? R.M. - Rio Grande do Sul.
Inspetorias e Diretorias. 4." R.M. - Minas Gerais, Espírito Santo e
Goiaz.
O Ministro da Guerra é o presidente do 5.ª R.M. - Paraná e Santa Catarina.
Conselho Superior de Guerra, ao qual apresen- 6.ª R.M. - Baía e Sergipe.
ta, para estudo e parecer, as qüestões relativas 7.ª R.M. Ala ~~oas, Pernambuco, Paraíba,
aos p1a.nos de operações e as bases gerais da Rio Grande do Norte e Fer-
organização do equipamento, da mobilização nando de Noronha,
86 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
ção de um corpo técnico superior para o futuro, O Sr. Emídio Ferreira entende que será
pondo-os já em contacto com os diferentes pro- suficiente um ano e meio de curso intensivo
blemas das estradas de ferro. e o Sr. Macedo Soares, que é melhor examinar
as cadeiras em primeiro lugar; provàvelmente
CURSOS DE PROSPECTORES DE MINAS, haverá indicação de cadeiras diferentes entre
CAPATAZES E MESTRES METALÚRGICOS E uns e outros e, depois de se ajustarem as
DE ENGENHARIA DE MINAS E METALURGIA cadeiras, tratar-se-á do tempo. O Sr. Renato
- Na sessão do Conselho Nacional de Minas e Feio lembra que se faça um curso na Escola
Metalurgia, realizada no dia 4 de fevereiro, Técnica do Exército, no Hio, e um outro no
conforme ata publicada no Diário Oficial de Instituto de Pesquisas, em São Paulo.
2 de abril, o Conselheiro sr. Emídio Ferreira, O Sr. Fonseca Costa sugere que os elemen-
a propósito da criação dos cursos de prospecto- tos solicitados pelo Sr. Alves de Sousa poderão
res de minas, capatazes de minas e mestres ser apresentados e discutidos na sessão próxi-
metalúrgicos e outro de aprendizado de mine- ma, devendo ser examinado, em primeiro lu-
ração, con1unicou que, de acôrdo com a de- gar, o que é preciso exigir para a formação
signação do sr. ministro-presidente do Conselho de um· engenheiro de minas e, depois, o tempo
se entendera com o Ministério da Educação, necessário para êsse fim, o qual não convém
tendo apresentado ao respectivo titular as con- seja longo, de vez que se trata de um curso
siderações que julgou oportuno fazer a res- de emergência, de caráter prático.
peito e transmitidas ao sr. ministro-presidente Na sessão de 25 de fevereiro, o conselheiro
para seu exame. Sr. Emídio Ferreira procede à leitura do_ tra-
Na sessão do Conselho, levada a efeito no balho que elaborou coino subsidio ao projeto
dia 11 do referido mês de fevereiro, o conse- de decreto-lei a ser organizado sôbre a criação
lheiro sr. António Alves de Sousa, referindo-se de novos cursos de engenheiros de minas, a
à resolução do Conselho designando-o para, em respeito do qual se pronunciam os Srs. Fon-
comissão com o seu colega Othon Henry Leo- seca Costa, Renato de Azevedo Feio, Alves de
nardos, para elaborar e apresentar ao seu exame Sousa e Othon Leonardos, sendo· interrompida
e deliberação um projeto de decreto-lei sôbre a a discussão do assunto, afim de ser ouvida a
criação de novos cursos de engenheiros de palavra do engenheiro Amintas Jaques de Mo-
minas e metalurgia, comunica que recebera de rais, que, a convite do Conselho, vinha fazer
São Paulo uma moção dos engenheiros dêsse uma exposição relativa aos planos da Com-
Estado, acompanhada de uma justificação e panhia Níquel Tocantins, de que é vice-pre-
de um quadro comparativo dos cursos e das ' sidente.
disciplinas nas Escolas Nacional de Engenha- Terminada a exposição do engenheiro Amin-
ria do Rio de Janeiro, Minas e Metalurgia de tas de Morais voltam a debate as sugestões do
Ouro Preto e Politécnica de São Paulo, con- Sr. Emídio Ferreira para os novos cursos de
gratulando-se com o Conselho por essa ini- engenheiros de minas, no qual também toma
ciativa e apresentando sugestões a respeito, e, parte aquele engenheiro, aquiescendo à solici-
ainda, telegramas dos Srs. Aníbal Mendes Gon- tação do Conselho.
çalves, presidente do Instituto de Engenharia Por fim, é adiada a discussão da matéria
de São Paulo, e Adriano Marchini, diretor do até que sejam presentes ao Conselho as suges-
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do mesmo tões dos Srs. Fonseca Costa e Othon Leonardos,
Estado, hipotecando sua solidariedade à moção para serem apreciadas em conjunto com as do
e encarecendo a urgente necessidade de ser professor Emídio Ferreira.
convertido em lei aquele projeto para o pro- O Sr. Othon Leonard os, na sessão levada
gresso das indústrias mineiro-metalúrgicas que a efeito no dia 4 de março, apresenta suas
está dependendo do aproveitamento de nume- sugestões ao projeto referente aos novos cursos
rosos técnicos especializados. Procede à leitura de engenheiros de minas, tendo sido distri-
dêsses documentos e propõe que os mesmos buídas cópias dessas sugestões aos demais con-
sejam dados à publicidade, no que é apoiado selheiros para seu estudo e pronunciamento.
pelo Sr. Fonseca Costa, sendo aprovada a O assunto continuou, todavia, em discussão,
proposta. através dêsse trabalho e do que fôra submetido
O Sr. Othon Henry Leonardos apresenta, à consideracão do Conselho, na sessão transata,
também, um telegrama que, em idênticos têr- pelo Sr. E,;,,ídio Ferreira, sendo, afinal, resol-
mos ao enderecado ao Sr. Alves de Sousa, lhe
foi dirigido pelo Sr. Adriano Marchini, diretor vido designar o Sr. Macedo Soares para, em
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Es- nome do Conselho, entender-se com os generais
tado de São Paulo. ministro da Guerra e inspetor do ensino do
O Sr. Macedo Soares emite sua opinião sô- Exército e, conhecido o resultado dêsse entendi-
bre o curso de engenheiro de minas, achando • mento, voltar à matéria a debate para a sua
curto o prazo de u1n ano para a formação, no definitiva solução.
mesmo, dos engenheiros civís, por serem pe- Dando resultado do entendimento que teve
quenos os conhecimentos dêstes em química, no Ministério da Guerra, o Sr. Macedo Soares,
física, metalurgia, siderurgia, metalografia, etc. na sessão de 5 de março, comunica que ficara
e, em seguida, faz considerações em tôrno dos
cursos da Escola Técnica do Exército e da falta assentado que as autoridades daquele Minis-
de professores. tério acolheriam com tôda a simpatia qualquer
O Sr. Emídio Ferreira pede que lhe sejam solicitação do Conselho no sentido da proposta
fornecidas cópias dos documentos lidos pelo apresentada.
Sr. Alves de Sousa, afim de transmiti-los à Na sessão do dia 11 de março, o Sr. Macedo
Congregação da Escola de Minas e Metalurgia. Soares ocupou, por algum tempo, a atenção do
Na sessão realizada no dia 18 de fevereiro, Conselho com a leitura e apreciação do pro-
o sr. Alves de Sousa, ainda sôbre o mesmo grama dos cursos de engenharia da Esc9la
assunto, lê um telegrama que lhe foi dirigido Técnica do Exército, apresentando sugestoes
pelo Sr. Valdemar Lefévre, diretor do Instituto para a organização do proJeto em aprêço, as
Geográfico e Geológico de São Paulo, hipote- quais, long11mente debatidas pelo seu autor e
cando sua solidariedade à moção que há dias professores Emídio Ferreira e Fons~ca Costa,
recebera dos engenheiros daquele Estado e en- ficaram para ser novamente exammadas na
carecendo a urgente necessidade da realização próxima sessão, convocada para o dia seguinte.
da medida. Nessa sessão, do dia 12 o Sr. Macedo Soa-
Pede ainda ao Conselho que lhe forneça res prossegue em suas considerações dizendo
elementos para poder preparar o projeto em d.a boa organização dos progran1as apresenta-
aprêço, notadamente quanto ao tempo de cada dos pelos Srs. Emídio Ferreira e Othon Henry
curso de mineracão e metalurgia e às cadeiras Leonardos, aos quais dará sua colaboração com
que deverão constituir êsses cursos. o dos cursos da Escola Técnica do Exército,
90 •
BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
afim de que, elaborado o definitivo, possa o exemplar será oportunamente remetido a todos
Conselho dirigir-se ao Ministério da Guerra e os colecionadores de selos do Brasil, que en-
pedir o seu apôio para a execução da medida. contrarão para as suas coleções, uma oportuni-
O Sr. Emídio Ferreira faz um estudo com- dade única da mostra do elevado grau de adian-
parativo do seu trabalho com o c'.o Sr. Othon tamento da nossa filatelia. A série dos selos co-
Leonardos, apreciando as sugestões oferecidas men:.ora tivos constituir-se-á de três valores, com
pelos Srs. Fonseca Costa, Alves de Sousa, Ma- a efigie do imperador D. Pedro II. Pretende-se
cedo Soares e Renato Feio sôbre as denomina- ainda emitir-se um "bloco" contendo um dos
ções das cadeiras que deverão constitufr. o cur- selos da série, todos ilnpressos e gravados pelo
so, ficando deliberado que o Sr. Emid10 Fer- processo de "talhadoce". Haverá também ca-
reira se encarregaria da redacão dPfiniti'va do rimbos especiais da exposição e do congresso,
projeto de decreto-lei a ser submetido à consi- para obliteração dos selos comemorativos, cujo
deração do Govêrno. aspecto imita o dos usados em 1843, pelo Cor-
reio Geral da Côrte, sôbre os "olhos de boi".
Estrada de Ferro Central do Brasil Os colecionadores de todo Brasil que dese-
jarem regulamentos e outros informes sôbre
85.º ANIVERSÁRIO DE INAUGURAÇÃO os grandes certames filatélicos de agôsto próxi-
A Estrada de Ferro Central do Brasil festejou mo, podem dirigir-se ao Clube Filatélico do
no dia 29 de março o 85. 0 aniversário de sua Brasil (Caixa Postal 195), nesta capital.
inaguracão. No programa comemorativo figu- As festas comemorativas tên1 como presi-
raram â inauguração do grande relôgio colo- dente de honra o Presidente da República, e
cado na tôrre do novo edifício, o qual é um como patronos os ministros da Viação, Fazenda
dos maiores· do mundo; inauguração do trecho e Educação, prefeito do Distrito Fed,eral, dire-
eletrificado, de Nova Iguassú até Morro Agudo; tores da Casa da Moeda, Departamento de Im-
e uma exposição retrospectiva dos empreendi- prensa e Propaganda, da Imprensa Nacional, e
mentos realizados pela Estrada durante os 85 todos os presidentes das Sociedades Filatélicas
anos de atividades. Na exposição, que teve do Brasil.
lugar no "ha!l" da Estação D. Pedro II, figura- A comissão encarregada de elaborar o pro-
ram a mesa em que foi assinado o contrato grama das comemorações, está assim consti-
entre o govêrno imperial e a Companhia Estrada tuída: presidente, major Landrí Sales Gonçal-
de Ferro D. Pedro II, em cuja cerimônia esti- ves; vice-presidente, Alfredo Avelmo Pinto Gui-
veram presentes pela Estrada os Srs. Caetano marães Júnior; secretário, Hugo Fracaroli; te-
Furquim de Almeida, João Batista da Fonseca, soureiro, Frederico de Albuquerque; assistente•,
J. C. Mayrink e Militão Máximo de Sousa, sendo Major Mirabeau Pontes, tenente Alexandre da
que sua incorporação ao patrimônio nacional Costa, Rogério Gonçalves da Mota e Mârio
verificou-se em 10 de julho de 1864; o livro em Dóglio.
que foi lavrada a ata do contrato em aprêço
e o livro-caixa em que foi feita a primeira EMISSÃO DE SELOS COMEMORATIVOS DO
escrituração. do movimento da Estrada. Gran- IV CENTENÁRIO DO DESCOBRIMENTO DO
des quadros e painéis fora.m expostos, bem as- RIO AMAZONAS - No dia 12 de junho foi
sim os primeiros trilhos assentados no leito posta em circulação uma emissão de 1 000 000
da via-férrea e as primeiras ferramentas usa- de selos da taxa de Cr$ 0,40 (quarenta cen-
das naquela época. Tôda a iluminação do re- tavos), destinada a comemorar o IV Centenário
cinto da exposição foi fornecida por gasogênio. do Descobrimento do Rio Amazonas.
São características do sêlo em aprêço: Di-
MUSEU FERROVIÁRIO - Em vista do êxito mensões - 0,029m de comprimento por 0,018m
alcançado pela exposição retrospectiva da Cen- de largura; formato - retangular; côr - ver-
tral do Brasil, levada a efeito em comemoração melha mineral; motivo - sôbre fundo branco,
do 85.º aniversário de sua fundação, no representação cartográfica do curso do Rio
edifício da Estação Pedro II, o diretor da- Amazonas e1n território brasileiro, com seus
quela ferrovia, major Alencastro Guimarães, principais afluentes das margens direita e es-
resolveu instalar um museu em que sejam ex- querda; dizeres - todos em branco, sôbre fun-
postos, permanentemente, documentos e todo do da própria côr do sêlo: ao alto, em duas
o ma teria! de valor histórico, pertencente ao linhas "IV Centenário dd Descobrimento do
patrimônio da Central, e através do qual possa Rio Amazonas"; no ângulo esquerdo inferior,
ser exibido o desenvolvimento de seus serviços em duas linhas, dentro de um retângulo ver-
desde a fundação até nossos dias. melho mineral "40 centavos" e na base do sêlo
O museu será o primeiro no gênero em "Brasil Correio". Ao alto, à esquerda, também
tôda a América do Sul. em duas linhas separadas por um traço hori-
zontal, as datas "1542-1942".
Departamento dos Correios e Telégrafos A emis~ão foi impressa pela Casa da Moeda,
1.º CENTENÁRIO DO PRIMEIRO SJl:LO pelo processo tipográfico, tendo sido utilizado
EMITIDO NO BRASIL - Transcorrendo a 1.º papel gomado com a filigrama "Brasil Correio".
de agôsto próximo, o centenário da emissão
do primeiro sêlo postal brasileiro, o major Serviço de Navegação da Bacia do Prata
Landrí Sales, diretor geral dos Correios e Telé-
grafos, determinou dar o cunho oficial às co- DECRETO DE SUA CRIAÇÃO - O Sr. Pre-
memorações daquele acontecimento. sidente da República, no dia 16 de fevereiro,
Uma comissão já está em atividade, reü- assinou, nas pastas da Viação e da Fazenda,
nindo-se periódicamente no edifício dos Cor- o Decreto-lei n. 0 5 252, publicado no Diário
reios e Telégrafos, e, em esforços conjugados, Ojicial de 18 daquele mês, instituindo com
êsse Departamento e o Clube Filatélico do Bra- personalidade própria, de natureza autárquica,
sil, procuram dar às comemorações o maior o Serviço de Navegação da Bacia do Prata.
brilhantismo.
As festas co1uen1ora tivas constaráo de uma Prefeitura do Distrito Federal
Exposição Filatélica Nacional, a inaugurar-se a
1.º de agôsto, da realização do III Congresso LIVRO SôBRE A CIDADE DO RIO DE JA-
Filatélico Nacional, que se retinirá nos dias 5 NEIRO - Convocada pelo prefeito Henrique
e 6 de agôsto; emissão de selos postais e Dodsworth, realizou-se no dia 6 de abril, em
cunhagem de moedas comemorativas, publica- seu gabinete de trabalho, no edifício da ex-
ção de um catálogo completo, oficial, dos selos tinta Câmara Municipal, uma reünião afim de
do Brasil. A exposição obedecerá a um regula- ser estudada a publicação oficial de um livro
mento cuja elaboração está sendo feita. Um sôbre a cidade do Rio de Janeiro.
NOTICIARIO 91
Instituições particulares
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS das aplicações industriais, a co1neçar pelas cen-
trais termo-elétricas de que existem várias
CARVÃO NACIONAL LEISHMANIOSE no País.
EXPERIMENTAL EM MACACOS - ESTUDO Passando à ordem do dia teve a palavra
SôBRE ELETRETOS - NOVO MÉTODO PARA o Sr. Aristides Marques da Cunha que passou
INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL DOS ELE- a discorrer sôbre infecções experimentais pela
TRETOS - SôBRE A ELETRIZAÇÃO DA CERA L. brasiliensis.
DE CARNAÚBA SOLIDIFICADA NA AUSÉNCIA A seguir, o Sr. B. Gross faz sua comunica-
DE CAMPO ELÉTRICO EXTERIOR - PODER ção sôbre eletretos ou corpos que produzem,
EROSIVO DAS PôLVORAS SEM FUMAÇA - permanentemente, campos elétricos. O estudo
Presentes os Srs. Artur Moses, presidente, F. dos eletretos apresenta interêsse pelas conclu-
Radler de Aquino, vice-presidente, J. Costa Ri- sões que per1nite tirar sôbre as propriedades
beiro e F. M. de Oliveira Castro, 1.º e 2. 0 secre- dielétricas dos sólidos e pelas aplicações técni-
tário, Mário da Silva Pinto, tesoureiro, Matias cas dêstes corpos. Uma série de pesquisas siste-
Roxo, Aristides Marques da Cunha, Alfredo máticas realizadas nos últimos meses nos labo-
Schaeffer, J. Frazáo Milanez, B. Gross, Eugênio ratórios do Instituto Nacional de Tecnologia
Rangel, Olímpio da Fonseca, Gustavo de Oli- traz novos esclarecimentos ao assunto. O tra-
veira ·Castro e Sílvio Fróis Abreu, reüniu-se balho obedeceu à seguinte ordem: Histórico e
em abril último, em sessão ordinária, a Acade- bibliografia - efeitos dia-elétricos e efeitos
mia Brasileira de Ciências. Justificaram a au- para-elétricos - homocargas e heterocargas -
~ência os Srs. Al varo Alberto, Meneses de Oli- corrente de polarização dia-elétrica e para-elé-
veira, Inácio Amaral, Carneiro Filipe e Carlos trica em condensado,res - analogia entre ele-
Chagas. treto e acumulador. Um relatório completo
Por proposta do Sr. Olimpio da Fonseca sõbre o trabalho será publicado nos Anais da
e Melo Leitão, foram aprovacios votos de pesar Academia.
J)elo falecimento do acadêmico Cardoso Fontes , Comentando essa comunicação o acadêmico
e do membro correspondente Carlos Porter. Joll Costa Ribeiro chamou a atenção da Academia
Ainda na hora do expediente, o Sr. Melo pàra os importantes resultados obtidos pelo
Leitão pediu e obteve a aprovação de um voto Sr. B. Gross nessas pesquisas em que se eviden-
de apôio da Academia às comemorações do ciam nos dielétricas comportamentos para-elé-
centenário de Pedro Américo, um dos maiores tricos e dia-elétricos, formalmente análogos aos
artistas nacionais, cujo interêsse pelo estudo comportamentos para-magnéticos e dia-magné-
das ciências era bem conhecido. ticos. Mostrou ainda como essas investigações
O Sr. Matias Roxo, fêz em seguida consi- contribuem para esclarecer aspectos fundamen-
derações sôbre a conferência do engenheiro Fer- tais dos fenômenos observados nos eletretos e
nando Martins Pereira de Sousa sôbre a Hulha cuja interpretação era, até agora, pouco sa-
Nacional, conferência essa realizada na Di- tisfatória.
visão de Aperfeiçoamento do D.A.S.P. em Salientou por fim o in terêsse especial que
nns do ano último, mas de que só teve apresenta a determinação simultânea das cor-
conhecimento pelo folheto impresso enviado à rentes e densidades superficiais, que permitiu
Diretoria da Divisão de Geologia e Mineralogia. a B. Gross demonstrar experimentalmente a
por cujo expediente acha-se respondendo, em existência de fenômenos de condução nos
vista de achar-se ausente o Diretor, dirigindo eletretos.
serviços de mineração de carvão no Sul do A seguir, os acadêmicos B. Gross e J. Costa
País. Acha altamente interessante e concorda Ribeiro apresentaram um trabalho em cola-
in totum com o conferencista, lamentando en- boração "sôbre um novo método para a inves-
tretanto que não houvesse sido lembrado pelo tigação experimental dos eletretos".
conferencista e seus debatedores o fato de já O referido método baseia-se na determi-
ter sido o assunto cabalmente ventilado pelo nação das cargas elétricas induzidas em arma-
saüdoso professor Orville A. Derby, em artigo duras móveis localizadas a diferentes distâncias
inserto no Jornal do Comércio de 24 de abril das duas faces "tio "eletreto", tornando possível
de 1912, de que lê os trechos mais incisivos, tirar conclusões, não só sôbre o valor das densi-
artigo êsse que se encontra reproduzido no Bo- dades elétricas superficiais, como também sô-
letim do Ministério da Agricultura, Ano IV, bre a variação do campo elétrico nas vizinhan-
n. 0 3, Julho a Dezembro de 1915, págs. 123-124. ças do "eletreto". bem como sôbre a distri-
Termina por considerar não ter razão um buição interna das cargas elétricas no "ele-
dos debatedores, o Sr. Sílvio Fróis Abreu, treto". Tal método constitue assim uma espécie
ao afirmar ter receio em dizer diante de cer- de "sondagem externa" em oposição aos mé-
tos estrangeiros ser o combustível riograndense todos normais de "sondagem interna" ou de
"carvão". A êsse respeito faz ressaltar o Sr. "raspagem" e "corte" que têm sido emprega-
dos por outros investigadores e que podem al-
Matias Roxo que com a palavra coai, cuja terar, mais ou menos profundamente, a própria
tradução fiel em língua nacional é "carvão", -é distribuição das cargas que se pretende estudar.
como tem designado os carvões das formações O método proposto tem, entre outras, a
gondwânicas todos os geólogos inglêses e ame- vantagem de não destruir o corpo de prova
ricanos. Acha assim ser sempre preferível acei- utilizado.
tar a designação dos geólogos anglo-saxónicos, Os autores ilustram sua exposição com de-
pois são êles que melhor e mais intensamente monstrações experimentais, utilizando um apa-
têm estudado êsses carvões, pelo simples fato rêlho para tal fim construido no Laboratório
de ser em territórios do Império Britânico onde de Física Experimental da Faculdade Nacional
mais são encontrados (Africa Austral, índia, de Filosofia da Universidade do Brasil.
Austrália). Discorda ainda do Sr. Sílvio Fróis Finalmente o acadêmico J. Costa Ribeiro
Abreu quanto à fórmula apresentada para fêz uma comunicação "sôbre a eletrização da
obtenção do valor do carvão brasileiro, pois de cera de carnaúba solidificada na ausência de
sua aplicação verifica-se ser mais valioso o ca1npo elétrico exterior".
carvão de São Jerônimo do que o de Cresciúma, Depois de se referir aos trabalhos de Eguchi
o que não é exato. e Gemant sõbre a formação de "eletretos" por
Conclue lamentando que ao fim de trinta solidificação da cêra de carnaúba sob a ação
anos ainda estejamos no período das experiên- de campós elétricos intensos, o autor apre-
cias, fazendo votos para que da conferência do sentou os resultados de experiência por êle
Sr. Pereira de Sousa resulte, afinal, o inicio realizadas, pelas quais se verifica que discos de
92 BOLETIM DO CONSELHO NACION,AL DE GEOGRAFIA
cêra de carnaúba solidificados sôbre placas de mais tarde substituída pela de R. Perrier, já
vidro e na ausência de qualquer campo elétrico, os vossos compêndios adotavam a inais moder-
apresentam, ao serem destacados da placa de na de Clauss Robben e substituíam os exemplos
vidro, densidades elétricas superficiais da mes- tirados a livros estrangeiros, por outros de
ma ordem de grandeza que as que tem sido nossa flora e fauna, dando assim às descrições,
obtidas com "eletretos" formados sob a ação de outro interêsse e ao estudante o gôsto pelo
campos elétricos de 10 000 volts por centímetro. estudo da natureza.
Não só a face do disco de cêr8, solidificada Em outros de divulgação científica, tais,
em contacto com o vidro, mas ta1nbé1n a super- A Vida nas Selvas a Zoogeografia do Brasil
fície livre, solidificada em contacto com o ar, e a "A Vida Maravilhosa dos animais", convidais
apresentam altas densidades elétricas super- à observação de animais e plantas no seu
ficiais que podem ter sinais opostos e valores habi.tat e costumes, substituindo por estudo
absolutos diferentes. movimentado e agradável a árida descrição dos
O autor apresentou ainda curvas experi- gabinetes.
mentais dos valores das densidades elétricas Na História da Biologia tornais accessíveis,
superficiais medidas nas duas faces do disco, completando-os, dados existentes em publica-
bem como da carga resultante total, mostran- cões raras e dispersas na !itera tura de várias
do como evoluem êsses valores em função do Íinguas e na História das expedicões cientí-
tempo. ficas ao Brasil fazeis o comentário dos informes
Mostrou também curvas obtidas experimen- botânicos e zoolôgicos, contribui<:ão dos diver-
talmente, dando os valores de carga elétrica sos naturalistas que vieram ao Brasil, permi-
induzida em armaduras móveis, em função da tindo a identificacão das espécies, práticas em
distância dessas armaduras às faces do disco geral, difícil, pelo' laconismo das descrições e
de cêra de carnaúba, eletrizado pelo processo nomenclatura obsoleta.
indicado, e comparou tais resultados com os No conhecimento metódico das espécies de
obtidos com discos de colofônio submetidos a Aracnidas em que correstes tôdas as fases de
processo análogo, mas solidificados sôbre mer- zoôlogo de raça, primeiro no estudo sistemático,
cúrio e não sôbre vidro. onde Hoffmann, no VII Congresso Internacional
A comunicacão foi também ilustrada com de Entomologia, vos considera o melhor conhe-
demonstrações experimentais. .. cedor de aranhas sul americanas, depois nos
O Sr. Alvaro Alberto, nessa mesma sessaa aspectos filogenéticos, em que Allan Archer, do
prosseguiu na série de comunicações sôbre o Museu do Alabama, referindo-se a vossos tra-
poder erosivo das pól varas sein fumaça. balhos sôbre zoogeografia, escreve: "Estou de
pleno acôrdo com a vossa disposição de famí-
POSSE DA NOVA DIRETORIA - No dia lias. Vosso plano para a divisão das superfa-
11 de maio, efetuou-se a sessão solene de posse mílias vem ao encontro da minha opinião, pois
da nova· Diretoria da Academia, eleita na sessão estou plenamente interessado nos Argiopoidea,
realizada no dia 27 de abril. Estiveram pre- Dictynoidea, Dysderoidea e Scytodoidea".
sentes os Srs. Artur Moses, presidente, Radler Já não era mais o simples conhecimento
de Aquino, vice-presidente, Glycon de Paiva, das espécies, mas a relação entre estas e õs
secretário geral, Costa Ribeiro, 1.. 0 secretário, gêneros que vos ocupava a atenção e a propó-
Mário da Silva Pinto, tesoureiro, e os seguintes sito Koloswary, do Museu de Budapeste, quali-
acadêmicos: Alfredo Schaeffer, Frazão Milanez, fica êsses trabalhos sõbre filogênese, dos me-
Mário de Brito, Artur do Prado, Lauro Travas- lhores até àquela data publicados.
sos, Maurício Joppert, Bernardo Grosso, Melo De vossa monografia sôbre as Theraphosidéa
Leitão, Alvaro Alberto, Meneses de Oliveira, do Brasil na Revista do Museu Paulista, afir-
Carlos Chagas Filho, Gustavo Oliveira Castro, ma Petrunkevitch que fostes o primeiro a colo-
Olímpio da Fonseca Filho, Costa Lima e Car- car em mãos de estudiosos, volumoso e com-
neiro Filippe. pleto tratado sàbre o asunto e os vossos Opi-
O presidente declarando aberta a sessão, deu liões do Brasil ainda em São Paulo publicados,
posse á nova diretoria da Academia, para o são largamente citados na clássica obra de
biênio 1943-1945 e cujos membros são os se- Roewer.
guintes: Cândido Melo Leitão - Presidente; Zoogeôgrafo e ecologista, ninguém melhor
Carneiro Filipe e Frazão Milanez - Vice-Pre- para aquilatar de vosso mérito que Cabrera e
sidentes; Olímpio da Fonseca F - 0 Secretário Yepes, autoridades das maiores que, em Trata-
Geral; Mário da Silva Pinto - 1. 0 Secretário; do sõbre os Mamiferos Sul Americanos, assim
Matias Roxo - 2. 0 Secretário; Artur do Prado se externam: "Para o resto da América do Sul,
- Tesoureiro. acreditamos muito oportuno, tomar em boa
Falou o prof. Artur Moses que pronunciou consideração o interessante trabalho do conhe-
um discurso de saüdação ao novo presidente, cido entomôlogo brasileiro Melo Leitão, sàbre
prof. Melo Leitão, no qual recordou os traba- a distribuição das aracnidas daquela porção
lhos científicos empreendidos pelo mesmo. da América, pois o autor esboça cinco divisões
Referindo-se aos cargos ocupados pelo prof. que caracterizam zonas, e vários outros cujos
Melo Leitão, à.isse o orador: limites coincidem com a formacão de ambientes
"Não alonga.rei a lista dos cargos que ilus- muito característicos e distribu\ção comprovada
trastes, nem os vossos títulos e comissões, afim para certas espécies de mamíferos.
de não prolongar a impaciência do auditório Finalmente da importãncia de vossos tra-
interessado em escutar a vossa alocucão. balhos para a aracnologia moderna, dizem os
Assinalo sàmente aqueles em que vos sa- autores dos grandes tratados de Kukentnal e
lientastes zoólogo e professor, fazendo discí- Krumbach, Bronns e Petrunkevitch.
pulos que continuam a vossa obra, no Museu Dos duzentos ou mais trabalhos em revistas
Nacional, onde durante seis anos dirigistes a ou apresentados a congressos científicos, 180 o
Secção de Invertebrados, no Instituto de Edu- são de vossa especialidade e, dêsses, receberam
cação, onde dirigistes a cátedra de Biologia nossos Anais cinqüenta deles, o que prova a
Geral e na Faculdade de Filo.sofia da Universi- vossa predileção entre as várias publicações
dade do Brasil, em que inaugurastes o curso científicas que vos disputan1 a colaboração."
de Zoologia, fazendo-vos suceder por discípulo
dos mais caros. A seguir, discursou o prof. Melo Leitão,
Desde a vossa tese inaugural, contam-se salientando a atuação dos cientistas e pondo
por duas dezenas vossos livros publicados, vários em destaque a contribuição dos zoôlogos:
deles didáticos, dos melhores manuseados por
colegiais de curso secundário e superior, e que, "O momento é dos cientistas. Ainda há
todos êles, se caracterizam pela sua atualização, poucos áias o Ministro do Exterior da Inglater-
pois ao ten1po em que os autores brasileiros ra, Sr. Anthony Eden, afirmava em uma de
se satisfaziam coin a classificação de Cuvier, suas notáveis alocuções no Canadá que, quando
NOTICIARIO 93
3e escrevesse a história desta guerra, seria par- nas de malária. Cabe ao zoólogo, pelo estudo
ticularmente sublinhado o apôio que Churchill, da respectiva fauna, dizer se há a temer nesta
o gigante da democracia, dava à ciência. É real- ou naquela zona o aparecimento ou ocurrência
mente extraordinário o esfôrço despendido pe- de determinadas enfermidades. Aedes = febre
los ho1nens de ciência para a vitória final. amarela urbana; anofelinas impaludismo;
Já não quero falar nos progressos e aper- flebótomos = leishmanioses; triatominas
feiçoamentos trazidos aos engenhos bélicos, a = doença de Chagas; australorbis = esquisto-
precisão dos cálculos balísticos, à descoberta
de novos explosivos ou de novas substâncias rnmose americana têm o rigor de fórmulas
químicas, em tôdas essas invenções, cm su1na, 1natemáticas.
que veem contribuindo para maior eficiência O estudo da ecologia do Anopheles gambiae,
da ação destru!dora das fôrças armadas. Mas feito por zoólogos brasileiros, deu lugar a essa
é justo reconhecer que a guerra, com seu tris- vitória, considerada quase impossível, da ex-
tíssimo cortejo de desgraças é, apesar de tudo, tinção total do perigosíssimo mosquito afri-
a inspiradora imediata de novas e interessan- cano no Nordeste, façanha que, segundo o voto
tes pesquisas, cujas aplicações, quando voltar solene da última Conferência Sanitária Pan
a paz, serão das mais úteis para a humanidade. Americana, "den1onstra o que se pode esperar
As rádio-comunicações afinadas como sensi- da cooperação inter-american9, e faz jus à gra-
bilíssimos instrumentos de orquestra, as novas tidão de todos os países do Continente".
substâncias plásticas, os combustíveis sinté- O conhecimento do ciclo evolutivo dos ver-
ticos, os modernos processos de conservação mes parasitas é o primeiro passo para que se
dos alimentos, a transfusão de sangue à dis- apaguem, em futuro não remoto, os nomes de
tância, para citar apenas algumas das con- muitas enfermidades das estatísticas noso-
quistas mais frizantes, muito contribufrão para Iógicas."
o bem estar das novas gerações.
Se é monstruoso procurar, em tempos de REFORMA DOS ESTATUTOS - O Diário
paz, descobrir elementos de extermínio com Oficial de 4 de fevereiro, publicou o extrato
os quais se levem a desolação e a dôr aos dos estatutos da Academia Brasileira de Ciên-
povos pacíficos e ordeiros, não menos conde- cias, após a reforma recentemente aprovada.
nável é, nos dias de luta, quando a pátria e A Academia compor-se-á "de duas catego-
a civilização estão em perigo, querer isolar-se rias de Membros Efetivos, que não responderão
e, nesse egoísmo mórbido do autor de Jean subsidiàrian1ente pelas obrigações contraídas
no nome da Academia: - Membros Titulares,
Christophe, pretender ficar au dessus de la em número de sessenta e Membros Correspon-
mêlée. dentes, em número não superior, uns e outros,
Não se pense que os naturalistas, sobretudo homens de ciência e consagrado merecimento,
os zoólogos, estejam incluídos nesse número. inscritos conforme detalhes dos arts. 13 e 14 e
Muitíssimo deve a humanidade à Zoologia, respectivos parágrafos dos estatutos."
principalmente depois que, com o advento dês-
te século, passou ela de contemplativa a mili-
tante. Muitas pessoas fazem ainda idéia de
que o zoólogo é um maluco manso a cultivar
a sua mania anódina mas inútil. A gente da
minha geração (que infelizmente já não é ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
muita) guardou essa noção no subconciente,
pela leitura da Inocência de Taunay ou dos TRANSFERIDO O DOMÍNIO úTIL DA SUA
livros de Júlio Verne, e para ela todo zoólogo SEDE - Pelo Decreto-lei n. 0 5 316, de 11 de
era um Meyer ou um Topsius. E não era só Março, assinado na pasta da Fazenda, foi trans-
no Brasil. Falando de sua vocação, conta Ca- ferido, gratuitamente, à Academia Brasileira
brera que, por causa de uma comédia larga- de Letras, juntamente com o edifício no mesmo
mente representada em Espanha, e na qual existente, o domínio útil do terreno acrescido
era levado à bulha um caçador de borboletas, de marinha, com a área de 1 180 m 2 , situado
seu pai tenazmente se opusera a que êle se na avenida Presidente Wilson n. 0 203, nesta ca-
doutorasse em Ciências Naturais. pital, e onde se acha edificado o prédio que,
A geração atual passou a considerar a sob a denominação de palácio "Petit Trianon",
Zoologia uma ciência cheia de nomes compli- a República Francesa construíra e doara à
cados, a falar do que tôda a gente sabe em União, por escritura pública de 16 de dezembro
têrmos que ninguém entende, mudando cada de 1926, com o fim expresso de servir de sede
dia, pelo prazer de dificultar as coisas, os da referida Academia. Nenhum onus ou con-
nomes dos animais conhecidos. Tal preconceito tribuição fiscal, quer federal, quer municipal,
lhes ficou talvez, como lembrança, do contacto a qualquer título, gravará o terreno ou o edi-
de certos naturalistas que procuravam encer- fício no mesmo existente.
rar-se em sua tôrre de marfim ou, melhor, que
ficavam armados de lança em riste, à porta
do castelo roqueiro da zoologia, em cujas salas
vagava desalentada e sonhadora, a pálida cas-
telã da própria ignorância.
A taxinomia foi um passo imprescindível ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS
mas sem frutos imediatos. Eó quando se pas-
sou ao estudo da ecologia, das relações dos ani- COMEMORACÃO DO l.º CENTENARIO DO
.mais com o meio e com os outros animais, INSTITUTO HISTÓRICO DO URUGUAI - Cele-
vieran1 à luz os imensos benefícios que resul- brando a passagem do primeiro centenário do
tavam do conhecimento da fauna. Citemos Instituto Histórico do Uruguai, a Academia
alguns d os fatos mais brilhantes e notórios. CariDca ele Letras realizou no dia 25 de maio, no
Foram os zoólogos que ensinaram a distin- Si!ogeu Brasileiro, uma solenidade de caráter
guir o Aedes aegypti de tantos outros mosqui- cultural.
tos inócuos; foram êles que estudaram e de .'. instituição uruguaia, ele tradição conti-
monstraram o ciclo biológico dos Culícidas e nental, foi criada há cem anos, naquela data,
os hábitos e ecologia do estegomia. Foram os por D. Andres Lamas, figura das mais eminen-
z9ólogos que classificaram as diferentes espécies tes do Govêrno da Defesa, na época das lutas
de anofelinas, sua ecologia, em geral bem di- históricas contra Rosas e contra Oribe, em que
versa da do Aedes, os hábitos crepusculares das a República do Uruguai decidiu de seus des-
fêmeas hematófagas. Com fundamento nesses tinos.
estudos foi extinta a febre amarela de todos Para comemorar a data, a Academia con-
, os centros urbanos de nosso território e se vidou o historiador e publicista J. Paulo de
estabeleceram os preceitos de trabalho nas zo- Medeiros, que fêz ·uma conferência sôbre o tema
94 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
até às 3 horas da madrugada do dia seguinte. cal, que se achavam lacradas, foram encerradas
Antes de ser iniciado o pleito houve prolonga- na sala da Presidência, ficando as chaves desta
dos debates entre os representantes das três cor- em poder do Sr. Presidente. Sendo 3 horas da
rentes, o que deu caracter movimentado à reu- manhã do dia 16, declarou o Sr. presidente
nião. Os trabalhos foram presididos pelo enge- que a assembléia seria suspensa, para se rea-
nheiro João Gualberto Marques Pôrto que, após brir no dia 17, às 14 horas, afim de ser feita
providências e debates iniciais anuncia que se a apuração dos votos contidos nas urnas acima
passa à segunda parte da ordem do dia: - 810:- referidas.
ção da diretoria, conselho diretor e comissão No dia 17, às 14 horas, são reabertos os tra-
fiscal para o próximo triênio. balhos, com a presença de todos os membros da
Processa-se a votação, encerrando-se às 17 mesa e dos escrutinadores fiscais.
horas e 18 minutos, quando foi suspensa a ses- Abertas as urnas referentes ao Conselho
são por meia hora, para uma refeição dos mem- Diretor e Comissão Fiscal, são apurados os vo-
bros da mesa, sendo as urnas lacradas, com en- tos contidos nos mesmos.
vólucros assinados pelos fiscais. e pelos mem- Para membros do conselho diretor- Enge-
bros da mesa. Reaberta a sessão às 20 e 15 mi- nheiros: Adroaldo Junqueira Aires, Amandino
nutos, é iniciada a apuração, obtendo-se o se- Ferreira de Carvalho, Antônio José Alves de
guinte resultado: para presidente: Edson Jun- Sousa, Artur Rocha, Abel Ribeiro Filho, Alim
queira 'Passos, 411 votos; Jurandir Pires Ferreira, Pedro, Adolfo Dourado Lopes, Antônio Alves
186 votos; Eugenia Gudin, 146, votos; João Car- de Noronha, Angelo Alberto Murgel, Artur Ara-
los Vital, 2 votos; Pedro Rache 2 votos; José ripe Junior, Amintas Jaques de Morais, Brau-
Pires do Rio, 1 voto; em branco, 1 voto. Para lio Eugenia Muller, Carlos Soares Pereira, César
vice-Presidente, Maurício Joppert da Silva, 297 da Silveira Grilo, Ciro Romano Farina, Carlos
votos; Alberto Pires Amarante, 182 votos; João Leal Burlamaqui, Cristóvão Leite de Castro,
Gualberto Marques Pôrto, 162 votos; Washington Domestenes Rockert, Dulcídio de Almeida Pe-
Proença, 4 votos; José Pires do Rio, 1 voto; Mar- reira, Edgar Raja Gabaglia, Edmupdo Brandão
celo Teixeira Brandão, 1 voto Alcides Lins, 1 Pirajá, Ernani Bittencourt Cotrim, Edgard Pra-
voto. Para 2. 0 vice-presidente: Augusto de Brito do Lopes, Francisco Saturnino Braga, Francisco
Belford Roxo, 408 votos; Luiz Onofre Pinheiro de Magalhães Castro, Francisco de Assis Basilio,
Guedes, 196 votos; Fernando Martins Pereira e Galba de Boscoli, Aroldo Ceei! Poland, Hum-
Souza, 140 votos; Maurício Joppert da Silva, 1 berto Beruti, Augusto Moreira, Ivan Carpenter
voto; João Gualberto Marques Porto, 1 voto; Ferreira, João Ortiz Monteiro, Joaquim Bertino
Alberto Pires Amarante, 1 voto Antônio Onofre de Morais Carvalho, José Furtado Simas, José
Moraes Lacerda, l voto; Oscar Wekischenck, 1 Garcia Pacheco de Aragão, José Pires do Rio,
voto. Para l.° secretário: Alberto Pires Ama- João Augusto Maia Penido, João da Costa Ri-
rante, 396 votos; Francisco Saturnino de Brito beiro Júnior, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves,
Filho, 345 votos; Arthur Alberto Vverneck, 1 Luiz Santos Reis, Maria Bittencourt Sampaio,
voto; Luiz Onofre Pinheiro Guedes, 1 voto; Má- Marcelo Roberto, Milton Freitas de Souza, Moa-
rio Campos Rodrigues de Souza, 1 voto; Tho- cir Teixeira da Silva, Nanto Junqueira Botelho,
maz Pires Rebello 1 voto; Henrique de Novais, 1 Orion Lobo, Raymundo Barbosa de Carvalho
voto; Maurício Joppert da Silva, 1 voto; Luiz Neto, Thomaz Pires Rebello, Theophilo Nolasco
Rodolfo Cavalcanti de Albuquerque Filho, 1 vo- de Almeida, Ulisses Máximo, Augusto de Alcan-
to; em branco 1 voto. tara, Valter Ribeiro da Luz. Para membros da
comissão fiscal; Francisco Moreira da Fonseca,
Para 2. 0 secretário: Francisco Baptista de João de Matos Travassos Filho, José Francisco
Oliveira, 396 votos; Caio Pedro Moacir, 206 vo- Silva, Otávio da Rocha Miranda, Temistócles
tos; Mário Campos Rodrigues de Sousa, 140 Alves Barcellos Corrêa. Para suplentes da comis-
votos; Alberto Pires Amarante, 1 voto; João Al- são fiscal; Alcides Ballariny, Newton Duncham,
ves Gorges Júnior, 1 voto; José Nascimento Otávio Ferreira Veiga, Sebastião Fragelli e Fe-
Brito, 1 voto; Otávio Nuries, 1 yoto; Francisco liciano Penha Chaves.
Saturnino de Brito Filho, 1 voto; José Domin-
gues Belford Vieira, 1 voto; em branco 1 voto. Posse da nova Diretoria - No dia 14 de
Para tesoureiro: Alfredo Conrado de Niemeyer, abril teve 1ugar a sessão para a posse da nova
416 votos; Bento Soares de Sampaio, 190 votos; Diretoria, sob a Pfesidência do engenheiro João
Joaquim Catrambí, 137 votos; Gastão Baiana, Gualberto Marques Pôrto, tendo como secretá-
2 votos; Alberto Pires Amarante, 1 voto; José rio o engenheiro Francisco Saturnino de Brito
de Olivei,ra Reis, 1 voto; Alvaro Albert.o da Mo- Filho. Fizeram parte da mesa os representantes
ta e Silva, 1 voto; Luiz Joaquim da Cósta Leite, dos srs. Presidente da República, Presidente do
1 voto. Para bibliotecário: José de Oliveira Reis, Supremo Tribunal Federal, Presidente do Su-
414 votos; José Moacir de Andrade Sobrinho, premo Tribunal Militar, Ministros da Guerra,
187 votos; Eduardo de Sousa Filho,, 142 votos; Marinha, Aeronáutica, Relações Exteriores, Via-
Augusto Barata, 2 votos; Jorge Leal Burlama- ção e Obras Públicas, Trabalho, Indústria e Co-
qui, 1 voto; Carmen Portinho, 1 voto; em branco mércio, Prefeito do Distrito Federal, Chefe de
2 votos. Polícia, Presidente do Banco do Brasil, Presi-
o Sr. presidente proclama os eleitos para dente do Instituto Histórico, Presidente do Clube
os cargos da diretoria, na seguinte ordem: Ed- Militar e Comandante do Corpo de Bombeiros.
son Junqueira Passos, presidente; Mau;i<ício O Sr. Presidente, pronunciando, ainda, bre-
Joppert da Silva, 1. 0 vice-presidente; Augusto ves palavras sóbre a gestão da Diretoria que
de Brito Belford Roxo, 2. 0 vice-presidente; Al- terminava o seu mandato, declarou sentir-se
berto Pires Amarante, 1. 0 secretário; Francisco feliz naquele momento em passar a presidência
Batista de Oliveira, 2. 0 secretário; Alfredo Con- do Clube, ao colega, Engenheiro Edson Passos,
rado de Niemeyer, tesoureiro; José de Oliveira cujas elevadas qualidades enalteceu, nomeando
Reis, bibliotecário. uma comissão composta dos Engenheiros Adolfo
Ao terminar, o Sr. presidente cumprimenta Morales de los Rios, Adroaldo Junqueira Aires e
os novos eleitos. O Sr. Edson Passos agradece Frederico Cézar Burlamaqui, para acompanhar
as felicitaçôes e salienta a imparcialidade e ele- o Engenheiro Edson Passos até aquela presidên-
vação com que a mesa dirigiu os trabalhos da cia, o que foi feito sob os aplausos dos presentes.
eleição, propondo uma salva de aplausos em ho- Assumindo iit presidência, o Engenheiro Edison
menagem à mesma. O Sr. Francisco Silva pro- Passos pronuncia algumas palavras de elogios
pôe que a homenagem prestada seja extensiva ao Engenheiro Marques Pôrto, e declara que, de
ao Sr. Gastão de Carvalho, pelo trabalho de- acôrdo com o art. 40 dos Estatutos, o proclama
dicado e eficiente do mesmo, nos atos prepara- membro vitalício do Conselho Diretor. Em se-
tórios da eleição e durante esta. guida, foram empossados os membros da Dire-
Em seguida, as di..u:_i,s urnas restantes, com toria, do Conselho Fiscal, da Comissão Fiscal
os votos para o conselho diretor e comissão fis- e seus suplentes.
96 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
sôbre: "Os sistemas de construção: A evolução Abrindo a sessão, o Sr. Embaixador José
arquitetônica dos templos brasileiros; a Arte Carlos de Macedo Soares falou sóbré a perso-
Negra; A interpretação dos Balangandans; O nalidade do Sr. Max Fleiuss, Secretário Perpé-
Mo biliário. tuo, ressaltando os serviços prestados ao Ins-
A 2." do Sr. Francisco Marques dos Santos, tituto durante quarenta e tres anos.
que vai tratar da Gravura no Brasil (2 pales- 1"m seguida, deu a palavra aos sócios que,
a·as); A Ourivesaria; e os Prateiros no Brasil. e1n co1nov1das e sentidas palavras recordaram a
Nos n1eses de maio e junho, pronunciarão figura do saücioso Secretário Perpétuo, e que
palestras culturais os Srs. Menezes de Oliva, foram os Srs.: Ministro Augusto Tavares de
professor do Museu Histórico Nacional, sôbre Lira, Pedro Calmon, Alfredo Valadão, coman-
os "Primeiros ensaios de Arte no Brasil" e dante Radler de Aquino, Virgílio Correia Filho,
Quirino Campofiorito, professor da Escola Na- Sílvio Rangel de Castro, Cristóvão Leite de
cional de Belas Artes, sôbre o tema "Só existe Castro, uanabarro Reicnardt, 1' eijo Bitencourt,
1
7
98 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
falecimento eminente brasileiro Prudente Mo- ro de Saca dura Cabral na travessia aérea do
rais Filho que entre outros relevantes serviços Atlântico Sul. A reünião teve a presença dos
ao Brasil prestou o de defender com sua alta au- alunos e professores do Liceu Literário Portu-
toridade observância limites existentes regiões guês, tendo sido o conferencista sa üdado pelo
disputadas entre si pelos Estados irmâos prin- escritor Afrânio Peixoto.
cípio que foi observado pela atual constituYção O almirant? Gago Coutinho fez especial-
Estado Nacional. Sinceros agradecimentos. mente para "O Jornal" desta ce"pital, a seguinte
Atencioas saudações - Thiers Fleming. n síntese da conferência que transcrevemos pelo
Em seguida o Sr. Presidente Macedo Soares seu intêresse histórico-geográfico:
deu a palavra ao sócio Dr. Cláudio Ganns, que "A História do Descobrimento do Brasil ficou
pronunciou belíssima alocução sõbre a perso- envolvida em mistério, tanto pela falta de do-
nalidade de Don Andrés Lamas. cumentos, que foram reservados, como pela ig-
Usaram ainda da palavra o Sr. Cristóvão norância náutica com que os cronistas a con-
Leite de Castro, para fazer uma comunicação a jecturaram. Eles ignoraram as possibilidades,
respeito dos folhetos editados especialmente tanto dos mareantes à~o século XV, como dos
pelo Conselho Nacional de Geografia de colabo- seus na vias: As cara velas era1n usadas nos re-
ração com o Instituto Histórico, para serem conhecimentos de rotas novas, e as naus nas
enviados â Montevidéo e o Sr. Dr. Leâo Tei- viagens defintivas - Com naus foram Colombo,
xeira Filho, para propõr a designação do Mi- Gama e Cabral.
nistro Sousa Leão, como representante do Ins-
tituto nas homenagens promovidas em honra de VIAGENS FAMOSAS - Já antes se tinham
Robert Southey, adiadas para agõsto próximo praticado viagens largas, descobrindo-se os ar-
em Londres. quipélagos dos Açores e de Cabo Verde. A via-
gem de regresso da Guiné, e da Mina, passava
UM DESPACHO DO SR. PRESIDENTE DA meia milha de !águas ao largo da Africa, e pelo
REPÚBLICA - O "Diário Oficial" de 15 de Mar de Sargaço e dos Açores. Praticava-se já em
março, no expediente do Conselho Nacional de 1 443, mas conservava-se em segrêdo.
Serviço Social, publica o seguinte despacho do O Tratado de Tordesilhas revela que, em
Sr. Presidente da República: "Instituto Histó- 1494, D. João II, ao ceder a Espanha terras na
rico e Geográfico do Distrito Federal - Ao Ins- Asia Oriental percebera no Atlântico, sem dú-
tituto Histórico e Geográfico Brasileiro foi con- vida, outras terras que êle já conhecia, o Brasil.
cedida, pelo decreto-lei n. 0 4 175, de 13 de Foi por isso que, a seguir, Colombo as buscou,
marro de 1942, uma subvenção especial de CrS encontrando a sua primeira terra firme, e a
100 000,00 por ano, e o orçamento da União, llha da Trindade.
para 1943, consigna verba própria para o seu Em 1487, Dias, com caravelas, foi ao canto
pagamento (verba 3 - Consignação I - Di- sueste do Atlântico, e passou para o Oceano
versos - 0,304, 05-a) . Não se justifica continue indico: mas reconheceu que, por ali, não ha-
o Instituto recebendo outra subvenção, pelo via caminho para náus. Fez-se outro reconheci-
processo normal do decreto-lei n. 0 527, de 1 de mento ao sudoeste do Atlântico e estudou-se a
julho de 1938. Arquive-se. Em 26-2-43. G. rota a seguir para, apesar dos ventos e terras,
Vargas". que lá havia, as náus pudessem passar para o
sul e ir além do cabo. Se assim não fõsse ter-
MOVIMENTO DAS DIVJCRSAS SECÇÕES se-ia de partir da Mina e cortar pelo Atlântico
EM FEVEREIRO E MARÇO - Foi o seguinte o Central, o que não foi feito, pois Gama já pas-
movimento das diversas secções do Instituto sou pelo Ocidente, montando a costa mais ori-
Histórico e Geográfico Brasileiro nos meses de ental do Brasil, Pernambuco.
fevereiro e março ultimas.
Fev.,reiro: Biblioteca- Obras oferecidas, CABRAL NAVEGA - Depois, em 1500, Ca-
25; Revistas nacionais e estrangeiras, 33; Catá- bral, já em época do ano diferente, e com náus,
logos de Bibliotecas nacionais e estrangeiras, navegou também pelo Ocidente. Mas, por causa
10. Arquivo - Documentos consultados, 200. das correntes contrárias, que Gama verificara
Mapoteca·- Mapas consultados, 15. Museu His- haver na costa da Africa do Sul, Cabral não fêz
tórico - Visitantes, 42. Sala pública de leitura como fêz Gama, aguardar nem em Santiago nem
- Consultas, 320. em Sam Brás. Passada a costa difícil de mon-
Secretaria - Oficias, cartas e telegramas tar - Pernambuco - e quando o vento se lhe
recebidos 420; ofícios, cartas e telegramas ex- fez largo, buscou a oeste um "pôrto seguro", o
pedidos, 502. qual lhe permitiu ir de lá a Moçambique sem
Março: Biblioteca - Obras oferecidas, 36; outra escala.
adquiridas, 2; Revistas nacionais e estrangeiras,
recebidas, 47; Catálogos de bibliotecas nacionais A VERSÃO DO ACASO DO DESCOBRI-
e estrangeiras, recebidas, 3. MENTO - Prosseguindo, disse o almirante Gago
Arquivo - Documentos consultados, 59. Coutinho:
Mapoteca - Mapas consultados, 14. - De modo que, embora a versão do "acaso
Museu Histórico - Visitantes, 38. de Cabral" se tenha propagado, a verdade é
Sala Pública de Leitura - Consultas, 249. que só o conhecimento prévio do Atlãntico Oci-
Secretaria - Ofícios, cartas e telegramas dental. e da sua margem - o Brasil - poderia
recebidos, 220; ofícios, cartas e telegramas ex- ter permitido, tanto a Gama como a Cabral,
pedidos, 303. traçar a rota mais própria para "dobrar" o
Cabo Santo Agostinho e, enfim, traçar as mes-
mas rotas que usam os veleiros modernos, quer
no verão, quer no inverno.
Enfim, aproximando "fatos concretos",
como:
LICEU LITERÁRIO PORTUGUÊS - Viagem da "Mina", pelo largo.
- Tratado de Tordesilhas.
"A ROTA DE CABRAL NO DESCOBRIMEN- - Rota de Gama, em "náus", sen1 ir à
TO DO BRASIL" - Convidado pelo Liceu Lite- "Mina". -
rário Português, o Sr. Almirante Gago Couti- - Viagem de Colombo, ao Sudoeste, em
nho fêz, no dia 30 de abril, no salão nobre dessa 1498,
instituição de ensino e difusão cultural, uma - Instruções de Gama para Cabral.
palestra sõbre o descobrimento do Brasil, dis- - Terra só avistada tanto ao sul por Cabral,
sertando eõbre a provável rota de Cabral em ressalta transparente prova de que, anterior-
1500 - rota que foi indicada em um mapa de mente a 1497, já eram conhecidos a posição da
grandes proporções, desenhado pelo Prof. Abí- terra e os ventos no Atlântico Sul Ocidental.
lio Guimarães. com a assistência do companhei- "O Brasil não foi descoberto em 1500".
NOTICIARIO 99
E, assim, só nos resta concluir que não hou- cações, dando-nos a impressão de uma vege-
ve "adivinhações" nem "acaso" na atuação, seja tação, que intrusa ou extranha ao meio, foi
de D. João II seja dos navegadores Dias, Gama, nela introduzida estravagantemente. Referiu-
Colombo, Cabral. se à vantagem e utilidade da sombra das árvo-
De modo que, privados nós dos "Diários" res donde o valor urbanistico das arborizações
dos navios de Cabral, temos de traçar a sua tão usadas, agora, nos climas tropicais.
rota "conjecturando-a", apoiando-nos no co-
nhecimento dos ventos dominantes no Atlân- "ANGÚSTIA DAS FERROVIAS EM TRA-
tico, que hoje temos, e das indicações que se FEGO" - Na reünião do Rotary Club desta ca-
tiram, estudando as navegações do século XV. pital realizada no dia 14 de maio, foi orador o
E ao finalizar a conferência disse o conhe- sr. Al.c~d::s I,1ns, Diretor da Lstradn de Ferro
cido geógrafo português: Leopoldina Railway. Sua conferência, sôbre
- Enfim, há a concluir que tudo derivou "A angústia das ferrovias em tráfego", cons-
da "Arte de Navegar no Alto Mar" criada pelo tituiu um amplo campo de observação sôbre os
Infante D. Henrique, a quem a glória de Co- problemas de transporte, sobretudo os ferroviá-
lombo não deve deixar na sombra. Enquanto rios, inostrando no exa1ne de cada setor, as
se navegou "ao acaso", nenhuma viagem larga dificuldades com que lutam as estradas de fer-
se realizou antes do "Nefante" interior. ro, para bem atender ao seu tráfego no cum-
primento de horários prestabelecidos.
HOMENAGEM A CABRAL - O Liceu Lite- Dentre as dificuldades que assoberbam as
rário Português, no dia 3 de maio mandou colo- administrações de estradas de ferro, o conferen-
car flores sôbre a estátua de Pedro Alvares Ca- cista salientou a falta de material rodante e de
bral, como vem fazendo há alguns anos. A tração, dadas as notórias impossibilidades de
diretoria, professores e representação de alunos sua importação no momento atual e daí de sua
do Liceu Literário Português, assim como uma substituição sistemática, como se pratica em
delegação de alunos do Ginásio Vasco da Gama tempos normais.
estiveram em frente à estátua do descobridor do Falaram, ainda os Srs. Ranulfo Bocaiuva
Brasil, prestando-lhe assim homenagem. da Cunha e José Mariano Filho, o primeiro sô-
bre a data nacional do Paraguai e o segundo
sôbre os chafarizes outrora existentes na cida-
de e demolidos, na opinião do orador, sem ne-
cessidade.
REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA
A ordem do dia constou de uma conferência quatro séculos - uma experiência que é a
do Pe. Luiz Palha, O.P. da Missão Dominicana própria vida do Brasil, êste vasto laborató-
do Brasil, sôbre o tema "Doze anos entre os Ca- rio onde povos e culturas se estão mistu-
rajás", com exibição de fotografias e material rando, num processo aculturativo e histó-
etnográfico. Apresentou o coní'ercncista o Prof. rico de uma lição transcendente.
Arthur Ramos, que falou sôbre a contribuição Na guerra, desta vez, como na paz, ama-
dos missionários á etnologia brasileira. nhã, a Antropolgia há de ter também a sua
A sessão foi presidida pelo Prof. Leitão da função formativa: aquela tarefa imensa da
Cunha, Reitor da Universidade do Brasil e pre- antropologia aplicada, que nos ven1 da es-
sidente de honra da S.B.A.E. cola de Oxford, já homenageada pela Socie-
dade Brasileira de Antropolgia e Etnologia
MENSAGEM CONTRA OS MITOS DE SUPE- na pessoa de um dos maiores representantes
RIORIDADE RACIAL - A Sociedade Brasileira vivos daquela escola, o prof. Radeliffe
de Antropologia e Etnologia dirigiu, em fins de Brown, em sessão extraordinária de 18 de
~bril último, aos antropôlogos da Grã-Bretanha, julho de 1942.
por intermédio do embaixador britânt~o no Essa tarefa, será a da compreensão e do
Brasil, sir Noel Charles, a seguinte mensagem respeito ás prerogativas culturais de cada
lida perante numeroso auditório a 29 daquele povo da terra. Na mesa redonda da paz,
mês, reünido no salão nobre da Escola Nacio- futura, a obra normativa da Antropologia
nal de Filosofia para uma homenagem dos ho- será, todos o esperamos, de extraordinária
mens de cultura do nosso país ao povo inglês. relevância: a de recompôr o Homem, espesi-
nhado e humilhado, nos seus quadros justos
"A Sociedade Brasileira ele Antropologia de sociedade e de cultura, sem a submissão
e Etnologia tem a honra de dirigir-se aos aos falsos deuses e ás falsas "racas mestras"
antropólogos inglêses, neste momento grave dêste mundo. ·
do mundo, em que a civilização se acha Sessão extraordinária da Sociedade Bra-
ameaçada pelos novos bárbaros da história. sileira de Antropologia e Etnologia a 29 de
Justifica-se o pronunciamento da Antropo- abril de 1943. - Arthur Rarnos, Presidente".
logia, considerada no seu sentido largo de
Ciência do Homem e da Cultura, quando em
nome dela ôs maiores crimes se têm come-
tido contra as liberdades essenciais da pes-
soa humana.
Foi poluída a verdade científica, nas SOCIEDADE DE ENGENHEIROS DA PREFEI-
'Contrafações da antropologia física, criando TURA DO DISTRITO FEDERAL
n mito da raça e do sangue, e nas distor-
ções da antropologia cultural, ao adotar er- UMA CONFERJ!:NCIA DO ENGENHEIRO
rôneas atitudes de um desbugado etno- CRISTO VÃO LEITE DE CASTRO - Afim de
centrismo. assentar as medidas comemorativas da passa-
Contra essas grosseiras falácias, de tão gem do 15. aniversário de sua formatura, a
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Certames
III CONFERÊNCIA DE TÉCNICOS EM CONTA- e Assuntos Fazendários, sob os auspícios do
BILIDADE PúBLICA E ASSUNTOS Conselho Técnico de Economia e Finanças, do
FAZENDÁRIOS Ministério da Fazenda.
Afim de se incumbir dos estudos atinen-
Durante a primeira quinzena de julho pró- tes àquele Conferência, o govêrno federal criou,
ximo, deverá reünir-se, nesta Capital, a III Con- pelo decreto-lei n. 0 9 610, de 9 de junho de
ferência de Técnicos em Contabilidade Pública 19~2. uma Comissão composta de representantes
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102 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Goiaz, tendo tido a arrecadação dos mesmos será por todos assinada e subscrita pelo secre-
em 1930, de Cr$ 2 168 206,00, valor sextuplicado tário.
em 1942: a) Humberto Ludovico ele Almeida. Anto-
nio Juriiena Di Guirna.rães. Abel Soares de Cas-
tro. Frederico de Medeiros - Secretário".
RECEITA
MINAS GERAIS
os dados da receita arrecadada e da despesa
realizada referentes ao ano de 1942 estão sujeitos Academia de Ciências
a leves retificações, dependentes da chegada dos
balancetes mensais de receita e despesa de al- SEMANA DE ESTUDOS HISTóRICOS EM
guns municípios, e dos últimos meses do findo MEMÓRIA DE DIOGO DE VASCONCELOS - A
exercício. Academia de Ciências de Minas Gerais, em ses-
Para 1943, tanto a receita como a despesa são solene realizada no dia 14 de maio, deu iní-
dos municípios estão previstas em ........... . cio à "Semana de Estudos Históricos", homena-
Cr$ 12 548 500,00. geando o Centenário de nascimento de Diogo
de Vasconcelos.
Perante grande nú1nero de associado3 e in-
Revisão do quadro territorial telectuais o Sr. Arnaldo Cathoud, abrindo a ses-
são, põs em relêvo a importância da Semana
de Estudos da História Mineira iniciada pela
A 6.ª REUNIÃO DA COMISSÃO - O Cor- Academia de Ciências, dando em seguida a pa-
reio Oficial, órgão dos Poderes Públicos de lavra ao professor Anibal Matos que discorreu
Goiaz, em sua edição de 10 de abril, publicou sõbre a personalidade, a vida e a obra de Diogo
a seguinte ata da 6.ª reünião da Comissão En- de Vasconcelos e ao terminar fêz o elogio do
caregada de elaborar a novo Quadro Territorial Sr. Edelweis Teixeira, convidado para iniciar
do Estado de Goiaz: aquela série de estudos.
"ATA da 6.ª reünião da Comissão E.ncarre- Sob uma salva de palmas o Sr. Edelweis
gada de elaborar o novo Quadro Territorial do Teixeira, em improviso agradeceu a escolha de
Estado. seu nome para abrir a série dos Estudos Histó-
Aos vinte e quatro dias do mês de março do ricos e a seguir realçou as qualidades de Diogo
ano de .. mil novecentos e quarenta e três, no de Vasconcelos como historiador.
gabinete do Diretor do Departamento de Geo- Passando ao tema proposto - "Em tõrno
grafia e Cadastro, nesta cidade de Goiânia, Ca- da História de São João del Rei", leu três capí-
pital do Estado de Golaz, presentes os metnbros tulos de seu trabalho sôbre aquela cidade mi-
Humberto Ludovico de Almeida, António Ju-
ruena Di Guimarães e Abel Soares de Castro, neira. Teve ocasião de abordar os temas -
comigo Secretário, e sob a presidência do pri- Ibi1.mruna e a bandeira de Fernão Dias Leme,
meiro, retiniu-se a Comissão Encarregada de Fundação de São João - Os núcleos primitivos
Elaborar o Novo Quadro Territorial do Estado. do Rio das Mortes - O papel de Tomé Portes de!
Rei e Prancisco Barcelos. O local do Arraial.
EXPEDIENTE - Aprovação da ata da reü- Novo de Nossa Senhora do Pilar e Pelourinho.
nião anterior e leitura das seguintes corres- A Guerra dos Emboabas e sua repercussão em
pondências: oficio do prefeito de Caldas-Novas, Tiradentes e São João dei Rei. A participação
comunicando não ter nenhuma sugestão a fa- de um e outro povoado. O local do Capão da
zer; ofício do prefeito de Formosa, com idêntica Traição.
comunicação; oficio do prefeito de Planaltina, Palou, por último, o S~. Tomé de Vascon-
propondo formular sugestões, oportunamente; celos, que em nome da familia do homenageado
telegrama de uma comissão do município de agradeceu à Academia de Ciências mais essa
Goiandira, protestando contra a pretensão de prova de carinho para com seu progenitor.
autonomia por parte do distrito de Cumarí; A Academia foi convidada para a sesão do
certidão da renda do distrito de Urutai, em Instituto-Histórico, para posse dos Srs. Derme-
1942; ofício do prefeito de S. José-do-Tocan-
val Pimenta e Marcondes Verçoza que farão
tins, fazendo sugestões e uma representação de panegirico dos professores Leopoldo Cathoud e·
habitantes de determinada zona do distrito João Liban Soares, respectivamente.
de Hidrolândia, pedindo a sua anexação ao
distrito de Ribeirão, neste municipio. Os
três primeiros foram inandados ao arquivo e Congresso das Associações Rurais
os cle1nais para aguardare1n a oportunidade dos
estudos dos respectivos municípios. SUA PRÓXIMA REALIZAÇÃO EM BELO
ORDEM DO DIA - Foram estudados e revis- HORIZONTE - Realizar-se-à brevemente, em
tos os limites dos municípios de Mineiros e Belo Horizonte, um Congresso das Associações
Paraüna, ficando retificadas tôdas as linhas Rurais de Minas Gerais, sob o patrocínio da
divisórias dos n1esmos, inclusive as dos respec- Sociedade Mineira de Agricultura.
tivos distritos. A seguir. foi encerrada a reünião, Entre os assuntos que figurarão na ordem
da qual se lavrou a presente ata que, aprovada, do dia, destaca-se o projeto do Código Rural.
NOTICIARIO 109
tores cla,s Escolas que elegeram conselheiro e trito, representante do Governador do Estado
suplente, respectivamente, o professor Teodoro e de outras autoridades federais, estaduais e
Amalio da Fonseca Vaz e o engenheiro Antônio militares.
de Melo Silva. A's 20 horas. procederam-se às O Parque é constituído por um bem cuidado
eleições para a renovação do têrço relativo à jardim, o que torna o ambiente atraente. Além
representação das associações e sindicatos de de numerosos aparelhos técnicos postos em ex-
classe, tendo sido eleito, para conselheiros: drs. posição e funcionamento, destacou-se u1n painel
Sebastião Virgílio Ferreira, Ari Diniz Andrade contendo a evolução dos trabalhos do 2. 0 Dis-
e Amador Parreira Barbosa (este para terminar trito da Divisão de Aguas nos últimos dez anos.
o prazo do mandato do conselheiro Pires e Al- O quadro com suas côres vivas, claras imagens
buquerque), suplente, dra. Iracema Brasiliense. e diagramas, foi o te1na de uma oração cívica
e de incitamento ao trabalho, pronunciada pelo
engenheiro Costa Rodrigues, chefe do 2. 0 Dis-
Departamento Geográfico trito.
Salientou o orador a incontestável eficiên-
COMEMORANDO O 4.0 ANIVERSARIO DE cia dos servidores da causa pública, fazendo re-
SUA CRIAÇÃO - Comemorando o 4. 0 aniversá- . ferência.s às regiões do País onde vem operando
rio da criacáo do Departamento Geográfico do intensamente a grande repartição do Ministé-
Estado reÜniram-se, no dia 25 de março, no rio da Agricultura, para estudos imprescindíveis
gabinete dá Diretoria, os chefes das Divisões e de quedas dágua, para melhoramentos das con-
chefes de Secções e demais funcionários do De- dições de navegabilidade e aproveitamento dos
partamento, ora na capital. rios como vias de transporte para solução de
Pelos funcionários do Departamento, falou problemas de saneamento, abastecimento dá-
o Dr. Valdemar Lobato, que exprimiu o con- gua, irrigação e tantas outras utilizações da
tentamento de todos pela grata efeméridade, água na concepção da técnica moderna.
re:ferindo-se particularmente ao espírito de jus- Depois de fazer uma referência aos serviços
tiça e constante entusiasmo com que o Sr. Be- de sua atribuYçáo, teceu comentários à atuação
nedito Quintino dos Santos vem dirigindo as vigorosa e patriótica dos defensores do Código
atividades geográficas do Estado, de acôrdo de Aguas.
com o pensamento do Governador Benedito Va- Citou o engenheiro Costa Rodrigues os no-
ladares, pedindo que transmitisse a S. Excia mes dos Srs. António José Alves de Sousa e
as justas homenagens e o reconhecimento de Valdemar José de Carvalho, técnicos de reco-
todo o pessoal da repartição. nhecida projeção da engenharia nacional, os
o Sr. Benedito Quintino dos Santos agra- quais só por essa campanha de defesa dos in-
deceu as manifestações que lhe foram feitas, teresses públicos se consagraram como verdadei-
ressaltando a constante atenção e amparo dis- ro paladinos do grande progresso em que se
pensados pelo Governador Benedito Valadares encontra o País relativamente à legislação vi
aos inúmeros empreendimentos do Departamen- gente regularizadora da indústria da eletri-
to e à situa.cão de todo o seu pessoal, prometen- cidade.
do transmitir ao Chefe do Govêrno os rtplausos Em seguida, passou o orador a falar do es-
e agradecimentos tão calorosa e significativa- fôrço que deve ser feito, em todos os sentidos,
mente prestados, ao ensêjo de mais um aniver- para que o Brasil se liberte da dependência
sário do órgão geográfico de Minas. de combustíveis estrangeiros e asinalou a im-
possibilidade da con tin uaçáo da destruYçáo de
TELEGRAMA AO SR. GOVERNADOR BE- nossas florestas e o ânimo que deve ser sem-
NEDITO VALADARES - Por motivo da passa- pre aumentado para uso e emprêgo dos com-
gem do 4. 0 aniversário do Departamento, ao bustíveis minerais.
Sr. Governador Benedito Valadares foi diri- A seguir, discursou o Diretor da Divisão de
gido o seguinte telegrama: Aguas, após ter inaugurado o Parque de Ex-
"BELO HORIZONTE, 25 - Em meu nome, perimentação e Aprendizagem, fazendo o relato
no do pessoal do Departamento Geográfico e do em tôrno da repartição que dirige e dos valiQ-;
Diretório Regional de Geografia, hoje retinido sos benefícios que já ven1 prestando à economia
em sessão comemorativa da passagem do 4. 0 nacional, demonstrada em suas várias atribui-
aniversário da criação do Departamento, apre- ções.
sento a V. Excia. congratulações calorosas e Citou o do Sr. Hidebrando Góis, diretor do
sinceras pela grata efeméride. A criação do De- Serviço de Saneamento da Baixada Fluminente,
partamento, com a organização dada por V. que testemunhou as providências tomadas nas
Excia. veiu posibilitar várias realizações es- regiões vítimas das inundações no acautela-
tudos que colocam o nosso Estado em posição mento de seus haveres que, sem os avisos da
de destaque, permitindo a solução de inúmeros Divisão de Águas, teriam redundado em sérios
problemas de ordem ténica e administrativa e prejuízos.
o conhecimento sempre crescente do solo de
Minas Gerais. Comerorando a data, o Diretó-
rio aprovou por unanimidade uma moção de Diretório Regional de Geografia
aplausos a V. Excia. pela orientação segura e
pelo amparo que tem dispensado ao ôrgão
geográfico de Minas, na execução de seu Va$tO 4. 0 ANIVERSARIO DA CRIAÇÃO DO DE-
progra1na de atividades. PARTAMENTO GEOGRAFICO - X CONGRES-
Respeitosas saudações - Benedito Quintino SO DE GEOGRAFIA - DIFICULDADES NA FI•
XACÃO DE PERÍMETROS URBANOS E SUBUR-
dos Santo/li". BANOS - DATA DO ANIVERSARIO DO C.N.G
- PLANTA CADASTRAL DE BELO HORIZONTE
Divisão de Águas - OUTROS ASSUNTOS TRATADOS NA 5.ª
REüNIAO - No dia 25 de março, realizou o
INAUGURAÇÃO DO PARQUE DE EXPERI- Diretório Regional de Geografia de Minas Gerais
MENTAÇÃO E APRENDIZAGEM - Em Belo Ho- a sua 45.ª sessão, no Departamento Geográfico,
rizonte, realizou-se, no dia 20 de março, no 2. 0 presentes os Srs. Benedito Quintino dos San-
110 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
tos, Antônio Gomes Monteiro Júnior, Hilde- o voto que propunha. Logo em seguida o Sr.
brando Clark, Eduardo Schmidt Monteiro de Valdemar Looavo comunica que tendo passado,
Castro, Valdemar Lobato, Orlando de Oliveira ontem, a data de aniversario ao Conse1no Nacio-
Vaz, João Paul.o de Vasconcelos, Dante Gon- nal de Geogratia, propunna que o lJHetorio
çalves Teixeira e Manuel Leme Dias, sob a pre- apresentasse congratu1;;u;ues ao .l:!.111baixaaor José
sidencia do Sr. Benedito QuinHno dos Santos. Carlos de Maceao Soares e a Secretana Geral
O Sr. Presidente manda que o secretário as- do Conselho, pe!O transcurso de tao nnporcante
sistente Sr. Manuel Leme Dias, faça a leitura eremende. o ôr. pres1aente i111orn1a que ioran1
da ata da reünião anterior que foi aprovada sem enviaaos telegramas ae congra1Ju1ai.;oe::; ao e1n-
alteração. Em seguida passou o secretário as- baixactor iV!ac2ao :::>oares e ao or. Cr1::. uu vao
sistente a ler o expediente que constou do se- Leite de Castro, ficanao, assin':I., aprovaaa a ini-
guinte: ofícios e telegrama da Secretaria Geral ciativa da Decretaria ao lJll'etono. '!oaas as
do Conselho - encaminhando ao Diretôrio n1uyucd t-LiJ!'t;Sclluauo.,B 101-ã.ul a.vrui,uaas 1J01· una-
cópia da resolução n. 0 127 que baixa instruções nimidade. O Sr. presidente, referindo-se à pre-
para uso da franquia postal-telegráfica pelos sença do Sr. João PaUJo de Vasconcelos, assis-
órgãos do Conselho: enviando cópia da resolu- tente do 1Jep2.rtameuco, posto a C!1spos1c;ao da
ção n. 0 119 que baixa a classificação, em jul- Prere1tura aa vavna1, para os traba1nos de ori-
gan1ento final, das monografias de aspectos mu- enta~ao e flscallza~ao ao ievanta1ne11to d.a 111an-
nicipais do Concurso de 1942; comunicando a ta cae1.astra1, pede 4 ue o mt:::.1110 ae u1na nu vicia
inud.,--:nca da sede; ofício do Diretório de Mato aos 1raoa1nos u seu cargo, pelos quais o De-
Grosso , encaminhando um exemplar do Diá- partan1ento Geográuco 111uno se invei·t:::;;:,a, 1.i1.:::11-
rio Oficial n. 0 7 931 que contem o decreto n. 0 uu, ....LJ....,,_,J.uv, uo. . u.u euJ..L.u.:::yu aus diversos serviço;~.
208 que fixa a divisão territorial do mesmo Es- executanao toda a tnang:u1açao geoctes1ca e r _-
tado; oficio do Diretório Municipal de Presidente zendo o ievantiamento u.e a1gu111as ro1Has. 10
Vargas, remetendo cópia da ata da 5.ª sessão, Sr. João PaUJo C!e Vasconcelos comeca mzendo
convocada para que os membros daquele Dire- que tinna, ereti vamente, o desejo dê falar so-
tór\o tomassem conhrcin1ento do teôr do de- b.ú: es:::ie traott.1.uu, ...,H1 ::.e;:,;:,ct.O uu lJlft:LU.t1u, vafa
creto-lei n.n 839 que dá novas denominacões às reiterar o convite já teno no sentia.o de receber
cidades mineiras de Itabira e President8 Var- a visita de todos os rnembros do Diretoria e
gas. Na ordem do dia o Sr. presidente passa a funcionários do Departa1nento, poncto em des-
referir-se, con10 fato de ·especial relêvo, nesta taque a coiaboraçao d.o Departamento, CUJa as-
data que assinala o 4. 0 aniversário da criacão do s1stenc1a no.s unvorL.aui.;ei:; i,1·aua.J.L1us ue it:va..1.1ua-
Departamento Geográfico, ao ato pelo qual o rr1en00 aa p1anua L:<:tU;;1..;::,1.ira1 uct c..;a_p .. 1.id1 e 4u0 udll
Sr. Go'Vernador do Estado deu autonomia e permitido o andamtnuo norma1 cto servii;o. Até
ampliou o antigo Serviço Geográfico da Secre- o momento, conunu~ o Ol'aaor, Ltl.11 a v1tull.ia em
taria da Viação. Por êsse motivo propunha, 1/lU uuu granue numero de 101has. A prnum da
neste ensêjo, uma moção de aplausos e agra- cidade em quarteuoes, na escala de l/2~U pros-
decimentos ao Governador Benedito Valadares, ;:,vb u.c Clll l' l UllJ.U uv .. .._.._ ""''-''-'-'-'-'-'- ~cu<.J U l.J..l<-LJ:1c" u.v .1. 1.1 u.-
1.,,
o que foi aprovado com aplausos calorosos. Com nicipiO será feito na escala de 1/10 000, com
a palavra,· o Sr. Orlando Vaz, interpretando o e ur v as d.e n1 Vt:l eq u1c.ilb v<t!l ces cte llJ me ~ros. ü
pensamento dos membros do Diretório, saüda o Sr. presidente agraaece as informações presta-
diretor do Departamento e consulta a Casa sô- das pelO enegntw1ro Joao Paulo de Vasconcelos,
bre_ consig·nar-se em ata um voto de congratu- bt:m co1no o convite p::tra urna visita aos ei:;crí-
laçoes pelo 4. 0 aniversário da repartição e um tonos tecnicos da prnnta cadastral, sob sua
voto de louvor ao seu diretor, Sr. Benedito che!ia. Antes de levanuar a sessao, o br. pre-
Quintino dos Santos, que com segurança e pa- s1aeni:;e torn1uia agractec1mentos ao Sr. Valdem:ar
triotismo, vem dirigindo a importante repar- Lobato pelo zêlo com que o substituiu no impe-
tição estadual, e mais um voto pelo seu retorno ctunerno verincaao, conauzinao-se de tal modo
aos trabalhos e pelo seu completo restabeleci- que nao houve nenhuma soluçao de cont1nui-
rnen to que é motivo de alegria a todos que estão c.t.ade, nenhum hiato em suas diversas ativi-
acostumados a segui-lo em seus exemplos de dades e empreenC!1mentos. u Sr. Hildebrando
trabalho. O Sr. presidente agradece a moção, Clark aproveita o ensejo e também apresenta
que lhe servirá de estímulo para sua atividade, agradec1meni:,os ao br. Valde111ar Looaoo, de
não sàn1cnte funcional como de patriota. O parte da Junta e do Departamento de .i;.statis-
Sr. Hildebrando Clark declara, também, que é tica pela valiosa cornbora<;ao que sempre aeu
portador de felicitações de todos os companhei- aos trabalhos daquems repart1çoes durante o
ros da Junta e do Departamento Estadual de tempo em que suosuturn o dnewr erevivo do
Estatística, pela passagem do 4. 0 aniversário do Departamento Geogra11co.
Departamento, associando-se ao júbilo de to-
dos quantos trabalham no Diretório. O Sr. pre- POSSE DO SR. DERMEVEL PIMENTA
sidente passa a talar sôbre o X Congresso Bra- REVISÃO ADMINISTRATIVA DO .i;s· ADO
sileiro de Geografia. informando que na quali- APROVAÇÃO D.o; D.i;.CR1'TOS QlJE. li'íXAlYl OS
dade de delegado regional da Comissão Orga- P;;;RrM;;;TROS URBANuS ;;; SU.tlLJl:tBANuo 1J1'
nizadora, não tem descuidado da propaganda CIDADJ!;S E VILAS - X CONGR;;;SSO DE GEO-
do certan1e, que foi continuada, não obstante GRAFIA - CONCURSO D.t; MONOGRAFIAS
sua ausência, pelo seu substituto, Sr. Valdemar MUNICIPAIS - "BOL;;;TIM DO C.N.G." -
Lobato. Faz um apêlo, particularmente aos "DlA DO .b.STATíSTlvO" - No dia 19 de maio,
membros do Diretório para que e1nprestem sua no gabinete da Diretoria do Departamento Geo-
colabo:;:acão, não sàmente con1 sua adesão co1no grá11co, presentes os Srs. Dermeval José Pi-
na propaganda que deve ser feita do Congresso menta, secretário da Viação, demais 'membros,
a realizar-se em Belém. O Sr. Eduardo Schmidt rca11zou-se a '16.ª sessão do Diretório Regional
Monteiro de Castro pede a palavra e expõe as do Conselho Nacional de Geografia. Abrindo a
dificuldades que o Diretório tem encontrado reünião, o Sr. Benedito Quintino dos Santos
na so~uyào de alguns casos de fixação de perí- coineçou declarando que passava a presidência
1netros urbanos e suburbanos. Ficou estabele- efetiva do órgão regional do C. N. G. ao Sr.
cido que oportunamente seja feito pela Divisão Dermeval José Pimenta, seu presidente nato,
de Limites e Coordenação Geográfica sob a che- _1..0l' 1órya do qu~ cuspbe o Decreto n. 0 92, pelo
fia do proponente, um plano para solução defi- qual foi o mesmo criado. Historiando a vida
nitiva do assunto. Ainda com a palavra, o Sr. do I.B.G.E., do qual é o Diretôrio o órgão re-
Monteiro de Castro propõe que se consigne em gional, refere-se o Sr. Quintino dos Santos ao
ata o júbilo da Casa pelo êxito de Minas na par- carinho dispensado à instituição pelo P;esi-
ticipação no Concurso de Monografias de 1942. dente Getúlio Vargas que ao fundá-la cedeu a
lVf"nzu::,. continúa o orador, figurou en1 lugar que casa, uma das salas do Palácio do Ca tete, e
sobremaneira honra a cultura do Estado e daí um ininistrü, o Embaixador José Carlos de Ma-
NOTICIARIO 111
cedo Soares. Por sua vez. o Diretório Regional salmente, encerrando valiosas informacões que
tem recebido do Governador Benedito Valadares interessam à Geografia e assuntos co~rrelatos.
constante apôio e estímulo, pernlitindo a exe- Na última parte da ordem do dia, foram assen-
cução de trabalhos geográficos de grande reper- tadas as comemorações para o dia 29 do cor-
cussão no Pais. O Sr. Quintino dos Santos rente, "Dia do Estatístico" e aniversário do Ins-
ainda teve palavras de louvor ao antigo presi- tituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cons-
dente do Diretório, Sr. Odilon Dias Pereira, tando do programa unia visita ao Governador
pelo zêlo que orientou os trabalhos e estudos Benedito Valadares, a quen1 oferecerão, os ór-
em uma fase de intensa atividade. Dada a pa- gãos regionais, álbuns artísticos contendo dia-
lavra ao Sr. Valdemar Tavares Pais, produziu gramas que fixam tôda a vida do Estado e uma
êste clo(jücnte i111proviso Cf.11 que r ·-:::sJ.1 ~ J _1 as cu:dada coletünea de dados estatísticos, como
qualidades do novo presidente do Diretório e testemunhos do seu reconhecimento pelo pres-
a alegria com que era recebido. Acentuou o tigioso ar:ôio que tem recebido de s. Excia.
orador o alcance e competência do ilustre en- A Comissão designada para o exame das con-
genheiro, manifestada no exercício de diversas tas, pelo seu relator, Sr, Valdemar Tavares
funções públicas, salientando, em particular, as Pais, apresenta o seguinte parecer que é apro-
realizações levadas a efeito na principal ferro- vado: "A Co1nissão abaixo, designada pelo exmo.
via do Estado. Conhecendo-se a ponderação do sr. presidente do Diretório Regional do Con-
Governador Benedito Valadares na escolha de selho r-'acional de Geografia para examinar as
seus auxiliares, não causou surpresa a sua no- contas dos serviços de levantamento dos mapas
meação para Secretário da Viação e, portanto, municipais do Estado, opina pela aprovação das
presidente do Diretório. Termina o orador afir- despesas feita no período de 31 - XII - 1941
mando a disposição de todos os membros, de a 31 - XII - 1942 na importáncia de ...... .
(:Ontinuarem com entusiasmo o seu esfôrço, em CrS 64 879,50 à vista do balanço e documentos
prol do melhor conhecimento do solo e da apresentados em 31-XII-1942. A Comissão:
gente montanhesa. Feita a leitura da ata da (aa) Valdemar Tavares Pais, Esmeralda Au-
sessão anterior foi a mesma posta em discussão gusto Borges, Eduardo Schmidt M. de Castro.
e aprovada. Por proposta do Sr. Secretário, o Por proposta do Sr. Valdemar Lobato foram
expediente ficou para ser lido na próxima reü- aprovadas moções de congratulações aos Sr. Be-
nião. Na ordem do dia foram ventilados assun- nedito Quintino dos Santos, pela sua recente
tos da maior importáncia, tais como os estudos eleição para presidente do Instituto Hist>órico
que deverão ser iniciados em breve, da revisão e Geográfico de Minas Gerais e ao Sr. Arcebispo
da divisão administrativa do Estado, tendo sido D. Antônio dos Santos Cabral pela comemora-
feita a leitura do telegrama do Sr. presidente do ção do Jubileu Episcopal de S. Excia revma.
I.B.G.E. endereçado ao Sr. Governador e da Antes de encerrar a sessão o Sr. Dermeval Pi-
informação prestada ao Sr. presidente, pelo se- menta agradeceu as referências feitas à sua
cretário que passou os papéis às mãos do Sr. pessoa, manifestando a sua decisão de trabalhar
Dermeval Pimenta para que, por seu intermé- com tôda a dedicação, também neste setor.
dio, sejam encaminhados ao Sr. Governador. para maior engrandecimento de nossa Pátria.
Em seguida foi apresentada pelo Sr. Secretário Fêz um apêlo aos chefes de serviços técnicos
uma prestação de contas, tendo sido nomeada
pelo presidente a seguinte comissão, para exame que integram o Diretório, visando uma colabo-
das mesmas: Eduardo Schmidt Monteiro de r:j,ção perfeita para que sejam vitoriosas as
Castro, Valdemar Tavares Pais e Esmeralda Au- campanhas da institu1ção, criada com tanto
gusto Borges. Logo após, para tratar da apro- carinho pelo Presidente Getúlio Vargas e pres-
var-fio de decretos-leis m1u1~cipais fixando perí- tigiada pelo Governador Benedito Valadares.
metros urbanos e suburbanos, foi dada a pa- Termina o Sr. Dermeval Pimenta declarando
lavra ao Sr. Alberto Mourão de Miranda que que podem todos confiar no desejo que o ani-
apresentou o seguinte parecer: "Como membros ma de levar o Diretôrio ao êxito de tôdas as
da Comissão do Diretório Regional de Geogra- pesquisas e trabalhos de suas atribuições, con-
fia incumbida do exame dos decretos-leis bai- tando com a colaboração de todos quantos o
xados pelos prefeitos municipais para delimita- compõem, na execução de seu patriótico pro-
ção de perímetros urbanos vimos propõr a esta grama.
assembléia a aprovação da delimitação de mais
os seguintes municípios, fazendo-se as necessá-
rias comunicações ao Secretário das Finanças e Instituto Histórico e Geográfico
ao Secretário do Interior, para os fins conveni-
etnes". Por proposta do Sr. Quintino dos Santos CONFER:ítNCIA DO SR. EDELWEISS TEI-
êsse parecer foi aprovado, devendo ser trans- XEIRA - Teve lugar no dia 4 de março, em
formado numa resolução que também fica desde sua sede social, no Palacete Alvaro José dos
já aprr ·ada, ficando a cargo da Secretaria do Santos uma reünião do Instituto Histórico e
Diretório sua redação e o expediente necessá- Geogrã°fico. Ocupou a tribuna o Sr. Edelweiss
rio. A resc,. ução então aprovada tem o número Teixeira, que dissertou sôbre o tema "Origem
19 e a seguinte ementa: "Manda registrar os da cidade do Japão, de Oliveira", falando a
decretos-leis municipais fixando os quadros ur- seguir sôbre a monografia "Baependí'', do Dr.
banos e suburbanos respectivos dos municípios Alberto Pelúcia.
que relaciona". Constou, ainda, da ordem do
dia, a realização, em setembro deste ano, em ELEIÇÃO DA NOVA DIRETORIA - Reali-
Belém, Capital do Pará, do Décimo Congresso zou-se no dia 22 de março em sua sede provisó-
Brasileiro de Geografia, certame cultural que ria, à rua do Espírito Santo n. 0 757, a eleição
ten1 cons.eguido elevado número de adesões da nova diretoria do Instituto Histórico e Geo-
Informou o Sr. Secretário sôbre o grande êxito gráfico de Mi nas Gerais e das comissões pe:i;-
que vem tendo no Estado e sôbre as adesões re- manen tes, as quais ficaram assim constiuídas:
cebidas e, mais, que a Comissão Organizadora Para presidente de honra, por proposta do
Central deverá visitar Minas Gerais Llll inrnsão consócio Geraldo Dutra e Morais, foi aclamado
de propaganda, em princípios de junho pró- o nome do Governador Benedito Valadares Ri-
ximo. Sôbre o Congresso de Monografias de as- beiro.
pectos municipais dêste ano, comunicou que Presidente, Sr. Benedito Quintino dos San-
a Secretaria do Diretória já fez a redistribu1- tos; vice-presidentes, Sr. Milton Campos, Co-
ção de editais e instruções a todos os inunicí- ronel Herculano Assunção, Sr. Lourenço Baeta
pios, esperando-se grande interesse nos meios Neves, Sr. Estêvão de Magalhães Pinto e Sr.
culturais de todo o Estado. Foi também, apre- Cincinato Noronha Guarani; secretário geral,
sentado em plenário o Boletim do Conselho Arnaldo Cathoud; sub-secretário, Sr. Geraldo
Nacional de Geografia que será publicado men- Dutra de Morais, oradores, Srs. Roberto de
112 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
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consultas sôbre o assunto, formuladas por agri- e a publicação de varias edições de sua "Re-
cultores do interior do Estado, o presidente vista" de divulgação de estudos paraenses.
convidou o sr. Flávio de Sales Dias para con- Agradecendo as referências feitas á família
ferenciar novamente com o sr. Secretário das Barata e à sua pessoa falou o coronel Mário
Finanças a respeito. Barata, focalizando vários fatos e episódios da
Com a palavra, o sr. João Viana sugeriu vida de seu bisavô, coronel Francisco Rodrigues
que a Sociedade, em prosseguimento da cam- Barata e de seu tio senador Manuel Barata,
panha que está desenvolvendo para o fomento cuja notável bibliotéca se encontra no Instituto
da horticultura no município da Capital, so- Histórico Brasileiro e que fôra ava,liada em cêr-
licitasse ao sr. Prefeito de Belo Horizonte or- ca de quatrocentos contos de réis. Terminou
denar seja feita a ligação de águas nos lotes oferecendo ao museu do Instituto várias recor-
de terrenos urbanos, afim de que os proprietá- dações do saüdoso historiador paraense
rios possam utilizá-los para a cultura de pro- No decorrer da secção o professai· Paulo
dutos da pequena lavoura. Aprovando a suges- Eleutério falou sôbre a personalidade e a obra
tão, o presidente esclareceu que o assunto tem do Visconde de Taunay, cujo centenário decor-
sido focalizado várias vêzes perante o Prefeito rêra recentemente.
da capital, esperando-se que dentro em breve A seguir, o orador referiu-se aos trabalhos,
seja atendida a solicitação da S.M.A. Encerran- que vão adiantados, da comissão local do X
do a sessão, o presidente submeteu á aprovação Congresso Brasileiro de Geografia, aludindo aos
da casa a indicacão dos srs. Antônio da Costa esforços do seu presidente, capitão de mar e
Barros, Atair Lopes de Rezende e Antônio de guerra Braz Dias de Aguiar, que tem sido o
Campos Meló para o quadro social. grande animador da causa, em que está em-
penhadot a própria cultura nacional. Prosse-
guindo, o antigo secretário perpétuo do Insti-
Sociedade Mineira de Engenharia tuto aludiu á necessidade de ser tornada em
realidade, sua antiga. proposta já aprovada peio
DELEGADOS-ELEITORES - Para a eleição conselho administrativo, da realização, no Pará,
dos delegados-eleitores que tomaram parte nas do 1.º Congresso de História da Amazónia, que
eleições para a renovação do têrço dos Conse- poderia seguir-se ao Congresso de Geografia, en1
lhos Federal e Regional de Engenharia e Ar- Setembro próximo, devendo para isso ser feita
quitetura, reüniu-se em assembléia extraordi- a necessária propaganda, interessando os Ins-
nária, no dia 27 de fevereiro último, a Sociedade titutos Históricos do Amazonas, do Acre, do
Mineira de Engenharia, sob a presidência do Piauí e do Maranhão, assim como os seus res-
engº José de Almeida Campos Júnior. Foi o pectivos governos e instituições culturais. O
seguinte o resultado do pleito: para delegado- orador fôra eleito presidente da comissão exe-
-eleitor junto ao Conselho Federal, o engº Her- cutiva do Congresso, mas por deficiência de
man Palmeira, e para suplente o eng. 0 Paulo seu estado de saúde, pedia permissão para
de Andrade Costa; para delegados- eleitores resignar na pessoa do desembargador Jorge Hur-
junto ao Conselho Regional de Engenharia e ley, pesquisador da história e geografia locais,
Arquitetura da 4.ª Região: Nilo Miranda, Ira- para ao lado do jovem historiógrafo Artur
cema Brasiliense, José de Campos Continentino César, Ferreia Reis, levarem avante a idéia
e Amador Parreira Barbosa, suplentes: Aristó- do Congresso, não se furtando, porém, de se
teles Juvenal de Faria Alvim e White Lírio Silva. prestar a sua colaboração, tanto que jã possuía
um inédito intitulado "A Amazônia no Século
XVI", para oferecer aos futuros n1embros do
certame. Depois de tratarem do assunto tam-
bém os drs. Hurley e Bolivar Bordalo, ficou acei-
ta a reorganização da comissão executiva, sob
PARÁ a presidência de Jorge Hurley.
Usaram ainda da palavra diversos diretores,
tomando parte nos debates os srs. Mário Barata,
Instituto Histórico e Geográfico que lembrou ao Instituto o próximo centená-
rio do aeronauta paraense Júlio César Ribeiro
X CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRA- de Sousa, que decorre a 13 de Junho deste ano,
FIA E 1.º CONGRESSO DE HISTóJ:l,IA DA AMA- historiador Max Fleiuss e antigo parlamentar
ZôNIA - CENTENARIO DO VISCONDE DE e ministro J. J. Seabra, propondo votos de pesar
TAUNAY - Depois de alguns meses em f~rias, que foram unãnimemente aceitos.
realizou o Instituto Histórico e Geográfico do
Pará no dia 13 de março, uma sessão sob a
presidência do profeAsor A vertano Rocha, es-
tando presentes vários membros do Conselho
deliberativo.
Após a leitura da ata e das efemérides na- PARAíBA
cionais e paraenses, o orador da casa falou sôbre
o professor Raünundo de Campos Proença, que A remuneração dos prefeitos
fôra o último bibliotecário do Instituto, cujo
retrato se inaugurava na galeria dos sócios que
têm prestado maiores e mais dedicados servicos O sr. Interventor federal na Paraíba, em
à veneranda associação. ~ ato assinado em abril último, fixou no mínimo
Estando presente, em visita, o sr. coronel de CrS 800,00 e máximo de CrS 3 .000,00 o ven-
Mário.. Magalhães Cardoso Barata, fêz uma re- cimento mensal dos prefeitos do Estado. A
senha histórica da atuação da família Barata remuneração de ,cada prefeito varia de acôrdo
na vida paraense, destacando duas figuras: o com a importância do município e sua renda.
coronel do Exército portug1Jês Francisco Ro-
drigues Barata, que fôra membro da junta
governativa do Pará há mais de cem anos, e o Instituto Histórico e GeoS-,.áfico Paraibano
então senador dr. Manuel Barata, reputado his-
toriador, cujo nome estava na galeria dos me- HOMENAGEM A MEMóRIA DO ·ESCRITOR
lhores e mais conceituados relevadores dos fatos CARLOS D. FERNANDES - Iniciando suas ati-
da história do Pará. A seguir referiu o primeiro vidades no corrente ano, o Instituto Histórico
govêrno do atual interventor federal, sr. co- e Geográfico Paraibano realizou uma sessão no
ronel Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, dia 14 de março.
a quem o Estado e, particularmente, o Instituto Após a leitura do expediente, falou o Pre-
devia inolvidáveis serviços, citando o fato da sidente, sr. Adernar Vida!, sôbre o escritor Car-
cessão da casa em que funcionava a associação los D. Fernandes, prestando homenagem à sua
NOTICIARIO 115
memória. Por proposta do sr. J. Veiga Júnior a construção referida, mediante as normas tra-
foi aprovado um voto de profundo pesar pelo çadas e que deveriam ser estabelecidas no con-
falecimento de Max Fleiuss, Secretário do Ins- trato que foi, posteriormente, assinado entre
tituto Histórico Brasileiro e sócio corresponden- a União e o Govêrno do Paraná, em 28 de ja-
te do I.H.G.P. neiro do mesmo ano."
A Comissão de Estudos dos Negócios Es-
taduais, em sua sessão de 19 de fevereiro,
unãnimemente, opinou pela aprovação do mes-
mo projeto.
O sr. Presidente da República, conforme
PARANÁ despacho publicado no Diário Oficial de 26
de março último, aprovou, com alteracões, o
referido projeto. ·
Departamento Administrativo do Estado
Museu Coronel Davi Carneiro cedida autorização para funcionamento dos cur-
sos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
Instituüção de real valor, o Museu Davi Manuel Nóbrega, de Recife, fundada pela So-
Carneiro é uma iniciativa particular que merece ciedade Nacional de Instrução, mantenedora
o mais amplo apôio do Poder Público. do Colégio Nóbrega, em Recife, e Antônio Viei-
Estabelecünento modelar no gênero, êsse ra, na Baía.
Museu já mereceu dos Governos Federal e Es- Entre as cadeiras que constam dos cursos
tadual o reconhecimento de utilidade pública. figuram as seguintes, com os respectivos pro-
Não visa qualquer interêsse pecuniário, e fessores: Sociologia - dr. Antônio Vicente de
vem, desde a sua fundação, em 1928, prestando Andrade Bezerra; Estatística Geral e Aplicada
os melhores serviços para o progresso nacional. - eng-. Antônio Bezerra Baltar; Geologia e
O Município de Curitiba, bem compreen- Paleontologia - agrônomo Apolônio Jorge de
dendo a elevada finalidade dêsse estabeleci- Faria Sales. Mineralogia e Petrografia - quí-
mento, vem de apresentar à elevada apreciação mico Adauto da Silva Teixeira; Geografia Fí-
do Sr. Presidente da República um projeto sica - bacharel em Direito Gilberto Osório
de decreto-lei concedendo isenção dos impostos de Oliveira Andrade; Geografia humana - ba-
municipais, na parte que se refere ao prédio charel em Direito Décio de Lira Rabelo; Geo-
ocupado pelo Museu Coronel Davi Carneiro. grafia do Brasil - bacharel em Direito João
É, essa, uma atitude do Govêrno Municipal Feliciano da Mota Albuquerque Filho; Antropo-
de Curitiba que merece o mais decidido apôio logia e Etnografia - dr. José Mariz de Morais,
por parte dos poderes competentes, pois que médico; Estatística Educacional - engenheiro
visa amparar uma iniciativa particular que industrial Paulo Acioli Pimentel.
sobremodo tem auxiliado a preservação do patri- Figurando entre os professores dois súditos
mônio histórico paranaense. do Eixo e 5 outros estrangeiros, propôs a Co-
missão: ,
"1.º que os professores D. Anselmo João
Fuchs O S. B., alemão, e P. Guido Barra,
italiano, ·súditos do Eixo, só poderão figurar
como professores e apenas na categoria de con-
PERN,AMBUCO tratados, ouvida, preliminarmente, a autoridade
competente;
2.º que os professores P. Antônio Maria
Realizações do Estado Novo de Castro Simas, S. J., P. Antônio Fernandes
da Silva Lamego, portugueses e P. Thomas
No dia 13 de março, foi inaugurada, em Patrick Digman S. J., irlandês, sejam consi-
Recife, no hall do Grande Hotel, a Exposição derados contratados e não catedráticos efetivos."
das Realizações do Estado Novo em Pernambuco.
A mostra, organizada pelo Departamento
Estadual de Imprensa e Propaganda, constou
de gráficos e fotografias dos trabalhos reali-
zados no qüinqüênio 1937-1942 nos diversos
setores da administração, assim como a obra PIAUÍ
levada a efeito pela Liga Social contra o
Mocambo.
Encerrada a Exposição, o material foi apre- Aéro Clube
sentado às populações do interior, em diversos
municípios do Estado. ELEIÇÃO DA DIRETORIA - Pela assem-
bléia geral realizada no dia 6 de fevereiro, foi
eleita a diretoria do Aéro Clube do Piauí, a
Escola de Engenharia qual ficou assim constituída;
Sr. Lindolfo do Rêgo Monteiro, presidente;
COMEMORAÇÃO DE FORMATURA DA TUR- dr. Cícero da Silva Ferraz, vice-presidente; sr.
MA DE 1918 - No dia 4 de abril último, os João Rodrigues de Almeida, secretário; sr. João
engenheiros diplomados em 1918 pela Escola de Batista Carneiro, sub-secretário; prof. Agripino
Engenharia de Pernambuco comemoraram o 25.º Oiiveira, tesoureiro; sr. Miguel Sadí, sub-tesou-
aniversário de sua formatura, tendo sido obser- reiro; sr. Iberê Reis, diretor técnico; sr. Luiz
vado' o seguinte programa: Carvalho Cruz, sub-diretor técnico; sr. Robert
a) Missa em ação de graças na igreja de Wall de Carvalho, diretor de propaganda. Con-
Nossa Senhora de Fátima, comparecendo os en- selho Fiscal; Rivadávia Couto, Valdir Couto Car-
genheiros e suas famílias; b) excursão à cidade valho e dr. João Mendes de Melo. O Aero Clube
de Triunfo, tendo sido visitadas as obras de do Pia ui prestou uma homenagem ao sr. Inter-
engenharia realizadas no percurso; c) almôço ventor federal no Estado, benemérito do Clube,
regional naquela cidade sertaneja, .durante o aclamando-o seu presidente de honra.
qual foram lidas as impressões de cada um
dos componentes da turma sôbre a vida profis-
sional e sua projeção a serviço do Brasil. Depois Departamento Estadual de Imprensa e
da comemoração, foram reünidas em plaquete Propaganda
essas impressões, como lembrança do 25.º ani-
versário da formatura ~ EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS E CARTAS
São os seguintes os engenheiros formados GEOGRÁFICAS - Organizada pelo D.E.I.P.,
pela tradicional Escola de Engenharia de Per- foi inaugurada no dia 3 de maio, em home-
nambuco, em 1918: Gercino de Pontes Isaac nagem ao transcurso do 8. 0 aniversário de go-
Gondim, Alvaro Celso, Nogueira Batist~. José vêrno do sr. Interventor Leónidas Melo, uma
Sabino Pinheiro, José Arruda, Aderbal Duarte exposição de fotografias e mapas atualizados,
e Manuel Caminha Sampaio. dos Municípios do Estado. O certame despertou
o máximo interêsse e obteve completo êxito,
sendo encerrado no dia 16 daquele mês.
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
Manuel Nóbrega
Junta Regional de Estatística
CONCEDIDA AUTORIZAÇÃO PARA O SEU
FUNCIONAMENTO - O Diário Oficial de 2 de "DIA DO ESTATÍSTICO" - No dia 29 de
março último, publicou, na íntegra, o parecer maio, a Junta Executiva Regional de Estatística
n.o 9 da Comissão de Ensino Superior, do Con- do Piauí realizou uma sessão conjunta com o
selho Nacional de Educação, opinando seja con- Diretório Regional de Geografia afim de ma-
NOTICIARIO 117
missares da malária. Para a zona das sêcas, no drenagem e movimentação das águas para-
alto sertão, a técnica aconselhou, como solU- das, podem se tornar, de um dia para ou-
ção, a açudagem, as barqgens, que retenham tro, celeiro das populações que porven-
as águas fluviais, formando reservatórios para tura alí habitem, concorrendo para sua
as épocas de estiagem. definitiva fixação. É êsse o fio condutor
Os vales úmidos do Nordeste requerem po- do problema e que ocupará a nossa atenção
rém, outra solução e para estudar os seus pro- no decorrer dos trabalhos da Reünião de
blemas, o Departamento Nacional de Obras do Natal. Apresentaremos sugestões no senti-
Saneamento promoveu em Natal, de 6 a 9 de do de se processar a desobstrução dos leitos
abril último, uma Reünião de Estudos dos da maioria dos rios do litoral paraibano,
Vales úmidos do Nordeste, fixando-se um plano fazendo-se abertura de drenagens, retifica-
de ação no sentido de se proceder à conquista ção de cursos e, por fim, a cultura das
de novos territórios, para desenvolvimento re- terras das bacias que lhes pertencem".
gular e intenso da produção agrícola (vale) .
Na Reünião, foram examinados os aspectos A ação de dois governos - "Essa ta-
essenciais do problema, como saneamento, colo- refa, entretanto, já foi cuidada desde
nização, transportes, organização econômica, muito tempo, embora sem a amplitude e a
fixação do homem ao solo, financiamento e intensidade que merece, tal como acontece
ação governamental. hoje em Camaratuba.
Possivelmente creio que foi no govêrno
DECLARAÇÕES DO SR. SECRETARIO DA do EX-presidente Solon de Lucena que se
AGRICULTURA SÕBRE O CONCLAVE DE NA- procedeu ao saneamento do curso do rio
TAL - Antes de seguir para Natal onde re- Jagnaribe, visando-se, sobretudo, as zonas
presentou o Govêrno da Paraíba na Reünião próximas desta capital. Depois, o ex-:_inter-
de Estudos dos Vales úmidos do Nordeste, o ventor Antenor Navarro, com sua v1sao ex-
sr . .José Joffly Bezerra, secretário da Agricul- traordinária de homem de govêrno, antece-
tura d:> mesmo Estado, prestou as seguintes dendo-se aos nossos dias, tratou da de-
declarações à imprensa de João Pessoa. sobstrução do rio Sinimbú, no município
"A organização da importante reünião de Mamanguape, conseguindo arrancar da
de Natal deve-se ao engenheiro Camilo de esterilidade quase absoluta, cêrca de mais
Menezes, do Departamento Nacional de de 500 hectares de terras, os quais passaram
Obras de Saneamento e chefe do Distrito a dar os melhores rendimentos, ficando me-
do Nordeste. nos sujeitos às endemias, que infestam
Com o apôio do general Newton Caval- aquele trecho de território paraibano ou-
canti, objetiva dar o máximo impulso à trora rico e intensamente produtivo.
Batalha da Produção, iniciativa oportuna A obra foi projetada e executada pelo
e de extraordinária repercussão, visando rá- engenheiro Joffly Pereira da Costa que, a
pida e completa solução do abastecimento propósito, escreveu um importante estudo,
das populações nordestinas e das unidades divulgado naquela época pela "A União."
de tropas sediadas nesta reg;ão. Areas de produção e transportes
O aproveitamento dos vales - de-
A "Com essa conquista pacífica de terri-
delegação da Paraíba apresentará várias tórios próximos aos grandes centros con-
sugestões de maior interêsse que visam o sumidores, poderen1os dar mais um_ pas-
aproveitamento dos vales do nossos rios li- so de máxima relevância, na solUçao do
torâneos, tais como o Guajú, o Mirirí, o problema de abastecimento das populações
Gramame, o Mumbaba, o Cuiá, o Abiá e nordestinas, hoje extraordinària1nente agu-
o Jaguaribe, sem falar no vale do Camara- çado devido à guerra e a outros fatores, tais
tuba, onde o Interventor Rui Carneirn reali- como as sêcas dos dois últimos anos. Sa-
zou e continúa ampliando uma obTa notá- nean1ento. drenagem, retificação dos cursos
vel, que vale como um marco inapagável dágua de extensas zonas do nosso litoral,
no quadro geral de sua profícua adminis- tudo isso será objeto das nossas exposições,
tração. na qualidade de representantes da Paraíba,
Em Camaratuba temos um exemplo tí- perante a Reünião da capital do Rio Grande
pico do que se poderá fazer con1 relacão do Norte.
aos demais rios da zona úmida da Paraíba Trataremos ainda, na parte de estudos
e do Rio Grande do Norte. topo-hidrográficos, do conhecimento do re-
gime dos rios em aprêço, ao lado do apro-
"Acoreamento" Os cursos dêsses veitamento intensivo das suas bacias. Afóra
rios litorâneos, continuou, sofrem um pro- isso, abordare1nos também a questão de
cesso que deno1ninamos de "açorea1nento". transportes, apresentando indicações sôbre
É um lento e ininterrupto enfraquecimento as vantagens para construção de uma ro-
de sua correnteza devido à ação dos vege- dovia ligando diretamente Sta. Rita a Ma-
tais, a exemplo dos juncos e de outros manguape sem passar por Sapé, o. que fará
mais, que vão se retrançando de tal sorte, uma redução de metade do atual trajéto.
ao longo dos cursos dágua, a ponto dêstes Depois, lembraremos a construção de ou-
se tornare1n extensas zonas estagnadas e tra estrada de rodagem, ligando ainda Ma-
insalubres, dando margem ao abandono da manguapo a Guarabira e que deverá atra-
maioria de sua população que não quer '-!8 vessar a z,ona ricamente produtiv8, de Araça-
consumir pela malária. Espraiando-se em gí e outras mais, de modo que chegássemos
zong, de uma topografia regular, sem aci- a contar com uma ligação efici.ente e redu-
dentes de gTande importância, os rios dês- zida ao máximo, entre os nossos centros
se tipo correm e1n sinuosidades que, com produtores das" zonas úmidas e os grandes
o tempo, vão-se multiplicando devido ao centros consumidores."
crescimento da vegetação densa e ema-
ranhada. Esta, aos poucos rouba tôda a
energia das correntes dágua. Daí decorre
o abandono de cada vale úmido, a sua es- RIO GRANDE DO SUL
tagnação e, lógicamente a completa ausên-
cia de trabalhos agrícolas.
Empréstimo 11ara a · aquisição de 1naqu1nar1a
Drenagem e movimentação das águas para exploração de cobre
- Mas, disse o sr. José Joffly, essa terra,
assim paludosa e doentia acumula gn~n O sr. Interventor no Rio Grande do SuI
des reservas de matéria orgânica, paues assinou, no dia 16 de março, o Decreto-lei n.u
fertilíssimos que, à ação de processos de 335, pelo qual ficou autorizado o Govêrno do
NOTICIARIO 119
Estado a contrair com o Banco do Brasil um fim, de acõrdo com o art. 29 da Constituição
empréstimo de cinco milhões de cruzeiros, des- Federal. O art. 1. 0 autoriza o Interventor a
tinado a custear as despesas com a aquisi- firmar acôrdo com os Municípios de Florianó-
ção e transporte de maquinária adquirida do polis, Blumenau, Itajaí, Joinvile, Laguna, La-
Govêrno do Uruguai para exploração do cobre ges, Rio do Sul, São Francisco e Tubarão, sõbre
no Estado. O empréstimo será amortizado me- o assunto de que trata o decreto.
diante o pagamento de semestralidades iguais, Para garantia caucionária de financiamen-
dentro do prazo de 10 anos, vencendo os juros to dos trabalhos, obras, desapropriações e ins-
de 7% ao ano. talações relativos aos empreendimentos de que
trata o decreto-lei, o Estado, a juízo do Inter-
ventor Federal, poderá emitir, sob a denomi-
Diretório Regional do Conselho Nacional de nação de "Obrigação Sanitária", um titulo re-
Geografia presentativo do crédito correspondente às vinte
quotas semestrais de investimento das taxas
DESIGNAÇÃO DE NOVO MEMBRO - Con- dáguas e de esgotos para cada terreno edificado
forme expediente publicado no Diário Oficial ou não, atingido pelo plano dêsses melhorá-
do Rio Grande do Sul, do dia 17 de abril, o mentos em cada uma das cidades referidas.
sr. Interventor federal interino nomeou, de O valor nominal de cada "Obrigação" será
conformidade com o art. 2.º, parágrafo 2.0, alí- igual ao montante das vinte quotas semestrais
nea b, do Decreto n.o 7 163-B, de 11 de março de investimento das taxas dágua e de esgotos,
de 1938, o dr. Caio Brandão de Melo, represen- devidas pelo terreno a que ela se refira e ex-
tante da Secretaria da Educação e Cultura, presso em dezena de cruzeiros por inteiro,
membro efetivo do Diretório Regional do Con- aproximando-se para mais de dez cruzeiros as
selho Nacional de Geografia, com as funções frações desta importância iguais ou superiores
definidas no respectivo regulamento e consi- a cinco cruzeiros e desprezando-se as inferiores.
deradas de relevante serviço público. Cada obrigação será constituída: de uma
Por outro ato, publicado no mesmo Diário parte principal, na qual se mencionarão, além
Oficial, foi exonerado, a pedido, das mesmas dos detalhes indispensáveis à perfeita caracte-
funções o dr. Herófilo Azambuja, em virtude de rização do terreno a que se refira, os respecti-
ter sido nomeado Diretor Geral da Secretaria vos valor nominal e número de emissão; e de
do Interior. uma parte accessória. formada por vinte cou-
pons picotados, cada um deles contendo, além
do número de emissão, a importância da quota
semestral do investimento que represente.
0
VOLTOU A CIRCULAR A "REVISTA DO de cinco membros nomeados, media nte porta-
INSTITUTO" - Com a sua circulação suspensa ria, pelo Prefeito, e escolhidos entre as persona-
desde 1921, voltou a circular em Abril último lidades que, pela sua cultura intelectual, sejam
a Revista do Instituto Histórico e Geográfico merecedoras dessa distinção, todos com man-
de Santa Catarina. O 1. 0 número dessa nova dato de dois anos.
fase, correspondente ao primeiro semestre dêste A Comissão Municipal de Biblioteca, com-
ano insere matéria de interêsse histórico. A di- pete: a) sugerir ao Prefeito tôda e qualquer
reção da Revista está entregue ao sr. Carlos da providência visando a adn1inistração e a orga-
Costa Pereira, tendo como reda tores os srs. nização da biblioteca e secções anexas sob mé-
Osvaldo S. Cabral e Eliezar S. Carvalho. todos e sistemas modernos, de forma a poder
atingir, com eficiência, os seus objetivos cul-
CENTENARIO DO MARECHAL XAVIER DA turais; b) propôr ao Prefeito, nos limites das
CAMARA - Comemorando o centenário do Ma- dotações orçamentárias, a aquisição de obras
rechal Xavier da Cãmara, realizou o Instituto para a formação do acervo bibliográfico; c) re-
uma sessão solene no dia 19 de maio, a qual foi presentar ao Prefeito sôbre as falhas e omissões
presidida pelo capitão Asteróides Arantes, re- que notar com relação não só a.os serviços
presentante do sr. Interventor federal no Es- técnicos e administrativos da biblioteca, como
tado. o desembargador Henrique Fontes, pre- ao respectivo mobiliário, visando a sua melhor
sidente do sodalício, ao abrir a sessão, fez o disposição, o confôrto dos consulentes e a hi-
elogio do Marechal Cãmara, dando a seguir a giene do local; d) indicar os nomes dos fun-
palavra ao professor Custódio de Campos que cionários que devam ser nomeados interina-
proferiu uma conferência recordando a atuação mente, nos casos a que se refere o art. 10;
do homenageado. e) promover por todos os meios ao seu alcance
o maior desenvolvimento da biblioteca, inclu-
sive pedido de doações de obras aos amigos
da biblioteca; f) providenciar e orientar, quan-
do julgar oportuna, a organização junto à bi-
SÃO PAULO blioteca, das secções de hemeroteca e disco-
teca e de um museu local.
Conselho Estadual de Bibliotecas e Museus
Faculdade de Filosofia de São Bento
ANTE-PROJÉTO DE SUA CRIAÇAO - No
Palácio dos Campos Elíseos, realizou-se, no dia CURSOS DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA, MATE-
27 de fevereiro, a cerimônia da entrega ao sr. MATICA E FÍSICA - Na edicão do dia 2 de
Interventor federal em São Paulo do ante-pro- março dêste ano, do Diário Oficial, foi publi-
jéto de criação do Conselho Estadual de Biblio- cado o parecer n.º 73, da Comissão de Ensino
tecas e Museus, elaborado por uma comissão Superior, do Conselho Nacional de Educação,
constituída pelos srs. Paulo Assunção, presi- favorável ao reconhecimento dos Cursos de
dente, Rui Nogueira Martins. prof. Luiz Galha- Geografia e História, Matemática e Física da
none, Arí Ferreira Mota, Osmar Pimentel e Faculdade de Filosofia de São Bento, de São
Rubens Borba de Morais. Paulo.
Falaram o sr. Paulo Assunção, Interventor
Fernando Costa, e o sr. Teotônio Monteiro de Instituto Geográfico e Geológico
Barros Filho, secretário da Educação.
O Conselho Estadual de Bibliotecas e Mu-
seus tem por objetivo habilitar os poderes pú- CONTRATO DE UM TÉCNICO - Pelo sr.
blicos a iniciar os primeiros passos na divul- Presidente da República, conforme expediente
gação do 11 vro e da cu! tura, mediante a orga- publicado no Diário Oficial de 2 de março úl-
nização racional das bibliotecas públicas e timo - Comissão de Estudos dos Negócios Es-
museus locais. taduais - proc. n. 0 1 303-43 - foi dada auto-
Compete ao Conselho: a) servir de órgão rização para contratar Oswey Binlamowsky,
consultivo do Govêrno em matéria de Biblio- para os serviços especializados de engenharia
tecas e Museus; b) organizar e orientar ::ts de minas, no Instituto Geográfico e Geológico
bibliotecas no Estado, incentivar o seu desen- do Estado de São Paulo.
volvimento e prestar tôda assistência técnica e
cultural às institu!çôes, públicas ou particula- Instituto de Pesquizas Tecnológicas
res, que a solicitarem; c) estabelecer as bases
para a unificação e padronização dos serviços CRÉDITO PARA A AMPLIACÃO DA USINA
técnicos nas bibliotecas do Estado e dos Muni- METALÚRGICA - Pelo sr. Presidente da Re-
cípios, solicitando às autoridades ~ompetentes pública, conforme expediente publicado no
as medidas necessárias para regularizar o res- Diário Oficial de 15 de março, aprovou o De-
pectivo trabalho quando em desacôrdo com a ?reto-le1 que abre o crédito de Cr$ 500 000,00,
orientação geral estabelecida; d) promover, nos a Secretaria de Educação e Saúde Pública do
municípios, a criação de bibliotecas, discotecas Estado :ie São Paulo, destinado às despezas de
e museus locais, onde se conservem documentos ampliaçao da Usma Metalúrgica do Instituto
de qualquer natureza relacionados com a his- de Pesquizas Teconógicas do referido Estado.
tória local e suas personalidades eminentes;
e) manter intercâmbio e articulacão com insti-
tu!çôes congêneres do país e cio estrangeiro,
especialmente o Instituto Nacional do Livro;
f) adquirir livros e distribuí-los às bibliotecas;
g) concorrer para o aperfeiçoamento técnico SERGIPE
dos bibliotecários, seja mediante a vulgarização
de obias sôbre biblioteconomia, seja mediante Colégio de Sergipe
cursos e estágios especiais; h) fazer a propa-
ganda do livro através dos diversos meios de AULA INAUGURAL DO PROFESSOR FELTE
publicidade e promover reüniões e congressos BEZERRA - Realizou-se no dia 16 de marco
bibliotecários; i) orientar, de acôrdo com as no Colégio de Sergipe, em Aracajú, a cerimônia
Prefeituras, as atividades das comissôes Muni- do inicio do período letivo, presentes os corpos
cipais de Bibliotecas. docente e discente. Após falar o diretor do es-
tabelecimento, foram lidos os artigos do regula-
UMA COMISSÃO EM TODOS OS MUNICÍ- mento, referentes aos deveres dos alunos. Em
PIOS - Em todos os Municípios haverá uma seguida, foi hasteado o Pavilhão Nacional, en-
comissão Municipal de Biblioteca, composta quanto os presentes entoavam o Hino Nacional.
NOTICIARIO 121
Proferindo a aula inicial, falou o professor Sergipe, por decreto de 15 de março dêste ano,
dr. Felte Bezerra, que expôs a origcn1 e desen- de:::ígnou o bacharel João de Araújo Monteiro
volvimento da ciência geográfica até a geo- para reger a cadeira de Geografia Econômica,
grafia moderna, salientando a importância des- do Curso Superior de Administração e Finan-
sa ciência no quadro das ciências sociais. Por ças da Escola de Comércio "Conselheiro Or-
último, falou o professor José Augusto que fêz lando" ,,percebendo a gratificação de magistério,
uma exortação aos estudantes.
Dos municípios
Antônio Prado - (R. G. do Sul) Na safra de 1942 o trigo produziu 80 OO()
sacos no valor de 3 500 contos; e a produção
Elaborado pela Prefeitura do Município de total de vinho é calculada em 3 milhões de
António Prado, recebemos, recentemente, uma litros, no valor aproximado de 1 800 contos.
cópia datilografada do trabalho que a seguir
transcrevemos, no qual se encontram úteis in- PECUARIA - Apesar do Município ser
formações ãcêrca dessa unidade municipal. puramente agrícola, possue um rebanho <1.e
TERRITÓRIO - O Município está encra- aproximadamente 46 950 cabeças, assim discri-
vado na região fisiográfica da Encosta da Serra. minado:
A sua extensão territorial é de 494 km ou
49 400 hectares dos quais 16 200 hectares sã'J
aproveitados na agricultura. ESPÉCIE _N_ú_m_e_ro_I Valor Rs.
A população humana monta à 12 000 habi-
tantes, havendo em cada km 24 a 29 habitantes.
A cada habitante do Município corresponde 1. Suínos. 34. 500 1 SGO:OOO$
mais ou menos 1,35 hect. de terras cultivadas. 2. Bovinos. 5. 200 780:000$
3. Muares. 3. 700 i 40:000$
MINERAIS - O subsolo tem grandes ex- 4. Equinos ... 3. 600 540:000$
tensões de granito, com muitos vestígios d e
minérios de ferro, não havendo porém explo-
ração.
MADEIRAS - Existem ainda, algumas ma- Os produtos de maior vulto na safra de
deiras de lei, tais como Cabriúva, Angico, Gua- 1941, foram: banha, com 250 000 quilos e cou-
juvira, Cedro etc. ros salgados com 8 760 quilos.
AGRICULTURA - Na safra de 1941, a pro-
dução agrícola alcançou 24 870 toneladas, no INDÚSTRIA - As fábricas transformativas
valor total de 7 087 contos de réis, assim dis- de real importância para a economia do Muni-
criminada: cípio, que funcionaram em 1941, foram em
número de 14, como se verifica do quadro
abaixo:
PRODUTOS Toneladas Valor
------------1-----~~
1
ESPÉCIE Capital 1 Movim9nto
1. Milho .... 15. 800 3. 950
2. Trigo. 3 .240 2. 21lS i-2-.2-00-:0_0_0$-12. 100:0:;
3.
4.
Uvas.
Aipim. .. .. .
3."ºº
1.200
420
180
1. Moinho trigo ..
2. Cant. vinho .. 493:000$ 832:000$
5. Batata doce .. .. 1.000 150 3. Fab. produtos suínos .. 36:000$ 1 254:000$
6. Feijão ......... . 400 160 3 - Fab. carr.. 100:900$1 115:000$
7. Batata inglêsa. 400 80 2-Fab. móveis. 37 :500$ 1)5:000$
8. Cevada ... 130 39 2 - Art. de couro. 52:500$ 63:300$
122 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
pela Prefeitura local. O certame despertou o gff.rêrno para localizar seus novos empreendi-
máximo interêsse, tendo sido expostas inúmeras mentos, principalmente a fórça elétrica, que
fotografias. lhes é fornecida a preço mínimo. Por outro
No dia 5 de abril, reüniu-se a Con1issão lado o fãcil acesso para a capital da República
julgadora sob a presidência do sr. Joubert ou para o interior do país, assegura facilidades
Guerra. Achavam-se presentes os n1en1bros drs. parn escoar os seus produtos. O govêrno do Es-
Renato Augusto de Lima, Newton Prates, Narbal tado está construindo no município de Divinó-
Montalvão, Moacir Andrade, Erico de Paula polis, bem próximo à referida zona, uma gigan-
Francisco Sales de Oliveira, Carlos Monteiro de tesca usin'1 elétrica, que ficarã pronta dentro
Barros e J. Carlos Lisboa, fazendo-se repre- de poucos meses, com capacidade inicial de
sentar, respectivamente, pelos srs. Renato r!e 20 000 kilowatts. Para se ter uma idéia do que
Lima, Luiz de Medeiros e Narbal Montalvão, 0s representa a construção da cidade industrial
srs. Cristiano Martins, Gregoriano Canedo ~ para Minas Gerais, basta dizer que mais de 30
Luiz de Bessa. companhias já requereram ter.renas para insta-
Dando início à sessão, que se realizou no lar suas indústrias, cujos pedidos de fôrça já
próprio local da exposição, o presidente disse atingem a 12 000 kilowatts. Belo Horizonte, as-
que o seu objetivo era proceder ao julgamento sün, ficará possuindo, numa zona de fácil aces-
dos traball:os apresentados ao Concurso. Depois so, com magníficas rodovias, seu centro indus-
dos debates preliminares, resolveu-se constituir trial. Três grandes realizações acompanham,
sub-comissões de três membros cada uma, in- passo a passo, o preparo do terreno para a cons-
cumbidas de apreciar cada qual determinada trução da "Cidade Industrial"; uma vila ope-
secção do Concurso, levado depois o seu parecer rária, que conterá, de início, 2 000 casas; uma
à resolução do Juri pleno. Após mais de duas crê8he, para 600 crianças, e uma escola que
horas de apurado exame, o Juri resolveu o poderá abrigar 1 000 alunos. Desta maneira,
seguinte: terão os operários das fábricas residências ba-
na secção de vistas da cidade de Belo Hori- ratas, cujo aluguel não ultrapassarã de 40 cru-
zonte, premiar em primeiro lugar a fotografia zeiros. Essa realização será completada com
de Gi!son, sob a legenda "Belo Horizonte, ci- um pôsto médico, que atenderã todos os operã-
dade luz!", vista noturna da Avenida Afonso· rios da "Cidade Industrial", sem distinção de
Pena; em segundo lugar, a fotografia de Gilson, fãbricas.
sob a legenda "Praça Raul Soares": O presidente Getúlio Vargas visitou demo-
na secção de instantâneos-figuras, premiar, radamente as obras percorrendo, inicialmente.
em primeiro lugar, a fotografia de Leise, sob a avenida Amazonas que ligará a rodovia Belo
a legenda "Carícia"; e, em segundo, a foto- Horizonte-Araxá ao centro da capital mineira.
grafia de Zinho, sob a legenda "Cabeça de S. Excia. teve a atenção despertada para três
Velho": gigantescas pontes de cimento armado, que es-
na secção de vistas do bairro de Pampulha, tão sendo construídas sôbre o leito da Central
premiar em primeiro lugar a fotografia de Cló- do Brasil, e representam a conclusão da citada
vis, sob a legenda "Prilneira vela"; e, em se- avenida. O secretãrio da Viação, sr. Dermeval
gundo lugar, a fotografia de Gilson, sob a Pimenta, teve oportunidade de mostrar ao chefe
legenda "Cassino, Iate, Baile, tríade maravilhosa do gr~wêrno notas e gráficos relativos aos planos
do coração àa Reprêsa . " da "Cidade Industrial". O governador Bene-
Abertos os envelopes, verificou-se teren1 dito Valadares informou, então, ao presidente
sido premiados, na secção de vistas da cidade, da República, que os industriais que se orga-
o fotógrafo Amãvel Costa, da Rádio Inconfi- nizam, para in.stalar alí suas novas fãbricas,
dência; na secção de instantâneos-figuras, o pretendem construir um instituto profissional.
fotógrafo an1ador Francisco Fernandes, em pTi- Prosseguindo em sua visita, o sr. Presidente da
meiro lugar; na secção de vistas da Pampulha, Hcpública. este,re na pequena usina que con-
foram premiados, em prilneiro e segundo luga- den~ará e t~ansformará a energia proveniente
res, respectivamente, o fotógrafo' a.n1ador Vi- de Di vinópolis.
cente Prates e o profissional Amável Costa.
Conhecido o resultado, usou da palavra o
sr. J. Carlos LiGboa, que propôs não se con-
.ceder nenhum prêmio na secção "Realizações
da atual administração n1unicipal" - em vista
das fotogarfias apresentadas não corresponde- B!nmenau - (Santa Catarina)
re1n à obra realizada pelo govêrno n1unicipal.
Propôs ainda o sr. J. Carlos Lisboa, senrlo SERV{ÇOS DE ABASTECIMENTO DAGUA
unânimemente aprovado, que ficasse adiada E EGGOTOS - O Prefeito Municipal de Blume-
para época a ser oportunamente fixada, o Con- nau, na conformidade dos artigos 29 da Cons-
curso de Fotografia~· relativo a êsse tema, co1n tituição Federal e 5. 0 do Decreto-lei federal
prêmios respectivamente, de três mil e mil n. 0 1 202, de 8 de abril de 1939 e do Decreto-lei
cruzeiros. estadual n. 0 761, de 9 de abril do corrente ano
Em seguida,· falou o sr. Narbal Montalvão, e devidamente autorizado pelo sr. Presidente
que propôs à comissão un1 voto de louvor !lO da República, assinou no dio 15 de abril 0
prefeito Juscelino Kubitschek, patrocinador r:lú Decreto-lei n. 0 85, autorizando o Prefeito a
certame, pelo êxito alcançado pela sua inicia- firmar em nome do município de Blumenau
tiva, sendo a proposta recebida sob prolonga- e juntamente com os municípios de Florianó-
dos aplausos de todos os presentes. polis, Itajaí, Joinvile, Lajes, Laguna, Rio do
Sul, São Francisco e Tubarão, um acôrdo con1
VISITA DO SR. PRESIDENTE DA REPú - o Estad9 para a ~mplantação, remodelação e
BLICA A CIDADE INDUSTRIAL - INAUGURA- exploraçao dos serviços de abastecimento dágua
ÇÃO DA AVENIDA PAMPULHA - Em sua re- e esgo1;_os na cidade de Blumenau, mediante as
cente viagem a Belo Horizonte, em maio último. condiçoes que determina.
o sr. Presidente Getúlio Vargas teve a oportu-
nidade de visitar o local em que está sendo
construída a "Cidade Industrial", localizada en1
uma grande área próxima de Belo Horizonte
entre a Rêde Mineira e a Central do BrasiÍ' Bom Jesús da Lapa - (Baía)
à margem da rodovia que une a capital Mt~
n~ira; Araxá e Uberaba. Neste local o govêrno NOVOS ESTATUTOS DO AÉRO CLUBE
m1ne1ro prepara o terreno para retinir tôdas O Diário Oficial do Estado da Baía na edicão
as fãbricas e novas indústrias que queiram ins- do dia 29 de feve_reiro, publicou, ;..a íntegra,
talar-se em Belo Horizonte. Os industriais en- os Estatutos do Aero Clube de Bom Jesús da
contrarão tôdas as facilidades por parte do Lapa, fundado a 16 de janeiro dêste ano.
N O T 1C1AR 1O 125
das. Saüdando o prefeito em nome do Jóquei Usaram da palavra, a seguir pelos profes-
Clube Paranaense falou o capitão Fernando sores o dr. Portos Morais de Castro Veloso, e
Flóres, secretário do Interior, Justiça e Segu- pelos alunos o jovem Daví Silveira da Mota
rança Pública e vice-presidente da tradicional Filho.
entid11de, pondo em relêvo a significação da Depois falou o chefe do govêrno estadual,
grata efeméride. concitando os jovens daquele estabelecimento,
Em seguida, o prefeito agradeceu a home- por onde passaram gerações e gerações de para-
nagem. naenses ilustres, a se devotarem ao trabalho e
Exposição Retrospectiva - Ainda no dia 28, ao estudo pelo engral1<;lecimento do Paraná e
teve lugar a inauguração da Exposição Retros- do Brasil.
pectiva, na sede da Sociedade Duque de Caxias, Em seu discurso atendendo ao apêlo que
tendo sido o ato presidido pelo Interventor Ma- lhe fôra feito pela direção da Casa, manifestou
nuel Ribas. Inaugurou o cert·ame a Sra. Anita a intenção do seu govêrno de dotar o Colégio
Ribas. Esta d uai do Paraná de todos os recursos indis-
A Exposição Retrospectiva caprichosamente pensáveis ao cumprimento das suas altas fi-
organizada apresentou numa visão cinemática, nalidades, reafirmando ao mesmo tempo o pro-
vários e interessantes aspectos da evolução da pósito de promover o mais ràpidamente possí-
cidade. Franqueada ao público, diáriamente, vel a construção de um novo edifício capaz de
a partir das 19 horas, a exposição foi visitadis- atender às necesidades mais urgentes ao desen-
sima, despertando o maior interêsse. volvimento das atividades pedagógicas do quase
O "Dia de Curitiba" - No dia 29 - data centenário estabelecimento de ensino do Estado.
da fundação da cidade - as 5 horas da manhã, Ao finalizar, S. Excia, declarou a satisfação
a banda de música do Tiro Rio Branco tocou com que via à frente da direção do Colégio a
uma alvorada. Às 9 horas, na Praça Tiraden- capacidade realizadora do professor Francisco
tes, exatamente no local onde se deu a funda- José Gomes Ribeiro.
dação da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pi- A seguir, o prof. Ribeiro agradeceu as pa-
nhais, teve lugar o ato da entrega à municipali- lavras do Interventor Manoel Ribas, e mandou
dade, do marco simbólico, mandado erigir por proceder à leitura da ata alusiva à inauguração
iniciativa da União das Entidades Culturais de da Biblioteca do Colégio Estadual do Paraná, e
Curitiba. encerrou após os trabalhos.
Abrindo a solenidade, a Comissão promotora A Bibliotéca está convenientemente insta-
dos festejos, por intermédio do Sr. Nestor Eri,,, lada em amplo salão, com todo o material ne-
cksen, diretor-geral do DEIP convidou o sr:·· cessário ao expediente, fichários, dispondo ini-
Prefeito Municipal e o representante do Co- cialmente de 4 500 volumes, distribuídos em
mando da Região a içarem as bandeiras de 15 estantes.
Cristo e do Brasil colônia - a primeira bandeira Às 16 horas, o 15. 0 Batalhão de Caçadores,
do Brasil. A seguir, o Interventor Manoel Ri- tendo à frente sua banda de música e oficia-
bas descerrou o marco simbólico, sob palmas da lidade, desfilou pela rua 15 de Novembro, indo·
multidão que se comprimia no local. até a Praça Tiradentes onde, diante do marco
Falou, então, em nome da União das Enti- da fundação de Curitiba, prestou as homena-
dades Culturais, promotora das festas, o Dr. gens do estilo militar.
Bento Munhoz da Rocha Neto, presidente do Elementos do veterano Tiro de Guerra 19
Círculo de Estudos Bandeirantes. procederam, à tarde, ao arriamento da Ban-
Agradecendo, falou o Sr. Rosaldo G. de deira Nacional que tremulou entre as tôrres
Melo Leitão, Prefeito da capital. da Catedral Metropolitana, ao som de sua banda
Seguiu-se uma missa campal em memória musical.
dos povoadores. Em altar colocado à entrada da A's 21 horas, no salão principal do Clube
Catedral Metropolitana, monsenhor Lamartine Curitibano, realizou-se uma sessão promovida
Corrêa de Miranda oficiou a cerimônia reli- pela União das Entidades Culturais, e com a
giosa, que foi descrita pelo dr. Elias Karam, qual ficaram encerrados os festejos.
atravez do microfone da rádio-emissora local. Especialmente convidado, falou o dr. Bra-
Por ocasião da elevação da hostia, foi içada a sil Pinheiro Machado, diretor da Faculdade de
Bandeira Nacional entre as tôrres da Catedral, Filosofia, que fêz uma brilhante conferência
ouvindo-se então, pela Banda da Fôrça Militar, sôbre a data.
o Hino Pátrio. Estiveram presentes o Interventor Manoel
Fêz uma invocação à N. Senhora da Luz dos Ribas, altas autoridades civis e militares, como
Pinhais, padroeira de Curitiba, a dra. Marita elevado número de .figuras de representação nos
Stockler de França. me\os sociais e culturais da cidade.
Durante as festividades realizadas na Praça
Tiradentes, as escolas públicas e particulares do O Marco Simbólico - A 'valiosa peça de gra-
Município realizaram uma concentração, repre- nito foi trazida de Paranaguá, onde servira nos
sentadas por delegaçôes constituídas de 50 alu- primeiros tempos da penetração para assinalar
nos cada uma. a posse das terras em nome do rei.
Aviões da 5." Base Aérea sobrevoaram o lo- E' um losángulo de granito, com base pró-
c.al durante as cerimônias, num magnífico es- pria para ser plantado na terra, trazendo em
petáculo de solidariedade às homenagens come- relêvo numa das faces a Cruz de Malta e a ex-
morativas. pressão "El-Rey". O marco foi apoiado em pe-
Encerrada a primeira parte do programa ofi- queno monumento de granito com expressiva
cial o Interventor Manoel Ribas, acompanhado placa de bronze.
dos seus auxiliares de govêrno, outras altas
autoridades civis e militares e elevado número A contributção do Conselho Nacional de
de pessoas gradas, dirigiram-se para a sede do Geografia - Como contribu\ção do Conselho
Colégio Estadual do Paraná, o mais antigo Nacional de Geografia às comemorações do
estabelecimento de ensino secundário da Ca- 250. 0 aniversário da fundação de Curitiba, o
pital. professor Alirio de Matos, catedrático de
O professor Francisco José Gomes Ribeiro, Geodesia e Astronômia de Campo da Escóla
diretor do Colégio, abriu os trabalhos da ses- Nacional de Engenharia da Universidade do
são solene que foi presidida pelo Interventor Brasil e diretor técnico da Campanha de Le-
Manoel Ribas, e fez uma preleção sõbre o me- vantamento das Coordenadas Geográficas das
lhoramento que vinha enriquecer o patrimônio Sedes Municipais Brasileiras, organizada pelo
cultural do educandário, e convidou a seguir o Conselho Nacional de Geografia, esteve na capi-
chefe ão executivo paranaense para abrir a es- tal paranaense em missão cultural e científica,
tante número um da sala, como um ato sim- com o propósito de levantar a coordenada geo-
bólico da inauguração da Biblioteca. gráfica daquela cidade, as quais, embora já
128 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
fixadas por outros observadores, não estão lugar para esta segunda adutora de fórma que
convenientemente localizadas, de modo a afas- o seu assentamento no futuro será de pouco
tar quaisquer dúvidas quanto ao seu rigor. custo. A Estação de Tratamento será construida
Esse trabalho figurará no mapa ao milionésimo, para a capacidade exigida pelas duas adutoras
ou internacional, que o Conselho Nacional de (48 000m3/24 horas) podendo suportar uma so-
Geografia elabora e que determinará as coorde- brecarga de 25%. As obras já estão em franco
nadas geográficas do pais com exatidão abso- andamento. Já estão assentados 830m de aduto-
luta, corrigindo dessarte, os mapas de que dis- res, existindo no local do serviço 3 OOOm. de
pomos que estão cheios de erros. tubos. A adutora é de ferro de fabricação da
Cia. Ferro Brasileiro. No fim do ano de 1944
REFôRCO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA as obras deverão estar concluídas e então Curi-
- Pêlo Sr.' Interventor federal, no Paraná foi tiba poderá ter seu abastecimento permanente
asinado no dia 17 de maio o decreto-lei n. 0 dia e noite e poderão ser ampliadas as rédes
145, abrindo o crédito especial de 12 milhões de para os bairros que ainda não estão servidos de
cruzeiros à Secretaria da Agricultura, Viação água. ·
e Obras Públicas. O orçamento total das obras de ......... .
Na distribuição dêsse crédito está prevista Cr$ 15 760 150,80, compreendendo as obras para
a execução do serviço de refôrço do abasteci- trazer a água até o Reserva tório do Caj urú.
mer:t-0 de água para Curitiba, no qual serão Além destas obras, terão que ser feitas as linhas
aprovei ta das as águas do rio Piraq uára. :tl:sse troncos de distribuição, sub-adutoras e ampli-
nasce na Serra do Marumbi e vem em direção ações das rêdes da cidade, cujos estudos estão
.à Curitiba, cortando a estrada da atual adutora sendo feitos, para que dentro de pouco tempo,
a 15 km. do centro da cidade, lançando-se de- também possam ser atacadas.
pois no rio Iguaçú. E' no ponto em que êle
corta a estrada da atual adutora que vai ser
feita a captação. Antes de ser feito o projeto
·definitivo das obras, foram estudados todos os
rios próximos de Curitiba, tais como Iguaçú,
Barigui, Ipiranga, Capivarí, Taquarí e outros Diamantina (Minas Gerais)
menores. Foram também perfurados poços na
várzea do rio Iguaçú, para estudo do lençol INAUGURADAS AS NOVAS INSTALAÇÕES
freático, tendo se chegado à conclusão de que DA D. R. DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS -
a melhor solução era a do aproveitamento do flT'elo major Landri Sales, diretor geral dos Cor-
rio Piraquára. O rio Iguaçú confrontando com reios e Telégrafos, foram inauguradas no dia
o rio Piraquára apresentava diversas desvan- 3 de maio, as novas instalações da Diretoria Re-
tagens tais como: água de qualidade inferior; gional, em edíficio próprio, cuja construção
tem afluentes que recebem os despejos do Ma- foi recentemente concluída.
tadouro Modêlo, Cortumes e Leprosário S. Ro-
que, o que não se dá com o rio Piraquára, que
·nasce na Serra do Marumbí, onde recebe as
mesmas águas que atualmente abastecem Curi-
tiba e vem em direção a esta Capital passando Entre Rios (Rio de Janeiro)
proximo de uma unica povoação que é a Colô-
nia Nova Tirol. As águas vão ser completa- AS ZONAS URBANAS EM FACE DO NOVO
mente tratadas de fórma que não haverá mais CÓDIGO DE OBRAS - O Sr. Prefeito do Mu-
.o receio de se beber água contendo germens nicípio de Entre-Rios, no Estado do Rio, pelo
prejudiciais à saúde. Além do tratamento para Decreto-lei n.º 42, de 2 de fevereiro dêste ano,
destruição dos germens, serão também reti- publicado no Diário das Municipalidades, de 4
radas as matérias orgánicas (partículas de fô- de abril, pôs em execução o Código de Obras
]has em decomposição) que dão à água de Curi- do Município. As zonas urbanas foram divididas
tiba a cõr escura que atualmente apresenta, em Bairros Comercial, Residencial e Industrial,
passando a se ter uma água perfeitamente lím- compreendendo o 1. 0 distrito do bairro Comer-
pida e pura. Será feita também a correção do cial os seguintes logradouros: o trecho da rua
grupo de acidês, mediante a adição de cal, Condessa do Rio Novo, limitado pela praça
passando a ter o laboratório químico que fun- Visconde Entre Rios e a rua 15 de Novembro;
donará na Estado de Tratamento. praça Visconde de Entre Rios; rua Duque de
A água captada no rio Piraquára, irá por Caxias no trecho da rua Condessa do Rio Novo
·gravidade até a Casa das Bombas do 1. 0 Recal- à praça Dr. Weinschenck; trecho da praça Dr.
que, onde será recalcada para a Tôrre de Equi- Weinschenck pertencente ao quateirão pela
librio. Daí irá por gravidade até a EstaÇão de praça Visconde de Entre Rios e ruas Duque
'Tratamento, numa extensão de 10,00m., onde de Caxias e Condessa do Rio Novo; rua Nelson
'Será tratada e novamente recalcada para o Re- Viana no trecho entre a ferrovia Central do
servatório do Cajurú. :tl:ste Reservatório tem a Brasil e rua Visconàe de Entre Rios; e o trecho
capacidade de 8 000m 3 , e ficará situado no pro- da rua 15 de Novembro compreendido entre
longamento da rua 15 de Novembro. Ao lado a ferrovia Central do Brasil e a rua Nelson
do Reservatório será construida uma Torre com Viana. O bairro Comercial do 4. 0 distrito com-
Depósito para 300m" que receberá a água do Re- preende: Praça da Estação, I, e .a rua da
serva tório e enviará para o Reserva tório de São Barateza. - Os bairros residenciais ~omnreen
Francisco. A parte baixa da cidade será abas- dem as zonas urbanas e suburbanas obed~cen
tecida pelo Reservatório do Cajurú, devendo do o Decreto 645, de 28 de dezembro de 1938
para êste fim ser construída uma linha tronco e a Deliberação n.º 50, de 10 de junho de 1938.
de distribuição partindo do citado Reservatório O Bairro Industrial do 12.º distrito, com-
e indo até a rua João Negrão, continuando preende a área dos terrenos da Ponte das Gar-
depois por esta rua até o Hipódromo. O pro- ças e Colônia de Cantagalo, limitada pela li-
jeto prevê duas adutoras de 0,60 m. de diáme- nha divisória da Zona Urbana, compreendida
tro. Por enquanto será construída uma que entre os marcos da rua Santo Antonio, triângulo
recebe atualmente 10 000m3/4 horas em épocas à rua Adélia Torno; daí pela margem esquerda
normais, sendo que em épocas de estiagem, do rio Paraíba até o ponto de limite entre os
-êste volume baixa a 8 000m3/24 horas. terrenos de Cantagalo e Fazenda da rua Di-
A nova adutora trará 21 OOOm3/24 horas. reita; daí em reta até a estrada de Ferro Cen-
Nas Casas das Bombas serão instalados além da tral do Brasil (Linha Auxiliar), acompanhando
bomba necessária mais uma de reserva ficando esta estrada até o ponto fronteiro da rua Santo
lugar para a terceira bomba que será instalada Antonio.
·quando fór construída a segunda adutora. Os
,suportes das adutoras já são construídos com
NOTICIARIO 129
9-
130 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Dr. Munhoz da Rocha no ponto de interseção Brejo dos Padres, levaram a efeito em março
com a rua Cel. Manoel Gracia, seguindo depois a grande festa anual denominada "A Festa cio
por esta até a rua Alfredo Bufrem; daí, pela Umbú". O programa compõe-se de dansas, com
rua Alfredo Bufrem até as ruas Cel. Manuel seus trajos típicos, sendo executadas as do
Garcia e Dr. Munhoz da Rocha. Prauá e do Torê. É uma festa animada com
A Primeira Zona compreenderá a área limi- ritual próprio. Para a mesma deu todo apóio
tada pela linlrn de fecho da Zona Central e o o professor Agenor Guedes Pereira, atual di-
perímetro que segue abrangendo ambos os la- retor do Pósto Indígena do Pancarús. O Pôsto
dos das ruas limítrofes; tendo corno ponto de Indigena dos Pancarús está subordinado ao Ser-
partida a rua Dr. Correia, esquina da rua Cel. viço de Proteção aos índios.
Pires segue por esta até a linha férrea da Rêde
Viação Paraná-Santa Catarina; por esta até a ESTUDOS GEODÉSICOS E ASTRONÔMI-
rua Cel. Manuel Garcia, em direção a rua 7 COS - Esteve em março último de passagem
de Setembro; pela rua 7 de Setembro até a por Itaparica uma comissão de a111ericanos, em
rua 15 de Julho e por esta até a rua da Liber- estudos geodésicos e astronômicos, composta de
dade; pela rua da Liberdade até a rua Marechal um oficial e cinco sargentos.
Floriano, daí em ángulo de 9.o atravessa a linha
férrea da Rêde Viação Paraná-Santa Catarina
até a interseção com a rua Conselheiro Zacarias,
desde a travessa do mesmo nome, até a rua
Marechal Deodoro; por esta até a rua 24 de
Maio; pela rua 24 de Maio até a rua Quintino
Bocaiúva; por esta até a rua Alfredo Bufrem;
pela rua Alfredo Bufrem até a rua 15 de Julho Juazeiro (Ceará)
e por esta até a rua Cel. Pires; pela rua Cel.
Pires, até o ponto de partida, isto é, a rua Dr. INQUÉRITO DE JUAZEIRO - Esteve no
Correia. inês de março próximo passado e1n Juazeiro, no
A Segunda Zona, compreenderá a área limi- Ceará, o Sr. Nóbrega da Cunha, diretor da Di-
tada pela linha de fecho da Primeira Zona e visão do Ensino Primário do Ministério da Edu-
o perímetro que segue, inclusive ambos os
lados das ruas limitrofes; inicia na rua da cação. Numa reünião de alunas e professores
Mina, ponto de interseção com a linha férrea da Escola Normal Rural da cidade, expôs inte-
da Rêde Viação Paraná-Santa Catarina, se- ressante plano de trabalho que será desenvol-
guindo por esta até a rua Cel. Manuel Garcia; vido, durante o ano letivo, pelas futuras mestras
pela rua Cel. Manoel Gracia (face NO) até o ruralistas. Em palestra com os jornalistas da ca-
rio das Antas;continuando pela referida via, até pital cearense, assim falou o Sr. Nóbrega da
a rua Cel. Saboia; pela rua Cel. Saboia até Cunha sôbre o aludido plano: - "Trata-se de
encontrar a rua 4; por esta até a rua B seguindo uma aplicação "em grande", isto é, em exten-
pela rua B até a rua 8; por esta até a rua E; são e profundidade, da técnica, que, em pedago-
daí até encontrar com a rua 10; pela rua 10 até gia, se tornou conhecida pela denominação de
a rua 24 de Maio; da rua 24 de Maio segue "método de projeto". Juazeiro foi escolhida
pela rua H até encontrar a rua 14: por esta até para campo dessa aplicação que constituirá ao
G; pela rua G até a rua 18; no ponto de inter- mesmo tempo, um valioso exercício prático para
seção segue pela rua 18 até a rua 19 de Dezem- ::s normalistas e um importante ensaio dessa
bro; pela rua 19 de Dexembro até a rua da Mi- técnica a ser, depois, aproveitado em todo o
na; por esta até encontrar a linha férrea da país. porque nenhuma outra cidade brasileira
Rêct.e Viação Paraná-Santa OataO"ina, ponto apresenta conjunto tão interessante de aspec-
inicial. tos como a metrópole do Cariri. Juazeiro, com
A Terceira Zona está compreendida entre os efeito, é uma cidade dotada de personalidade
limites da Segunda Zona e quadro urbano, esp~cial, seu município é relativamente pe-
de conformidade com a planta cadastral da ci- queno e bem caracterizado e, por fim, sua es-
dade. cola normal possue um espírito inteiramente
aberto a tôdas as iniciativas de renovaçã:o.
O plano, traçado para a Escola Normal Ru-
ral, consiste no projeto de um inquérito - que
Itajaí (Santa Catarina) as aulas reàlizarão, orientadas pelo corpo do-
cente e auxiliadas por todos os homens cultos
INSTALAÇÃO DE UMP, GRANDE FABRICA da cidade - para o estudo do município sob
DE CIMENTO - Segundo noticiou o "Bole- todos os aspectos, mediante pesquisa e obser-
tim Coniercial", de Florianópolis, em seu nú- vação, devendo de tudo isso resultar uma com-
mero de abril dêste ano, estão definitivamente pleta monografia que será publicada, com do-
assentadas as bases para a instalação em Ita- cumentação fotográfica, sob o título "Inquérito
jaí de uma grande fábrica de cimento Portland.
A nova indústria itajaiense, que tem como in- de Juazeiro". A execução do plano dará opor-
corporador o Sr. Roland Rena ux, terá uma emis- tunidade a que as alunas desenvolvam as no-
são inicial de 30 milhões de cruzeiros em ações, ções teóricas, adquiridas em classe, no estudo
cuja distribuição será a seguinte: 10 milhões de tôdas as disciplinas do programa regular,
de cruzeiros ao acervo das indústrias Renaux; aperfeiçôem a capacidade de iniciativa e exer-
10 milhões para serem distribuídos por outros citem o espírito de pesquisa, habituando-se
acionistas em San ta Cata ri na e o restante para também ás vantagens do trabalho em grupo,
o Rio. isto é, em cooperação:
A Fábrica será nas imediacões da Barra do l. 0 ) História de Juazeiro: a) Primitivos ha-
Rio e disporá de uma pequena rêde ferroviária bitantes da região (índios), sua raça, língua,
própria. costumes; b) Primeiros povoadores, procedência
realizações'.. lutas e famílias, que deram origem;
c) Fundaçao do povoado inicial, elevacão a vila
criação do município; d) Figuras mai:cantes d~
história de Juazeiro.
Itaparica (Pernambuco) 2. 0 ) Geografia de Juazeiro; a) Física -
aspectos gerais do solo, corografia, potomogra-
ÍNDIOS PANCARúS - A FESTA DO UMBú fia, geologia, mineralogia, climatblogia; b) Eco-
Os índios aldeiados da tribo Pancarús, no nômica - flora. fauna, pecuária, mineração~
NOTICIARIO 131
indústria e comércio; c) Humana - grupos hu- cônego Francisco Braga, em nome da Prefeitu.l:,a
manos que constituem a sua população atual, e do povo de Mariana, e o historiador Geraldo
(os nascidos em Juazeiro e os procedentes de Dutra de Morais, pelo Instituto Histórico.
outros Estados e municípios), suas maneiras de
vida, seus tipos de habitação, suas contribuições Sessão solene na prefeitura - Abriu a
para o desenvolvimento do município; d) Po- sessão o prefeito, dr. Dante Sampaio, que, em
lítica - organização administrativa, judiciária seguida, deu a palavra ao orador da Prefeitura,
e religiosa. professor Joaquim de Vasconcelos Mota, que
3. 0 ) Problemas urbanos de Juazeiro: a) ca- leu aplaudida oração.
racterísticas da cidade e dos distritos, vias de Falou, depois, o presidente do Instituto His-
. comunicação, serviços públicos (água, esgotos, tórico, Sr. Benedito Quintino dos Santos .
· luz. etc.); b) - possibilidades de um plano de Esteve presente a sessão, tocada de viva
emoção, a unica irmã sobrevivente de Diogo de
urbanização, (sentido do desenvolvimento da Vasconcelos, a Sra. Henriqueta Firmina de Vas-
cidade, embelezamento dos logradouros públi- concelos, que foi muito cumprimentada.
cos, arborização, etc.) c) vida administrativa - Ao ensêjo da visita a Mariana, o presidente
orçamentos de receita e despeza, códigos de do Instituto Histórico fêz entrega dos diplomas
posturas e regulamentos municipais. de sócios correspondentes ao cônego Raimundo
4. 0 ) Problemas sociais de Juazeiro: a) Edu- Trindade e ao capitão Antonio Ferreira de Mo-
cação, cultura, recreiação e folclore; b) saúde, rais.
higiene e asistência social; e) sêcas e suas con-
seqüências para o município.
A zona urbana está dividida em dois bair- Dutra de Morais pronunciou uma conferência,
ros: o comercial e o residencial, co1npreendendo em nome do Instituto Histórico de Minas Ge-
o primeiro os seguintes logradouros: ruas Mac- rais, sob o título "Vida e obra de Diogo de
Niven, Visconde de Bom Retiro, Alberto Braun~, Vasconcelos" .
Sete do Setembro, Riachuelo, Leuenroth, Co- No dia 22, ainda em comemoração ao cen-
mandante Ribeiro de Barros, Modesto de Melo tenário de Diogo de Vasconcelos, chegou à an-
(1.º trecho), Visconde de Itaboraí (até a es- tiga capital mineira uma caravana composta da
quina da rua General Câmara), Sâo João, Fa- Diretoria e membros do Instituto Histórico e
rinha Filho, General Pedra e Luiz Spinelli e Geográfico de Minas Gerais, representantes da
praças 15 de Novembro e Conselheiro Julius Arp. Academia Mineira de Letras, institutos de en-
o bairro residência! compreende os logra- sino, jornalistas, filhos e membros da família
douros situados nos seguintes morros: da Boa do referido historiador.
Vista, do Cemitério, de D. Mariana, da Vila A caravana chegou a Ouro Preto à tarde,
Guaraní. do Nicote, do Bairro da Bela Vista, sendo-lhe oferecido um jantar pelo Prefeito,
das Braunes, do Xaxá, de Santa Teresinha, de sr. Washington Dias, seguindo-se uma visita
ao Museu dos Inconfidentes.
Vila Amélia e Lagoinha, e mais os seguintes
No dia seguinte, 23, às 8 horas da manhã,
logradouros: ruas Augusto Cardoso, Andrade foram todos incorporados assitir à missa so-
Neves. Almirante Barroso, Anchieta, Arnaldo lene oficiada, na Matriz do Pilar, pelo mon-
Bittencourt, Alvares de Azevedo, Baronesa, Ba- senhor João Barbosa, fazendo-se ouvir, durante
rão do Rio Branco, Bonfim, Campesina, Coronel a missa, excelente conjunto, com harmônio e
zamith, Conselheiro Sinimbú, Carlos Enggert, violino.
Carlos Ebolí, Casimiro de Abreu, Coronel Ga-
liano das Neves, Carlos Baltazar da Silveira, Na Chácara da água - Dali seguiram
Duque de Caxias, Ernesto Brasílio, Gonçalves os visitantes para a chácara da Agua Limpa,
Dias, General Osório, General Câmara, Govi;r- onde Diogo de Vasconcelos residiu durante 44
anos. No edifício principal da chácara antes
nador Portela, Henrique Zamith, Lopes Trovao, de ser colocada a placa comemorativa man-
Luíza Carpenter, Modesto de Melo (2. 0 trecho), dada fazer pelo Instituto Histórico e Prefeitura
Monsenhor Miranda, Major Marques Braga, Ma- local, falaram o presidente do Instituto, e os
rechal Deodoro, Ministro Plínio Casado, Nilo srs. Valdemar Tavares Pais, Caio Nelson de
Peçanha, Oito de Janeiro, Pastor Meyer, Pru- Sena e Tomé de Vasconcelos, filho do his-
dente de Morais, Professor Frezze, Padre Madu- toriador.
reira Padre Luiz Yabar, Padre Rafael Galante, Em seguida o presidente do Instituto Rr.
São 'clemente, São Pedro, Santo Inácio, Silva Quintino dos Santos, disse que, tendo o Insti-
Jardim, Salusse, Sousa Cardoso, Três de Ou- tuto Histórico, com a aquiescência e colabora-
tubro, Uruguaiana, Visconde de Itaboraí (a par- ção dos filhos de Diogo de Vasconcelos e com
o apóio da Prefeitura de Ouro Preto e do Ser-
tir da rua General Câmara); praças: do Suspiro viço do Patrimônio Histórico e Artístico Na-
e 1.º de Março, e avenidas: Comte. Bittencourt, cional, resolvido criar na chácara da Agua
Euterpe Fribuerguense e Rui Barbosa. Limpa o "Asilo D. Jovelina Pires de Vasconce-
los", para recolhimento da velhice desamparada,
com uma secção destinada ao "Retiro dos In-
telectuais", dava por criado êsse asilo, em
inemória do historiador e de sua espôsa, d. Jo-
velina Pires de Vasconcelos. Nomeou u1na co-
Novo Hambugo - (R. G. do Sul) missão composta do prefeito de Ouro Preto, de
monsenhor João Barbosa e do assistente do
INSTALADA A ESTAÇÃO RODOVIARIA S.P.H.A.N., dr. Francisco Lopes, para redigir
Oficializada pelo D.A.E.R., foi oficialmente os Estatutos da nova Instituição de caridade
instalada, no dia 7 de abril, na cidade de Novo e propôs para zelador do "Retiro dos Inte-
Hamburgo, a Estação Rodoviária de Novo Ham- lectuais" o sr. Tomé de Vasconcelos e para
burgo. guarda do edifício o sr. Manuel Geraldo, o que
A cargo da nova estação ficou afeta a venda foi aprovado por aclamação.
de passagens, para os ônibus que partem para Falaram vários oradores, lavrando-se por
Pôrto Alegre e São Leopoldo e localidades do fim uma ata.
interior. No Teatro Municipal teve lugar, à tarde,
uma sessão cívica, presidida pelo prefeito, sr.
Washington Dias, que falou sôbre a finalidade
da assembléia, e em seguida, deu a palavra aos
oradores inscritos, sr. Caio Nelson de Sena, em
nome do Instituto Histórico, sr. Marcondes
Verçosa e o sr. Armando Rolemberg, pelos
Ouro Preto - (Minas Gerais) estudantes.
Foi, depois, lida por tôda assistência, em
CENTENARIO DE DIOGO DE VASCONCE- voz alta e em conjunto, uma oração cívica,
LOS - Em Ouro Preto foram levadas a efeito escrita pelo sr. Valdemar Tavares Reis Pais,
várias solenidades, em memória do historiador de invocação à Pátria, a qual terminou sob
Diogo de Vasconcelos, no dia do centenário de calorosas salvas.
seu falecimento, a 8 de maio. Falou, ainda, aludindo às homenagens, rea-
Afim de participar dos festejos promovi- lizadas em memória de Diogo de Vasconcelo",
dos sob os auspicias da Prefeitura local, esteve em Belo Horizonte, Mariana e Ouro Preto, o sr.
em Ouro Preto uma caravana de intelectuais Washington Dias. Com a palavra, o presidente
e historiadores de Belo Horizonte, chefiada do Instituto, dr. Benedito Quintino dos San-
pelo historiador Salomão de Vasconcelos. tos, agradeceu ao prefeito de Ouro Preto o
Às 8 horas, realizou-se missa solene na Ma- acolhimento e o brilho que emprestou às sole-
triz de Antônio Dias, estando o sern1ão a cargo nidades na Cidade-Monumento, encerrando-se
do revmo. padre Pedro Vidigal. a sessão.
Do Rio de Janeiro, também, na mesma data, Tomou parte nas comemorações uma dele-
chegou a Ouro Preto, uma embaixada de histo- gação de acadêmicos de Belo Horizonte, re-
riadores e homens de letras. presentando a União Estadual dos Estudantes
Durante a sessão solene, que se reali7.iOU na e chefiada pelo universitário Armando Rolem-
antiga capital de Minas, o historiador Geraldo berg, secretário geral da U. E. E.
NOTICIARIO 133
A delegação foi homenageada pelos estu- Cristal, seguindo-se romaria aos túmulos dos
dantes de Farmácia da cidade, realizando-se fundadores da cidade D. Pedro II e major
uma sessão scib a presidência do farmacolando Koeller, onde o prefeito municipal, sr. Márcio
Geraldo Pilar de Castro, vice-presidente da Alves, depositou corôas em nome da cidade de
V.E.E. Falou o acadêmico Constantino Car- Petrópolis. 15 horas - Inauguração do Grupo
denzim, presidente do Diretório da Escola de Escolar Siqueira Campos, em Cascatinha, pelo
Farmácia, respondendo em agradecirnento o sr. Interventor Amaral Peixoto. 17 horas - Inau-
Armando Rolemberg. guração do Museu Imperial pelo sr. Presidente
d.a República. 20 horas - Fogos de Artifício na
praça Rui Barbosa. 21 horas - Sessão solene
do Museu Imperial, promovido pelo Instituto
Histórico de Petrópolis. Discurso do professor
Pedro Calmon.
Dia 21 -- 17 horas - Conferência do pro-
Pa,lmeira - '(Santa Catarina) fessor Artur Sá Earp Neto, na Prefeitura.
Dia 23 - 21 horas - Sessão solene promo-
'<!ILA TENENTE PORTELA - Colonizado vida pela Academia Petropolitana de Letras n<i
por elementos provindos das chamadas colônias Prefeitura, falando o professor Corrégio de
Castro.
velhas, surgiu, há pouco mais de dois anos, no Dia 28 - 15 horas - Inauguração da· Ex-
centro da mata virgem situada quase na divisa posicão Filatélica no Grupo Escolar Pedro II.
do Município de Palmeira, com o Estado de Dia 30 - 21 horas - Sessão solene no Paço
Santa Catarina, uma nova povoação que rece- Municipal, 3endo orador o sr. Cardoso de Mi-
beu o nome de Tenente Portela, em homena- randa.
gem a êsse militar que ali tombou em 1924. Em maio, nos dias 12 a 16, foi realizado
O movimento dessa nova zona já é intenso, o Congresso Eucarístico, com a participação de
quer no comércio, quer na indústria, con1.o pela autoridades eclesiásticas de todo o Brasil. O
Congresso foi encerrado com procissão solene.
afluência de novos agricultores em procura de
terras para dedicarem-se à agricultura. As es- O Decreto assinado por D. Pedro - São ~
tradas principais estão sendo construidas pela seguintes os têrmos do decreto assinado por
Inspetoria de Terras do Estado, e outras pela D. Pedro II e do qual resultou a formação da
Prefeitura Municipal. Na sede, que conta pouco cidade de Petrópolis:
mais de dois anos de exjstência, acham-se edi-
ficadas, aproximadamente, duzentas casas, e "Tendo aprovado o plano que me apre-
está sendo construido também um edifício orça- sentou Paulo Barbosa da Sylva, do Meu
do em n1ais de sessenta mil cruzeiros, para o Conselho, Official Mór, e Mordomo da Mi-
nha Impérial Casa, de arrendar a Minhit
Grupo Escolar, o qual já está em franco fun- Fazenda denominada "Carrego Secco" n,o
ciopamento em prédio provisório, co1n grande Major de Engenheiros Koeller, pela quantia
freqüência de alunos. A igreja e o hospital já de urn conto de réis anual, reservando um
estão quase concluídos. terreno suficiente para nelle se edificar um
Na praça denominada Miraguai, foi erigido Palácio para Mim, com suas dependencias
um n1onumento em memória do tenente Por- e jardins, outro para uma povoação que
tela, patrono da localidade, e na praça Tenente deverá ser aforado a particulares em data~
Paiva existe também um monumento em sua ou prazos de cinco braças indivisíveis, pelo
memória. No dia 15 de maio, a oooulacão da preço que se convencionarem, nunca me-
vila prestou uma homenagem aÜ sr. Felício nos de inil réis por braça:
Augusto de Almeida, prefeito municipal, por "Hei por bem authorisar o sobredito
motivo da passagem de seu aniversário nata- Mordomo a dar execução ao dito plano sob
lício, transcorrido no dia 1.º do mesmo mês. estas condiçôes. E, outrosim o Authoriso
a fazer demarcar um terreno para nelle se
edificar uma Igreja com a invocação de
S. Pedro de Alcantara, a qual terá uma
superficie equiYalente a quarenta braças
quadradas, no lagar que mais convier aos
Petrópolis - (Estado do Rio) vizinhos e foreiros, do qual terreno lhes
faço doação para este fim e para o cemi-
1.º CENTENARIO DA FUNDACÃO DA CI- terio da futura povoação. Ordeno portanto
DADE - A cidade de Petrópolisº comemorou ao sobredito Mordomo que proceda aos ajus-
com grande solenidade, no dia 16 de março, o tes e escrituras necessarias, nesta confor-
1.º centenário de sua fundação que tPve luo·ai· midade, com as devidas cautelas e circuns-
em 1843, pelo decreto imperial de D. Pedro II. tancias de localidade, e outrosim que for-
Foi o seguinte o programa oficial das co- neça a. minhas espenças os vazas sagrados,
memorações : e ornamentos para a sobredita Igreja, logo
Dia 13 - 21 horas - Inauguracão da Ex- que esteja em termos de n'ella se poder
posição Industrial, pelo Presidente da República. celebrar - Paco da Boa Vista deseseis de
Dia 14 - 10 horas - Grande concêrto sin- Março cte 1843,º vigesimo segundo da Inde-
fônico no Teatro D. Pedro, sob a regência do pendencia e do Império. Dom Pedro II.
maestro Eleazar de Carvalho - 16 horas - Ins- Paulo Barbosa da Sylva".
talacão da Casa de Santos Dumont.
Dia 15 - 10 horas - Inauguração, na Es- Fundada a cidade de Petrópolis, cuidou
cola Major Koeller, do retrato do seu patrono imediatamente o mordomo Paulo Barbosa de
~ 16 horas ~ Inauguração da Exposição de arrendar o Córrego Sêco, como lhe fôra orde-
Belas .Artes, do Grupo Escolar D. Pedro II. nado, o que fêz a Júlio Frederico Koeller, em
Dia 16 - 6 horas - Alvorada nas praças 26 de Julho de 1843. ·
Rui Barbosa, D. Pedro e Vieira Cristo, res- As terras da Fazenda Córrego Sêco de Serra
pectivamente pelas bandas Comercial, Euterpe Acima, que pertenciam ao sargento-mór José
e Primeiro de Setembro. 9 horas - Missa cam- Vieira Afonso e sua mulher D. Rita Mane 'ie
pal celebrada pelo Núncio Apostólico, D. Aloisi Jesús foram adquiridas em 6 de fevereiro de 1830,
Masella. O sermão gratulatório foi pronunciado por 50 000 cruzados, equivalente a Cr$ 20 000,00,
pelo bispo diocesano D. José Pereira Alves. por D. Pedro I, passando em 1842 por herança
A missa foi celebrada na praça do Palácio de a seu filho.
134 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Museu de Santos Dumont - Por ini- .José Ton1az da Porciúncula, e de outros mein-
ciativa do Prefeito de Petrópolis, sr. Márcio bros da familia, tudo especialmente doado
Alves, foi organizado em Petrópolis o Museu de pela veneranda, senhora recentemente falecidJ..
Santos Dumont, na casa em que llabitava to- Foram transferidos do Arquivo Nacional para
dos os anos, em sua estação de veraneio, o o l\íuseu Imperial, por iniciativa de seu di-
inventor da dirigibilidade dos balões e do aero- retor sr. Vilhena de Morais, os seguintes obje-
plano. A inauguração teve lugar no dia 21 de tos: u1n album com a coroa imperial e adornos
março, falando na ocasião os srs. Leví Carneiro, de ouro e pérolas, oferecido pelos habitantes do
pelo PEN Clube do Brasil, Raul Pedrosa, pela Põrto a D. Pedro II pelo feliz têrmo da Cam-
Associação dos Artistas Brasileiros, e o Pre-- panha do Paraguai; uma caixinha de jacarandá
feito Márcio Alves. Ao ato estiveram presentes com ornatos de prata, contendo as chaves dos
o ministro Salgado Filho e a sra. Amália Ffü- ataúdes ele D. Pedro II e D. Teresa Cristina
reira Santos Dumont, cunhada do "Pai da e um candelabro com campainha. A Biblioteca
Aviação". do Museu foi enriquecida pelas seguintes doa-
ções: Voyage au Brésil por S. A. R. Maximi-
Museu Imperial - A Cerimónia da sua lien, oferta do sr. Heràclides César de Sousa
Inauguração - Como parte integrante das Araújo; o Livro de Thilda, oferta do sr. José
comemorações do contenário da fundação Vieira; Revista Genealógica Brasileira e várias
da cidade de Petrópolis, realizou-se, no dia 16 publicações oficiais.
de março, a cerimônia da inauguração do Museu
Imperial, instalado na antiga residência do
Imperador D. Pedro IL
O ato foi presidido pelo Sr. Presidente da
República, tendo discursado os srs. Gustavo
Capanema, Ministro da Educação e Saúde, e Pitanguí - (Minas Gerais)
Alcindo Sodré, Diretor do Museu. A seguir o
sr. Presidente da República visitou as coleções
do Museu, inclusive a corôa e o cetro dos Im- AG.il:NCIA DO BANCO DO BRASIL - Foi
peradores do Brasil, que se encontravam guar- inaugurada, em março, a agência do Banco do
dados na tesouraria do Tesouro Nacional e Brasil em Pitang·uí, cidade que já conta com
foram entregues ao Museu Imperial no dia 4 estabelecimentos bancários.
13 de março, em cerirnônia realizada no Mini.s-
tério da Fazenda.
São Gonçalo de Sapucaí - (Minas Gerais) desfile trabalhista, no qual tomaram· parte ope-
rários da cidade e do campo. Às 14 horas, foi
COMEMORAÇÃO DO 2.º CENTENARIO DE inaugurada a sede da Sociedade Beneficente de
FUNDAÇÃO - São Gonçalo de Sapucaí, onde Artistas e Operãrios "Amor e Trabalho".
nasceu o grande naturalista Barbosa Ro- Seguiu-se a inauguração da Exposição Mu-
drigues, onde Lúcio de Mendonça passou sua nicipal Agro-Industrial e Artística e Exposição
mocidade, onde Raimundo Corrêa foi juiz e das Realizações do Estado Novo, em Pernambu-
escreveu os seus melhores sonetos e onde viveu co. Ao ato da inauguração estiveram presentes
e morreu Bárbara Heliodora, heroína da Incon- o sr. Nilo Pereira, diretor do Departamento Es-
fidência, festejou em maio o .segundo cente- tadual de Imprensa e Propaganda, sr. Paulo
Pimentel, diretor do Departamento Estadual de
nário de sua fundação. Houve missa solene na Estatística, prefeito José Aragão e outras auto-
igreja matriz, pregando o cônego Mesquita. Na Tidades do Município, além de grande massa
sessão solene no Paço Municipal, presidida pelo popular.
prefeito Ibraim de Carvalho falaram vários ora- À noite, no Teatro Diogo Braga, realizou-se
dores que exaltaram as tradições da cidade. À um espetáculo de gala, promovido pela· Tuna
noite realizou-se grande baile no club local, Portuguesa.
comparecendo muitas famílias das cidades vi- Na praça Dom Luiz funcionaram o parque
zinhas. de diversões, o teatro de variedades e outros
divertimentos populares.
A Exposição Agro-Industrial abrangeu di-
versos "stands" onde foram expostos produtos
agrícolas, industriais e artísticos, documentação
estatística e fotográfica.
O dia 2 - "Dia da Pãtria" - foi dedicado
São Jerônimo - (Paraná) ao culto· da Pátria, realizando-se, pela manhã,
uma ro1naria cívica ao monte das Tabocas.
MUDANÇA DA SEDE DO MUNICÍPIO Às 16 horas, teve lugar uma concentração
A Comissão de Estudos dos Negócios Estaduais, ao pé do monumento de Diogo de Braga, fun-
em sua sessão de 20 de abril, conforme ata dador da cidade, realizando-se então, imponente
publicada no Diário Oficial, de 30 do mesmo homenagem ao Brasil, presidente Getúlio Vargas
mês, opinou pela elaboração de ante-projeto e fôrças armadas.
de decreto-lei federal autorizando, em face dos Às 17 horas, na igreja matriz foi realizada
motivos excepcionais alegados, a mudança da uma solene cerimônia cívico-religiosa em ação
sede do Município de São Jerónimo (Paraná) de graças pelos benefícios recebidos nesses cem
da cidade dêsse nome para a vila de Assaí, anos, seguindo-se a inauguração da Exposição
distrito do mesmo Município. de Animais patrocinada pelo govêrno do Estado.
No dia 3, dedicado às crianças, os escolares
levaram a efeito o desfile pelas ruas principais
da cidade, sendo-lhes oferecido entretenimentos
no parque de diversões da praça Dom Luiz.
O dia seguinte, denominado da Saüdade,
foi destinado à recordação dos vultos destaca-
Tupaciguara - (Minas Gerais)
dos da história e da vida do município, entre
os quais o poeta Demóstenes de Olinda, patro-
INAUGURADA A ESTAÇÃO TELEGRÁFICA no de uma das cadeiras da Acade1nia Pernam-
- Na cidade de Tupaciguara, teve lugar no dia bucana de Letras; o escritor Estêvão Cruz e o
28 de fevereiro a inauguração da estação tele- antigo governador de Pernambuco, dr. José
gráfica; local, sendo o ato comemorado festiva- Bezerra.
mente. Do programa constou: 7 horas - bênção
da capela recem-erguida no cemitério público
e missa em sufrágio da alma de todos os que
nele se encontram sepultados. Distribuição de
bóio aos esmoleres, na Casa dos Pobres; 17 horas
- sessão cívica no Paço Municipal, em memó-
Vitória - (Pernambuco) ria dos nomes ilustres do município.
No dia 5 foi celebrado o "Dia da Cultura",
tendo sido levada a efeito uma hora lítero-
1.º CENTENARIO DE ELEVAÇÃO À CATE-
GORIA DE CIDADE - Conforme noticiamos no -artística com a participação de vários elemen-
número anterior dêste Boletim, a cidade de tos da sociedade local.
Vitória, no interior de Pernambuco, comemorou No dia 6 - Data do centenário - às 10
festivamente, no dia 6 de maio, o 1.º centená- horas, na matriz local, sob a invocação de Santo
rio de sua elevação à categoria de cidade. Antão, padroeiro da cidade, foi cantada uma
A então vila de Santo Antão, pela lei pro- missa gratulatória pelo vigário de Vitória. À
vincial 113, do Conde da Boa Vista, passou à cerimónia compareceram o prefeito José Aragão
categoria de cidade com o nome de cidade de e demais autoridades.
Às 11 horas foi recebido o interventor Aga-
Vitória, em lembrança da grande vitória alcan- menon Magalhães, que foi saüdado pelo pro-
çada pelas armas luso-brasileiras sõbre os 40- motor da comarca, sr. Tertuliano Vieira Brasil.
lancteses, na batalha do monte das· Tabocas, Seguiu-se o almõço oferecido ao chefe do go-
situado em terras do município, a 3 de agõsto vêrno no tradicional Hotel Fortunato. O pre-
de 1645. feito local, sr. Aragão Bezerra Cavalcante fêz
As comemorações tiveram início no dia l.º uma saüdação ao interventor Agamenon Ma-
de maio, apresentando a cidade aspecto festivo, galhães, que respondeu declarando que Vitória
com as ruas e edifícios públicos ornamentados no decurso de um século, apresentava um gran-
e con1 iluminação especial. de exemplo de trabalho e confiança na terra
Às 6 horas, ao pé do monumento comemo- e no homem. Vitória tem duas mil e cem pe-
rativo da batalha das Tabocas, foi celebrada quenas propriedades. É terra dividida e plan-
1nissa campal, realizando-se, em seguida, urn tada por todos. É colmeia em que todos fabri-
136 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
A êle não faltaram êsses atributos, conseguindo assim honrar a confiança com
que foi distinguido, apresentando extenso relatório sôbre o que observou.
Em 1925 voltou Avelino Inácio a chefiar os trabalhos de pesquisas de carvão
de pedra e de petróleo no vale do Amazonas, dando novo rumo às pesquisas,
visando apenas o petróleo, permanecendo na chefia dêsses trabalhos até agôsto
de 1933, quando, a chamado do govêrno, regressou ao Distrito Federal, em face
da reforma que se processou na organização do Ministério da Agricultura,
naquele ano.
Havendo o cientista Eusébio de Oliveira sido nomeado diretor do Servico
Geológico e Mineralógico do Brasil, na vaga ocorrida com o falecimento do geó-
logo Gonzaga de Campos, resultou no aproveitamento de Avelino Inácio para
exercer o cargo de geólogo do mesmo serviço, depois de se haver submetido a
concurso, no qual tomaram parte 7 geólogos de nomeada. Obtendo classificação
em 1.º lugar, perante uma comissão examinadora, composta de exigentes e
eruditos especialistas, essa foi uma das maiores vitórias de sua vida profissional.
Nomeado geólogo efetivo em setembro de 1929, tornou êle à Amazônia para
prosseguir os trabalhos técnicos alí em andamento.
· No ano de 1933, sendo distinguido para exercer a chefia da Secção de Pros-
pecção da Diretoria de Minas, do Departamento Nacional da Produção Mineral,
voltou ao Distrito Federal permanecendo no cargo até princípios de 1936. Vagando
em 1936, o cargo de diretor da Diretoria de Minas, já então denominada Serviço de
Fomento da Produção Mineral, assumiu êle a direção dêsse importante setor
do Departamento Nacional da Produção Mineral, por nomeação do govêrno
federal. Em 21 de setembro de 1938 deixou o exercício de tais funções, passando
a servir como chefe de S€cção do Conselho Nacional do Petróleo.
A 24 de junho de 1942, a convite do atual Ministro da Agricultura voltou a
dirigir a Divisão de Fomento da Produção Mineral, cargo que atualmente exerce.
Nesceu Avelino Inácio de Oliveira na cidade de Uberaba, Estado de Minas
Gerais, em 10 de novembro de 1891.
Técnico de projeção nacional, o seu nome figura com relêvo nos quadros so-
ciais de várias institu'ições científicas, possuindo os seguintes títulos:
Bacharel em Ciências e Letras pelo Ginásio Diocesano de Uberaba, Minas
Gerais, em 1909; engenheiro de minas e civil pela Escola de Minas de Ouro Preto,
em 1916; engenheiro de minas, classe M do Quadro único .do Ministério da
Agricultura; diretor da Divisão de Fomento da Produção Mineral; membro do
Conselho Técnico dos Cursos de Aperfeiçoamento e Especialização; Represen-
tante do Ministério da Agricultura como Delegado Técnico junto ao Diretório
Central do Conselho Nacional de Gec:grafia; sócio da "Tbe National Geographic
Society'', do "American Institute of Mining and Metallurgical Engeneering", do
"Instituto Brasileiro de Mineração e Metalurgia" do "Instituto Histórico e Geo-
gráfico do Pará" e do "Clube de Engenharia".
Avelino Inácio de Oliveira, conhecendo tão bem o território brasileiro, atra-
vés de expedições, de pesquisas e estudos, tem dado à bibliografia especializada
valiosas contribu'ições, sendo a mais notável a denominada Geologia do Brasil,
trabalho que elaborou de parceria com o geólogo Othon Henry Leonardos, como
contribu'ição do Brasil às Festas dos Centenários Portuguêses, ultimamente co-
memorados. Êsse livro reüne os mais amplos conhecimentos da Geologia bra-
sileira, estando esgotada a l.ª edição, sendo considerada a obra mais completa
no gênero.
A sua extensa ficha bibliográfica acusa a existência de perto· de 20 trabalhos,
todos êles considerados de suma importância, como veremos a seguir:
Sôbre livros
PROF. ANTÔNIO TRA VERSO - "Fatores da Uma realização útil. Trabalho de fólego e
fc,rmação dos povos sul-americano'~" de substâncias. M. V.*
(Tese apresentada à Congregação do Colé-
gio Pedro II - Est. Gráfico Canton & Rei-
le) . - Rio de Janeiro, 1941.
A atual concepção da históÚa dos povos ALBERTO BETIM PAES LEME - História Fí-
afasta-se, cada vez mais, do velho conceito de sica da Terra - Livraria Briguiet - Rio de
narração cronológica dos fatos, de biografias Janeiro - 1943.
fantasiosas ou de interpretações pessoais ten-
denciosas, quase sempre. Dêsse modo, o ámbito E'uma obra de grande valor e cunho muito
da ciência histórica tende a alargar-se cada original. E' uma geologia do Brasil diferente
vez mais, buscando subsídios imprescindíveis de tôdas as outras geologias impressas aquí ou
na geografia, na etnolcgia, na economia e na no estrangeiro.
sociologia. E' obra que reflete a personalidade de Al-
Inaugurando um sistema novo na aprecia- berto Betim.
ção dos fatos históricos, Splengler organizou os Os que o conheceram reconhecem no livro
conhecidos "ciclos históricos", onde as fases por suas maneiras, sua orientação cultural e a cen-
que passa a humanidade são estudadas no seu telha duma inteligência arguta.
todo, levando-se em conta, µão apenas o d<;_sen- Alberto Betim teve uma formação cientí-
fica francesa, conviveu com os mestres da geolo-
cadear cronológico dos fatos, mas, os fenome- gia na Sorbonne e na Escola de Minas e nunc~
nos que concorreram para a caracterização de se afastou da orientação em que formou o seu
um momento histórico. Contudo, o conceito espírito. Obra volumosa, de mais de mil pági-
esplengleriano ainda se ressente do resíduo evo-
lucionista. nas constitue o livro, pràpriamente, um com-
pên,dio de geologia geral com tõda a exempli-
Essas nossas considerações surgiram em face ficacão brasileira e tôda discussão dos fenômenos
da leitura da Tese, já defendida do Prof. An- geriis em tôrno do ambiente nacional.
tónio Traverso, que tem o título "Fatores da O livro em aprêço é mais desenvolvido qve
formação dos povos sul-americanos". a célébre Geologia Elementar do prof. Branner
A orientação dada pelo autor ao seu tra- aparecida em 1919 e que tanto sucesso fêz por
balho é das mais modernas, pois que, procuran- seu valor como livro didático, aplicado ao Bra-
do localizar no tempo e no espaço a forn1ação sil e escrito por autor idôneo e grande conhe-
dos povos sul-americanos, o faz assentando em cedor da nossa terra. E' de gênero diverso da
. observações geográficas, etnológicas e socioló- Mineralogia e Geologia de Rui de Lima e Silva
gicas, demonstrando que o fator histórico ba- e Valdemiro Potch, obra feita com a preocupa-
seia-se naquelas observações. Dividindo a sua ção pedagógica, destinada a uso nos cursos se-
tese em cinco capítulos, - meio físico, meio ét- cundários. E' bem diferente da Geologia do
nico, fator económico, fator político e fato_r so- Brasil de Avelino Inácio de Oliveira e Othon
cial - com várias subdivisões, pormenonsa o H. Leonardos, publicada em 1940, por ter um
ass~nto, mostrando a evolução da vida _n_as co- caracter menos restrito que êsse livro já clás-
lónias espanholas e portuguesa na Amenca do sico na literatura cientifica do País.
Sul desde os seus promórdios até a instalação A História Física da Terra não é, pràpria-
das' Capitanias Gerais e Vice-reinados, em re- mente, um tratado de geologia pura, mas um
lação à América espanhola e. ate as Entradas estudo da face do Brasil, segundo as normas
e Bandeiras, quanto ao Brasil. . gerais da geologia, da fisiografia e da paleon-
Adotando o possibilismo para as suas afir- tologia, feito com um cunho pessoal e uma
macões quanto ao meio físico, salientando a doutrina segura.
necessidade dos estudos das etnias que se trans- O livro encerra abundante e adequada do-
portaram para essa América e do elemento na- cumentação fotográfica bem como dados nu-
tivo aí encontrado, referiu-se, dentro dos mais merosos com respeito à química e petrografia -
atuais conceitos de assimilação e aculturação, campos que O autor manejava com desembaraço.
à nova etnia que, dêsse contacto de raças e de Cumpre salientar que Alberto Betim morreu an-
culturas iria Efurgir. tes de pôr a obra no prelo, de modo que o tra-
Os últimos capítulos estudam a economia, balho ~aiu com imperfeições, como uma peça
as transformacões políticas e as modificações so- de fundição que o mestre deixou na fôrma.
ciais demonstrando o autor, a completa inter- Muitos senões decerto desapareceriam no de-
depe;,dência dêsses vários fatores, no condicio-
namento do desenvolvimento dos povos sul-
americanos. A conclusão esclarece que foi da * Firmado pelas iniciais M. V. o Boletim
ignorância das verdadeiras causas \que surgiram inicia uma série de pequenos conmentários e re-
os vários desajustamentos sociais e políticos na gistos sóbre contribuições referentes à etnolo-
América meridional, firmando ainda o autor a gia e à antropologia. .
opinião de que sàmente com o perfeito conheci- Essas iniciais correspondem ao prenome e
mento da história dos povos vizinhos é que se sobrenome da Professora Marina Vasconcelos,
poderá construir a verdadeira amizade. Boa bi- Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Et-
bliografia especializada. Assunto de relevante nologia e Antropologia a qual no próximo nú-
importância no momento glorioso das Américas. mero criticará outras obras.
142 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
curso da impressão, fase em que faria as cor- gências dos atuais programas da Reforma Ca-
reções, como o operário que burila a peça fun- panema.
dida, tirando rebarbas e corrigindo falhas. Entre êl.es inclue-se a presente obra, edição
Nomes geográficos e têrmos técnicos muitas Zélia Valverde, de autoria do Prof. David Pen-
vêzes estão truncados, mas fàcilmente são reco-· na Aarão Reis, non1e que se ven1 impondo no
nhecidos pelos leitores de cultura média: conceito do magistério secundário nacional.
E' o seguinte o sumário da obra: E' uma contribu!ção muito louvável de
Parte I - FORMAÇÃO - Cap. I - Origem quem pretende suavizar os esforços dos que lu-
da Terra. Cap. II - Constitu!ção Física da tam, em nosso meio educacional, para vencer os
Terra. obstáculos que ora surgem, decorrentes da ne-
Parte II - A LITOSFERA - Cap. I - Es- cessidade de adaptar o ensino da Geografia aos
tudo Geral. Cap. II - As rochas eruptivas. programas estabelecidos pela atual Reforma.
Cap. III - Estudo descritivo dos principais tipos Dai, entretanto, decorre a primeira falha
de rochas eruptivas. Cap. IV - Tipos de mag- que se verifica pela leitura atenta do livro em
ma. Cap. V - Metalogenia - Jazidas primá- aprêço; o autor prejudicou a obra pelo desêjo
rias. de ser útil e não atingiu bem a finalidade al-
Parte III - HIDROSFERA E ATMOSFERA mejada porque a solicitude em completar a
- Cap. I - Gênese. Cap. II - A hidrosfera. obra e logo oferecê-la, como novidade, traiu os
Cap. III - Atmosfera. propósitos elevados de aperfeiçoar e corrigir os
Parte IV - CICLO GEOLÓGICO DA PARTE métodos rotineiros que ainda não foram, intei-
EXTERNA DA LITOSFERA - Cap. I ~ Glipto- ramente, afastados em nosso meio pedagógico,
gênese. Cap. II - Litogênese. Cap. III - Me- principalmente, no que se refere ao ensino da
tamorfismo. Cap. IV - Orogênese. Geografia. \
Parte V - GEOLOGIA HISTÓRICA - Cap. Seria de desejar que o autor procurasse
I - Estratigrafia. Cap. II - Precambriano. imprimir um cunho pessoal nos conceitos emi-
Cap. III - Paleozóico - Era Primária. Cap. IV tidos apreciando os fatos geográficos brasileiros
- Sistema Devoniano. Cap. V - Sistema car- de própria voz tornando a obra original nas de-
bonífero. Cap. VI - Sistema permiano. Cap. duções, na esquematização, nas interpretações,
VII - Mesozóico. Era secundária. Sistema enriquecendo-a com novas e valiosas contribui'-
Triássico Cap. VIII - Sistema Jurássico. Cap. IX çôes, procurando, enfim, dotá-la de aspectos
Sistema Gretáceo. Cap. X - Cenozóico. Era mais sugestivos e diversos dos que estamos ha-
terciária. Cap. XI - Era quaternária. Conti- bituados no manuseio constante de outras obras,
nuação do Cenozóico (Antropozóico). tantas que já existem, com a feição entediante
e monótona que não n1ais aproveitam aos que
Epílogo - A MORTE DA TERRA. se dedicam e acompanham, con1 entusiasmo, os
progressos realizados pela moderna geografia.
Contém, ainda, Tábuas dos minerais mencio- O prof. Aarão Reis, estudioso e culto, não
nados, segundo Dana (1244), Groth (1245) e evidencia em sua obra os valores que possue;
Lacroix (1246J; índices das abreviaturas usadas transcreve, apenas, o que leu em livros organi-
na bibliografia, relação alfabética da bibliogra- zados para o curso secundário e nem teve tempo
fia e a bibliografia constante de 1 273 títulos, de se valer das opiniões de mestres consagra-
abrangendo reputados autores nacionais e es- dos para ilustrar e valorizar o seu compêndio.
trangeiros. Somente o prof. Delgado de Carvalho é lem-
A obra termina com referências à morte da brado com insistência, como se o autor só co-
Terra e decadência da Humanidade, pondo as- nhecesse bem, a obra notável do renomado mes-
sim, nos domínios da Geologia um pouco de tre. Há também, descuidos na redação, obrigan-
filosofia, muito do gôsto dos cientistas fran- do-nos, em certos capítulos, a grandes esforços
ceses. para compreender melhor os pensamentos tra-
Nisso lembra muito a obra Les Gites Miniers duzidos em frases de sentido dúbio. E não fa-
et Leur Prospection de Roux Brahic onde existe remos apreciações maiores, de erros que atri-
. um espírito filosófico que se encontra também buímos a descuidos da revisão, como no capítulo
·· nó livro de Alberto Betim. do Relêvo, impropriedades toponímicas, pobreza
Falta à obra um índice remissivo por assun- lamentável de mapas, esboços, gráficos, etc. que
tos, indispensável a livro de tal· vulto, que não seria1n indispensáveis à boa compreensão dos
é destinado apenas a deleitar o espírito momen- assuntos estudados - mesmo porque não des-
tâneamente, mas é também repositório de in- conhecemos aqui a interferência sempre pre-
formaçôes de consulta freqüente. sente e lamentável das exigências impostas
Sugerimos aos editores um índice dessa na- pelas casas editoras que visam antes o lucro do
tureza que pode ser impresso em folheto des- que a obra - porque o nosso objetivo não é
tinado a acompanhar o grosso volume enca- destruir e sim procurar corrigir, apontando as
dernado. Grande defeito, de responsabilidade falhas, sugerindo, lembrando para que o ensino
do editor, é o preço elevado (duzentos cruzei- da Geografia no Brasil se eleve às altitudes de
ros) que torna a obra inacessivel a grande nú- sua própria grandeza.
mero de pessoas de orçamento apertado. Temos E para isto contamos, confiantes, nos va-
a convicção de que se o autor tivesse podido lores novos que se dedicam, com fervor, às ati-
interferir no assunto, a obra teria um preço vidades geográficas e entre os quais figura com
limitado às despesas de impressão, porque Al- muito brilho o prof. Aarão Reis. J. M. B.
berto Betim era um espirita de escól, caracte-
rizado por idealismo salutar e por um despren- -i<
dimento fóra do comum. Alberto Betim não era ALFREDO POVINA - História de la Sociologia
apreciado sàmente nos meios científicos, mas · en Latino-america - Fundo de Cultura
também no ambiente social onde se destinguia Económica - México.
pela afabilidade no trato e pelo encanto de
suas atitudes...: Seu livro representa. sem favor, Alfredo Poviiía, professor da Universidade de
um dos padroes de nossa cultura científica. Cordoba, (Rep. Arg.), inicia com êste manual
S. F. A. uma nova secção na coleção de obras de socio-
logia do Fundo de Cultura Econômica. De acôr-
do com as manifestações do diretor dessa co-
leção, José Midina Echavarria, o propósito a que
AARÃO REIS, DAVID PENNA - Geografia do se propõe1u essas publicações não pode ser mais
Brasil para a 3.ª Série Ginasial - Livraria recomendável, pois, visa conseguir uma história
Zélia Valverde - Rio de Janeiro, 1943. do pensamento político-social da América Latina
para, com a devida seriedade, conseguir-se um
Já estão surgindo os primeiros compêndios conhecimento recíproco que termine com o es-
de Geografia, elaborados de acõrdo com as exi- tado das institu!çôes vagas e das frases vasias.
BIBLIOGRAFIA 143
- 10 -
146 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
lume dessa publicação o Museu acaba de dis- ENRIQUE SPARN - Cronologia, diferenciación,
tribuir agora o II. 0 Volume, do qual transcre- matricula y distribución geográfica de las
vemos o respectivo Sumário: sociedades de Mineralogia, Geologia y Pa-
leontologia - ln Boletim de la Academia
Gustavo Barroso - "A Caricatura lnglêsa no Nacional de Ciências, tomo XXXVI, entrega
Museu Histórico; 1.", CORDOBA, 1942.
Edgar de Araujo Romero - "O Estado do Mara-
nhão e o seu meio circulante; O cientista argentino Sr. Enrique Sparn
Menezes de Oliva - "Tentativa de classificação secretário da Academia Nacional de Ciências,
dos "balangandans"; a quem as ciências correia tas à Geografia de-
Angione Costa - "Ladislau Neto"; vem meritórias contribulções, compareceu nas
Luis Marques Poliano - "Ordens honorificas do colunas do último número do Boletim daquela
Govêrno Provisório; Academia (tomo XXXVI, entrega l.") com in-
Alfredo Solano de Barros - "Estudo critico e teressante e curioso trabalho de divulgação sob
doutrinário sôbre Medalhas Militares Brasi- o titulo: Cronologia, diferenciação, matricula e
leiras"· distribuição das sociedades de mineralogia, geo-
Paulo Oli~to - "Uma jóia da armaria"; logia e paleontologia".
Nair de Morais Carvalho - "Os painéis dos an- Valendo-se de fontes universais sôbre a
tigos Passo& da Baía"; matéria, depois de manusear beneditinamente
Iolanda Marcondes Portugal - "A cerâmica na anuários científicos e revistas especializadas
numismática; dos vários países do globo, como sejam muitos
Jenny Dreyfus - "A sigilografia no Museu His- os anuários Minerva editado em Berlim, Index
tórico",· Generalis e o Handbook of cientificai societies
Alfredo Teodoro Rusins - "As carruagens im- of the United States and Canadá, respectiva-
periais do Brasil"; mente, publicados em Paris e em Washington,
Nilza Bote - "A Medalha da Passagem de Hu-
deu-nos êle valiosa contribu!ção sôbre a dis-
maitá";
tribu!ção e especificação das sociedades cien-
tíficas especializadas nos estudos e na divul-
Otavia Corrêa dos Santos Oliveira - "O Baile gação dos conhecimentos da mineralogia, da
da Ilha Fiscal"; geologia e da paleontologia, assuntos êsses in-
Fortunée Levy - "A circulação fiduciária no timamente correlatos à ciência geográfica.
Distrito Diamantino"; Antes, êle já nos deu idênticos trabalhos
Adolfo Dumans - "O Marechal Barão de Ta- obedientes à mesma sistemática, nos quais ofe-
quari",· receu uma visão panorâmica mundial da exis-
Mario Barata - "O problema da Primeira Casa tência e das atividades das sociedades onde se
da Moeda do Brasil"; abrigam os obreiros dos assuntos zoológicos e
botànicos (mesmo Boletim tomo XXXV,
Apêndice - Gustavo Barroso - "História e Tra- 1940/1941) .
dição; A. Solano de Barros - "Gravadores Ilustrando tão útil quão paciente trabalho
e abridores de cunhas"; Museu Histórico - com cartogramas e quadros, intercalados, para
"Dois canhões", "Uma peça admirável", "Re- mais racionalmente esclarecer as oportunas e
liquia dos tempos coloniais'', "Relação da eruditas informações constantes do excelente
da Nova Colônia do Sacramento". texto, conseguiu o Sr.Sparn fazer, ao mesmo
tempo, obra de utilidade imediata e de eru-
Esse II. 0 volume que conta com 424 paginas dição científica, que inestimável soma de be-
e elevado número de gravuras foi primorosa- nefícios prestará aos especialistas de tais ma-
mente executado nas oficinas da Imprensa Na- térias.
c!Onal. O. J. E' justo, pois, que aguardemos com justifi-
cado e maior interêsse a sua contribu!ção sõbre
as sociedades geográficas, pràpriamente ditas.
C. P.
*
Sôbre mapas
CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA - Car- infinidade de considerações no campo da G20-
tograma da Densidade Demográfica do grafia Humana, da Sociologia e da História,
Brasil, segundo a divisão municipal e os cujo desenvolvimento daria para um alentaci.o
resultados do Recenseamento Geral de 1940 livro. 1':le, certamente, dará ao Govêrno valiosas
- Escala (aproximada) 1:5 700 000 - Ser- inspirações de caráter político, econômico, e es--
viço Gráfico do I. B. G. E. - Rio de Janeiro tra tégico, de acôrdo com as circunstâncias so-
- 1943. ciais que, agora, dominam o quadro convulc'.0-
nado do mundo e que, logo depois, ao retornar
E' a figura concreta, condensada e utilís- da paz, criarão uma nova ordem universal. O
sima de um dos resultados do último recensea- Brasil, pela sua posição geográfica, pelo seu po-
mento. Seria interessante, mediante êste mapa, tencial humano, pela sua extenção territorial,
determinar o ponto onde cai, agora, o centro de pelas suas quase infinitas possibilidades eco-
gravidade demográfico do Brasil. 1 - Revela o nômicas, requer lugar de acentuado destaque.
cartograma o contraste demográfico entre a fai- mas isto exige estudos e investigações profun-
xa costeira, inicial do povoamento, e o interior das. O cartograma em aprêço, para isto. já cons-
do País. Mostra o valor das concentrações hu- titue uma excelente contribu!ção. T. P. S.
manas rurais, de 1.ª ordem na zona de café,
(S. Paulo e Minas) e do açúcar (Pernambuco
e Baía) e de 2.ª ordem, nas vázias zonas agri- 1 O autor dêste bem fundamentado e opor-
culturadas, inclusive as do Nordeste que já tuno registo. Dr. Tomaz Pompeu Sobrinho
tivemos a oportunidade de estudar detalhada- erudito geógrafo brasileiro e consultor técnico
mente. O interessante cartograma sugere uma do Diretório do Conselho Nacional de Geografia
BIBLIOGRAFIA 147
do Estado do Ceará, ao sugerir, com muita ra- Autor teve o mui louvável desejo de melhorar
zão, que se deveria ªdeterminar" o ponto onde o seu trabalho de 1939, apresentando um dese-
cai, agora, o centro de gravidade demográfico nho ainda mais cuidado, enriquecido de mais
do Brasil" desconhece, como é natural, que a detalhes valiosos- vide a mais precisa caractll-
Secção de Estudos Geográficos do Serviço de rização da divisa interdistrital entre os 3. 0 Dis-
Geografia e Estatística Fisiográfica, está proce- trito (II.ª zona) e 4. 0 Distrito (II." zona), pela
dendo ao estudo de tal problema, iá tendo che- localização dos cerras do Ingá e do Potreiro -
gado mesmo a interessantes conclusões, como e retificações nos demais limites interdistritais
poderá ser visto no último Relatório apresentado e intermunicipal.
ao Sr. Presidente da República, pelo Embai- Também as convenções acham-se, no novo
xador José Carlos de Macedo Soares, preclaro mapa, bastante enriquecidas. Haja vista as re-
presidente do I.B.G.E. ferentes a fazenda de criação, grupo escolar
e escola singular, cabo aéreo e plantações de ar-
ll:sse trecho do Relatório está assim redigido: roz e eucaliptos. Acrescem a isso muitas repre-
sentações pictóricas que caracterizam adequa-
"O estudo do movimento das populações damente as riquezas naturais e as atividades
brasileiras - do Brasil, de cada Região e de cada principais no âmbito do Município e que acen-
Es.tado- mediante o cálculo e locallzação dos tuam o caráter de mapa econômico do presente
"centros de população", segundo os dados dos trabalho cartográfico.
Recenseamentos de 1920 e 1940, é um trabalho Estão, pois, de parabens as alas estatística
digno de nota, executado também pela Secção e geográfica do I.B.G.E.: aquela, pela exce-
de Estudos.
Para a sua elaboração, houve :µecessidade de lente caraterização dos elementos econômicos,
realizar difícil pesquisa àcêrca da 'divisão muni- esta, pela esmerada e rica representação carto-
cipal vigente em 1920; em seguida, o preparo gráfica, dentro do possível. Seja-nos, porêm,
dos cartogramas das malhas municipais de 1920 permitido referirmo-nos à parte litográfica, a
e 1940; depois, o cõmputo das coordenadas geo- saber, apenas a representação da hidrografia,
gráficas da sede de cada município, e, final-
que com uma côr mais carregada, nos parece,.
ficaria mais harmoniosa. Certamente é isso um
mente, o cálculo das coordenadas do centro de leve senão que em nada afeta o valor intrínseco
população, supondo-se, em primeira aproxima- do trabalho realmente excelente.
ção, tôda a população do município concentra- Aos profisionais engenheiros A. D. Pinto
da na respectiva sede. ao desenhista J. R. Rominillln pela confec-
O cálculo, bem de ver, não é preciso, pois ção técnica e particularmente ao Dr. Alfredo
nem existem coordenadas determinadas para tô- Simch, distinto administrador da comuna de
das as sedes municipais brasileiras, nem de fato São Jerônimo, pela sua fecunda iniciativa, os
as populações estão concentradas num ponto, nossos aplausos e os agradecimentos que com
e sim disseminadas irregularmente por uma êsse novo mapa melhorado de São Jerônimo
área territorial. vêm prestando, sem dúvida, à cartografia re-
Segundo êsse estudo, o deslocamento do gional e nacional. P. G.
"centro de população" do país, no período 1920-
1940, fêz-se no sentido sudeste, o que era de
prever, dado o predomínio do crescimento nu-
mérico absoluto nas massas demográficas maio-
res, que no Brasil se localizam característica-
mente na faixa litorânea". TEN. CEL. ANTÔNIO JOSE' BELAGAMBA -
Mapa do Distrito Federal, revisto pelo Prof.
Dr. Mário da Veiga Cabral - Editores e
concessionários: O Escorchado Anatômico,
Edésio de Castro & Cia.
A. D. PINTO - Mapa do município de São Je-
rônimo - Estado ·do Rio Grande do Sul - O mapa do Distrito Federal organizado pelo
Escala de 1: 180 000 - 1941. :ren. Cel. Belagam ba e revisto pelo prof. Veiga
Cabral é uma simplificação da Carta levantada
Temos sôbre a mesa o mapa do Município pelo Serviço Geográfico Mil! tar. Foi fel to na
gaúcho de São Jerônimo, na escala de 1:180 000, escala de 1: 50 000 e impresso em côr verde, com
edição de 1941, e que faz parte integrante da as curvas de nível em castanho. Assinala as pro-
excelente monografia "Município de São Jerô- ducôes, além dos acidentes físicos e dos cen-
nimo", da lavra do Dr. Alfredo Simch, operoso tros de povoamento e estradas.
Prefeito dêsse Município. Trata-se de um trabalho digno de todo elo-
Foi-nos dado comparar o referido trabalho gio, pois se baseia em ótima fonte, está b~m
cartográfico com o mapa do mesmo Município, impresso e facilita o estudo da nossa geografia.
organizado em fins de 1939, em observância ao O trabalho do Serviço Geográfico Militar é
Decreto-lei nacional n. 0 311, de 2 de março de ótimo, mas para os alunos torna-se exaustivo.
1938, por ordem do mencionado Prefeito Mu- O excesso de elementos afasta-o da categoria
nicipal, pelo engenheiro geógrafo A. D. Pinto das obras didáticas. Aliás, êle foi elaborado
O mapa do Município, com a data de 1941, com outro fito ...
é da autoria do mesmo profissional. Dessarte, A obra do Ten. Cel. Belagamba é perfei-
não é de estranhar que sua maior diferença, à tamente didática e representa uma contribuição
primeira vista, do mapa de 1939, seja a escala preciosa para os nossos estudantes.
de denominador maior. Verifica-se de relance Que os estabelecimentos de ensino tomem
que os elementos básicos são os mesmos nos conhecimento dêle e o adquiram em benefício
dois mapas de época diversa. Ao observador da cultura geográfica, são os nossos votos. C.
atento, entretanto, não pode escapar que o M. C.
hlll:""' AOS EDITORES: Êste "_Bol.dlm" ~ão faz pub~icidade re1!1une:ada, entr~t'.lnto registi:ará
~ ou comentará as contnbu1çoes sobre geografia ou de mteresse geograf1co que s 0 Jam
enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla difusão
da bibliografia referente à geografia brasileira.
ContribuYção
bibliográfica especializada
GEIGER, R. - Das Mikroklima und seine Be· GOTHA VOSS, ERNEST LUDWIG - Die Nie-
deutung fur die belebte Natur. Zeits. f, derschalageverhaltuisse von Sudamerika.
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P. G. GOTT - Lightning. Proc. Royal So-
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. . . Envie os livros de sua autoria, ou .os que se encontrem em duplicata em seu poder à
Biblioteca Central do Conselho Nac10nal de Geografia, para maior benefício da cultura
geográfica do Brasil.
Retrospecto geográfico
e cartográfico
- 11-
162 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Centeni- MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Três cida-
rio de quatro municípios fluminenses. por ...• des fluminenses. O centenário de - Tomo XL,
Tomo XXXVI, ano 1932 (2. 0 semestre), pág. 160. ano 1935 (1. 0 semestre), pág. 3.
MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - lguassú, MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Vassouras,
Centenário de - Itaboraí, Centenário de ... , Introdução à Corografia de - Tomo XLVIII,
Tomo XXXVI, ano 1932 (2. 0 semestre), pág. 160. ano 1941 pág. 25.
MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Niterói MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Vassouras,
- Tomo XL, ano1935 (1.º semestre), pág. 11. Centenário de - Tomo XXXVI, ano 1932 (2.º
semestre), pág. 160.
MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Nossa Se-
nhora da Ajuda de Cernambitigba - Tomo MAIA FORTE, JOSÉ. MATOSO - Vilas flu-
XLIV, ano 1937, pág. 49. minenses (Santn Antôn10 de Sá) - Tomo XLIV,
ano 1937, pág. 35.
MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Nossa Se-
nhora da Conceição do Rio Bonito - Tomo MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Ata adi-
XLIV. ano 1937. pág. 49. cional à .Constituição de Império (Lei de Agôsto
pe 1834) a propúsito de seu centenário - Tomo
MAIA FORTE. JOSÉ MATOSO - Nossa Se- XXXVIII, ano 1933 (2. 0 semestre), pág. 173.
nhora do Destêrro de Itambí - Tomo XLIV,
ano 1937, pág. 50. MAIA FORTE, ,JOSÉ MATOSO - Divisão ter-
ritorial, administrativa e .iudiciária, a nova -
MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Paraíba (Estado do R.io tle ,Janeiro) - Tomo XLV, ano
do Sul, Centenário de - Tomo XXXVI, ano 1932 1938, pág. 105. .
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MAIA FORTE, JOSÉ MATOSO - Pouso MAWSON, ~·osEPH - Notícia sôbre a Lapa
Sêco - Estrada de Rodagem - Tomo XXXIII, de Brejo Grande, caverna explorada por ...
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ano 1928 (2.º semestre), págs. 82, 85, 88, !!2, MASô, JOÃO ALBERTO - E OUTROS -
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ano 1928 (2. 0 semestre), págs. 82, 85, 88, 92, .... - Antônio O!into doo Santos Pires, Fran-
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hdrographic charts. (1:625 000) p. 132. (15)
Globus, 87 (1905) 217.
Bi.rd's-eyeview o/ the region about Traição and
the mouth o/ rio Mamanquape, showing the re- 1906 - (I) Sketch map of the region to the
lation o/ the stone reefs to the shores p. 132 east of the river São Farncisco, (1:10 000 000) p.
(16) Breached sand neck rio Ilhtas• Scale not 377. (2) Sketch map of upper Paraguassú basin.
determined.) p. 135. (17) Breached sand neck, l: 1,000,000. p. 379. Journ. of Geol. 14 (1906) •
rio Una. (Seale not determined) p. 136. (18)
Sketch map of the former channel rio Santa - Plano del rio Amazonas desde Iquitos
Cruz. (Seale not determined). p. 137. (19) hasta Manáos, levantado por orden del Seiíor
Bird's-eye view of the Pernambuco embayment. Prefecto del Departamento de Loreto segun el
(Seale not determined) p. 138. (20) Sketch of plano proporcionado por la Companhia de Va-
the topography of a part of rio Jaguaripe, state pores "Booth & Co., Iquitos - Liverpool", re-
of Bahia. (Seale not determined) p. 140. (21) ducido à la escala de 1: 500 000; las posicones
Sketch map o/ the region about São Thomé do geográficas dei Territorio Peruano, rectificado
Paripe, Bahia, by J. C. BRANNER, 1899 . . . . . .
(l.:18 000) p. 151. (22) Sketch map of Ilheos, con datas de D. ARTURO WERTHEMAN, por
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coast of Brazil ( ehart), 1886. (1: 2 000 000) Pl.
arbitrage du 5 Juin 1904. 1: 6 000 000. Année
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Harold Havens, July 1899. (1:43 000) Pl. 2 (27)
Cartogr., 16 (1906) .
Santa Cruz bay. (Part of H. O. Chart N. 0 484) Modification de la frontiére boliviano-bré-
(1:52 260) PJ. 3. (28) Map of the bay o/ Bahya silienne dans la région du haut Paraguay, sui-
(Part of H. O. Chart N. 0 1522) (1 :481 000) Pl. vant le traité de Petropolis 17 Novbre, 1903.
4. (29) Topographic map o/ the Brazilian coast 1:2 000 000. Année Cartogr., 16 (1906).
about Santos, showing nouthe coastal moun-
tains have been submerged .... (Redueed from Rio Jauapery, Brasilien. Nach eigenen Auf-
the São Paulo sheet of the Commissão Geolo- nahmen in den Jahren 1900 und 1901, von Ri-
giea de S. Paulo. (1:153 000) Pl. 5. (30) St. Ro- chard Payer. 1: 1,000 000 Petermanns Mitt., 52
que reefs and channel. (Part of H. O. Chart (1906) pl. 15.
N. 0 481) (1:153 000) Pl. 6. (31) Port Cabedello,
part of hydr. chart of the mouth of rio Para- Karte des Acre-Gebietes. Kompiliert nach
hyba do Norte (1:33 250) PJ. 7. (32) The reefs dem gesammten neuern Material. 1 :2 500 000.
from Santa Cruz to Comoxatiba, state o/ Bahia. Petermanns Mitt., 52 - (1906) pl. 16.
(From H. O. Chart) (1:600 000) Pl. 8. (33) Part VO!kerkate des Gebietes ani oberen Rio Ne-
o/ the H. O. Chart showing the Lixa, Parcel .aro uwi Yapurá. Entworten von Dr. Theodor
das Paredes and Abrolhos coral reefs . .. .' .... Koch-Grünberg. 1:3 000 000. Globus, 90 (1906)
(1: 1 400 000) PJ. 9. (34) Abrolhosi islands ancho-
rage, part o/ the hydrographic chart o/ the
10.
Abrolhos islands. Pl. 10 (35) Copy o/ the map - Geological map of northeastern Bra-
of Pernambuco and the reef. Pl. 58. (36) The zil. (1 :21 765 000) - Journ. of Geol., 15 (190)
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do Sul. 1:500 000. Deutsche Erde, 7 (198) pi. 7. •
South America. Maps to illustrate a paper
Anniihernder Situationsplan der Gebiete
on explorations and boundary surveys in Bolivia,
zwischen Guaviare und Caqueta-Lapura, en-
by Major P. H. FAWCETT 1:5 000 000 Insets:
tworfen von Dr. THEODOR KOCHGRüNBERG,
(I) (Boundary between Brazil and Bolivia) ...•
1908. (1:7 500 000) Globus, 93 (1808) 303. 1:2 500 000. (2) Mato Grosso, Brazil ......... .
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veau Continent en 1799-1804, par M. de Humboldt L'Europe et l'Amérique Comparées. - Avec
et A. Bonpland, redigé par Alexander de Hum- six planches coloriées. - A Paris, chez Rosa,
boldt; avec un atlas géographique et physique. librairie. Grande cour du Palais-Royal - A
A la Librairie Grecquelatine-allemande, 1816, Londres, chez Treuttel et Wurtz. - A Bruzel-
13 vols. in-8.º. les, chez Lecharlier, Librairie. 1318, 2 vols.
in-8.º; Lº, VI - 432 pp. - 2. 0 , 452 pp. e ·s
1817 - ELLIS, Henry estampas.
Journal of the Proceedings of the Late 1818 - FOSS DESSIOU, Joseph
Embassy to China; comprising a correct nar-
rative of the public transactions of the embassy, A New General Chart of the Coast of Brazil,
of the voyage to and from China, and of tli.e from the River Amazon to the River Plate;
Journey from the mouth of the Pei-Ho to the drawn from the Surveys made by order of the
return to Canton. Interspersed with observa- Portuguese Government communicated by Vice-
tions uppon the face of the country, the polity, Admiral Sir Sidney Smith, the late admirai
moral character, and manners of the chinese Campbell; & José Patricio, Pilot, together with
nation. - The whole illustrated by maps arid those by Mess". Warner & Harris, Masters of
drawings. London. Printed for John Murray, the Royal Navy. Describing the Tracks of
Allemarle Stret, London, T. Davison, Lombard- H.M.S. Nereus, Peter Heywood, Esq." Captain
street, Whitefriars), 1817, in-4.º VII +
526 pp. adjusted te Nemerous Astronomical Observa-
tions, By Joseph Foss Dessiou, Master of the
1 fl. n. num. 1 retr. 7 est est ps. coloridas
e 3 mapas. Royal Navy. London, Published by W. Faden
August, 12. 1818. Engraved by D. Henwood.
1817 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von 2 fls. de Om,610-0m,945 - (C.E.H. n.º 1533).
Uma nova carta da costa do Brasil, do Rio
über das Verkommen des Gediegen-Goldes Amazonas ao Rio da Prata; desenhada pelos
zu Minas Geraes in Brasilien. - In: Neue Jahr- estudos feitos por ordem do Govêrno Português
bücher der Berg-un Hüttenkunde (Von K. E. communicados pelo vice-almirante Sidney Smith
von Moll). Vol. III, pp. 321-340, 1817. ao último almirante Campbell. - José Patricii:J,
piloto, juntamente com Warner & Harris, com-
1818 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von mandantes da Armada Real, descreveram o iti-
Physikalische und Bergmannische Nachrich- nerario seguido da H.H.S. Nereus, por Peter
ten aus Brasilien. - In: Annalen der Physik de Heywood, capitão contractado para as numero-
von L. W. Gilbert, tomo LIV, pp. 117-139. sas observações astronômicas - por Joseph Foss
Leipzig, 1818. Dessiou, commandante da Armada Real.
1819 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von
1818 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von
Observations sur la maniére de voyager
Journal von Brasilien,:oder vermischfte\N"ach- dans l'intérieur du Brésil et tableau de ce':;te
richten aus Brasilien, auf wissenchaftlichen partie du pays. (Traduit de l'allemand). ln:
Reisen gesammat Mit einem Plane und Kupfern. Nouvelles Annales des Voyages, tomo III, pp.
- Weimar, Gr. H. S. pr. Landes-Industrie- 99-120. Paris, 1819.
Comptoirs, 1818, in-8.º 2 vols. - I, XV pp. de
Testo, maps. e illustr. · 1819 - HIPPISLEY, G.
1818 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von A narrative of an Expedition to the Rivers
Orinoco, and Apure, in South-America.
Verkommen des elastischen Sandsteines in London, 1819, in-8.º.
Brasilien. In: Gilbert's Annalen der Physlk.
rs~~~ Folge, vol. XXVIII, pp. 99-101. Leipzig, 1819 - FISCHER, Ch. A -
. "Nuestes Gemãlde von Brasilien." - Leip-
1818 - GAYOSO, Raymundo José de Souza zig, ln Hartle bens Verlagsexpedition, 1819.
in-12, 2 vols. - 1.º 2 fls. n. nums. + 190 pp:
Compêndio Histórico-Político dos Principios
da Lavoura, do Maranhão, suas produções e e 4 gravs; 2.º 177 pp. + 5 pp. n- nums. e
progressos, que têm tido até ao presente, en- 6 gravs.
traves que a vão deteriorando; e meios que
tem lembrado para desvanecê-los em augmento 1820 - DANIEL, Padre João
da mesma lavoura, e sem prejuízo do real patri- Thesouro Descoberto no Rio Maximo Ama-
mônio; etc. - Paris, Na Officina de P. N. zonas. - Quinta Parte. Contem hum novo
Rougeron. ; MDCCCXVIII (1818) in-8.º. methodo para a sua agricultura utilissima praxe
1818 - DESSIOU, Joseph Foss para a sua povoação, navegação, aug1nento e
commercio, assim dos Indios como dos Europeus.
The Brazil pilot, or, sailing directions for Rio de Janeiro, Impressão Régia, MDCCCXX,
the coast and harbours of Brazil by Messrs. (1820) - In-4.º Advert. X pp. prels. 151 pp.
Warner and Harris. - Compiled by J. Foss de texto e mais 2 fls. n. nums. (Raro) - Os
Dessiou. - London, W. Fladen, 1818, in-8.º. manuscriptos originaes constam de 6 partes.
As 5 primeiras partes, manuscriptas, existem
1818 - FORTES, P. Ignacio Felizardo na Biblioteca Nacional. Além da Quinta, pu-
blicada em 1820 no Rio de Janeiro, o Instituto
História do Brasil desde a sua descoberta Historico e Geographico Brasileiro publicou ·a
até 1810. Escrita em francês por Affonso de Segunda, nos tomos II, pp. 328 e 445, e III,
Beauchamp, e traduzida em português pelo PP. 39, 138, 282 e 372, de sua "Revista" (1840-
BIBLIOGRAFIA 169
41). Trinta e oito annos mais tarde, em 1878, de la Géographie et de l'Histoire, tomo XX,
o mesmo Instituto obteve uma cópia da Sexta pp. 289-328, in-8.º, Paris, 1823.
parte, do original existente em Evora, que pu-
blicou no tomo XLI da "Revista" . 1823 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von
1820 - ESCHWEGE, Wilhe~m Ludwig von Esquisse géognostlque du Brési! suivie d'une
dissertation sur la gangue originaire du dia-
über Einige Merkwürdige Brasilianische mant. (Traduit de l'allemand por M. Combes.)
Gebirgs-Formation. - ln: Annalen der Physik Annales des Mines, tomo VIII, pp. 401-430.
und der Physikalis chen Chemie, von L. W. Paris, 1823. '
Gílbert. - vol. V, pp. 411-424, Leipzig, 1820.
1823 - GRAHAM Mrs. Mary
1820 - ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von
Journal of a residence in Chile, during the
Nachrichten aus Portugal und dessen Co- year 1822 and a voyage from Chile to Brazil in
lonien, Mineralogischen und bergmannischen 1823. - London 1824.
Inhaltes, herausg, von J. C. L. Zincken. Ein
Seitenstuck zurn Journale von Brasilien. in-8.P, 1823 - HUMBOLDT, Fred. H. Alexander de
illust. Braunschweig, 1820. Baron von)
lll'lllllm=:- Colabore com êste "Boletim" que é bibl10gráfico enviando-lhe livros de sua autoria ou
'lliP'V disponíveis em duplicatas, e que oferecam mterê~se geográfico.
Mapoteca central do C. N. G.
CATÁLOGO GERAL
III
(MAPAS DE N.os 201 a 30Q)
N. 0 201 - Mapa da Viação dos Estados do N. 0 211 - Carta del Departamento de Mon-
Paraná e S. Catarina. - Esc. 1: 1 500 000 - tevideo (fl. Carrasco) - Esc.: 1:20 000 - Dim.:
Dim.: O,m595 x O,m559 - Edit.: Inspetoria Fe- O,m845 x O,m526 - Edit. pelo Servicio Geográfico
deral das Est,radas (M.V.O.P.) - Secção Cart. dei Ejército - Impresso en los Talleres Gráficos
da Comp. Lith. Ipiranga, S. Paulo e Rio das de la Imprenta Nacional das convenções carto-
convenções cartográficas - 1928. gTáficas, - 1920.
N. 0 202 - Mapa da Viação do Estado do Rio N. 0 212 - Carta dei Departamento de Mon-
Grande do Sul - Esc. 1: 1 500 000 - Dim.: tevideo (fl. Cerro) - Esc.: 1:20 000 - Dim.:
O,m670 x O,m553 - Edit.: Inspetoria Federal das O,m844 x O,m525 - Edit. pelo Seryicio Geográfico
Estradas ( M. V. O. P. ) - Secção Cartográfica dei Ejército - Impresso en los Talleres Gráficos
da Comp. Lith. Ipiranga, S. Paulo e Rio das de la Imprenta Nacional das convenções carto-
convenções cartográficas - 1928. gráficas - 1920.
203 - Mapa do Estado da Baía (Edição Pro- N. 0 213 - Carta del Departamento de Mon-
visória) - Esc. 1:2 000 000 - Dim.: O,m519 x tevideo (fl. Punta del Espinillo) - Esc.: ......
O,m610 - Edit.: Diretoria de Serviços Geográ- 1:20 000 - Dim.: O,m846 x O,m528 - Edit. pelo
ficos, Geológicos e Meteorológicos - (S.A.I.C. Servicio Geográfico del Ejército - Impresso en
V.O.P.) - Impresso no Est. Graf. "O Globo" los Talleres Gráficos de la Imprenta Nacional
Baia" das convenções cartográficas - 1934. das convenções cartográficas - 1920.
204 - Carta del Uruguay (fl. Pando) - N. 0 214 - Carta dei Departamento de Mon-
Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m682 X O,m422 - Edit.' tevideo (fl. Punta - Carretas). Esc.: 1:20 000
El Instituto Geográfico (Rep. del Uruguay) - - Dim.: O,m848 x O,m524 - Edit. pelo Servicio
Impresso en los Talleres Gráficos de la Imprenta Geográfico del Ejército - Impresso en los Tal-
Nacional das convenções cartográficas - 1926. leres Gráficos de la Imprenta Nacional das con-
'• venções cartográficas - 1920.
N. 0 205 - Carta del Uruguay (fl. Piriapolis)
- Esc.: 1: 50 000 -- Dim.: O,m683 x O,m422 - N. 0 215 - Carta del Uruguay (fl. Atlantida)
Edit.: E'l Instituto Geografico-Republica d'el Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m681 x O,m421 -
Uruguay - Impresso en los Talleres Gráficos Edit. Instituto Geográfico (Republica Uruguay)
de la Imprenta Nacional das convenções carto- Impresso en los Talleres Gráficos de la Im-
gráficas - 1932. pren ta Nacional das convenções cartográficas
- 1931.
N.º 206 - Carta del depto. de Montevideo
(fl. Las Piedras) - Esc.: 1: 20 000 - Dim.: N.º 216 - Carta dei Uruguay (fl. Colonia
O,m847 x O,m524 - Edit. Servicio Geografico del dei Sacramento) - Esc.: 1: 50 000 - Dim.:
Ejército - Impresso en los Talleres Gráficos O,m681 x O,m421 - Edit.: Instituto Geográfico
de la Imprenta Nacional das convenções carto- (Republica Uruguay) Impresso en los Talleres
gráficas - 1920. Gráficos de la Imprenta Nacional das conven-
ções cartográficas - 1934.
N. 0 207 - Carta del Departamento de Mon-
tevideo (fl. Rincón de Melilla) - Esc.: 1: 20 000 N. 0 217 - Carta dei Uruguay (fl. Mosquitos)
- Dim.: O,m848 x O,m525 - Edit. pelo Serviço -- Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m681 x O,m 423 -
Geográfico del Ejército - Impresso en los Tal- Edit. Instituto Geográfico (Republica Uruguay)
leres Gráficos de la Imprenta Nacional das con- Impresso en los Talleres Gráficos de la Impren-
venções cartográficas - 1920. ta Nacional das convenções cartográficas -
N. 0 208 - Carta del Departamento de Mon- 1930.
tevideo (fl. Manga) - Esc.: 1:20 000 - Dim.: N. 0 218 - Carta del Uruguay (fl. Cagancha)
O,m847 x O,m528 - Edit. pelo Servicio Geográ- - Esc.: 1:50 000 - Dim.: O,m685 x O,m421 -
fico! del Ejército - Impresso en los Talleres Edit. Instituto Geográfico (Republica Uruguay)
Gráficos de la Imprenta Nacional das conven- Impresso en los Talleres Gráficos d ela Imprenta
ções cartográficas - 1920. Nacional das convenções cartográficas - 1933.
N. 0 209 - parta del Departamento de Mon-
tevideo (fl. Colón) - Esc.: 1:20 000 - Dim.: N.º 219 - Carta dei Uruguay (fl. Migues)
O,m845 x O,m524 - Edit.: pelo Servicio Geográ- - Esc .. 1:50 000 - Dim.: O,m682 - O,m424 -
fico del Ejército Impresso en los Talleres Gra- Edit. Instituto Geográfico (RepubHca Uruguay)
fices de la Imprenta Nacional das convenções Impresso en los Talleres Gráficos de la Imprenta
cartográficas - 1920. Nacional das convenções cartográficas - 1931.
210 - Carta del Departamento de Montevi- N. 0 220 - Carta dei Uruguay (fl. La Barra)
deo (fl. Santa Lucia) - Esc.: 1:20 000 - Dim.: Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O.m678 x O,m 424 - Edit.
O,m845 x O,m526 - Edit. pelo Servicio Geogr~ Insituto Geográfico (Republica Uruguay)
fico dei Ejército Imprensso en los Talleres Gra- Impresso en los Tallers Gráficos de la Im-
ficos de la Imprenta Nacional das convenções prenta Nacional das convenções cartográficas
cartográficas - 1920. - 1929.
172 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
N. 0 221 - Carta dei Uruguay (fl. La Union) N." 237 - Carta dei Uruguay (fl. Los Cer-
Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m678 x O,m423 - rillos) - Esc.: 1:50 000 - Dim.: O,m681 x
Edit. Insittuto Geográfico (Republica Uruguay) O,m424 - Instituto Geografico (Republica Uru-
Impresso en los Talleres Gráficos de la Im- guay) Impresso en los Talleres Gráficos de la
prenta Nacional das convenções cartográficas Imprenta Nacional - 1926.
- 1928.
N. 0 238 - Carta dei Uruguay (fl. Arazati)
N. 0 222 - Estado do Rio Grande do Sul - - Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m681 x O,m424 -
Mapa do município de Dom Pedrito - Esc.: Instituto Geográfico Militar (Republica Uru-
1:200 000 - Dim.: O,m662 x O,m 595 - Prefei- guay) Impresso en los Talleres Gráficos de la
tura Municipal - Impresso Lit. Liv. do Globo Imprenta Nacional das convenções cartográ-
P. Alegre em côres - 1927. ficas - 1934.
N. 0 223 - Estado de S. Paulo (Planta da N.º 239 - Carta dei Uruguay - (fl. San
Cidade de Araraquara) - Esc.: 1: 10 000 - Dim.: Gregorio) - Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m681 x
O,m510 x O,m410, cópia osalide. O m424 - Instituto Geográfico Militar (R. Uru-
g~ay) Impresso en los Talleres Gráficos de la
N.º 224 - Estado do Rio Grande do Sul Imprenta Nacional - 1932.
(Planta do Município de Garibaldi) - Esc.:
1:75 000 - Dim.: O,m480 x O,m340, em cores. N.º 240 - Carta dei Uruguay (fl. San José
de Mayo) - Esc.: 1:50 000 - Dim.: O,m681 x
N. 0 225 - Carta do Estado do Paraná - O,m424 - Instituto Geográfico Militar (R. Uru-
Esc.: 1:800 000 - Dim.: O,m933 x O,m655 - Edit.: guav) - Impresso en los Talleres Gráficos de
•• E. Loureiro Santos - Impressora Paranaense
Curitiba - em cores - 1934.
la Imprenta Nacional das convenções cartográ-
ficas - 1934.
N. 0 226 - Planta do Município de Antonio
Prado (Rio Grande do Sul) . Esc.: 1: 50 000 N. 0 241 - Carta dei Uruguay (.fl. Santa Lu-
Dim.: O,m804 x O,m577 - Maria F. Mariw. cia) - Esc.: 1:50 000 - Dim.: O,m681 x O,m424
original em côres - 1935. - Instituto Geográfico - Impresso en los Tal-
leres de la Imprenta Nacional das convenções
N. 0 227 - Estado do Rio Grande do Sul - cartográficas - 1929.
Mapa do Município de São Leopoldo - Esc.:
1:90 000 - Dim.: O.m602 x O,m876 - Prefeitura N.º 242 - Carta dei Uruguay (fl. Nueva
Municipal - em côres - 1934. Helvecia) - Esc.: 1:50 000 - Dim.: O,m681 x
O m424 - Instituto Geográfico (R. Uruguay)
N. 0 228 - Estado do Rio Grande do Sul - __'._ Impresso en los Talleres de la Imprenta Na-
Mapa do Município de Quaraí - Esc.: 1: 150 000 cional das convenções cartográficas - 1935.
- Dim.: O,m734 x O,m498 - Prefeitura Municipal
- Livraria do Globo - Pôrto Alegre - em cô- N.º 243 - Carta dei 'Uruguay (fl. Juan L.
res - 1920. Lacase) - Esc.: 1 :50 000 - Dim.: O,m681 x
o.m424 - Instituto Geográfico (R. Uruguay) -
N. 0 229 - Estado do Rio Grande do Sul - Impresso en los Talleres de la Imprenta Na-
Mapa do Município de Julio le Castilhos - Esc.:
1: 200 000 - Dim.: O,m752 x O,m553 - Luiz Go- cional das convenções cartográficas - 1935.
mes de Ara ujo - Zeller & Geogr. P. Alegre
em côres - 1927. N. 0 244 - Carta dei Uruguay ( fl. San ta
ROS'.!) - Esc.: 1: 50 000 - Dim.: O,m681 X O,m424
N. 0 230 - Estado do Rio Grande do Sul - - Instituto Geográfico - (R. Uruguay)
Mapa do Município de Arroio Grande - Esc.: Impresrn en los Talleres de la Imprenta Na-
1: 130 000 - Dim.: O,m604 x O,m798 - Prefeitura cional das convenções cartográficas - 1929.
Municipal - Livraria do Globo - P. Alegre das
convenções cartográficas - 1925. N. 0 245 - Carta dei Uruguay (fl. Punta
Jesus Maria) - Esc.: 1:50 000 - Dim.: O,m342
N. 0 231 - Estado do Rio Grande do Sul - x O,m253 - Instituto Geográfico Militar do
Mapa Geral do Município de Erechim - Esc.: Uruguay - Impresso en los Talleres de la Im-
1 :200 000 - Dim.: O,m500 x O,m529 - Prefeitura prenta Nacional das convenções cartográficas
Municipal - Litografia Modelo'- Boa Vista do - 1932.
Erechim - em côres - 1934.
N. 0 232 - Estado do Rio Grande do Sul - N. 0 246 - Estado do Rio de Janeiro - Planta
Mapa do Município de Santa Vitória do Palmar do Munidpio da Paraíba do Sul - ES1.c.:
- Esc.: 1: 250 000 - Dim.: O,m468 x 0,m624. l: 100 000 - Dim.: O,m539 x O,m558 - Benjamin
Cópia osalide. Franklin Kingston - cópia osalide - 1935.
N. 0 233 - Estado do Paraná - Mapa do Mu- N. 0 247 - Estado de Pernambuco (Muni-
nicípio de Curitiba - Esc.: 1:40 000 - Dim.: cípio de Tacaratú (hoje Itapecerica) Esc.:
O,m671 x O,m960 - Francisco Gutierrez Beltrão l: 166 667 - Dim.: O,m590 x O,m595 - cópia
e Arthur Martins Branco - Impressora Para- osalide.
naense - Curitiba - cópia osalide - 1915.
N. 0 248 - Mapa do Estado de Pernambuco
N. 0 234 - Mapa Estatístico Industrial do Esc.: 1:1 000 000 - Dim.: O,m774 x O,m284
Rio Grande do Sul - Dim.: O,m814 x O,m790. cópia osalide - 1933.
Cópia osalide .
N. 0 249 - Mapa à.o Estado de S. Paulo -
N. 0 235 - Estado do Rio Grande do Sul - Município de Araraquara - Esc.: 1 :200 000 -
Mapa do Município de Uruguaiana Esc.: Dim.: O,m502 x O,m408 - cópia osalide - 1934.
1:200 000 - Dim.: O,m724 x O,m828 - G. Gau-
denzi - original em côres - 1930. N. 0 250 - Estado de São Paulo (Mapa do
Município de Campinas) - Esc.: 1: 100 ·000 -
N. 0 236 - Estado do Rio Grande do Sul - Dim.: O,m544 x O,m555 - cópia osalide - 1929.
Mapa do Município de Itaquí - Esc.: l: 100 000
- Dim.: O,m974 x O,m579 - Prefeitura Municipal N. 0 251 - Estado de Minas Gerais - Muni-
- Livraria Globo - P. Alegre - em córes - cípio de Minas Novas - Esc.: 1: 300 000 - Dim.:
1924. O,m717 x O,m371. Cópia osalide.
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téria) - Esc.: 1:2 000 - Dim.: O,m647 x O,m459.
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1: 250 000 - Dim.: O,m972 x O,m675 - Direto- Brasil das convenções cartográficas - 1929.
ria de Navegação - Impresso Dep. Ministério
da Agricultura das convenções cartográficas - N. 0 268 - Estado de Minas Gerais - Cor-
1936. redeira de Monte Cristo de Sinimbú (Rio Pom-
ba) - Esc.: 1:2 000 - Dim.: O,m604 x O,m374
N. 0 256 - Mapa da Bacia do Rio Itapicurú - Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil -
- Esc.: 1:500 000 - Dim.: 0,m815 x O,m572 - Impressora: Serviço Geol. e Mineralógico do
Inspectoria de Obras Contra Secas - Secção Brasil das convenções cartográficas - 1928.
Cart. da Comp. Lit. Hartmann Reichenbach.
S. Paulo, Rio, das convenções cartográficas - N. 0 269 - Estado de Minas Gerais - Ca-
1912. choeira do Paraiso (Rio Pomba) - Esc.: 1:2 000
- Dim.: O,m434 x O,m587 - Serviço Geológico
N. 0 257 - Mapa do Estado do Rio Grande e Mineralógico do Brasil - Impressora Serviço
do Sul (fl. S.O.) - Esc.: 1:500 000 - Dim.: Geológico e Mineralógico do Brasil das con-
O,m851 x O,m821 - João A. Edler - Impressa venções cartográficas- 1928.
Lit. da Livrária do Globo - P. Alegre - em
côres - 1929. N. 0 270 - Estado de Minas Gerais - Ca-
choeira do Paraiso (Rio Pomba e um trecha
N. 0 258 - Mapa do Estado do Rio Grande do Rio Xopotó) - Esc.: 1:20 000 - Dim.:
do Sul (fl. N.O.) - Esc.: 1:500 000 - Dim.:
O,m851 x O.m821 - João A. Edler - Impressor O,m604 x O,m288 - Serviço Geol. e Mineraló-
Lit. da Livraria do Globo - P. Alegre - em gico do Brasil - Impressora Serviço Geol. e
côres - 1929. Mineralógico do Brasil das convenções carto-
gráficas - 1928.
N. 0 259 - Mapa do Estado do Rio Grande
do Sul (fl. N.E.) - Esc.: 1:500 000 - Dim.: N. 0 271 - Estado de Minas Gerais - Ca-
O,m851 x O,m821 - João A Edler - Impressora choeira de Itapetinga (Rio Grande) Esc.:
Lit. da Livraria do Globo - P. Aiegre - em 1: 4 000 - Dim.: O,m609 x O,m318 - Serviço
côres - 1929. Geol. e Mineralógico do Brasil - Impressora:
Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil das con-
N. 0 260 - Mapa do Estado do Rio Grande venções cartográficas - 1928.
do Sul (fl. S.E.) - Esc.: 1:500 000 - Dim.:
0,m851 x O,m821 - João A. Edler - Impressora N. 0 272 - Estado de Minas Gerais - Ca-
Lit. da Livraria do Globo. - P. Alegre - em choeira do Poço Fundo (Rio Machado) - Esc.:
côres - 1929. 1:4 000 - Dim.: O,m588 x O,m329 - Serviço
Geol. e Mineralógico do Brasil - Impressora:
N. 0 261 · - Carta Geográfica do Estado de Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil das con-
Mato Grosso -Esc.: 1:2 500 000. Dim.: O,m707 venções cartográficas - 1928.
x O,m792 - Repartição de Obras Públicas do
Estado - Gabinete Fotográfico do Estado Maior N. 0 273 - Estado de Minas Gerais - Ca-
do Exército - em côres - 1923. choeira de Sarmento (Rio Novo) Esc.:
1:2 000 - Dim.: O,m651 x O,m401 -Serviço
N. 0 262 - Estado de Minas Gerais - Tom- Geol. e Mineralógico do Brasil - Impressora:
bos de Miguel Rodrigues, Rio Gualaxo do Sul ou Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil das con-
Maynart - Esc.: 1:2 000 - Dim.: O,m903 x venções cartográficas - 1928.
O,m623. Serviço Geológico e Mineralógico do
Brasil- Impresso no Serviço Geológico e Mine- N. 0 274 - Estado de Minas Gerais - Ca-
ralógico do Brasil convenções cartográficas - choeira do Guerra - (Rio Gualaxo do Norte)
1929. - Esc.: 1:2 000 - Dim.: O,m843 x O,m594 -
Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil -
N. 0 263 - Estado de Minas Gerais - Cacho- Impressora: Serviço Geológico e Mineralógico
eira da Usina - Rio Santa Quitéria - Esc.: do Brasil das convenções cartográficas - 1929.
1:2 000 - Dim.: O,m268 x O,m442 - Serviço
Geol. e Mineralógico do Brasil - Impressora N. 0 275 - Estado de Minas Gerais - (Le-
Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil das con- vantamento do Rio Piracicaba entre o estran-
venções cartográficas - 1929. gulado do Funil e Faz. da Monlevade) - Esc.:
1: 20 000 - Dim.: O,m927 x O,m308 - Serviço
N. 0 264 - Estado de Minas Gerais - Ligação Geol. e Mineralógico do Brasil - Impressora
das Cachoeiras - Usina e Santa Quitéria (Rio Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil das con-
Santa Quitéria)• - Esc.: 1:5 000 - Dim.: venções cartográficas - 1925.
O,m432 x O,m316 - Serviço Geológico e Minera-
lógico do Brasil - Impressora Serviço Geol. N. 0 276 - Estado de 'Minas Gerais (Rio do
e Mineralógico do Brasil das convenções carto- Peixe) (Rio Monte Verde e Ribeirão Conceição)
gráf cas - 1929. - Esc.: 1:20 000 - Dim.: O,m838 x O,m539 -
Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil - Im-
N. 0 265 - Estado de Minas Gerais - Qué- pressora Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil
das do Rio Novo - Esc.: 1:2 000 - Dim.: das convenções cartográficas - 1929.
174 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
N.º 277 - Estado de Minas Gerais - Tombos Agricultura - Impressora - Minist. da Agri-
de Miguel Rodrigues - (Rio Gualaxo do Sul cultura - D.E.P. Secção de Publicidade -
ou Maynart) Esc.: 1:2 000 - Dim.: O,m899 x 1931.
O,m624 - Serviço Geol. e Mineralógico do Bra-
sil - Impressora Serviço Geol. e Mineralógico N. 0 289 - Planta da Cidade do Rio de Ja-
do Brasil das convenções cartográficas - 1929. neiro (6 fls.) - Copacabana, Ipanema, Humai-
tá, Gávea) - Esc.: 1:100 000 - Dim.: O,m66 x
N. 0 278 - Estado de São Paulo - Cachoeira O,m54 - Direoria Geral de Obras e Viação -
Dr. Simão (Rio Paranapanema) - Esc.: ..... Prefeitura D.F, - 1928,
1:2 000 - Dim.: O,m942 x O,m600 - Serviço
Geol. e Mineralógico do Brasil .-Impressora N. 0 290 - Planta da cidade do Rio de Ja-
Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil das con- neiro (6 fls.) - (Vila Isabel, Tijuca, Andarai,
venções cartográficas - 1928. Eng. Novo) - Esc.: 1:10 000 - Dim.: O,m68 x
O,m56 - Diretoria Geral de Obra se Viação -
N. 0 279 - Estado de São Paulo - Cachoeira Prefeitura D.F. - 1928.
de Jurumin (Rio Paranapanema) Esc.: 1:4 000
- Dim.: O,m422 ~ O,m322 - Serviço Geológico N. 0 291 - Pilanta da Cidade do Rio de Ja-
·e Mineralógico do Brasil - Impressora Serviço neiro (6 fls. ) ( S. Cristovão) - Esc.: 1 : 10 000
Geol. e Mineralógico do Brasil das convenções - Dim.: O,m68 x O,m56 - Diretoria Geral de
cartográficas - 1928. Obras e Viação - Prefeitura D.F. - 1928.
N. 0 280 - Estado de São Paulo - Cachoeira N. 0 292 - Planta da Cidade do Rio de Ja-
Monte Alegre (Rio Paranapanema) - Esc.: ..... neiro (6 fls.) - (Subúrbios da Leopoldina) -
1:2 000 - Dim. O,mil98 x O,m658 - Serviço Geol. Esc.: 1:10 000 - Dim.: O,m66 x O,m56 - Dire-
e Mineralógico do Brasil - Impressora Serviço toria Geral de Obl"!l.s e Viação - Prefeitura
Geol. e Mineralógico do Brasil das convenções D.F. - 1928.
cartográficas - 1928.
N. 0 293 - Planta da cidade do Rio de Ja-
N. 0 281 - Estado de São Paulo - Rio Para- neiro (6 fls.) - (Subúrbios da Central) - Esc.:
napanema (Entre Pirajú e Salto Palmital) - 1 :10 000 - Dim.: O,m66 x O,m56 - Diretoria
Esc.: 1: 25 000 - Dim.: O,m798 x O,m491 - Ser- Geral de Obras e Viação - Prefeitura D .F.
Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil - Jm ... 1928.
pressora: Serviço Geol. e Minera!Ogico do Brasil
das convenções cartográficas - 1928. N. 0 294 - Planta da cidade do Rio de Ja-
neiro (6 fls.) (Centro) - Esc.: 1:10 000
N .0 282 - Estado do Rio - Minas Gerais - Dim.: O,m66 x O,m56 - Diretoria Geral de
Cachoeira da Fumaça (Rio Preto) Esc.: 1: 4 000 Obras e Viação - Prefeitura D.F. - 1928.
- Dim.: O,m718 x O,m494 - Serviço Geol. e
Mineralógico do Brasil - Impressora: Serviço N. 0 295 - Mapa do Canadá - Esc.: ..... .
Geol. e Mineralógico do Brasil - 1925. 1: 5 829 480 - Dim.: O,m972 X O,m663 - Edit.
The N ational Geographic Magazine - Impres-
N. 0 283 - Estado de Minas e Rio de Janeiro sora - A. Hoen & Co. Lithographer, Baltimore,
- Corredeira Chiador (Rio Paraíba) - Esc.: M.D., U.S.A. - 1936.
1:10 000 - Dim.: O,m664 x O,m512 - Edit. Ser-
viço Geológico e Mineralógico do Brasil - Im- N ." 296 - Pacific Ocean - Esc.:
pressora: Serviço Geol. e Mineralógico do Bra- 1:35 000 000 - Dim.: O,m640 x O,m551 - Edit.
sil - 1930. The National Geographic Magazine - Impres-
sora Printed by A. Hoen & C. 0 Lith. Baltimore,
N. 0 284 - Rio Preto - Divisa dos Estados M.D., U.S.A. - 1936.
do Rio e Minas - (Cachoeira de Zelinda) -
Esc.: 1:5 000 - Dim.: O,m620 X O,m375 - Edit. N. 0 297 - Cópia do Mapa Geológico do Es-
Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil. Impres- tado do Pará - ( Org, Serviço Geol. e Minera-
sora: Serviço Geol. e Mineralógico do Brasil - lógico do Ministério da Agricultura - Esc.:
1925. 1:2 750 000 - Dim.: O,m969 x O,m610 - Edit.
Diretoria de Estatística da Produção - Secção
N. 0 285 - Estado da Baia - Rio de Contas de Estatística Terirtorial.
(Quédas da Pancada) - Esc.: 1:4 000 - Dim.:
O,m495 x O,m382 - Edit. Servico Geol. e Mine- N. 0 298 - Cópia do Mapa Geológico do Es-
ra!Ogico do Brasil - Impressora: Service Geo- tado do Maranhão (Organ. Serviço Geol. e Mi-
lógico e Mineralógico do Brasil - 1928: neralógico do Ministério da Agricultura - Esc.:
1:1 500 000 - Dim.: O,m623 x O,m958 - Edit.
N. 0 286 - Estado da Baia - Rio de Contas Diretoria de Estatistica da Producão - Seccão
(Trecho Encachoeirado do Funil) - Esc.: de Estatística Territorial. • ·
1:2 000 - Dim.: O,m992 x O,m348 - Edit.: Ser-
viço Geológico e Mineralógico do Brasil - Im- N. 0 299 - Cópia do Mapa Geológico do Es-
pressora. Serviço Geol e Mineralógico do Brasil tado do Ceará (Orgnis. Serviço Geol. e Mine-
- 1929. ralógico do Ministério da Agricultura - Esc.:
1:1 000 000 - Dim.: O,m618 X 0,m942 - Edit.
N.<> 287 - Estado da Baia - Rio Paraguassú Diretoria de Estatística da Produção - Secção
(Cachoeira de Timbora) - Esc.: 1:2 500 - de Estatística Terirtorial.
Dim.: O,m784 x O,m546 - Edit. Serviço Geol. e
Mineralógico do Brasil - Impressora: Serviço N. 0 300 - Cópia de Mapa Geológico do Es-
Geol. e Mineralógico do Brasil - 1930. tado do R. G. do Norte - Organizado pelo
Serviço Geol. e Mineralógico do Ministério da
N. 0 288 - Estado do Rio de Janeiro - Planta Agricultura - Esc.: 1: 500 000 - Dim.: O,m959
do Rio Paquequer (Entre a Foz e o Quilômetro x O,m609 - Edit. Diretoria de Estatística da
210) - Esc.: 1:40 000 - Dim.: O,m690 x O,m296 Produção - Secção de Estatística Terirtorial -
- Edit. Serviço de Aguas - Ministério da cópia osalide.
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periódica sôbre a geografia do Brasil.
Lista de publicações
Biblioteca central do C. N. G.
Publicações entradas durante o ano de 1942
.III
16 cm. - Imprensa Nacional - Rio de Janeiro
1941 - 36 páginas.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE-
DAGóCOS - Organização do Ensino Primário INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE-
e Normal - II - Estado do Pará - 23 x 16 cm. DAGóGICOS - M.E.S. - A administracão dos
- Sem indicação da casa impressora - Rio de Serviços de Educação - (Boletim n.º · 12) -
Janeiro - 1940 - 46 páginas. 23 x 16 cm. - Sem indicação da casa impressora
- Rio de Janeiro, - 1941 - 127 páginas.
INSTITUTO NACICNAL DE ESTUDOS PE-
DAGóGICOS - Organização do Ensino Primá- INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA
rio e Normal - III - Estado do Maranhão - - - Ministério do Trabalho, Indústria e Co-
23 x 16 cm. - Sem indicação da casa impres- mércio - "Carvão de Santa Catarina" - Rela-
sora - Rio de Janeiro, 1940 - 54 páginas. tôrio apresentado em 1890 ao Govêrno da Re-
pública pelo engenheiro Luiz F. Gonzaga de
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- Campos, Fábio Hostílio de Morais Rêgo e Joãe>
DAGÓGICOS - Organização do Ensino Primá- Caldeira d'Alvarenga Messeder - 16 x 23 cm.
rio e Normal - IV - Estado do Piauí - 23 x - Sem ihdicação da casa impresosra - Rio de
16 cm. - Serv. Gr. do M.E.S. - Rio de Ja- Janeiro - 1940 - 90 páginas.
neiro - 1940 - 44 páginas.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLóGI-
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- CAS DE SÃO PAULO - Relação dos periódicos
DAGóGICOS - Organização do Ensino Primá- da biblioteca do .... - Sem indicacão da casa
rio e Normal - V - Estado do Ceará - 23 x impressora - S. Paulo - 1942 - 17 fôlhas.
16 cm. - Serv. Gráfico do Ministério de Edu-
cação e Saúde - Rio de Janeiro, - 1940 - 56 INSTITUTO DE PREVID:íl:NCIA E ASSIS-
páginas. T:íl:NCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO - Be-
nefícios de Familia - Decreto-lei n. 0 3 347 -
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- 12-6-41 - 23 x 16 cm. - Imprensa Nacional -
DAGóGICOS - Organização do Ensino Primá- Rio de Janeiro - 1941 - 30 páginas.
rio e Normal - VI - Estado do Rio Grande do
Norte - 23 x 16 cm. - Serviço Gráfico do Mi- INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL
nistério de Educação e Saúde - Rio de Janeiro, - Relatório - Segundo Exercício - Janeiro a
- 1940 - 140 páginas. Dezembro de 1941 - (Publicação n. 0 10. - I.R.
B.) - Imprensa Nacional - Rio de Janeiro, -
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- 1942 - 170 páginas.
DAGóGICOS - Organização do Ensino Primá-
rio e Normal - VII - Estado da Paraíba - JARDIM - Renato - Geografia da Criança
23 x 16 cm. - Serviço Gráfico do Minist. de (Nonf\ edição) - 23 x 19 cm. fotografias
Educação e Saúde - Rio de Janeiro, - 1940 e cart. - Comp. Melhoramentos São Paulo
- 32 páginas. Como se constroem os mapas - As cidades
Ind,ústrias - Outras indústrias - Meios de
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- transportes - Comércio - Portos - Moedas -
DAGÓGICOS - Organização do Ensino Primá- A América - A America do Sul - Brasil - Re-
rio e Normal - VIII - Estado de Pernambuco pública Argentina- Uruguai - Paraguai
- 23 x 16 cm. - Imprensa Nacional - Rio de Bolívia - Chile - Outros paises da América do
Janeiro - 1941 - Sul - América do Norte - Europa-Asia
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- Africa - Oceania - 1941 .
DAGÓGICOS - Organização do Ensino Primá-
rio e Normal - IX - Estado de Alagôas - 23
JOBIM, Labieno - A erosão dos Sólos
x 16 cm - Imprensa Nacional - Rio de Janeiro (Boletim n. 0 47 - Julho de 1941 - Secretaria
de Agricultura, Indústria e Comércio) - 24 x
- 1941 - 29 páginas.
16 cm. Edição ilustrada com fotografias no
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- texto - Porto Alegre - R. G. S. - 1941 - 34
DAGóGICOS - Organização do Ensino Primá- páginas.
rio e Normal - XI - Estado da Baía - (Bole- Contem, em resumo, o seguinte: Materiais
tim n. 0 14) - 23 x 16 cm. - Sem indicação da transportados pelos rios, em solução e suspen-
casa impressora - Rio de Janeiro, - 1941 - são - Materiais nutritivos transportados anual-
50 páginas. mente - Materiais fertilizantes transportados
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- pela erosão - Causas da erosão - Tipos de ero-
DAGÓGICOS - M.E.S. - Organização do En- são - Efeitos da erosão - Meios para reduzir
sino Primário e Normal - XII - Estado do Es- a erosão superficial - Erosão em sangas e Côr-
pírito Santo - (Boletim n. 0 15) - 23 x 16 cm. regos.
- Sem indicação da casa impressora - Rio de KOSTER, Henry - Viagens ao Nordeste do
Janeiro - 1941 - 43 páginas. Brasil - "Travels in Brazil" Vol. 221 da Série
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS PE- 5.ª - Brasiliana - 19 x 13 cm. - Edição da
DAGóGICOS - Organização do Ensino Primá- Companhia Editora Nacional - S. Paulo -
rio e Normal - X - Estado de Sergipe - 23 x 1942 - 595 páginas - Contém o seguinte su-
176 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
culdade de Filosofia, Ciências e Letras - São - Rio de Janeiro - 1941 - 290 pagmas
Paulo - 1939 - 63 páginas. DestacaITI-se do seu sumário os seguintes capí-
LEONARDOS, O.H. - SALDANHA, R. - tulos: Londres Jardins e Parques - Variações
FRANCO, R.R. - e WOHLERS, A. Mineralogia sôbre o "Fog" - Museus.
N. 4 - 24 x 16 cm. - Faculdade de Filosofia
0
LIMA, Noraldino - No Valle das Maravi-
Ciências e Letras - São Paulo - 1941 - 43 pá- lhas - Imprensa Oficial de Minas - Belo Ho-
ginas. rizonte - 1925 - 223 páginas.
LEOPOLDINA RAILWAY - Guia e Horá- L. OSORIO, Fernando (Pai) - A G1{erra dos
rios n." 64 - Janeiro - Junho - 1942 - Com Farrapos - Edição da Livraria Globo - Pôrto
um mapa da Estrada - 19 x 14 cm - Pimenta Alegre - 1935 - 220 páginas.
de Melo & Cia. Ltda. - Rio de Janeiro - 1942
- 196 páginas LOWRIE, Samuel H. - Ascendência das cri•
anças revistradas nos parques infantis de s.
LEX, Fausto - Vamos Pescar ... e trazer Paulo - 23 x 16 cm. - Departamento de Cul-
peixe - 19 x 14 cm. - Tipografia Irmãos Cle- tura - Sâo Paulo - 34 páginas.
mente - São Paulo - 1938 - 127 páginas.
LIAIS, Emmanuel - Supremacia Intelectual MAGALH.íí.ES, Cel. Amilcar A. Botelho -
da Raça Latina - Resposta às alegação ger- Impressões da Comissão Rondon - 5.ª Edição
mânicas - Livraria B. L. Garnier - Rio de ilustrada, atualizada e aumentada - Vai. 211
Janeiro - 1872 - 187 páginas. da Série 5. 0 - Brasiliana - 19 x 13 cm.
Companhia Editora Nacional - Sâo Paulo -
LILIENFELD-TOAL, Otto von - Pesquisas 1942 - 440 páginas.
em torno da fermentação do cacau - (Tradu- Episódios de Acampanmento - Aprenciações
zido do "Bulletin Officiel de 12 Office Interna- Individuais - Uma página de saüdade - Explo-
tional du Cacao et du Chocolat") - 23 x 16 ração do Rio Jacy - Paraná - Expedição Roo-
cm. - Instituto de Cacau da Baia - Salvador sevelt - Os índios - Resumo fios trabalhos
- 1939 - 34 páginas. executados pelo General Rondon.
LIMA, Alcides - História Popular do Rio MATTOS, Allyrio H. de - Determinação da
Grande do Sul - Edição da Livraria Globo
Porto Alegre - 1935 - 204 páginas. Latitude - Tip. d'A Encadernadora - S. A.
- Rio de Janeiro - 1929 - 126 páginas.
LIMA, A.G. - "Geografia Secundária"
l.• série - Edição ilustrada - (De conformidade MAIA, Emillo de - O Brasil e o Drama do
com os novos programas organizados pelo Mi- Petroleo - Livraria José Olympio Editora -
nistério da Educação e Saúde Pública em 1931) - Rio de Janeiro - 1938 - 290 páginas.
- 25. 0 milheiro - Edição da Livraria Glibo - MAIA, F. Prestes - O Zoneamento Urbano
Barcelos Bertaso & Cia. - Porto Alegre - Rio - 24 x 17 cITI. - Sociedade "Amigos da Cidade"
Grande do Sul - 237 páginas. - São Paulo - 1936 - 8 páginas.
LIMA, G. C. Bierrenbach d~, e QUINT.íí.O, MARGHINI, Adriano - Relatório apresenta-
J. O. - "Serviço de Geodésia - Coordenadas do ao Conselho do Instituto de Pesquisas Tec-
geográficas e geodésicas" - (Boletim n. 0 28) nológicas - 26 x 18 cm. - Instituto de Pes-
23 x 16 cm. - Tip. Siqueira - S. Paulo - quisas Tecnolôgicas de S. Paulo - 1940 - 64
1940 - 58 páginas. páginac.
LIMA FIGUEIREDO - Limites do Brasil - MARCHINI, Adriano - Relatório corres-
Casa Editora Henrique Velho - Rio de Jaeniro pondente ao Exercício de 1940, apresentado ao
- 1936 - 220 páginas. Conselho do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
LIMA FIGUEIREDO, Cel. - Um ano de ob· pelo Diretor Eng.' ..• - 26 x 18 cm. - Gráfi-
servaçáo no Extremo Oriente - XL VII ·- Da cas Instituto de Pesquisas Tecnológicas de S.
Biblioteca Militar - 24 x 17 cm. - Biblioteca Paulo - 1941 - 58 páginas.
Militar - Rio de Janeiro - 1941 - 352 pági- MARCUS, E. - LOCCHI, R. - SAWAYA, P.
nas - O que é o Japão - A Invasão branca - CARVALHO, J. P. - Zoologia n. 0 4 - Bo-
na Asia - A reação amarela - Organização letiin n° XIX - Faculdade de Fliosofla, Ciên-
Militar do Japão. cias e Letras - São Paulo - 24 x 16 cm. -
LUZ FILHO, Fábio - Rumo à Terra - Sé- Universidade de S.o Paulo - 1940 - 308 pá-
rie Agrícola 2 - 5. ª Edição revista e ampliada ginas.
- Estudos Sociais e Técnicos - N. 0 8 - 18,5 x MARTINS TEIXEIRA, Carlos - CURTY,
14 cm. Editora Guaíra Limitada - Curitiba Manoel - MACEDO, Ephrem - e BARBOSA,
- 1942 - 361 páginas. Octavio - Higiene das Minas de Ouro Silicose
Sumário - O Cooperativismo e o crédito Morro Velho - Minas Gerais - (Boletim n. 0 44
agrícola - Latifundismo e colonização - A - Div. de FoITI. da Prod. Miner.) - 23 x 16
fertililidade das terras braslleiras - Política cm. - Ministério da Agricultura - Rio de Ja-
florestal - As florestas - O homem rural - A neiro - 1940 - 158 páginas.
natureza - As pa!sagens - A volta aos cam- MELO, Carlos Afonso de - Município de
pos - Os ciclos civilizadores - A agricultura Carpina - Relatório da prestação de contas
racional - Nosso problema - O Estado do Pa- da Prefeitura Municipal de Carpina, perante à
raná suas possibilidades - A colonização da Secretaria do Interior, relativo ao Exercício Fi-
Amazônia - As possibilidades do Paraná - nanceiro de 1941 - 15 x 23 cm. - Sem indi-
Visão econômica do Paraná - Fixação do ho- cação da casa impressora - 1942 - 64 páginas
mem rural bli&i.uileiro à terra e o cooperativismo - Limites Municipais - Situação financeira
- O problem:t',,ída colonização interior, segundo do Municypio, no inicio "do Exercício de 1941"
a palavra de úm técnico - Doze milhôes de - Construção de Logradouros e outros serviços
trabalhadores - O trabalhador rural brasileiro de melhoramentos públicos - Serviço de cons-
- A posse da terra - O braço colonial - O trução da "Praça Joaquim Nabuco". Relação dos
café e o cooperativismo - Princípios de Ali- decretos-leis expedidos pelo Prefeito do Muni-
Inentação vegetal - árvores. cípio, devidamente autorizado pelo Departa-
LIMA, Guimarães - Catalão em Marcha - mento Administrativo do Estado.
23 x 16 cm. - Livraria Triângulo Editora - MELLO-LEIT.íí.0, c. de - História das ex-
Araguari - Minas 1941 - 139 páginas - Encer- pedições científicas no Brasil - Vai. 209 - Sé-
ra a presente monografia um estudo generali- rie 5.ª da Brasiliana - 19 x 13 cm. - Compa-
zado do Município de Catalão. nhia Editora Nacional - São Paulo - 1941 -
LIMA Herman - Na ilha de John Bull - 360 páginas - O descobrimento e a exploração
19 x 13 cm. - Edição de Livraria José Olimpio da costa - As fronteiras - Os rios - O pia-
-12 -
178 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
nalto - O solo e as suas riquezas - Expedi- mento de Cultura - S. Paulo - 1938 - 71 pá-
ções botânicas - Expedições zoológicas - Expe- ginas.
diçães etnológicas. MIRANDA, Sosthenes e SILVA, Pedrito -
MENDES, Amando - Amazônia Econômica Mutações em "Theobroma leicarpa "Bern. Var.
- Problema Brasileiro - 2.ª edição - 20 x 14 Comum" - Separata de "A Baía Rural" de Ou-
cm. - Empresa a Noite - Rio de Janeiro tubro-Novembro 1939 - 23 x 16 cm. - Instituto
- 305 páginas - O maior pioneiro· da borra- de Cacau da Baía - 1939 - 10 páginas.
cha - História velha repetida mais uma MONBEIG Pierre - Algumas Observações
vez - Indústria do latex em estado I!quldo e sôbre Marília, 'cidade Pioneira (E. de São Pau-
concentrado - Experiências da aplicação do lo) - (Separata da Revista do Arquivo N. 0
latex na Indústria nacional - Importação do LXXVIII) - 23 x 16 cm. - Departamento de
latex nos Estados Unidos - O latex brasileiro Cultura - São Paulo - 1941 - 228 páginas.
e seu futuro econômico - A situação da bor- MONTENEGRO, J. Arthur - Fragmento3
racha em 1938 - A situação da borracha em Históricos - Homens e Factos da Guerra do
1941 - O reflorestamento da Amazônia - O Paraguai - (1.ª Série). Tipo. e Liv. Rio Gran-
Pará, suas indústrias e recursos. dense - Rio G. do Sul - 1900 - 114 páginas.
MENDONÇA, Renato - O Português do MONTENEGRO, J. Arthur - Guerra do
Bra8il - C1v!l!zacão Brasileira - Rio de Ja- Paraguai - Livraria Americana - Rio Grande
neiro - 1936 - 344 páginas. 50 páginas.
MENDONÇA, Renato - Os sete povos das MONTENEGRO, J. Arthur - Notas para a
Missões e o Tratado de Madrid (Tese apresen- Carta Geográfica do Rio Grande do Sul - Livra-
tada ao II Cong. Sul-Rio Grand. de História ria Americana - Rio Grande - 1895 - 59 pá-
a Geografia - II) Secção: O Povoamento. - ginas.
(Separata dos Anais do Cong.) 23 x 16 cm -
- Of. da Livraria Globo - ,Pôrto Alegre - 1940 MONTEIRO, Afonso M. - Belmonte e a
- 20 páginas - As Bases da Diplomacia Brasi- sua História - Sem indicação da casa impres-
leira - Diretrizes do Tratado de Madrid - A sora - S<tlvador - Baía - 1918 - 225 páginas.
Cessão da Colônia do Sacramento em troca dos MOR'\IS, Geraldo Dutra de - História de
sete povos das Missões - A definição geográ- Conceição do Mato Dentro - 24 x 16 cm. -
fica do Brasil. Biblioteca Mineira de Cultura - Belo Horizonte
M. F. SILVA, Moaclr - Roda e Asa - 25 - 1942 - 285 páginas - Bandeirismo e desco-
x 17 cm. - Alba - Rio de Janeiro - 1941 - brlmen tos - Comarca do Sêrro Frio - Igreja
203 páginas. Matriz - Visitas Pastorais - Igreja do Senhor
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA - As Ati- Bom Jesus de Matozinhos - Impressões de Via-
vidades Agrícolas do Brasil em 1939 - Relatório jantes Ilustres - Administração - Fragmentos
apresentado ao Presidente da República dos Históricos - Escorço sõbre a História da Side-
Estados Unidos do Brasil, Exmo. Sr. Dr. Ge- rurgia Brasileira.
túlio Vargas, pelo Ministro de Estado dos Ne MORAIS, J. A. Leite (Dr.) - Apontamentos
gócios da Agricultura, Fenando Costa. (1 e II de Viagem - Tip. da Gazeta do Povo - São
volumes). - 23 x 16 cm. - Fotográficas - Paulo - 1883 - 273 páginas.
Imprensa Nacional - Rio de Janeiro - 1940 - MORAIS, Raimundo - A margem do Livro
586 páginas. de Agassiz - 18 x 12 cm. - Cia. Melhoramentos
MINISTÉRIO DA FAZENDA - Tesouro Na- de S. Paulo - 217 páginas.
cional - Relação Geral dos Bens da União re- MORAIS, Raimundo - Resuscitados - 18 x
gistracfos até 1941 pela Divisão de Cadastro e 12 cm. - Comp. Melhoramentos de S. Paulo
Registro - 27 x 19 cm. - Imprensa Nacional - São Paulo - 318 páginas.
- Rio de Janeiro - 1942 - 453 páginas.
MOURA BRASIL, D, - Exaltação do Estado
MIRANDA, Nicanor - Atividade Gímnica Novo (El,salo de Geopol!tica) 24 x 16 cm. -
e Atividade Lúdica - 23 x 16 cm. - Departa- Gráfica Tupan Ltda. - Rio de Janeiro - 1941
mento de Cultura - São Paulo - 1941 - 147 - 45 pá;:inas .
páginas.
MOuRA, José Abranches de - Estudos de
MIRANDA, Nicanor - Clubes de Menores Climatologia - A Friagem - Empresa Gráfica
0111>rnrios - (Palestra) - 23 x 16 cm. - Foto- Amazônia - Belêm - Pará - 1938 - 15 pá-
gráficas - Departamento de Cultura - S. ginas.
Paulo - 1938 - 84 páginas.
MIRANDA, Nlcanor - O Congresso Inter-
MUN .:CíPIO DE LAGOA VERMELHA -E.•-
tado do Rio Grande do Sul - Lei de Orçamento
nacfonal de Folclore - 23 x 16 cm. Fotográficas para o exerclcio de 1941 - 23 x 16 cm. - Li·
- Departamento de Cultura - S. Paulo - 1940 vraria Globo - Pôrto Alegre - 1941 - 48 pá-
- 24 páginas. ginas.
MIRANDA, Nicanor - Origem e Propagação
dos Parques Infantis e Parques e Jogos - 23 x MUNICÍPIO DO SALVADOR, - Estado da
16 cm. - Departamento de Cultura - São Paulo Baía - Decreto-lei n. 0 48, de 14 de novembro de
1941 - 24 páginas. 1941 - (Orça a receita e fixa a despêsa do Mun.
para o exercício de 1942) - 23 x 16 cm. - In-
MIRANDA, Nicanor - O siginificado de um dicador Baiano - Salvador - Baía - 1941 -
Parque Infantil em Santo Amaro - 23 x 16 cm. 38 págin>is.
- Fotográficas - Sub-Prefeitura de Santo
Amaro - São Paulo - 1938 - 26 páginas. N. BORN, José - Biguassú - Notícia Es-
tatístico-Descritiva - 24 x 17 cm. Departamento
MIRAND.A, Nicanor - Recreação para a Estadual de Estatística - Florianópolis - 1941
Crianca San tista 23 x 16 cm. - Departamento - 57 páginas - Posição, configuração, confron-
de Cultura - São Paulo - 10 páginas. tações e limites - Divisão, superfície e popu-
MIRANDA, Nicanor e REIS, J. D. Bueno lação - Origem do Povoamento, evolução so-
dos - Vícios e Defeitos na Fala das Crianças cial e política - A sede municipal - Situação
dos Parques Infantis de S. Paulo - (Separata física - Situação Econômica - Situação social
dos Anais do Primeiro Congresso da Língua - S1tuacão cultural - Situação administra-
Nacional cantada) - 32 x 23 cm. - Departa- tiva e Política.
Modifica, dando-lhe nova redação, o art. 4. 0 Cria funções gratificadas no Quadro Perma-
do decreto-lei n.• 4 081, de 3 de Fevereiro nente do Ministério da Agricultura e dá ou-
de 1942. tras providências
O Presidente da República usando da atri- O Presidente da República, usando da atri-
buição que lhe confere o artigo 180 da Consti- bu'íção que lhe confere o artigo 180 da constt-
tu'íção e, considerando a necessidade de que se tu'íção, decreta: ·
efetuem com a devida regularidade os levanta- Art. 1.° Ficam criadas, no Quadro Per-
mentos de natureza estatística que permitam o manente do Ministério da Agricultura (Servi-
real e oportuno conhecimento da indústria na- ço de Proteção aos índios), as seguintes fun-
cional, decreta:
Art. 1. 0 O art. 4.º do decreto- lei n. 0 4 081, ções gratificadas: Serviço de Proteção aos ín-
de 3 de fevereiro de 1942, passa a ter a seguinte dios (S.P.I.)
redação: "As Fichas de Inscrição" e os "Bole- Chefe da Secção de Estu-
tins de Produção" devidamente preenchidos, dos (S.E.) (1) a ...... 'Cr$ 4.800,00 anuais
serão devolvidos às repartições que os dlstrl- Chefe da Secção de Ori-
bu'íram até 30 do mês de Abril de cada ano. e'ntação e Fiscalização
Art. 2. 0 Revogam-se as disposições em con- (S.O.F.) (1) a . . . .. . Cr$ 4.800,00 anuais
trário. Chefe dá Secção de Ad-
Rio de Janeiro, 11 de Fevereiro de 1943, mLnistração (S.A.) (1)
122.0 da Independência e 55. 0 da República. a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cr$ 3.600,00 anuais
GETÚLIO VARGAS. Art. 2.º Para atender, no corrente exercí-
cio, ao pagamento da despesa prevista no arti-
Alexandre Marcondes Filho.
go 1.º deste decreto-lei, fica aberto ao Ministé-
A. de Souza Costa. rio da Agricultura o crédito especial de ...... .
Eurico G. Dutra
Henrique A. Guilhem.
Cr$ 9.900,00 (nove mil e novecentos cruzeiros).
João de Mendonçà Lima.
Art. 3.º O presente decreto-lei entrará em
Oswaldo Aranha.
vigor a partir de 1 de Abril de 1943, revogadas
Apolonio Salles. as disposições em contrário.
Gustavo Capanema. Rio de Janeiro, 12 de Abril de 1943, 122.0
J. P. Salgado Filho. da Independência e 55. 0 da República.
(D. O. de 13-2-943) GETÚLIO V ARGAS.
Apolonio Salles.
A. de Souza Costa.
(D. O. de,16-4-943)
Decreto-lei n.º 5 315, de 11 de Março de 19~3
Art. 2.º O presente decreto-lei entra em cacto, pela forma que se segue, o Anexo 12 -
vigor na data da sua publicação, revogadas as Ministério da Agricultura - do Orçamento Ge-
disposições em contrário. ral da República, em vigor (decreto-lei n. 0 5 120,
Rio de Janeiro, 16 de Abril de 1943, 122. 0 de 19 de Dezembro de 1942) :
da Independência e 55. 0 da República.
GETÚLIO VARGAS.
VERBA 3 - SERVIÇOS E ENCARGOS
Apolonio Salles. Consignação I - Diversos
(D. O. 19-4-943) S/c 17 - Expedições científicas
Onde se lê:
17 - Conselho Nacional de Pro-
teção aos índios Estudos
Decreto-lei n. 0 5 477, de 12 de Maio de 1943 etnográficos . . . . . . . . . . . . . . Cr$ 400 000,0Q
Leia-se:
Transfere para o Serviço de Proteção aos ín-
dios dotação orçamentária que especifica. 28 - Serviço de Proteção aos ín-
dios Estudos etnográficos Cr$ 400 000,00
o Presidente da República, usando da atri-
bu'ição que lhe confere o artigo 180 da Consti- Rio de Janeiro, 12 de Maio de 1943, 122.•
tu'ição, decreta: da Independência e 55. 0 da República.
Artigo único. Fica transferida para o Ser-
viço de Proteção aos índios a dotação de .... GETÚLIO V ARGAS.
Cr$ 400 000,00 (quatrocentos mil cruzeiros), re- Apolonio Salles.
ferente a estudos etnográficos, atribuida, no A. de Souza Costa.
corrente exercício, ao Conselho Nacional de Pro-
teção aos índios e, consequentemente, retifi- (D. O. de 14-5-943)
Decretos
Decreto n.º 12 272, de 16 de Abril de 1943 Decreto n. 0 12 318, de 27 de Abril de 1943
Estabelece normas para os livros do Registo de Modifica o ~egimento do Serviço de Proteção
Aguas Públicas, criado pelo decreto-lei n. 0 aos índios.
2 281, de 5 de Junho de 1940, e para Cli8 res-
pectivas inscrições. O Presidente da República, usando da atri-
bui'ção que lhe confere e artigo 74, alínea a,
o Presidente da República, usando da atri- da Constitui'ção, decreta:
bu'ição que lhe confere o art. 74, letra a, da Art. 1. 0 Passa a ter a seguinte redação a
Contitui'ção, decreta: alínea n do art. 1. 0 do Regimento do Serviço
Art>. 1. 0 O Registro de Aguas Públicas, cri- de Proteção aos índios, aprovado pelo decreto
ado pelo art. 5. 0 do decreto-lei n. 0 2 281, de 5 n. 0 10 652, de 16 de Outubro de 1942:
de Junho de 1940, conterá a transcrição dos de-
cretos que nele mandem incluir as referidas "efetuar o levantamento da estatística ge-
águas. . ral das populações indigenas e dar ao Con-
Art. 2.º Os livros do Registo de Aguas Pú- selho Nacional de Proteção aos índios coo-
blicas e as respectivas inscrições obdecerão às peração no estudo e investigação das ori-
normas seguintes: gens, línguas, ritos, tradições, hábitos e
a) tais livros terão uma só série, não se costumes do índio brasileiro".
interrompendo os números de inscrição das
águas ao fim de cada volume, mas continuando Art. 2.° Fica redigido do seguinte modo o
indefinidamente; artigo 8. 0 do mesmo Regimento:
b) cada volume terá termo de abertura,
números, rubrica e termo de encerramento fei- "Art. 8. 0 A S. E. compete:
tos pelo Diretor Geral do Departamento Na-
cional da Produção Mineral; a) estudar, sob o ponto de vista geo-
c) as inscrições diferentes serão separa- gráfico e econõmico, as regiões habitadas
das por uma linha de intervalo; por índios e fazer levantamentos estatísticos
d) as averbações far-se-ão à margem dos das populações indígenas, classificando-as
assentamentos ou, quando não houver espaço por agrupamentos linguísticos ou culturais,
no livro corrente, com auxílio de notas e re- bem como pela respectiva distribui'ção pelos
missões. Postos;
Art. 3. 0 Para facilitar as buscas, a Divisão b) realizar trabalhos fotográficos, cine-
de Aguas manterá fichários das águas em or- matográficos, gravação de discos e cinema-
dem alfabética, grupados segundo os dominan- tografia sonora, não só para documentação
tes e segundo as bacias hidrográficas. como para estudos etnográficos;
Art. 4. 0 Este decreto entra em vigor na c) estudar e solucionar questões rela-
data de sua publicação, revogadas as disposi- tivas a terras do índio;
ções em contrário. d) estudar, permanentemente, o pro-
Rio de Janeiro, 16 de Abril de 1943, 122. 0 da cesso de assistência ao índio;
Independência e 55. 0 da República. e) estudar e projetar o tipo de habita-
GETÚLIO V ARGAS.
ção a ser construida para o índio;
f) manter um museu na sede e mos-
Apolonio Salles. truários nas Inspetorias com artefatos, fil-
mes cinematográficos, gravações sonoras e
(D. O. de 19-4-943) documentação fotográfica sõbre o índio e
sóbre as realizações que em seu benefío!o
-+e sejam levadas a efeito pelo S.P .I.;
LEIS E RESOLUÇÕES 189
g) promover a divulgação dos vários as- Art. 2. 0 Este decreto entrará em vigor na
pectos da vida indígena, através de confe- data de sua publicação, revogadas as disposi-
rências ilustradas e exposições, despertando ções em contrário.
o interesse do público pelo índio; Rio de Janeiro, 27 de Abril de 1943, 122. 0 da
h) cooperar com as universidades e co- Independência e 55. 0 da República.
légios, fornecendo documentação e material
ilustrativo para o ensino; GETÚLIO V ARGAS.
i) guardar e conservar livros, mapas e
publicações, mantendo os registos e catálo- Apolonio Salles.
gos necessários; e (D. O. de 29-4-943) ,
j) manter arquivo de projetos ou plan-
tas de construção de casas para índios, es-
tradas, ponte e outras obras executadas".
Art. 3. 0 Este decreto entrará em vigor na Decreto n. 0 12 417, de 12 de Maio de 1943
data de sua publicação revogadas as disposi-
ções em contrário.
Rio de Janeiro, 27 de Abril de 1943, 122. 0 Cria a Colônia Agrícola Nacional "General Oso-
da Independência e 55. 0 da República. rio", no Estado do Paraná
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO
Instruções n. o 3 SERVIÇO PúBLICO
De ordem do coordenador da Mob!llzação Exposição de Motivos
Econômica, o assistente responsável pelo Setor
Preços, usando das atribu!çéies que lhe confere N. 0 1 086 - 9-4-43 - O Ministério da Edu-
a Portaria n. 0 30, de 30 de Novembro de 1942, cação e Saude submeteu à consideração do
Resolve: Sr. Presidente da República, a aprovação do
plano relativo a obras de reparação, conserva-
1. 0 ) Para anular os efeitos do prêmio do ção e restauração de monumentos e bens de
transporte e facilitar às Comissões Estaduais de valor, elaborado, para o corrente exercício, pelo
Preços a revisãó das tabelas municipais deverá Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Na-
cada Estado, de acordo com sua extensão geo- cional, bem como a autorização para que o res-
gráfica e seu desenvolvimento econômico, ser pectivo. crédito de CrSl 500 000,00, que lhe foi
dividido em "zonas econômicas", englobando concedido na_ Verba 5 - Obras, consignação r,
em cada uma determinado número de Municí- subconsignaçao 02-01-64 - a, do Anexo 13 do
pios. orçamento em vigor, fosse empregado sob o re-
Parágrafo único: O número de "zonas eco- gime de adiantamento e Independentemente de
nômicas" variará segundo as características eco- concorrência.
nômicas de cada Estado.
2. 0 ) Cada "zona econômica" será caracte- O D.A.S.P. opinou favoravelmente à apro-
rizada por um "centro econômico" que será vação do plano apresentado e, com apoio nos
o Município de maior importância e desenvol- arts. 33, ns. I e II, do decreto-lei n. 0 426 de
vimento, em torno do qual gravitem as relações 12-5-38 e 51. a, do Código de Contabilidade da
econômicas dos demais Municípios a ela perten- União, à autorização solicitada.
centes. Autorizado - Em 10-4-1943.
3. 0 ) Quando o Estado não comportar, a di-
visão não será feita e o centro econômico úni- GETÚLIO VARGAS.
co cerá normalmente o Município da Capital
do Estado. (D. O. de 22-4-943).
LEIS E RESOLUÇÕES 191
(D. O. de 16-4-943).
111.-::- Use o serviço de informações do Conselho Nacional de Geografia para dissipar suas
~ dúvidas e completar os seus informes sôbre a geografia em geral e a geografia do
Brasil em especial.
Legislação estadual
-13 -
194 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
direta do Estado e a que deva ser adjudicada da Secretaria Geral do Conselho da Segurança
à in\ciativa particular, e melhor forma para sua Nacional, compõe-se dos senhores dr. Bernardino
adjudicação. José de Sousa Presidente, coronel Nerí da Fon-
§ único - Tôdas as sugestões ou recomen - seca, capitão de Fragata Antônio Alves Cãmara
dações da Comissão, consubstanciadas em re- Junior, comandante Luiz Alves de Oliveira Belo
latório, servirão de base para a expedição do e engenheiro civil Cristóvão Lei te de Castro.
Regulamento do Parque, mediante ato especial No desempenho de tão honrosa incumbência,
do Govêrno do Estado. vem a Comissão realizando ingentes trabalhos,
Art. 9. 0 O Govêrno do Estado, por proposta perseverantes estudos e minuciosas buscas e
do Secretário da Agricultura, autorizará o con- investigações, cujos frutos já se positivaram no
tra to de serviços especializados julgados neces- levantamento aerofotogramétrico de parte da
sários pela Comissão; determinará a colabora- orla litorãnea da histórica região, pelo Minis-
ção que outras Secretarias de Estado e autori- tério da Marinha, através do Departamento de
dades municipais devam prestar, e pleiteará a Navegação, e estudos outros, in-loco, efetuados
assistência dos poderes federais, através seus pelo Exército Nacional.
diversos Ministérios e demais orgãos adminis- O Govêrno do Estado, atendendo à solicita-
trativos, para a perfeita organização e manu- ção que lhe foi feita pelo Presidente da "Co-
tenção do Parque. missão do Descobrimento'', de referência ao
Art. 10. 0 As despesas para a execução do levantamento topográfico da região compreen-
plano do Parque serão custeadas por verbas dida "pela orla litoránea entre a foz do rio
orçamentárias normais e créditos especiais do Caraiva até a embºocadura do rio Corumbá, con-
Estado, contribuições federais e donativos por- tinuando por êste mesmo rio até a sua nascente
ventura concedidos. e da foz do rio caraiva até as cabeceiras do rio
s 1. 0 - Os recursos provenientes das fontes Cemitério" - constituiu, pelo Decreto-lei n. 0
referidas no presente artigo, deverão ser aplica- 11 892, de 2 de Maio de 1941, uma "Comissão
dos de conformidade com as disposições de lei, Especial", composta do diretor da Diretoria dos
ou dos atos que regulem contribuições e dona- Serviços Geográficos e Meteorológicos do Es-
tivos. tado, (atual Departamento de Geografia), de
§ 2. 0 - O regimen financeiro do Parque, um representante do Departamento das Muni-
dentro das normas dos serviços industrializados cipalidades do Estado, e do Delegado do Norte
do Estado, será definido em capítulo especial do Conselho Nacional de Geografia, afim de
do respectivo Regulamento. proporcionar os meios de tornar efetivo o re-
Art. 11. 0 A Secretaria da Agricultura, In- ferido levantamento.
dústria e Comércio, ao ser baixado o Regula- Para assinalar o Recenseamento realizado
mento do Parque, organizará o quadro do pes- em 1940, a Comissão Censitária Nacional apro-
soal variável, a tendendo às exigências dos ser- vou a sugestão apresentada pelo seu orgão
viços, sendo o quadro do pessoal fixo, consti- regional neste Estado, de ser erguido na região
tuído com o próprio pessoal do Departamento em aprêço um marco comemorativo.
de Terras e Proteção à Natureza. Em agõsto de 1941, foi apresentado ao Go-
Art. 12. 0 O presente decreto entrará em vêrno do Estado por um dos membros da Co-
vigor na data de sua publicação, revogadas as missão por êle nomeada para o levantamento
disposições em contrário. topográfico da região do Monte Pascoal, (en-
Palácio do Govêrno do Estado da Baía, 19 genheiro Oscar Carrascosa) longo relatório ex-
de Abril de 1943. - (Assinados) - Renato plicativo de suas incumbências, com sugestões
Aleixo - P. Campos Porto. e croquis da mesma região.
O atual Govêrno do Estado, pelo Decreto-lei
(D. O. - Baía - 19-4-943). n. 0 12 629 de 31 de Dezembro de 1942, ao orga-
nizar a Secretaria da Agricultura, Indústria e
Comércio, transformou a Diretoria de Terras e
Minas em Departamento de Terras e Protecão
à Natureza, dando a êste novel Departamento,
SECRETARIA DA AGRICULTURA de conformidade com a exposição de motivos
que acompanha o mesmo decreto, encargos
novos e compatíveis com os altos imperativos
Exposição de Motivos da vida nacional, no setor das ciências naturais.
Os conhecimentos modernos e os progressos
Exmo. Sr. Interventor Féderal da ciência estão a indicar em nossos dias aten-
ções desveladas e trato cuidadoso das cousas
- A região privilegiada do li torai da Baia, da natureza que nos envolve, protege e influen-
pertencente ao município de Pôrto Seguro, que cia como tem sido demonstrado, à saciedade,
tem por característica principal o Monte Pas- pelos atos de governos esclarecidos e pelos con-
coal, primeiro ponto avistado pelas náus ca- gressos e conferências reunidos em todos os
bralinas, marco inicial da civilização brasileira, grandes centros culturais do mundo, sendo
bem está, pela sua função histórica de glorio- que, no Brasil, merece citado o fato de, "em
so berço de nossa nacionalidade, a merecer cui- 1934, o Instituto de Biologia Vegetal c'.o Rio de
dados especiais e patrióticos desvelos dos po- Janeiro ter delineado um plano cíclico visando
deres públicos, por se tratar do relicário augus- criar um conjunto articUlado de institu!cões
to da alma da Pátria. que tornasse possível o estudo racional e siSte-
A Consti tu!ção Federal vigente coloca, no mático das ciências naturais".
seu art. 134, sob a proteção e cuidados es- Os frutos opimos desta sadia compreensão
peciais da Nação, dos Estados e dos Municí- já se positivam nos Parques Nacionais de Ita-
pios, os monumentos históricos, artísticos e tiaia, Iguassú e Serra dos órgãos, de grande
naturais, assim como as palsagens ou locais, importância para a ciência e o turismo, além
particularmente dotados pela natureza, e prevê de constituírem uma garantia de proteção aos
os atentados contra êles cometidos, equipa- mananciais que brotam nestas zonas e benefi-
rando-os aos praticados contra o patrimônio ciam milhares de brasileiros.
nacional. Por fim, a Primeira Reünião Sul Americana
O Govêrno da República, demonstrando a de Botânica, realizada em 1934 na Capital Fe-
alta compreensão dos seus deveres civicos, ins- deral, ainda deliberou em suas conclusões, fôs-
tituiu a "Comissão do Descobrimento", com o sem dirigidos ao govêrnos americanos, apelos
fim de proporcionar buscas e investigações sôbre no sentido de criação de jardins botãnicos re-
o verdadeiro local do descobrimento e dar ou- gionais, destinados, especialmente, a estudo,
tras providências. A dita Comissão, subordinada aplicação e divulgação da flora nacional e das
ao Sr. Presidente da República, por intermédio especies alienígenas, aclimadas ou aclimatáveis;
LEIS E RESOLUÇÕES 195
criação de estações biológicas, votadas a inves- viu a terra em que nasceu, reconstituindo em
tigações, in-loco, dos fatos da vida vegetal re- seu louvor o itinerário de sua civilização, com
lativos às alterações decorrentes da mudança a paciência, a erudição, o devotamento e a ob-
da habitat, à disposição geo-botãnica das es- jetividade que distinguem o verdadeiro histo-
pécies; reserva em quadros que sejam represen- riador.
tações típicas, vivas e naturais, de vegetação Mergulhando na poeira dos arquivos, des-
característica, de "regiões florísticas", que se- cobriu, interpretou e ordenou os documentos
rão de conservação perene e inalienã veis; cria- sôbre que, notadamente na "História Antiga e
ção de parques nacionais, os quais, além da Média de Minas Gerais'', reedificou as bases e
finalidade social, teria a de manter e per- a trajetória nacional dos povoadores e bandei-
petuar a integridade dos monumentos naturais rantes do ouro e esmeraldas.
no conceito cientifico desta denominacão. Os escritores que, como Diogo de Vascon-
Com a exposição que vimos de fazer, te- cel0&, investigam a história regional ou local
mos a honra de encaminhar à esclarecida deli- realizam um esfôrço meritório nem sempre de-
beração de V. Excia., tão palpitante assunto, vidamente estimado. A história de uma patria
qual o da instituição do "Parque Monumento é feita, em grande parte, pela justaposição e
Nacional de Monte Pascoal", chão sagrado onde entrelaçamento dos episódios provinciais e lo-
nasceu o Brasil, devendo a objetivação do pro- cais que se articulam e se completam, esclare-
jeto ser precedida dos trabalhos premilinares cem e unificam. A história de uma pátria é a
e necessários de levantamentos topográficos, es- resultante de várias histórias parciais; que ela
tudo das condições naturais, traçados de es- recolhe e totaliza como um denominador co-
tradas, e providências outras que se fizerem m um.
mistér. Vai a dita exposição de motivos acom- Foi bem essa a tarefa que Diogo de Vascon-
panhada de minuta do decreto a set lavrado. celos empreendeu e levou a cabo, escrevendo a
Reitero a V. Excia. os testemunhos do nosso história de Minas Gerais.
elevado aprêço e distinta consideração. A escola, que é um instrumento de civili-
zação, deve recordar o seu nome. Recordá-lo
P. Campos Pôrto, Secretário da Agricultura. com emoção e calor, colocando-o entre os mais
Baía, 30 de Março de 1943. ilustres servidores do Brasil.
a) Eliseu Laborne e Vale, chefe do Depar-
Aprovo. Encaminhe-se ao Departamento tamento de Educação".
Administrativo de quem se ;;olicita a fi-
neza do pronunciamento a tempo de ser la- (D. O. - Minas - 4-5-943).
vrado o decreto em data próxima - 19 de
Abril: homenagem especial do Govêrno da
Baía, ao inspirador da criação dos parques
nacionais de Itatiáia, Iguassú e Serra dos
Orgãos - O grande Presidente Dr. Getúlio PARA
D. Vargas. Em 31 le Março de 1943. - Re-
nato Aleixo.
Portaria de 12 de Abril de 1943
(D. O. Baía - 19-4-943).
O Coronel Interventor Federal no Estado
do Pará, usando de suas atribuições, e tendo
em vista o que comunicou a esta Intervento-
ria, o senhor Presidente do Instituto de Geo-
grafia sôbre o que ficou resolvido na Assem-
MATO GROSSO bléa Geral do Conselho Nacional de Geografia,
realizado em Goiânia, a 6 de Julho de 1942,
Ato pelo disposto no art. 2. 0 da resolução n. 0 118,
O Interventor Federal, tendo em vista a RESOLVE:
Resolução n. 0 118, de 6 de Julho de 1942, do
Conselho Nacional de Geografia, resolve no- Constituir a Comissão Técnica que procederá
mear o Senhor Eulália Alves Guerra, Esta- aos estudos de revisão da divisão territorial
tístico-Chefe do Departamento Estadual de Es- do Estado, notadamente quanto aos municípios,
tatística, para representante do mesmo Depar- distritos e seus limites, de acôrdo com as nor-
mento, junto à Comissão de Revisão do quadro mas do Decreto-lei federal n. 0 311, de 2 de Mar-
territorial do Estado. ço de 1938, e nomear para compô-la o enge-
Palácio Alencastro, em Cuiabá, 26 de Abril nheiro Bertino Barbosa Lima, como represen-
de 1943, 122. 0 da Independência e 55. 0 da Re- tante do Diretório Regional de Geografia; Eu-
?ública. - J. Müller; Máximo Leví. clides Comarú, como representante da Junta
Executiva Regional de Estatística, e Amaro
(D. O. - Mato Grosso - 28-4-943). Maurício Marques, diretor do Departamento das
Municipalidades.
O doutor Secretário Geral recomenda à Co-
missão Técnica assim constituída que proceda
sem perda de tempo aos estudos sôbre as con-
veniência de alteracôes da divisão territorial
MINAS GERAIS do Estado, criação de novos municípios, reti-
ficacão de limites entre municípios ou distri-
Portaria tos, -tudo em harmonia com os altos interesses
do Estado, afim de que a 1. 0 de Janeiro de 1944
"Assinalando a data de 9 de Maio o cen- se torne efetiva a instalação da nova divisão
tenário do nascimento de Diogo de Vasconcelos territorial nos têrmos do citado Decreto-lei n. 0
recomendo, de ordem do sr. Secretário, aos srs. 311.
inspetores técnicos regionais, diretores de es- Cumpra-se e publique-se.
colas normais, grupos escolares e escolas reüni- Palácio do Govêrno do Estado do Pará, 12
das e professores de escolas combinadas e iso- de Abril de 1943.
ladas, seja focalizado o seu nome nas aulas de Cel. Joaquim de Magalhães Cardoso Barata.
história pátria. ln terven tor Federal.
Razões há e de sobra para situar o cente-
nário de Diogo de Vasconcelos no quadro das (D. O. - Pará - 13-4-943).
comemorações cívicas da escola. Representante
dos mais altos da cultura mineira, amou e ser- ~
196 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
RIO DE JANEIRO
Resolução n. B, de 1G de julho de 19 32
0
na função de coleta de informações sôbre a dos nomes que propõe para Informantes Muni-
Geografia do Município. cipais.
Parágrafo único - Os Informantes deverão Art. 5. 0 Os Informantes Municipais pode-
prestar ao Diretório Municipal as informações rão acompanhar os trabalhos dos Diretórios
por êle solicitadas e, espontáneamente, out~s (Municipal, Regional e Central) e os da Assem-
que estejam ao seu alcance. bléia Geral, nos têrmos do art. 19. 0 do Regula-
Art. 4. 0 O Presidente do Diretório Muni- mento.
cipal, na fase inicial, poderá designar provisà- Rio de Janeiro, 15 de Julho de 1937, ano
riamente os três vogais previstos no art. 13. 0 II do Instituto.
do Regulamento, independente das exigências do Conferido e numerado: a) Fábio de Macedo
art. 2. 0 desta Resolução. Soares Guimarães, Secretário Assistente da As-
Parágrafo único - Dentro de 45 dias depois sembléia; Visto e rubricado: a) Crístóvão
de constituído, o Diretório Municipal promoverá Leite de Castro, Secretário Geral do Conselho;
a formação do seu corpo de Informantes, reme- Publique-se: a) José Carlos de Macedo Soare&,
tendo ao Diretório Regional respectivo a lista Presidente do Instituto e do Conselho.
Diretório Central
Ementário das Resoluções n. 0 s 56 a Z3 aprovadas no ano de 1940
Resolução n. 0 56, de 18 de Janeiro de 1940. Resolução n. 0 65, de 3 de Junho de 1940.
"Torna extensivo à delegação do Estado do "Aprova a proposta do orçamento do Con-
Rio de Janeiro à Assembléia Geral do Con- selho para o exercício de 1941".
selho o disposto no art. 2. 0 da Resolução
n. 0 8 do Diretório Central". Resolução n. 0 66, de 5 de Agôsto de 1940.
"Autoriza a Presidência do Instituto a rea-
Resolução n. 0 57, de 18 de Janeiro de 1940. lizar um inquérito sôbre o restabelecimento
"Autoriza um adeantarn,ento ao Serviço do ensino da Geografia e da Corografia do
Gráfico do Instituto pela impressão de pu- Brasil, em aula isolada, no Curso Secun-
blicações do Conselho". cundário".
O Diretório Central do Conselho Nacional rosa, Euzébio Nerí Alves de Sousa, Hugo Victor,
de Geografia, usando das suas atribu!ções, es- Hugo Catunda, José Valdo Ribeiro Ramos,
pecialmente a que lhe é conferida pelo § 2. 0 João Nogueira, Tomaz Pompeu Filho, António
do art. 15. 0 do Regulamento do Conselho; Ferreira Antero e Emídio Barboza para cons-
Considerando os têrmos da resolucão de 29 tituirem o Corpo de Consultores Técnicos Re-
Março de 1938, do Diretório Regional- do Con- gionais, junto ao referido Diretório Regional.
selho Nacional de Geografia no Estado do Rio de Janeiro, 13 de Abril de 1938, ano 3. 0
Ceará; do Instituto.
RESOL,VE; Conferido e numerado: a) Fábio de Macedo
Soares Guimarães, Secretário Assistente; Visto
Art. único. Fica aprovada a proposta, for- e rubricado: a) Cristóvão Leite de Castro
mulada pelo Diretório Regional do Conselho Secretário Geral do Conselho; Publique-se!
no Estado do Ceará, dos nomes dos Srs. To- a) José Carlos de Macedo Soares, Presidente do
maz Pompeu Sobrinho, Domingos Braga Bar- Instituto.
Use o serviço de inform·ações do Conselho Nacional de Geografia para dissipar suas dúvidas
e completar os seus informes sôbre a geografia em geral e a geografia do Brasil em especial.
Diretórios Regionais
BAÍA
Faz sua adesão, como membro protetor, ao IX Consigna um voto de confiança à Comissão Re-
Congresso Brasileiro de Geográfia. visora da Divisão Terirtorial.
Quadro geral da
administração pública brasileira
Administração federal
PODER EXECUTIVO: ADMINISTRAÇÕES LOCAIS
-14-
210 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
PIAUÍ
RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA GERAL DO ESTADO:
Dr. João Osório Porfír!o da Mota, secre- SECRETARIA GERAL DO ESTADO:
tário. Dr. Aldo Fernandes Raposo de Melo, se-
cretário.
CHEFATURA DE POLÍCIA:
Ten.-Cel. Evilásio Gonçalves Vilanova, chefe. DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA, VIAÇÃO
E OBRAS PúBLICAS:
DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA: Eng. Agro. Roberto Bezerra Freire, diretor
Dr. Fernando Pires Leal, diretor. geral.
DEPARTAMENTO DE ENSINO: DEPARTAMENTO DÉ EDUCAÇÃO:
Dr. Manuel Sotero Vaz da Silveira, diretor. Prof. Antônio Gomes da Rocha Fagundes,
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE IMPRENSA E diretor geral.
PROPAGANDA: DEPARTAMENTO ESTADUAL DE IMPRENSA E
Dr. Artur Passos, diretor. PROPAGANDA:
DEPARTAMENTO DA FAZENDA: Dr. Édilson Varela, diretor geral.
Sr. Alvaro Sisifo Correia, diretor. DEPARTAMENTO DA FAZENDA:
DEPARTAMENTO DAS MUNICIPALIDADES: Dr. Cleto Ligórro Soares da Câmara, diretor
geral.
Dr. Anísio Martins Maia, diretor.
DEPARTAMENTO DAS MUNICIPALIDADES:
DEPARTAMENTO DE SAúDE PÚBLICA:
Dr. Oto de Brito Guerra, diretor geral.
Dr. Paulino Pinto de Barros, diretor.
DEPARTAMENTO DE SAúDE PÚBLICA:
DEPARTAMENTO DE VIAÇÃO E OBRAS PÚ-
BLICAS: Dr. Armando Nogueira China, diretor geral.
Dr. Raimundo de Areia Leão, diretor. CHEFIA DE POLÍCIA:
BIBLIOTECA, ARQUIVO PÚBLICO E MUSEU Cel. André Fernandes de Sousa, chefe.
HIS'.;l'óRICO: CONTADORIA GERAL DO ESTADO:
Dr. Anísio de Brito Melo, diretor. Sr. Boanerges Leitão de Almeida, diretor.
INSTITUTO DE ASSIST:tl:NCIA HOSPITALAR REPARTIÇÃO DE SANEAMENTO DE NATAL:
Dr. Agenor Barbosa de Almeida, diretor. Eng. Floro Dória da Costa, diretor.
...
224 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
15 -
226 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Administração municipal [ *]
PARAOPEBA - Dr. Guilherme Mascarenhas SÃO GOTARDO - Bento Ferreira dos Santos.
Dale. SÃO JOÃO EVANGELISTA - Dr. Adernar Pi-
PARREIRAS - Bel. Uriel de Resende Alvim. menta Brant.
PASSA QUATRO - Artur Tibúrcio Ribeiro. SÃO JOÃO NEPOMUCENO - Farm. Agenor
PASSA TEMPO - Bolivar de Andrade. Henrique Soares -
PASSOS - Dr. Lourenco Ferreira de Andrade.
0
subst. Dr. Geraldo
PATOS - Clarimundo José da Fonseca Sobr.º Henriques Cruz.
PATROCÍNIO - Dr. José Garcia Brandão. SÃO LOURENÇO -
PEÇANHA - Antônio Augusto da Cunha Pe- SÃO MANUEL - Bel. Francisco de Assis Car-
reira (em comissão). valho.
PEDRA BRANCA - Dr. Carlos Ribeiro Filho. SÃO ROMÃO - Saint-Clair Fernando Valadares.
PEDRO LEOPOLDO - Dr. Cristiano Otoni Gon- SÃO SEBASTIAO DO PARAíSO - João Pio Fi-
çalves Ferreira. gueiredo \'Vestin.
PEQUí - Dr. Oscar Barbosa. SÃO TOMAZ DE AQUINO - Donizete Santana
PERDIZES - Dr. João Afonso Sobrinho. de Figueiredo.
PERDÕES - Samuel Alvarenga. SAPUCAí MIRIM - Vitrúvio Marcondes Pereira.
PIRANGA - João Vilela Soares da Fonseca. SENADOR FIRMINO - Cícero Tôrres Galindo.
PIRAPETINGA - José Ferreira de Sousa. SERRA NEGRA - Dr. Jorge Simão.
PIRAPORA - Arnaldo Gonzaga - substituto SERRANIA - Dr. Plínio do Prado Coutinho.
Cícero Passos. Sll:RRO - Antônio Honário Pires de Oliveira.
PITANGUí - Dr. Antônio Malheiros Fiúsa. SETE LAGOAS - Dr. José Evangelista França.
POÇOS DE CALDAS - Bel. Joaquim Justino SILVESTRE FERRAZ - Dr. Altamiro Coli.
~ Ribeiro - int.o. SILVIANóPOLIS - Júlio Correia Beraldo.
PIUí - Farmc. Rodolfo de Freitas Mourão (em SOLEDADE - Bel. Antônio José Eistemann.
comissão). TARUMIRIM - Yaeder Albergaria.
POMBA - Bel. José Simões de Araújo Campos. TEIXEIRAS - Dr. Cláudio José Mariano da
POMPEU - Dr. Ciro de Campos Cordeiro (em Rocha.
comissão). TEÓFILO OTONI - Dr. Alfredo Sá (interino).
PONTE NOVA - Bel. Otávio Martins Soares. TIRADENTES - Celestino Rodrigues de Melo.
PORTEIRINHA - Dr. Altivo de Assis Fonseca. TIROS - Hélio de Resende Faria Alvim (em
POTÉ - Dr. Artur Rausch. comissão).
POUSO ALEGRE - Dr. José Antônio Vascon- TOMBOS - Francisco Inácio de Borba.
celos Costa. TRll:S CORAÇÕES - Farmc. Francisco Fran-
POUSO ALTO - Farmc. Alonso Starling Filho. queira.
PRADOS - Getúlio Silva. TRll:S PONTAS - Francisco Ximenes de Oli-
PRATA - Dr. Aloísio Ribeiro da Silva .. veira.
PRESIDENTE OLEGARIO - Dr. Abelardo Bae- TUPACIGUARA - Manuel Ferreira Pontes.
ta Neves. UBA - Bel. Levindo Ozanam Coelho.
PRESIDENTE V ARGAS - Valdir Machado La- UBERABA - Carlos Martins Prates.
perriére. UBERLANDIA - Dr. J. A. Vasconcelos Costa.
RAUL SOARES - Dr. Durval Otávio Grossi. VARGINHA - Dr. Manuel Rodrigues de Sousa.
RECREIO - Modesto Faria. VERÍSSIMO - Rufino Camargo Filho.
RESPLENDOR - Bel. Alexandre de Alencar. VIÇOSA - Bel. João Braz da Costa Vai.
RESENDE COSTA - Dr. José Vilela Costa Pinto. VIGIA - Dr. Acúrcio Lucena Pereira.
RIO BRANCO - Dr. Jorge Carone. VIRGÍNIA - Raul da Costa Pinto.
RIO CASCA - Dr. João Camilo Teixeira Fontes. VIRGINóPOLIS - Francisco Coelho Sobrinho.
RIO ESPERA - Teófilo Rodrigues de Miranda. VOLTA GRANDE - Bernardino Rocha - subs-
RIO NOVO - Dr. Júlio Carvalho Guilhon de tituto Vanir Lima.
Oliveira.
RIO PARDO - Odílio Tôrres Costa.
RIO PARANAÍBA- Olímpio Franklin de Castro.
RIO PIRACICABA - Farmc. Felício Araújo.
RIO PRETO - Dr. Dolor Gentil de Ramalho Relação nominal dos prefeitos municipais do
Pinto. Estado do Pará
RIO VERMELHO - Dr. Paulo Penido.
SABARÁ - Dr. Homero Machado Coelho. ABAETÉ - Aristides dos Reis e Silva.
SABINóPOLIS - Sebastião de Araújo Abreu. ACARA - Anastácio Carlos Sampaio.
SACRAMENTO - José Ribeiro de Oliveira. AFUA - João Lins Guedes Pereira.
SALINAS - Bel. Aderbal Pacífico Oliveira. ALENQUER - Amadeu Burlamaqui Simões.
SANTA BARBARA - Bel. Hélio Moreira dos ALMEIRIM - Joaquim Barreto de Almeida.
Santos. ALTAMIRA - Dr. José Porfírio de M. Neto.
SANTA CATARINA - Justino Lisboa Carneiro AMAPA - Quintino Pontes Tavares.
. - substituto Pedro ANAJAZ - Mário Castelo Branco Xavier.
Caetano. BAIÃO - Tranquilo Agostinho de Brito.
SANTA JULIANA - Farmc. José Pinheiro dos BELÉM - Eng. Jerônimo Cavalcanti.
Santos. BRAGANÇA - Augusto Correia.
SANTA LUZIA - Emílio Bernardo Zeymer - BREVES - Américo Carneiro Brasil.
substituto Francisco Lu- CACHOEIRA - Luciano Pereira Gomes.
cindo Júnior. GAMETA - Nélson da Silva Parijós.
SANTA MARIA DO SUASSUí - Dr. Lé!io Lara. CAPANEMA - Jorge Travassos da Rosa.
SANTA QUITÉRIA - Dr. Eusébio Dias Bicalho. CASTANHAL - Maximino Porpino da Silva.
SANTA RITA DO SAPUCAí - Frederico de CHAVES - Arlindo do Amaral Cacela.
Paula Cunha. CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA - Balbino Ma-·
SANTO ANTõNIO DO AMPARO - Gustavo ranhão.
Martins. CURRALINHO - José Chaves de Moura.
SANTO ANTõNIO DO MONTE - Dr. Osvaldo CURUÇA - Cantídio Alves Guimarães.
Mendonça. F'ARO - Marcos Bentes de Carvalho.
SANTOS DUMONT - Jaques Gabriel Pansardi. GURUPA - Jacó Marcos de Aben-athar.
SÃO DOMINGOS DO PRATA - Nélson de Lelis IGARAPÉ-ASSú - Germano João de Melo.
Ferreira. IGARAPÉ-MIRí - Raimundo Monteiro Lopes.
SÃO FRANCISCO - Oscar Caetano Gomes. IRITUIA - Júlio de Oliveira.
SÃO GONÇALO DO SAPUCAí - Dr. José lbraim IT AITUBA - Artur Carneiro Mendes.
. de Carvalho. JURUTí - Américo Pereira Lima.
SÃO JOÃO DEL REI - Dr. Antônio das Chagas MACAPA - João Ferreira Sá.
Viegas. MARABA - João Anastácio de Queiroz.
INFORMAÇÕES 233
CABROBó - Pedro de Barros Vanderlei Ramos. APARECIDA - Antenor Alves Pereira da Rocha.
CANHOTINHO - Coronel João Nunes. BARRAS - José Fortes.
CARPINA - Major Carlos Afonso de Melo. BATALHA - Clovis Melo.
CARUARú - Manuel Afonso Pôrto Filho. BELÉM - Joaquim Barbosa de Almeida.
CATENDE - Bel. Melquíades de Albuquerque BOA ESPERANÇA - Antônio Diniz Chaves.
Montenegro. BOM JESúS - Dario Martins de Araújo Costa.
CORRENTES - Major Davino Ribeiro de Sena. BURITí DOS LOPES - Dácio Almeida.
CUSTÓDIA - Ernesto de Queiroz. CAMPO MAIOR - Nei Baumann.
ESCADA - Alvaro Xavier Sampaio. CANTO DO BURITí - José Vicente de Moura.
EXú - Jerônimo de Sousa Neto. CASTELO - José Cardoso de Sá.
FLORES - Benedito de Sousa Dantas. CORRENTE - Dr. Augusto Nogueira Paranaguá.
FLORESTA - José Ribeiro Lins. FLORIANO - Dr. Osvaldo da Costa e Silva.
GAMELEIRA - Manuel Albuquerque Araújo. GILBUÉS - Alcides Mendes da Rocha.
GARANHUNS - Dr. Celso Galvão. JAICóS - Frutuoso Jusselino da Silveira.
GLóRIA DE GOITA - Júlio Carneiro da Silva. JERUMENHA - Sebastião Martins de Carvalho.
GOIANA - Manuel Simões de Gouveia (Secre- JOAO PESSOA - Joaquim Gonçalves Cordeiro.
tário. Resp. pelo Expediente). JOSÉ DE FREITAS - Antônio da Costa Car-
GRAVATA - Gustavo Veloso Borba. valho.
IGARASSú - Tenente Coronel Martiniano de LUIZ CORREIA - Manuel Galvão.
Barros Correia. MIGUEL ALVES - Joaquim Dias de Santana.
IPOJUCA - Pedro de Sousa Leão. OEIRAS - Orlando Barbosa de carvalho.
ITAPARICA - José Barreto de Araújo. PARANAGUA - Júlio Borges de Macedo.
JABOATÃO - Bel. Carlos Barbosa da Paz Por- PARNAÍBA - Dr. Mirocles Campos Veras.
tela. PATROCÍNIO - Helí Bezerra.
JOÃO ALFREDO - Severino Adrião Gomes da PAULISTA - Raimundo Coelho Damasceno.
Silva. PEDRO II - Tertuliano Milton Brandão.
JUREMA - João Alves Pereira. PERIPERí - Nélson Coelho de Resende.
LAGOA DOS GATOS -'José Geraldo de Carvalho. PICOS - Adalberto de Moura Santos.
LEOPOLDINA - Mílton Caldas de Meneses. PIRACURUCA - Antônio José de Sousa.
LIMOEIRO - Dr. José Donino da Costa Lima. PôRTO ALEGRE - João Francisco de Carvalho.
MACAPA - Vicente Ferreira de Andrade Ca- PôRTO SEGURO - Raimundo Augusto da Rocha.
valcante. REGENERAÇÃO - Francisco de Paula Teixeira
MADRE DE DEUS - Dirceu Valença de Oliveira. Nunes.
MARAIAL - Péricles Bezerra de Almeida. RIBEIRO GONÇALVES - Leôncio Dias de Me-
MORENO - Henrique Barbosa da Paz Portela. deiros.
MOXOTó - José Mariano da Nóbrega. SANTA FILOMENA - Enéias Maia.
NAZARÉ - Major Severino Mendes de Araújo SÃO BENEDITO - Gonçalo Benício.
Pereira. SAO JOÃO DO PIAUÍ - Raimundo Pereira de
OLINDA - Bel. Valfrido Patrício Advíncula. Sousa.
OURICURí - José de Oliveira Pessoa. SÃO MIGUEL DO TAPUIO Manuel Evaristo
PALMARES - Pedro Afonso de Medeiros. de Paiva. ·
PANELAS - José Rufino de Melo e Silva. SÃO PEDRO - João Claro de Sousa.
PAUDALHO - Dr. João Alves da Luz. SÃO RAIMUNDO NONATO - Francisco Antô-
PAULISTA - Cap. José Primo de Oliveira. nio da Silva.
PEDRA - Américo Luiz Soares. SIMPLíCIO MENDES - José Severiano da Cos-
PESQUEIRA - Bel. João de Arruda Marinho ta Andrade.
dos Santos. SOCORRO - Dr. Clovis Lopes.
PETROLINA - Dr. Pacifico da Luz. TERESINA - Dr. Lindolfo Rêgo Monteiro.
QUEIMADAS - Lupércio Borba Pereira Lima. UNIÃO - Felinto do Rêgo Monteiro.
QUIPAPA - Manuel Gadelha Ribeiro. URUSSUí Cícero Coelho.
RECIFE - Dr. Antônio Novais Filho. VALENCA - Janime Martins Nogueira.
RIBEIRAO - Mário José de Carvalho.
RIO BRANCO - Tenente Olímpio Marques de
Oliveira.
RIO FORMOSO - Amaro Tavares de Albu- Relacão nominal dos prefeitos municipais do
querque. · Estado do Rio de Janeiro
SALGUEIRO - Luiz Soares Diniz. ANGRA DOS REIS - Dr. Moacir de Paula Lôbo.
SÃO BENTO - Antônio Félix da Silva. ARARUAMA - Antônio Joaquim Alves Branco.
SÃO CAETANO - Severiano Ramos. BARRA DO PIRAí - Dr. Paulo da Silva Fer-
SÃO GONÇALO - Dr. José Araújo Lima. nandes.
SAO JOAQUIM - Pedro Sérgio de Meneses. BARRA MANSA - Dr. Joaquim de Almeida
SÃO JOSÉ DO EGITO - Tenente Raimundo Matos.
Virgolino Urtiga. BOM JARDIM - Major José Nobre de Araújo.
SÃO LOURENCO - Anacleto Alves da Silva. BOM JESúS DO ITABAPOANA - José àe Oli-
SERRA TALHADA - José Bené de Carvalho. veira Borges.
SERRINHA - Francisco Filgueira Sampaio. CABO FRIO - Adolfo Berenger Júnior.
SERINHAEM - Oscar Cardoso da Fonte. CACHOEIRAS - Mozart Janot.
SURUBIM - Nélson Barbosa. CAMBUCí - Dr. José Batista dos Santos.
TAMBÉ - Bel. Simplício Tavares de Melo·. CAMPOS - Dr. Saio Brand.
TAQUARETINGA - Severino Cordeiro de Ar- CANTAGALO - Dr. Paulo Barreira de Faria.
ruda. CAPIV ARí - Antônio Borges Alfradique.
TIMBAúBA -Alvaro Xavier de Morais Coutinho. CARMO - Luiz de Moura Pinheiro.
TRIUNFO - Luiz Maia. CASIMIRO DE ABREU - Dr. Valdemar Pimen-
VERTENTES - Pedro Alcides de Figueiredo tel Maia Bitteneourt.
Lima. DUAS BARRAS - Manuel Lutterbach Nunes.
VICltNCIA - Geminiano da Cunha Pedrosa. ENTRE RIOS - Dr. Válter Gomes Franklin.
VITóRIA - José Aragão Bezerra Cavalcante. ITABORAí - Dr. Celso Rocha Nogueira da Silva.
ITAGUAí - Vicente Cicarino.
ITAOCARA - Dr. Carlos Moacir de Faria Souto.
Relação nominal dos prefeitos municipais do ITAPERUNA - Dr. Raul Travasses da Rosa.
Estado do Piauí MACAÉ - Dr. Télio Barreto.
MAGÉ - Valdemar de Assís Ribeiro.
ALTO LONGA - Isaac Vilanova e Silva. MANGARATIBA - Dr. Murilo Cabral da Silva.
ALTOS - Lourenço Saraiva Barbosa. MARICA - Dr. Orlando de Barros Pimentel.
AMARANTE - Enoque Cícero _e Silva. MIRAGEMA - Altivo Mendes Linhares.
INFORMAÇÕES 235
NITERóI - Dr. Francisco de Almeida Brandão SÃO JOSÉ DE MIPIB'Ú - Aureo Tavares de
Júnior. Araújo.
NOVA FRIBURGO - Dante Laginestra. SÃO MIGUEL - 1.º Ten. Adauto Rodrigues da
NOVA IGUASSú - Eng. Bento Santos de Al- Cunha.
meida SÃO TOMÉ - Francisco Sérgio de Paiva.
PARAíBA DO SUL - José Gonçalves Pinto de TAIPú - Rosendo Leite da Fonseca.
Resende. SERRA NEGRA - Descartes Mariz.
PARATí - Jair Araújo. TOUROS - Manuel Herôdoto de Miranda.
PETRÓPOLIS - Dr. Márcio de Melo Franco
Alves.
PIRAf - Otávio Teixeira Campos.
RESENDE - Dr. Otacílio de Freitas Assunção. Relação dos prefeitos municipais do Estado do
RIO BONITO - Celso Peçanha. Rio Grande do Sul
RIO CLARO - Oscar R. Ramagem.
'SANTA MARIA MADALENA - Astolfo Erves de ALEGRETE - Bel. Eurípedes Brasil Milano.
Castro. ALFREDO CHAVES - Rogério Galeazzi.
SANTA TERESA - Mário Augusto Rodrigues. ANTõNIO PRADO - Felisbino Monteiro.
SANTO ANTõNIO DE PADUA - Otávio Denys ARROIO GRANDE - Oscar Carpes.
Fiiho. ARROIO DO MEIO - Bel. Jaime Trindade
SÃO FIDÉLIS - Ernesto Duarte Machado da Coimbra. ·
Silva. BAGÉ - Dr. Jerônimo Mércio Silveira.
SÃO GONÇALO - Dr. Nélson Correia Monteiro. BENTO GONÇALVES - Bel. J. M. de Almeida
SÃO JOÃO DA BARRA Mauro Luiz dos Dentice.
Santos. BOM JESúS - Cap. Gentil Machado de Godói.
SÃO PEDRO D' ALDEIA Manuel Pereira CAÇAPAVA - João Faria de Oliveira Lima.
Nunes. CACHOEIRA - Ciro da Cunha Carlos.
SÃO SEBASTIÃO DO ALTO - José Lengruber. CAí - Bel. Egídio Michaelsen.
SAPUCAIA - Paulino Fernandes da Silva. CAMAQUA - Major Otaviano :l"aixão Coelho.
SAQUAREMA - Segisfredo Rodrigues Bravo. CANDELARIA - Albino Lenz.
SUMIDOURO - Dr. Antônio Tôrres de Lima CANGUSSú - Dr. Jaime Faria.
Júnior. CANOAS - Eng.o Agr.º Aloísio Palmeiro de
TRAJANO DE MORAIS - Dr. Augusto Len- Escobar.
gruber. CARAZINHO - Albino Hillebrand.
TERESóPOLIS - Dr. Lauro Antunes Pais de CAXIAS - Bel. Dante Marcucci.
Andrade. CRUZ ALTA - Pacifico Dias da Fonseca.
VALENÇA - Dr. Osvaldo da Cunha Fonseca. D. PEDRITO - Floribal de Oliveira Jardim.
VASSOURAS - José Henrique Saião Alves ENCANTADO - Adalberto Pio :souto.
Branco. ENCRUZILHADA - Honório F. de Carvalho.
ERVAL - Bel. Cincinato Brandão.
ESTRELA - Bel. Cláudio de Toledo Mercio.
FARROUPILHA - Antônio Pedroso Pinto.
Relação nominal dos prefeitos municipais do :f'LORES DA CUNHA - Oto Bélgio Trindade.
Rio Grande do Norte GARIBALDI - Olinto Fagundes de Oliveira
Freitas.
ACARf - Angelo Pessoa Bezerra. GENERAL CAMARA - Orfelino de Azambuja
ALEXANDRIA - Manuel Emídio de Sousa. Reichel.
ANGICOS - Baltasar -da Costa Pereira. GETÚLIO V ARGAS - Bel. L"eonel Flores da
APODf - Origenes Monte. Rosa.
AREIA BRANCA - Francisco Ferreira de Araújo. GRAVATAf - Arí Tubs.
ARÉS - Major Napoleão de Ca.rvalho Agra. GUAíBA - Bel. Nazário Leitão dos Santos.
ASSú - Manuel Pessoa Montenegro. GUAPORÉ - Manuel Francisco Guerreiro.
AUGUSTO SEVERO - Luiz de França Tito IJUí - Bel. Emílio Martins Buhrer.
Jácome. · IRAí - Eng.º Alvaro Rodrigues Leitão.
BAIXA VERDE - Cap. Severino Elias Pereira. ITAQUí - Otávio Silveira.
CAICó - Inácio de Medeiros Dias. JAGUARÃO - Carlos Alberto Ribas.
CANGUARETAMA - Otávio de Araújo Lima. JAOUARf - Cap. Dormilindo de Oliveira.
CARAúBAS - Aproniano Martins de Sá. JOSÉ BONIFACIO - Bel. Jerônimo Teixeira
CEARA MIRIM - Tte. Cel. Jacinto Tavares de Oliveira.
Ferreira. JúLIO DE CASTILHOS - Aristides de Morais
CURRAIS NOVOS - Dr. José Bezerra de Araújo. Gomes.
FLORES - Antônio Pereira de Meneses. LAGOA VERMELHA - Libório Pimentel.
GOIANINHA - Jerônimo Cabral Pereira Fa- LAJEADO - João Frederico Schaan.
gundes. LAVRAS - Dr. João de Aragão Bulcão.
JARDIM DO SERIDó - Pedro Isidro de Me- LIVRAMENTO - Dr. Crisanto de Paula Dias.
deiros. MONTENEGRO - Carlos Correia da Silva.
JUCURUTú - Francisco Baldomero Chacon. NOVO HAMBURGO - Nelson Toohey Schneider.
LAJES - Francisco de Oliveira Cabral. OSÓRIO - Juvenal José Pinto (agrônomo).
LUIZ GOMES - João Germano da Silveira. PALMEIRA - Felício Augusto de Almeida.
MACAíBA - Major Genésio Lopes da Silva. PASSO FUNDO - Bel. Vítor Oscar Graeff.
MACAU - João Fernandes de Melo. PELOTAS - Bel. J. J. de Albuquerque Barros.
MARTINS Antônio Marcelino de Sousa PINHEIRO MACHADO - José Rato da Silveira.
Martins. PIRATINí - Bel. José Maria da Silveira.
MOSSORó - Pe. Luiz Mota. PôRTO ALEGRE - Bel. José Loureiro da Silva.
NATAL - Dr. José Augusto Varela. PRATA - Adolfo Schneider.
NOVA CRUZ - Mário Manso. QUARAí - Bento Lima Júnior.
PAPARf - 1.º Tte. José Evangelista da Silva. RIO GRANDE - Bel. Roque Aita Júnior.
PARELHAS - Florêncio Luciano. RIO PARDO - Ernesto Protásio Wunderlich.
PAU DOS FERROS-Francisco Fernandes Sena. ROSARIO - Rafael Barcelos Gonçalves.
PEDRO VELHO - Manuel Gadelha de Freitas. SANTA CRUZ - Dario de Azevedo Barbosa.
PORTALEGRE - Manuel de Freitas Nobre. SANTA MARIA - Miguel de Andrade Neves
SANTA CRUZ - Odorico Ferreira de Sousa. Meireles.
SANTANA DO MATOS - Asclepíades Fernandes. SANTA ROSA - Cap. Pautilio Falhares.
SANTO ANTôNIO - Lindolfo Gomes Vida!. SANTA VITÓRIA DO PALMAR - Eng.o Gui-
SÃO GONÇALO - Major José Vitoriano de Me- lh.erme de Sousa Castro.
deiros. SANTIAGO - Sílvio Ferreira de Aquino.
236 BOLETIM DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
PIRASSUNUNGA Dr. Manuel de Castro SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Dr. Pedro Popini
Mendes. Marcarenhas.
PIRATININGA - Francisco Senise. SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - Aurino Vilela de
PITANGUEIRAS - José Dantas de Mendonça Andrade.
Uchoa. SÃO LUIZ DO PARAi'.TINGA -Benedito Pião
POMPÉIA - Dr. Flávio de Faria Jordão. Sobrinho.
PONTAL - José Leonel Pupo. SÃO MANUEL - Dr. ;José do Amaral Wagner.
PORANGABA - Domingos Manuel de Miranda. SÃO MIGUEL ARCANJO - Luiz Valio
PôRTO FELIZ - José Pais da Mota. SÃO PAULO - Dr. Francisco Prestes Mala.
PôRTO FERREIRA - Dr. Nicolau de Vergueiro SÃO PEDRO - Carlos Mauro.
Forjaz. SÃO PEDRO DO TURVO - Alcindo Chaves.
POTIRENDABA - Danilo Galeazzi. SÃO ROQUE - Dr. João Gabriel Pinto da Costa.
PRAINHA - Joaquim Dias Ferreira. SÃO SEBASTIÃO - Armando Datino.
PRESIDENTE ALVES - José Helene. SÃO SIMÃO - Dr. Aulio Lousada Veloso.
PRESIDENTE BERNARDES Alfredo Westin SÃO VICENTE - Dr. Polidoro de Oliveira Bit-
Júnior. tencourt. ·
PRESIDENTE PRUDENTE - Dr. Domingos SARAPUí - Felismino Vieira.
Leonardo SERRA AZUL - Galdino Taveiros.
Ceravolo. SERRA NEGRA - Joaquim de Araújo Almeida.
PRESIDENTE VENCESLAU - Dr. Francisco de SERTÃOZINHO - Manuel de Freita' Machado.
Campos Lima. SILVEIRAS - Roberto de Miranda Alves.
PROMISSÃO - Arnaldo Andrade. SOCôRRO - Alfredo de Oliveira Santos ,Júnior.
QUATA - Dr. Lourenço Dessimoni. SOROCABA - Antônio César do Nascimento
QUELUZ - Francisco Tomaz da Silva. Filho.
R_".NCHARIA - Dr. Benedito Martins Barbosa. TABAPUÃ - Dr. Paulo Guzzo.
REDENÇÃO - José Brasiliano de Alvarenga. TABATINGA - João Machado.
REGENTE FEIJÓ - João Batista Berbet. TAMBAú - José Carlos de Melo.
RIBEIRA - Frederico Dias Batista. TANABí - Manuel Garcia de Oliveira.
RIBEIRÃO BONITO - Paulo Dias de Aguiar. TAPIRATIBA - Herconides Martins de Oliveira.
RIBEIRÃO PRETO - Dr. Fábio de Sá Barreto. TAQUARí - Trajano Gabriel.
RIO CLARO - Dr. Solon Rêgo Barros. TAQUARITINGA - Carlos de Oliveira Novais.
RIO DAS PEDRAS - Luiz de Arruda Leite. TATUí - Antônio Tricta Júnior.
RIO PRETO - Dr. Hernani Domingues. TAUBATÉ - Dr. Antônio de Oliveira Costa.
SALESóPOLIS - Antônio Camargo Primo. TIETÉ - Olegário Camargo.
SALTO -- João Batista Ferrari. TORRINHA - Antônio Amalfi.
SALTO GRANDE - Serafim Duarte Correia. TREMEMBÉ - Dr. Hipólito José Ribeiro.
SANTA ADÉLIA - Daniel de Carvalho. TUPÃ - Dr. Gil Junqueira Meireles.
SANTA BARBARA - Plácido Ribeiro Ferreira. UBATUBA - Deolindo de Oliveira Santos.
STA. BARBARA DO RIO PARDO - Luiz Gon- UCHOA - João Reverendo Vida!.
zaga Lirio UNA - João Carlos Marcondes.
de Cam- VALPARAíSO - Oscar de Arruda.
pos. V ARGEM GRANDE - Edmundo Dante Calió.
SANTA BRANCA - Tancredo Galvão Triguei- VERA CRUZ - Valdomiro Freire.
rinho. VIRADOURO - Fábio Ralston.
STA. CRUZ DO RIO PARDO - Dr. Leônióas XIRIRICA - Antônio Avelino Cunha.
Camarinha.
SANTA ISABEL - Francisco Beraldo.
SANTA RITA - Urbano de Sousa Meireles Filho.
SANTA ROSA - João Bueno dos Reis. Relação nominal dos prefeitos municipais do
SANTO ANASTACIO - Flamínio Barbosa Ferraz. Território do Acre
SANTO ANDRÉ - Dr. José de Carvalho So-
brinho. BRASÍLIA - Francisco Custódio Freire, eng.
SANTO ANTÔNIO D'ALEGRIA - Antenor Fer- agrônomo.
reira Nobre. CRUZEIRO DO SUL - Farmacêutico Mário
SANTOS - Antônio Gomide Ribeiro dos Santos. Lobão.
SÃO BENTO DE SAPUCAí - Augusto Marcondes FEIJÓ - Sr. Raimundo Augusto de Araújo.
· de Azeredo. RIO BRANCO - Major Manuel Fontenele de
SÃO CARLOS - Sabino de Abreu Camargo. Castro.
SÃO JOÃO DA BOA VISTA - Henrique Cabral SEABRA - Manuel Vieira da Cunha.
de Vasconcelos. SENA MADUREIRA - João Câncio Fernandes.
SÃO JOAQUIM - Roberto Resende Junqueira. XAPURí - Agr. Francisco Coelho Filho.