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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MOSSORÓ
2017
PAULO ROBERTO DE MELO
MOSSORÓ
2017
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obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções
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ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a)
respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.
BANCA EXAMINADORA
A Maria da Glória de Melo e Paulo
Dantas de Melo, meus pais, amigos e
orgulhos da minha vida, que não mediram
esforços para que eu pudesse alcançar
esse mérito.
AGRADECIMENTOS
À DEUS pela constante proteção, sabedoria, saúde e por estar sempre me guiando
às escolhas certas.
Aos meus familiares que sempre torceram pelo meu sucesso e pela força e
confiança em mim depositadas.
A Gleydston Neves vulgo Tito, José Humberto vulgo Pito, Saulo Souza e Mayara
Medeiros, amigos que sempre me apoiaram e compartilharam essa minha trajetória.
A Ericson Romualdo, Italo Menezes, Ruan Landolfo, Ivan Farias, Ramon Marques e
Fabio Medeiros, amigos conquistadas durante a graduação.
A Marielle Lopes, Maílla Lopes, Sumaya Luna, Anne Pascalle, Annyelly Brito, Anna
Karollynna, Isla Licely, Renata Sayonara, Rochanny Gouveia, Rossana Sampaio e
Isabelly Souza, amigas conquistadas durante a graduação.
“Quanto mais um homem se aproxima de
suas metas, tanto mais crescem as
dificuldades.”
Goethe
RESUMO
This work has the objective of specifying and designing in a detailed way a machine
for the realization of the fatigue test by rotary bending. It was used as basis, norms,
books and works found in the literature related to the subject, as well as the
knowledge acquired during the course of mechanical engineering and the aid of
software to carry out the project. According to Oliveira (2004), we can define the
project methodology as a collection of documents and tools to support the project
process, whose main purpose is to help designers to make the best decisions to
solve specific problems. Thus, at the end of the project study, it was possible to
compare the results obtained with the results found in the literature, combining safety
and better design optimization.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
2. OBJETIVOS .................................................................................................... 16
2.1. Objetivo Geral ........................................................................................... 16
2.2. Objetivos específicos ................................................................................ 16
3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 17
3.1. FADIGA ........................................................................................................ 17
3.2. MECANISMOS FÍSICOS DE FRATURA...................................................... 20
3.2.1. Nucleação .............................................................................................. 20
3.2.2. Propagação da trinca............................................................................. 21
3.2.3. Fratura ................................................................................................... 22
3.3. ABORDAGENS DE FADIGA ........................................................................ 23
3.3.1. Tensão Média ........................................................................................ 27
3.4. ENSAIOS DE FADIGA ................................................................................. 31
3.4.1. Ensaio de tração-compressão (força axial) ........................................... 32
3.4.2. Ensaio de torção .................................................................................... 33
3.4.3. Ensaio de flexão .................................................................................... 34
3.4.4. Corpo de prova ...................................................................................... 36
4. METODOLOGIA ................................................................................................. 38
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 39
5.1. DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES ............................................ 41
5.1.1. Eixos ...................................................................................................... 41
5.1.2. Mancais ................................................................................................. 41
5.1.3. Estrutura da Carga ................................................................................ 42
5.1.4. Estrutura do Equipamento ..................................................................... 42
5.1.5. Acoplamento Flexível ............................................................................ 43
5.1.6. Mandril ................................................................................................... 44
3.2. ESBOÇO FINAL DO PROJETO ..................................................................... 45
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 47
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 48
APÊNDICE A ............................................................................................................ 50
14
1. INTRODUÇÃO
Atualmente o mercado industrial está cada vez mais exigente para com os
produtos e serviços e, para obter a satisfação destas, algumas indústrias costumam
fazer testes em novos produtos ou até mesmo melhorar os já existentes. Uma das
maneiras de buscar soluções é a utilização de testes simulados ou testes em
laboratório. Sabendo que a fadiga é responsável por grande parte das falhas
geradas nos componentes mecânicos (entre 80% à 90%). Surgi assim a
necessidade de fazer nestes materiais ensaios de fadiga.
Ensaios de fadiga definem-se pela aplicação de uma carga cíclica em um
determinado corpo de prova, apropriado e padronizado segundo o tipo de ensaio a
ser realizado. Os corpos de prova são submetidos a cargas variáveis (tensões
máximas e mínimas), levando o mesmo a ruptura após um determinado número de
ciclos.
Para que se obtenham resultados experimentais confiáveis no projeto que
mensura a fadiga, é fundamental o uso de máquinas de ensaios mecânicos. Como o
custo de máquinas de ensaios comerciais é muito elevado, é de interesse projetar e
construir sistemas similares com orçamento reduzido, para uso acadêmico e em
pesquisa. Em particular, testes de flexão rotativa são essenciais para prever o
comportamento dos materiais sob essas cargas repetidas durante longo tempo,
realizando testes S-N em alta frequência, diminuindo o tempo necessário aos testes
e viabilizando sua execução.
Também se pode encontrar com essas máquinas o chamado limite de
fadiga, tensão abaixo da qual teoricamente não existe dano acumulado na peça.
Esse conceito é muito usado para o dimensionamento de peças que sofrerão um
número muito grande e desconhecido de ciclos de carregamento variável, sendo
15
necessária assim a chamada “vida infinita à fadiga”, com tensões sempre abaixo do
limite.
Com tal conhecimento, pode-se fazer uma avaliação de um material e
estabelecer a adequação do componente para a aplicação específica, quando as
condições de tensão são pré-determinadas.
16
2. OBJETIVOS
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. FADIGA
A maior parte das estruturas de engenharia está sujeita a cargas que são
de um modo geral variáveis no tempo, apesar de muitas vezes, em uma primeira
observação, acreditarmos que o carregamento seja estático. Uma falha por fadiga
acontece dentro de uma gama bastante ampla de ciclos de carga. É lógico que o
número de ciclos que o componente resiste depende do nível da solicitação, uma
vez que com uma maior carga dinâmica estas estruturas apresentam uma vida útil
baixa, sensivelmente reduzida quando comparada com uma situação onde a
solicitação cíclica é menor, o que leva a uma maior vida útil (ROSA, 2002).
O estudo da fadiga é de suma importância para projeto de peças sujeitas
a tensões cíclicas, as quais modernamente são cada vez maiores. O ensaio de
fadiga pode ser realizado na própria peça, caso se disponha de uma máquina
apropriada, reproduzindo no ensaio da melhor maneira possível os esforços a que
ela é submetida na prática ou em corpos de prova, nesse caso testando o material
em si, sem verificar os efeitos das particularidades existentes na própria peça
(BELENTANI et al., 2010).
Podemos definir resistência à fadiga de um material, como o nível de
tensão no qual a falha irá acontecer para um dado número específico de ciclos,
dependendo principalmente de sua natureza, ou melhor, de suas propriedades
mecânicas, como por exemplo, sua composição química e sua dureza. Um grande
número de outras variáveis também existente podem atenuar ou potencializar o
19
3.2.1. Nucleação
Uma vez que uma trinca microscópica se estabelece (ou está presente
desde o início), os mecanismos da mecânica da fratura entram em funcionamento
(NORTON, 2004).
Para que uma trinca se propague, exige que a tensão no seu extremo
exceda a tensão coesiva do material, que é a tensão que mantém os átomos unidos.
Podemos determinar teoricamente esta tensão como sendo da ordem de E / 10,
onde E é o módulo de elasticidade do material. Este critério não é muito útil em
aplicações práticas porque é impossível medir a tensão que realmente atua na ponta
de uma trinca (ROSA, 2002).
Uma vez que a nucleação da trinca acontece e o carregamento persiste,
esta tende a crescer ao longo do plano máximo de cisalhamento e através dos
contornos de grãos. Este processo de propagação se divide em dois estágios,
FIGURA 4. No primeiro estagio, uma pequena trinca se propaga através de um
comprimento da ordem de poucos grãos ao longo do plano de máxima tensão
cisalhante. Enquanto o segundo estágio envolve crescimento da trinca na direção
22
3.2.3. Fratura
(1)
(2)
28
(4)
(5)
(6)
- Gerber: σa = Se ( ) (7)
- Goodman: σa = Se ( ) (8)
- Soderberg: σa = Se ( ) (8)
Máquina de ensaio
Máquina de ensaio
Máquinas de ensaio
4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
É possível verificar que a máquina possui dois eixos, no qual tem como
função sustentar os componentes do sistema e transmitir o movimento rotativo
gerado pelo motor elétrico.
A máquina também possui quatro mancais e um acoplamento flexível,
responsável por absolver as vibrações do sistema, de modo que não interfiram nos
ensaios realizados e garanta a veracidade dos resultados.
Um conjunto de anilhas acopladas a estrutura da máquina será
responsável pela aplicação de carga de tração e compressão que atuarão no corpo
de prova, simulando os esforços aplicados sobre o material em situação real. A
FIGURA 18 mostra o conjunto de anilhas.
40
5.1.1. Eixos
5.1.2. Mancais
Desalinhamento
Axial
Radial (Y) Angular (δ)
(X)
1 0,5 1,5
Fonte: CATALOGO ACRIFLEX (2012)
5.1.6. Mandril
folga na montagem, o que pode causar de medições dos ensaios. Este mandril
possui uma capacidade de fixar um corpo de prova de 3mm a 16mm de diâmetro,
respeitando as dimensões do corpo de prova do ensaio. A FIGURA 21 mostra o
mandril escolhido.
Como dito antes, a máquina de ensaio de fadiga por flexão rotativa antes
é composta por um motor, quatro mancais, dois eixos, um acoplamento flexível e um
conjunto de anilhas. A FIGURA 22 mostra o esboço final da máquina em 3D.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELENTANI, Bruno Albertini et al. Ensaio de fadiga. Ilha Solteira: Unesp, 2010.
MELO, Carla Sofia da Silva Araújo. Ensaios de fadiga mecânica sobre conexões
implante-pilar. 2015. 55 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina Dentaria,
Universida Fernando Pessoa, Porto, 2015.
NORTON, Robert L.. Projeto de Máquinas. Porto Alegre. 2 ed. 2004. 931 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 (NB 66):
Informação e documentação: referências de elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
SANTOS, Luciano V. dos, Análise de Falha por Fadiga em Eixo de Motores para
Sistema de Arrefecimento. Dissertação de Mestrado ( Mestre em Engenharia)
Escola Politécnica da Universidade São Paulo. São Paulo. 2008. 122p.
APÊNDICE A
Memória de calculo
Dimensionamento do eixo:
Dados de entrada:
Potencia gerada pelo motor: Pot = 1 hp = 0,75 kw
Frequência gerada pelo motor: f = 60 hz
Rotação: ω = 3430 rpm
Carga aplicada na pior situação: P = 12 kg
Temperatura de operação: 80° C
Numero de ciclos na pior situação: n = 106 ciclos/h
Voltagem: 220/380 V
Conjugado de partida: 270%
Seleção do material:
Para a confecção do eixo foi escolhido o aço AISI 4340 temperado e revenido
a 315° C. Na qual as propriedades deste são:
1720 MPa
1570 MPa
Assim,
E,
√
53
Sabemos que:
Sabemos que:
Assim, temos:
√ => √ =>
Logo, temos:
Coeficientes do rolamento
C = 12200 C0 = 3300
Calculo da vida do rolamento:
( )
55
( )