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CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
PROFESSOR ECLERSON PIO MIELO
Gestão
Profissional: Telefone:
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
OBJETIVOS DA CPA 20
A CPA 20 é parte do Programa de Certificação da ANBIMA e tem como objetivo a
permanente elevação da capacitação técnica dos profissionais que tem contato com os
Investidores Qualificados na comercialização de produtos de Investimento.
Fonte: www.anbid.com.br
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
M ÓD U L O TEMA P R O PO R Ç Ã O N A
P R OV A
I SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 5 % A 10 %
ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E
MELHORES PRÁTICAS,
FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES
DO MERCADO
II PRINCÍPIOS BÁSICOS DE 5 % A 10 %
ECONOMIA, FINANÇAS E
ESTATÍSTICA
III FUNDOS DE INVESTIMENTOS 16 % A 2 5 %
IV DEMAIS PRODUTOS DE 17 % A 2 5 %
INVESTIMENTO
V TRIBUTAÇÃO 5 % A 10 %
V II MENSURAÇÃO, GESTÃO DE 17 % A 2 5 %
PERFORMANCE E RISCO
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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03 de Janeiro de 2011
São Paulo
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
Módulo I
Sistema Financeiro Nacional – SFN
Órgãos de Regulação e Melhores
Práticas, Fiscalização e Participantes
do Mercado
(5% a 10% do exame)
Este é um módulo basicamente composto por definições de todos os órgãos que, juntos,
constituem o Sistema Financeiro Nacional.
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Entidades Supervisoras
COPOM (Define a Taxa
Selic Meta);
COAF (Lavagem de
dinheiro)
ANBIMA
CÓDIGOS DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS
CLEARING HOUSE
Títulos Públicos Federais Títulos Privados de Renda Fixa Renda Variável - Ações Operações Bancárias
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
É o órgão de cúpula do Sistema Financeiro Nacional, e a secretaria do CMN é exercida pelo Banco Central do
Brasil (BACEN).
COMPETÊNCIAS
ATENÇÃO:
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Autarquia Federal que cumpre e faz cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor, e
também, as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.
• O depósito compulsório é uma das formas de atuação do Banco Central para garantir o poder de compra
da moeda, e, em menor escala, para execução da política monetária. Geralmente feito através de
determinação legal, obrigando os bancos comerciais e outras instituições financeiras a depositarem,
junto ao Banco Central, parte de suas captações em depósitos a vista ou outros títulos contábeis.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
POLÍTICA MONETÁRIA
É definida como o controle da oferta de moeda em circulação e das taxas de juros praticadas, com o
objetivo de garantir a liquidez ideal para cada momento econômico.
Um de seus objetivos é buscar o equilíbrio entre crescimento econômico x inflação.
Por meio dos instrumentos de política monetária, as autoridades governamentais controlam a oferta de moeda
em nível suficiente para adequar o desenvolvimento das atividades econômicas e a liquidez do sistema
financeiro.
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
→ Que as instituições financeiras realizem aplicações a curto e curtíssimo prazo de suas disponibilidades
monetárias ociosas e a garantia de liquidez para os títulos públicos.
→ Venda líquida de títulos públicos pelo BACEN, com diminuição do volume de reservas bancárias e
conseqüente redução de liquidez do mercado e aumento da taxa de juros primária (colocação de títulos).
COLOCAÇÃO DE TÍTULOS
Atualmente, o open market é privativo das instituições financeiras e é nele que ocorre a troca de reservas
bancárias, lastreadas unicamente em títulos públicos federais. Através dele que o BACEN calibra o custo do
dinheiro, estabelecendo o custo da troca de reservas bancárias.
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
O overnight é uma operação desenvolvida dentro do open market. O mecanismo do overnight é diferente,
porque o aplicador compra títulos públicos no mercado secundário com a condição de revendê-lo no dia
seguinte (operações compromissadas), por uma taxa predeterminada entre as partes, sendo uma
aplicação feita, portanto, por uma única noite.
Em caso de operações que envolvam pessoas físicas e jurídicas não financeiras, haverá a incidência de IOF de
1% ao dia, conforme tabela própria, num processo regressivo em função do prazo da aplicação, para estimular
seu alongamento.
Operações de redesconto se traduzem na assistência creditícia prestada pelo BACEN aos bancos, para
suprir eventuais dificuldades de caixa.
Para compensar eventuais perdas de reservas, que causam dificuldades de caixa, as instituições financeiras
recorrem, em geral, ao mercado interbancário. Em último caso, ao redesconto do BACEN, que atua como o
banco dos bancos. O BACEN pode emprestar fundos líquidos a outros estabelecimentos bancários, seja por
meio de empréstimos diretos ou via redesconto de títulos.
Como conseqüência, os bancos também podem adotar uma política liberal de crédito para seus clientes.
Uma taxa de redesconto menor que a taxa Selic, por exemplo, permitirá às instituições financeiras, captar na
linha de redesconto para financiar as suas operações, aumentando a liquidez do sistema.
É o socorro que o BACEN fornece aos bancos para atender as suas necessidades momentâneas de caixa. É em
tese, a última linha de atendimento aos furos de caixa das instituições monetárias.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Por meio desse instrumento, o M1 pode ser reduzido ou expandido, de acordo com os critérios estabelecidos
pelo BC.
Os ativos aceitos são os títulos públicos federais registrados no Selic, outros títulos e valores
mobiliários, créditos e direitos creditórios de cursos normal e, preferencialmente, com garantia real e
outros ativos a exclusivo critério do BACEN, exceto nas operações intradia e de um dia em que só serão
aceitos os títulos públicos registrados no Selic.
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
No caso dos outros ativos, o preço de compra é variável em função do tipo de ativo e estabelecido de acordo
com critérios do BACEN, não podendo ser superior ao valor nominal atualizado do ativo objeto da negociação. O
preço de revenda é o preço de compra atualizado pela taxa Selic, desde a data da compra acrescida de um
percentual de acordo com a política monetária.
Os títulos e direitos creditórios descontados que integram o ativo da instituição financeira solicitante devem se
sujeitar ás seguintes condições:
→ A taxa de redesconto é variável para cada ativo de acordo com os critérios do BACEN
→ O preço de venda dos ativos redescontados é o preço do ativo na operação de redesconto atualizado no
período pela taxa Selic acrescida de percentual definido pelo BACEN conforme a sua política monetária.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS
O depósito compulsório sobre os depósitos à vista e sobre os recursos de terceiro regula o multiplicador
bancário, imobilizando, de acordo com a taxa de recolhimento de reserva obrigatória fixada pelo CMN, uma parte
maior ou menor dos depósitos bancários e dos recursos de terceiros que neles circulem (títulos em cobrança,
tributos recolhidos, garantias de operações de crédito), restringindo ou alimentando o processo de expansão de
pagamento.
Um dos instrumentos que o Banco Central usa para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia.
O mecanismo influencia o crédito disponível e as taxas de juros cobradas. Por meio do compulsório, os bancos
são obrigados a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos
depósitos à vista, a prazo ou poupança.
Quando reduz o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes. Isso pode
ajudar a reduzir os juros bancários ou, em momentos de mais escassez de dinheiro, impedir que sequem as
fontes de crédito para o consumidor e para empresas.
É o percentual incidente sobre os depósitos captados pelos bancos comerciais. Tal percentual é definido
pelo BACEN e o montante calculado é recolhido pelos bancos àquela instituição.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Para atuar no sistema financeiro nacional, os bancos comerciais são obrigados a manter, com exclusividade,
conta de depósitos no BACEN por onde circulam dois tipos de reserva:
A reserva legal — depósito compulsório — é aquela cujo saldo representa a parcela de cada depósito à vista
ou sob aviso, mais a parcela de recursos de terceiros (títulos em cobrança, tributos recolhidos, valores em
garantia realizados e cheques administrativos), que os bancos comerciais recebem do público e,
compulsoriamente, têm que recolher ao BACEN.
Já as reservas de livre movimentação são formadas pelo encaixe obrigatório e pelas reservas bancárias
mantidas em conta de depósitos no BACEN, cujo nível indica a liquidez no dia-a-dia ou a capacidade de cada
banco para expandir seus empréstimos ou aplicações e para atender os cheques compensados e outras
obrigações.
As instituições financeiras procuram manter suas reservas que não produzem renda, no limite mínimo possível,
não descuidando da responsabilidade de honrar suas obrigações, de modo a evitar penalidades do BACEN.
Causas de Inflação:
→ Expansão Monetária – Governo emite moeda para financiar o déficit público
→ Aquecimento Econômico – Demanda por produtos supera a produção – aumenta preços e margem de
lucros
→ Choque de Oferta Externa ou interno – Ex. Petróleo, que pressiona os custos de outros produtos
→ Gargalos – Produto ou Serviço Básico sofre restrições, ex: Apagão de energia elétrica em 2001 falta de
infraestrutura para fluir produção.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
DÍVIDA PÚBLICA
A dívida pública tem forte ligação com a política fiscal adotada pelo governo, pois os resultados das
medidas implementadas nessa área refletem no montante da dívida. A dívida aumenta quando ocorre a
colocação de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, no mercado. Por outro lado, a dívida
diminui quando ocorre a liquidação dos mesmos.
Superávit/Déficit Primário – que se constitui na diferença entre as receitas e as despesas de natureza não
financeira.
DÍVIDA INTERNA
É a dívida firmada pelos governos federal, estadual e municipal junto ao mercado interno, através de
emissões primárias de títulos.
Toda vez que o Tesouro Nacional emite títulos para execução da política fiscal do Governo, está antecipando
receitas orçamentárias ou financiando os déficits fiscais. Essas emissões de papéis aumentam a dívida interna
do Governo.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
DÍVIDA EXTERNA
A dívida externa é composta pelos empréstimos contraídos fora do país, tanto pelo governo como pelo
setor privado e classifica-se em pública e privada.
As dívidas que o país faz no exterior podem ser contraídas em qualquer moeda — euro, dólar, iene, libra etc. O
governo brasileiro, para fazer frente às suas despesas e investimentos, obtém recursos em diversos mercados
internacionais com a emissão de títulos soberanos.
O principal título da dívida externa pública brasileira é o Bond, utilizado na troca de dívidas bancárias.
Bond = É um título de renda fixa representativo de uma obrigação do governo brasileiro à empréstimos
concedidos por investidores internacionais.
No momento da colocação dos títulos públicos no mercado primário são definidas as características com relação
à remuneração, prazo, forma de pagamento dos juros etc.
O C-bonds é o título mais conhecido e de maior liquidez e é, também, o mais volátil e por isso apresenta
o maior risco. A remuneração adicional paga pelos C-bonds em relação aos T-bonds (treasury bonds) —
títulos emitidos pelo Tesouro Americano — é utilizada como a medida do risco Brasil.
Quando o governo brasileiro emite papéis no mercado internacional está tomando empréstimos e aumentando a
dívida externa pública. Nesse caso, a captação de recursos tem aspectos positivos para a economia, pois
aumenta a disponibilidade de moeda forte à disposição do BACEN.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
A taxa de juros tem sido utilizada pelo governo brasileiro como instrumento de combate a inflação. A
idéia é que com juros altos, há um desestímulo ao consumo que acabaria acarretando num ritmo menor
de elevação dos preços. O problema é que, ao se elevarem os juros básicos da economia (a taxa Selic),
ocorre impacto imediato e expressivo sobre a dívida pública, boa parte dela indexada a esta taxa.
Outro efeito é que, ao reduzirem a atividade econômica, as altas taxas de juros acabam tendo uma
conseqüência indesejável de redução da arrecadação de impostos, agravando, ao final, o problema do
déficit público. A alta taxa de juros tem um efeito triplamente negativo: aumentam os gastos (financeiros)
do governo; reduzem o crescimento do PIB; e reduzem a arrecadação de impostos.
A dívida pública é um dos principais fundamentos de uma economia. Se usada adequadamente, pode
significar uma alavanca para o desenvolvimento, um instrumento para o governo financiar seus gastos e
investimentos.
Quando descontrolada, acaba funcionando como um freio ao desenvolvimento, pela necessidade de geração
contínua de grandes superávits primários, que comprometem a capacidade de gastos e de investimento do
governo. Os investimentos em obras públicas e as políticas sociais tendem a ser reduzidos.
Um indicador relevante (embora não suficiente) para analisar a evolução da dívida pública e a relação dívida /
PIB. Essa relação pode crescer seja porque o PIB cresce a uma taxa menor do que a dívida seja porque o
governo não obtém superávits primários suficientes para estabilizá-la.
POLÍTICA CAMBIAL
É formada por um conjunto de normas e regras que busca controlar o mercado cambial. Está
fundamentalmente baseada na administração das taxas de câmbio e no controle das operações
cambiais.
A política cambial está fortemente relacionada com a política monetária, e por esse motivo deve ser administrada
com bastante critério, de forma a evitar impactos negativos sobre o sistema monetário.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
CÂMBIO FIXO
Nesse regime a autoridade monetária compra e vende moeda estrangeira — tendo seu valor por ela fixado — na
medida em que o mercado ofertar e demandar comprometendo, assim, a execução da política monetária.
A vantagem da adoção desse tipo de controle é a previsibilidade da taxa de câmbio futura e de seus impactos
positivos nas operações comerciais e financeiras com o exterior.
CÂMBIO FLUTUANTE
É o regime no qual as taxas acompanham livremente as oscilações, de acordo com a oferta e a procura de
moeda estrangeira pelo mercado. (câmbio flutuante limpo - BACEN não atuar)
O BACEN atua tanto comprando como vendendo moeda. (câmbio flutuante sujo – BACEN atua). Este é o
modelo atual brasileiro.
Confere maior liberdade ao mercado e permite que as autoridades monetárias tenham maior flexibilidade na
manutenção de reservas para regular o mercado, ampliando assim as possibilidades de uso dos instrumentos de
política monetária. Neste sistema, os participantes do mercado financeiro devem se proteger fazendo o hedge
cambial para proteger as suas posições em moeda estrangeira. Entretanto, a autoridade monetária poderá
oferecer hedge, buscando dar maior estabilidade ao sistema, uma vez que pode atuar com maior liberdade e
efetividade na execução das políticas monetárias.
CÂMBIO MISTO
POLÍTICA COMERCIAL
É o conjunto de medidas que afetam o comércio com outras Ações, dentre elas a adoção de cotas, a
abertura de linhas de crédito para importação e exportação e a definição de tarifas.
A maior intensidade de transações econômicas — reais e financeiras — entre fronteiras dos países e a
ampliação dos graus de interdependência dos países, faz com que as medidas de política comercial que o
governo adota influenciem diretamente os fluxos externos.
Para regular os fluxos externos e o ajuste de saldos às condições do equilíbrio econômico interno, os
responsáveis pela política econômica contam com o emprego de alguns instrumentos fiscais e administrativos.
Todas as transações econômicas que um país faz com o exterior são totalizadas em levantamento de natureza
contábil, que registra todos os pagamentos e recebimentos ocorridos entre os agentes econômicos, residentes
ou não residentes no país.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por finalidade disciplinar, fiscalizar, normatizar,
regular e desenvolver o mercado de valores mobiliários, e ainda toda a indústria de Fundos de
Investimentos.
Promove medidas incentivadoras da canalização de poupança ao mercado de capitais, estimulando o
funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de capitais.
É um órgão fiscalizador das Companhias Abertas, (Mercado de Ações), e supervisiona os Fundos de
Investimentos. É administrada por um Presidente e quatro diretores, que são todos nomeados pela Presidência
da República.
Valores mobiliários representam um investimento realizado, dispondo de recurso financeiro, com o objetivo de
auferir lucro, ofertado ao público e sobre o qual o investidor não possui controle direto. São muitos os tipos de
valores mobiliários, mas, para a nossa certificação, os que fazem parte são:
• Ações
• Debêntures e Notas Promissórias (Commercial Papper)
• Swap
• Cotas de Fundos de Investimentos (de fundos Fechados)
COMPETÊNCIAS
→ Fomentar medidas de incentivo aos poupadores, para que invistam no mercado de capitais. Na
economia, sua função principal no mercado de valores mobiliários, é o atendimento às necessidades de
financiamento de médio e longo prazo por parte das empresas;
→ Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de capitais,
assegurando seu funcionamento eficiente e regular;
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Por meio dela que se permite a transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para
os deficitários.
Agentes superavitários são aqueles que dispõem de excesso de recursos, e, desejam poupá-lo para
consumir ou investir.
Agentes deficitários são os que têm necessidade de recursos superior à quantidade de recursos que
possuem.
Os intermediários financeiros têm a função de reunir e alocar a poupança da economia, para que os
recursos fluam dos agentes superavitários para os deficitários, de forma eficiente, satisfazendo assim as
necessidades de ambos.
No atual arranjo do sistema financeiro, as principais instituições estão constituídas sob a forma de banco múltiplo
(banco universal), foram criados através da Resolução CMN 2099, de 17 de Agosto de 1994, e que oferecem
ampla gama de serviços bancários.
Outras instituições apresentam certo grau de especialização, conforme exemplos a seguir:
→ Bancos comerciais, que captam principalmente depósitos à vista e depósitos de poupança e são
tradicionais fornecedores de crédito para as pessoas físicas e jurídicas, especialmente capital de giro no
caso das empresas;
→ Bancos de investimento, que captam depósitos a prazo e são especializados em operações financeiras
de médio e longo prazo; não podem fazer a captação à vista nem manter contas correntes.
→ Caixas econômicas, que também captam depósitos à vista e depósitos de poupança e atuam mais
fortemente no crédito habitacional;
→ Bancos cooperativos e cooperativas de crédito, voltados para a concessão de crédito e prestação de
serviços bancários aos cooperados, quase sempre produtores rurais;
→ Sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo, também voltadas para
o crédito habitacional;
→ Sociedades de crédito e financiamento, direcionadas para o crédito ao consumidor; e
→ Empresas corretoras e distribuidoras, com atuação centrada nos mercados de câmbio, títulos
públicos e privados, valores mobiliários, mercadorias e futuros.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
BANCO DE INVESTIMENTO
Instituição financeira privada especializada em operações de participação societária de caráter temporário,
(mercado de capitais/Ações), de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro,
da administração de recursos de terceiros e da administração de Fundos de Investimentos.
Não podem fazer a captação de depósitos à vista, nem manter contas correntes, inclusive nem oferece
essa modalidade. Assim, a captação dos recursos se dá através da emissão de CDB, também através da
captação e repasses de recursos de origem interna ou externa ou ainda, pela venda de cotas de Fundos de
Investimentos por eles administrados.
BANCO MÚLTIPLO
Instituição financeira privada ou pública que realiza as operações ativas, passivas e acessórias das diversas
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:
Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de
crédito, financiamento e investimento.
Para ser considerado múltiplo, deve ter no mínimo 2 carteiras, e uma delas, obrigatoriamente deve ser a
Carteira Comercial ou a Carteira de Investimento.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
A BM&F BOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em 2008 com a integração
entre Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, e Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, e é o maior
centro de negociação de Ações da América Latina, concentrando em torno de 70% do volume de
negócios realizados na região.
Espaços físicos e ambiente virtual, onde são realizadas as operações de compra e venda de valores
mobiliários, e que oferecem condições e sistemas necessários para realização de negociação de compra
e venda desses títulos de forma transparente.
As transações são na totalidade realizadas eletronicamente, em real time. Não existe mais o pregão
presencial.
Até agosto de 2007, a BOVESPA era uma associação civil sem fins lucrativos. Após a reorganização societária e
abertura de capital, a BOVESPA Holding é uma sociedade anônima de capital aberto que atua em toda a cadeia
de negócios no âmbito das atividades relacionadas a títulos e valores mobiliários.
Home Broker é um serviço semelhante aos Home banking, oferecidos pelos bancos, ou seja, é um canal de
relacionamento, entre os investidores e as sociedades corretoras da BOVESPA, permitindo que sejam enviadas,
por meio da Internet, ordens de compra e de venda de Ações. Isso é possível porque os Home Brokers das
corretoras estão interligados ao sistema de negociação da BOVESPA. Para investir em Ações via internet, é
necessário que o investidor seja cliente de uma corretora da BOVESPA que disponha dessa facilidade.
→ Horários: havendo contraparte, ordens transmitidas das 10h até as 17h serão cumpridas durante o
pregão do dia. Para ordens recebidas após as 17h haverá opção de agendamento para o próximo
pregão ou para o After Market do dia.
→ Valores: os limites serão definidos pela corretora, no ato do cadastro do cliente, e podem sofrer
alterações diárias.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Principais funções:
→ Efetuar aplicações por conta própria ou de terceiros (intermediação) em títulos de valores mobiliários de
renda fixa e variável;
→ Realizar operações no mercado aberto (compra e venda de títulos públicos federais);
→ Participar em lançamentos públicos de Ações.
A credibilidade do SFN não depende exclusivamente do desempenho dos bancos, bolsas ou
corretoras/distribuidoras. É preciso que os participantes do sistema confiem que as transações efetuadas serão
liquidadas. Para isso, existem as Câmaras e os Sistemas de Liquidação e Custódia.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
O Sistema efetua a custódia e o registro de operações realizadas pelas instituições que dele participam com
títulos públicos federais emitidos pelo Tesouro Nacional. No que toca especificamente às negociações, o Selic
acata comandos de compras e vendas à vista ou a termo, definitivas ou compromissadas, adotando os
procedimentos necessários às movimentações financeiras e de custódia envolvidas na liquidação dessas
operações.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
A credibilidade e a confiança que a CETIP trouxe para o mercado levaram as instituições financeiras a
criar e empregar a expressão título “cetipado” como um selo de garantia e qualidade.
A Cetip ainda custódia alguns títulos públicos de renda fixa e de emissão de estados e municípios, que não são
temas do CPA 10.
CETIP
SELIC (Títulos Privados de Renda Fixa e alguns títulos
(Títulos Públicos Federais) públicos emitidos por estados e municípios)
Títulos Privados
• LTN – Letra do Tesouro Nacional • CDB – Certificado de Depósito Bancário
(dica: T apareceu “antes; então paga juros pré-fixados) • Swaps (troca de preços ou condições)
• LFT – Letra Financeira do Tesouro • Debêntures
(dica: T apareceu “depois”; então paga juros pós-fixados) • LH – Letras Hipotecárias
• RDB – Recibo de Depósito Bancário
• NTN-B – Nota do Tesouro Nacional – Série B
• CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro
• NTN-C – Nota do Tesouro Nacional – Série C Outros Títulos Públicos
• NTN-D – Nota do Tesouro Nacional – Série D
• ADA – Alongamento Dívida Agrícola
• NTN-F – Nota do Tesouro Nacional – Série F
• CFT – Certificado Financeiro do Tesouro
(dica: T apareceu “antes; então paga juros pré-fixados e no
• LFT-E e LFT-M (estadual e municipal)
caso das Notas ainda pagam correção monetária)
• Entre outros.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
A ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais foi criada em
outubro de 2009 como resultado da união da ANBID – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais com a ANDIMA – Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro.
A nova entidade representa 325 associados, entre bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset
managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento.
COMPETÊNCIAS
Condução dos Processos de Regulação e Melhores Práticas das Instituições e dos Mercados.
Códigos de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA para
→ Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários;
→ Fundos de Investimentos;
→ Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais;
→ Programa de Certificação Continuada;
• Obrigatoriedade da Certificação Profissional aos integrantes das instituições
participantes do código. (todos os profissionais envolvidos na comercialização de
produtos de investimentos, atuantes nas instituições participantes).
→ Atividade de Private Banking no Mercado Doméstico.
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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
Desempenhando uma ou mais das atividades abaixo, as lnstituições Participantes estão sujeitas às disposições
tratadas neste Código:
→ Administração de Fundos de Investimentos;
→ Gestão de carteira de Fundos de Investimentos;
→ Consultoria de Fundos de Investimentos;
→ Distribuição de cotas de Fundos de Investimentos;
→ Tesouraria de Fundos de Investimentos;
→ Controle do ativo de Fundos de Investimentos;
→ Controle do passivo de Fundos de lnvestimento;
→ Custódia de ativos de Fundos de Investimentos.
PRINCÍPIOS GERAIS
As instituições participantes devem observar, na esfera de suas atribuições e responsabilidades em relação aos
Fundos de Investimentos, as seguintes regras de regulação e melhores práticas:
→ Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos no regulamento e prospecto do
Fundo de Investimento, se for o caso, bem como a promoção e divulgação de informações a eles
relacionadas de forma transparente, inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços,
visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores;
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
→ Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda
pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo
por quaisquer infrações ou irregularidades
que venham a ser cometidas durante o período em que prestarem algum dos serviços previstos no
parágrafo primeiro do artigo segundo do código;
→ Evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos de
Investimentos;
→ Evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimentos e seus participantes,
especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições especificas de cada uma
das instituições participantes, estabelecidas em contratos, regulamentos e na legislação vigente.
PARÁGRAFO ÚNICO - Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se estabelece entre
os cotistas dos Fundos de Investimentos e a instituição participante, no momento em que é confiada á mesma a
prestação de serviço para a qual foi contratada.
CERTIFICAÇÃO CONTINUADA
Estabelecer princípios e regras para as Instituições e profissionais que atuam nos mercados financeiros e de
capitais, buscando a permanente elevação de sua capacitação técnica, bem como a observância de padrões de
conduta no desempenho de suas respectivas atividades.
Dentre os códigos de regulação e melhores práticas, o programa de certificação continuada visa à elevação
da capacitação técnica dos profissionais do mercado financeiro, além de estabelecer parâmetros para a
observância dos padrões de conduta, tanto dos profissionais quanto das instituições participantes.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
OBJETIVO E ABRANGÊNCIA
→ O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas (“Código”) é estabelecer princípios
e regras que deverão ser observados pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que
atuam nos mercados financeiros e de capitais, buscando a permanente elevação de sua capacitação
técnica, bem como a observância de padrões de conduta no desempenho de suas respectivas
atividades.
→ A observância dos princípios e regras deste Código será obrigatória para as Instituições
Participantes, assim entendidas as instituições filiadas à Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais – ANBIMA, bem como as instituições que, embora não
associadas, expressamente aderirem a este Código mediante assinatura do competente termo de
adesão.
→ As Instituições Participantes devem assegurar que o presente Código seja também observado por
todos os integrantes de seu conglomerado ou grupo financeiro. Tal obrigação não implica o
reconhecimento, por parte das Instituições Participantes, da existência de qualquer modalidade de
assunção, solidariedade ou transferência de responsabilidade entre estes integrantes. Entretanto,
todas as referidas entidades estarão sujeitas às regras e princípios estabelecidos pelo presente
Código.
Considera-se pertencente ao mesmo conglomerado ou grupo financeiro qualquer sociedade controlada,
controladora ou sob controle comum das Instituições Participantes.
→ As Instituições Participantes serão responsáveis, perante ANBIMA, pelas Ações e condutas de seus
profissionais certificados, nos termos do Código.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
3) O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto por somente três representantes, que são:
a) Presidente do Banco do Brasil, Ministro da Fazenda (Presidente) e o Presidente da República;
b) Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central;
c) Ministro do Planejamento (Presidente), o Presidente da Comissão de Valores Mobiliários e
Presidente Banco Central;
d) Presidente da Caixa Econômica Federal, Presidente da Comissão de Valores Mobiliários e
Presidente Banco Central (Presidente).
4) O Banco Central do Brasil (BACEN) é o principal poder executivo das políticas traçadas pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN). Pode-se tratar o BACEN como:
a) Um banco apenas fiscalizador do mercado financeiro, ao verificar e averiguar as instituições do
mercado, mas sem, no entanto, disciplinar o mercado e definir regras, limites e condutas;
b) Um banco executor das políticas traçadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sem,
porém, fiscalizar ou disciplinar o mercado financeiro;
c) Um banco que trabalha nas diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN), mas sem
executar propriamente as políticas já traçadas;
d) Um banco fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro, ao definir regras, limites e condutas
das instituições, e um banco de penalidades, ao ser facultadas pela legislação a intervenção e a
liquidação extra judicial e ainda executa as políticas monetárias do CMN.
5) É uma das competências privativa do Banco Central do Brasil (BACEN), relacionado à instituições financeiras:
a) Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário;
b) Fiscalizar as bolsas de valores;
c) Definir a meta de inflação;
d) Definir a taxa PTAX.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
8) A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), originalmente
criada em 1967, antes da fusão entre ANBID e ANBIMA, é uma associação que representa:
a) Somente bancos de investimento;
b) Bancos de investimento e bancos múltiplos;
c) Bancos de investimento e corretoras de valores;
d) Bancos de investimento, bancos múltiplos, corretoras e distribuidoras de valores e gestoras de
recursos.
9) A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) criou em, 1999, um
código de auto-regulação, acrescentando informações adicionais no prospectos, além das exigidas pela CVM. A
intenção da ANBIMA foi:
a) Limitar o acesso ao mercado às instituições de maior credibilidade;
b) Ampliar a transparência das emissões, permitindo a diferenciação daqueles emissores que
seguirem as recomendações da ANBIMA, através da colocação de um impresso na capa do
prospecto, afirmando que a emissão está de acordo com o código;
c) Vender para o mercado as normas e práticas definidas em seu código, de forma a melhorar a
apresentação das informações da companhia e reduzir os custos de colocação de títulos no
mercado;
d) Ampliar a transparência das emissões, diminuindo as exigências sobre as empresas emissoras
quanto às suas informações, documentos e destino de recursos.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
11) Para uma instituição financeira se configurar como banco múltiplo deve possuir, das carteiras descritas
abaixo, pelo menos:
I – Carteira Comercial
II – Carteira de Investimento
III – Carteira de Crédito Imobiliário
IV – Carteira de Desenvolvimento
V – Carteira de Aceite
VI – Carteira de Leasing
12) No desenvolvimento de suas atividades, o Banco do Brasil assume três funções. São elas:
a) Agente financeiro do governo federal, banco comercial e banco de investimento e
desenvolvimento;
b) Autoridade monetária, banco múltiplo, banco agrícola;
c) Banco de investimento, banco comercial e banco de desenvolvimento;
d) Autoridade monetária, banco comercial e banco de desenvolvimento.
13) Os órgãos que fiscalizam as instituições financeiras e os Fundos de Investimentos são respectivamente:
a) Banco Central e Banco Central
b) CVM e Banco Central
c) CVM e CVM
d) Banco Central e CVM
14) As distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) são entidades que têm objetivos:
a) Apenas de custódia de Ações e mercadorias;
b) Apenas de gestão de Fundos de Investimentos e carteiras;
c) Semelhantes as CTVM, porém de atuação mais restrita, não podendo atuar diretamente nas
bolsas de valores e mercadorias;
d) Semelhantes as CTVM, de mesma atuação, diferenciando-se das CTVM apenas no montante de
capital social.
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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
15) Sua principal função é colocar-se entre todos os compradores e vendedores do mercado de Ações,
assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua liquidação.
a) CETIP.
b) SELIC.
c) CBLC.
d) SPB.
16) Tende a reduzir o crescimento da quantidade de moeda e a encarecer os empréstimos bancários. Seu
principal argumento, é o controle da inflação.
a) Política Monetária expansionista
b) Política Monetária restritiva
c) Política Cambial
d) Política Fiscal
17) Para que possam ser classificados como bancos Múltiplos, essas entidades financeiras devem possuir
obrigatoriamente 2 carteiras. Qual das carteiras abaixo é obrigatória para os Bancos Múltiplos?
a) Carteira de Seguros
b) Carteira de Financiamentos
c) Carteira de Habitação
d) Carteira Comercial
18) Intermediário financeiro que não pode fazer a captação de depósitos a vista, nem manter contas
correntes. A captação de recursos se dá através da emissão de CDB e Administração de Fundos de
Investimentos, na maioria dos casos.
a) Banco Múltiplo
b) Banco de Investimento
c) Banco Comercial
d) Banco de Desenvolvimento Econômico e Social
19) O Conselho Monetário Nacional deliberou que a meta para a inflação deverá assumir determinada
postura. Para isso, a taxa Selic Meta deverá ser estipulada com possível alta para o próximo período.
Quem definirá qual será a taxa?
a) CVM – Comissão de Valores Mobiliários
b) COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras
c) BACEN – Banco Central do Brasil
d) COPOM – Comitê de Política Monetária
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
Módulo II
Princípios Básicos de Economia,
Finanças e Estatística
(5% a 10% do exame)
41
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
42
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade
econômica de uma região.
Na contagem do PIB, se considera apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo
de intermediário (insumos). Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando valores
gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.
Quanto à economia informal, após as mudanças metodológicas efetuadas em 2007, existe um grande esforço
por parte do IBGE no sentido de considerar esta importante fatia da economia brasileira nos cálculos oficiais do
PIB.
No Brasil, as estatísticas de volume em reais e variação trimestral são divulgadas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB leva em conta a produção de três grupos principais:
Indústria, que engloba Extrativa Mineral, Transformação, Serviços Industriais de Utilidade Pública e
Construção;
Serviços, que incluem Comércio, Transporte, Comunicação, Serviços da Administração Pública e outros
serviços.
43
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Calculado a partir dos dados de consumo, investimentos, compras do governo (gasto público) e exportações
líquidas (exportações menos Importações).
C = Consumo
I = Investimento
G = Gasto Público PIB = C + I + G + (Exp – Imp)
Exp. = Exportação
Imp. = Importação
PIB Nominal, é a soma dos valores monetários (em reais) dos produtos e serviços
finais. Pode ser medido de duas maneiras: PIB Produção Agregada e PIB Consumo
Agregado.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
ÍNDICES DE INFLAÇÃO
Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Isso é equivalente ao
aumento no nível geral de preços. Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação
chamada de estabilidade de preços.
De um modo geral, a palavra inflação é usada como aumento de preços. Outra distinção também se faz quando
se analisam os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação se traduz mais por uma
desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de
dinheiro e aumento dos preços.
Os dois principais índices de inflação utilizados atualmente no Brasil são o IPCA, que mede a inflação na
ponta da cadeia de consumo (consumidor), e o IGP-M, que é um índice geral de preços, que tem em sua
composição tanto a variação dos preços no atacado, como também na ponta da cadeia de consumo
(consumidor).
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
I PC A
Índice de Preços ao Consumidor Amplo é um índice medido e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), calculado desde 1980, semelhante ao INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos,
qualquer que sejam as fontes de rendimentos dessas famílias. A pesquisa é feita em 9 regiões metropolitanas,
(Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, e
também, no Distrito Federal e na cidade de Goiânia.
É o índice oficial utilizado pelo BACEN para análise e cumprimento da Meta Inflacionária estipulado pelo
CMN.
Sua medição é mensal, e o período de coleta de dados para a medição em geral, se dá entre os dias 01 a
30 do mês referenciado.
IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado, medido pela FGV, (Fundação Getúlio Vargas). O IGP-M é pesquisado
entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte.
O índice de março, por exemplo, é medido entre os dias 21 de fevereiro e o dia 20 de março.
Várias espécies de contratos do nosso dia a dia são atrelados ao IGP-M, um exemplo, são os contratos de
locação de imóveis.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de unidades de moeda de um país
necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em outras palavras, é o preço de uma
moeda em termos de outra.
→ Parâmetro para operações oficiais no comércio exterior.
→ Sua cotação de venda (compra) é calculada pelo Banco Central, com base na taxa média ponderada
pelos volumes, das operações no mercado interbancário de moeda estrangeira no decorrer de um dia.
PTAX é a taxa média de venda (compra) do dólar comercial ponderada em valor, apurada pelo BACEN ao
final de cada dia e que serve como referencia para os negócios com dólar.
A cotação de venda (compra) da PTAX, divulgada pelo BACEN as 17h30 de cada dia, é calculada com
base no resultado da taxa média, ponderada pelos volumes negociados, das operações no mercado
interbancário de câmbio, com liquidação em D+2, obtida após o expurgo de uma parcela dessas operações
(cujo volume não seja superior a 5% do volume negociado no dia). O expurgo é feito para eliminar possíveis
operações outliers (operações que tenham sido fechadas com taxas muito discrepantes em relação a media do
dia).
A administração da taxa de câmbio como instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre um
país e o conjunto dos demais países, é a POLÍTICA CAMBIAL. Por isso, a taxa de câmbio recebe tanta atenção:
se a moeda interna se desvaloriza frente a outras moedas, favorece-se a exportação e dificulta-se a
importação. Em contrapartida, se o real se valoriza, a importação é favorecida e a exportação dificultada. A
definição de uma boa política cambial, (seja em regime de câmbio fixo ou flutuante), é um dos fatores de atração
de capitais estrangeiros.
Atenção!
Desvalorização da moeda interna = favorecimento às exportações
Valorização da moeda interna = favorecimento às Importações
Exemplo:
Se a cotação do Dólar estiver em R$ 3,00, significa que são necessários 3 unidades de Real
para comprar uma unidade de dólar.
Se taxa de câmbio sobe para R$ 3,20, significa que são necessários mais unidades de real para
comprar a mesma quantidade de dólar, configurando assim a DESVALORIZAÇÃO do Real.
Se a taxa de câmbio cai para R$ 2,80, significa que são necessários menos unidades de real
para comprar a mesma quantidade de dólar, configurando assim a VALORIZAÇÃO do Real.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
TÍTULOS PÚBLICOS
O tesouro nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de captação de recursos para
financiar atividades do governo federal, tais como educação, saúde e infra estrutura. Os títulos são uma opção
de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da união. A emissão dos títulos são
utilizadas para:
→ Antecipação de receita fiscal e financiamento do déficit orçamentário
→ Um dos instrumentos da política monetária. (Open Market)
Os títulos públicos federais são remunerados pela taxa Selic, e são títulos de altíssima liquidez, e o risco
de crédito é considerado zero.
TAXA SELIC
Selic Meta – É a taxa básica da economia do país, definida pelo Copom, como sendo a
taxa adequada para cumprir a meta da inflação.
Selic Over é a taxa apurada diariamente pelo BACEN, de acordo com a remuneração
média dos títulos públicos federais, provenientes das operações compromissadas de
um dia. (operações compromissadas são aquelas em que o vendedor assume o
compromisso da recompra desses títulos, para liquidação no dia útil seguinte). É
expressa na forma anual, ano base de 252 dias úteis, sendo a taxa efetivamente
praticada no mercado interfinanceiro. Algumas vezes, pode diferir um pouco da taxa
SELIC determinada pelo Copom em suas reuniões.
Sua composição tem por base a diretoria do BACEN. Com a implementação do regime de “metas para a
inflação”, em 1999, como diretriz de política monetária, as decisões do COPOM passaram a ter como objetivo
cumprir as metas para a inflação, definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Na reunião do COPOM, que hoje acontece a cada 45 dias, é fixada uma taxa de juros que é a meta para a taxa
SELIC, que vigora pelo período compreendido entre uma e outra reunião ordinária do Comitê.
Dependendo do caso, o COPOM pode também definir o viés, que é a prerrogativa dada ao Presidente do
Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta para a taxa SELIC a qualquer momento que julgar
necessário, entre as reuniões ordinárias. Assim, o viés pode ser de alta ou de baixa. Se não for definido viés, ela
é divulgada “sem viés”.
Ao final da reunião, é divulgada a meta da taxa SELIC e também do viés, se houver.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
TR – TAXA REFERENCIAL
Taxa básica e referencial dos juros a serem praticados no mês. A caderneta de poupança a utiliza nos cálculos
de seus rendimentos, e também serve como referencial para alguns títulos públicos, empréstimos do SFH –
Sistema Financeiro da Habitação. Para que a TR seja calculada, é necessário que antes se tenha calculado a
TBF.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
TAXA DE JUROS
São fundamentais para a economia e também para o mercado financeiro, e de fundamental importância para as
decisões de investimento ou de consumo. A taxa de juros é um preço muito relevante, porque é o preço de uma
mercadoria especial: o dinheiro, e está diretamente associado a riscos e a liquidez.
Taxa de juros, descontada a inflação, que manteria o nível de preços constante e a economia a pleno emprego.
Taxas mais baixas causariam inflação e taxas mais altas, deflação.
Teoricamente a taxa de equilíbrio, em outros países, situa-se próximo de 1% a 2 % ao ano.
A relação entre a taxa de juros e o preço é inversamente proporcional. Se a taxa sobe, o preço cai. Se a taxa cai,
o preço sobe.
Em vista de uma elevação futura na taxa de juros, o preço de um título de taxa prefixada cai, enquanto no
cenário de uma diminuição futura na taxa de juros, o preço de um título de taxa pós fixada cai.
Entenda o conceito:
Juros com tendência de alta, valorizam os títulos pós fixados (LFT, por exemplo), e desvaloriza os títulos
prefixados (LTN, por exemplo).
Juros com tendência de queda, valorizam os títulos pré fixados (LTN, por exemplo) e desvaloriza os títulos pós
fixados (LFT, por exemplo).
Assim, podemos definir o benchmark como um referencial para comparação. Quando falamos de investimentos,
se quisermos uma aplicação cujo rendimento acompanhe as taxas de juros vigentes no mercado, um bom
referencial ou benchmark seria o CDI. Perceba que um investimento que usa o CDI ou a SELIC como
benchmark é adequado para investidores conservadores.
A taxa de câmbio é um bom referencial para investimentos cuja rentabilidade esteja atrelada às variações da
moeda, como os Fundos Cambiais, que são uma opção para o investidor proteger-se do risco cambial, se tiver
alguma dúvida em moeda estrangeira.
Se o objetivo for manter o poder de compra do dinheiro em reais, o investimento ideal é o que tenha como
benchmark o IGP-M, pois este índice registra a evolução dos preços como medida síntese da inflação.
Por fim, se o investimento for em Ações, um referencial possível passa a ser o IBOVESPA.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Como as Ações que fazem parte dessa carteira tem grande representatividade, podemos dizer que se a maioria
delas estiver em ascensão, o mercado está em alta, de acordo com a medição do Índice Bovespa, e, se
estiverem caindo, está em baixa.
É um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 Ações selecionadas entre
as mais negociadas na BOVESPA, em termos de número de negócios e volume financeiro. Essas Ações são
ponderadas na carteira do índice pelo seu respectivo número de Ações disponíveis à negociação no mercado.
Já há alguns anos iniciou-se uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente
responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos.Tais aplicações, denominadas “investimentos
socialmente responsáveis” (“SRI”), consideram que empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo
prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Essa demanda veio
se fortalecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no
mercado internacional.No Brasil, essa tendência já teve início e há expectativa de que ela cresça e se consolide
rapidamente. Atentas a isso, a BM&FBOVESPA, em conjunto com várias instituições – ABRAPP, ANBIMA,
APIMEC, IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – decidiram unir esforços para criar um
índice de Ações que seja um referencial para os investimentos socialmente responsáveis, o ISE - Índice de
Sustentabilidade Empresarial.
51
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Imagine que, um investidor ganhou R$ 1.200.000,00 (valor líquido), na loteria, e resolveu viver, exclusivamente,
deste prêmio.
Gastou uma parte do prêmio adquirindo alguns bens, e aplicou R$ 1.000.000,00 num fundo de investimento.
Este fundo rendeu já descontado o imposto de renda, após um mês, 10%, que é igual ao valor de R$
100.000,00.
Este valor do rendimento foi totalmente retirado pelo investidor, para seus gastos mensais, ficando investido
ainda, o mesmo valor inicial. Neste cenário, o que aconteceria com o investidor, caso o mesmo continue agindo
assim, retirando mensalmente os rendimentos?
Seu poder de compra referente aos recursos aplicados, fatalmente vai ficando menor. O que podia ser comprado
com R$ 1.000.000,00 no mês anterior, já não se compra nesse mês, porque a inflação do período corrói o poder
de compra da moeda.
Em resumo, a taxa de 10%, é uma taxa nominal, que não considera o efeito corrosivo da inflação sobre o
dinheiro.
Se o investidor quiser preservar e manter seu poder de compra, ele deve considerar os efeitos da inflação sobre
o investimento. Para isso, supomos que, no período do investimento, a inflação medida pelo IGP-M tenha sido
de 4%. Para manter seu poder de compra e saber o quanto pode resgatar sem comprometê-lo, o cliente tem que
encontrar a taxa real de juros.
Quando houver deflação, a taxa nominal será menor que a taxa real. (10% (1.10) / -4% (0.96) >14%)
52
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Vamos primeiro, a uma breve introdução sobre juros simples e juros compostos.
Juros Simples
Os juros de cada período são calculados sempre em função do capital inicial empregado. No regime de juros
simples, o percentual de juros a ser pago sobre o empréstimo corresponde simplesmente à taxa de juros sobre o
principal (valor financiado). Então, por exemplo, um empréstimo pelo período de 10 meses, com uma taxa de
juros de 5% ao mês, pagará um total de 50% de juros (10 meses x 5%).
Podemos traduzir isso, na seguinte fórmula:
Onde:
FV = Valor Futuro
PV = Valor Presente
I = taxa de juros (na forma decimal, ou seja, dividida por 100)
N = prazo da operação
FV = PV x (1 + I x N)
53
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Juros Compostos
Neste caso, os juros são calculados de forma diferente. Aplica-se a taxa sobre o saldo existente no início do
período correspondente. O valor dos juros não pagos incorpora-se ao principal. Tomando-se como exemplo um
empréstimo no valor de R$ 10.000,00, pelo prazo de 3 meses, com juros de 5% ao mês:
N
FV = PV x (1 + I)
FV = 10.000,00 x (1 + 0,05)³
FV = R$ 11.576,25
1º mês
Saldo = R$ 10.000,00 + 5% = 10.500,00
2º mês
Saldo = R$ 10.500,00 + 5% = 11.025,00
3º mês
Saldo = R$ 11.025,00 + 5% = 11.576,25
Ao falar de Juros Simples, falamos de Taxa Proporcional, no sentido de que o valor de juros é proporcional
apenas ao tempo (a proporcionalidade linear é uma característica da capitalização simples). Logo, taxas
proporcionais de:
→ 3% ao mês, para 10 meses correspondem a 30%;
→ 12% ao ano, para 3 meses correspondem a 3%, e assim em diante.
Ao falar de Juros Compostos, falamos de Taxas Equivalentes, ditas assim quando produzem o mesmo
montante no final de determinado tempo, pela aplicação de um capital inicial de mesmo valor. Logo, taxas
equivalentes de:
→ 3% ao mês, para 10 meses, correspondem a 34,39%;
→ 12% ao ano, para 3 meses, correspondem a 2,87%
54
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
O tomador, com certeza vai querer pagar menos juros. Quem empresta, certamente vai querer receber mais
juros.
Devemos observar que no regime de Capitalização Simples, as taxas são proporcionais, e no regime de
Capitalização Composta, as taxas são equivalentes.
É importante, para determinar qual regime gera mais juros, o prazo da operação e também o período de
capitalização da taxa. Acompanhe:
55
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Somente é possível indicar qual é a melhor opção de investimento após fazer a análise do fluxo de caixa e
transformar cada proposta em seu valor equivalente à vista
Lembre-se de que dois ou mais fluxos de caixa são equivalentes quando existir uma taxa – Taxa Interna de
Retorno (TIR) única, que torne seus valores presentes líquidos iguais.
VF
VP = -------- n
TAXA DE DESCONTO – ANTECIPA A VALOR PRESENTE (1+i)
Também conhecida como Taxa Mínima de Atratividade. É a taxa de rentabilidade mínima que uma operação
deve ter para ser interessante para o investidor. Por essa razão, na sua definição devem ser levados em conta o
risco e o prazo, associados com o fluxo de caixa futuro.
É a soma das entradas e saídas, descapitalizadas, uma a uma, até o momento zero. Consiste num cálculo
que permite comparar valores diferentes, em prazos diferentes, na mesma base de tempo.
A ser comparado com o investimento inicial projetado.
O valor presente líquido indica o potencial de criação de valor de um investimento. Se o VPL for positivo, maior
que zero, significa que o investimento agregará valor adicional ao investidor, ou seja, VPL positivo
significa que todos os agentes financiadores do projeto ou empreendimento (o próprio investidor e credores)
estão sendo remunerados.
Nos casos em que o VPL for menor que zero, significa que o investimento destruirá valor do investidor. Nesses
casos, o investimento, projeto ou empreendimento não deverá ser aceito.
56
MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
É a taxa que torna nulo o Valor Presente Líquido de um fluxo de caixa. A Taxa Interna de Retorno é
também chamada de Taxa Efetiva de Rentabilidade – IRR (Internal Rate of Return).
A TIR faz com que o VPL de um projeto seja igual a zero. Isso significa que projetos com taxa de desconto (Td),
também chamada de taxa mínima de atratividade, superior à TIR, devem ser rejeitados. Por outro lado, os
projetos com taxa de desconto inferiores à TIR devem ser aceitos.
Após determinar a TIR do projeto, devemos compará-la com sua TMA – Taxa Média de Atratividade. O projeto
será considerado rentável e, portanto, atraente do ponto de vista econômico se sua TIR for, no mínimo, igual à
TMA, ou seja, a TIR deve ser maior ou igual à TMA.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
É a taxa de juros que o investidor ganharia se aplicasse o dinheiro no considerado melhor investimento
alternativo, com riscos e prazos similares.
O custo de oportunidade pode ser interpretado como o custo da renúncia a um investimento líquido e certo.
É a taxa aplicada sobre os títulos chamados soberanos, ou de governos, desde que o título seja
resgatado apenas no vencimento.
O Governo (Tesouro Nacional) toma dinheiro emprestado emitindo títulos que ficam em poder dos investidores.
Esses títulos são considerados pelo mercado financeiro como ativos livres de risco,
pois seu resgate é assegurado pelas receitas provenientes de arrecadação de impostos.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
É a média ponderada do montante do capital próprio e do capital de terceiros por suas respectivas taxas
de captação.
A média do WACC (Weighted Average Cost of Capital) = Custo Médio Ponderado de Capital é calculada pela
seguinte fórmula:
Exemplo:
60% de 10% = 6%
40% de 30% = 12%
Custo Médio: 18% a.a.
Na fórmula são desconsiderados os aspectos tributários.
A alavancagem indica em que medida uma empresa utiliza capital de terceiros. Dado que uma empresa
com dívidas (recursos de terceiros) precisa fazer pagamentos de juros, independentemente de seu
faturamento, a alavancagem financeira diz respeito aos custos fixos de financiamento de uma empresa.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Por várias razões, as técnicas estatísticas apresentaram grande avanço nos últimos anos.
A grande quantidade de informações à disposição da sociedade;
a necessidade de resultados cada vez mais precisos para auxiliar as análises dos mais variados temas;
a utilização de fatos e dados em basicamente todas as ciências; o avanço tecnológico com o desenvolvimento
de métodos e de sofisticados programas de cálculo;
a necessidade de minimizar as possibilidades de erro nas decisões;
a exigência de mensurar os riscos dos investimentos e as probabilidades de retorno dos ativos são exemplos de
situações que forçaram o avanço das técnicas estatísticas.
RETORNO HISTÓRICO
É a série histórica dos retornos de um investimento, que se constitui em base de dados essencial para
avaliação do retorno futuro esperado do negócio em estudo.
O retorno histórico muitas vezes constitui-se em benchmark — referência de performance — para efeitos
comparativos de investimentos.
Lembre-se de que retornos passados não são garantia de retornos equivalentes futuros.
RETORNO ESPERADO
“O retorno esperado está vinculado aos fluxos incertos de caixa do investimento, sendo determinado pela
ponderação entre os valores financeiros esperados e suas respectivas probabilidades de ocorrência”. (Assaf,
2003, p. 288).
O retorno esperado é permeado por uma componente fundamental que é a incerteza da ocorrência do
resultado esperado. Ela é uma variável importante e deve ser considerada na mensuração e análise do
risco das operações.
Vimos que cada vez mais os agentes que investem no mercado desejam informações em relação ao risco das
operações e garantias quanto aos retornos esperados.
Por esse motivo, é importante proceder à mensuração do risco — ocorrência ou não do resultado esperado —
que é obtida, geralmente, por meio de critérios probabilísticos. Nessa mensuração são atribuídas probabilidades
objetivas e subjetivas aos possíveis resultados do investimento
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
→ De um ativo
Vamos analisar dois títulos, A e B, com retorno e probabilidades distintas para os possíveis resultados dos
investimentos.
E (RA) = (0,07x0, 10) + (0,12x0, 30) + (0,15x0, 40) + (0,20x0, 20) = 0, 143 ou 14,3%
E (RB) = (-0,05x0, 20) + (0,0x0, 30) + (0,10x0, 40) + (0,30x0, 10)
E (RB) = 0,06 ou 6%
Onde,
E (RA) – Retorno esperado com o título A
E (RB) – Retorno esperado com o título B
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
→ De uma carteira
No caso de portfólios, o retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é calculado pela média
ponderada do retorno de cada ativo, em relação a sua participação no total da carteira.
O retorno esperado ponderado da carteira é obtido da seguinte forma:
E (Rp) = Rp = [W x Rx] + [(1 – W) x Ry]
Onde,
E (Rp) =Rp – Retorno esperado ponderado da carteira
W – Percentual da carteira aplicado na ação X
(1 – W) – Percentual da carteira aplicado na ação Y
Rx – Retorno esperado das Ações X
Ry – Retorno esperado da Ações Y
Conclusão
Se a carteira fosse composta apenas pelo ativo X, o retorno da carteira se confundiria com o retorno do título, ou
seja, 20%.
Como a carteira é composta por 40% em X e 60% em Y, o retorno esperado é de 32%, que é o resultado da
ponderação entre os retornos esperados dos ativos por sua participação na carteira.
Da mesma forma, se a carteira fosse composta apenas pelo título Y o retorno esperado seria o mesmo retorno
esperado para o título Y, ou seja, 40%.
Na análise do retorno de uma carteira devemos verificar, simultaneamente, o risco proporcionado pela
composição de ativos, sendo que a melhor alternativa é aquela que proporciona a melhor relação retorno/risco,
considerando o perfil de risco proposto.
o objetivo básico do estudo de carteiras de ativos, de acordo com a teoria do portfólio, é selecionar a carteira
definida como ótima com base no critério de investimento proposto, ou seja:
selecionar a carteira que oferece o maior retorno possível para um determinado grau de risco; ou, dito de
forma idêntica;
selecionar a carteira que produza o menor risco possível para um determinado nível de retorno esperado
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Identificam o valor central de um conjunto para tipificar ou representar melhor esse conjunto. São medidas de
posição:
MÉDIA
É a medida de tendência central utilizada com maior freqüência.
Existem vários tipos de médias, dentre elas a média aritmética simples, a média aritmética ponderada, a média
harmônica e a média geométrica.
Média aritmética simples – é calculada pela divisão entre a soma do conjunto de valores e o número de
valores contidos nesse conjunto.
Média aritmética ponderada – é utilizada quando se atribuem diferentes pesos a cada elemento do
conjunto de informações.
Média harmônica – é obtida por meio do inverso da média aritmética dos inversos dos valores
considerados.
Média geométrica – representa a raiz quadrada elevada a “n” do produto de “n” valores.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
MEDIANA
Expressa o valor que divide um conjunto de valores pela metade, ou seja, exatamente em duas partes
iguais. Requer ordenação dos valores em ordem crescente.
Se escolhermos 5 pessoas com as idades de 10, 25, 32, 43 e 60 anos, ao calcularmos a mediana das idades do
grupo teremos:
Imagine que uma pessoa com 47 anos de idade seja incorporada ao grupo:
MOD A
Representa o valor encontrado com maior freqüência num conjunto de observações. Determina sobre
qual valor encontra-se uma maior concentração de freqüência.
Quando se afirma que o índice de endividamento modal das 10 maiores empresas de determinada região do
país é de 46%, significa que este é o nível de endividamento apresentado pelo maior número de empresas
consideradas na amostra.
Modal = Para dados agrupados costuma-se citar classe modal ao invés de uma única moda.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
MEDIDAS DE DISPERSÃO
Descrevem se os dados do conjunto estão próximos ou distantes um do outro. A média é o ponto de referencia
para medir a dispersão. São medidas de dispersão:
As medidas de dispersão são de grande auxílio na obtenção de uma forma de medir o grau de distribuição ou de
concentração de um determinado dado em uma amplitude.
Na análise estatística de dados, a dispersão é usada para indicar o grau de afastamento de uma determinada
observação, a partir da média das observações.
VARIÂNCIA
Consiste na média dos desvios quadrados de um dado da série, em relação à média da série. As
observações são elevadas ao quadrado para evitar o sinal negativo de alguns desvios. Quanto maior a
variância, maior será a dispersão.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
É a medida que permite visualizar a quantidade mínima e a quantidade máxima alcançadas por um valor,
na dispersão das observações, em relação à média constituindo um intervalo em torno da média, onde
se situam aproximadamente 2/3 das observações.
É uma medida de risco relativo.
Se o desvio padrão é pequeno, significa que as observações estão concentradas em torno da média. Se o
desvio padrão é grande, significa que as observações estão dispersas (mais distantes) da média.
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância, sendo representado pela letra grega sigma – .
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
CORRELAÇÃO
Essa medida fornece informações importantes, pois sua fórmula inclui os resultados de média, variância, desvio
padrão e covariância.
Indica a maneira como duas ou mais variáveis se movem em conjunto.
A quantificação desse relacionamento entre as variáveis é obtida por cálculos estatísticos que resultam no
coeficiente de correlação, que pode variar de + 1 a - 1.
O coeficiente ou índice de correlação é calculado com base na covariância e desvio padrão.
Correlação Negativa – movimento das variáveis em direções opostas. Quanto mais próxima de (-1) esta
relação é mais sólida.
Correlação Positiva – movimento das variáveis na mesma direção. Quanto mais próximo de (+1) esta relação
é mais sólida.
COVARIÂNCIA
Suponha que um investidor deseje comprar Ações de uma determinada empresa do ramo de siderurgia. É
recomendável que ele conheça a correlação entre o grau de endividamento da empresa e o grau de
crescimento das empresas do setor. Essa informação irá ajudá-lo na decisão de compra.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
Uma distribuição de dados dita como normal conta com algumas importantes propriedades:
Seus dados possuem uma classe média predominante e as outras classes se distribuem a volta desta de forma
aproximadamente simétrica, e com freqüência a decrescer a medida que se afastam da classe média.
Organizados em uma distribuição de freqüência, sua média é igual a zero e sua variância é igual a 1.
Aproximadamente 68% de seus elementos estão no intervalo de seu desvio padrão e ao calcularmos dois
desvios padrões cobriremos aproximadamente 95% de seus elementos.
INTERVALO DE CONFIANÇA
É a medida estatística que nos permite inferir sobre a probabilidade de um evento ocorrer dentro dos
limites estabelecidos e com um grau de confiança pelo menos igual ou superior a 95%.
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
3) Em uma distribuição normal, espera-se estatisticamente que um desvio padrão e dois desvios padrão
englobem respectivamente
a) 95,5% e 68,3% da distribuição total
b) 68,3% e 95,5% da distribuição total
c) 95,5% e 99,7% da distribuição total
d) 99,7% e 95,5% da distribuição total
4) Um investidor possui uma sala comercial que pode ser alugada por R$ 800,00 por mês. O investidor
proprietário, que é consultor, decide montar seu escritório nessa sala comercial de sua propriedade, sem
investimentos, e obtém de seu escritório um lucro de R$ 7.000,00 ao mês. O custo de oportunidade
desse investimento corresponde a:
a) R$ 7.000,00
b) R$ 7.800,00
c) R$ 800,00
d) R$ 6.200,00
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
6) O Índice De Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE serve de referência para fixar a
meta de:
a) Referencial
b) De redesconto bancário
c) De inflação
d) CDI-CETIP
7) O Índice Geral de Preços (IGP-M) calculado pela FGV é composto da seguinte forma:
a) 40% de IPA, 20% de IPC e 40% de INCC
b) 40% de IPA, 40% de IPC e 20% de INCC
c) 60% de IPA, 10% de IPC e 30% de INCC
d) 60% de IPA, 30% de IPC e 10% de INCC
10) Um determinado pais esta em recessão e o banco central decide estimular a economia via política
monetária. Pode-se
a) Comprar títulos no mercado aberto
b) Vender títulos no mercado aberto
c) Aumentar o compulsório
d) Aumentar a taxa de redesconto
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
12) Determinado país sofreu deflação no ano passado. Baseados nessa informação podemos afirmar que
nesse país, ano passado, os juros nominais foram:
a) Maiores que os juros reais
b) Menores que os juros reais
c) Iguais aos juros reais
d) Negativos
14) A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que torna o valor presente líquido (VPL)
a) Positivo
b) Negativo
c) Nulo
d) Não há relação entre a TIR e o VPL
16) Movimento das variáveis em direções opostas. Quanto mais próxima de (-1), esta relação é mais sólida.
Essa definição corresponde a:
a) Correlação Negativa
b) Correlação Positiva
c) Correlação Mediana
d) Correlação Correlata
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
18) A soma das entradas e saídas, descapitalizadas, uma a uma, até o momento zero. Cálculo que permite
comparar valores diferentes, em prazos diferentes, na mesma base de tempo. Essa é a definição de:
a) Taxa de Desconto
b) Fluxo de Pagamentos
c) Valor Presente Líquido
d) Capitalização Composta
19) Principal indicador do desempenho do mercado de ações no Brasil. Retrata a evolução das principais
ações negociadas na Bovespa.
a) IBRX
b) PTAX
c) ISE
d) IBOVESPA
20) A taxa de juros que o investidor ganharia se aplicasse o dinheiro no considerado melhor investimento
alternativo, com riscos e prazos similares. Com essa definição, indicamos:
a) Taxa Livre de Risco
b) Custo Médio Ponderado de Capital
c) Taxa Média de Atratividade
d) Custo de Oportunidade
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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
Módulo III
Fundos de Investimentos
(16% a 25%)
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
74
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Fundo de Investimento – FI
É uma espécie de condomínio de investidores, uma comunhão de recursos, que funciona da seguinte maneira:
o dinheiro é entregue a um profissional que irá administrá-lo. Cabe a ele encontrar os investimentos disponíveis
no mercado (Ações, títulos, entre outros), que são chamados de ativos, que podem oferecer a melhor
rentabilidade ao recurso que irá aplicar, observadas as disposições gerais e especificas da constituição da
carteira e de acordo com a classe do fundo.
O segredo dos Fundos de Investimentos é a idéia do condomínio – a aplicação em conjunto – ou seja, embora
os aplicadores tenham o direito de resgatar suas cotas a qualquer momento, nem todos o fazem ao mesmo
tempo, isto é, sempre fica uma grande soma disponível, que pode ser aplicada em títulos mais rentáveis.
As instituições financeiras estruturam seus fundos de acordo com algumas variáveis determinadas pela CVM
como, por exemplo, os limites de composição da carteira de cada tipo de fundo que, por sua vez, vão determinar
o perfil de liquidez do mesmo.
Entretanto, vai ser a variável da escolha da composição risco/rentabilidade (retorno) desejada pelo gestor do
fundo que vai criar a “personalidade” de cada fundo e atrair cada perfil de investidor.
Para medir a volatilidade de um fundo, considera-se a variação diária do valor da cota em determinado período
de dias úteis. Compara-se a variação sucessiva a cada dia nas cotas, e utilizando-se um algoritmo matemático,
chega-se a um índice da volatilidade que determina o grau de risco para o investidor.
São os Fundos de Investimentos que investem adquirindo cotas de outros Fundos de Investimentos já
existentes, ao invés de comprarem ativos para a composição de sua carteira. Devem possuir, no mínimo 95% do
seu patrimônio líquido em cotas de Fundos de Investimentos – FI de mesma classe.
São aqueles cujos recursos são destinados à aquisição de cotas de um fundo de investimento – FI.
Deverá manter no mínimo 95% de seu patrimônio, investidos em cotas de fundo de investimentos da
mesma classe, exceto os FIC´s classificados como “Multimercado”, que podem investir em cotas de
fundos de classes distintas.
Os demais 5% do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em depósitos a vista ou aplicados em Títulos
Públicos Federais, Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira e/ou operações compromissadas,
de acordo com a regulação especifica do Conselho Monetário Nacional – CMN. Deverá ainda, constar da
denominação do fundo a expressão “Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimentos”, acrescida
da classe dos fundos investidos de acordo com a regulação específica. Os percentuais referidos deverão ser
cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia imediatamente anterior.
Ampliar as possibilidades de investimento ao investidor é um dos maiores diferenciais dos FIC´s.
75
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
São os termos específicos estabelecidos no regulamento de cada fundo dentro dos limites das Instruções, seja
ele um fundo de investimento ou um fundo de investimento em cotas de Fundos de Investimentos, com as
restrições de diversificação de sua classe, que determinam como os recursos financeiros de seu patrimônio
líquido estarão aplicados, em títulos e valores mobiliários, em ativos financeiros e em modalidades operacionais
disponíveis no mercado financeiro e de capitais, sendo que:
→ O fundo não pode exceder em 10% do seu patrimônio liquido o valor total aplicado em títulos de emissão
ou com coobrigação de uma mesma pessoa jurídica, de seu controlador, de sociedades por ele direta ou
indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum, bem como de um
mesmo estado, município, ou pessoa física. Esse limite sobe para 20% quando se tratar de títulos de
emissão ou com coobrigação de uma mesma instituição financeira, de seu controlador, de sociedades
por ele direta ou indiretamente controladas e de suas coligadas sob controle comum. Não há restrição de
limite para o valor total aplicado em títulos públicos federais e em operações compromissadas nele
lastreadas (todas as determinAções desse item não se aplicam a classe de fundo de Ações). Tais limites
devem ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia útil imediatamente
anterior;
→ O regulamento do fundo é soberano para dispor sobre o percentual máximo de aplicação em cotas de
Fundos de Investimentos administrados por seu administrador, gestor ou empresa que a eles esteja
ligada;
→ O fundo não pode adquirir cotas do fundo que nele tiver investido.
Ativos cuja liquidação possa ser feita por meio da entrega de produtos, mercadorias ou serviços, deverão:
1- Ser negociados em bolsa de mercadorias e futuros que garantam sua liquidação
2- Ser objeto de contrato que assegure ao fundo o direito de sua alienação antes do vencimento, com
garantia de instituição financeira ou de seguradora.
76
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Os Fundos de Investimentos são geralmente administrados por instituições financeiras que tem outras funções
no mercado financeiro. Para evitar conflitos entre interesses do administrador e dos clientes que tem seus
recursos por ele administrados, teria que haver uma barreira instransponível separando os recursos próprios do
banco e os recursos dos clientes (terceiros). A essa barreira o mercado deu o nome de Chinese Wall, que, para
o mercado financeiro, visa proteger os recursos que estão nos Fundos de Investimentos e, portanto, pertencem
aos clientes, quanto ao uso de informações não publicas, evitando seu uso ilegal.
A segregação dessas atividades pode ser promovida mediante a contratação de empresa especializada na
prestação de serviços de gestão de recursos de terceiros ou, por meio da designação de membro da diretoria, ou
se for o caso, sócio gerente, tecnicamente qualificado, para responder, civil, criminal e administrativamente, pela
gestão e supervisão dos recursos de terceiros, bem como pela prestação de informações a eles relativas.
O gerenciamento do dinheiro da instituição financeira não pode ficar sob a mesma tutela do gerenciamento do
dinheiro dos Fundos de Investimentos. Por isso, existem as Asset´s, para evitar o conflito de interesses.
Os Fundos de Investimentos não contam com a cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Créditos. O FGC só
protege contra problemas verificados em instituições financeiras, e não em Fundos de Investimentos.
77
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
CONDOMÍNIO
Significa que cada investidor detém uma parte do valor que está aplicado. Se for composto por vários
“condôminos” (a qualidade de condômino num fundo de investimentos caracteriza-se pela abertura de conta de
depósito em seu nome. Nessa conta, serão mantidas as cotas de cada investidor), os fundos tem um poder
maior de negociação do que investidores isoladamente, e, ao aplicar num fundo de investimento, o cliente terá
seu dinheiro administrado por profissionais especializados na análise das alternativas de investimento, que
buscam a melhor relação risco/retorno para o investimento.
No caso do investimento se tratar de um condomínio, a rentabilidade gerada será atribuída a cada investidor, na
mesma proporção de sua participação no fundo. Será adotado o mesmo procedimento com relação às despesas
geradas pelo fundo.
COTA
As cotas do fundo, que conferem iguais direitos e obrigações aos seus cotistas, correspondem a frAções
ideais de seu patrimônio, e são escriturais e nominativas.
O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio liquido pelo número de cotas do
fundo, apurados, ambos, no momento de fechamento dos mercados em que o fundo atue.
Para os fundos de curto prazo, referenciados, de renda fixa, de Ações e cambial, o valor da cota do dia poderá
ser calculado a partir do patrimônio liquido do dia anterior, devidamente atualizado. Nesse caso o regulamento
do fundo deverá definir se os ajustes decorrentes das movimentações do dia (aplicações e resgates) serão
debitados aos investidores que aplicarem no dia, aos que resgatarem no dia, ou ao patrimônio do fundo.
Num fundo aberto, a cota não pode ser objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, execução
de garantia, ou sucessão universal.
Por outro lado, a cota de um fundo fechado pode ser transferida, mediante termo de cessão e transferência
desde que assinado pelo cedente e pelo cessionário ou, então através de bolsa de valores ou entidade de
balcão organizado em que as cotas do fundo tenham sido admitidas à negociação.
Se o patrimônio liquido do fundo ficar negativo, o prejuízo é assumido pelos cotistas, mas o
administrador e o gestor, se houver, serão responsabilizados perante os cotistas, caso tal fato ocorra pela
inobservância da política de investimentos ou dos limites de concentração previstos em regulamento. Na
emissão de cotas, deve-se utilizar valor da cota do dia ou do dia seguinte ao da efetiva disponibilidade, pelo
administrador ou intermediário, conforme previsto em regulamento.
A cota de um fundo de investimento é um valor mobiliário, e por este motivo, todos os Fundos de
Investimentos são regulados e fiscalizados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
78
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Cota de Abertura
Reflete os preços de mercado do dia anterior e é, na verdade, a cota de fechamento do dia anterior. Quando o
fundo utiliza cota de abertura, o investidor sabe, no momento da aplicação, o valor da cota que será utilizada
para converter seu capital bem como a quantidade de cotas que adquiriu. Portanto, o regulamento do fundo
poderá estabelecer que o valor da cota do dia será calculado a partir do patrimônio liquido do dia anterior,
devidamente atualizado por um dia, quando se tratar dos Fundos de Investimentos classificados como Curto
Prazo, Renda Fixa, Referenciado, Exclusivos e Previdenciários.
Cota de Fechamento
Calculada com base nos preços de mercado do dia, sendo apurada ao final do dia. Quando um fundo utiliza cota
de fechamento, o investidor não sabe no momento da compra, a quantidade de cotas que adquiriu. Geralmente é
utilizada em fundos em que os papéis que compõem sua carteira tem alta volatilidade.
Fundos de Investimentos classificados como Ações e Cambiais são exemplos de fundos que utilizam cota de
fechamento.
INFORMAÇÕES GERAIS
As deliberações da assembléia geral são tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota o direito a um voto.
79
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Somente podem votar na assembléia geral os cotistas do fundo inscritos no registro de cotistas na data da
convocação da assembléia, seus representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de
um ano. Os cotistas também podem votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida
pelo administrador antes do inicio da assembléia, observando o disposto no regulamento do fundo.
Estão proibidos de votar nas assembléias gerais do fundo, a não ser que sejam os seus únicos cotistas ou na
hipótese de aquiescência expressa da maioria dos demais cotistas, manifestada de acordo com as instruções:
O resumo das decisões da assembléia geral deverá ser enviado a cada cotista no prazo de até 30 (trinta) dias
após a data de realização da assembléia, podendo ser utilizado para tal finalidade, o extrato de conta que for
enviado após a comunicação.
No caso da assembléia geral ser realizada nos últimos 10 (dez) dias do mês, a comunicação poderá ser
efetuada no extrato de conta relativo ao mês seguinte ao da realização da assembléia.
80
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Ao investir em fundos, o cliente deve ter acesso a uma série de informações que são disponibilizadas por meio
dos regulamentos e dos prospectos dos fundos.
Não só informações técnicas devem ser abordadas, mas também, devem chamar a atenção do cotistas para
alguns fatos corriqueiros e importantes a respeito do investimento que está pretendendo fazer. A estas
informações destacadas no prospecto, dá-se o nome de “disclaimers”, que são declarações que isentam o
gestor ou administrador do fundo ou mesmo um órgão regulador de uma responsabilidade.
Vários tipos de “disclaimers” foram citados já ao longo de nosso curso, quando falamos dos prospectos. Vamos a
mais exemplos:
“O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO
ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU,
AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC”
Informações Periódicas
É obrigação do administrador do fundo divulgar diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo
aberto, e remeter mensalmente ao cotista, extrato de conta contendo:
1. Nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
2. Nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
3. Nome do cotista;
4. Saldo e valor das cotas no inicio e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do
mesmo;
5. Rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do mês de
referencia do extrato;
6. Data de emissão do extrato da conta
7. Meios de contato, como telefone, correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço.
Todos os documentos aqui previstos deverão ficar à disposição da CVM por um prazo de 5 anos, e o
responsável por essa manutenção é o administrador do fundo.
Isenta-se ainda, o administrador, de responsabilidades pelo não fornecimento de informações aos cotistas que
não mantiverem seus cadastros atualizados, como endereço, endereço eletrônico, etc.
81
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ADMINISTRADORES
Cabe ao administrador praticar todo e qualquer ato necessário a administração do fundo e da carteira, e ainda,
exercer os direitos inerentes aos ativos financeiros e as modalidades operacionais que integrem a carteira desse.
GESTORES
A escolha dos ativos financeiros que serão incluídos na carteira de investimentos do fundo é atividade do gestor.
Veja suas principais atividades:
São profissionais especializados e que acompanham o mercado, procurando definir os melhores momentos de
compra e venda dos ativos financeiros que compõem a carteira do fundo. Essa gestão é a gestão profissional,
conforme estabelecido em seu regulamento, dos títulos e valores mobiliários dela integrantes, desempenhada
por pessoa natural, ou seja, pessoa física, ou ainda, pessoa jurídica credenciada como administradora de
carteira de valores mobiliários pela CVM.
As seguintes normas de conduta são aplicadas tanto aos administradores quanto aos gestores:
→ Exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo, empregando o cuidado
e a diligencia que todo homem ativo e probo costuma dispensar a administração de seus próprios
negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do fundo, evitando práticas
que possam ferir a relação fiduciária com eles mantida, e respondendo por quaisquer infrações ou
irregularidades que venham a ser cometidas sob sua administração ou gestão;
→ Exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do patrimônio e das
atividades do fundo, ressalvando o que dispuser o regulamento sobre a política relativo ao exercício de
direito de voto do fundo;
82
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Parágrafo Único. O administrador e o gestor devem transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que
possam alcançar em decorrência de sua condição, admitindo-se, contudo, que o administrador e o gestor de
fundo de cotas sejam remunerados pelo administrador do fundo investido.
DISTRIBUIDORES
São aqueles que distribuem as cotas do fundo, ou seja, os vendedores das cotas no mercado, e que mantém
contato com os investidores e cotistas do fundo. Adequa o fundo ideal ao objetivo do investidor/cliente.
CUSTODIANTE
Os serviços de custódia qualificada compreendem a liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda, bem
como a administração e informação de eventos associados a estes ativos. O serviço não envolve negociação ou
qualquer tipo de aconselhamento sobre o investimento. A custódia permite a segregação de funções entre quem
toma a decisão de investimento e quem faz a liquidação financeira e a guarda dos ativos, o controle e
contabilização das contas do fundo, trazendo mais transparência e segurança para o processo.
AUDITOR INDEPENDENTE
Profissional independente, registrado na CVM – Comissão de Valores Mobiliários. O administrador do fundo
deve manter atualizado e em perfeita ordem os pareceres do auditor independente.
Equipes de controle, que rotineiramente verificam as conformidades, os atendimentos aos aspectos legais, aos
contratuais, a política de investimentos e as regras especificas dos clientes, visando à eliminação dos riscos
envolvidos e garantindo a melhor qualidade possível para os serviços prestados
Essas são as equipes de Compliance.
Não confunda Auditor Independente com compliance.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Abertos
São resgatáveis, a qualquer momento, pelo cotista, junto ao administrador do fundo, não havendo limite para o
número de cotistas, e tem um prazo indeterminado de duração.
Fechados
Suas cotas não são resgatáveis junto ao emissor, sendo, entretanto, negociadas em bolsa de valores e/ou
mercado de balcão organizado, tendo um número de cotistas limitado pelo seu estatuto e um prazo determinado
de duração. Como podem ser negociadas em mercado secundário, apresentam diferentes níveis de liquidez.
Exclusivos
Fundos para investidores qualificados constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único cotista.
Para ter um fundo exclusivo, o cotista deve ter um alto volume de recurso, pois um fundo apresenta uma série de
custos que não poderão ser partilhados com outros cotistas. É inviável um fundo exclusivo com pequeno volume
aplicado. Este tipo de fundo dispensa elaboração do prospecto, por tratar-se de fundo para um único
investidor, que é o investidor qualificado.
Cobram taxas de Administração e de Performance.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
INVESTIDORES QUALIFICADOS
→ Fundos Com Carência: São fundos que estabelecem um período mínimo de permanência dos
recursos do cliente no fundo. Em caso de resgate, o cliente perde o rendimento proporcionado pelo
fundo durante o período de carência.
→ Fundos Sem Carência: Fundos que oferecem liquidez diária, logo, pode ocorrer resgates a
qualquer tempo sem prejuízo ou perda de rentabilidade.
A incidência de tributos sobre os resgates deve ser observada.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
→ Fundos ativos, ou fundos com gestão ativa, são aqueles que buscam superar a rentabilidade de seu
parâmetro de comparação (benchmark), podendo admitir uma maior volatilidade em relação a este
mesmo parâmetro. Renda Fixa e Ações são exemplos de fundos abertos com esse tipo de gestão.
Ao aplicar seus recursos num fundo de Investimento, o gestor desse fundo vai ao mercado e adquire títulos que
comporão a carteira do fundo.
Não esqueça: O Cliente/Investidor adquire cotas do fundo através do distribuidor, que repassa os
recursos ao administrador. O Administrador compra os ativos financeiros em um FI ou cotas de outros
fundos de mesma classe em um FIC.
A aquisição de cotas pode ser feita no próprio dia da aplicação (D0) ou no dia seguinte (D+1).
Para aplicação e resgate poderá ser utilizada cota de abertura ou fechamento do dia
seguinte ao da efetiva disponibilidade, para os fundos das classes Curto Prazo,
Referenciado e Renda Fixa, e somente cota de fechamento do dia ou do dia seguinte ao da
efetiva disponibilidade, para os fundos das classes Cambial, Multimercado, Ações e Dívida
Externa, e o pagamento do resgate se dará conforme estabelecido no regulamento do
fundo.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Liquidação é o efetivo débito ou crédito dos recursos em conta do investidor. A entrada ou a saída destes
recursos em sua conta. As regras de liquidação são parecidas quanto da cotização, utilizando-se o D0 e o D+1.
Para a liquidação de cotas de aplicação, pode ser no dia (D0) ou no dia seguinte (D+1) da
disponibilidade dos recursos, e para o pagamento do resgate, não poderá ser superior a 5 dias
úteis, contados da data da cotização.
O fechamento do fundo para resgate deverá em qualquer caso, ser imediatamente comunicado à CVM, e a
assembléia extraordinária deverá realizar-se mesmo que o administrador delibere reabrir o fundo antes da data
marcada para sua realização. O administrador poderá ainda, solicitar a CVM autorização específica para
proceder à cisão do fundo antes da reabertura para resgates, ficando neste caso vedadas novas aplicações no
fundo resultantes da cisão.
Implica em risco de Liquidez.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Ao administrador, é ainda obrigatório a comunicação imediata aos intermediários sobre a eventual existência de
fundos que não estejam admitindo captação, e o fundo deve permanecer fechado para aplicações enquanto
perdurar o período de suspensão de resgates.
Implica em risco de Crédito.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Aqui, fazemos referência justamente a possibilidade que os fundos proporcionam ao investidor de, com poucos
recursos, ter acesso a investimentos que exigem um capital muito maior, o qual é obtido pela união dos recursos
de vários investidores. Montar uma carteira individual representa custos altos para um pequeno investidor, e,
quando se investe em Fundos de Investimentos, esses custos são diluídos, já que são divididos entre os
diversos cotistas.
Diversificação
É de consenso entre os profissionais do mercado financeiro que é muito melhor, para os investidores,
diversificar sua carteira entre vários tipos de ativos, ao invés de concentrá-los num investimento único. Assim, as
perdas de uma aplicação são compensadas com ganhos em outras, o que só é possível se existir a
diversificação. Esta tarefa requer tempo e experiência. O momento certo em que se deve negociar é mais fácil
para os profissionais especializados do que para o investidor sem conhecimentos no mercado financeiro.
Liquidez
Quando compõe a carteira de um fundo de investimentos, o gestor pode adquirir títulos com alta liquidez e títulos
menos líquidos, os quais tendem a proporcionar rentabilidade mais elevadas. Como nem todos os cotistas farão
resgates ao mesmo tempo, não é necessário que a carteira seja altamente líquida para que os cotistas usufruam
o benefício da liquidez.
Num exemplo prático, imagine uma situação onde o cliente precise de recursos rapidamente, e possua
caderneta de poupança e Ações. Ele recorrerá primeiro à poupança, que tem maior liquidez.. Caso essa
necessidade persista, vende suas Ações.
Por isso uma boa parte da composição da carteira dos maiores Fundos de Renda Fixa são Títulos Públicos
Federais, gerando segurança em relação ao Risco de Crédito e segurança em relação ao Risco de Liquidez.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Os Fundos de Investimentos devem ter objetivos e política de investimento, os quais devem ser divulgados de
maneira clara e objetiva para os cotistas e demais interessados. A política de investimentos deve ser compatível
com os objetivos traçados pelo administrador do fundo.
→ Política de investimento: a política diz respeito aos meios utilizados pelo gestor, devendo responder
a questão “como o objetivo será atingido?” Assim a política de investimentos deve descrever,
obrigatoriamente, como o fundo de Investimento pretende atingir o seu objetivo de investimento,
identificando as principais estratégias técnicas ou práticas de investimento utilizadas, os tipos de títulos e
valores mobiliários nos quais o Fundo de Investimento pode investir (incluindo derivativos e suas
finalidades), políticas de seleção e alocação de ativos, e quando for o caso, sua política de
concentração. Definir também as faixas de alocação de ativos e limites de concentração e limites de
alavancagem, quando for o caso.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
O fundo classificado como referenciado, renda fixa, cambial, dívida externa ou multimercado que dispuser, em
seu regulamento ou prospecto, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de longo
prazo, previsto na regulamentação fiscal vigente, estará obrigado a:
→ Incluir a expressão longo prazo na denominação do fundo
→ Atender as condições previstas na referida regulamentação de forma a obter referido.
→ Para efeito de tributação, curto prazo são as carteiras que possuam prazo máximo de 365 dias, e
longo prazo, carteiras que possuam prazo médio superior a 365 dias.
Todas as despesas e taxas serão debitas do Patrimônio Líquido do Fundo, assim, quando o valor das
cotas for calculado, já estará atualizado com a dedução das taxas e despesas.
Quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo, inclusive as relativas à elaboração do prospecto,
correm por conta do administrador, devendo ser por ele contratados. Essas despesas fazem com que seja mais
difícil para o gestor proporcionar o rendimento igual ao do benchmark. Como por exemplo, a taxa de
administração e, em alguns casos, a taxa de performance. Além disso, o rendimento de um fundo de
investimentos está sujeito a tributação. Logo, a rentabilidade divulgada pelo administrador é bruta, ou seja,
ainda não foram descontados os tributos.
Outro fator que pode dificultar a tarefa do gestor em igualar o benchmark do fundo é a marcação a mercado.
Situações conjunturais podem alterar o valor de mercado dos títulos que compõem a carteira do fundo, fazendo
com que a rentabilidade apresentada se distancie do referencial do fundo.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Destacamos abaixo, dois artigos da instrução CVM 409, que são de maior destaque para este tópico.
Art. 43: a alteração do regulamento depende de prévia aprovação da assembléia geral de cotistas, sendo eficaz
a partir da data deliberada pela assembléia.
Art. 45: o regulamento pode ser alterado, independentemente da assembléia geral, sempre que tal alteração
decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a exigências expressas da CVM – Comissão de
Valores Mobiliários, de adequação a normas legais ou regulamentares ou ainda em virtude da atualização dos
dados cadastrais do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo, tais como alteração na razão social,
endereço e telefone.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Deve ainda conter, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo, informações sobre os seguintes
tópicos, assim como quaisquer outras informações consideradas relevantes:
→ Metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público alvo;
→ Política de investimento e faixa de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e seleção
dos mesmos;
→ Relação dos prestadores de serviços;
→ Especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo;
→ Apresentação detalhada do administrador e do gestor, quando for o caso, com informação sobre seu
registro perante a CVM, seus departamentos técnicos e demais recursos e serviços utilizados para gerir
o fundo;
→ Condições de compra de cotas do fundo, compreendendo limites mínimos e máximos de investimento,
bem como valores mínimos para movimentação e permanência no fundo;
→ Condições de resgate de cotas, e se for o caso, prazo de carência;
→ Política de distribuição de resultados, se houver, compreendendo os prazos e condições de pagamento;
→ Identificação dos riscos assumidos pelo fundo;
→ Informação sobre a política de administração dos riscos assumidos pelo fundo, inclusive no que diz
respeito aos métodos utilizados para gerenciamento destes riscos;
→ Informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contémplando a política a ser
adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;
→ Política relativa ao exercício de direito de voto do fundo, pelo administrador ou por seus representantes
legalmente constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais o fundo detenha
participação;
→ Política de divulgação de informações, inclusive as de composição de carteira, que deverá ser idêntica
para todos que solicitarem;
→ Quando houver, identificação da agência classificadora de risco do fundo, bem como a classificação
obtida;
→ A indicação sobre o local, ou meio, e a forma de obtenção dos resultados do fundo em exercícios
anteriores, e de outras informações referentes a exercícios anteriores, tais como demonstrações
contábeis, relatórios do administrador do fundo e demais documentos pertinentes que tenham sido
divulgados ou elaborados por força de disposições regulamentares aplicáveis;
→ O percentual máximo de cotas que pode ser detido por um único cotista.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
TERMO DE ADESÃO
Todo cotista, ao ingressar em um fundo, deve atestar, através do Termo de Adesão, que:
→ Teve acesso ao regulamento e recebeu o prospecto do fundo;
→ Tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento;
→ Tomou ciência da possibilidade de ocorrência de patrimônio líquido negativo, e, neste caso, de sua
responsabilidade por conseqüentes aportes adicionais de recursos.
O administrador deve manter a disposição da CVM pelo prazo de 5 anos, o termo contendo as declarações
acima, devidamente assinado pelo investidor, ou registrado em sistema eletrônico que garanta o atendimento ao
acima disposto. Este termo, é a prova de que dispõe o administrador do fundo de que o cotista conhece as
principais características do investimento feito e os riscos a ele inerentes.
É, portanto, obrigatório quando do ingresso no fundo, que o cotista assine o Termo de Adesão
correspondente, que será fiscalizado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários e também pelo auditor
independente.
A área de compliance é uma equipe interna que mantém e checa a conformidade das operações.
Quando do ingresso do investidor no fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer ativos ou
modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, ou de
emissores públicos outros que não a União Federal que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50%
(cinqüenta por cento) de seu patrimônio liquido, será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos
inerentes à composição da carteira do fundo, de acordo com modelo constante do Anexo II da instrução
normativa 409.
→ O fundo do qual está investindo, poderá adquirir títulos de responsabilidade de emissores privados, ou
de emissores públicos outros que não a União Federal, em montante superior a 50% (cinqüenta por
cento) do patrimônio líquido do fundo; o investidor deverá ASSINAR um termo de ciência de risco
específico para o risco de crédito. Não será aceito assinatura eletrônica neste caso.
→ Existe a possibilidade de perda substancial de patrimônio líquido do fundo em caso de não pagamento
dos títulos que compõe a sua carteira.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A carteira de um fundo de investimento é composta pelos ativos que são adquiridos pelo administrador com os
recursos que ingressam no fundo. Ao compor uma carteira de investimentos, o gestor deverá seguir o
estabelecido no regulamento do fundo na política de investimento.
Os principais mercados de atuação, incluindo seus derivativos, dos gestores de fundos são:
MERCADOS CARACTERÍSTICA
Juros pré e pós-fixado Nesse mercado são negociados os títulos que pagam taxa de juros
pré e pós fixada, sendo seu principal fator de risco.
Renda Fixa Benchmark SELIC e CDI (DI)
Fundos de Renda Fixa, Fundos de Curto Prazo, Fundos
Referenciados
Câmbio Nesse mercado são negociados os títulos indexados à variação
cambial.
Benchmark PTAX
Fundo Cambial
Inflação Nesse mercado são negociados títulos atrelados a índices de preços
Benchmark IPCA e IGP-M, além de outros índices.
Renda Fixa Fundos de Índice (PIBB)
Ações Mercado de renda variável em que se negociam Ações de diversas
companhias
Renda Variável Benchmark Ibovespa e IBrX
Fundos de Ações
Derivativos São ativos financeiros que derivam, total ou parcialmente, do valor
de outro ativo financeiro ou mercadoria;
Negociação do preço ou cotação de um ativo, negociados em
mercado futuro.
95
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
CORRELAÇÃO
A dependência, entre duas ou mais variáveis aleatórias (que podem ser dois ativos numa carteira), em que a
ocorrência de um valor de uma das variáveis favorece a ocorrência de um conjunto de valores das outras
variáveis. Esta correlação poderá ser negativa ou positiva.
A correlação será negativa quando, por exemplo, dois ativos movimentam-se em direção oposta (quando um
sobe o outro desce).
Chamamos de correlação positiva quando dois ativos movimentam-se na mesma direção (os dois sobem ou
descem).
Imagine a taxa de juros e a bolsa de valores. Geralmente, quando a taxa de juros sobe, a bolsa de valores sofre
queda, e quando a taxa de juros cai, altas são registradas na bolsa. Citamos aqui um exemplo de correlação
negativa.
Entre salário e consumo, existe correlação? Sim. Uma co-relação positiva, pois quando o salário sobe, aumenta
o consumo. Quando se registra queda nos salários, registra-se também queda no consumo.
Aplicando este conceito, da correlação, imaginemos que uma carteira seja montada com dois ativos com co-
relação positiva: quando um sobe, o outro sobe também. Com certeza, não se trata de uma boa estratégia de
redução dos riscos. Entretanto, se a carteira tiver dois ativos com co-relação negativa, os riscos serão
minimizados, pois a baixa de um ativo será compensada pela alta do outro. Assim, apesar de os ativos
conservarem seus riscos individuais, quando agrupados numa mesma carteira, ocorre a minimização do risco.
ALAVANCAGEM
A alavancagem é uma das estratégias que os gestores podem utilizar para que os cotistas de alguns Fundos de
Investimentos estejam mais dispostos a correr mais riscos para ter uma melhor rentabilidade.
Pode ser definida como a utilização de recursos de terceiros com o objetivo de aumentar a exposição
financeira de um fundo de investimento acima do seu patrimônio líquido.
Essa estratégia visa aumentar as possibilidades de ganhos, com conseqüente aumento do grau de risco do
investimento. A vantagem de utilizar a alavancagem é que se consegue aumentar a rentabilidade do fundo de
investimentos. Em contrapartida, apresenta a desvantagem de aumentar o risco incorrido.
Com a estratégia da alavancagem o tamanho da posição de risco é MAIOR do que o patrimônio do fundo. Ela
potencializa os ganhos e as perdas. Se as coisas derem errado, o investidor pode ser chamado a fazer aporte de
capital, ou seja, perder mais do que aplicou.
96
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
LEITURA OBRIGATÓRIA.
IMPACTO DE VARIAÇÕES NAS TAXAS DE JUROS CÂMBIO E INFLAÇÃO SOBRE OS TIPOS DE
FUNDOS: CONSEQÜÊNCIA
Vejam algumas conseqüências de como os Fundos de Investimentos podem ser afetados com mudanças no
cenário econômico.
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A rentabilidade proporcionada pelo fundo é totalmente repassada aos cotistas. A remuneração do administrador
é composta, basicamente de taxas, como: taxa de administração, taxa de performance, taxa de ingresso e saída.
Taxa de administração
A regulamentação em vigor estabelece que a administradora deve estipular a remuneração a ser percebida pela
prestação do serviço de administração do fundo. Os termos dessa cobrança devem estar estabelecidos no
regulamento do fundo, após terem sidos aprovados em assembléia.
Por ser a taxa de remuneração do serviço, fica a critério da instituição estabelecer o valor percentual da taxa,
que deve estar preestabelecida no regulamento e no prospecto do fundo.
98
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Exemplo:
1- Patrimônio líquido do fundo = R$ 1.000.000,00
Número de cotas distribuídas = 850.000,00
Valor Inicial da Cota= R$ 1,1764
Nestes cálculos, não foi considerada a rentabilidade da carteira do dia, para que ficassem o mais simplificados
possíveis. O importante, é frisar que a taxa de administração afeta o valor das cotas do fundo, ou seja, quando é
divulgado pelo administrador o valor das cotas de um fundo, esse valor já está liquido da taxa de administração.
99
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Taxa de Performance
É a taxa percentual cobrada pelos bancos sobre a parcela da rentabilidade do fundo de investimento que
exceder a variação de um determinado índice previamente estabelecido, portanto é uma taxa variável.
Por exemplo, se a taxa de performance é 25% sobre o valor do CDB, significa que este percentual será cobrado
sobre os rendimentos que ultrapassarem a variação do CDB no período. Análise o exemplo considerando uma
taxa de performance de 25%.
100
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A taxa de administração e de performance não podem ser aumentadas sem prévia aprovação
da assembléia geral de cotistas; o administrador pode, contudo, reduzir unilateralmente as
taxas a que faz jus, comunicando o fato a CVM e aos cotistas, e promovendo a devida alteração
do prospecto.
Os fatores que afetam o valor da cota são: composição da carteira; marcação a mercado; taxa
de administração; performance e outras despesas.
Taxa de Ingresso: Alguns fundos cobram taxa de ingresso, no momento da aplicação, desde
que conste do regulamento suas formas de cobrança.
Taxa de Saída: Alguns fundos cobram taxa de saída no resgate, que pode ser utilizada para
penalizar uma saída antes de um prazo preestabelecido.
A maioria dos Fundos de Investimentos não aplica essa cobrança atualmente, sendo mais
comum sua utilização nos Planos de Previdência Complementar.
Entende-se por principal fator de risco de um fundo o índice de preços, a taxa de juros, o
índice de Ações, ou o preço do ativo cuja variação produza, potencialmente, maiores efeitos
sobre o valor de mercado da carteira do fundo.
Renda Fixa: Principal fator de risco: Variação da taxa de juros (em função dos títulos pré ou
pós fixados), além do risco de crédito, dependendo do emissor.
Não esquecer: Renda variável: variação dos preços das Ações que compõem a carteira do
fundo.
Longo prazo, quando o prazo médio da carteira for superior a 365 dias!
101
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
FUNDO REFERENCIADO
Deverá identificar em sua denominação o seu indicador de desempenho, em função dos ativos financeiros
integrantes das respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições;
→ Estipule que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma a
acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho (benchmark)
escolhido, podendo o gestor investir até 5% do PL em operações não aderentes ao índice de
referência.
→ Tenham 80% no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, por:
o Títulos de emissão do tesouro nacional ou BACEN
o Títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo
risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco
localizada no país, que permite ao gestor investir até 20% do PL em títulos privados
com risco de crédito mais elevado.
→ Restrinjam à respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização de operações com o
objetivo de proteger posições à vista, até o limite dessas;
→ O indicador de desempenho deve estar expressamente definido na denominação do fundo;
→ É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a investidor
qualificado.
→ Atuação no mercado de derivativos somente para realização de operações com o objetivo de
proteger posições detidas à vista, até o limite dessas. O gestor pode usar derivativos para
assumir risco ou alavancagem, situação na qual a posição de risco é maior que o patrimônio.
102
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
FUNDO CAMBIAL
Deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação de preços de moeda estrangeira, ou a
variação do cupom cambial. Fundos desse tipo são procurados por investidores que querem proteção cambial.
Outros investidores poderão estar sujeitos aos riscos inerentes ao comportamento da taxa de câmbio.
→ Deverá possuir, 80%, no mínimo, da carteira em ativos relacionados diretamente, ou indiretamente
sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;
O gestor pode investir até 20% do PL em outros fatores de risco, como juros ou Ações. Não há restrição
em relação a estratégia com derivativos.
Para o pequeno e médio investidor, a principal vantagem é poder comprar ou vender o índice de mercado
diretamente, da mesma forma que faz com as Ações, individualmente. Isso possibilita a exposição – a
diversificação teórica máxima de mercado – sem que seja necessário incorrer nos diversos custos de operação
que o investidor incorreria caso decidisse comprar todas as Ações que compõem o índice de mercado em
questão.
103
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
FUNDO DE AÇÕES
Deverão ter como principal fator de risco a variação de preços de Ações admitidas à negociação no mercado à
vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado.
→ 67% (sessenta e sete por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido deverão ser compostos pelos
seguintes ativos:
o Ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;
o Bônus ou recibos de subscrição e certificados de deposito de Ações admitidas à negociação
em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;
o Cotas de fundos de Ações e cotas dos fundos de índice de Ações, negociadas em bolsa de
valores ou entidade de balcão organizado;
o BDR – Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III.
→ O patrimônio líquido do fundo que exceder o percentual fixado (67%), poderá ser aplicado em
qualquer outra modalidade de ativos financeiros, observados os limites de concentração por
modalidade de ativos.
→ O investimento nos ativos financeiros listados acima, não estará sujeito a limites de concentração por
emissor (exceto BDR nível I), desde que o regulamento, prospecto e material de venda do fundo,
bem como os extratos enviados aos clientes, contenham, com destaque alerta de que o fundo pode
estar exposto à significativa concentração em ativos de poucos emissores, com riscos daí
decorrentes.
104
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
De acordo com
Investidor compra o índice de mercado diretamente;
Índices o índice Ativa
Exposição teórica máxima de mercado;
adquirido
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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Classificação Característica
As empresas ou instituições que cedem os recebíveis de crédito que constituem os fundos devem subscrever
parte das cotas subordinadas, o que significa que só receberão o rendimento da aplicação depois que os cotistas
seniores, que são os verdadeiros investidores principais do fundo, o receberem.
106
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Empresa de participações
Debêntures de participação
107
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
O Fundo de Investimento em Participações - FIP é uma comunhão de recursos captados através do sistema
público de distribuição, que destina uma parcela preponderante do respectivo patrimônio para a aquisição de
Ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em
Ações.
A Instrução CVM nº 391/2003 exige que o FIP participe na definição da política estratégica e na gestão das
companhias investidas, especialmente através da indicação de membros do conselho de administração. Para
tanto, o FIP poderá (i) deter Ações que integrem o respectivo bloco de controle; (ii) celebrar acordo de acionistas;
ou (iii) celebrar ajuste diverso que assegure sua influência na definição da política estratégica e na gestão da
companhia investida.
As quotas a serem emitidas pelo FIP devem ter a forma nominativa, com valor mínimo de subscrição de R$
100.000,00 (cem mil reais), sendo que os aportes de capital no FIP, pelos quotistas, poderão ser efetivados por
meio de um compromisso através do qual os investidores fiquem obrigados a integralizar determinado valor
(capital comprometido) no fundo, na medida em que o administrador do FIP fizer chamadas, de acordo com
prazos e procedimentos preestabelecidos no Regulamento e em um instrumento particular entre cada cotista e o
FIP.
A emissão pública de quotas e a constituição do FIP dependerão de prévio registro perante a Comissão de
Valores Mobiliários-CVM, sendo que a distribuição das quotas junto ao mercado deverá ser realizada por
instituição financeira habilitada.
O Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes, constituído sob a forma de condomínio fechado, é
uma comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão
de empresas emergentes, e de sua denominação deverá constar a expressão "Fundo Mútuo de Investimento em
Empresas Emergentes.
Entende-se por empresa emergente a companhia que apresente faturamento líquido anual, ou faturamento
líquido anual consolidado, inferiores a R$ 100.000.000,00 (cem milhões de Reais), apurados no balanço de
encerramento do exercício anterior à aquisição dos valores mobiliários de sua emissão.
O Fundo terá prazo máximo de duração de 10 (dez) anos, contados a partir da data da autorização para
funcionamento pela Comissão de Valores Mobiliários. O prazo de duração será prorrogável, uma única vez, por
até mais 5 (cinco) anos, por aprovação de 2/3 da totalidade das quotas emitidas, em Assembléia Geral
especialmente convocada com esta finalidade.
→ É permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual do cotista que aplicar recursos no fundo
posteriormente a data da ultima cobrança, exclusivamente, nos casos em que o valor da cota adquirida
for inferior ao valor da mesma na data da ultima cobrança de performance efetuada (critério da Linha
dágua)
108
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Limites de concentração
A composição da carteira, em função do emissor dos títulos, modalidade de ativo e por conjunto de ativos,
deverá ser baseada de acordo com a legislação em vigor, nos limites de concentração estabelecidos a seguir:
109
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
TRIBUTAÇÃO
Dois tributos incidem sobre investimentos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e IR (Imposto de Renda).
Acompanhe:
Incide sobre Fundos de Investimentos com carência – quando do resgate de cotas, se o resgate ocorrer antes
do vencimento da carência, aplica-se a alíquota de 0,5% ao dia, limitado ao rendimento.
Em Fundos de Investimentos com liquidez diária (sem carência) e com percentual inferior a 67% em Ações, na
data do resgate, se ocorrer antes de 30 dias da aplicação, a alíquota é de 1% ao dia, limitado ao rendimento, e
cobrado de acordo com a tabela regressiva.
Em fundos de Ações que detenham liquidez diária e com percentual inferior a 67% em Ações, a alíquota é zero,
qualquer que seja o prazo de resgate.
Nas operações com títulos públicos e outros títulos de renda fixa, o IOF será devido sempre que o prazo da
operação for inferior a 30 dias.
Nas operações de títulos públicos e outros instrumentos de renda fixa, o responsável pelo recolhimento do
imposto de renda e IOF será sempre a fonte pagadora.
110
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
É um tributo devido na apuração tanto de rendimentos provenientes de investimento de renda fixa quanto de
renda variável.
Os Fundos de Investimentos, exceto os fundos de Ações, (que possuem condições específicas, por não serem
classificados como curto ou longo prazo), são classificados em curto prazo e longo prazo para efeito de
tributação.
As alíquotas de tributação levam em consideração o prazo e a modalidade em que os recursos ficam aplicados.
Prazo
Modalidade Alíquotas
de Permanência
Retenção de
até 180 dias 22,50%
Imposto de Renda
Fundos de Renda Fixa de 181 a 360 dias 20,00% na fonte, no último
(Longo Prazo) de 361 a 720 dias 17,50% dia útil de Maio e
Novembro, com
acima de 720 dias 15,00%
ajuste na data de
resgate.
Fundos de Renda Fixa até 180 dias 22,50%
(Curto Prazo) acima de 180 dias 20,00%
111
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A legislação que instituiu a conta Corrente para investimentos determina que o imposto de renda passe a incidir
sobre os rendimentos produzidos pelos fundos. Acompanhe:
→ No último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano, tributado as alíquotas
mínimas de cada categoria (fundo de curto prazo = 20%, fundo de longo prazo = 15%), ou
no resgate, se ocorrido em data anterior, com base nas alíquotas correspondentes ao
prazo decorrido
A responsabilidade pela retenção e recolhimento deste tributo é do administrador do fundo, que deverá
nas datas de ocorrência do fato gerador, se for o caso de come cotas, reduzir a quantidade de cotas de cada
contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda devido.
No caso de resgate, o valor do imposto é reduzido do valor de resgate, e sua base de cálculo será a diferença
positiva entre o valor patrimonial da cota, como segue:
→ No último dia útil dos meses de maio e novembro ou na data do resgate e o apurado na data da
aplicação ou na data anterior em que tenha ocorrido a incidência do imposto, no caso de fundos sem
prazo de carência
→ Na data em que se completar cada período de carência para resgate de cotas com rendimento ou no
resgate de cotas, se ocorrido em outra data, no caso de fundos com prazo de carência de ate 90 dias
→ No último dia útil de cada trimestre calendário ou no resgate, se ocorrido em data anterior, no caso de
fundos com prazo de carência superior a 90 dias
Por ocasião do resgate das cotas será aplicada a alíquota complementar em função do prazo decorrido,
conforme tabela mencionada.
Todo cálculo do Imposto de Renda é feito após o desconto do IOF, quando este for devido.
O Imposto de Renda NÃO influencia, NÃO altera a rentabilidade do fundo, NÃO altera o valor da
cota e SIM altera a rentabilidade do Investidor/Cliente.
112
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
O fato gerador é o resgate de cotas, e sua base de cálculo será constituída pela
diferença positiva entre o valor de resgate e o custo de aquisição da cota, considerado
pelo seu valor patrimonial. É considerado fundo de investimento em Ações aqueles
cujas carteiras sejam constituídas, no mínimo, por 67% de Ações negociadas no
mercado á vista de bolsa de valores ou entidade assemelhada, e seu recolhimento, de
responsabilidade do administrador do fundo.
A secretaria da Receita Federal permite a compensação de perdas em Fundos de Investimentos (renda fixa ou
variável), no pagamento do IR.
Perdas apuradas nos resgates de cotas de fundo de investimento poderão ser compensadas com os
rendimentos obtidos em cada período de incidência do imposto ou em resgates posteriores, seguindo o disposto
abaixo:
→ Entre Fundos de Investimentos administrado pela mesma instituição financeira ou por outra sob o
mesmo controle acionário;
→ Entre fundos de mesma classificação
→ A instituição administradora mantenha sistema de controle e registro em meio magnético que permita a
identificação, em relação a cada cotista, dos valores compensáveis;
→ No mesmo fundo de investimento a compensação de perdas anteriores é automático, independente de
haver resgate de cotas
→ Para compensar perdas em qualquer fundo, é necessário que tenha havido resgate de cotas para
caracterizar o prejuízo;
→ O limite temporal para a compensação de perdas é 31 de dezembro do ano calendário seguinte ao
resgate total em todos os fundos do mesmo administrador.
→ Caso o cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal para a
compensação de perdas
113
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Neste caso, a perda havida no segundo período foi compensada nos períodos seguintes, quando o cliente
não pagou o IR. Veja agora, a mesma tabela, sem a compensação de perdas:
O saldo de perdas apurado até 2004, poderá ser compensado com o mesmo fundo ou com
outros Fundos de Investimentos administrados pela mesma pessoa jurídica, exceto para os
fundos de Ações que será compensado, exclusivamente, com fundo de mesma natureza.
114
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Nas operações de financiamento, pode ser constituída provisão, de forma a ajustar o valor de mercado a curva
do financiamento.
A avaliação dos títulos de renda fixa deve ser feita pelo valor da aplicação, acrescido dos rendimentos líquidos
auferidos, incluindo amortizações de ágio e deságio, bem como o provisionamento dos tributos incidentes sobre
as parcelas reconhecidas no resultado, quando couber.
O valor assim obtido deve ser confrontado com o valor apurado mediante a aplicação da taxa básica vigente no
mercado na data base da avaliação, a fim de se apurar a perda ou o ganho na aplicação.O reconhecimento dos
rendimentos deve ser em base pro rata dia útil, utilizando o método exponencial.
Os impostos e contribuições incidentes na fonte devem ser contabilizados na data do reconhecimento dos
rendimentos e ganhos de capital, de acordo com o sistema de tributação.
Considera-se preço de ativo de mercado o valor que se pode obter com a negociação do título em um mercado
ativo, em que comprador e vendedor sejam independentes, sem que corresponda a uma transação compulsória
ou decorrente de um processo de liquidação.
Na ausência de mercado ativo para um determinado título, a sua contabilização deve ser feita: pelo valor que se
pode obter com a negociação de outro título de natureza, prazo e risco similares, em um mercado ativo; pelo
valor presente dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos, ajustado com base na taxa de juros vigente no
mercado ou pela curva pro rata da operação, na data da demonstração contábil, para títulos de natureza, prazo e
risco similares, devendo o critério adotado ser esclarecido em nota explicativa, ou por meio de modelos
matemático-estatísticos aplicáveis a situações não previstas.
115
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
6) O conceito de observação as normas, também conhecido como compliance, envolve diversos aspectos,
entre os quais:
I- Atender aos objetivos do fundo de investimento
II- Dispensar os mesmos cuidados e diligencias da administração dos recursos próprios também
aos recursos de terceiros
III- Evitar práticas que possam prejudicar a indústria de fundos e investimento e seus participantes.
a) Somente a I
b) I e II
c) II e III
d) I, II e III
116
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
11) O objetivo do fundo de investimento e sua política de investimento dizem respeito, respectivamente a:
a) Estruturação de gestão do fundo e tipo de gestão adotada
b) Estratégia adotada pelo fundo e suas metas
c) Os meios para atingir a finalidade do fundo e a sua finalidade
d) As metas do fundo e os meios para atingir essas metas
12) Os fundos de investimento apresentam algumas vantagens para pequenos investidores em relação ao
investimento direto em ativos individuais, sendo uma dessas vantagens
a) Possibilidade de investir em derivativos
b) Rentabilidade mínima garantida
c) Menor risco envolvido no investimento
d) Possibilidade de investir poucos recursos e obter retorno similar ao de investimentos de grandes
recursos devido ao condomínio.
117
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
14) Conforme as normas do BACEN sobre a divulgação de cota e rentabilidade, estas devem ser divulgadas
periodicamente de forma obrigatória:
a) Somente nos extratos mensais disponíveis na sede do administrador do fundo
b) Nos extratos mensais disponíveis na sede do administrador do fundo e enviadas via correio
c) Nos extratos mensais disponíveis na sede do administrador do fundo e também enviadas via correio,
além de jornal indicado no regulamento
d) Somente via correio eletrônico
17) Dispensar a elaboração de prospecto e pode estabelecer prazos próprios para conversão de cotas e
pagamentos de resgates. Essas são particularidades dos:
a) Fundos Fechados
b) Fundos Abertos
c) Fundos para Investidores Qualificados
d) Fundos de Gestão Ativa
18) Fundo de Investimento que aplica seu patrimônio em títulos representativos de direitos creditórios,
originários de operações nos segmentos financeiro, comercial, industrial, de arrendamento mercantil e
de prestação de serviços.
a) Fundos de Investimento Imobiliário
b) FIP – Fundos de Investimento em Participações
c) FIDC – Fundo de Investimento em Direito Creditório
d) Fundos de Investimento em Empresas Emergentes
118
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
LEITURA OBRIGATÓRIA
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE PROSPECTO CONDIZEM COM A REALIDADE DE
UM PROSPECTO DE FUNDO DE INVESTIMENTO, PORÉM, OS NOMES DAS
INSTITUIÇÕES FORAM TROCADOS POR MOTIVOS ÉTICOS.
PROSPECTO
PIO`S BANK FUNDOS DE INVESTIMENTOS - REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO
LONGO PRAZO PLUS
ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DAS
DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE
INVESTIMENTOS, BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A
AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NÃO
IMPLICA, POR PARTE DA CVM OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS,
OU JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS
INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS
ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE
INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM
SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS.
O INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO APRESENTA RISCOS
PARA O INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE
RISCO, NÃO HÁ GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE PERDAS PARA O FUNDO DE
INVESTIMENTO E PARA O INVESTIDOR.
O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO
ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU
AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC.
A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURO.
PRODUTOS DE MAIOR RISCO NÃO NECESSARIAMENTE RESULTAM EM MAIOR RENTABILIDADE E SÃO
INDICADOS PARA PRAZOS DE APLICAÇÃO MAIS LONGOS.
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESSE PROSPECTO ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM O REGULAMENTO DO
FUNDO DE INVESTIMENTO, MAS NÃO O SUBSTITUEM. É RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA TANTO
DESTE PROSPECTO QUANTO DO REGULAMENTO, COM ESPECIAL ATENÇÃO PARA AS CLÁUSULAS
RELATIVAS AO OBJETIVO E A POLITICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO, BEM COMO ÀS
DISPOSIÇÕES DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO QUE TRATAM DOS FATORES DE RISCO A QUE O
FUNDO ESTÁ EXPOSTO.
ESTE FUNDO ESTÁ SUJEITO A RISCO DE PERDA SUBSTANCIAL DE SEU PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM CASO DE
EVENTOS QUE ACARRETEM O NÃO PAGAMENTO DOS ATIVOS INTEGRANTES DE SUA CARTEIRA E/OU DA
CARTEIRA DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM QUE ELE INVESTE, INCLUSIVE POR FORÇA DE
INTERVENÇÃO, LIQUIDAÇÃO, REGIME DE ADMINISTRAÇÃO TEMPORÁRIA, FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO
JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL DOS EMISSORES RESPONSÁVEIS PELOS ATIVOS DO FUNDO.
ESTE FUNDO MANTÉ UMA CARTEIRA DE ATIVOS COM PRAZO MÉDIO SUPERIOR A 365 DIAS, O QUE PODE
LEVAR A UMA MAIOR OSCILAÇÃO NO VALOR DA COTA SE COMPARADA À DE FUNDOS SIMILARES COM
PRAZO INFERIOR.
119
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
INFORMAÇÕES GERAIS
PIO´S BANK FUNDO DE
INVESTIMENTO
RAZÃO SOCIAL REFERENCIADO DI CRÉDITO
PRIVADO DE LONGO PRAZO
PLUS
CNPJ 09.999.999/0001-99
Data de Início
13/1/2000
do Fundo
Instrução 409 da CVM de
18/09/2004, alterações
Base Legal
posteriores e legislação
complementar aplicável.
PIO`S BANK S/A BANCO
Administrador
MÚLTIPLO Em caso de dúvidas, sugestões ou
PIO`S BANK GESTOR DE reclamações, consulte o seu Gerente
Gestor
FUNDOS E RECURSOS S/A de Relacionamento ou enre em
PIO`S BANK S/A BANCO contato com o nosso serviço de
Custodiante Atendimento
MÚLTIPLO atendimento ao cliente atraves do
ao Cliente
Controladoria e telefone 99-9999-9999. SERVIÇO
PIO`S BANK S/A BANCO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:
Processament
MÚLTIPLO RUA SÃO JORGE, S/N
o
SÃO PAULO/SP
PIO`S BANK S/A BANCO
Tesouraria
MÚLTIPLO
Auditoria Auditores Associados EPM S/A
PIO`S BANK S/A BANCO
Distribuidor
MÚLTIPLO
Classificação
REFERENCIADO DI
ANBIMA
Aplicação
R$ 300.000,00
Inicial
Movimentaçõe
R$ 1.000,00
s
Permanência R$ 75.000,00
sim (de acordo com o conteúdo
Volume Global
interno)
Tipo de
Aberto
Condomínio
Prazo de FIC - Fundo de Investimento em
Indeterminado
Duração Cotas
Carência inexistente FI - Fundo de Investimento
Conversão de FIDC - Fundo de Investimento em
D0 para aplicação e resgate
Cotas Direitos Creditórios
FICFIDC - Fundo de Investimento em
Pagamento do
D0 Cotas de Fundo de Investimento em
Resgate
Direitos Creditórios
Siglas
Tipo de Cota Abertura FII - Fundo de Investimento Imobiliário
Taxa de
0,30% a.a. PL - Patrimônio Líquido
Administração
Taxa de CVM - Comissão de Valores
Não há
Performance Mobiliários
Data do
13 de Outubro de 2010.
Prospecto
Horário de
Até as 17:00h (horário de Brasília)
Movimentação
120
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ADMINISTRADOR DO FUNDO
A administração, atividades de tesouraria, controle, processamento de títulos e valores mobiliários, registro
escritural de cotas e distribuição do FUNDO são realizadas pelo Pio`s Bank Banco Múltiplo, instituição financeira,
devidamente autorizada pela CVM para prestar os serviços de administração de carteira de valores mobiliários.
O Pio`s Bank é uma organização sediada na cidade de São Paulo, e presente em todo o território nacional.
GESTOR DO FUNDO
Pio`s Bank Gestor de Fundos e Recursos S/A é uma empresa de gestão de recursos de terceiros, devidamente
autorizada pela CVM para prestar os serviços de administração de carteira de valores mobiliários.
O Gestor mantém suas atividades totalmente segregadas das atividades do Administrador, garantindo
transparência e independência na gestão de recursos de terceiros e conta com profissionais altamente
especializados e com vasta experiência na gestão de Fundos de Investimentos.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os serviços de gestão da carteira do FUNDO serão prestados pelo Pio`s Bank Gestor de Fundos e Recursos
S/A.
As atividades de tesouraria, controle, processamento dos títulos e valores mobiliários dos ativos integrantes da
carteira do FUNDO, bem como a distribuição, escrituração, emissão e resgate de cotas são realizadas pelo Pio´s
Bank.
Os serviços de custódia de títulos, valores mobiliários e demais ativos financeiros integrantes da carteira do
FUNDO são prestados pelo ADMINISTRADOR.
Corretoras podem ser contratadas pelo Pio`s Bank para fornecer análises macroeconômicas, setoriais ou
específicas de empresas. Tais corretoras são escolhidas pelo princípio de “Best execution”, no qual primamos
por operar com corretoras reconhecidas por sua tradição, experiência e capacidade de fornecer trabalhos de
pesquisa de qualidade internacional. O Pio`s Bank poderá ter em suas instalações terminais eletrônicos ou
outros equipamentos disponibilizados por estas corretoras.
Todos os benefícios e/ou descontos obtidos pelo Pio`s Bank junto a estas corretoras são repassadas
integralmente para os fundos nos termos da legislação aplicável.
O Serviço de auditoria independente é prestado pela Auditores Associados EPM S/A.
PÚBLICO ALVO
O FUNDO se destina aos investidores em geral, conforme segmentação definida pelo ADMINISTRADOR, que
possuam objetivo de investimento compatível com o previsto na Política de Investimento e conheçam e aceitem
os riscos associados ao Fundo, doravante designados em conjunto “cotistas” e individualmente “cotista”.
121
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
META E OBJETIVO DE GESTÃO
A meta do FUNDO será buscar rentabilidade próxima à variação verificada pelo Certificado de Depósito
Interbancário (CDI) – CETIP publicado e divulgado pela ANDIMA. Fica estabelecido que a meta prevista não
se caracteriza como uma promessa, garantia ou sugestão de rentabilidade, consistindo apenas em um
objetivo a ser perseguido pelo GESTOR.
b- Títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco de
crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco localizada no País.
II- No mínimo 95% da carteira do FUNDO seja composta por ativos financeiros de forma a acompanhar,
direta ou indiretamente, a variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) – CETIP publicado
e divulgado pela ANDIMA.
O GESTOR deverá manter os recursos do FUNDO aplicados dentro dos limites de concentração por
modalidade de ativo financeiro, observados ainda os limites de concentração por emissor, em relação ao PL
do FUNDO, conforme disposto nos quadros do Anexo I do presente prospecto.
O FUNDO pode realizar operações compromissadas, de acordo com a regulamentação do conselho
monetário Nacional (“CMN”), utilizando como objeto os ativos financeiros que possam integrar a sua carteira,
devendo, nos termos da legislação aplicável, ser observados os limites estabelecidos para os emissores,
considerando que não há limites para as operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais;
O ADMINISTRADOR e o GESTOR devem assegurar-se de que, na consolidação das aplicações do FUNDO
com as aplicações dos fundos investidos, os limites de concentração por emissor e por modalidade de ativos
financeiros previstos na regulamentação aplicável não sejam excedidos.
O FUNDO poderá atuar nos mercados de derivativos, diretamente ou por meio de Fundos de Investimentos,
desde que observadas, cumulativamente as seguintes condições,
a- As operações deverão ser registradas ou negociadas em bolsa de valores ou de mercadorias e futuros;
c- Depósito de margem limitado a 15% (quinze por cento) da posição em títulos da dívida pública mobiliária
federal, títulos e valores mobiliários de emissão de instituição financeira autorizada a funcionar pelo
BACEN da carteira do FUNDO, não sendo considerados os títulos recebidos como lastro de operações
compromissadas;
122
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
d- Valor total dos prêmios de opções pagos limitado a 5% (cinco por cento) da posição em títulos da dívida
pública mobiliária federal, títulos e valores mobiliários de emissão de instituição financeira autorizada a
funcionar pelo BACEN da carteira do FUNDO, não sendo considerados os títulos recebidos como lastro
de operações compromissadas.
e- As operações não podem gerar exposição superior a 01 (uma) vez o patrimônio líquido do FUNDO.
As aplicações dos recursos do FUNDO em quaisquer ativos financeiros considerados nos termos da
regulamentação aplicável como de “crédito privado” deverão observar os limites dispostos no quadro abaixo, em
relação ao PL do FUNDO, considerando que o ADMINISTRADOR e o GESTOR devem assegurar-se de que, na
consolidação das aplicações do FUNDO com as aplicações dos fundos investidos, tais limites não sejam
excedidos.
LIMITES DE CRÉDITO PRIVADO
Mínimo 0%
Máximo 100%
O GESTOR também deverá observar as seguintes vedAções para a composição da carteira do FUNDO e
realização de operações, inclusive em sua política de investimento, as VedAções previstas na Resolução 3456,
de 01/06/2007, do Conselho Monetário Nacional e seu regulamento anexo, bem como suas alterações
posteriores:
123
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Vedações
I Títulos Públicos de emissão de Estados e Municípios
II Aplicar seus recursos em cotas de fundos que nele invistam
III Aplicar seus recursos em ativos de renda variável
IV Operações de emprestimo de títulos e valores mobiliários
Operações que tenham como contraparte o próprio cotista ou
V
seus fundos de investimento exclusivos
realizar operações de compra e venda de um mesmo título,
valor mobiliário ou contrato de derivativo em um mesmo dia
VI (operações "day-trade"), excetuadas as realizadas em
platafora eletronica ou em bolsa de valores ou de mercadorias
e futuros, desde que devidamente justificadas
aplicar seus recursos em cotas de fundos de investimento que
possam realizar operações no mercado de derivativos a
VII
descoberto ou que gerem possibilidade de perda superior ao
valor do patrimônio líquido do fundo investido
VIII aplicar seus recusos no exterior
locar, emprestar, tomar emprestado, empenhar ou caucionar
títulos e valores mobiliários, exceto nas hipóteses de:
(1) depósito de garantias em operações de derivativos;
IX (2) operações de empréstimo de títulos e valores mobiliários,
expressamente previstas neste Regulamento:
(3) depósito de garantias de ações judiciais, em nome do
FUNDO.
Poderão atuar como contraparte em operações realizadas com o FUNDO, direta ou indiretamente, o
ADMINISTRADOR, GESTOR, os seus controladores, suas coligadas ou sociedades com eles submetidas a
controle comum, bem como Fundos de Investimentos e/ou carteiras de títulos e valores mobiliários por ele
administrados.
O FUNDO pode aplicar seus recursos em cotas de Fundos de Investimentos administrados e/ou geridos pelo
ADMINISTRADOR, GESTOR ou por seus controladores, suas coligadas ou sociedades com eles submetidas a
controle comum, observados os limites acima.
Com exceção das cotas de FIs constituídos sob a forma de condomínio aberto, somente poderão compor a
carteira do FUNDO ativos financeiros admitidos a negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros, ou
registrados em sistema de registro, de custódia ou de liquidação financeira devidamente autorizado pelo Banco
Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários.
Processo de análise para seleção e alocação de ativos:
Todas as decisões relativas a alocação dos ativos em carteira são aprovadas por consenso em Comitê de
Investimentos, em que participam diretores, gestores de recursos, analistas de investimento e economistas do
GESTOR, que se reúnem periodicamente. As decisões são tomadas a partir das perspectivas para o quadro
internacional, da análise do panorama político e da visão para a condução da política econômica e do
comportamento das principais variáveis econômicas. A equipe de analistas é responsável pela avaliação do
desempenho econômico-financeiro das empresas. Nesta abordagem são realizadas análises macroeconômicas,
modelos quantitativos, bem como análises setoriais e específicas dos emissores dos ativos que compõem a
carteira do FUNDO.
124
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
RISCOS
Não obstante o emprego pelo ADMINISTRADOR e pelo GESTOR de plena diligencia e da boa pratica de
administração e gestão do FUNDO, e da estrita observância da política de investimento definida no
Regulamento, das regras legais e regulamentares aplicáveis a sua administração e gestão, o FUNDO estará
sujeito aos riscos inerentes às aplicações em Fundos de Investimentos, os quis poderão ocasionar flutuações
nos preços e na rentabilidade dos ativos que compõem a carteira, acarretando oscilações no valor da cota.
A opção pela aplicação em FIs traz consigo alguns riscos inerentes às aplicações financeiras.
Mesmo que o FUNDO possua um tipo de risco preponderante, este poderá sofrer perdas decorrentes de outros
riscos. Os principais riscos são:
I- Risco de mercado: os ativos dos Fundos de Investimentos são contabilizados a valor de mercado, que
é afetado por fatores econômicos gerais e específicos como por exemplo ciclos econômicos,
alteração de legislação e de política econômica, situação econômico-financeira dos emissores dos
títulos, podendo, dessa forma, causar oscilações nos preços dos títulos e valores mobiliários que
compõem a carteira, podendo levar a uma depreciação do valor da cota deste FUNDO;
II- Risco de crédito: caracteriza-se principalmente pela possibilidade de inadimplemento das contrapartes
em operações realizadas com os Fundos de Investimentos ou dos emissores de títulos e valores
mobiliários integrantes da carteira, podendo ocorrer, conforme o caso, perdas financeiras até o
montante das operações contratadas e não liquidadas, assim como o valor dos rendimentos e/ou do
principal dos títulos e valores mobiliários. O FUNDO está sujeito a risco de perda substancial de seu
PL em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira,
inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência,
recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do FUNDO;
III- Risco de liquidez: caracteriza-se principalmente pela possibilidade de redução ou mesmo inexistência
de demanda pelos ativos integrantes da carteira nos respectivos mercados em que são negociados,
podendo o gestor encontrar dificuldades para liquidar posições ou negociar esses ativos pelo preço e
no tempo desejados;
V- Risco pela utilização de cota de abertura: considerando que o FUNDO utiliza cota de abertura,
conforme definida no regulamento do FUNDO, há a possibilidade de perdas decorrentes da
volatilidade nos preços dos ativos financeiros que integram sua carteira;
125
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Risco pela utilização de derivativos: as estratégias com derivativos utilizadas pelos Fundos de Investimentos
podem aumentar a volatilidade da sua carteira. O preço dos derivativos depende, além do preço do ativo base no
mercado a vista, de outros parâmetros de apreçamento, baseados em expectativas futuras. Mesmo que o preço
do ativo base permaneça inalterado, pode ocorrer variação nos preços dos derivativos e consequentemente,
ganhos ou perdas. Os preços dos ativos e dos derivativos podem sofrer descontinuidades substanciais afetados
por eventos isolados. A utilização de estratégias com derivativos como parte integrante da política de
investimento dos Fundos de Investimentos pode resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas;
Em virtude dos riscos descritos acima, não poderá ser imputada ao ADMINISTRADOR e/ou ao GESTOR
qualquer responsabilidade, direta ou indireta, parcial ou total, por eventual depreciação dos ativos financeiros
integrantes da carteira do FUNDO ou por eventuais prejuízos que o FUNDO e seus cotistas venham a sofrer,
sem prejuízo da responsabilidade do ADMINISTRADOR e do GESTOR em caso de inobservância da política de
investimento ou dos limites de concentração previstos no Regulamento e na legislação aplicável.
As aplicações realizadas no FUNDO não contam com garantia do ADMINISTRADOR e/ou do GESTOR, de
qualquer mecanismo de seguro ou do Fundo Garantidor de Créditos – FGC.
a- VaR: baseado em ferramentas econométricas indica a máxima perda possível com certo nível de
confiança para um certo intervalo de tempo para as posições e para o FUNDO de maneira geral;
b- Stress Testing: são construídas simulações diárias com base em cenários previamente
definidos e decompondo as posições em seus principais fatores de risco; e
c- Bachtesting: buscando validar e determinar a precisão do sistema de risco são realizados tais
testes.
II- Risco de crédito: visando mitigar este risco, estabelecem-se limites de risco por emissor em função da
capacidade financeira atual e futura de pagamento. A qualidade de crédito de cada emissor é
acompanhada e reavaliada sistematicamente de forma a manter o risco de inadimplemento desses
emissores dentro do parâmetro estabelecido para o FUNDO. O controle de risco de crédito é
exercido independente da gestão do FUNDO.
126
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
III- Risco de liquidez: o gestor mantém um volume de recursos em caixa ou em títulos de alta liquidez,
adequado ao fluxo de aplicações e resgates históricos registrados pelo FUNDO. Os relatórios de
liquidez são gerados de forma independente pela função de controle de risco.
Os métodos previstos acima, utilizados pelo ADMINISTRADOR para gerenciamento dos riscos a que o
FUNDO se encontra sujeito, não constituem garantia contra eventuais perdas patrimoniais que possam ser
incorridas pelo FUNDO.
Do dia da Aplicação
Conversão Aplicação
(D0)
Do dia da Solicitação
Pagamento do Resgate
(D0)
127
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do FUNDO, inclusive em decorrência de
pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento
tributário do FUNDO ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o ADMINISTRADOR poderá
declarar o fechamento do FUNDO para a realização de resgates, nos termos da legislação aplicável, sendo
obrigatória a convocação de Assembléia Geral Extraordinária, no prazo máximo de 1 dia, para deliberar, no
prazo de 15 dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as possibilidades de:
I- Substituição do ADMINISTRADOR, do gestor ou ambos;
O VALOR DA COTA DESTE FUNDO SERÁ CALCULADO A PARTIR DO PATRIMONIO LIQUIDO DO DIA
ANTERIOR DEVIDAMENTE ATUALIZADO POR 1 DIA (COTA DE ABERTURA). EVENTUAIS AJUSTES
DECORRENTES DAS APLICAÇÕES E RESGATES OCORRIDOS DURANTE O DIA SERÃO LANÇADOS
CONTRA O PL DO FUNDO PODENDO ACARRETAR PERDAS DECORRENTES DA VOLATILIDADE
DOS PREÇOS DOS ATIVOS QUE INTEGRAM A SUA CARTEIRA.
Um único cotista poderá deter até 100% das cotas do FUNDO.
VALORES DE MOVIMENTAÇÃO
• Aplicação inicial: R$ 300.000,00
• Permanência: R$ 75.000,00
Poderão ingressar no Fundo, utilizando-se de valores iguais ou superiores ao saldo mínimo de permanência, os
investidores que possuírem, no dia útil anterior à efetiva aplicação (D-1), um volume total aplicado em Fundos de
Investimentos administrados pelo Pio´s Bank, igual ou superior ao valor inicial mínimo exigido.
Em sendo verificado, quando do pedido de resgate, saldo remanescente inferior ao valor mínimo de
permanência, este será automaticamente acrescido ao resgate solicitado.
Não há valores máximos para investimentos no FUNDO.
128
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADO
Os resultados auferidos pelo FUNDO serão incorporados ao seu patrimônio e serão utilizados para novos
investimentos pelo FUNDO.
ASSEMBLÉIA GERAL
A Assembléia Geral de Cotistas é o fórum no qual os cotistas, ADMINISTRADOR e GESTOR se reúnem para
discutir assuntos de interesse do FUNDO e dos Cotistas. A presença dos cotistas nas Assembléias é
recomendada para que os mesmos possam participar, decidir e votar sobre os seguintes assuntos:
I- Aprovação das demonstrações contábeis
Os cotistas são convocados para as Assembléias Gerais por meio de correspondência encaminhada a cada
cotista com no mínimo 10 dias de antecedência da data de realização da Assembléia. Nesta correspondência é
informado dia, hora e local em que será realizada a Assembléia Geral.
O resumo com as deliberações das assembléias é comunicado aos cotistas por correspondência enviada em até
30 dias da realização da Assembléia.
O ADMINISTRADOR, o GESTOR, o CUSTODIANTE ou o cotista ou grupo de cotistas que detenha, no mínimo,
5% do total de cotas emitidas, poderão convocar a qualquer tempo Assembléia Geral de Cotistas, para deliberar
sobre ordem do dia de interesse do FUNDO ou dos cotistas.
129
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A Assembléia Geral se instalará com a presença de qualquer número de Cotistas, sendo as deliberações
tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota 1 voto. Na hipótese de destituição do ADMINISTRADOR,
será exigido um quorum qualificado de metade mais uma das cotas emitidas pelo FUNDO.
Somente podem votar na Assembléia Geral os Cotistas do FUNDO inscritos no registro de cotistas na data da
convocação da Assembléia, seus representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de 1
ano.
Os cotistas também poderão votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida pelo
ADMINISTRADOR, no serviço de atendimento ao cotista, antes do inicio da assembléia.
Não podem votar nas Assembléias Gerais do FUNDO:
I- Seu ADMINISTRADOR e seu GESTOR;
O regulamento também pode ser alterado, independentemente da assembléia geral, sempre que tal alteração
decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento às exigências expressas da CVM, de adequação as
normas legais ou regulamentares ou ainda em virtude da atualização dos dados cadastrais do
ADMINISTRADOR, do GESTOR ou do CUSTODIANTE do FUNDO.
II- Mensalmente, até 10 dias após o encerramento do mês a que se referirem, será disponibilizado o
demonstrativo da composição e diversificação da carteira do FUNDO; e
III- Anualmente, no prazo de 90 dias, contados a partir do encerramento do exercício social do FUNDO a
que se referirem, serão disponibilizadas as demonstrações contábeis acompanhadas do parecer do
auditor independente.
Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam ser prejudicadas pela sua divulgação, as
informações sobre a composição da carteira poderão omitir a identificação e quantidade das mesmas pelo
prazo de até 90 dias após o encerramento do mês, registrando somente o valor e sua percentagem sobre o
total da carteira.
Caso o ADMINISTRADOR divulgue a terceiros informações referentes a composição da carteira, a mesma
informação deve ser colocada à disposição dos cotistas na mesma periodicidade, ressalvadas as hipóteses
de divulgação de informações pelo ADMINISTRADOR aos prestadores de serviços do FUNDO, necessárias
para a execução de suas atividades, bem como aos órgãos reguladores, auto-reguladores e entidades de
classe, quanto aos seus associados, no atendimento a solicitAções legais, regulamentares e estatutárias por
eles formuladas.
130
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
O ADMINISTRADOR, desde que previamente solicitado pelo cotista, poderá disponibilizar informações
adicionais sobre o FUNDO, inclusive seus resultados e outras informações referentes a exercícios anteriores,
tais como demonstrações contábeis, relatórios do ADMINISTRADOR e demais documentos pertinentes que
tenham sido divulgados ou elaborados por força de disposições regulamentares aplicáveis, as quais deverão ser
colocadas a disposição dos demais cotistas de forma equânime, por meio do serviço de atendimento ao cotista.
O serviço de atendimento ao cotista (“SAC”) apto para esclarecer dúvidas e receber reclamAções está disponível
através de nossos canais de atendimento, disponibilizados no início deste prospecto.
TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO E
PERFORMANCE
0,30% a.a,
compreendendo a
Taxa de taxa de
Administração administração dos
fundos em que o
fundo invista
Taxa de
não há
Performance
Taxa de Entrada não há
Taxa saída não há
A Taxa de Administração será calculada e provisionada diariamente, tendo como base o patrimônio líquido
do FUNDO do primeiro dia útil imediatamente anterior, com a aplicação da fração de 1/252 (um duzentos e
cinqüenta e dois avos), por dias uteis, e apropriadas até o quinto dia útil do mês subseqüente.
A mesma compreende a remuneração pelos serviços de administração, gestão, consultoria de
investimentos, tesouraria, controle e processamento dos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira
do FUNDO, bem como pelos serviços de distribuição, escrituração da emissão e resgate de cotas.
A Taxa de Administração, nos termos da legislação aplicável, não compreende os serviços de custódia de
títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros do FUNDO prestados pelo próprio
ADMINISTRADOR, que poderão ser cobrados do FUNDO, a título de despesa, conforme disposto no
regulamento.
O pagamento das despesas com prestadores de serviço, não consideradas como encargos do FUNDO,
poderá ser efetuado diretamente pelo FUNDO ao prestador de serviço, desde que os correspondentes
valores sejam deduzidos da Taxa de Administração.
131
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
DESPESAS DO FUNDO
As principais despesas do FUNDO que lhe podem ser debitadas diretamente, além da Taxa de
Administração, são:
132
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
REGRAS DE TRIBUTAÇÃO
O FUNDO, para fins tributários, é considerado como de longo prazo e, portanto, terá sua carteira de títulos
com prazo médio superior a 365 dias.
De acordo com o disposto na Lei 11033 de 21 de dezembro de 2004, os rendimentos obtidos pelos cotistas
estão sujeitos à tributação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), de acordo com o prazo de
permanência dos recursos aplicados no fundo, conforme tabela abaixo:
133
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ANEXO I
134
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ANEXO II
135
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
136
PRIMEIRO SIMULADO
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
PRIMEIRO
SIMULADO
137
PRIMEIRO SIMULADO
138
PRIMEIRO SIMULADO
1) Consiste em sistema computadorizado, controlado em tempo real pelo Banco Central, ao qual apenas as
instituições credenciadas no mercado financeiro tem acesso. Sua função consiste em receber e transferi-
lo ao comprador, ao mesmo tempo em que recebe o dinheiro do comprador e o repassa ao vendedor,
tendo os negócios liquidação imediata. financeiras que possuam carteira de banco comercial). Qual
entidade está caracterizada pela descrição?
a) Cetip b) SFN
c) Selic d) Bovespa
2) À medida que mensura o grau de relacionamento entre duas ou mais variáveis é chamada de
a) Desvio padrão
b) Correlação
c) Covariância
d) Moda
3) A taxa de câmbio (PTAX) divulgada pelo banco central no fim do dia é calculada como:
a) O maior valor de uma operação de câmbio realizada no dia
b) O menor valor de uma operação de câmbio realizada no dia
c) A média ponderada das operações de câmbio realizadas no dia
d) O desvio-padrão das operações e câmbio realizadas no dia
5) Um Bond é um título:
a) De renda variável, representativo de uma obrigação dos bancos privados
b) De renda fixa, representativo de uma obrigação do governo brasileiro
c) De renda fixa, representativo de uma obrigação dos bancos privados
d) De renda variável, representativo de uma obrigação do governo brasileiro
139
PRIMEIRO SIMULADO
11) Indicador estatístico que mensura a dispersão em torno da média de uma base de dados, demonstrada de
forma organizada:
a) Volatilidade
b) Desvio Padrão
c) Variância
d) Correlação
12) Foram realizadas duas aplicações financeiras no mesmo montante e com a mesma taxa de juros. A
primeira, juros simples. A segunda, compostos. Assim sendo, considere:
a) Compostos, será sempre maior que a aplicação a juros simples, independentemente do prazo de
aplicação
b) Simples será maior que a de juros compostos, se o prazo for menor que um período
c) Simples será maior que a aplicação a juros compostos se o prazo for maior que um período
d) Compostos será iguala aplicação a juros simples, independentemente do prazo de aplicação.
140
PRIMEIRO SIMULADO
13) Qual é a taxa de retorno que iguala os fluxos de caixa de um título a zero?
a) Taxa Média de Atratividade - TMA
b) Taxa CDI
c) Taxa Interna de Retorno - TIR
d) Taxa Selic Over
16) Um título de renda fixa paga juros semestrais e o último pagamento de juros ocorreu em junho de 2005.
Sabendo-se que esse título pagara juros mais cinco vezes, a maturity desse título será em
a) Junho de 2007
b) Junho de 2008
c) Dezembro de 2008
d) Dezembro de 2007
17) Quando duas séries de retornos de ativos se movem na mesma direção, eles estão correlacionados:
a) Positivamente
b) Negativamente
c) Não há correlação
d) Depende da natureza dos ativos
18) O cálculo da taxa interna de retorno (TIR) sempre apresenta valores que podem ser
a) Positivos ou nulos
b) Negativos ou nulos
c) Positivos, negativos ou nulos, porém sempre existentes
d) Positivos, negativos ou nulos, além de valores exóticos para alguns fluxos de caixa não tradicionais.
141
PRIMEIRO SIMULADO
19) O valor que surge com mais freqüência numa série de dados é a
a) Média
b) Moda
c) Mediana
d) Variância
21) O custo médio ponderado de capital de uma empresa é calculado como o custo
a) De oportunidade do patrimônio liquido da empresa
b) Médio ponderado entre o capital próprio e o capital de terceiros presentes no passivo da empresa
c) Médio ponderado das dividas de longo prazo da empresa
d) Médio ponderado das dividas de curto prazo da empresa
24) Medida de posição do centro de uma série de dados menos sensível aos dados extremos:
a) Média
b) Mediana
c) Moda
d) Desvio padrão
142
PRIMEIRO SIMULADO
25) Medida estatística da dependência de duas séries de dados como, por exemplo, os retornos de 2 ativos
ou 2 carteiras
a) Desvio padrão
b) Variância
c) Coeficiente de correlação
d) Volatilidade
30) Em uma distribuição normal estabeleceu-se um intervalo de confiança de dois desvios padrão.
Estatisticamente, espera-se que, para cada 1000 dados dessa distribuição, estarão fora do intervalo de
confiança cerca de
a) 45
b) 95
c) 85
d) 65
143
PRIMEIRO SIMULADO
31) O Selic é o sistema que tem como função a liquidação e custódia de:
a) Títulos privados
b) Títulos públicos
c) Títulos públicos e privados
d) Todos os títulos e valores mobiliários
32) A Sigla CETIP é o sistema que tem como função a liquidação e custódia de, fundamentalmente
a) Títulos privados
b) Títulos públicos
c) Títulos públicos e privados
d) Todos os títulos e valores mobiliários
34) O índice da bolsa de Valores de São Paulo é o mais importante indicador do desempenho das cotações
das Ações negociadas no mercado brasileiro. Podemos afirmar sobre o Ibovespa:
a) Sua finalidade é servir como indicador médio do mercado de renda fixa.
b) Se a maioria das ações que fazem parte da carteira que compõem o índice estiver em ascensão,
podemos afirmar que o índice apresentará baixa.
c) Sua finalidade é servir como indicador médio do mercado de renda variável.
d) Representa o índice referencial para os investimentos socialmente responsáveis.
144
PRIMEIRO SIMULADO
36) Sobre o índice Brasil de Ações (IBX) podemos afirmar que é um índice de preços referente a uma carteira
teórica composta:
a) 50 Ações de maior negociação na BOVESPA
b) 200 Ações de maior negociação na BOVESPA
c) 100 Ações de maior negociação na BOVESPA
d) Metade do número total de Ações negociadas na BOVESPA
37) Os principais índices de referencia de renda fixa utilizados no Brasil são a taxa:
a) Referencial e Ibovespa
b) Referencial e IBX
c) Selic e Ibovespa
d) CDI e taxa Selic
38) Um cliente, ao investir em um fundo de investimento, está contratando uma instituição financeira para gerir
seus recursos em regime de
a) Retorno garantido
b) Melhores esforços
c) Risco zero
d) Parceria na administração dos recursos
39) Os Fundos de Investimentos são constituídos na forma de condomínio, que significa nesse sentido
a) Retorno garantido
b) Risco zero
c) Co-propriedade
d) Gestão participativa
40) A cota de um fundo de investimento corresponde a fração ideal do patrimônio liquido do fundo, sendo
a) Obrigatoriamente nominativa e escriturada em nome de seu titular
b) Nominativa em nome de seu titular ou ao portador, dependendo do tipo de fundo
c) Obrigatoriamente ao portador
d) Nominativa em nome de seu titular ao portador, dependendo de decisão do administrador do fundo
41) A equidade entre as cotas de fundo de investimento significa que todas as cotas de um fundo.
a) Tem direito de administrar diretamente o fundo, mas nem sempre são equivalentes em valor
b) São equivalentes em valor, porém somente algumas tem o direito de administrar diretamente o fundo
c) São equivalentes em valor, direitos e obrigações
d) Tem direito de administrar diretamente o fundo e são equivalentes em valor
145
PRIMEIRO SIMULADO
43) As instituições financeiras que administram recursos próprios e também recursos de terceiros devem
segregar a gestão desses recursos. Este principio é:
a) American wall
b) Chinese mall
c) Chinese wall
d) American mall
45) Um dos princípios de compliance diz que se deve evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária entre
os cotistas e administradores dos Fundos de Investimentos. O que entende-se por relação fiduciária?
a) Confiança e lealdade
b) Prestação de serviços de forma profissional
c) Custódia
d) Amizade
46) Os cotistas de Fundos de Investimentos possuem, além de direitos, também deveres, entre eles:
a) Comparecer as assembléias gerais e participar diretamente da administração do fundo
b) Conhecer as características do investimento pelo qual optaram e participar diretamente da
administração do fundo
c) Manter os seus dados cadastrais atualizados e participar diretamente da administração do fundo.
d) Comparecer as assembléias gerais e conhecer as características do investimento pelo qual optaram
146
PRIMEIRO SIMULADO
51) A periodicidade de balanços e demonstrações contábeis de Fundos de Investimentos coincidem com seu
exercício social e quem o prazo
a) Fixado pelo regulamento
b) Sugerido de um ano
c) Obrigatoriamente de um mês, encerrando-se no quinto dia útil do mês seguinte
d) Obrigatoriamente de um ano, com data de encerramento fixada pelo regulamento do fundo
52) Um dos principais fatores que afetam o valor da cota de um fundo de investimento é:
a) A composição da carteira, conforme os ativos escolhidos pelo gestor (se houver)
b) A composição da carteira, conforme os ativos escolhidos pelo administrador
c) O parecer do auditor independente
d) O esforço de vendas realizado pelo distribuidor
147
PRIMEIRO SIMULADO
53) A marcação a mercado dos ativos de um fundo de investimento é a metodologia que avalia esses ativos
segundo os preços
a) Praticados atualmente no mercado, afetando a cota semanalmente
b) Praticados atualmente pelo mercado, afetando a cota diariamente
c) Médios dos ativos nas últimas duas semanas
d) De aquisição dos ativos
56) Os Fundos de Investimentos abertos podem converter valores aplicados ou resgatados por dois critérios
distintos, através da cota de abertura ou da cota de fechamento. Em relação a cota de abertura:
a) Reflete o valor dos ativos do fim do dia anterior
b) Reflete o valor dos ativos do fim do dia corrente
c) Não utiliza a marcação a mercado
d) Não considera os tributos incidentes
148
PRIMEIRO SIMULADO
61) Os fundos indexados de renda fixa tem por objetivo acompanhar um benchmark de renda fixa. No caso dos
fundos DI, sua estratégia é adquirir ativos como:
a) CDBs e debêntures, com juros pós fixados em CDI
b) Títulos públicos com juros pré fixados
c) Títulos públicos com juros pós fixados em taxa Selic
d) CDBs e debêntures com juros pré fixados.
62) As estratégias mais comuns de fundos indexados de renda variável são buscar aderência aos índices
a) Ibovespa e IBRX
b) Ibovespa e CDI
c) IBX e taxa Selic
d) Ibovespa e IGP-M
63) Os Fundos de Investimentos passivos multi-índice com benchmark composto se caracterizam por investir
em
a) Apenas um segmento de mercado, adotando somente um benchmark
b) Apenas um segmento de mercado, adotando, contudo, pelo menos dois benchmarks
c) Mais de um segmento do mercado, adotando, contudo, apenas um benchmark
d) Mais de um segmento e mercado, adotando, assim pelo menos dois benchmarks.
64) Os Fundos de Investimentos passivos multi-índice com benchmark composto mais comuns no Brasil
adotam em suas carteiras como referencia
a) CDI e Ibovespa
b) Ibovespa e IBX
c) IBX e PTAX
d) CDI e PTAX
149
PRIMEIRO SIMULADO
65) Apesar dos esforços dos administradores, geralmente os Fundos de Investimentos indexados não
conseguem uma aderência perfeita a seus benchmarks. Dois dos principais fatores que impedem a
aderência perfeita são:
a) A taxa de administração e a política de investimentos
b) A marcação a mercado e a política de investimentos
c) A taxa de administração e a marcação a mercado
d) Flutuação do mercado e a taxa e administração
67) Os fundos ativos de renda fixa utilizam diversas estratégias para tentar superar seu benchmark,
normalmente o CDI, expondo-se a risco de mercado. Uma dessas estratégias é se posicionar em papéis:
a) Pré fixados quando espera aumento na taxa de juros de mercado
b) Pré fixados quando espera redução na taxa de juros de mercado
c) Pós fixados, quando espera redução na taxa de juros de mercado
d) Pós fixados, quando espera desvalorização cambial.
68) Os fundos ativos de renda fixa, para tentar superar seu benchmark, muitas vezes adquirem papéis mais de
longo prazo e títulos. Essas estratégias normalmente aumentam a rentabilidade, mas expõem o fundo aos
riscos
a) De liquidez e de crédito
b) De crédito e de mercado
c) Legal e de crédito
d) De liquidez e legal
69) Os fundos ativos de renda variável tem por objetivo superar o Ibovespa ou o IBRX. Entre suas estratégias:
a) Concentração de Ações por análise grafista e o valor em risco (VaR)
b) Concentração de Ações em setores econômicos específicos e não cobrança da taxa de
administração
c) Seleção de Ações por análise fundamentalista e não cobrança da taxa de administração
d) Seleção de Ações por análise fundamentalista e concentração de Ações em setores econômicos
específicos.
70) Os fundos multimercado são aqueles que buscam rentabilidade superior através de posicionamento em
diversos mercados simultaneamente
a) Que podem ou não utilizar alavancagem
b) Nunca utilizam alavancagem
c) Sempre utilizam alavancagem
d) Utilizam alavancagem, mas nunca através de derivativos
150
PRIMEIRO SIMULADO
76) Os fundos de curto prazo são aqueles que investem em títulos de emissão do tesouro nacional ou do
banco central, indexados ao CDI ou a taxa Selic, com prazo máximo a decorrer e prazo médio da carteira
respectivamente:
a) 360 e 60 dias
b) 375 e 90 dias
c) 360 e 85 dias
d) 375 e 60 dias
151
PRIMEIRO SIMULADO
77) Os fundos referenciados DI devem investir em títulos ou operações que busquem acompanhar as
variações do CDI ou da taxa Selic, como porcentagem de seus recursos, no mínimo
a) 100%
b) 95%
c) 90%
d) 80%
78) Os fundos de renda fixa tem como características, entre outras, o dever de manter em sua carteira títulos
públicos federais ou ativos com baixo risco de crédito, na porcentagem mínima de:
a) 80% além de não admitirem alavancagem
b) 80% além de admitirem alavancagem
c) 95% além de não admitirem alavancagem
d) 95% além de admitirem alavancagem
79) Os fundos de Ações devem possuir no mínimo, em porcentagem de sua carteira, o seguinte montante de
Ações a vista
a) 80%
b) 95%
c) 67%
d) 50%
80) Os fundos cambiais indexados são aqueles que tem por objetivo acompanhar o comportamento de
determinada moeda estrangeira. As duas moedas estrangeiras mais utilizadas como benchmark são:
a) O dólar dos EUA e a libra esterlina
b) O dólar dos EUA e o euro
c) O euro e o ien japonês
d) O ien japonês e o dólar dos EUA
81) Os fundos de dívida externa por objetivo investir preponderantemente em títulos da divida externa:
a) Dos governos estaduais
b) Do governo federal
c) Das empresas privadas de primeira linha
d) Das empresas estatais
82) Os fundos multimercado tem como estratégia investir simultaneamente em diversos mercados. Para tanto,
a exposição de sua carteira a cada mercado é limitada, como porcentagem do total, a:
a) 20%
b) 30%
c) 50%
d) Não há limites de exposição por mercado
152
PRIMEIRO SIMULADO
83) Os fundos de curto prazo são aqueles cujos prazos médios da carteira são de no máximo:
a) 90 dias
b) 180 dias
c) 60 dias
d) 360 dias
84) O código de regulação e melhores práticas estabelece como princípios para os administradores e gestores
de Fundos de Investimentos no cumprimento de suas atribuições.
a) Cumprir os objetivos do fundo de investimentos e divulgar informações sempre em linguagem
técnica e especializada
b) Cumprir os objetivos do fundo de investimentos e divulgar as informações de forma transparente,
visando ao fácil entendimento dos investidores
c) Aumentar a rentabilidade para o investidor através de práticas de gestão, mesmo em fundos
indexados
d) Aumentar o índice de Sharpe do fundo, mesmo em fundos indexados
85) O código de regulação e melhores práticas estabelece que os administradores e gestores devam evitar as
práticas que possam:
a) Prejudicar a indústria de Fundos de Investimentos e ferir a relação fiduciária com os cotistas
b) Prejudicar a indústria de Fundos de Investimentos e diminuir a rentabilidade do fundo
c) Ferir a relação fiduciária com os cotistas e aumentar o risco dos fundos
d) Ferir a relação fiduciária com os cotistas e diminuir a rentabilidade do fundo
86) Na capa dos prospectos de Fundos de Investimentos, somente deverá ser colocado o selo da ANBIMA
quando o fundo cumprir do código de regulação e melhores práticas.
a) No mínimo o capítulo II
b) No mínimo os capítulos II e IV
c) No mínimo o artigo 6º
d) Sua totalidade
87) Na capa, contracapa ou na primeira página dos prospectos de Fundos de Investimentos, conforme o artigo
9º do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA, deve ser colocado em destaque, entre outros,
o seguinte aviso:
a) “Este prospecto possui todas as informações relevantes para o investimento, substituindo o
regulamento do fundo”
b) “Este fundo de investimento conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)”
c) “A rentabilidade obtida no passado não é garantia de rentabilidade futura”
d) “Este fundo possui um sistema de administração de riscos que garante eventuais perdas”
153
PRIMEIRO SIMULADO
88) No caso de o fundo de investimentos utilizar estratégias com derivativos que possam resultar em perdas
patrimoniais, o artigo 9º do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA, estabelece que essa
informação:
a) É opcional tanto no prospecto quanto no regulamento do fundo
b) É opcional no prospecto, mas obrigatória no regulamento do fundo
c) É obrigatória, devendo ser colocada em destaque na capa, contracapa ou na primeira página do
prospecto do fundo
d) É obrigatória, devendo ser colocada em destaque necessariamente na capa do prospecto do fundo
89) O capítulo IV do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que a divulgação da
rentabilidade do fundo de investimento
a) Não pode ser inferior ao prazo de um mês e deve trazer obrigatoriamente a rentabilidade dos últimos
12 meses
b) Não pode ser inferior ao prazo de um mês e pode trazer ou não a rentabilidade dos últimos 12
meses
c) Não pode ser inferior ao prazo de uma semana e pode trazer ou não a rentabilidade dos últimos 12
meses
d) Não pode ser inferior ao prazo de uma semana e deve trazer obrigatoriamente a rentabilidade dos
últimos 12 meses
90) O capitulo IV do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que no caso de mudança
da instituição administradora ou gestora do fundo de investimento, mantidas as suas demais
características, a divulgação da rentabilidade histórica do fundo pode ser mantida:
a) Sem nenhuma restrição ou exigência
b) Contanto que seja divulgada com destaque a data da mudança da instituição administradora ou
gestora
c) Se essa manutenção for aprovada pela assembléia geral
d) Desde que se pague uma multa
91) O capitulo IV do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que, no caso de fusão do
fundo de investimento, na qual o fundo de investimento resultante mantenha a mesma política de
investimentos, a divulgação da rentabilidade histórica do fundo pode ser mantida desde que:
a) Pague-se uma multa
b) Seja divulgada com destaque a data da fusão e que o patrimônio liquido do fundo fundido seja no
mínimo 50% do patrimônio liquido do fundo resultante da fusão
c) Essa manutenção seja aprovada pela assembléia geral
d) Seja divulgada com destaque a data da fusão e que o patrimônio liquido do fundo fundido seja no
mínimo 1/3 do patrimônio liquido do fundo resultante da fusão
154
PRIMEIRO SIMULADO
92) O capítulo V do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que a marcação a
mercado deva ser adotada por todas as instituições participantes para
a) Todos os Fundos de Investimentos, com exceção dos fundos de renda fixa
b) Todos os Fundos de Investimentos
c) Os fundos cambiais e de Ações
d) Os fundos de Ações e de dívida externa
93) O capítulo V do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA, estabelece que a marcação a
mercado deva refletir nas cotas do fundo de investimento o valor
a) Histórico dos ativos
b) Dos preços dos ativos negociados atualmente no mercado
c) Calculado como o valor em risco (VaR) do fundo
d) Do índice de Sharpe ajustado
95) A taxa de administração cobrada de um fundo de investimento tem como características ser expressa em
a) Porcentagem ao ano e incidir sobre o patrimônio liquido independentemente do desempenho
b) Valores absolutos e incidir sobre o patrimônio liquido independentemente do desempenho
c) Valores absolutos e incidir diretamente sobre o desempenho do fundo
d) Porcentagem ao ano e incidir diretamente sobre o desempenho do fundo
96) Os Fundos de Investimentos podem cobrar, além da taxa de administração, a taxa de performance. Essa
taxa de performance é cobrada quando:
a) A rentabilidade do fundo é positiva
b) A taxa de administração não é suficiente para remunerar o administrador do fundo
c) O desempenho do fundo supera determinado benchmark preestabelecido e assim incide como
percentual predeterminado do excedente sobre o benchmark
d) O desempenho do fundo supera determinado benchmark preestabelecido e assim incide como
percentual de 50% do excedente sobre o benchmark
155
PRIMEIRO SIMULADO
97) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabelece que a taxa de performance só pode ser cobrada por
Fundos de Investimentos que:
a) Sejam destinados exclusivamente a investidores qualificados
b) Não possuam taxa de administração
c) Esteja prevista no Regulamento e no Prospecto do Fundo, qualquer que seja a rentabilidade
alcançada.
d) Esteja prevista no Regulamento e no Prospecto do Fundo, e que a rentabilidade alcançada seja
superior ao benchmark de referência.
98) Na cobrança de taxa de performance, existe um principio que estabelece que essa taxa não pode ser
cobrada quando o valor atual da cota for inferior ao seu valor na ocasião da ultima cobrança efetuado. Esse
princípio é conhecido como:
a) Tracking error
b) Linha d água
c) Fire wall
d) Chinese wall
99) As taxas de administração e performance cobradas pelos Fundos de Investimentos só podem ser
aumentadas se esse aumento for aprovado pelo:
a) Assembléia geral dos cotistas
b) Administrador em concordância com o gestor
c) Comissão de valores mobiliários
d) Banco Central do Brasil
100) Além das taxas de administração e de performance, outras despesas podem ser cobradas pelas
instituições financeiras que administram os Fundos de Investimentos, entre as quais
a) Honorários e despesas do auditor independente e seguro de vida para os gestores
b) Honorários e despesas do auditor independente e bônus dos gestores
c) Taxas e impostos que recaiam sobre o fundo e os honorários e despesas do auditor independente
d) Taxas e impostos que recaiam sobre o fundo e bônus dos gestores.
156
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
Módulo IV
Demais Produtos de Investimento
(17% a 25% do exame)
Veremos aqui bastante sobre o mercado de Ações, e repassaremos um pouco mais de títulos
públicos e tributação.
Faz parte do conteúdo programático deste módulo, a lei 9249/95, que dispõe sobre
alterações no IR para pessoas jurídicas, bem como a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido – CSSL.
157
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
158
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Uma ação representa a menor parcela do capital social de uma sociedade por Ações.
Podem ser ordinárias, com direito a voto, ou preferenciais, com direito de preferência sobre os lucros a serem
distribuídos aos acionistas, seja na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio, sendo que, após o
Plano Collor, todas as Ações passaram a ser obrigatoriamente emitidas na forma nominativa ou escritural.
Nem todas as empresas tem seu capital dividido em Ações. As sociedades limitadas, tem seu capital dividido em
cotas. As sociedades anônimas tem seu capital dividido em Ações. Assim, o acionista de uma S.A. é proprietário
de uma parte dessa companhia, ou seja, adquirindo Ações, o acionista passa a ser sócio da empresa.
A emissão de Ações é uma das formas que as empresas tem de captar recursos no mercado.
Imagine que a empresa queira fazer um grande investimento para aumentar a produção, mas que não tenha
recursos para fazê-lo. Nesse caso, poderia aumentar seu capital emitindo novas Ações e colocando-as no
mercado. Os recursos provenientes da venda dessas Ações seriam utilizados na expansão da companhia.
O termo nominativas corresponde a cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja
transferência é feita com a entrega da cautela a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente,
identificando novo acionista
O adjetivo “escriturais” caracteriza Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando
como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a debito ou a crédito dos acionistas, não havendo
movimentação física dos documentos
TIPOS DE AÇÃO
Ações Ordinárias
São aquelas que conferem ao acionista os direitos de um sócio comum, dentre os quais se destacam os direitos
de receber dividendos e o direito de voto em assembléia, na proporção de um voto por ação.
Assim, os acionistas que detêm Ações ordinárias são aqueles que podem decidir os rumos da empresa, já que a
assembléia-geral tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento
Ações Preferenciais
São aquelas que atribuem ao seu titular uma vantagem ou preferência que pode se constituir na prioridade na
distribuição de dividendos (fixos ou mínimos), na prioridade no reembolso do capital ou na junção das duas. O
preferencialista pode ter seu direito de voto limitado ou suprimido pelo estatuto da sociedade. As Ações
preferenciais sem direito a voto ou com restrição ao exercício desse direito, somente serão admitidas a
negociação no mercado de valores mobiliários se a elas for atribuída pelo menos uma das seguintes
preferências ou vantagens:
159
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
→ Direito de participar do dividendo a ser distribuído, corresponde a, pelo menos, 25% do lucro líquido do
exercício de acordo com o seguinte critério:
o Prioridade no recebimento dos dividendos correspondente a, no mínimo, 3% do valor do
patrimônio líquido da ação;
o Direito de participar dos lucros distribuídos em igualdade de condições com as ordinárias, depois
de ter assegurado dividendo igual ao mínimo prioritário estabelecido;
→ Direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% maior do que o atribuído a
cada ação ordinária;
→ Direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle, de modo a lhes assegurar o preço
no mínimo igual a 80% do valor pago por ação com direito a voto, assegurado o dividendo pelo menos
igual ao das Ações ordinárias.
Independentemente da espécie de Ações que possuam, os acionistas tem alguns direitos essenciais,
direitos esses que nem o Estatuto Social nem a Assembléia Geral podem retirar:
→ Participar dos lucros sociais;
→ Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
→ Fiscalizar, na forma prevista na Lei das S.A., a gestão dos negócios sociais;
→ Preferência para a subscrição de Ações, partes beneficiárias conversíveis em Ações, debêntures
conversíveis em Ações e bônus de subscrição;
→ Retirar-se da sociedade nos casos previstos na Lei das S.A.
160
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
São certificados de Ações, emitidos por bancos americanos, com lastro em papéis de empresas brasileiras. A
mesma empresa pode participar de diferentes tipos de programas, dependendo do nível de exigência das
informações que ela envia à Securities Exchange Comission (SEC), a CVM americana. O nível mais sofisticado
é o 3, o único em que a empresa pode lançar novas Ações e captar recursos. Nos níveis 1 e 2 - e no 144 não há
aumento do volume de emissão de Ações.
Só pode comprar e vender ADRs os investidores que têm conta no exterior (pessoa física ou jurídica). A abertura
da conta é lícita, desde que seja declarada e respeite as regras de tributação. O envio de dinheiro para o exterior
só pode ser feito através das instituições financeiras credenciadas a operar câmbio e, se montante ultrapassar
US$ 10 mil, o Banco central deverá ser informado.
Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo
de voto, ou sob controle comum, que:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações
da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da
companhia.
O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua
função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela
trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
Acionista minoritário - Diz-se do possuidor de Ações de uma empresa com direito a voto sem, no entanto, ter
seu controle acionário.
Aquele que é detentor de uma quantidade não expressiva (em termos de controle acionário) de Ações ordinárias.
O artigo 4º da Lei nº 6.404/76 , que dispõe sobre as sociedades por Ações, foi alterado, passando a estabelecer
que, para que se efetive o fechamento do capital da companhia, o titular do controle, direta ou indiretamente,
deverá formular uma oferta pública para adquirir a totalidade das Ações em circulação no mercado, por preço
justo, ao menos igual ao valor de avaliação da companhia.
A nova lei assegura aos acionistas minoritários a revisão do valor da oferta. Para tanto, os acionistas titulares de,
no mínimo, 10% das Ações em circulação no mercado poderão requerer a convocação de assembléia especial
dos acionistas titulares de Ações em circulação no mercado, para deliberar sobre a realização de nova avaliação
da companhia ou para a adoção de outro critério em tal avaliação, conforme dispõe o Art. 4-A introduzido pela
nova lei.
161
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
assegura que a alienação, direta ou indireta, do controle acionário de uma companhia somente poderá ocorrer
sob a condição de que o acionista adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das demais Ações
ordinárias, de modo a assegurar a seus detentores o preço mínimo de 80% do valor pago pelas Ações
integrantes do bloco de controle.
Algumas companhias, voluntariamente, estendem o direito de tag along também aos detentores de Ações
preferenciais e/ou asseguram aos detentores de Ações ordinárias um preço superior aos 80%.
FONTES DE INFORMAÇÃO
O conjunto de informações que os administradores das companhias fornecem aos acionistas, analistas de
investimentos, credores e comunidade em geral, abrange os seguintes documentos:
relatório de administração
demonstrações financeiras com notas explicativas
parecer dos auditores independentes.
O relatório anual tem forte poder de comunicação por ser mais descritivo e menos técnico que os demais
documentos. Nele o administrador faz uma prestação de contas dos atos praticados e apresenta expectativas
sobre desempenhos futuros. Seus principais tópicos:
162
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Dever da Lealdade: exercer suas atribuições de acordo com os interesses da companhia que administra
Dever de Guardar Sigilo: Ao administrador, cabe guardar sigilo sobre toda e qualquer informação que
ainda não tenha sido divulgada ao conhecimento do mercado
O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em
virtude de ato regular de gestão. Entretanto responde civilmente pelos prejuízos causados, se:
Dentro de suas obrigações e poderes, agir com culpa ou dolo
Violando a lei ou o estatuto da companhia
É proibido ao administrador:
Prática de atos de liberalidade a custa da sociedade
Hipoteca, penhor ou alienação de bens sociais, sem autorização do conselho de administração ou da assembléia
Tomar empréstimos a sociedade sem deliberação da assembléia
Intervir em qualquer operação social que tenha interesse oposto ao da companhia.
É ainda, vedado ao administrador, intervir quando seu interesse for oposto ou conflitante ao interesse da
companhia.
163
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
MÚLTIPLOS DE MERCADO
A avaliação de Ações pelo sistema de múltiplos é bastante difundida no mercado apesar de controversa.
O raciocínio básico é simples:
calcula-se os múltiplos de várias empresas
as Ações que apresentarem os menores índices estão subavaliadas em relação as demais. Significa que
podem propiciar retorno em menor tempo. Recomendação de compra
as Ações com maiores múltiplos estão superavaliadas. Recomendação de venda.
164
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
É a análise da situação financeira, econômica e mercadológica de uma empresa e suas expectativas e projeções
para o futuro. Em contraposição à análise técnica, a análise fundamentalista não se baseia no estudo
das cotações de bolsa. A análise fundamentalista interpreta dados fundamentais de uma empresa obtidos
do balanço (análise contábil) e informações sobre a situação do mercado, o patrimônio da empresa.
ANÁLISE TÉCNICA
A análise técnica funciona porque o mercado corresponde à soma dos desejos, medos e expectativas das
pessoas. O valor de um ativo reflete o encontro entre os que acreditam que o ativo irá se valorizar (compra)
versus aqueles que pensam o contrário (venda). Essas manifestações aparecem nos gráficos.
As pessoas lembram-se dos valores em que ganharam ou perderam dinheiro. Dessa maneira, começa a
formação de zonas de preços difíceis de ultrapassar, são as chamadas regiões de suporte e resistência como
veremos ao longo do tutorial. De modo semelhante, as tendências são formadas e a análise técnica oferece
ferramentas que possibilitam medir a força da tendência e mesmo sua provável extensão.
Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. Conforme ela ganha mais adeptos, mais
pessoas passam a utilizar suas teorias e a perceber, simultaneamente, padrões de compra e venda, o que acaba
por impulsionar o movimento de preço.
Não podemos esquecer ainda o dinamismo da análise técnica. Durante o dia surgem diversas oportunidades de
negócios, pois o mercado se repete e os mesmos padrões que uma pessoa observa em um gráfico de nível
diário pode aparecer diversas vezes ao longo de um único pregão.
165
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Esta expressão é designada para abranger os assuntos relativos ao poder de controle e direção de uma
empresa, e os diversos interesses que de alguma forma estão ligados a vida das sociedades comerciais.
Para os investidores, a análise das práticas de governança auxilia na decisão de investimento pois a governança
determina qual o nível e as formas de atuação que estes podem ter na companhia, possibilitando-lhes exercer
influencia no desempenho da mesma. Boas práticas de governança corporativa repercutem na redução do custo
de capital, o que aumenta a viabilidade do mercado de capitais como alternativa de capitalização.
A boa governança permite uma administração melhor, em beneficio de todos os acionistas e daqueles que lidam
com a empresa, contribuindo para uma sociedade mais justa e responsável.
A análise das práticas de governança corporativa aplicadas ao mercado de capitais envolvem, principalmente:
Transparência na prestação de informações ao público em geral
Equidade de tratamento dos acionistas
OS SEGMENTOS DE LISTAGEM:
NÍVEL I;
NÍVEL II;
NOVO MERCADO
166
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
NOVO MERCADO
O Novo Mercado é um segmento de listagem destinado à negociação de Ações emitidas por companhias que se
comprometam, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa adicionais em relação ao
que é exigido pela legislação.
A valorização e a liquidez das Ações são influenciadas positivamente pelo grau de segurança oferecido
pelos direitos concedidos aos acionistas e pela qualidade das informações prestadas pelas companhias.
Essa é a premissa básica do Novo Mercado.
A entrada de uma companhia no Novo Mercado ocorre por meio da assinatura de um contrato e implica a
adesão a um conjunto de regras societárias, genericamente chamadas de "boas práticas de governança
corporativa", mais exigentes do que as presentes na legislação brasileira. Essas regras, consolidadas no
Regulamento de Listagem do Novo Mercado, ampliam os direitos dos acionistas, melhoram a qualidade das
informações usualmente prestadas pelas companhias, bem como a dispersão acionária e, ao determinar a
resolução dos conflitos societários por meio de uma Câmara de Arbitragem, oferecem aos investidores a
segurança de uma alternativa mais ágil e especializada.
A premissa básica é que a adoção de boas práticas de boa governança corporativa pelas companhias confere
maior credibilidade ao mercado acionário e, como conseqüência, aumenta a confiança e a disposição dos
investidores em adquirirem as suas Ações, pagarem um preço melhor por elas reduzindo seu custo de captação.
A adesão das companhias ao nível 1 ou ao nível 2 depende do grau de compromisso assumido e é formalizada
por meio de um contrato assinado pela BOVESPA, pela Companhia, seus administradores, conselheiros fiscais e
controladores. Ao assinarem o contrato, as partes acordam em observar o Regulamento de Listagem do
segmento específico, que consolida os requisitos que devem ser atendidos pelas Companhias listadas naquele
segmento.
167
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
COMPANHIA NÍVEL 1
Banco Bradesco
Bradespar
Braskem
Paranapanema S.A
Metalurgica Gerdau S.A
Vale SA
Fonte: Bovespa
168
MÓDULO IV – DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTOS
COMPANHIA NÍVEL 2
As companhias nível 2 se comprometem a cumprir as regras aplicáveis ao Nível 1, e adicionar um conjunto mais
amplo de práticas de governança relativas aos direitos societários dos acionistas minoritários.
Por exemplo, a companhia aberta listada no nível 2 tem como obrigações adicionais a legislação, além das
exigidas no nível 1:
Estes compromissos devem também ser aprovados em assembléias e incluídos no estatuto social da
companhia.
Fonte: Bovespa
169
MÓDULO IV – DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTOS
A BOVESPA Holding, através de sua controlada CBLC, atua como depositaria dos valores mobiliários
negociados em nossos mercados de renda variável e renda fixa, sendo a única depositaria central de Ações no
Brasil.
Ela opera o serviço de custódia fungível e detêm a propriedade fiduciária de todos os valores mobiliários
depositados. Tem um processo de conciliação diário dos valores mobiliários depositados, os quais são mantidos
em forma escritural e identificados por um código ISIN, em uma estrutura de contas segregada e individualizada
que identifica os investidores finais. O registro da CBLC como proprietária fiduciária é feito apenas com o
objetivo de realizar a guarda dos ativos no serviço de depositária, não tendo a CBLC nenhum direito de
propriedade sobre os mesmos.
Alem de atuar como depositaria de Ações de companhias abertas, a estrutura dos sistemas utilizado pelo serviço
de custódia da CBLC foi desenvolvida para prover o mesmo tipo de serviço para outros instrumentos financeiros
como, por exemplo, certificados de privatização, debêntures, certificados de investimento, quotas de fundos
imobiliários e títulos de renda fixa.
A CBLC atua como contraparte central para todos os agentes de compensação, colocando-se entre todos os
compradores e vendedores, e assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua
liquidação
O serviço de gerenciamento de riscos visa identificar, mensurar e prover a cobertura ou transferência dos riscos,
em especial os de crédito, liquidez, operacional, legal e de mercado, através da adoção de um conjunto de
procedimentos e sistemas desenvolvidos para a execução destas atividades.
170
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Segmento de negociação de ativos administrado pela BVSP, em que há presença da entidade auto reguladora
exercendo a supervisão dos negócios. Entretanto os parâmetros de negociação e as regras de listagem são
menos exigentes do que os de mercado de bolsa.
No mercado de balcão organizado atuam como intermediários não só as corretoras de valores, mas também as
distribuidoras de valores e bancos de investimento.
FORMAS DE NEGOCIAÇÃO
MERCADO A VISTA
Debêntures
Notas promissórias
Direitos de subscrição
Recibo de Subscrição
A negociação é realizada exclusivamente por meio de sistemas eletrônicos totalmente integrados com os
sistemas de compensação e liquidação, resultado na automatização de todo o processo.
Compra e venda de lotes padronizados de Ações executadas por preço estabelecido pelo mercado pregão
eletrônico.
A operação realizada em D0 terá a liquidação em D+3
171
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
MERCADO A TERMO
O contrato a termo é provavelmente o tipo mais básico de derivativo. Nele uma das partes compromete-se a
comprar e a outra a vender um ativo, por preço específico, em uma data predeterminada.
MERCADO A FUTURO
Um contrato futuro nada mais é do que um acordo entre duas partes para comprar um ativo a certo preço em
uma determinada data. Para facilitar este processo, a Bovespa determina as características básicas do contrato,
de forma que todos os participantes no mercado saibam exatamente o que estão comprando ou vendendo.
o Ajuste diário: mecanismo por meio do qual as posições mantidas em aberto são acertadas
financeiramente – todos os dias – em recursos disponíveis em conta corrente, segundo seu
preço de mercado. Esse mecanismo impede que eventuais prejuízos se acumulem assim, se
num dia qualquer a posição perdedora deixar de honrar seu compromisso e não efetuar o
pagamento do ajuste, a bolsa encerra compulsoriamente esta posição, utilizando sua margem
para saldar o débito.
o Margem: caução requerida para assegurar que haverá fundo suficiente para cobrir prejuízos no
caso de inadimplência do cliente. Tanto comprador como vendedor devem cumprir o depósito de
margem que pode ser constituída em dinheiro, títulos públicos ou privados, Ações, carta de
fiança, seguro de crédito e certificado de ouro. As bolsas estipulam o percentual de margem com
base na natureza de cada ativo.
o Negociabilidade: as posições podem ser liquidadas a qualquer momento mesmo antes da data
do vencimento do contrato, bastando para tanto fazer a operação inversa da que está em aberto.
o Prazos: normalmente encontram-se abertos a negociação nos mercados futuros, contratos com
diversos vencimentos, definidos de acordo com a característica da produção e comercialização
de cada mercadoria ou ativo financeiro. Alguns contratos de commodities de alta liquidez, como
café algodão e açúcar, prevêem também entrega física.
172
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
MERCADO DE SWAP
O contrato de swap é um contrato particular entre duas partes (negociação em balcão) que estabelece a troca de
dois fluxos financeiros segundo condições de prazo e preço definidos entre as partes.
o Registro: as operações são negociadas no mercado de balcão, mas podem ser registradas na
CETIP ou Bovespa.
MERCADO DE OPÇÕES
Contrato no qual uma das partes tem só direito (comprador) e a outra parte tem só obrigação (vendedor).
Para isso, o comprador paga um prêmio (prêmio), que será a perda máxima que ele poderá ter. age assim para
se proteger de um risco (sinistro)
A seguradora, assume a obrigação de eventualmente ter que comprar o carro do segurado (comprador), mesmo
que ele não exista mais.
Para assumir essa obrigação, ela recebe o prêmio, que é o lucro máximo que ela terá. A seguradora não
acredita na possibilidade de haver o risco. (sinistro).
Assim, concluímos:
Se ocorre o sinistro, o comprador exerce o direito que tem e ganha tanto mais quanto maior for o preço do bem
no vencimento.
Se não ocorre o sinistro, o comprador não exerce o direito que tem e a seguradora fica com o valor do prêmio.
173
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Operação: o comprador paga um prêmio e adquire o direito de comprar o ativo objeto pelo preço de
exercício (acredita que o preço a vista no vencimento deve superar o preço de exercício).
Potencial de Lucro: acima do ponto de equilíbrio, a medida que o preço a vista do ativo objeto sobe,
cresce seu lucro proporcionalmente.
Potencial de Perda: se a estimativa de alta não se confirmar, o comprador não exerce seu direito (já que
pode comprar o ativo no mercado por preço inferior) e perde integralmente o prêmio pago.
Operação: o vendedor recebe um prêmio e assume a obrigação de vender o ativo objeto pelo preço de
exercício (acredita que o preço a vista deve ficar abaixo do preço de exercício)
Potencial de lucro: seu potencial de ganho se limita ao prêmio recebido se sua estimativa de queda se
confirmar, e não for exercido. O titular, que tem o direito, comprará no mercado a vista por um preço
menor que o de exercício.
Potencial de perda: ilimitado – acima do ponto de equilíbrio, a medida que o preço a vista sobe, seu
prejuízo cresce proporcionalmente.
Efeito no prêmio das opções: taxa de juros, tempo para o vencimento, volatilidade, preço do ativo objeto e preço
de exercício
174
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Para adquirir Ações o investidor tem algumas opções. No ambiente das bolsas de valores, somente as CTVM –
Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, podem intermediar a compra e venda das Ações. Caso o cliente se
dirija a uma agência bancária para negociar Ações em Bolsa de Valores, o banco deverá encaminhá-lo a uma
Corretora.
As DTVM - Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, estão autorizadas a operar em bolsas de valores,
desde a Decisão Conjunta 17, tomada entre BACEN e CVM em março/2009, porém até agora não existem
distribuidoras listadas e aptas para essa operação.
Home Broker é um serviço semelhante aos Home banking, oferecidos pelos bancos, ou seja, é um canal de
relacionamento, entre os investidores e as sociedades corretoras da BOVESPA, permitindo que sejam enviadas,
por meio da Internet, ordens de compra e de venda de Ações. Isso é possível porque os Home Brokers das
corretoras estão interligados ao sistema de negociação da BOVESPA. Para investir em Ações via internet, é
necessário que o investidor seja cliente de uma corretora da BOVESPA que disponha dessa facilidade.
LIMITADA E A MERCADO
IPO-Initial Public Offering, é o processo de lançamento de Ações junto ao mercado, e significa Oferta Pública
Inicial de Ações. Através desse mecanismo, uma empresa realiza a primeira colocação pública de Ações para
negociação no mercado. Tal processo ocorre por colocação primária ou colocação secundária (block-trade).
→ Colocação primária: são emitidas novas Ações da companhia, portanto ocorre a captação de
recursos pela empresa emissora.
→ Colocação secundária (block-trade): ocorre quando um grande acionista ou grupo se desfaz de
sua posição de Ações. Neste caso, por não haver a emissão de novas Ações, não haverá entrada
de recursos para a empresa emissora, pois os recursos são canalizados para o acionista
vendedor.
175
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
PERÍODO DE RESERVA:
Objetivo Principal: Testar demanda e formar preço (bookbuilding)
É admissível o recebimento de reservas para aquisição de Ações objeto de oferta pública, desde que:
→ Tal fato esteja previsto no Prospecto;
→ Tenha sido requerido o registro da distribuição junto a CVM;
→ Haja prospecto preliminar a disposição dos investidores
Em uma distribuição pública, com garantia de acesso a todos os investidores, os critérios de rateio são
previamente conhecidos, pois dependendo da procura, o rateio possibilitará que todos interessados possam
adquirir certa quantidade do valor mobiliário objeto da distribuição.
ORDEM CARACTERÍSTICA
176
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
As Ações são títulos de renda variável, logo, oferecem resultados que podem ser ganhos ou perdas para o
investidor, baseados no comportamento de seus preços de mercado. O desempenho da empresa, as condições
de mercado e a evolução da economia influenciam muito o resultado que as Ações proporcionam. Portanto a
perda ou ganho de capital ocorrerá em função de oscilações do preço da ação no mercado em relação ao preço
pago e também da renda decorrente da distribuição do lucro gerado pela empresa além de outros proventos
como: dividendos, juros sobre capital próprio, bonificação e subscrição.
Dividendos
É a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moeda, aos seus acionistas. Por lei, no mínimo, 25%
do lucro líquido do exercício devem ser distribuídos aos acionistas.
Os dividendos a serem pagos são incluídos no lucro tributável e, portanto, não são deduzidos do Imposto
de Renda – IR, e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL – a serem pagos pelas empresas.
Não gera benefício fiscal e/ou tributário para a empresa.
Tanto as pessoas físicas quanto as pessoas jurídicas estão isentas de tributação de imposto de renda sobre
recebimento de dividendos.
Subscrição
Direito aos acionistas de aquisição de Ações por aumento de capital, com preço e prazo determinados.
O bônus de subscrição (o direito – negociável) é adquirido por um preço unitário em determinada data, dando ao
seu portador o direito de subscrever uma nova ação dentro de um prazo determinado, por um preço
complementar, corrigido monetariamente ou não. A quantidade de bônus a ser subscrita pode ser proporcional
ao número de Ações já possuídas. O acionista que não efetuar a subscrição no período estipulado perderá seu
direito e não terá restituição do valor pago antecipadamente. Dessa forma, o bônus dá ao acionista que acredita
no futuro de sua empresa a garantia de subscrever Ações no futuro por um preço predeterminado.
177
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Bonificação
Distribuição gratuita de novas Ações aos acionistas, em função de aumento do capital por incorporação de
reservas.
Split ou Desdobramento
Distribuição gratuita de novas Ações aos acionistas, pela diluição do capital em um maior número de Ações, com
o objetivo, entre outros, de dar liquidez aos títulos no mercado.
Podemos ainda definir, como o aumento da quantidade de Ações de uma empresa, sem que haja alteração na
participação dos sócios, investidores ou titulares de direitos. Por extensão, aumento da quantidade de títulos e
valores mobiliários. No caso de Ações ou cotas de fundos, a decisão de desdobrar depende de aprovação em
assembléia geral.
Via de regra, empresas com Ações de valor unitário muito elevado desdobram a ação, para facilitar negociações
em menores lotes. Um exemplo é uma ação admitida à negociação em bolsa a R$ 1.000,00 (preço unitário).
Pode-se desdobrar a ação a razão de 10 por 1, tornando-a cotada a R$ 100,00. Assim, o cliente passa a ter 10
Ações ao invés de uma.
Agrupamento ou Inplit
Condensação do capital em um menor número de Ações com consequente aumento do valor de mercado da
ação, com o objetivo, entre outros, de valorizar sua imagem em mercado.
As regras do mercado de Ações estabelecem que, no dia seguinte á assembléia de acionistas, que tenha
deliberado a concessão de um direito, a ação já estará sendo negociada “ex” (vazia) em relação ao dia anterior a
assembléia em que era negociada “com” (cheia).
Sobre as operações realizadas no mercado a vista, os clientes pagam as corretoras uma taxa de corretagem,
calculada em cascata por faixas, em função do volume transacionado mais uma taxa específica a bolsa.
Sobre as operações de compra não incide tributação, vindo a incidir um imposto sobre ganhos de capital de 20%
quando da venda sobre o valor real do lucro realizado com a operação.
178
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Risco de Mercado
Está diretamente relacionado às flutuações de preços e taxas (Alta volatilidade). Muitos outros fatores
podem afetar o desempenho da empresa e das Ações no mercado. Veja:
→ Taxas de juros muito elevadas podem inviabilizar a tomada de crédito para realizar investimentos, bem
como reduzir a atratividade dos títulos de renda variável em comparação aos de renda fixa.
→ Caso a empresa tenha dívidas contraídas em moeda estrangeira, oscilações de câmbio podem
comprometer sua situação financeira. A empresa também será afetada se houver concorrência de
produtos estrangeiros ou se for exportadora.
→ Uma situação econômica pouco favorável compromete o desempenho das empresas. Algumas, no
entanto, são ainda mais atingidas por crises econômicas. Adicionalmente, há setores em que fatores não
previsíveis geram impactos profundos.
Risco de Liquidez
Decorre da eventual falta de recursos imediatamente disponíveis para honrar compromissos assumidos, ou falta
de contrapartes em número suficiente para negociar o volume desejado de determinado ativo, causando-lhe
variação anormal de valor e conseqüente redução de rentabilidade, entre outros que já vimos anteriormente.
Risco de Crédito não existe no produto Ações, uma vez que quando adquirimos Ações, nos tornamos
acionistas da empresa emissora, e não credores da mesma.
179
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Corretagem
A corretagem é a taxa de remuneração de um intermediário financeiro na compra ou venda de títulos. Para
operações registradas na BOVESPA será livremente pactuada entre a Sociedade Corretora e seus clientes.
Custódia
Significa a guarda de títulos. No mercado de Ações, os acionistas por intermédio de uma sociedade corretora,
podem utilizar-se do sistema de custódia fungível da BOVESPA, oferecido pela CBLC – Câmara Brasileira de
Liquidação e Custódia, que é uma sociedade anônima que tem como objetivo social a prestação de serviços de
compensação e liquidação física e financeira de operações realizadas nos mercados a vista e a prazo da bolsa
de Valores de São Paulo (BOVESPA) e de outros mercados. A CBLC cobra 0,3% ao ano de taxa de custódia.
Emolumentos
Nos mercados administrados pela BOVESPA incidirão taxas e emolumentos conforme estabelecido na Tabela
de Contribuições e Serviços, a qual é divulgada periodicamente pelo Superintendente Geral. As taxas e
emolumentos incidem, no mercado a vista, sobre o valor da operação de compra ou de venda. As regras de
cálculo da taxa de emolumentos são definidas por grupo de produtos que possuem finalidades ou características
semelhantes. No entanto, dentro do grupo de taxa de câmbio, o desconto é individualizado e o volume em cada
ativo-objeto não é cumulativo com os demais produtos do grupo.
180
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Alíquota de 15% sobre os ganhos líquidos conferidos em cada mês. No mercado a vista de Ações, considera-se
ganho líquido o resultado positivo conferido nas operações de venda realizadas em cada mês, deduzindo
também custos e despesas incorridos na realização das operações. Do valor a ser pago de imposto de renda,
deverá ser deduzido o valor retido na fonte correspondente ao 0,005%.
→ Recolhimento do imposto de renda deverá ser efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao da
apuração, sendo responsável pelo seu recolhimento o próprio contribuinte, o qual deve efetuar o
recolhimento do tributo via DARF.
As operações de alienação (venda) realizadas em Bolsas de Valores e assemelhadas (mercados de balcão), por
qualquer beneficiário (PF e PJ), estão sujeitas as seguintes alíquotas de IR, a partir de 01.01.2005:
→ 0,005% retido na fonte, calculado sobre o valor da venda, a título de antecipação, desde que esse
percentual não represente valor igual ou inferior a R$ 1,00 (um real) no acumulado do mês
Para o valor retido na fonte a título de antecipação, o contribuinte poderá realizar uma das seguintes:
→ Deduzir do imposto de renda sobre os ganhos líquidos apurados no mês
→ Deduzir do imposto de renda sobre os ganhos líquidos apurados em meses subseqüentes
→ Compensar na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que tratam os itens acima, houver
saldo de imposto retido
→ Compensar com o imposto sobre ganho de capital na alienação de Ações
→
181
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Conceito
Trata-se de uma aplicação financeira criada por um grupo de pessoas que desejam investir seu dinheiro
(recursos) em títulos e valores mobiliários (por exemplo, Ações).
Características Operacionais
→ Constituído por pessoas físicas, no mínimo 3 e no máximo de 150 participantes, porém no caso de um
clube reúne funcionários, empregados ou contratados de uma mesma entidade, empresa ou qualquer
grupo de sociedade, o número poderá ser maior. Entretanto, um único participante não pode ter mais de
40% do total das cotas
→ Deve ter um administrador que pode ser uma sociedade corretora, sociedade distribuidora, banco de
investimentos ou banco múltiplo com carteira de investimento. O gestor pode ser o administrador do
clube ou pessoa física ou jurídica designada para prestar os serviços de gestão da carteira de
investimentos, a qual é o conjunto de títulos de renda fixa e de renda variável de propriedade do clube
de investimento.
→ São registrados e fiscalizados pela Bovespa e pela CVM
→ O registro do clube de investimento é realizado após a análise da documentação necessária,
providenciada pela corretora de valores escolhida.
182
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
183
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Emissor Emissor
Setor Público Setor Privado
SELIC CETIP
Principais RISCOS
Imposto de Renda
Prazo de Permanência Alíquotas
Todos os ativos de Renda Fixa, exceto as LH´s para pessoas físicas, seguem a Tabela Regressiva do Imposto
de Renda, e a retenção é efetuada na fonte, quando existe rendimento.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
SWAP
Operações de Swap são realizadas para troca de Direitos constantes do Ativo e Obrigações constantes do
Passivo entre duas empresas para evitar perda (resultado negativo), com a desvalorização de moedas
estrangeiras ou com o menor crescimento de índices que corrijam o seu ativo em relação aos do passivo.
Nos Produtos de Investimento, é um dispositivo de proteção, que permite ao investidor, desde que previamente
contratado, trocar a rentabilidade pré estabelecida por uma outra, também pré estabelecida, com a finalidade de
alcançar a maior rentabilidade possível.
São títulos emitidos por instituições financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários. Constituem uma
alternativa de investimento ao cliente, uma vez que se caracterizam como uma forma de captação de recursos
para o banco. As regras atuais estabelecem que somente quando o volume de financiamentos concedido, dentro
das regras do Sistema Financeiro da Habitação, for superior ao volume de captação em caderneta de poupança
é que se pode recorrer as Letras Hipotecárias, como forma de captação.
As instituições autorizadas a emitir letras hipotecárias podem adotar para efeito de remuneração básica os
seguintes índices:
→ Índice de Remuneração da Poupança – TR
→ Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas
→ Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE
→ Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas
As letras hipotecárias emitidas com base em índice de preços terão prazo mínimo de 60 meses.
Atualmente, as letras hipotecárias emitidas com base na TR, tem prazo mínimo de 180 dias. As instituições
financeiras deverão determinar no ato da emissão da letra hipotecária um único índice de atualização, sendo
vedada cláusula de opção. Um possível inconveniente das letras hipotecárias é a falta de liquidez e de prazos
maleáveis de investimento em relação a outros produtos disponíveis no mercado.
As LH´s ao oferecidas apenas com vencimentos pré-definidos (normalmente, no mercado, variam entre seis
meses a dois anos), não havendo a possibilidade de saque dos recursos antes do prazo estabelecido.
188
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Já vimos que o risco de crédito está relacionado a possíveis perdas quando o credor não deseja ou não é capaz
de cumprir suas obrigações.
Observe que a emissão de LH tem como garantia a caução de créditos hipotecários de que sejam titulares as
instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH, garantidos por primeira hipoteca,
sendo que a soma do principal da letra não pode exceder, em hipótese alguma, o valor total dos créditos
hipotecários em poder da instituição emitente. No entanto, admite-se que o crédito hipotecário caucionado, seja
substituído por outro crédito da mesma natureza por iniciativa do emissor, no caso de liquidação ou vencimento
antecipados, ou por solicitação do cliente credor da Letra.
O risco de crédito é atenuado, nos investimentos em LH e LCI, pela existência do Fundo Garantidor de Créditos,
que já descrevemos neste módulo, em caso de inadimplência do emissor.
Risco de Mercado
O risco de mercado sofrido pelas Letras Hipotecárias é em caso de falência da instituição Financeira emissora.
TRIBUTAÇÃO
É isenta de imposto de renda a remuneração conferida por pessoa física e condomínios de edifícios,
produzida por LH, excetuando o ganho de capital conferido na sua alienação ou cessão.
Os ganhos, por pessoa jurídica, estão sujeitos a tributação nos moldes dos investimentos de renda fixa,
seguindo, inclusive, a mesma tabela responsabilidades.
189
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
É um título emitido por bancos comerciais, de investimento ou múltiplos que representa um depósito a prazo
efetuado pelo cliente. É transferível (resgatado a critério da instituição financeira, antes do vencimento), por
endosso nominativo (endosso em preto) desde que respeitados os prazos mínimos. Pode ter remuneração
prefixada ou pós fixada. Por se tratar de um título de emissão de instituição financeira privada, sua custódia é no
CETIP.
Prazos
Taxas Prazo mínimo
Prefixada ou Pós fixada (CDI/SELIC) A partir de 1 dia
TR/TJLP 1 mês
TBF 2 meses
Formas de resgate
Por ser o CDB um depósito a prazo, existe uma data marcada para que aconteça o resgate do valor investido.
Nesta data, chamada de data de vencimento do papel, ocorre o crédito em conta corrente do cliente do valor
aplicado acrescido da remuneração que tenha sido contratada (menos os impostos devidos). Caso o cliente
necessite dos recursos antes do vencimento do papel, pode solicitar o resgate dentro das condições fixadas pela
instituição emissora do título. De qualquer forma, o resgate ocorre por meio de crédito em conta corrente.
190
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Quando investe em CDB, o cliente adquire um título emitido por um banco. Assim, esse título apresenta o risco
de crédito desse banco. Lembre-se que o risco de crédito é a possibilidade de o devedor de uma obrigação não
ser capaz de saldá-la.
O risco de crédito é atenuado, nos investimentos em CDB, pela existência do Fundo Garantidor de Créditos, que
já descrevemos neste módulo, em caso de inadimplência do emissor.
191
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Risco de mercado
Relacionado à variação das taxas de juros.
Ao adquirir um CDB, o cliente contrata uma taxa de juros que remunerara seu investimento. Oscilações nessa
taxa, ou em outros preços importantes na economia afetam o investimento do cliente, representando seu risco
de mercado.
Risco de liquidez
O CDB é um título de uma instituição financeira. Se resgatado antes do vencimento o banco pode reduzir a
rentabilidade em troca da geração de liquidez.
Tributação
Imposto de Renda
O fato gerador do Imposto de Renda é o resgate do CDB com renda. A base de cálculo do imposto é a
diferença positiva entre o valor aplicado e o valor resgatado, subtraindo-se se for o caso, o valor do IOF.
O recolhimento é de responsabilidade da instituição financeira, uma vez que é cobrado na fonte.
Veja a tabela:
Imposto de Renda
Prazo de Permanência Alíquotas
IOF
Fato gerador: aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores
mobiliários
Sua base de cálculo é o valor de aquisição, regate, cessão ou repactuação
A alíquota para demais produtos de renda fixa: 1% ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou repactuação,
limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme a tabela que já apresentamos.
192
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Debêntures são valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo que asseguram a seus
detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora.
Podem existir emissões com remuneração prefixada ou pós fixada, lastreados em: TR, TBF, TJLP, índice de
Preços e DI CETIP, como alguns exemplos.
As companhias podem utilizar a emissão de debêntures para captar recursos,no mercado. No entanto, a
captação por meio de debêntures só pode ser feita por Sociedades Anônimas abertas ou fechadas, porém,
somente as companhias de capital aberto com registro na CVM, podem efetuar emissões públicas de
debêntures. Prometem ao comprador uma remuneração certa, num prazo determinado, por meio do recebimento
de juros periódicos e reembolso do capital na data do vencimento da debênture
Sob o ponto de vista da empresa emissora, permitem maior flexibilidade na utilização dos recursos, já que, ao
contrário de muitas linhas de empréstimos e financiamentos, não exigem um projeto indicando onde e como os
recursos serão aplicados
Quando os títulos são vendidos para aplicadores não acionistas da companhia emissora (com oferecimento ao
público), é necessário o registro da empresa e da emissão junto à comissão de valores mobiliários (CVM)
O FGC não garante as emissões de debêntures por não serem emitidas por instituições financeiras.
Tipos
conversíveis: são aquelas que podem ser trocadas por Ações da companhia emissora. As condições de
conversibilidade devem estar explícitas na escritura de emissão das debêntures, a qual conterá as bases da
conversão, a espécie e classe das Ações em que a debênture poderá ser convertida e o prazo ou época para o
exercício do direito à conversão: prazo 3 anos
Ambas podem ser negociadas antes dos seus vencimentos no mercado secundário.
193
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Na emissão de debêntures com cláusula de correção monetária com base em índice de preços, deve ser
atendido o prazo mínimo de um ano para vencimento ou repactuação.
O prêmio das debêntures não pode ter como base a TR, a TBF, a TJLP, o índice de preços, à variação da
taxa cambial, ou qualquer outro referencial baseado em taxa de juros. No entanto se admite que o
prêmio das debêntures tenha como base a variação da receita ou do lucro da companhia emissora.
Risco de Crédito
Depende da empresa emissora.
Ao adquirir uma debênture o cliente passa a ter um direito de crédito contra a companhia emissora do título,
logo, o risco de crédito da companhia está refletido na debênture.
Risco de mercado
As debêntures são lançadas com uma remuneração dada por uma taxa prefixada ou pós fixada. Oscilações de
preços e taxas podem afetar negativamente o investimento feito.
Risco de liquidez
As debêntures são títulos negociados no mercado. Algumas circunstâncias podem dificultar sua negociabilidade,
reduzindo a liquidez desses títulos.
194
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
TRIBUTAÇÃO
Imposto de Renda
Fato Gerador e Base de Cálculo
→ Pagamento de juros/rendimentos periódicos
→ Alienação do papel: ganho auferido na alienação
→ Pagamento de amortização: diferença entre o valor amortizado tomando por base o principal original e o
valor efetivamente pago.
Desde 01/01/05, a tributação do IR segue a tabela:
Imposto de Renda
Prazo de Permanência Alíquotas
Se os juros forem pagos periodicamente, a alíquota incidente será referente ao prazo de crédito
dos juros, contados da aquisição do título ou da transferência de titularidade.
Os rendimentos produzidos até 31/12/04, serão tributados de acordo com a legislação anterior
O emissor da debênture é o responsável pela retenção e recolhimento do IR dos rendimentos
pagos as pessoas físicas e jurídicas. Se houver intermediação de instituição financeira, esta
será responsável pela retenção e recolhimento do imposto.
195
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Definição
A nota promissória comercial, também chamada de commercial paper é um título de crédito de curto prazo
emitido por sociedades anônimas com o objetivo de captar recursos para financiar seu capital de giro.
São emitidas com um valor de face (nominal) sendo negociados no mercado com um deságio. É comum haver
um indexador, a taxa CDI por exemplo. A legislação não permite que instituições financeiras emitam notas
promissórias.
As notas promissórias são emitidas sem garantia real, podendo ser garantidos por fiança bancária. Dependendo
do seu conceito de crédito, a empresa deverá dar garantias adicionais quando for o caso. A emissão de notas
promissórias, diferentemente de um empréstimo bancário, não está sujeito ao recolhimento do IOF, no entanto,
apresenta alguns custos de registro junto a CVM e de publicação de início e término da distribuição pública. O
Credor dos títulos também não está sujeito a incidência do IOF, uma vez que o prazo mínimo dos papéis é de 30
dias. A tributação do IR segue as mesmas características apresentadas em debêntures.
Apresenta risco de Crédito decorrente da possibilidade da empresa emissora da nota deixar de pagar os
rendimentos periodicamente e/ou resgatá-la no seu vencimento.
Notas promissórias não contam com garantia do FGC, e não pode conceder garantias, como nas
debêntures.
Apresenta risco de mercado associado à depreciação no valor da Nota Promissória provocado por fatores
desfavoráveis, como por exemplo a elevação da taxa de juros.
O risco de liquidez decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do
vencimento, e também em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja inferior ao preço
considerado justo.
196
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
TÍTULOS PÚBLICOS
O tesouro nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de captação de recursos para
financiar atividades do governo federal, tais como educação, saúde e infra estrutura. Os títulos são uma opção
de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da união, e são considerados como os
títulos de “melhor risco de crédito” do país. A emissão dos títulos são utilizadas para:
→ Antecipação de receita fiscal e Financiamento do déficit orçamentário
→ Instrumentos de Política Monetária Open Market
Os títulos públicos são resgatados em data predeterminada por um valor específico, atualizado ou não, por
indicadores de mercado, como, por exemplo, índices de preços.a venda de títulos públicos no Brasil pode ser
realizada por meio de três modalidades:
→ Oferta pública com a realização de leilão
→ Oferta pública sem a realização de leilão (tesouro direto)
→ Emissões diretas para atender a necessidades especificas determinadas em lei
Os Governos Estaduais e Municipais também podem emitir títulos com o objetivo de captar
recursos, e esses títulos são custodiados no CETIP.
Risco de Crédito
Títulos públicos federais refletem o risco de crédito do governo. Normalmente esses papéis são considerados
como de risco zero, mas já houve situações em que o mercado atribuiu risco de crédito aos títulos públicos.
Naquela ocasião, acreditava-se que havia risco de o governo não efetuar o pagamento da dívida interna
contraída.
Risco de Mercado
Títulos públicos são negociados com uma remuneração dada por taxa de juros prefixada ou pós fixada que afeta
diretamente o preço do papel. Oscilações de taxa podem gerar impactos negativos sobre o preço dos
títulos.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Forma de negociação
O investidor ao ser habilitado (cadastro validado) pelo seu Agente de Custódia, receberá da CBLC a senha para
realizar as transações, pois são feitas pela internet em área exclusiva do site Tesouro Direto.
O pagamento da aquisição dos títulos é realizado através de recursos depositados no Agente de Custódia. A
partir de 31/12/07, a CPMF deixou de ser cobrada, contudo as operações do Tesouro Direto devem continuar
sendo feitas via conta de Investimento.
→ Limite Mínimo de compra é de 20% de um título (múltiplos de 0,2 do valor do título) o que equivale a
aproximadamente R$ 200,00.
→ Limite Máximo R$ 400.000,00 por mês.
No tesouro direto, o próprio investidor gerencia seus investimentos, que podem ser de curto, médio ou longo
prazo.
Os títulos poderão ser resgatados antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro
Nacional garante a recompra do título todas as quartas-feiras. Caso o investidor não queira gerenciar seus
investimentos, ele poderá autorizar uma das
instituições financeiras habilitadas a operar no Tesouro Direto (Agentes de custódia), para efetuar compras e
vendas dos títulos públicos.
Os prazos de liquidação:
Compra: os títulos adquiridos no Tesouro Direto estarão disponíveis na conta de custódia do investidor, dois dias
úteis após o pagamento.
Venda: os recursos financeiros referentes ao pagamento de resgate, recompra ou juros serão repassados pelo
Tesouro Nacional, pelo valor bruto, ao Agente de custódia um dia útil após a ocorrência de um destes eventos. O
agente de custódia deverá proceder às deduções de IR e IOF, se houver, e creditar, posteriormente, o valor
líquido na conta de investimento do investidor.
Incidem sobre operações, incidem taxa de administração e de custódia. O imposto de renda é cobrado no
momento de resgate, de acordo com as regras de renda fixa.
202
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
TÍTULOS DE RENDA FIXA
Rentabilidade diária vinculada Bancos Nominatibvo, transferível por endosso em Acompanha a tabela de
Tesouro à taxa de juros básica da Comerciais, preto. Registro obrigatório na CETIP. renda fixa; recolhido na
LFT Nacional economia, a Taxa Selic over CDB Múltiplos e de Remuneração pré ou pósfixada fonte; fato gerador:
Pós fixado ("T" depois) Investimento Contam com a Garantia do FGC. auferir rendimentos
RISCOS DO INVESTIDOR
De todos os títulos citados, os títulos Públicos Federais são considerados o melhor risco de crédito do país.
De Crédito CDB e LH, pelo fato de serem emitidos por Instituição Financeira, contam com a garantia do FGC - Fundo Garantidor de Créditos, até o limite estabelecido.
As debêntures e as notas promissórias não contam com essa garantia.
A probabilidade de ocorrência desse risco é menor quando se trata de títulos públicos federais.
De Liquidez Os títulos de prazos mais curtos correm menor risco de liquidez do que aqueles com prazos mais longos.
Os títulos prefixados estão mais sujeitos a este risco, que decorre de oscilações indesejadas na taxa de juros.
De Mercado Os títulos de remuneração pós-fixada, como as NTN, séries B, C, D, correm também, risco da variação do índice de correção.
203
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
LETRAS FINANCEIRAS
É um instrumento para as instituições financeiras captarem recursos no longo prazo, que pode ser
registrado por bancos múltiplos, comerciais, de investimento, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias e sociedades de crédito imobiliário. O ativo tem prazo
mínimo de vencimento de 24 meses e valor nominal unitário mínimo de R$ 300 mil. Não é permitido o resgate
antes do prazo de vencimento. A Letra Financeira pode ter remuneração por taxa de juros prefixada, flutuante
em DI ou SELIC, ou por índice de preços. O título pode, ainda, ser emitido de forma subordinada, a LFS - Letra
Financeira Subordinada, porém o prazo mínimo de emissão passa a ser de 5 anos.
Desde 19/01/2011, a BM&FBovespa passou a aceitar o registro e a negociação de Letras Financeiras emitidas
por meio de ofertas públicas. A negociação ocorrerá nos mercados de bolsa e balcão organizado de renda fixa.
A custódia das Letras Financeiras é feita no CETIP, por se tratar de título privado.
CADERNETA DE POUPANÇA
A conta Poupança é um dos investimentos mais tradicionais do país, por ser de fácil movimentação e oferecer
baixo risco.
Além disso, possui garantia adicional do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de até R$ 60 mil por CPF / CNPJ
e isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física.
É um investimento que também é destinado a menores de idade, e se destina a clientes que buscam um
investimento simples e de baixo risco.
Todo o volume captado através de depósitos em caderneta de poupança são destinados a Financiamento da
Habitação.
O risco de crédito é atenuado, nos investimentos em Caderneta de Poupança, pela existência do Fundo
Garantidor de Créditos, que já descrevemos neste módulo, em caso de inadimplência do emissor.
204
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
OUTROS PRODUTOS
Produto Característica
205
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
A Cédula de Crédito Bancário (CCB) foi instituída pela medida provisória 1925 de 11 de novembro de 1999 e foi
galgada ao patamar de lei ordinária mediante a Lei No 10.931 de 2 de agosto de 2004.
A CCB é um título de crédito que pode ser emitido por pessoa física ou jurídica, na forma cartular (em papel) ou
escritural, em favor de uma instituição do Sistema Financeiro Nacional, representando uma promessa de
pagamento, em dinheiro, decorrente de operação de crédito de qualquer modalidade. A instituição do Sistema
Financeiro Nacional em favor da qual é emitida a CCB é a Instituição Registradora da CCB. A Instituição
Registradora pode ou não ser co-obrigada com a emissão de CCB a qual ela esteja vinculada. Se assumida a
co-obrigação a Instituição Registradora é denominada Instituição Credora da CCB e, obviamente, assume o
papel de investidor da operação. Todavia pode ocorrer que a Instituição Registradora atue apenas como o
veículo para a emissão e movimentação da CCB que nesse caso será colocada, sem sua co-obrigação, junto a
investidores institucionais, tais como os Fundos de Investimentos e de previdência.
Desse modo, a Instituição Registradora atua fazendo uma intermediação entre investidores qualificados do
Mercado de Capitais e o mercado tradicional de crédito corporativo. Para ser distribuída no mercado secundário
a CCB deve ser registrada na CETIP –Câmara de Custódia e Liquidação (www.cetip.com.br).
A CCB é título executivo extrajudicial –não depende do aval do juiz para cobrança– e representa dívida em
dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em
planilha de cálculo ou nos extratos da conta corrente elaborados pela Instituição Registradora.
A CCB pode conter garantias reais e/ou fidejussórias constituídas no próprio título, sendo que as garantias reais
constituídas na CCB podem estar vinculadas ao instituto da alienação fiduciária e o credor poderá exigir a sua
cobertura por seguro em seu benefício, sem reforço ou substituição.
Na CCB poderão ser pactuadas todas as características do título, tais como juros, critérios de sua incidência,
capitalização, despesas e encargos da obrigação e obrigações do credor, o que, em princípio, dificulta a sua
contestação judicial.
A CCB pode ser objeto de cessão de acordo com as disposições do direito comum, caso em que o cessionário
(o que recebe o título), mesmo não sendo instituição financeira, fica sub-rogado em todos os direitos do cedente.
Esse fato tem propiciado o uso de CCB’s como lastro em operações de securitização de carteiras de créditos
bancários comercializáveis que permitam ao investidor receber o pagamento pelo título independentemente da
situação financeira do banco que o gero. Neste caso, fundamental que haja uma segregação patrimonial da
carteira de crédito a ser securitizada, em relação ao patrimônio do banco originador desta carteira.
A Cédula é estruturada com todas as garantias reais e/ou fidejussórias estabelecidas.
A Cédula é emitida a favor a Instituição registradora com as garantias constituídas na própria cédula.
Após a emissão a Instituição Colocadora atua para distribuir as cédulas junto a investidores do Mercado
Financeiro ou do Mercado de Capitais.
O emissor se responsabiliza pelo pagamento da amortização e pelo resgate da cédula junto aos
investidores conforme o estabelecido na própria cédula.
As garantias são utilizadas como um reforço de crédito para os investidores. Há casos em que as
garantias geram um fluxo de caixa que é utilizado para o pagamento da amortização e resgate das
cédulas.
206
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
A cédula de produto rural, CPR, é um título pelo qual o emitente, produtor rural (pessoa física ou jurídica) ou
cooperativa de produção, vende antecipadamente certa quantidade de mercadoria, recebendo o valor negociado
(ou insumos) no ato da venda e comprometendo-se a entregá-la na qualidade e no local acordado em data
futura.
São isentas de IOF.
Primeiramente, o emissor (produtor rural ou cooperativa de produção) deve procurar uma instituição (banco ou
seguradora) que de garantia a CPR. Essa instituição, após análise do cadastro e das garantias do emissor,
acrescenta seu aval ou agrega um seguro. De posse da CPR avalizada ou segurada, o emissor Poe negociá-la
no mercado.
Tipos de CPR
Com liquidação física: o produtor entrega no produto na data combinada
Com liquidação financeira: o emissor recebe determinado volume de recursos no ato da venda. Por ocasião do
vencimento, em vez de entregar a mercadoria ao favorecido, o emissor o liquida em dinheiro, ou seja, liquida a
CPR pelo preço do dia da mercadoria objeto de negociação, caracterizando assim a equivalência em produto.
Negociação
A CPR pode ser negociada no mercado primário, quando o emitente deseja adiantar recursos para utilizar na
produção de determinada mercadoria agropecuária, e no mercado secundário, quando o adquirente da CPR
deseja negociá-la por meio de sua venda a outro agente interessado.
A negociação pode ser feita por intermédio do mercado de balcão ou da bolsa brasileira de mercadorias. Pode-
se utilizar também o leilão eletrônico do banco do Brasil, que interliga as bolsas de mercadorias regionais.
207
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
208
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
OFERTAS PÚBLICAS DE VALORES MOBILIÁRIOS - PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES: FUNÇÕES E
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
BANCO COORDENADOR
Na oferta publica de Ações, debêntures, notas promissórias (commercial papers) e demais valores mobiliários é
necessária a intermediação de uma instituição financeira que poderá ser uma corretora ou distribuidora de
valores mobiliários e normalmente, um banco de investimento.
A colocação dos títulos no mercado se processa conforme as condições estipuladas no contrato de distribuição,
firmado entre a empresa emissora e a instituição financeira líder ou banco coordenador. O banco coordenador
tem as seguintes funções e responsabilidades:
Avaliar a viabilidade da oferta e as condições de sua colocação no mercado
Agir com diligencia (due diligence) para assegurar que as informações são verdadeiras e suficientes aos
investidores.
Fixar, no procedimento de book building, uma faixa de flutuação de preço ou taxa, na coleta de
intenções de investimento.
BANCO ESCRITURADOR
A atividade do agente escriturador está ligada a empresa emissora de Ações e/ou debêntures e compreende:
Manutenção do cadastro dos investidores
BANCO MANDATÁRIO
É a instituição financeira contratada pela efetivação das liquidações financeiras entre a empresa
emissora e instituições do sistema de liquidação.
Exemplo: nos processos de oferta de debêntures, a empresa ofertante contrata o banco mandatário para
atuar junto a CETIP executando a liquidação financeira das operações.
209
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
AGÊNCIA DE RATING
A agência de rating é especializada na análise do risco de crédito da empresa e sua capacidade de
pagamento da divida.
O rating deve constar da emissão, ter ampla divulgação no mercado e ser atualizado anualmente ou
sempre que ocorrer mudanças
O código de regulação e melhores práticas da ANBIMA dispõe sobre o relatório de avaliação (rating) que
é concedido pela agência de classificação de risco, na oferta pública de valores mobiliários.
BookBuilding
Processo de formação de preços, normalmente através de um leilão de oferta, que auxilia na definição da
remuneração e outras características de títulos e valores mobiliários, de forma a refletir as condições de mercado
por ocasião de sua efetiva colocação à venda.
RESPONSABILIDADE CIVIL)
Na emissão pública de debêntures deve constar a nomeação de um agente fiduciário para representar
os debenturistas perante a empresa.
Podem ser nomeados pessoas naturais que satisfaçam os requisitos para o exercício do cargo ou
instituições financeiras previamente autorizadas pelo Banco Central
Tem como principal função zelar pelos interesses dos debenturistas, assegurando que a empresa cumpra as
clausulas da escritura de emissão; relatar os fatos relevantes ocorridos e tomar as devidas providencias, quando
cabíveis. Não pode ser agente fiduciário quem já exerce a função em outra emissão ou quem, de qualquer
modo, se coloque em situação de conflito de interesses.
O agente fiduciário responde perante os debenturistas pelos prejuízos causados por culpa ou dolo no exercício
da função.
Em resumo, o agente fiduciário representa o interesse dos debenturistas. Ele deve assegurar que a empresa
cumpra as cláusulas previstas na escritura de emissão e, caso contrário, tomar as devidas providencias.
210
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
PREÇOS
Sua função será manter, a todo momento, ordens de compra e venda de determinada ação, para
aumentar a liquidez dessa ação na bolsa.
Na Bovespa, o papel de formador de mercado pode ser desempenhado por corretoras, distribuidoras de valores,
bancos de investimento ou bancos múltiplos com carteira de investimentos, que ao se credenciarem para
exercer essa função, assumem a obrigação de colocar no mercado, diariamente, ofertas firmes de compra e de
venda para uma quantidade de ativos predeterminada e conhecida por todos.
Ao registrar ofertas, o formador de mercado proporciona um preço de referencia para a negociação do ativo. E
essa é uma tarefa importante porque envolve prévio conhecimento da empresa, atualização constante sobre
suas condições econômico-financeiras, acompanhamento do valor de seus ativos e também as perspectivas no
longo prazo, fatores essenciais para o estabelecimento a preço justo.
Portanto, os dois pilares sobre os quais se apóia a existência da figura do formador de mercado são liquidez
mínima, permitindo ao investidor sair de sua posição quando desejar, e preço de referencia, possibilitando a
transformação rápida de títulos em dinheiro.
Cada formador de mercado poderá se credenciar para representar mais de uma ação ou mais de uma debênture
de empresas diferentes, podendo também representar mais de um ativo por empresa. Deverá, entretanto,
solicitar a Bovespa credenciamento específico para cada ativo em que desejar atuar.
Uma mesma ação ou debênture poderá ter mais de um formador de mercado. A bolsa estabelecerá o limite
máximo de formadores para cada ativo.
Sua principal importância é fomentar a liquidez e fornecer um preço de referencia na negociação das
Ações.
211
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
A negociação de valores mobiliários, emitidos por sociedades por Ações, em bolsas de valores ou no mercado
de balcão, depende de prévio registro da companhia na CVM.
Os mercados organizados de valores mobiliários devem ser administrados por entidades administradoras
autorizadas pela CVM.
Para a companhia ser registrada na CVM, seu estatuto social ou conselho de administração deve atribuir a um
diretor a função de relações com investidores, que poderá ou não ser exercida cumulativamente a outras
atribuições executivas.
O diretor de relações com investidores responsável pela prestação de informações ao público investidor, a CVM
e, caso a companhia tenha registro em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado, a essas entidades,
bem como manter atualizado o registro de companhia.
Os administradores deverão zelar pela divulgação simultânea para todo o mercado de informações
relevantes, de modo a garantir sua ampla e imediata disseminação
As informações recebidas pela CVM serão colocadas a disposição do público, ressalvadas aquelas
classificadas pela companhia como confidenciais.
Poderá ser dispensada, a critério da CVM, a apresentação de informações periódicas e/ou eventuais,
quando os administradores entenderem que sua revelação colocará em risco um interesse legítimo da
companhia
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Formulário de informações anuais (IAN), até trinta dias após a realização da AGO.
Ata da AGO, até dez dias após a sua realização, com indicação das datas e jornais de sua publicação,
se esta já tiver ocorrida
Fac-símile dos certificados dos valores mobiliários emitidos pela companhia, se tiver havido alteração
nos enviados anteriormente, até dez dias após a alteração.
213
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Convenção do Grupo de Sociedades (artigo 265 da LEI 6404 de 15/12/76), quando de sua aprovação
Comunicação sobre ato ou fato relevante, no mesmo dia de sua divulgação pela imprensa
Informação sobre pedido ou confissão de falência, no mesmo dia de sua ciência pela companhia, ou do
ingresso do pedido em juízo, conforme for o caso
Sentença declaratória de falência com indicação do sindico da massa falida, no mesmo dia de sua
ciência pela companhia.
Outras informações solicitadas pela CVM, nos prazos que esta assinalar.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
DEFINIÇÃO DE ATOS DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA (ART. 3º, CAPUT, INCISOS I,II,III E IV,
§2º)
A instrução define o ato de distribuição pública como sendo a venda, promessa de venda, oferta a venda ou
subscrição, assim como a aceitação de pedido de venda ou subscrição de valores mobiliários, de que conste
qualquer um dos seguintes elementos:
A utilização de listas ou boletins de venda ou subscrição, folhetos, prospectos ou anúncios destinados ao
público, por qualquer meio ou forma.
A utilização de publicidade, oral ou escrita, cartas, anúncios, avisos, especialmente através de meios de
comunicação de massa ou eletrônicos (páginas ou documentos na rede mundial ou outras redes abertas
de computadores e correio eletrônico) entendendo-se como tal qualquer forma de comunicação dirigida
ao público em geral com o fim de promover diretamente ou através de terceiros que atuem por conta do
ofertante ou da emissora, a subscrição ou alienação de valores mobiliários.
O ofertante deverá dar conhecimento da suspensão ou do cancelamento aos investidores que já tenham
aceitado a oferta, facultando-lhes, na hipótese de suspensão a possibilidade de revogar a aceitação até o quinto
dia último posterior ao recebimento da respectiva comunicação.
Terão direito a restituição integral dos valores, bens ou direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários
ofertado,s na forma e condições do prospecto.
Todos os investidores que já tenham aceitado a oferta, na hipótese de seu cancelamento
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
CONTEÚDO DA OFERTA (ART. 21; ART. 22; ART. 23, CAPUT, §1º, §2º)
As ofertas públicas de distribuição deverão ser realizadas em condições que assegurem tratamento equitativo
aos destinatários e aceitantes das ofertas, permitida a concessão de prioridade aos antigos acionistas.
A oferta deverá ser irrevogável, mas poderá ser sujeita a condições que correspondam a um interesse legítimo
do ofertante
O preço da oferta é único, mas a CVM poderá autorizar, em operações específicas, a possibilidade de preços e
condições diversos consoante tipo, espécie, classe e quantidade de valores mobiliários ou de destinatários,
fixados em termos objetivos e em função de interesses legítimos do ofertante, admitido ágio ou deságio em
função das condições do mercado
O ofertante poderá estabelecer que o preço e, tratando-se de valores mobiliários representativos de dívida,
também a taxa de juros, sejam determinados no dia da apuração do resultado da coleta de intenções de
investimento.
Caso se utilize da faculdade prevista acima, o preço e a taxa de juros definitivos deverão ser divulgados ao
público nos mesmos termos do anuncio de inicio de distribuição e do prospecto, e comunicados à CVM e a bolsa
de valores ou mercado de balcão onde são negociados os valores mobiliários da emissora no próprio dia em que
forem fixados.
Em caso de demanda superior ao lote original ofertado, o ofertante poderá outorgar a instituição intermediária
opção de distribuição de lote suplementar, que não poderá ultrapassar a 15% da quantidade inicialmente
ofertada.
A instituição intermediaria devera informar a VM até o dia posterior ao do exercício da opção de distribuição de
lote suplementar, a data do respectivo exercício e a quantidade de valores mobiliários envolvidos.
216
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Como já vimos, em caso de revogação devem ser restituídos integralmente aos aceitantes os valores, bens ou
direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários ofertados.
Há hipótese de modificação, os investidores que já tiverem aderido a oferta deverão ser comunicados
diretamente a respeito da modificação efetuada, para que confirme, no prazo de 5 dias uteis do recebimento da
comunicação, o interesse em manter a declaração de aceitação, presumida a manutenção em caso de silencio.
A aceitação da oferta somente poderá ser revogada pelos investidores se tal hipótese estiver expressamente
prevista no prospecto, ressalvadas as hipóteses de modificação e suspensão.
O ato societário que deliberar sobre a oferta publica devera dispor sobre o tratamento a ser dado no caso de não
haver a distribuição total dos valores mobiliários previstos para a oferta publica, especificando, se for o caso, a
quantidade mínima de valores mobiliários ou o montante mínimo de recursos para os quais será mantida a oferta
publica.
O prospecto deverá conter seção especifica tratando da destinação dos recursos conforme a quantidade de
valores mobiliários a ser distribuída ou o montante de recursos que se pretende captar, bem como a eventual
fonte alternativa de recursos, caso seja admitida a distribuição ou a captação parcial.
O relacionamento do ofertante com as instituições intermediarias devera ser formalizado mediante contrato de
distribuição de valores mobiliários. Este contrato devera ter explicitas todas as formas de remuneração devidas
pelo ofertante, bem como toda e qualquer outra remuneração ainda que indireta, devendo dele constar a política
de desconto e/ou repasse concedido aos investidores, se for o caso, suportado pelas instituições intermediarias.
217
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Informar a CVM, até obtenção do registro, os participantes do consórcio, discriminando por tipo, espécie
d classe a quantidade de valores mobiliários inicialmente atribuída a cada um comunicar imediatamente
a CVM qualquer eventual alteração no contrato de distribuição ou sua rescisão
Remeter mensalmente a CVM no prazo de 15 dias após o encerramento do mês, a partir da publicação
do Anuncio de Inicio de Distribuição, relatório indicativo do movimento consolidado de distribuição de
valores mobiliários
O ofertante e/ou a instituição líder podem consultar potenciais investidores (máximo de 20) sobre a viabilidade ou
interesse de uma eventual oferta publica.
Deverão se acautelar com seus interlocutores, de que a intenção de realizar distribuição publica de valores
mobiliários seja mantida em sigilo e manter lista detalhada com informações sobre as pessoas consultadas, bem
como a sua resposta quanto a consulta.
Coleta de intenções de investimento (art. 44)
É permitida a coleta de intenções de investimento, com ou sem o recebimento de reservas a partir da divulgação
de Prospecto Preliminar e do protocolo do pedido de registro de distribuição na CVM.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
o A revelação de informação relativa a oferta ao que for necessário para os objetivos da oferta,
advertindo os destinatários sobre o caráter reservado da informação transmitida
Apresentar a CVM pesquisas e relatórios públicos sobre a companhia e a operação que eventualmente
tenha elaborado
A partir do momento em que a oferta se torne pública, ao divulgar informação relacionada a emissora ou
à oferta:
o Esclarecer as suas ligações com a emissora ou o seu interesse na oferta, nas suas
manifestações em assuntos que envolvam a oferta, a emissora ou os valores mobiliários.
ASPECTOS OPERACIONAIS:
. Ofertas públicas de aquisição de Ações: instrução CVM 361 (arts. 1º, art. 2° inc I ao IV, arts 3° ao 4º, arts. 6º ao
7º caput, §1°, §2 e §6 e art.12º)
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
OPA VOLUNTÁRIA
OPA que visa a aquisição de Ações de emissão de companhia aberta, que não deva realizar-se segundo
os procedimentos específicos estabelecidos para qualquer OPA obrigatória citada anteriormente.
OPA CONCORRENTE
OPA formulada por um terceiro que não o ofertante ou pessoa a ele vinculada, e que tenha por objeto
Ações abrangidas por OPA já em curso.
Sujeita a registro na VM quando tiver por objeto Ações abrangidas por OPA sujeita a registro.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Será intermediada por sociedade corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários ou instituição
financeira com carteira de investimento
Lançada por preço uniforme, salvo a possibilidade de fixação de preços diversos conforme a classe e
espécie das Ações objeto
Sempre que se tratar de OPA formulada pela própria companhia, pelo acionista controlador ou por
pessoa a ele vinculada, a OPA será instruída com laudo de avaliação da companhia objeto
A OPA será efetivada em leilão em bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado,
salvo se, tratando-se de OPA, que não estejam sujeitas a registro, com autorização da CVM
Poderá sujeitar-se a condições cujo implemento não dependa de atuação direta ou indireta do ofertante
ou de pessoas a ele vinculadas
Será imutável e irrevogável, após a publicação do edital, exceto em caso de pleito de modificação ou
revogação devidamente autorizado pela CVM
LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
Deve seguir a proposta feita pelo ofertante, podendo ser:
De compra (pagamento em moeda corrente)
Deverá ser contratado pelo ofertante a intermediação da OPA com sociedade corretora ou distribuidora de títulos
e valores mobiliários, ou ainda, instituição financeira com carteira de investimento
A OPA deverá ser efetivada em leilão na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado em que as
Ações objeto sejam admitidas a negociação.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
A CVM suspende o registro em caso a venda estiver sendo feita em condições diversas das constantes
do registro de emissão
Condições adversas do mercado de capitais, que tornam a colocação dos títulos inadequada para
aquele momento. Neste caso, a operação poderá ser postergada.
DERIVATIVOS
Termo, futuros, swaps e opções: características formais dos derivativos.
Mercados derivativos são aqueles nos quais a formação de preços deriva (daí o nome) dos preços do mercado à
vista. Eles surgiram da necessidade de dar maior flexibilidade e movimentação para os negócios, permitindo, por
exemplo, que um produtor possa vender antecipadamente a mercadoria que está produzindo, garantindo tanto a
colocação do seu produto, quanto o preço de venda.
O comprador, também garante que terá o produto que precisa e já sabe antecipadamente o preço que pagará.
Algumas características:
FLUXOS DE CAIXA
A primeira importante característica dos contratos de derivativos é a transferência para uma data futura das
movimentações de recursos. Paralelo a isto, entretanto, existe a necessidade de extensão de crédito entre as
partes envolvidas no contrato. Isto se faz necessário, pois, no final do contrato, a parte devedora poderá não
fazer o pagamento.
CONTRATOS DE BALCÃO
São contratos negociados entre as partes diretamente, isto é , cada um assume o risco do outro. A vantagem
principal desta modalidade de contrato é a sua customização. As principais desvantagens são o risco de crédito
entre as partes e a falta de liquidez por falta de um mercado secundário.
MERCADOS ORGANIZADOS
Estamos falando das bolsas de mercadorias e futuros e das bolsas de valores. Estes ambientes proporcionam
aos participantes:
Anonimato – as corretoras intermediar
222
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
DIREITOS E OBRIGAÇÕES
Com exceção dos contratos de opções, todos os contratos de derivativos são simétricos.
O prejuízo de uma parte, será o lucro da outra, evidenciando um conjunto de operações de soma zero, os
créditos de uns serão exatamente os débitos de outros.
Reduz a exposição ao risco de preços, transferindo- para um investidor que tenha posição contrária a sua ou
para investidores que desejem aceitá-los em troca de uma oportunidade de lucro.
Ao mesmo tempo em que o hedge com derivativos elimina o risco de oscilação nos preços, ele impede a
realização de lucros potencialmente maiores que possam advir de mudanças favoráveis.
POSICIONAMENTO OU ESPECULAÇÃO
A estratégia de posicionamento ou especulação é adotada pelo investidor que está disposto a correr risco em
busca de maior retorno.
Quando se acredita que na alta do preço de um ativo objeto qualquer, adota uma posição “comprada” que ganha
quando os preços sobem
Quando acredita na queda do preço de uma ativo objeto qualquer, adota uma posição “vendida” que ganha
quando os preços caem.
ALAVANCAGEM
O uso de derivativos permite ao investidor assumir posições de risco de valor superior ao patrimônio da carteira.
Essa estratégia é chamada de alavancagem porque ela amplia os resultados de ganhos e de perdas, podendo
inclusive caracterizar uma situação de “aporte de capital” na qual o investidor perde todo o capital investido e fica
“devendo” dinheiro sendo necessário aportar mais capital para cobrir os compromissos.
FORWARD). CONCEITO
Também conhecido como termo de moedas, o NDF é um contrato entre o cliente e o banco que garante uma
taxa de câmbio para uma data futura determinada.
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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Mais conhecidos como fundos de pensão, as entidades fechadas de previdência complementar são
organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis,
exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da união,
dos estados, do distrito federal e dos municípios.
224
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
225
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
IX - as cotas de Fundos de Investimentos previdenciários e as cotas de Fundos de Investimentos em cotas de
Fundos de Investimentos previdenciários classificados como renda fixa ou referenciado em indicadores de
desempenho de renda fixa, constituídos sob a forma de condomínio aberto, desde que apliquem recursos
exclusivamente em títulos de emissão do Tesouro Nacional ou títulos privados considerados, com base em
classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de
crédito, observado o disposto no arts. 42 e 43;
X - os certificados de recebíveis imobiliários cuja distribuição tenha obtido registro definitivo na Comissão de
Valores Mobiliários, bem como as cédulas de crédito imobiliário, considerados pela entidade fechada de
previdência complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em
funcionamento no País, como de baixo risco de crédito; e
XI - as cédulas de produto rural com liquidação financeira que contém com cobertura de seguro, conforme
regulamentação da Superintendência de Seguros Privados, os certificados de direitos creditórios do agronegócio
e os certificados de recebíveis do agronegócio, considerados, pela entidade fechada de previdência
complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no
País, como de baixo risco de crédito.
Parágrafo único. A apólice do seguro de cédulas de produto rural referidas no inciso XI:
I - deve prever a realização do pagamento de indenização no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis após o
vencimento da cédula e que a indenização corresponda ao valor da obrigação nela estabelecida, não podendo
estar previsto nenhum limite máximo de garantia que impeça o seu pagamento pelo valor integral; e
II - não pode conter cláusula excludente de cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força
maior.
Art. 10. Incluem-se na carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito:
I - os títulos de emissão de estados e municípios que não aqueles referidos no art. 9º, incisos I e II;
II - os certificados e os recibos de depósito bancário, as letras de crédito imobiliário, as letras de crédito do
agronegócio, as cédulas de produto rural com liquidação financeira que contém com aval de instituição financeira
e os demais títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituição financeira ou
outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil não considerada como de baixo risco de
crédito, nos termos do art. 9º, inciso III, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo;
III - os depósitos de poupança efetuados em instituição financeira não considerada como de baixo risco de
crédito, nos termos do art. 9º, inciso III, ou que não tenha sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo;
IV - as debêntures, as cédulas de crédito bancário, os certificados representativos de contratos mercantis de
compra e venda a termo de mercadorias e de serviços que atendam às condições estabelecidas na Resolução
nº 2.801, de 2000, bem como os demais valores mobiliários de renda fixa de emissão de sociedades anônimas,
inclusive as de objeto exclusivo, cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, não
considerados como de baixo risco de crédito, nos termos do art. 9º, inciso V, ou que não tenham sido objeto da
classificação mencionada no mesmo dispositivo;
V - as obrigações emitidas por organismos financeiros multilaterais autorizados a captar recursos no Brasil, cuja
distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, não consideradas como de baixo risco de
226
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
crédito, nos termos do art. 9º, inciso VI, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo;
VI - as cotas de Fundos de Investimentos em direitos creditórios e as cotas de Fundos de Investimentos em
cotas de Fundos de Investimentos em direitos creditórios não considerados como de baixo risco de crédito, nos
termos do art. 9º, inciso VIII, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo;
VII - os certificados de recebíveis imobiliários cuja distribuição tenha obtido registro definitivo na Comissão de
Valores Mobiliários, bem como as cédulas de crédito imobiliário, não considerados como de baixo risco de
crédito, nos termos do art. 9º, inciso X, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo; e
VIII - as cédulas de produto rural com liquidação financeira que contém com cobertura de seguro, conforme
regulamentação da Superintendência de Seguros Privados, os certificados de direitos creditórios do agronegócio
e os certificados de recebíveis do agronegócio não considerados como de baixo risco de crédito, nos termos do
art. 9º, inciso XI, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo.
Parágrafo único. A apólice do seguro de cédulas de produto rural referidas no inciso VIII:
I - deve prever a realização do pagamento de indenização no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis após o
vencimento da cédula e que a indenização corresponda ao valor da obrigação nela estabelecida, não podendo
estar previsto nenhum limite máximo de garantia que impeça o seu pagamento pelo valor integral; e
II - não pode conter cláusula excludente de cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força
maior.
Art. 11. As aplicações em operações compromissadas devem ser classificadas nas carteiras de renda fixa com
baixo risco de crédito ou com médio e alto risco de crédito conforme o lastro correspondente satisfizer as
condições estabelecidas no art. 9º ou no art. 10.
227
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Art. 19. Incluem-se na carteira de participações as Ações, as debêntures e os demais títulos e valores mobiliários
de emissão de sociedades de propósito específico constituídas com a finalidade de viabilizar o financiamento de
novos projetos, com prazo de duração determinado, as cotas de Fundos de Investimentos em empresas
emergentes e as cotas de Fundos de Investimentos em participações, nos termos da regulamentação baixada
pela Comissão de Valores Mobiliários, observado o disposto no art. 21, inciso III.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, somente podem ser admitidas as debêntures de emissão de
sociedades de propósito específico consideradas, pela entidade fechada de previdência complementar, com
base em classificação efetuada por duas agências classificadoras de risco em funcionamento no País, como de
baixo risco de crédito.
Art. 20. Incluem-se na carteira de renda variável – outros ativos:
I - os certificados de depósito de valores mobiliários com lastro em Ações de emissão de companhia aberta, ou
assemelhada, com sede no exterior (Brazilian Depositary Receipts - BDRs), classificados nos Níveis II e III
definidos na regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, cujos programas tenham sido
registrados naquela Autarquia;
II - as Ações de emissão de companhias sediadas em países signatários do Mercado Comum do Sul (Mercosul)
ou os certificados de depósito dessas Ações admitidos à negociação em bolsa de valores no Brasil, observado o
disposto na Resolução nº 3.265, de 4 de março de 2005;
III - as debêntures com participação nos lucros cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores
Mobiliários;
IV - os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de mercadorias e de futuros;
V - os certificados de potencial adicional de construção, de que trata o art. 34 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de
2001, negociados em bolsa de valores ou admitidos à negociação em mercado de balcão organizado por
entidade autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, cuja distribuição tenha sido registrada naquela
Autarquia; e
VI - as cotas de Fundos de Investimentos e as cotas de Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de
Investimentos classificados como fundos multimercado, constituídos sob a forma de condomínio aberto,
observados os limites estabelecidos no art. 44.
228
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
II - os índices de referência admitidos para as carteiras de renda variável são o Ibovespa, o IBrX, o IBrX-50, o
FGV-100, o IGC, o ITAG, o ISE ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários; e
III - os índices de referência podem ser livremente pactuados no caso dos seguintes investimentos:
a) cotas de Fundos de Investimentos e cotas de Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de Investimentos,
classificados como fundos de Ações, em que mais da metade do patrimônio seja constituído por valores
mobiliários não pertencentes ao conjunto das Ações que representem, em ordem decrescente de participação,
até 70% (setenta por cento) de qualquer um dos principais índices do mercado acionário, Ibovespa, IBA, IBrX,
IBrX-50, FGV-100, MSCI-Brazil, IGC, ITAG e ISE ou outros índices aprovados por decisão conjunta da
Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores
Mobiliários; ou
b) cotas de Fundos de Investimentos em empresas emergentes e cotas de Fundos de Investimentos em
participações, nos termos da regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, observado que o
pagamento da taxa de performance somente será permitido após ter sido retornado ao cotista seu
investimento original, corrigido nos termos do regulamento ou contrato.
Parágrafo único. Exceto nos casos de Fundos de Investimentos em empresas emergentes e de Fundos de
Investimentos em participações, poderá ser iniciado um novo período de cálculo da taxa de performance a cada
5 (cinco) anos.
229
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
II - atuar como instituição financeira, bem como conceder, a pessoas físicas ou jurídicas, inclusive sua(s)
patrocinadora(s), empréstimos ou financiamentos ou abrir crédito sob qualquer modalidade, ressalvadas as
aplicações e os financiamentos previstos neste regulamento e os casos específicos de planos de benefícios e
programas de assistência de natureza social e financeira destinados a seus participantes e assistidos,
devidamente autorizados pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social;
III - realizar as operações denominadas day-trade, assim consideradas aquelas iniciadas e encerradas no
mesmo dia, independentemente de a entidade fechada de previdência complementar possuir estoque ou posição
anterior do mesmo ativo;
IV - atuar em mercados derivativos, por meio de carteira própria, carteira administrada, Fundos de Investimentos
ou em Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de Investimentos:
a) em posições que gerem exposição superior a uma vez os recursos garantidores do plano de benefícios ou o
patrimônio líquido dos fundos, respectivamente; e
b) em operações a descoberto;
V - atuar na qualidade de incorporadora, de forma direta ou por meio de Fundos de Investimentos, no caso das
aplicações no segmento de imóveis;
VI - a aquisição e a manutenção de aplicações em terrenos;
VII - realizar operações com Ações por meio de negociações privadas, ressalvados os casos expressamente
previstos neste regulamento e na regulamentação em vigor e aqueles previamente autorizados pela Secretaria
de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social;
VIII - atuar em modalidades operacionais ou negociar com duplicatas, títulos de crédito ou outros ativos que não
os previstos neste regulamento ou os que venham a ser autorizados pelo Conselho Monetário Nacional;
IX - aplicar recursos na aquisição de Ações de emissão de companhias sem registro para negociação tanto em
bolsa de valores quanto em mercado de balcão organizado, ressalvados os casos expressamente previstos
neste regulamento;
X - aplicar recursos na aquisição de Ações de companhias que não estejam admitidas à negociação em
segmento especial nos moldes do Novo Mercado ou do Bovespa Mais nem classificadas nos moldes do Nível 2
da Bovespa, conforme Anexos I, II e III a este regulamento, salvo se tiverem realizado sua primeira distribuição
pública de Ações anteriormente à data da entrada em vigor desta resolução;
XI - aplicar recursos no exterior, ressalvados os casos expressamente previstos neste regulamento;
XII - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
XIII - locar, emprestar, empenhar ou caucionar títulos e valores mobiliários integrantes de suas carteiras,
ressalvadas as hipóteses de:
a) prestação de garantia nas operações próprias com derivativos e demais títulos e valores mobiliários de renda
fixa realizadas em sistemas de compensação e liquidação autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
nos termos da Lei nº 10.214, de 2001;
b) permissão para a realização de operações de empréstimo de títulos e valores mobiliários (arts. 16 e 24);
c) prestação de garantia de Ações judiciais, no âmbito de cada plano de benefícios, quando houver exigência
legal ou determinação do Poder Judiciário; ou
d) demais casos autorizados pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social,
ouvidos, quando couber, o Banco Central do Brasil ou a Comissão de Valores Mobiliários.
230
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
§ 1º As disposições dos incisos III, IV, XI e XIII deste artigo não se aplicam aos Fundos de Investimentos
classificados como multimercado de que trata o art. 20, inciso VI.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica:
I - às aquisições de participações em câmaras e em prestadores de serviços de compensação e de liquidação
que operem qualquer um dos sistemas integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, desde que entendidas
necessárias ao exercício da atividade de gestão de carteira e autorizadas pela Secretaria de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social;
II - com relação ao inciso IX, aos investimentos incluídos na carteira de participações (art. 19), desde que as
sociedades de propósito específico e as empresas emissoras dos ativos integrantes das carteiras dessas
sociedades, dos Fundos de Investimentos em empresas emergentes e dos Fundos de Investimentos em
participações não sejam consideradas companhias abertas.
ANEXO I
Práticas de governança necessárias à admissão de companhias para negociação de Ações de sua emissão em
segmento especial nos moldes do Novo Mercado da Bovespa:
I - proibição de emissão de Ações preferenciais;
II - manutenção em circulação de uma parcela mínima de Ações representando 25% (vinte e cinco por cento) do
capital;
III - realização de ofertas públicas de colocação de Ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão
do capital;
IV - inexistência de partes beneficiárias emitidas;
V - extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do
controle da companhia;
VI - estabelecimento de um mandato unificado de até dois anos para todo o Conselho de Administração, sendo
que ao menos 20% (vinte por cento) dos conselheiros sejam independentes;
VII - disponibilização de balanço anual seguindo as normas de contabilidade promulgadas pelo International
Accounting Standards Committee (IASC GAAP) ou utilizadas nos Estados Unidos da América (US GAAP);
VIII - introdução de melhorias nas informações prestadas trimestralmente, entre as quais a exigência de
consolidação e de revisão especial;
IX - obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as Ações em circulação, pelo valor
econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação no Novo
Mercado;
X - cumprimento de regras de disclosure em negociações envolvendo ativos de emissão da companhia por
parte de seus acionistas controladores ou de seus administradores;
XI - divulgação de contratos com partes relacionadas, acordos de acionistas e programas de opções de
aquisição de Ações ou de outros títulos ou valores mobiliários de emissão da companhia;
XII - disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos;
XIII - adesão à câmara de arbitragem para resolução de conflitos societários.
ANEXO II
Práticas de governança necessárias à classificação de companhias nos moldes dos Níveis 1 e 2 da Bovespa:
231
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
NÍVEL 1:
I - manutenção em circulação de uma parcela mínima de Ações, representando 25% (vinte e cinco por cento) do
capital;
II - realização de ofertas públicas de colocação de Ações através de mecanismos que favoreçam a dispersão do
capital;
III - inexistência de partes beneficiárias emitidas;
IV - introdução de melhorias nas informações prestadas trimestralmente, entre as quais a exigência de
consolidação e de revisão especial;
V - cumprimento de regras de disclosure em operações envolvendo ativos de emissão da companhia por parte
de seus acionistas controladores ou de seus administradores;
VI - divulgação de contratos com partes relacionadas, acordos de acionistas e programas de opções de
aquisição de Ações ou de outros títulos ou valores mobiliários de emissão da companhia;e
VII - disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos;
NÍVEL 2:
I - todas as práticas relacionadas como necessárias para o Nível 1;
II - estabelecimento de um mandato unificado de até dois anos para todo o Conselho de Administração, sendo
que ao menos 20% (vinte por cento) dos conselheiros sejam independentes;
III - disponibilização de balanço anual seguindo as normas de contabilidade promulgadas pelo International
Accounting Standards Committee (IASC GAAP) ou utilizadas nos Estados Unidos da América (US GAAP);
IV - extensão para todos os acionistas detentores de Ações ordinárias das mesmas condições obtidas pelos
acionistas controladores quando da venda do controle da companhia e de 80% (oitenta por cento) desse valor
para os detentores de Ações preferenciais;
V - direito de voto às Ações preferenciais nas seguintes matérias:
a) transformação, incorporação, cisão e fusão da companhia;
b) aprovação de contratos entre a companhia e os acionistas controladores, diretamente ou por meio de
terceiros, assim como de outras sociedades nas quais os acionistas controladores tenham interesse, sempre
que, por força de disposição legal ou estatutária, sejam deliberados em assembléia geral;
c) avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital da companhia;
d) escolha de empresa especializada para determinação do valor econômico da companhia, para efeito das
hipóteses referidas no inciso VI deste Nível; e
e) alteração ou revogação de dispositivos estatutários que alterem ou modifiquem qualquer das exigências
previstas neste inciso;
VI - obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as Ações em circulação, pelo valor
econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou de cancelamento do registro deste Nível; e
VII - adesão à câmara de arbitragem para resolução de conflitos societários.
232
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
2. Os Depository Receipts (DR) são títulos negociáveis no mercado e lastreados na existência de Ações de
uma sociedade instalada em outro país. Os ADRs e BDRs são
Depository Receipts de empresas estrangeiras negociadas, respectivamente:
a) Nos Estados Unidos e no Brasil;
b) No Brasil e nos Estados Unidos;
c) Na Alemanha e na Bélgica;
d) Na Bélgica e na Alemanha.
3) Os juros sobre capital próprio são uma forma alternativa de remunerar os acionistas em relação aos
dividendos. Os juros sobre capital próprio se diferenciam dos dividendos, pois são:
a) Limitados ao valor da TJLP (taxa de juros de longo prazo) e são considerados despesas,
diminuindo o IR (imposto de renda) da empresa;
b) Limitados ao valor da TJLP (taxa de juros de longo prazo) e não são considerados despesas,
não diminuindo o IR (imposto de renda) da empresa;
c) No mínimo iguais ao valor da TR (taxa referencial) e são considerados despesas, diminuindo o IR
(imposto de renda) da empresa;
d) No mínimo iguais ao valor da TR (taxa referencial) e não são considerados despesas, não
diminuindo o IR (imposto de renda) da empresa.
4) O acionista controlador é aquele que, individualmente ou em grupo vinculado por acordo, tem o poder de
dirigir a companhia. Esse poder advém do controle da:
a) Maioria das Ações preferenciais;
b) Maioria das Ações ordinárias;
c) Totalidade do capital acionário;
d) Totalidade das Ações ordinárias.
233
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
7. Nas ofertas primárias, os acionistas que não subscreverem as novas Ações que estão sendo emitidas
terão sua participação no capital da empresa reduzida. A essa redução denomina-se:
a) Proteção;
b) Concentração;
c) Diminuição;
d) Diluição.
8. A moderna teoria financeira considera que o valor das Ações de uma empresa, em um mercado
eficiente, reflete o seu:
a) Fluxo de caixa futuro;
b) Valor dos ativos;
c) Valor do patrimônio líquido;
d) Histórico de rentabilidade.
234
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
12. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou três níveis de governança corporativa, que são:
a) Nível I, nível II e nível III;
b) Nível A, nível B e nível C;
c) Novo mercado, nível A e nível B;
d) Nível I, nível II e novo mercado.
13. Alguns dos principais objetivos dos níveis I e II de governança corporativa, são, respectivamente:
a) Aumentar a transparência das informações fomecidas pelas empresas e ampliar direitos
dos acionistas minoritários;
b) Aumentar a transparência das informações fomecidas pelas empresas e proibir a emissão
de Ações ordinárias;
c) Ampliar os direitos dos acionistas minoritários e proibir a emissão de Ações preferenciais;
d) Ampliar os direitos dos acionistas minoritários e proibir a emissão de debêntures.
14. Os dois principais ambientes nos quais os investidores podem negociar Ações e outros títulos de renda
variável são:
a) O mercado de balcão organizado e a Selic;
b) A Cetip e a Selic;
c) A bolsa de valores e a Selic;
d) A bolsa de valores e mercado de balcão organizado.
235
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
18. Considerando as alternativas abaixo, qual a correta em relação à Opção de Compra (Call)?
a) Quanto maior o preço a vista, menor será o prêmio
b) Quanto maior a taxa de juros, maior será o prêmio
c) Quanto maior o tempo, maior será o prêmio
d) Quanto maior a volatilidade, menor será o prêmio
19. “O valor desembolsado é considerado como despesa, portanto, descontado do lucro tributável, diminuindo o
IR a ser pago pela empresa, gerando benefício fiscal e/ou tributário para a empresa”. Essa definição
corresponde a:
a) Subscrição
b) Dividendos
c) Juros sobre o capital próprio
d) Bonificação
20. Não existe no produto ações, uma vez que ao adquirir ações, o investidor torna-se acionista da empresa
emissora, e não credor da mesma. Essa é a definição de:
a) Risco de Crédito
b) Risco de Liquidez
c) Risco de Mercado
d) Risco de Venda do Ativo
236
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
MÓDULO V
TRIBUTAÇÃO
5% a 10% do exame
Faz parte do conteúdo programático deste módulo, a íntegra da lei 11.033/04, que
dispõe sobre a alteração da tributação do mercado financeiro e de capitais; institui o
Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária
– REPORTO; altera as Leis nos 10.865, de 30 de abril de 2004, 8.850, de 28 de janeiro de
1994, 8.383, de 30 de dezembro de 1991, 10.522, de 19 de julho de 2002, 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, e 10.925, de 23 de julho de 2004; e dá outras providências.
237
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
238
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA FIXA
FATO GERADOR
São os rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, auferidos por pessoa física e jurídica,
inclusive as isentas.
Para fins de incidência do IR na fonte, a alienação compreende qualquer forma de transmissão da propriedade,
bem como a liquidação, resgate, a cessão ou repactuação do título ou aplicação.
Os rendimentos periódicos produzidos por título ou aplicação, bem como qualquer remuneração adicional aos
rendimentos prefixados, serão submetidos a incidência do imposto de renda na fonte por ocasião de seu
pagamento ou crédito.
Momentos de incidência de IR na fonte sobre Fundos de Investimentos: Datas limites de períodos de carência
pare resgates; último dia útil de cada trimestre calendário em fundos com carência superior a 90 dias; último dia
útil de cada mês, para fundos sem carência.
Para efeitos da legislação tributária nacional, são considerados aplicações financeiras de renda fixa
operações realizadas com ativos cuja remuneração ou retorno de capital pode ser determinado no
momento da aplicação, ou seja, rendimento predeterminado, e também, títulos públicos ou privados,
conforme condição da entidade ou empresa que os emite.
O valor de alienação refere-se a qualquer forma de transmissão da propriedade, bem como a liquidação,
resgate, cessão ou a repactuação do título ou da aplicação.
São também tributados, como aplicações financeiras de renda fixa, os rendimentos auferidos nas operações
conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, tais como as realizadas:
o Nos mercados de opções de compra e de venda em bolsas de valores, mercadorias e de futuros, em
operações de venda coberta e sem ajustes diários
o No mercado de balcão
É importante lembrar que cabe apenas à União Federal a competência de legislar sobre imposto de
renda.
239
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
ALÍQUOTA
BASE DE CÁLCULO
É constituída pela diferença positiva entre o valor da alienação, líquido do IOF, quando couber, e o valor da
aplicação financeira.
ISENÇÕES
Rendimentos auferidos por pessoa física e pelos condomínios de edifícios residências ou comerciais em contas
de depósitos de poupança e em letras hipotecárias.
A isenção aplica-se exclusivamente, aos juros, inclusive os equivalentes a Taxa Referencial Diária + cupom de
juros produzidos por letras hipotecárias, não se estendendo aos eventuais ganhos auferidos na sua alienação,
resgate ou cessão.
240
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA VARIÁVEL
FATO GERADOR
Os ganhos líquidos auferidos por qualquer beneficiários, inclusive pessoa jurídica isenta, em operações
realizadas nas bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, estão sujeitos a incidência de IR.
Aplica-se também:
ALÍQUOTA
Alíquota de 15% sobre o ganho de capital líquido sendo, o próprio contribuinte, responsável pelo
recolhimento do IR devido, via DARF, até o último dia útil do mês seguinte.
BASE DE CÁLCULO
É o ganho líquido auferido nas operações realizadas em cada mês, admitida a dedução dos custos e
despesas incorridos, necessários a realização das operações. É também, a diferença positiva no valor
patrimonial de sua cota.
Não está sujeito ao IR o ganho líquido em operações no mercado a vista de Ações nas bolsas de valores e de
ouro, ativo financeiro, cujo valor de venda, em cada mês, sejam iguais ou inferiores a R$ 20.000,00 para o
conjunto de Ações negociado. E nesse caso, a alíquota de 0,005% também não será cobrada pois o valor do
imposto seria igual ou inferior a R$ 1,00.
241
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
COME-COTAS
O administrador do fundo de investimento deverá nas datas de ocorrência do fato gerador, reduzir a quantidade
de cotas de cada contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda. Definimos assim, o procedimento
que o mercado nomeou de come cotas.
A responsabilidade pela retenção e recolhimento deste tributo é do administrador do fundo, que deverá nas
datas de ocorrência do fato gerador, se for o caso de come cotas, reduzir a quantidade de cotas de cada
contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda devido.
Semestralmente é provisionado 15% nos fundos e aplicações de longo prazo, e 20% nos fundos e aplicações de
curto prazo, que são as alíquotas mínimas de incidência em cada categoria. Quando do resgate das cotas, faz-
se o ajuste.
COMPENSAÇÃO DE PERDAS
A secretaria da Receita Federal permite a compensação de perdas em Fundos de Investimentos (renda fixa ou
variável), no pagamento do IR. Perdas apuradas nos resgates de cotas de fundo de investimento poderão ser
compensadas com os rendimentos obtidos em cada período de incidência do imposto ou em resgates
posteriores, seguindo o disposto abaixo:
→ Entre Fundos de Investimentos administrado pela mesma instituição financeira ou por outra sob o
mesmo controle acionário;
→ Entre fundos de mesma classificação
→ A instituição administradora mantenha sistema de controle e registro em meio magnético que permita a
identificação, em relação a cada cotista, dos valores compensáveis;
→ No mesmo fundo de investimento a compensação de perdas anteriores é automático, independente de
haver resgate de cotas
→ Para compensar perdas em qualquer fundo, é necessário que tenha havido resgate de cotas para
caracterizar o prejuízo;
→ O limite temporal para a compensação de perdas é 31 de dezembro do ano calendário seguinte ao
resgate total em todos os fundos do mesmo administrador.
→ Caso o cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal
para a compensação de perdas
FATO GERADOR
242
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA VARIÁVEL (DAY
TRADE, SWAP)
Operações de Day Trade são, para efeitos fiscais, aquelas cuja conjugações de operações são iniciadas e
encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada total ou
parcialmente, e recebem um tratamento específico.
A alíquota é de 1% na fonte (antecipação) + 20% via DARF, compensando o IR de fonte.
Pode-se compensar perdas, desde que também em operações de Day Trade, realizadas no mesmo mês.
O responsável pelo recolhimento na fonte, alíquota de 1%:
A instituição intermediadora nos casos de operações iniciadas e encerradas na mesma instituição.
A pessoa jurídica vinculada a bolsa que presta o serviço de liquidação e custódia, no caso de operações
iniciadas por uma instituição e encerradas por outra.
A alíquota é decrescente de acordo com o prazo de operação, conforme a tabela do IR que já vimos.
O fato gerador é o rendimento auferido.
A base de cálculo do imposto será o saldo ou resultado positivo auferido na liquidação do contrato de swap,
inclusive quando da cessão do mesmo contrato.
Poderão ser considerados como custo da operação os valores pagos a título de cobertura (prêmio) contra
eventuais perdas incorridas.
O responsável pelo recolhimento é a pessoa jurídica que efetuar o pagamento do rendimento, na data da
liquidação ou da cessão do contrato.
As perdas poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos em outras operações de swap, se o
investidor for PJ. Podem ser dedutíveis na determinação do lucro real da PJ se a operação de swap for
registrada e contratada de acordo com as normas vigentes.
243
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS
IMOBILIÁRIO
A movimentação da carteira do FII, aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, esta sujeita a
incidência do IR na fonte, alíquota de 20%, que pode ser compensado com o imposto retido pelo fundo, quando
da distribuição dos lucros
O FII deve, semestralmente, apurar e distribuir 95% dos lucros auferidos pela carteira de investimento. Nessa
oportunidade, o cotista será tributado, na fonte, pelo IR a alíquota de 20%. Exemplo de lucros da carteira:
aplicações financeiras, aluguel, ganho na venda de imóveis, etc.
Os ganhos auferidos pelo investidor na alienação de cotas do fundo no mercado secundário também pagam IR
a alíquota de 15%. O contribuinte é responsável pelo recolhimento do IR, de acordo com as regras de ganho de
capital.
COMPENSAÇÃO DE PERDAS
Eventuais perdas ocorridas na alienação de cotas de FII poderão ser compensadas somente da base de cálculo
de ganhos futuros de fundos da mesma espécie.
A compensação só é admitida quando a negociação for feita em bolsa. Se a negociação for feita fora de bolsa,
não é admitida nenhuma compensação.
ISENÇÂO PARA PF
Desde 01/01/05, o fundo oferece isenção de IR para investidores pessoas físicas, desde que as condições
abaixo sejam atendidas:
O FII possua no mínimo 50 cotistas
O cotista PF não possua 10% ou mais das cotas do FII ou tenha direito a receber rendimentos, em valor
superior a 10% do total dos rendimentos auferidos pelo FII
244
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IOF - VALORES MOBILIÁRIOS
Incide sobre o resgate, cessão ou repactuação de operações com títulos ou valores mobiliários, e/ou resgate de
cotas de Fundos de Investimentos (exceto as Ações) cujo prazo de permanência tenha sido inferior a 30 dias.
Sua base de cálculo: o valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento ou a um percentual do
rendimento.
245
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
O decreto 4494, no artigo 33, diz que em fundos sem carência, será cobrado a alíquota de 1% ao dia sobre o
valor do resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme
tabela decrescente, se o prazo entre a data da aplicação e do resgate for inferior a 30 dias.
No artigo 31, o mesmo decreto diz que em fundos com carência, o IOF será cobrado a alíquota de 0,5% ao dia
sobre o valor de resgate de quotas de Fundos de Investimentos, constituídos sob qualquer forma, na hipótese de
o investidor resgatar quotas antes de completado o prazo de carência para crédito dos rendimentos.
O IOF de que trata este artigo fica limitado a 100% do rendimento da operação.
246
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
2) Para efeitos da legislação tributária nacional, geralmente são aplicações financeiras de renda fixa:
I. As operações realizadas com ativos cuja remuneração ou retomo de capital pode ser
determinado no momento da aplicação, isto é, o rendimento é predeterminado;
lI. As operações realizadas com títulos privados, emitidos por instituições ou empresas de
direito privado, tais como Letras de Câmbio (LC), Certificados de Depósito Bancário (CDB),
Recibos de Depósito Bancário (RDB) e debêntures.
III. operações realizadas com títulos públicos, tais como Notas do Tesouro Nacional (NTN),
Letras do Tesouro Nacional (LTN), Bônus do Banco Central (BBC), Títulos da Dívida Agrária
(IDA), bem como os títulos estaduais e municipais
IV. Títulos públicos ou privados, conforme a condição da entidade ou empresa que os emite.
Das alternativas acima, estão corretas:
a) I e Il;
b) II e III;
c) I e IV;
d) II e IV.
3) A Lei n" 11.033/04 estabelece que os rendimentos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa serão
tributados pelo IR mediante a aplicação de alíquotas variáveis, conforme o período da aplicação. Diante dessa
nova sistemática, essas aplicações são tributadas em:
a) 25%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 22,5%, em aplicações com prazo de 181
dias até 360 dias; 20%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 17,5%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias;
b) 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 20%, em aplicações com prazo de 181
dias até 360 dias; 17,5%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 15%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias;
c) 22,5%, em aplicações com prazo de até 90 dias; 20%, em aplicações com prazo de 91
dias até 180 dias; 17,5%, em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias; e 15%, em
aplicações com prazo acima de 361 dias;
d) 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 19%, em aplicações com prazo de
181 dias até 360 dias; 17%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 15%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias.
247
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
5) Na determinação da base de cálculo do IR Fonte incidente sobre as aplicações financeiras de renda fixa, o
valor de alienação:
a) Refere-se a qualquer forma de transmissão da propriedade, bem assim a liquidação, o
resgate, a cessão ou a repactuação do título ou aplicação;
b) Refere-se aos ganhos líquidos obtidos nas operações realizadas nas bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas, existentes no país;
c) Será sempre superior ao valor original da aplicação financeira;
d) Será sempre inferior ao valor original da aplicação financeira.
6) Nas aplicações financeiras de renda fixa realizadas por pessoa física, o contribuinte e o responsável tributário
(agente responsável pelo recolhimento do IR) são, respectivamente:
a) O Banco Central do Brasil e a Secretaria da Receita Federal;
b) O titular da aplicação de renda fixa e a pessoa que efetuar o pagamento do rendimento;
c) O titular da aplicação de renda fixa, em ambos os casos;
d) A pessoa que efetuar o pagamento do rendimento, em ambos os casos.
7) Nas aplicações financeiras de renda fixa realizadas por pessoa jurídica, o contribuinte e o responsável
tributário são, respectivamente:
a) O Banco Central do Brasil e a Secretaria da Receita Federal;
b) O titular da aplicação de renda fixa e a pessoa que efetuar o pagamento do rendimento;
c) O titular da aplicação de renda fixa, em ambos os casos;
d) A pessoa que efetuar o pagamento do rendimento, em ambos os casos.
248
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
b) Rendimentos auferidos por escritórios de contabilidade, desde que aplicados em renda fixa
10) A Lei na 11.033/04 estabelece que os rendimentos auferidos em aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos de renda fixa serão tributados pelo IR mediante a aplicação de alíquotas variáveis, conforme o
período da aplicação. Assim, o IRPF e o IRPJ, respectivamente:
a) são iguais entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras de
renda fixa;
b) são iguais entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras de
renda variável;
c) são diferentes entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras
de renda fixa;
d) são diferentes entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras
de renda variável.
249
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
12) A Lei nº 11.033/04 estabelece a alíquota do IR incidente nas aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos de renda variável em:
a) Variável conforme o prazo de aplicação, nos mesmos percentuais aplicáveis às aplicações
financeiras de renda fixa;
b) 25%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 22,5%, em aplicações com prazo de 181
dias até 360 dias; 20%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 17,5%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias;
c) Fixa em 15%;
d) Fixa em 20%.
13) É considerado fundo de investimento em renda variável, para fins tributários, aquele em que:
a) Os rendimentos são tributados pelo IR Fonte à alíquota de 10%;
b) Investidor não sabe quanto terá de rendimento até seu resgate total;
c) A carteira é composta de no mínimo 51 % em Ações negociadas no mercado à vista em
bolsa e assemelhadas;
d) A carteira é composta de no mínimo 67% em Ações ou Brazilian Depositary Receipts
(BDR) negociados no mercado à vista em bolsa e assemelhadas.
15) O chamado "come-cotas" em Fundos de Investimentos é sistemática de apuração (i), pela qual o tributo
deverá ser recolhido semestralmente, no último dia útil de (ii) e (iii) de cada ano:
a) (i) da CPMF, (ii) maio, (iii) novembro;
b) (i) do IR, (i i) maio, (iii) novembro;
c) (i) da CPMF, (ii) julho, (iii) janeiro;
d) (i) da Taxa CVM, (ii) julho, (iii) janeiro.
250
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
16) Para a Compensação de Perdas, considere a alternativa incorreta:
a) O limite temporal para a compensação de perdas é 31 de dezembro do ano calendário seguinte ao resgate
total em todos os fundos do mesmo administrador
b) Pode ser efetuado entre fundos de classificações distintas.
c) Caso o cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal para a
compensação de perdas
d) Pode ser realizada para compensar perdas em qualquer fundo, mas é necessário que tenha havido resgate de
cotas para caracterizar o prejuízo
17) O Administrador do fundo de investimento deverá nas datas de ocorrência do fato gerador, reduzir a
quantidade de cotas de cada contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda. Definimos:
a) Compensação de perdas
b) DARF para recolhimento do IR
c) Come Cotas
d) Base de Cálculo
18) O investidor deixou seu dinheiro aplicado por 512 dias em um fundo de investimento de curto prazo.
Neste caso, no tocante á tributação, houve:
a) Pagamento indevido e maior de IR, uma vez que o investidor foi tributado em 22,5%.
b) Pagamento correto e menor de IR, uma vez que o investidor foi tributado em 17,5%
c) Pagamento indevido e menor de IR, uma vez que o investidor foi tributado em 17,5%
d) Pagamento indevido e maior de IR, uma vez que o investidor foi tributado a 22%
19) Nas aplicações em fundos de investimento, quem é o agente responsável pelo recolhimento do IR?
a) O Investidor ou o terceiro que intermediar os recursos
b) O Administrador ou o terceiro que intermediar os recursos
c) O Custodiante ou o terceiro que intermediar os recursos
d) O Gestor ou o terceiro que intermediar os recursos
251
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
252
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
MÓDULO VI
COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
10% A 20% DO EXAME
FAZ PARTE DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTE MÓDULO A ÍNTEGRA DA LEI 9613/98, QUE DISPÕE
SOBRE OS CRIMES DE LAVAGEM E OCULTAÇÃO DE DINHEIRO, E TAMBÉM A ÍNTEGRA DA RESOLUÇÃO
2554/98 DO CMN, QUE DISPÕE SOBRE A IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE
CONTROLES INTERNOS, E A CIRCULAR 2852/98, DO BACEN, QUE DISPÕE SOBRE CONTROLES
INTERNOS DE REGISTROS DE OPERAÇÕES.
253
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
254
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
Também conhecido como risco reputacional, ocorre quando a opinião pública é desfavorável a instituição em
vista da existência de situações tornadas públicas. Entre elas:
Suspeitas em decorrência de indícios de lavagem de dinheiro
Não pratica a marcação a mercado das posições da carteira dos fundos que administra
O risco de imagem pode prejudicar o andamento dos negócios de uma instituição de várias formas, como por
exemplo:
Queda no valor de suas Ações negociadas em bolsas
Também conhecido como risco jurídico, pode ser definido como o risco de perda devido a impossibilidade de se
executar os termos de um contrato, incluindo os riscos provenientes de documentação insuficiente, falta de
poderes dos representantes da contraparte para assumir determinado compromisso, desconhecimento de
aspectos jurídicos relevantes que deveriam ser considerados, decisões desfavoráveis do judiciário, incapacidade
para implementar uma cobrança ou executar uma garantia, falta de amparo legal, etc.
O risco legal também configura-se pela falta de compliance, ou não conformidade com a legislação em vigor,
expondo a instituição a perdas, multas e autuações pelas autoridades competentes, podendo tal situação ser
agravada quando afetar sua imagem ou reputação.
Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem ser efetivos e consistentes com a
natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas.
III - a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definidos em função do disposto
no inciso II.
255
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
256
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
OCULTAÇÃO: é a segunda etapa do processo que tem por objetivo dificultar o rastreamento contábil
dos recursos ilícitos. Quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre
a origem do dinheiro é o principal objetivo da ocultação.
A grande parte da movimentação desse dinheiro é feita de forma eletrônica, com transferências do dinheiro para
contas anônimas, em países onde a lei de sigilo bancário seja forte e atuante, ou ainda, realizando depósitos em
contas fantasmas.
O Disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos.
INTEGRAÇÃO: esta é a última etapa do processo, e os ativos são novamente incorporados ao sistema
econômico, de modo formal. Para isso, buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades,
podendo, inclusive, tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez que a cadeia se forma, é mais fácil
legitimar o dinheiro ilícito.
O dinheiro está novamente disponível, após ter sido movimentado suficientemente no ciclo de lavagem de
dinheiro, com a intenção de que o mesmo seja considerado “de origem lícita”.
257
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
Manter atualizados todos os dados cadastrais dos clientes das Instituições Financeiras é o melhor modo de
conhecê-los. Aliás, um cadastro não tem função mais importante do que a correta e completa identificação do
cliente.
Ao ser elaborado, todo cadastro exige uma série de cuidados.
Manter o registro de todas as operações com ativos, que podem, em algum momento ser transformados
em dinheiro, através de sistemas de controles e dados cadastrais atualizados, principalmente no tocante
as alterações da capacidade econômica e financeira do cliente, para isso, cruzando sua movimentação
financeira em conta corrente, seus rendimentos e sua situação profissional, são de extrema importância para
verificar a movimentação de recursos, sua atividade econômica e sua capacidade financeira.
Cabe ao cliente comunicar, imediatamente, quaisquer alterações em seus dados cadastrais, e, todo cadastro,
obrigatoriamente, tem que ser mantido por um período mínimo de 5 anos, a partir do primeiro dia útil do ano
imediatamente seguinte ao ano do encerramento das contas do cliente, ou ainda, da conclusão de suas
operações. Operações com de qualquer valor com suspeita de lavagem de dinheiro e operações em espécie
com valores iguais ou superiores ao estabelecido pelo BACEN, devem ser comunicadas até o dia útil seguinte
(24 horas), via SISBACEN.
Comunicações de boa fé, não acarretam responsabilidades civis ou administrativas. Partindo disso, é da
alçada de todo profissional de instituição financeira e da própria instituição, a comunicação aos órgãos
responsáveis qualquer indício identificado de lavagem de dinheiro. A Anbima enxerga no cadastro um
dos pontos principais no relacionamento profissional/cliente, atendendo assim também o princípio
“conheça seu Cliente”.
O mais indicado a isso, é o profissional que tem o contato mais próximo e direto com o cliente, e, portanto, o
contato mais direto com sua movimentação de recursos, através de um cadastro eficiente e atualizado, podendo
identificar possíveis indícios suspeitos. Cabe lembrar que o Consultor Financeiro conivente com crimes de
lavagem de dinheiro, pode ser penalizado. A caracterização desse crime é de “Crime não Afiançável”.
Sobre a identificação dos clientes, já falamos isso quando falamos em cadastro, que, nunca é demais dizer, tem
que estar completo e atualizado.
Suas operações e transações sejam títulos de crédito, em moeda, nacional ou não, títulos e valores mobiliários,
metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro, devem ter identificados seus registros,
sempre que esses(s) ativos ultrapassem o limite fixado pelas autoridades competentes.
258
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
Operações Suspeitas
Caracterização
Sempre que uma operação em que suas características, valores, formas de realização e até mesmo os
instrumentos utilizados, ou ainda, observando falta de fundamento econômico ou legal, possam indicar um crime
ou a ele relacionar-se, fica caracterizada uma operação suspeita.
Responsabilidades e co-responsabilidades
De acordo com a Lei 9613/98, estão sujeitas às suas obrigações, as pessoas jurídicas que tenham:
→ A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou não;
→ A compra e/ou venda de moeda estrangeira, ou ainda, de instrumento cambial;
→ A emissão, distribuição, liquidação, intermediação, administração, custódia ou negociação de títulos e
valores mobiliários.
259
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
Isto tem estado no centro de alguma controvérsia no NYSE (New York Stock Exchange) e não é invulgar ouvir-
se falar de brokers ou seus amigos a agir desta forma quando um grande cliente está a comprar ou vender.
Um exemplo de front-running dá-se quando um broker recebe uma ordem de elevado montante para um dado
papel. Ele sabe que essa ordem tem impacto no mercado (Market impact), e portanto sabe que se comprar
desse papel antes de executar a ordem, terá uma probabilidade elevada de ganhar. Outro exemplo seria saber
que o research vai emitir uma dada opinião positiva sobre um papel, e comprar antes desse research se tornar
público, sabendo que quando tal acontecer isso gerará compra no papel.
O próprio conceito de Order Flow (fluxo de ordens) é pelo menos parcialmente uma versão soft de front running,
porque o order flow tende a exibir alguma inércia. Isso significa que se o broker/market maker está a obter mais
ordens de compra do que de venda, isso se continuará a verificar por mais algum tempo. Ele pode por isso tomar
alguma “existência” (comprar para a carteira própria), subir o preço, e satisfazer esse order flow. Esta é uma das
pedras base do market making, bem como de muito trading proprietário feito por brokers internacionais.
260
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
→ Do perfil do cliente, a idade é fator importantíssimo, portanto, produtos com prazos mais longos de
maturação são adequados a clientes mais jovens;
→ A disponibilidade de tempo que o cliente tem sem realizar saques é outro fator importante, assim, pode-
se oferecer uma gama mais detalhada de produtos, sempre adequando as carências dos mesmos ao
tempo do cliente;
→ Deixar sempre claro e transparentes todos os impostos incidentes sobre as operações de investimentos,
prazos de incidências e percentuais;
→ Informar valores mínimos de investimentos, possibilidades de aportes e/ou resgates parciais, e a
permanência mínima do cliente no fundo de investimento;
→ Oferecer ao cliente um investimento de acordo com seu perfil: se o cliente é conservador, um produto
conservador, e vale também o contrário;
CIRCUNSTÂNCIAS DO PORTFÓLIO:
INVESTIMENTO PROPOSTO
Após descobrir os objetivos/necessidades do cliente, o profissional faz uma avaliação geral da situação
financeira do cliente em contraponto com seus objetivos, e apresenta propostas.
Objetivos, metas, riscos, devem ficar muito claros aos investidores.
PORTFÓLIO RESULTANTE
O ideal, após ter claro o objetivo, é o profissional montar uma proposta principal de portfólio, mais duas
alternativas.
Deve-se deixar o mais claro e documentado possível, a carteira que está sendo montada, detalhando:
A separação entre os recursos de curto e longo prazo de acordo com seus objetivos, identificando os
produtos
O quanto a carteira está exposta a risco tanto de mercado, como de crédito e liquidez, do ponto de vista
de negociabilidade.
261
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
CONFIDENCIALIDADE
De acordo com a lei complementar 105/01, as instituições devem manter sigilo sobre todas as operações
passivas, ativas e serviços prestados, podendo prestar informações apenas ao BACEN, a CVM e ao Judiciário,
além de outras autoridades competentes, sob pena de crime de quebra de sigilo, que sujeita o infrator a pena de
reclusão de um a quatro anos, mais multa.
Além disso, confidencialidade é um princípio ético, dado que o profissional só teve acesso a essas informações
em decorrência de sua atividade atual.
CONFLITO DE INTERESSES
Realizar suas próprias operações financeiras de forma transparente, informando-as aos seus superiores
e procurando realizá-las via instituições financeiras distintas daquelas com as quais negocia recursos de
terceiros, no desempenho de sua função, ou daquelas com as quais a instituição normalmente negocia.
É de responsabilidade da atividade de compliance, no âmbito da instituição, definir políticas internas para obter
informações sobre os aspectos particulares relevantes sobre seus profissionais, principalmente no que se refere
a possibilidade de iminente conflito de interesses.
262
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
2) O risco de imagem (reputação) em uma instituição financeira pode prejudicar os negócios de diversas formas,
entre as quais:
a) Aumento de tributos e diminuição do valor de suas Ações;
b) Diminuição dos spreads nas operações financeiras e aumento de tributos;
c) Diminuição do valor de suas Ações e perda de clientes;
d) Perda de clientes e aumento da carteira de crédito.
3) Uma instituição financeira que não pratica marcação a mercado de sua carteira de ativos e na qual os
contratos não são assinados por representantes legais devidamente formalizados, está sujeita, respectivamente
aos riscos:
a) De imagem e de mercado;
b) Legal e de mercado;
c) Legal e de imagem;
d) De imagem e legal.
4) O Conselho Monetário Nacional (CMN) na Resolução n" 2.554/98 estabeleceu que a obrigatoriedade da
implantação e implementação de sistema de controles internos para as instituições financeiras:
a) Que operam com derivativos;
b) Que operam nos mercados de câmbio e de capitais;
c) Com patrimônio líquido superior a R$ 200 milhões;
d) Todas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
263
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
6) A fim de evitar conflitos de interesse na gestão de recursos de terceiros, algumas instituições financeiras:
a) Desistem de administrar esses recursos;
b) Aumentam as taxas de administração
c) Criam empresas totalmente separadas para tal fim;
d) Diminuem as taxas de administração.
7) O Conselho Monetário Nacional (CMN) na Resolução n" 2.554/98 estabeleceu que os sistemas de
informação devessem ter um acompanhamento sistemático de suas atividades desenvolvidas de forma a
avaliar se:
a) Os objetivos da instituição, além das leis e regulamentos, estão sendo cumpridos;
b) O retorno obtido pela instituição é compatível com seu nível de risco;
c) Está sendo criado valor para os acionistas;
d) O índice de Sharpe obtido é coerente com as práticas de mercado.
10) Na legislação brasileira, são crimes cujos resultados são passíveis de tipificação na lei de lavagem de
dinheiro, com exceção de:
a) Tráfico ilícito de entorpecentes;
b) Terrorismo;
c) Tráfico armas;
d) Ilícito tributário.
264
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
11) A Lei n" 9.613/98 estabelece como crimes antecedentes à lavagem de dinheiro,
entre outros, os crimes:
I. Contra a administração pública nacional;
lI. Contra o sistema financeiro nacional;
III. Praticado por organização criminosas;
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I e III;
d) II e III.
12) O crime de lavagem de dinheiro é caracterizado em três fases: a colocação, a ocultação (ou
estratificação) e a integração. A fase de ocultação se caracteriza por:
a) Trazer o dinheiro ilícito de volta a economia, agora com origem aparentemente legal;
b) Confundir o rastreamento do dinheiro através de diversas transferências e
empréstimos;
c) Fazer o dinheiro entrar na instituição financeira;
d) Aumentar o lucro da instituição financeira.
13) O crime de lavagem de dinheiro é caracterizado em três fases: a colocação, a ocultação (ou
estratificação) e a integração. A fase de integração se caracteriza por:
a) Trazer o dinheiro ilícito de volta à economia, agora com origem aparentemente legal;
b) Confundir o rastreamento do dinheiro através de diversas transferências e
empréstimos;
c) Fazer o dinheiro entrar na instituição financeira;
d) Aumentar o lucro da instituição financeira.
14) Estão sujeitas à Lei n" 9.613/98, de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, as pessoas jurídicas
que pratiquem intermediação, custódia, emissão, distribuição ou negociação de recursos, em moeda
nacional e estrangeira, em caráter:
a) Permanente, como atividade principal;
b) Permanente, como atividade acessória;
c) Eventual, como atividade acessória;
d) Eventual ou permanente, como atividade principal ou acessória.
265
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
a) I e II;
b) I,I e III;
c) II e III;
d) I, lI, III e IV
16) A última etapa do processo de lavagem de dinheiro, onde os ativos são novamente incorporados ao
sistema econômico, de modo formal. Definimos:
a) Todas as etapas do processo de lavagem de dinheiro
b) Etapa de integração do processo de lavagem de dinheiro
c) Etapa de ocultação do processo de lavagem de dinheiro
d) Etapa de colocação do processo de lavagem de dinheiro
266
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
19) Avaliando as situações abaixo descritas, sobre a imagem de uma instituição financeira e referentes ao
Risco de Imagem ou Risco de Reputação, qual a alternativa que não corresponde:
a) Suspeitas em decorrência de lavagem de dinheiro
b) Empréstimos com base técnica e sem vínculos a relacionamentos políticos
c) Perda do apoio da clientela e desaparecimento de oportunidade de negócios
d) Queda no valor de suas ações negociadas em bolsas
267
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
268
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
MÓDULO VII
MENSURAÇÃO, GESTÃO DE
PERFORMANCE E RISCO
17% A 25% DO EXAME
269
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
270
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
RISCO X RETORNO
Investidores mais arrojados encaram altos riscos em troca de maior retorno, mas, existem também os
investidores de perfil mais conservador, que geralmente optam pelo mínimo risco, não se importando que o risco
menor implica, muitas vezes, em rendimento menor. Entretanto, a combinação de risco e retorno é distinta para
cada investimento, tendendo a aumentar o retorno á medida que o risco aumenta.
RISCO DE ATIVOS:
ATIVOS LIVRES DE RISCOS
Hipoteticamente, e somente para fins de utilização de modelos teóricos de precificação de ativos, um ativo livre
de risco não representa risco de crédito ao seu portador, é o de maior liquidez e, portanto, gera uma taxa de
juros também livre de risco.
Risco de crédito ou risco de default diz respeito ao risco de um devedor não honrar suas obrigações de
pagamento de juros e/ou principal nas datas previamente acordadas. O investidor para incorrer em mais risco de
crédito requer um prêmio, isto é , uma remuneração superior aquela obtida nos investimentos em ativos livres de
risco. Este prêmio é denominado de spread sobre o ativo livre de risco.
271
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
6
5 C D
4
3
Retorno
2 A B
1
0 2 4 6
Risco
O ativo A tem o mesmo retorno esperado que o ativo B, mas seu risco é menor. O ativo C tem o mesmo risco
que o ativo A, mas seu retorno é maior.
Este é o chamado princípio de dominância entre ativos, que estipula que dentre todos os investimentos com uma
dada taxa de retorno, aquele que detiver o menor risco é o mais desejado. De forma inversa, dentre todos os
investimentos com um dado nível de risco, aquele que detiver a maior taxa de retorno é o mais desejado.
Este conceito também se aplica a análise de investimentos em carteiras ou Fundos de Investimentos.
Uma carteira é composta por um conjunto de ativos, cada um com seu retorno esperado e risco, medido pelo
seu desvio padrão.
Você deve se lembrar de alguns ditados populares como aquele que diz que “não devemos colocar todos os
ovos na mesma cesta.”
Sabemos, por intuição, que é menos arriscados investir em um portfólio de várias Ações do que em apenas uma
ação. Também sabemos, por intuição, que deve ser menos arriscado construir um portfólio com Ações de
companhias de vários setores da economia do que em apenas um setor e assim por diante.
272
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
Como a diversificação atua reduzindo o risco total de uma carteira de investimento?
Parte da variação nos preços das Ações se dá por motivos próprios a estas Ações, que seja em seu setor de
atividades, novas tecnologias, questões ambientais, etc. desta forma, é praticamente impossível que o preço de
todas as Ações de uma carteira bem diversificada caiam ou subam ao mesmo tempo e na mesma intensidade
em função de um destes motivos específicos como, por exemplo, a elevação no preço internacional do farelo de
soja. Este evento certamente afetará empresas do setor alimentício e somente isto.
Perceba que na economia sempre haverão fatores que afetarão (positiva ou negativamente) os preços das
Ações, porém, a diversificação faz com que eventuais quedas em determinadas Ações sejam compensadas por
eventuais elevAções ou neutralidade de preços em outras.
É uma medida de risco relativo.
Podemos definir beta (β) como sendo uma medida que mede a sensibilidade de determinada ação ou carteira
de Ações ao índice de referência ou benchmark.
No nosso mercado, o índice mais utilizado em se tratando de Ações, é o Ibovespa, que por definição tem beta
igual a 1.
Assim, o beta reflete o comportamento de uma ação ou fundo em relação ao Ibovespa em um período passado
qualquer, sendo recomendável um período mínimo de um ano para esta análise. Desta forma, o investidor pode
ter uma noção da natureza do comportamento e um investimento em relação ao benchmark, classificas como
neutra, agressiva ou defensiva.
O Beta de uma carteira é uma medida de risco.
273
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
274
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
275
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
FATORES A CONSIDERAR:
→ Ações: Perdas em função de oscilações imprevistas nos preços das Ações presentes em
determinada carteira
→ Commodities: podem apresentar perdas, decorrentes das oscilações imprevistas nos preços de
ativos indexados a produtos de origem agrícola, pecuária ou de extração mineral.
→ Concentração: investimentos concentrados em determinados indexadores, moedas, instrumentos
ou vencimentos, podem sofrer perdas caso um destes sofra um movimento abrupto adverso em seu
valor de mercado.
→ Derivativos: variações no valor de posições em operações do mercado, mercado de futuros, swap e
opções, geralmente negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros.
→ Taxa de Câmbio: variações no câmbio, como valorizações ou desvalorizações de moeda, podem
acarretar em perda de ativos indexados às moedas estrangeiras
→ Taxa de Juros: mudanças adversas nas taxas de juros incorrem em perdas no valor econômico
e/ou financeiro de uma carteira.
276
→ MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
ALGUNS FATORES
→ Inadimplência: o devedor atrasa em honrar uma dívida contraída, gera perda;
→ Concentração: perdas em função de concentração de operações num mesmo tipo de ativo, ou setor de
economia, cliente, grupo econômico ou região.
→ Degradação de Garantias: A redução do valor das garantias constituídas por conta de empréstimos,
motivada por depreciação ou condições de mercado, incorrem em perdas.
→ País: geram perdas eventos inesperados ocorridos em determinados países estrangeiros, que
influenciam de alguma maneira devedores externos em remeter divisas para pagamento de suas
obrigações.
Também é considerado risco de liquidez uma eventual falta de recursos disponíveis imediatamente para honrar
os compromissos assumidos, ou da falta de contrapartes em número suficiente para negociar o volume desejado
de determinado ativo, o que causa variação anormal de valor e também conseqüente redução de rentabilidade.
Isso ocorre, por exemplo, quando existe uma oferta maior do que a procura.
Ex. Um cliente possui um patrimônio de R$ 600.000,00 e o coloca à venda. Consegue vendê-lo após 2
meses por R$ 400.000,00. Esse cliente incorreu no risco de liquidez.
277
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
GESTÃO DE RISCOS
Não se deve ignorar a existência de riscos, e estes riscos devem ser monitorados. Este é o motivo fundamental
para a existência da Gestão dos Riscos.
Na área especifica de investimentos, este gerenciamento tem a função de controlar a exposição aos riscos de
mercado, crédito e liquidez, observando especificamente as características de cada investimento.
Apresentaremos alguns controles de riscos, mas por si só, eles não garantem a total eliminação de qualquer
fator de risco a que investimentos estejam sujeitos, tendo em vista os ativos que constam de sua carteira.
278
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
OBJETIVO DO INVESTIDOR
Nenhum investidor não imagina um plano para seus recursos, mesmo que não declare este plano. Sejam eles,
por exemplo, comprar um bem imóvel, ou um automóvel, ou algum outro bem.
Este plano está diretamente ligado a um prazo de realização, o horizonte de investimento.
EXEMPLOS DE ESTRATÉGIAS:
Objetivo Necessidades Produto Adequado
Reserva financeira para alguma O menor risco com a maior liquidez Os de taxa pós fixada, de curto
emergência possíveis prazo e com baixo risco de crédito
Reserva financeira longo prazo, Preservar o poder de compra da Títulos ou Fundos que tenham
aposentadoria moeda contra a inflação lastro no IGP-M ou IPCA, e
carteiras de longo prazo.
Recursos para um curso ou viagem Preservar o poder de compra da Títulos ou Fundos de Investimentos
ao exterior moeda estrangeira corrigidos pela moeda estrangeira
do país que se pretende viajar
Dobrar o capital no período de 5 Assumir posições de risco em Ações, fundos de Ações e fundos
anos busca de maior retorno multimercado de comportamento
agressivo
FONTE. WIKIPEDIA
HORIZONTE DE INVESTIMENTO
É um fator determinante na escolha do investimento adequado, pois representa o prazo que se prevê para que o
investimento obtenha o retorno esperado.
Para objetivos de longo prazo, opta-se por investimentos com prazo de maturação maior, e, neste caso, as
flutuações ocorridas em curto prazo não são relevantes, tendo em vista a importância da tendência de longo
prazo.
Quanto menor o prazo do investimento, menor deverá ser o risco que o investidor aceitará em seus
investimentos e quanto maior o prazo, maior poderá ser o risco, pois o tempo pode diluir os efeitos das
oscilações nos preços de um ativo.
É comum um investidor cair na tentação de escolher o produto mais rentável e desconhecer as características do
produto e os riscos envolvidos. Antes de recomendar um produto, certifique-se de que o cliente conhece e aceita
as condições dessa contratação
Alta tolerância ao risco indica que o investidor aceita maiores oscilações no seu capital e rendimento. Baixa
tolerância ao risco indica que o investidor não aceita maiores oscilações no se capital e rendimento, portanto swe
perfil é mais conservador.
279
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
DURATION DE MACAULAY
A duration de um título com pagamento de cupom de juros sempre será menor do que seu prazo e vencimento,
devido a ponderação dos fluxos de caixa intermediários. Assim como, todo título ou carteira “zero cupom” (sem
pagamentos de juros intermediários) terá a duration igual ao seu vencimento final.
Há uma relação inversa entre a taxa de juros de um título e sua duration. Quanto maior a taxa de juros paga em
dois títulos de iguais características menor será sua duration.
Há uma relação inversa entre a duration e a taxa de desconto de um título ou taxa de juros de mercado. Quanto
maior esta taxa, menor será a duration do título.
280
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
DURATION MODIFICADA
A duration modificada expressa o valor da mudança no preço de títulos de renda fixa em resposta a pequenas
mudanças nas taxas de juros de mercado. Ela segue o conceito de que a taxa de juros de mercado e o valor
destes títulos movem-se em direção oposta: quando ocorre uma elevação na taxa de juros de mercado o valor
dos títulos caem e vice-versa.
Sua formula é usada para se determinar o efeito que 100 pontos bases ou 1% de alteração na taxa de juros de
mercado terá sobre o preço de um título.
CUPOM E AMORTIZAÇÕES
São os juros pagos pelos bônus (títulos) a taxas fixas (percentual do principal) ou variáveis, calculados
de acordo com os referenciais estabelecidos.
Os bônus são títulos de renda fixa representativos de contratação de obrigações pelos agentes econômicos, que
se obrigam a pagar aos credores um determinado fluxo futuro de rendimentos. Para esses títulos o capital e os
juros (cupom) podem ser pagos integralmente, ao final, ou em valores periódicos a serem pagos juntos ou
separadamente.
No mercado financeiro existem vários tipos de títulos de renda fixa, sendo que as diferenças essenciais entre
eles são o prazo de resgate, a maturidade do título e a natureza do emitente.
No mercado monetário, os títulos de renda fixa — commercial papers e certificados de depósitos bancários —
emitidos com prazo de resgate inferior a um ano são, normalmente, considerados instrumentos de curto prazo.
Já os títulos com prazo de resgate — maturidade — superior a um ano são chamados de bônus – bonds.
A colocação de títulos ocorre tanto no mercado interno quanto no mercado externo, sendo que, neste último
caso, ocorre a troca de títulos por dívidas e/ou empréstimos concedidos por investidores internacionais.
Existem três tipos de títulos que são negociados no mercado financeiro internacional:
títulos com juros fixos estabelecidos no momento do seu lançamento ao público – esta
remuneração tem por referência alguma taxa de juros de mercado geralmente a dos títulos do
Governo dos EUA. É o tipo de Bond mais negociado no mercado;
títulos com taxas de juros redefinidas periodicamente (floating) – geralmente são redefinidas nos
momentos de pagamento dos cupons;
títulos conversíveis em Ações (equity related).
281
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
ZERO CUPOM
São assim denominados os bonds (bônus) com um único pagamento ao final do prazo, principal mais os juros.
Como o vencimento coincide com o prazo do título, dizemos que a maturity da operação é representada
efetivamente pelo próprio prazo do título.
Tais papéis são negociados por um valor de face deduzido do deságio, sendo que o seu preço de mercado é
inferior ao seu valor de face.
Os administradores de títulos de renda fixa usam esse conceito, vez que ele proporciona a possibilidade de
fornecer as posições e os perfis das aplicações e captações, considerando duas situações:
o prazo médio das aplicações e captações em títulos prefixados e pós-fixados, quando o administrador
tem o poder de aumentar ou reduzir os prazos dos investimentos;
os efeitos de alterações das taxas de juros sobre o valor presente de títulos ou de conjuntos de títulos de
renda fixa prefixados. Esse conhecimento influencia a decisão a respeito dos vencimentos das
operações de hedge de juros que poderão ser feitas.
A definição da duração efetiva (duration) de um fluxo de caixa reflete mais adequadamente o prazo (maturity) do
que simplesmente a medição do intervalo de tempo entre a emissão do título e o momento de seu resgate final.
CONVEXIDADE
Conceitualmente falando, qualquer título de renda fixa terá uma representação gráfica de formato convexo entre
seu preço e seu rendimento ao longo do tempo. Isto porque não é razoável se esperar que papéis de prazos
diferentes tenham uma função linear para representar seus rendimentos. Os prêmios de risco devem e vão
flutuar ao longo destes prazos.
O grau de curvatura de esses títulos ira representar quanto eles alterarão seu rendimento em resposta a
mudança em seus preços ocasionadas por alterações na taxas de juros do mercado.
Este cálculo também é útil para a comparação de títulos. Se dois títulos tem a mesma duration e o mesmo
rendimento, mas um exibe maior convexidade, podemos afirmar que mudanças na taxa de juros de mercado os
afetarão de forma diferente. O com maior convexidade será menos afetado por estas mudanças do que o outro.
282
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
Um dos maiores problemas enfrentado por gestores de carteiras de renda fixa diz respeito a flutuação da taxa de
juros de mercado para determinado horizonte de tempo. Se a taxa de juros não flutuasse os gestores
reinvestiriam o cupom de juros recebido pela mesma taxa original de investimento, e desta forma manteriam o
rendimento previsto da carteira.
Porém, os juros flutuam dia a dia construindo ao longo do tempo, curvas de juros, que podem ter efeitos de
magnitudes diferentes dependendo do seu prazo.
Podemos dizer que o risco de liquidez pode se configurar tanto em relação a um ativo especifico como um
determinado mercado, ou ainda, a todos os mercados de forma geral, sendo que neste caso, pode dar inicio ao
chamado risco sistêmico.
O risco de liquidez de determinado ativo ou mercado pode acarretar as seguintes conseqüências:
Falta de referencia de preços para avaliação correta de uma carteira (MaM)
Prejuízos inesperados em função de não obtenção de preço justo para determinado ativo, que dentre
outros motivos, pode ter sido ocasionado por uma posição maior do que se deveria ter.
Prejuízos no processo de marcação a mercado pela simples falta de informações confiáveis de mercado
para sua precificação.
283
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
ATIVO
Adequar os prazos dos ativos com as necessidades de caixa ou perfil dos investidores
A liquidez apresentada pelos ativos ou pelo mercado em geral é fundamental para a formação de preços
principalmente no mercado secundário. O risco de liquidez configura-se quando não é possível a um gestor de
carteiras ou investidor realizar uma negociação pelos preços vigentes, o chamado preço justo, por falta de
compradores. O reflexo da dificuldade em negociar o volume desejado é verificado de imediato na queda dos
preço destes ativos.
Ao construir uma carteira de investimentos o gestor deverá estar atento para o risco de concentração. A
concentração por emissor, prazos, categoria de títulos e valores mobiliários nos quais os fundos aplicam seus
recursos, podem aumentar a exposição da carteira aos riscos mencionados acima, ocasionando volatilidade no
preço dos investimentos.
Outro fator importante a ser considerado pelo gestor de uma carteira de investimentos é o planejamento da
necessidade de caixa do investidor, que deverá ser feito de acordo com as características de cada carteira.
Por exemplo, em uma carteira de investimentos de curto prazo, sabemos que poderão ocorrer saques
inesperados a todo momento, portanto, uma parcela maior deverá ser destinada a ativos de altíssima liquidez,
como por exemplo, títulos públicos federais de curto prazo.
Em outras palavras o correto planejamento do fluxo de caixa de fundos levará em conta as características gerais
de seu objetivo de resultados e, principalmente, o horizonte de prazo de seus investidores.
284
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
RISCO DE CRÉDITO:
DEFINIÇÃO DE SOLVÊNCIA E INADIMPLÊNCIA
A possibilidade de uma instituição financeira ou um investidor em títulos de renda fixa não receber os valores
(principal e juros) prometidos pelos emissores dos títulos que mantém em carteira é definida como inadimplência
ou insolvência do devedor.
O risco de crédito pode ser definido como a perda potencial (parcial ou total) que pode ocorrer devido a
mudanças na qualidade de crédito ou até mesmo o default de uma contraparte ou emissor.
Incorremos em risco de crédito quando adquirimos títulos de dívida emitidos por instituições financeiras
(depósitos a prazo), ou empresas em geral (debêntures ou nota promissória).
O rating atribuído a uma emissão de divida é uma opinião atualizada sobre a qualidade de crédito de um emissor
com relação a uma obrigação financeira especifica ou a uma classe de obrigações financeiras.
São levados em conta, também, a qualidade de crédito de fiadores, seguradoras, ou outras formas de redução
de risco da obrigação e a moeda na qual esta é denominada e podem ser de curto, médio ou longo prazo.
Rating podem ser mudados, suspensos ou retirados sem comunicação previa ao mercado, dependendo da
análise da agencia em relação a determinado emissor.
FORMAÇÃO DE PREÇOS)
A baixa relação entre volume de crédito e PIB que tem sido observada no Brasil nos últimos anos é em boa
medida, explicada pelos elevadíssimos spreads existentes no pais que inibem uma maior demanda por crédito
por parte das empresas e indivíduos.
O spread bancário das operações de crédito atendem a 3 objetivos principais:
Cobrir as despesas administrativas e de pessoal alocadas a análise de crédito
285
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
ESTRUTURA DE CAPITAIS
Uma estrutura de capitais adequada faz com que a empresa possa crescer e obter resultados sempre optando
por fontes mais estáveis, apropriadas e baratas de capital. Investimentos em capital permanente como máquinas
e equipamentos requerem fontes de capitais fixas a longo prazo
Necessidades momentâneas de capital de giro devem ser cobertas por capitais de curto prazo que apesar do
custo mais elevado, são mais adequados em termos de prazo.
Nenhuma empresa cresce sem capital e terceiros. Porém, ao contrário do capital próprio, este tem data para ser
pago, portanto,uma administração de caixa eficiente é fundamental.
ALAVANCAGEM E ENDIVIDAMENTO
Duas expressões que estão ligadas a utilização de capital de terceiros na composição das fontes e recursos da
empresa. A diferença entre elas é que alavancagem diz respeito a estrutura de capitais e endividamento, diz
respeito ao grau de comprometimento entre valores a pagar e a receber.
GESTÃO DE CAIXA
A perfeita gestão de caixa reduz riscos e encargos financeiros além de dar mais flexibilidade a empresa para
optar por melhores condições de compra de matéria prima e condições de financiamento de clientes.
286
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
O risco Brasil é um indicador que expressa, de forma objetiva, o risco a que investidores estrangeiros estão
submetidos quando investem no país.
O EMBI, índice de Bônus de Mercados Emergentes é o índice mais utilizado para essa finalidade e mede o
prêmio médio de uma carteira hipotética, constituída por papéis emitidos pelo Brasil no exterior (de natureza
soberana e privada), frente ao rendimento dos títulos do tesouro norte americano de prazo comparável (que são
considerados livres de risco).
Quanto maior o risco, menor a capacidade de o pais atrair capital estrangeiro. Em conseqüência, maior é o
prêmio com que seus instrumentos de divida devem remunerar os investidores para compensá-los por assumir
esse risco.
O risco Brasil é divulgado sob a forma de pontos base.
O objetivo do EMBI+ é criar um parâmetro no mercado que reflita com objetividade os retornos obtidos com a
variação de preços e de rendimento com juros de uma carteira de títulos da divida de mercados emergentes.
OPERAÇÕES DE CÂMBIO
O risco de contraparte pode ocorrer em função de diferenças em fuso horário ou pela não utilização de um
sistema de liquidação também chamado de Clearing. Pode-se aqui perder tanto o principal acrescido de
eventuais ajustes de preços ou, caso sua contraparte entre em default antes do vencimento da transação, pode
ocorrer somente a parte de reposição da operação.
287
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
Atualmente os fundos brasileiros podem manter em suas carteiras ativos financeiros negociados no exterior, e
sua performance pode ser afetada por requisitos legais ou regulatórios, por exigências tributarias relativas a
todos os países nos quais haja investimento ou, ainda, pela variação do real em relação a outras moedas. Os
investimentos estarão expostos a alterações nas condições política, econômica ou social nos países onde
investem, o que pode afetar negativamente o valor de seus ativos.
Pode ocorrer atraso na transferência de juros, dividendos, ganhos de capital ou principal, entre países onde os
Fundos de Investimentos invistam, o que poderá interferir na liquidez e no desempenho de tais fundos.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:
VARIAÇÃO DO RATING (PREÇO E ENQUADRAMENTO)
Títulos com baixo risco de crédito são os que receberam alta nota classificação de risco denominados
grau de investimento ou investment grade.
Títulos com alto risco de crédito são os que receberam baixa nota de classificação de risco denominados
investimentos especulativos ou junk bonds.
Essencialmente, o risco de crédito é o risco de o emissor de um título não honrar o pagamento devido. Todos os
títulos de divida carregam certo risco de crédito. O que varia, é o grau desse risco.
As agencias de rating, ou de classificação de riscos, fornecem opiniões independentes sobre a capacidade de o
emissor de um ativo pagar suas dívidas e honrar seus compromissos financeiros.
PREÇO
O preço de um título de renda fixa depende basicamente da remuneração requerida pelo investidor
Quanto maior o risco de crédito de um título, maior a taxa de remuneração requerida e menor será seu
preço.
Quanto menor o risco de crédito de um título, menor a taxa de remuneração requerida e maior será o
seu preço.
288
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
ENQUADRAMENTO
Vários fundos tem como política de investimentos restrições de percentual de alocação mínimo em títulos de
baixo risco de crédito. A definição de quais títulos privados são considerados como baixo risco de crédito
depende da classificação de risco obtida junto as agencias de rating.
Definição do período de observação das perdas. Pode ser calculado para diferentes períodos de perdas,
sendo mais comum o diário.
Definição do intervalo de confiança, geralmente 95% ou 99%. Neste caso, estamos falando de um
mecanismo puramente estatístico. Quanto maior o intervalo de confiança, maior tende a ser o VaR, e o
inverso idem.
289
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
1.O princípio de dominância entre ativos estabelece que o investidor racional, entre dois ativos, sempre escolhe
aquele que possui:
a) O maior retomo, se os riscos são iguais;
b) O menor retomo, se os riscos são iguais;
c) O maior risco, se os retornos são iguais;
d) Sempre o maior retomo, independentemente do risco.
2.Um investidor racional tem a possibilidade de investir no ativo A com retorno de 20% a.a. e desvio-padrão de
5% ou no ativo B com retorno de 17% a.a. e desvio-padrão de 6%. Pelo princípio de dominância entre ativos, o
investidor optará pelo:
a) Ativo B, pois possui menor risco que o ativo A;
b) Ativo B, pois sua relação de risco e retomo é melhor que a do ativo A;
c) Ativo A, pois possui o maior retomo e o menor risco;
d) Ativo A ou B, não é possível definir, pois o investidor é indiferente aos ativos A ou B.
5. Em uma carteira formada por dois ativos com correlação perfeitamente negativa, ou seja, correlação -1,0, o
risco é:
a) A média simples dos riscos de cada ativo;
b) Zerado;
c) A média ponderada dos riscos de cada ativo;
d) A metade da média ponderada dos riscos de cada ativo.
290
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
6. Num diagrama retorno x risco, para um dado retorno, o risco de uma carteira formada por dois ativos:
a) Aumenta à medida que a correlação entre eles diminui.
b) Permanece o mesmo qualquer que seja a correlação entre eles.
c) Independe da correlação entre eles.
d) Diminui à medida que a correlação entre eles também diminui.
9. Uma carteira tem beta de 1,5. Assim espera-se estatisticamente que quando o índice de mercado se valoriza
10%, a carteira:
a) Se valorizará 1,5%;
b) Se desvalorizará 1,5%;
c) Se valorizará 15%;
d) Se desvalorizará 15%.
10. Tem o objetivo de estimar potenciais perdas em situações de anormalidade de mercado. O principal motivo é
que as variações dos preços dos ativos muitas vezes não são normalmente distribuídas. Estamos falando do:
a) Stress Test (Caudas Grossas)
b) Stop Loss (Limite Máximo de Perdas)
c) Back Testing (Validação do Modelo)
d) Nenhuma das anteriores
11. Um investidor racional tem a possibilidade de investir na carteira A com retorno de 18% a.a. e desvio-padrão
de 7% ou na carteira B com retorno de 18% a.a. e desvio- padrão de 5%. Pelo princípio de dominância entre
carteiras o investidor optará pela:
a) Carteira B, pois possui menor risco e maior retomo;
b) Carteira B, pois possui mesmo retomo e menor risco;
c) Carteira A, pois possui menor risco;
d) Carteira A, pois tem melhor relação risco e retomo.
291
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
13. O endividamento bancário de uma empresa e política cambial são, respectivamente, componentes dos
riscos:
a) Não sistemático e não sistemático;
b) Não sistemático e sistemático;
c) Sistemático e não sistemático;
d) Sistemático e sistemático
16 . “O preço de um ativo de renda fixa é afetado pela flutuação da taxa de juros no mercado e pelo prazo do
título ou carteira de títulos. Existe uma diferença entre o prazo até o vencimento de um título, e o prazo médio de
um título caso exista um fluxo intermediário de pagamentos.” Essa definição corresponde a:
a) Duration de Macaulay
b) Risco do Tracking Error
c) Duration Modificada
d) Risco da Taxa de Juros
17 . Qualquer título de renda fixa terá uma representação gráfica de formato convexo entre seu preço e seu
rendimento ao longo do tempo. Essa descrição corresponde a:
a) Imunização
b) Duration Modificada
c) Convexidade
d) Duration de Macaulay
292
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
a) Risco de Liquidez
b) Risco de Mercado
c) Risco da Empresa
d) Risco de Crédito
19 . Qual dos fatores abaixo não correspondem ao que pode ser chamado de “mercado líquido”?
a) Mercados de derivativos para transferência de riscos
b) Variedade de instrumentos financeiros
c) Falta de confiança nos agentes econômicos e na economia como um todo
d) Mercado secundário ativo
a) Estrutura de Capitais
b) Capacidade de Pagamento
c) Spread de Crédito
d) Alavancagem e endividamento
293
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
294
SEGUNDO SIMULADO
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
SE G U N D O
SI M U L A D O
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20
295
SEGUNDO SIMULADO
296
SEGUNDO SIMULADO
1. Determinada legislação estadual estabelece modificação no fato gerador dos impostos incidentes em
aplicações financeiras realizadas por pessoas físicas ou jurídicas. Sobre essa legislação podemos afirmar que
encontra-se em:
a) Integral consonância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras;
b) Integral consonância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras para
alguns impostos e contribuições e encontra-se em discordância com as disposições que disciplinam a
tributação das aplicações financeiras apenas para o IOF;
c) Discordância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras, pois
somente a União Federal tem competência para legislar sobre aplicações financeiras;
d) Discordância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras, pois
somente poderia disciplinar a Taxa de Fiscalização do Mercado de Valores Mobiliários, também
conhecida como Taxa CVM.
2. Assinale qual das operações abaixo é equiparada a uma aplicação de renda fixa:
a)CDB com rendimento de 98% do CDI.
b)Debêntures com juros semestrais e nas operações conjugadas que não permitam a obtenção de
rendimentos predeterminados, tais como as realizadas nos mercados de opções de compra e de venda
em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box);
c) Mútuo entre pessoa jurídica controlada e controladora e nas operações conjugadas que
permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, tais como as realizadas nos mercados de
opções de compra e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box);
d) Fundos de Ações e nas operações conjugadas que não permitam a obtenção de rendimentos
predeterminados, tais como as realizadas nos mercados de opções de compra
e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box).
4. Para os Fundos de Investimentos de longo prazo (acima de 365 dias) e para os fundos de curto prazo (igualou
inferior a 365 dias), as alíquotas semestrais do "come-cotas" são, respectivamente:
a)15% e 15%;
b)20% e 15%;
c)15% e 20%;
d)20% e 20%.
297
SEGUNDO SIMULADO
6.O momento de incidência do IR Fonte sobre rendimentos auferidos nas aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos se dá:
I. na data em que se completar cada período de carência para resgate de cotas com rendimento
II. no último dia útil de cada trimestre-calendário, ou no resgate, se ocorrido em outra data,
no caso de fundos com períodos de carência superior a 90 dias;
III. no último dia útil de cada mês, ou no resgate, se ocorrido em outra data, no caso de fundos sem
prazo de carência, inclusive por término do prazo de carência inicial;
IV. todo mês de abril no momento do ajuste anual do IR.
Das alternativas acima, estão corretas:
a)I, II e III;
b)I, II e IV;
c)I, III e IV;
d)I e IV.
7.O fato gerador do IR em operações de renda variável de day trade é auferir rendimento positivo em operações
ou a conjugação de operações:
a) Iniciadas e encerradas em uma mesma semana, com o mesmo ativo, em que a quantidade
negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;
b) Iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em que a quantidade
negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;
c) Iniciadas e encerradas em uma mesma semana, com mais de um ativo, em que a quantidade
negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;
d) Iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com mais de um ativo, sem que haja qualquer
liquidação da quantidade negociada.
298
SEGUNDO SIMULADO
299
SEGUNDO SIMULADO
14. O fato gerador de imposto de renda incidente em operações financeiras em Fundos de Investimentos
imobiliário é:
a)Adquirir cota de fundo imobiliário ou aumentar o número de cotistas do fundo;
b)A valorização do fundo apurada por marcação a mercado;
c)Auferir cotas de fundo de investimentos
d)Distribuir rendimentos e ganhos líquidos
17.O fato gerador do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF) sobre títulos e valores mobiliários é:
a)Auferir rendimento;
b)A aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores
mobiliários;
c)Débito em conta corrente;
d)A valorização do ativo.
300
SEGUNDO SIMULADO
301
SEGUNDO SIMULADO
22. Os responsáveis tributários pelo recolhimento do IOF incidente sobre valores mobiliários são, entre outros:
a) As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
os administradores de Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e
tendo por objeto recursos destes;
b) As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
os cotistas de Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e
tendo por objeto recursos destes;
c) Os cotistas de Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e
tendo por objeto recursos destes;
d) A instituição que liquidar a operação perante o beneficiário final, no caso de operação realizada por
meio do Selic ou da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), os cotistas de
Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, em
relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e tendo por objeto
recursos destes.
302
SEGUNDO SIMULADO
27.Na hierarquia do Sistema Financeiro Nacional (SFN), o Conselho Monetário Nacional (CMN) é:
a)O órgão máximo, estando todos os outros subordinados a ele;
b)Subordinado ao Banco Central (BACEN);
c)Subordinado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
d)Hierarquicamente equivalente ao Banco Central (BACEN) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
30.Entre as atribuições abaixo, as que são de competência do Banco Central do Brasil (BACEN) são:
I. Executar a emissão do dinheiro e controlar a liquidez do mercado;
Il, Conceder autorização às instituições financeiras, no que se refere ao funcionamento, instalação ou
transferência de suas sedes, e aos pedidos de fusão e incorporação;
III. Fiscalizar as bolsas de valores.
a)I e III;
b)I e lI;
c)II e III;
d)Somente a III;
303
SEGUNDO SIMULADO
31.Em relação à política de metas de inflação, o papel do Banco Central do Brasil (BACEN) é de:
a)Definir a meta de inflação;
b)Discutir com a sociedade a meta de inflação;
c)Perseguir a execução da meta de inflação, através dos instrumentos de política monetária;
d)O BACEN não tem nenhum papel na política de metas de inflação.
304
SEGUNDO SIMULADO
35.A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBIMA) possui como alguns de seus principais
objetivos:
I. Fortalecer o mercado de capitais como instrumento de financiamento do desenvolvimento;
II. Incentivar a adoção das melhores práticas e o respeito aos direitos dos investidores;
III. Consolidar e ampliar o espaço de regulação e melhores práticas;
IV. Contribuir para a melhoria da capacitação profissional dos executivos do mercado e da educação dos
investidores.
a)I e II;
b)I, II, III e IV;
c)I, II e III;
d)II e IV.
36. Os bancos múltiplos surgiram com a Resolução n° 1.524/88, emitida pelo BACEN por decisão do CMN, com
o objetivo de:
a) Aumentar a arrecadação de tributos, pela melhoria na fiscalização;
b) Aumentar a credibilidade do sistema financeiro;
c) Racionalizar a administração das instituições financeiras que passaram a poder ter diversas carteiras
na mesma instituição financeira, o banco múltiplo, reduzindo seus custos;
d) Incentivar as fusões e aquisições entre as instituições financeiras.
37.O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) constitui-se no principal instrumento:
a) De médio e longo prazos, de execução da política de financiamento do governo federal;
b) De curto prazo, de execução da política de financiamento agrícola do governo federal;
c) De médio e longo prazos, de execução da política de financiamento dos governos estaduais;
d) Somente de longo prazo, de execução da política econômica do governo federal.
305
SEGUNDO SIMULADO
39.A administração de recursos de terceiros, realizada por uma instituição financeira ou fundo de investimentos,
chamados de gestores, tem por objetivo:
a) Melhorar a qualidade e o profissionalismo da administração dos recursos do investidor. Esse serviço é
prestado de forma gratuita pelos gestores, como forma de reciprocidade;
b) Melhorar a qualidade e o profissionalismo da administração dos recursos do investidor e gerar
remuneração para os gestores por esses serviços;
c) Criar um vínculo entre gestores e investidores fidelizando esses últimos;
d) Criar um vínculo entre gestores e investidores para gerar possíveis negócios adicionais no futuro, o
que explica que esse serviço não gere remuneração aos gestores.
40. As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) são entidades que têm por objetivo:
a) A compra e venda de Ações e mercadorias por ordem de terceiros, em bolsas de valores e
mercadorias, não podendo, contudo, custodiar e gerir carteiras e Fundos de Investimentos;
b) A compra e venda de Ações e mercadorias por ordem de terceiros, em bolsas de valores e
mercadorias, podendo ainda custodiar e gerir carteiras e Fundos de Investimentos;
c)Apenas custodiar Ações e mercadorias;
d)Apenas gerir carteiras e custodiar Ações e mercadorias.
42. As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, devem
classificar seus ativos de renda fixa em carteira de renda fixa: 180
a)Com baixo risco de crédito e carteira de derivativos;
b)Com baixo risco de crédito e carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito;
c)Com alto risco de crédito e carteira de derivativos;
d)Sem risco de crédito e carteira de renda fixa com risco de crédito.
306
SEGUNDO SIMULADO
43) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução n" 3.121 do CMN, devem
classificar seus ativos de renda variável em: 181
a) Carteira de Ações em mercado e carteira de renda variável- outros ativos.
b)Carteira de Ações em mercado e carteira de derivativos;
c)Carteira de participações e carteira de Ações em mercado;
d)Carteira de Ações em mercado, carteira de participações e carteira de renda variável - outros ativos;
44) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a resolução 3121 do CMN, devem
classificar, entre outros, em sua carteira de renda variável- outros ativos: 181
a)Apenas os Brazilian Depositary Receipts (BDRs);
b)Todas as Ações negociadas em mercado, e os Brazilian Depositary Receipts (BDRs);
c)Todas as Ações negociadas em mercado;
d)Brazilian Depositary Receipts (BDRs), Ações de empresas sediadas no Mercosul e certificados de ouro
físico.
45) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, devem
classificar, respectivamente, em sua carteira de Ações em mercado e carteira de participações: 181
a)Bônus de subscrição de Ações e derivativos;
b)Ações adquiridas em bolsas de valores e derivativos;
c)Debêntures e bônus de subscrição de Ações;
d)Ações adquiridas na bolsa de valores e quotas de Fundos de Investimentos em empresas emergentes.
46) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN,
relativamente a aplicações em cotas de Fundos de Investimentos, podem pagar taxa de performance: 181
a) Com periodicidade mínima anual ou no momento do resgate, baseada no desempenho do fundo;
b) Com periodicidade mínima semestral ou no momento do resgate, baseada no desempenho do fundo;
c) Com periodicidade mínima mensal ou no momento do resgate, baseada no desempenho do fundo;
d) Não podem pagar taxa de performance.
47) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, devem
manter um sistema de controle da divergência não planejada entre o valor de uma carteira e o valor projetado
para essa mesma carteira, considerando o (a): 182
a)Taxa mínima atuarial;
b)Rentabilidade esperada da carteira;
c)Taxa Selic;
d)Índice de Sharpe.
307
SEGUNDO SIMULADO
48) Nas entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, a função
de avaliar a aderência da gestão de recursos pela direção da entidade à regulamentação em vigor e à política de
investimentos cabe ao: 180
a)Cotista;
b)Administrador;
c)Conselho fiscal;
d)Conselho de administração.
49) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução n° 3.121 do CMN, estão
vedadas de aplicar recursos em fundos de derivativos, os quais gerem exposição superior a: 181
a)60% do seu patrimônio liquido;
b)80% do seu patrimônio líquido;
c)50% do seu patrimônio líquido;
d)Uma vez o seu patrimônio líquido.
50) As entidades fechadas de previdência priva4.a (EFPP), conforme a Resolução n" 3.121 do CMN, estão
vedadas de adquirir Ações de companhias que não estejam no: 183
a)Novo Mercado da Bovespa;
b)Nível l , Nível 2 ou Novo Mercado da Bovespa;
c)Nível 2 ou no Novo Mercado da Bovespa, a menos que tenham realizado a primeira oferta pública
antes da resolução;
d) Nível 2 ou no Novo Mercado da Bovespa, mesmo que tenham realizado a primeira oferta pública
antes da resolução.
51) O risco de imagem (reputação) em uma instituição financeira pode ocorrer devido a situações ou práticas,
tornadas públicas, entre as quais:
a)Redução de taxa de juros dos empréstimos e aumento da carteira de crédito;
b)Suspeita de lavagem de dinheiro e empréstimos a empresas estatais com garantias;
c)Propaganda em meios de comunicação de massa e redução da taxa de juros dos empréstimos;
d) Suspeita de lavagem de dinheiro e concessão de empréstimos baseados unicamente em vinculação
política.
308
SEGUNDO SIMULADO
54. Informações falsas, conhecidas como boatos, sobre uma eventual debilidade financeira de uma instituição
financeira pode levar seus correntistas a uma corrida para sacar seus recursos na instituição e efetivamente
provocar debilidade financeira. Essa debilidade financeira provocada pelo boato será decorrente do risco:
a)De imagem;
b)De mercado;
c)Legal;
d)Soberano.
55) As chamadas contas fantasmas, ou seja, contas correntes falsas, são utilizadas no crime de lavagem de
dinheiro principalmente na fase de:
a)Prospecção;
b)Colocação;
c)Integração;
d)Ocultação.
56. As chamadas empresas de fachada ou "laranjas" são utilizadas no crime de lavagem de dinheiro
principalmente na fase de:
a)Prospecção;
b)Colocação;
c)Integração;
d)Ocultação.
57. A Lei n" 9.613/98, criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no âmbito do Ministério da
Fazenda, sem prejuízo de outros órgãos competentes, com o objetivo de:
a)Acompanhar o valor em risco (VaR) da instituições financeiras;
b)Disciplinar, aplicar penas administrativas e examinar e identificar ocorrências suspeitas de lavagem de
dinheiro;
c)Fiscalizar as auditorias externas das instituições financeiras;
d)Criar diretrizes de combate à sonegação fiscal.
58. A Lei n" 9.613/98 estabelece que as pessoas sujeitas a sua aplicação devam identificar e manter cadastro
atualizado para os seus clientes:
a)Com patrimônio líquido superior a R$ 200 mil;
b)Que são investidores qualificados (IQ);
c)Com patrimônio líquido individual superior a R$ 1 milhão;
d)Todos os seus clientes.
309
SEGUNDO SIMULADO
59) A Lei n" 9.613/98 estabelece que as pessoas sujeitas a sua aplicação devam manter registro de toda
transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais o qualquer
ativo conversível em dinheiro, nas operações:
a)De investidores qualificados (IQ);
b)Que ultrapassarem limite fixado pela autoridade competente;
c)Com derivativos;
d)Todas as operações.
60) A Circular n° 2.852/98 do Banco Central do Bras il estabelece que, além das instituições financeiras e demais
entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, também estão obrigadas a manter cadastro
atualizado e registro de operações as seguintes entidades:
a)Investidores qualificados e participantes do home broker da Bovespa;
b)Investidores qualificados, administradoras de consórcio e agência e filiais de instituições financeiras
estrangeiras instaladas no Brasil;
c) Administradoras de consórcio, pessoas autorizadas a operar no "mercado de câmbio de taxas
flutuantes" e agência e filiais de instituições financeiras estrangeiras instaladas no Brasil;
d) Cooperativas de crédito e investidores qualificados.
61) O princípio "conheça seu cliente" nas instituições financeiras fundamenta-se no(a):
a)Consultas ao Banco Central e à Comissão de Valores Mobiliários sobre os clientes;
b)Acompanhamento e consulta do histórico dos clientes no mercado financeiro;
c)Cadastramento, manutenção e acompanhamento das informações;
d)Cadastramento, manutenção e investigação das informações.
63) As instituições financeiras devem analisar a capacidade financeira do cliente como forma de prevenção de
crimes de lavagem de dinheiro. Entende-se como analisar a capacidade financeira do cliente procedimentos e
verificações com o objetivo de analisar se o cliente:
a)Possui problemas de crédito com outras instituições financeiras;
b)Paga pontualmente suas obrigações;
c)Prestou informações verdadeiras em seu cadastro;
d)Possui patrimônio, renda ou faturamento para justificar as movimentações de contas efetuadas.
310
SEGUNDO SIMULADO
64) Uma instituição financeira, analisando a capacidade financeira de um cliente, constatou movimentações
mensais de R$ 2 milhões, sendo que o cliente declarou no seu cadastro renda mensal de R$ 2 mil e patrimônio
de R$ 50 mil. O procedimento correto da instituição nesse caso deve ser:
a)Aguardar novas informações antes de fazer algo;
b)Comunicar às autoridades competentes e não comunicar ao cliente;
c)Comunicar às autoridades competentes e ao cliente;
d)Comunicar apenas ao cliente.
65) Uma instituição financeira, analisando a capacidade financeira de um cliente pessoa jurídica, constatou
movimentações mensais de R$ 5 milhões, sendo que o cliente declarou no seu cadastro faturamento mensal de
R$ 20 mil e patrimônio líquido de R$100 mil. O gerente da agência comunicou às autoridades competentes e
encerrou a conta corrente do cliente. O procedimento foi:
a)Correto tanto ao informar as autoridades quanto ao encerrar a conta corrente;
b)Correto ao informar às autoridades e incorreto ao encerrar a conta corrente, pois não existem provas
de crime;
c) Incorreto ao informar às autoridades, pois não existem provas de crime, mas correto ao encerrar a
conta corrente;
d) Incorreto tanto ao informar às autoridades quanto ao encerrar a conta corrente.
66) Uma instituição financeira, analisando a capacidade financeira de um cliente pessoa jurídica, constatou
movimentações mensais de R$ 8 milhões, sendo que o cliente declarou no seu cadastro faturamento mensal de
R$ 30 mil e patrimônio líquido de R$ 90 mil. Descobriu-se ainda que os documentos comprovando o endereço da
empresa eram falsos. O gerente da agência comunicou às autoridades competentes e encerrou a conta corrente
do cliente. O procedimento foi:
a)Correto tanto ao informar às autoridades quanto ao encerrar a conta corrente;
b)Correto ao informar às autoridades e incorreto ao encerrar a conta corrente, pois não existem provas
de crime;
c) Incorreto ao informar às autoridades, pois não existem provas de crime, mas correto ao encerrar a
conta corrente;
d) Incorreto tanto ao informar às autoridades quanto ao encerrar a conta corrente.
67) O princípio "conheça seu cliente" é importante nas instituições financeiras para a prevenção de lavagem de
dinheiro, pois em um caso de lavagem de dinheiro na instituição, mesmo que esta seja inocente:
a)Será desautorizada a operar pelo Banco Central;
b)Sofrerá intervenção preventiva do Banco Central;
c)A sua imagem e credibilidade entre os clientes poderá ser afetada;
d)Pagará multa ao Banco Central.
311
SEGUNDO SIMULADO
68) O princípio "conheça seu cliente" é importante para os profissionais que trabalham nas instituições
financeiras, pois em um caso de lavagem de dinheiro na instituição, mesmo que o profissional não esteja
envolvido ou seja inocente, pois:
a)Responderá civilmente na justiça;
b)Será devedor solidário de eventual prejuízo na instituição;
c)A sua imagem profissional pode ser maculada, comprometendo a sua carreira profissional;
d) Poderá ser demitido por justa causa.
69) Padrões éticos de comportamento no mercado de capitais são os padrões de comportamento dos
participantes que:
a)Cumprem exclusivamente as normas e a legislação;
b)Cumprem as normas e a legislação, mas também são moralmente aceitos pelos outros participantes
do mercado;
c)Não geram litígios judiciais;
d)Não geram tributos a pagar.
70) O diretor de uma empresa estatal, sabendo que a empresa pretendia recomprar um grande lote de suas
próprias Ações no mercado, antes de essa informação tornar-se pública, comprou Ações dessa estatal. Essa
situação configura-se como:
a)Comportamento normal no mercado de capitais;
b)Lavagem de dinheiro;
c)Front running;
d)Insider trading.
71) Os produtos financeiros vendidos pelas instituições financeiras devem ser adequados aos seus clientes.
Para tanto, torna-se fundamental que a instituição aplique o princípio de:
a)Rentabilidade máxima;
b)Conheça seu cliente;
c)Risco mínimo;
d)Atendimento preferencial aos clientes com maior capacidade econômico-financeira.
72) As instituições financeiras devem conhecer bem o perfil de seus clientes para poder oferecer produtos
adequados a suas necessidades. Assim, devem obter informações importantes. Para oferecer produtos de curto
ou longo prazo, algumas informações fundamentais sobre o cliente são:
a)Idade e prazo para realização dos seus objetivos;
b)Aversão ao risco e renda familiar;
c)Renda familiar e propensão marginal a poupar;
d)Formação acadêmica e profissional.
312
SEGUNDO SIMULADO
73) As instituições financeiras, para oferecer produtos de renda fixa ou renda variável a seus clientes, devem
conhecer algumas informações fundamentais sobre eles, entre as quais:
a)Formação acadêmica e propensão marginal a poupar;
b)Aversão ao risco e prazo para a realização de seus objetivos;
c)Renda familiar e propensão marginal a poupar;
d)Formação acadêmica e profissional.
74) As instituições financeiras, para oferecer produtos de previdência privada a seus clientes, devem conhecer
algumas informações fundamentais sobre eles, entre as quais:
a)Formação acadêmica e capacidade de poupança;
b)Formação acadêmica e profissional;
c)Capacidade de poupança, aversão ao risco e idade;
d)Renda familiar e propensão marginal a poupar.
75) As instituições financeiras, para oferecer produtos financeiros de alta volatilidade a seus clientes, devem
conhecer algumas informações fundamentais sobre eles, entre as quais:
a)Formação acadêmica e capacidade de poupança;
b)Formação acadêmica e profissional;
c)Capacidade de poupança e idade;
d)Aversão ao risco e tolerância a eventuais perdas.
76) O retorno porcentual de um ativo é definido como o ganho ou perda obtido no ativo:
a)Multiplicado pelo valor investido no ativo;
b)Subtraído do valor investido no ativo;
c)Dividido pelo valor investido no ativo;
d)Somado ao valor investido no ativo.
78) Um investidor possui uma carteira de investimento em Ações e deseja aumentar a diversificação da carteira.
Para tanto o investidor deve:
a)Diminuir o número de Ações na carteira;
b)Aumentar o número de Ações na carteira;
c)Aumentar a quantidade das Ações que já possui na carteira;
d)Diminuir o valor investido na carteira.
313
SEGUNDO SIMULADO
82) Em uma carteira formada por dois ativos, podemos afirmar que:
a)O valor da correlação não influencia o efeito da diversificação;
b)O valor da correlação só influencia o efeito da diversificação, se for positivo;
c)Quanto mais positiva a correlação entre os ativos, maior o efeito da diversificação;
d)Quanto mais negativa a correlação entre os ativos, maior o efeito da diversificação.
84) O beta de uma carteira pode ser calculado utilizando-se a ferramenta estatística:
a)Intervalo de confiança;
b)Regressão linear;
c)Teste de hipótese;
d)Histograma.
314
SEGUNDO SIMULADO
85. Uma carteira tem beta de 0,8. Assim espera-se estatisticamente que quando o índice de mercado se
desvaloriza 10%, a carteira:
a)Se valorizará 8%;
b)Se desvalorizará 8%;
c)Se valorizará 0,8%;
d)Se desvalorizará 0,8%.
90) A taxa de juros e os créditos a receber de uma empresa são, respectivamente, componentes dos riscos:
a)Não sistemático e não sistemático;
b)Não sistemático e sistemático;
c)Sistemático e não sistemático;
d)Sistemático e sistemático.
315
SEGUNDO SIMULADO
91) Comparando o valor do índice de Sharpe de dois fundos, podemos afirmar que:
a)O fundo com maior valor tem maior risco em relação à taxa livre de risco;
b)O fundo com maior valor tem maior retomo em relação à taxa livre de risco;
c)O fundo com menor valor apresenta um prêmio de retorno menor por percentual de risco corrido;
d) O fundo com menor valor apresenta um prêmio de retorno maior por percentual de risco corrido.
93) O tracking error de um fundo de investimentos é uma medida que tem por objetivo calcular:
a) Os desvio das distâncias positivas da rentabilidade em relação à variação média de seu benchmark;
b) Os desvio das distâncias, positivas ou negativas, da rentabilidade em relação à variação média de seu
benchmark;
c) A média das distâncias negativas da rentabilidade em relação à variação média de seu benchmark;
d) A média das distâncias positivas da rentabilidade em relação à variação média de seu benchmark.
94) O erro quadrático médio (EQM) de um fundo de investimentos é uma medida que:
a) Está relacionada com a proximidade dos retornos do fundo em relação ao benchmark, sendo que,
quanto maior o EQM, maior a distância entre o fundo e o benchmark;
b) Está relacionada com a proximidade dos retornos do fundo em relação ao benchmark, sendo quanto
maior o EQM, menor a distância entre o fundo e o benchmark;
c) Está relacionada com o risco de crédito do fundo, quanto maior o EQM, maior o risco do fundo;
d) Está relacionada com o risco de crédito do fundo, quanto maior o EQM, menor o risco do fundo.
96) A duration de Macaulay de um título de renda fixa pode ser entendida como:
a)O desvio-padrão do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor nominal;
b)O desvio-padrão do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor presente;
c)A média ponderada do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor presente;
d)A média ponderada do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor nominal.
316
SEGUNDO SIMULADO
99) O Emerging Markets Bonds Index (Embí), índice do banco JP Morgan, calcula:
a)Desvio-padrão do rendimento dos títulos dos países emergentes;
b)Variância do rendimento dos títulos dos países emergentes;
c)O diferencial de rendimentos entre títulos de países emergentes com os títulos do Tesouro dos EUA;
d) O diferencial de rendimentos entre títulos de países emergentes com os títulos do Tesouro do Japão e
Alemanha.
100) O value at risk (VaR) ou valor em risco é uma metodologia que tem por objetivo calcular:
a)A pior perda possível de um ativo livre de risco em determinado período de tempo;
b)A pior perda prevista em um ativo sujeito a risco de mercado para certo período de tempo com certo
nível de confiança;
c) O maior ganho previsto em um ativo sujeito a risco de mercado para certo período de tempo com certo
nível de confiança;
d) O maior ganho possível de um ativo livre de risco em determinado período de tempo.
317
SEGUNDO SIMULADO
318
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
ANBIMA
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20
319
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
320
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA (PROPORÇÃO: DE 5% A
10%)
321
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Câmara de custódia e liquidação – Cetip (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos): conceito, funções,
benefícios para o investidor e principais títulos custodiados no Cetip: CDB, s wap, debêntures e letras
hipotecárias
Câmaras de liquidação e custódia: definição de clearing, funções e benefícios para o investidor
Conceito e finalidade de Benchmarks e Índices de Referência
Renda Variável: Índice Bovespa (IBOVESPA), Índice Brasil (IBrX) e Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE).
Renda Fixa: taxa DI, taxa Selic, taxa de Câmbio, IGP-M e IPCA
322
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Aspectos Gerais
Fundo de Investimento
Fundo de Investimento em Cotas
Tipos de Fundos: abertos, fechados, com carência, sem carência e exclusivo
Condomínio
Cota
Propriedade dos ativos de Fundos de Investimentos – excluindo Fundos Imobiliários
Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (Chinese Wall)
Observação às normas (compliance)
Direitos e obrigações dos condôminos
Segregação de funções e responsabilidades:
Administradores
Gestores
Distribuidores
Custodiante
Auditor independente
Objetivo do fundo e política de investimento. Definição e finalidade
Tipos de ativos financeiros. Conceito (art. 2º da ICVM 450)
Vantagens e desvantagens de Fundo de Investimentos versus Ativos Individuais
Divulgação de informações para venda e distribuição:
Prospecto, regulamento, termo de adesão e termo de ciência de risco de crédito. Conteúdo e
informações relevantes para os investidores. Regras de alteração e competências
Vedações e obrigações do administrador
As normas de conduta e regras de substituição dos administradores e gestores.
Prestação de contas aos cotistas:
Divulgação de cota e rentabilidade
Periodicidade de balanços e demonstrações contábeis
Assembléias Gerais
Composição e diversificação de c arteira
Informações periódicas
Informações eventuais. Fato relevante
Fatores que afetam o valor da cota:
Composição da carteira e riscos inerentes
Taxas de administração e outras despes as
Metodologia adotada para a contabilização de ativos (Marcação a Mercado):
Efeito da não Marcação a Mercado no carregamento dos ativos até o vencimento
Dinâmica de aplicação e resgate:
323
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Prazos de cotização (data de conversão de cotas) e de liquidação financeira. Prazo de carência para
resgates
Cota de abertura e de fechamento
Fechamento dos Fundos para resgates e aplicações
Aplicações por conta e ordem
Responsabilidades da Instituição Intermediária (distribuidor). Direitos dos cotistas
Informações obrigatórias. Cadastramento e identificação dos clientes
Possibilidade de manutenção das aplicações em caso de finalização da distribuição
Segregação dos recursos aplicados do patrimônio da instituição distribuidora
Prospectos, regulamentos, termo de adesão e demais documentos requeridos
Exercício de direito de voto nas assembléias dos fundos
Cotista ou Instituição Distribuidora
Principais estratégias de gestão
Fundos de Investimentos com Gestão Passiva. Definições.
Renda Fixa
Renda Variável
Estratégias para manter aderência aos índices de referência e as respectivas limitações
Fundos de Investimentos com Gestão Ativa. Definições.
Renda Fixa
Renda Variável
Estratégias de gestão: posicionamento, hedge e alavancagem
Principais Modalidades de Fundo de Investimento
Classificação dos Fundos quanto à composição do patrimônio:
Fundo de Curto Prazo
Fundo Referenciado
Fundo de Renda Fixa
Fundo de Ações
Fundo Cambial
Fundo de Dívida Externa
Fundo Multimercado
Limites por emissor e por modalidade de ativo financeiro
Limites de aplicações em ativos no exterior por tipo de fundo
Classificação dos Fundos
Quanto ao prazo médio da carteira: Fundos de Curto e Longo prazo
Quanto ao limite de alocação em títulos com médio e alto risco de crédito: Fundos de
Crédito Privado
Outros Fundos: Definição e principais características
FIDC – Fundo de Investimento em Direito Creditório
FIC-FIDC. Cota Sênior e Cota Subordinada. Aplicação mínima inicial.
Fundos de Investimentos Imobiliário
324
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Fundos de Índices (PIBB): conceito
325
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
326
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Características
Função econômica
Negociação
Clube de Investimento em Ações. Conceitos e características operacionais
Fundo de Ações versus clube de investimento: vantagens e desvantagens.
Instrumentos de Renda Fixa
Definição
Principais conceitos e características de instrumentos de Renda Fixa:
Data de emissão, valor nominal atualizado e juros “acruados”
Formas de remuneração – Pré e Pós-Fixada – principais Indexadores
Formas de amortização e pagamento de juros:
Composição de cupom de taxa real e indexadores (IGP-M; Câmbio)
Resgate antecipado, vencimento antecipado (quebra de covenant, ocorrência de cross default) e aquisição
facultativa e opção de compra (opção call). Conceitos e diferenças
Principais instrumentos:
Títulos públicos:
LFT, LTN, NTN-B, NTN-C e NTN-F. Características
Negociação de títulos públicos: Mercado Primário: leilões; Mercado Secundário: balcão
Tesouro Direto. Conceito e forma de negociação
CDB – Certificado de Depósito Bancário:
Características: descrição, prazo, forma de resgate, liquidez, remuneração pré e pós
Letras Hipotecárias:
Características : lastro, forma de resgate, liquidez e rentabilidade, aspectos tributários
Debêntures:
Conceito e Características
Escritura:
Registros
Características da emissão e dos títulos
Cláusulas de resgate e vencimento antecipado e covenants
Repactuação como renegociação de qualquer das características da dívida
Hierarquia das espécies de debêntures de acordo com garantias
Assembléia de debenturistas
Deveres do agente fiduciário
Notas Promissórias :
Características: descrição, prazo, forma de resgate, liquidez, rentabilidade e registro
Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)
Conceito, lastro e aspectos tributários
Outros Títulos: Cédula de Crédito Bancário (CCB) e Cédula de Produtor Rural (CPR): Conceito
Operações compromissadas. Conceito
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
327
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Características: descrição, lastro, prazo, forma de resgate, liquidez e aspectos tributários
328
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Aspectos operacionais:
Ofertas públicas de aquisição de Ações: instrução CVM 361 (arts. 1º, art. 2° inc I ao IV, arts 3° ao 4º, arts. 6º ao
7º caput, §1°, §2 e §6 e art.12º)
Procedimento de precificação para fenda: procedimento diferenciado - preço fixo; Bookbuilding e leilão em
Bolsa
Risco de rateio/ não concretização
Derivativos
Termo, futuros, swaps e opções: características formais dos derivativos
Tipos de opções e representação gráfica: put (opção de venda) e call (opção de compra). compra/venda
de put, compra/venda de call. Titular e lançador
Efeito no prêmio das opções: taxa de juros, tempo para o vencimento, volatilidade, preço do ativo objeto
e preço de exercício
Estratégias de proteção, alavancagem e posicionamento
Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – non deliverable forward). Conceito
329
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Imposto de Renda sobre as Aplicações Financeiras de Renda Fixa para Pessoa Física, exceto em
Fundos de Investimentos
Fato gerador
Alíquota
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras de Renda Fixa para Pessoa Jurídica, exceto em Fundos
de Investimentos
Fato gerador
Alíquota
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimento, exceto Fundos Imobiliários
Fato gerador
Alíquotas (conforme a classificação e tipo do fundo segundo a Secretaria da Receita Federal: Ações, curto
prazo e longo prazo. Tempo de permanência na aplicação).
Base de cálculo
‘Come-cotas’
Fundos com carência
Compensação de perdas
Agente responsável pelo recolhimento
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras de Renda Variável (Ações à Vista, Day Trade, Swap)
Fato gerador
Alíquota
Retenção na fonte
Base de cálculo
Compensação de perdas
Agente responsável pelo recolhimento
Limite de isenção mensal
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimentos Imobiliário
Fato gerador
Alíquota
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
IOF - Valores Mobiliários
Fato gerador
Alíquota (Tabela Regressiva)
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
330
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
331
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
332
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
333
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
334
GABARITOS
CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
GABARITOS
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20
335
GABARITOS
336
GABARITOS
Primeiro Simulado
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta
1 C 26 C 51 D 76 D
2 B 27 A 52 A 77 B
3 C 28 B 53 B 78 A
4 A 29 B 54 C 79 C
5 C 30 A 55 D 80 B
6 A 31 B 56 A 81 B
7 D 32 C 57 B 82 D
8 D 33 D 58 C 83 C
9 A 34 C 59 D 84 B
10 C 35 A 60 C 85 A
11 B 36 C 61 C 86 D
12 B 37 D 62 A 87 C
13 C 38 B 63 B 88 C
14 D 39 C 64 A 89 A
15 B 40 A 65 C 90 B
16 D 41 C 66 C 91 D
17 A 42 D 67 B 92 B
18 D 43 C 68 A 93 B
19 B 44 B 69 D 94 D
20 C 45 A 70 A 95 A
21 B 46 D 71 A 96 C
22 A 47 D 72 B 97 D
23 D 48 B 73 C 98 B
24 B 49 A 74 C 99 A
25 C 50 C 75 B 100 C
337
GABARITOS
Segundo Simulado
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta
1 C 26 D 51 D 76 C
2 A 27 A 52 B 77 B
3 A 28 C 53 B 78 B
4 C 29 A 54 A 79 D
5 B 30 B 55 D 80 A
6 A 31 C 56 C 81 D
7 B 32 C 57 B 82 D
8 D 33 C 58 D 83 D
9 A 34 A 59 B 84 B
10 B 35 B 60 C 85 B
11 D 36 C 61 C 86 A
12 A 37 A 62 A 87 B
13 B 38 C 63 D 88 A
14 D 39 B 64 B 89 D
15 A 40 B 65 B 90 C
16 C 41 A 66 A 91 C
17 B 42 B 67 C 92 D
18 D 43 C 68 C 93 B
19 D 44 D 69 B 94 A
20 D 45 D 70 C 95 A
21 A 46 B 71 B 96 C
22 A 47 A 72 A 97 B
23 B 48 C 73 B 98 C
24 B 49 D 74 C 99 C
25 B 50 C 75 D 100 B
338
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Lei nº 9249/95
Lei nº 9613/98
Instrução CVM nº 301
Instrução CVM nº 400
Instrução CVM nº 409
Instrução CVM nº 456
Resolução CMN nº 2025
Resolução CMN nº 2554
Circular BACEN nº 2852
339
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Também fazem parte das fontes de pesquisa para a preparação desse material didático, os
sites abaixo relacionados:
www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.fazenda.gov.br/portugues/orgaos/cmn/cmn.asp
www.bcb.gov.br/?SPBINTER
www.bovespa.com.br/Principal.asp
www.andima.com.br/selic/oquee.asp#
www.andima.com.br/selic
www.cetip.com.br
www.cblc.com.br/cblc/Custódia/Caracteristicas.asp?tit=2
www.anbid.com.br
www.ancor.com.br
www.tesourodireto.gov.br
www.fgv.com.br
www.fgc.com.br
www.corinthians.com.br
340
REFERÊNCIA CINEMATOGRÁFICAS
Tomo a liberdade de indicar alguns filmes, que na minha opinião, agregam valor à vida.
(The Great Debaters - 2007) (Gifted Hands: The Ben Carson Story – 2009)
341
REFERÊNCIA CINEMATOGRÁFICAS
342
A diretoria do Sindicato é composta por 88 diretores, divididos da seguinte forma:
Diretoria Executiva
Secretária-Geral www.spbancarios.com.br
Raquel Kacelnikas
Secretária de Finanças
twitter @spbancarios
Ivone Maria da Silva
Secretária Cultural
343
Secretário de Saúde e Condições de Trabalho
Conselho Fiscal
Carlos Miguel Barreto Damarindo, Marcos Antonio do Amaral, Maria Helena Francisco, Cleuza Rosa
Representantes de Banco
Silvio Takashi Aragusuku, Antonio Carlos Cordeiro, Hugo Tomé Aquino, Jozivaldo da Costa Ximenes,
Manoel Elidio Rosa, Marcelo Pereira de Sá, Maria Selma do Nascimento, Paulo Rogério Cavalcante
Alves, Raimundo Nonato Dantas de Oliveira, Rogério Castro Sampaio, Rubens Blanes Filho, Tânia
Teixeira Balbino, Vagner Freitas de Moraes, William Mendes de Oliveira, Leandro Barbosa da Silva,
Luiz Carlos Costa, Flávio Ferraz Dutra, Wagner Cabanal Mendes, Nelson Ezidio Bião da Silva, Clarice
Torquato Gomes da Silva
Representantes de Regionais
Antonio Joaquim da Rocha, Ricardo Correa dos Santos. Antonio Alves de Souza, Vanderlei Pereira
Alves, Neiva Maria Ribeiro dos Santos.Mauro Gomes, Adriana Oliveira Magalhães, Cláudio Vanderlei
Ferreira da Rocha, Edison José de Oliveira, Julio César da Silva Santos, Jackeline Machado, Maria
Cristina de Castro, Eduardo Medrado Nunes, João Roberto de Almeida, Liliane Maria Santos Fiúza,
Alexandre de Almeida Bertazzo, Aladim Takeyoshi Iastani, Marta Soares dos Santos, Alexandro Tadeu
do Livramento, Karina Carla Pinchieri Prenholato, Maria Carmen do Nascimento Meireles, Francisco
César Bernardo de Lima, Onisio Paulo Machado, Maria Rosani Gregorutt A. Hashizumi, Elaine Cutis
Gonçalves, Washington Batista Farias, Kardec de Jesus Bezerra, João Paulo da Silva, Givaldo Lucas,
Sandra Regina Vieira da Silva, Adozinda Praça de Almeida, Antonio Saboia Barros Junior, Edson
Carneiro da Silva, Flávio Monteiro Moraes, Marcelo Gonçalves, Edílson Montrose de Aguiar Junior,
Antonio Inácio Pereira Junior, Cláudio Luis de Souza, Erica de Oliveira Batista Simões, Paulo Sérgio
Rangel, José do Egito Sombra, Roseane Vaz Rodrigues, Amélia Assis Andrade Santos, Mario Luiz
Raia, Milton Kiosuke Kamia, João Gomes da Silva, Valdir Fernandes
Noite-Compensação
344
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20
345
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20
346