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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
PROFESSOR ECLERSON PIO MIELO

Gestão

JUVANDIA MOREIRA LEITE


Presidenta

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL


www.spbancarios.com.br
Telefone: 3188-5255

Profissional: Telefone:

Instituição: Data do Curso:

Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

OBJETIVOS DA CPA 20
A CPA 20 é parte do Programa de Certificação da ANBIMA e tem como objetivo a
permanente elevação da capacitação técnica dos profissionais que tem contato com os
Investidores Qualificados na comercialização de produtos de Investimento.

Essa iniciativa, em consonância com a legislação em vigor, institui um mecanismo de aferição


do conhecimento dos principais aspectos relacionados ao processo de venda desses
produtos. O profissional deve demonstrar conhecer as principais características dos produtos
ofertados e o padrão ético de comportamento que deve ser adotado no relacionamento com
os clientes, de tal forma que os produtos oferecidos estejam em conformidade com as
expectativas, objetivos, necessidade de diversificação de seu portfólio e restrições
explicitadas, uma vez que os profissionais certificados deverão estar aptos a desempenhar as
atividades de consultoria financeira.

Acredita-se que esse esforço adicional de modernização do mercado de capitais, através da


maior disponibilidade de informações de melhor qualidade sobre os produtos de investimento
– em especial sobre os principais fatores de risco – e a decorrente melhoria do atendimento
ao investidor resultarão em estímulos complementares à concorrência leal, à padronização de
procedimentos e a adoção das melhores práticas operacionais, que aproximarão o mercado
de capitais nacional dos mercados das economias mais avançadas.

O resultado final também se fará refletir no crescimento da poupança financeira doméstica,


que por sua vez, favorecerá o crescimento sustentado da economia brasileira.

Fonte: www.anbid.com.br

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

M ÓD U L O TEMA P R O PO R Ç Ã O N A
P R OV A
I SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 5 % A 10 %
ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E
MELHORES PRÁTICAS,
FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES
DO MERCADO

II PRINCÍPIOS BÁSICOS DE 5 % A 10 %
ECONOMIA, FINANÇAS E
ESTATÍSTICA
III FUNDOS DE INVESTIMENTOS 16 % A 2 5 %

IV DEMAIS PRODUTOS DE 17 % A 2 5 %
INVESTIMENTO
V TRIBUTAÇÃO 5 % A 10 %

VI COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA 10 % A 2 0 %

V II MENSURAÇÃO, GESTÃO DE 17 % A 2 5 %
PERFORMANCE E RISCO

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

QUEM ESTÁ PROPONDO O PROGRAM A


O GRUPO FOCAR, empresa que atua em assessoria e consultoria técnica em planejamento
estratégico e políticas de investimentos.
Atua ainda em programas de capacitação executiva em finanças, marketing & vendas e
gestão. Contém em sua carteira mais de 20 clientes de grande e médio porte, como Citröen
do Brasil, TRW, FIESP, Coelho da Fonseca Empreendimentos Imobiliários, Câmara Municipal
de São Caetano do Sul, SENAI, diversos bancos e corretoras.
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Sindicato dos Bancários de
Guarulhos e Região, Sindicato dos Bancários de Jundiaí, IPREF – Instituto de Previdência
dos Funcionários Públicos Municipais de Guarulhos, entre outras entidades de classe;

O professor ECLERSON PIO MIELO, é o coordenador deste projeto. Empresário,


matemático e especialista em finanças e planejamento financeiro com análise de ambiente
macroeconômico.
• Certificado pela Anbima nas séries 10 e 20;
• Analista Financeiro em Estratégias e Produtos de Investimentos;
• Professor dos cursos de Matemática Financeira, Administração Financeira, Mercado de
Capitais, em diversos Centros de Formação Profissional;
• Professor de estatística e matemática financeira do Colégio Fênix Santa Paula/ Etapa SP;
• Pós-graduado com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas;
• Elaborando projeto para o Mestrado em Políticas Macroeconômicas e Administração
Financeira;
Consultor, palestrante e educador há 15 anos e com mais de
10.000 (dez mil) alunos participantes de seus cursos e
palestras promovidos pelos mais diversos órgãos
representantes de classe, em especial junto aos bancários.

Autor de diversos textos e artigos sobre finanças publicados;

Atua em programas de capacitação executiva em finanças e gestão, através de cursos,


seminários, palestras, eventos e debates, além de consultoria em levantamento de processos,
orçamentos e controles das áreas financeiras, comerciais e de gestão.

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

FOCAR EDUCAÇÃO EXECUTIVA LTDA


CNPJ: 06.215.392/0001-92
FUNDADA EM 15/10/2003

CONSULTORIA ESPECIALIZADA EM ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA


GESTÃO DE PROGRAMAS DE QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

RUA ESPÍRITO SANTO 352, SALA 102 B, BAIRRO SANTO ANTÔNIO


SÃO CAETANO DO SUL, SP, BRASIL
CEP: 09.530-700 TEL: 55 11 2803-5313

www.grupofocar.com.br

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, desde que citada à fonte.

PROFESSOR ECLERSON PIO MIELO


Tel. (55 11) 2803-5313
Cel. (55 11) 9197-1699

Email piomielo@grupofocar.com.br

Twitter @piomielo/twitter.com

Facebook Pio Mielo

AGRADEÇO A DEUS E A SÃO JORGE GUERREIRO.


AGRADEÇO AOS MEUS PAIS QUE ME ENSINARAM O CAMINHO CORRETO.
AGRADEÇO A MINHA ESPOSA CAROLINE QUE ME AJUDA A SEGUI-LO.
AGRADEÇO À EQUIPE FOCAR: FÁBIO FRANÇA, LOURENÇO SORAGGI, CAROLINE MANFRIN

03 de Janeiro de 2011
São Paulo

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20
Módulo I
Sistema Financeiro Nacional – SFN
Órgãos de Regulação e Melhores
Práticas, Fiscalização e Participantes
do Mercado
(5% a 10% do exame)

Este é um módulo basicamente composto por definições de todos os órgãos que, juntos,
constituem o Sistema Financeiro Nacional.

Suas definições, conceitos e demais informações foram obtidas através de pesquisas em


documentos e informações oficiais de cada órgão, disponibilizados para consulta pública.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


No organograma, os principais agentes do Sistema Financeiro Nacional.

Composição do CMN: CONSELHO MONETÁRIO


Órgão Supremo da Economia;
Min. da Fazenda (Preside o CMN); NACIONAL - CMN Órgão normativo e deliberativo;
Min. do Planejamento
Não é um órgão executivo;
Presidente do Banco Central
Define a Meta para a Inflação
(assume a Secretaria do CMN)

Entidades Supervisoras
COPOM (Define a Taxa
Selic Meta);
COAF (Lavagem de
dinheiro)

Fundos de Investimento; COMISSÃO DE Cumpre e faz cumprir as


BANCO CENTRAL DO
Mercados de Capitais e VALORES políticas monetárias;
Mercado de Ações BRASIL Fiscaliza e zela as
MOBILIÁRIOS
BACEN instituições financeiras
CVM
Banco dos Bancos;

BOLSA DE SOCIEDADES SOCIEDADES BANCOS BANCOS BANCOS DE


VALORES CORRETORAS DISTRIBUIDORAS COMERCIAIS MÚLTIPLOS INVESTIMENTO

ANBIMA
CÓDIGOS DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS

SISTEMAS E CÂMARAS DE LIQUIDAÇÃO E DE CUSTÓDIA

CLEARING HOUSE

SELIC CETIP CBLC SPB

Títulos Públicos Federais Títulos Privados de Renda Fixa Renda Variável - Ações Operações Bancárias

A ANBIMA CONSIDERA TODOS OS ÓRGÃOS ACIMA APONTADOS, NESTE


ORGANOGRAMA, COMO DE CONHECIMENTO ESSENCIAL PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN

Órgão deliberativo/normativo, responsável pelo estabelecimento de diretrizes para o Sistema Financeiro


Nacional, e consequentemente a economia do País.

É o órgão de cúpula do Sistema Financeiro Nacional, e a secretaria do CMN é exercida pelo Banco Central do
Brasil (BACEN).

Ministro da Fazenda (Preside o Conselho);

Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão;

Presidente do Banco Central. (Secretaria)

COMPETÊNCIAS

→ Responsável por estabelecer as diretrizes gerais das políticas econômicas, e principalmente,


estabelecer a meta para a inflação;
→ Corrige desequilíbrios econômicos se for o caso;
→ Responsável por formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o
desenvolvimento econômico e social do País;
→ Responsável por zelar pela liquidez e pela solvência de todas as instituições financeiras brasileiras
→ Responsável pela autorização de emissões de papel-moeda;

ATENÇÃO:

O CMN NÃO DESEMPENHA FUNÇÃO EXECUTIVA, APENAS TEM FUNÇÕES NORMATIVAS.

Saiba mais sobre o CMN em


http://www.fazenda.gov.br/portugues/orgaos/cmn/cmn.asp

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN

Assegura a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do Sistema Financeiro Nacional.

Autarquia Federal que cumpre e faz cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor, e
também, as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.

O BACEN é o executor da política monetária, cambial, gestor e controlador do sistema


financeiro nacional e o emissor de moeda, controlando os meios de pagamento, e
responsabilizando-se pelo orçamento monetário e também, pelos instrumentos da política
monetária.
Tem ainda, o papel de representar o banco dos bancos e o papel de ser o banqueiro do
governo, fiscalizando as políticas e decisões do CMN.

COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

→ Executa as Políticas Monetária, Fiscal e Cambial


→ Autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras
→ Emitir papel moeda e moeda metálica e executar serviços de meio circulante
 O CMN autoriza e o BACEN emite, através de sua controlada Casa da Moeda
→ Aplica (executa) os Instrumentos da Política Monetária de controle de liquidez ideal para o Brasil
 Recebe os recolhimentos compulsórios* dos bancos comerciais
 Regula a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis
 Operações de compra e venda de títulos públicos federais (Open Market)
→ Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial

• O depósito compulsório é uma das formas de atuação do Banco Central para garantir o poder de compra
da moeda, e, em menor escala, para execução da política monetária. Geralmente feito através de
determinação legal, obrigando os bancos comerciais e outras instituições financeiras a depositarem,
junto ao Banco Central, parte de suas captações em depósitos a vista ou outros títulos contábeis.

Saiba mais sobre o Banco Central em http://www.bcb.gov.br/

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

POLÍTICA MONETÁRIA
É definida como o controle da oferta de moeda em circulação e das taxas de juros praticadas, com o
objetivo de garantir a liquidez ideal para cada momento econômico.
Um de seus objetivos é buscar o equilíbrio entre crescimento econômico x inflação.

POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA


Tende a reduzir o crescimento da quantidade de moeda e a encarecer os empréstimos bancários. Tem
como principal argumento o controle da inflação.
(-)R$ > (-)Crédito > (-)Consumo > (-)Preços > (-) Inflação > (-) Crescimento e Desenvolvimento.

POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA


Medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de
juros). Tem objetivo de aumentar a liquidez do mercado.
(+)R$ > (+)Crédito > (+)Consumo > (+)Preços > (+) Inflação > (+) Crescimento e Desenvolvimento.

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

Por meio dos instrumentos de política monetária, as autoridades governamentais controlam a oferta de moeda
em nível suficiente para adequar o desenvolvimento das atividades econômicas e a liquidez do sistema
financeiro.

São considerados instrumentos clássicos de política monetária:


 open market — operações de mercado aberto;
 Redesconto bancário e/ou empréstimo de liquidez;
 Depósito compulsório e controle e seleção de crédito.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

OPEN MARKET — OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO


O mais ágil instrumento da política monetária de que dispõe o BACEN, pois através delas, são
permanentemente regulados a oferta monetária e o custo primário do dinheiro na economia referenciando na
troca de reservas bancárias por um dia, através das operações de overnight.
Essas operações permitem:
→ O controle permanente do volume de moeda ofertada ao mercado e a manipulação das taxas de juros de
curto prazo, que são alcançados pelo mercado primário, no qual o BACEN negocia diretamente com as
instituições financeiras.

→ Que as instituições financeiras realizem aplicações a curto e curtíssimo prazo de suas disponibilidades
monetárias ociosas e a garantia de liquidez para os títulos públicos.

Seus principais movimentos são:


→ Compra líquida de títulos públicos pelo BACEN, com aumento do volume de reservas bancárias e
conseqüente aumento de liquidez do mercado e queda da taxa de juros primária (resgate de títulos)

→ Venda líquida de títulos públicos pelo BACEN, com diminuição do volume de reservas bancárias e
conseqüente redução de liquidez do mercado e aumento da taxa de juros primária (colocação de títulos).

COLOCAÇÃO DE TÍTULOS

Venda de Diminui as Reduz a Força o


Gera Queda
BACEN Títulos Reservas Liquidez do Aumento dos
Inflacionária
Públicos Bancárias Mercado Juros

Compra de Aumenta as Aumenta a


Força a Queda Gera Alta
BACEN Títulos Reservas Liquidez do
de Juros Inflacionária
Públicos Bancárias Mercado

É um mercado secundário, onde se negociam títulos já emitidos anteriormente.

Atualmente, o open market é privativo das instituições financeiras e é nele que ocorre a troca de reservas
bancárias, lastreadas unicamente em títulos públicos federais. Através dele que o BACEN calibra o custo do
dinheiro, estabelecendo o custo da troca de reservas bancárias.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

O overnight é uma operação desenvolvida dentro do open market. O mecanismo do overnight é diferente,
porque o aplicador compra títulos públicos no mercado secundário com a condição de revendê-lo no dia
seguinte (operações compromissadas), por uma taxa predeterminada entre as partes, sendo uma
aplicação feita, portanto, por uma única noite.

Em caso de operações que envolvam pessoas físicas e jurídicas não financeiras, haverá a incidência de IOF de
1% ao dia, conforme tabela própria, num processo regressivo em função do prazo da aplicação, para estimular
seu alongamento.

Em resumo, podemos dizer que através do open market, o BACEN:


→ Ajusta os meios de pagamento ao nível adequado de liquidez ao mercado
→ Forma a taxa de juros interna a cada momento
→ Regula os movimentos voláteis de liquidez
→ Garante recursos imediatos ao Tesouro para fazer face aos seus resgates.

REDESCONTO BANCÁRIO E/OU EMPRÉSTIMO DE LIQUIDEZ


É uma forma bastante importante de controle da oferta de moeda no país e uma das mais utilizadas nas
economias modernas.

Operações de redesconto se traduzem na assistência creditícia prestada pelo BACEN aos bancos, para
suprir eventuais dificuldades de caixa.

Para compensar eventuais perdas de reservas, que causam dificuldades de caixa, as instituições financeiras
recorrem, em geral, ao mercado interbancário. Em último caso, ao redesconto do BACEN, que atua como o
banco dos bancos. O BACEN pode emprestar fundos líquidos a outros estabelecimentos bancários, seja por
meio de empréstimos diretos ou via redesconto de títulos.

Tais operações de assistência financeira de liquidez ou redesconto de liquidez consistem em um empréstimo


(crédito rotativo), firmado entre o BACEN e as instituições financeiras com dificuldades de fechamento de sua
posição de caixa no mercado.

Como conseqüência, os bancos também podem adotar uma política liberal de crédito para seus clientes.
Uma taxa de redesconto menor que a taxa Selic, por exemplo, permitirá às instituições financeiras, captar na
linha de redesconto para financiar as suas operações, aumentando a liquidez do sistema.
É o socorro que o BACEN fornece aos bancos para atender as suas necessidades momentâneas de caixa. É em
tese, a última linha de atendimento aos furos de caixa das instituições monetárias.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

Por meio desse instrumento, o M1 pode ser reduzido ou expandido, de acordo com os critérios estabelecidos
pelo BC.

M1 = Meios de Pagamento Disponíveis na Economia


→ Compra, com compromisso de revenda:
→ Redesconto

Na compra, com o compromisso de revenda, as linhas oferecidas são:


→ Intradia – liquidez da instituição ao longo do dia
→ Curtíssimo prazo – 1 dia (furo de caixa)
→ Curto prazo – até 15 dias úteis, recontratadas para, no máximo, até 45 dias úteis no total
(descasamento temporário de caixa)
→ Médio prazo – até 90 dias corridos, recontratadas para, no máximo até 180 dias corridos no total
(desequilíbrio estrutural)

Os ativos aceitos são os títulos públicos federais registrados no Selic, outros títulos e valores
mobiliários, créditos e direitos creditórios de cursos normal e, preferencialmente, com garantia real e
outros ativos a exclusivo critério do BACEN, exceto nas operações intradia e de um dia em que só serão
aceitos os títulos públicos registrados no Selic.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

No caso dos outros ativos, o preço de compra é variável em função do tipo de ativo e estabelecido de acordo
com critérios do BACEN, não podendo ser superior ao valor nominal atualizado do ativo objeto da negociação. O
preço de revenda é o preço de compra atualizado pela taxa Selic, desde a data da compra acrescida de um
percentual de acordo com a política monetária.

No Redesconto, as linhas oferecidas são:


→ Curto prazo – até 15 dias úteis, recontratadas para, no máximo, até 45 dias uteis no total
(descasamento temporário do caixa)
→ Médio prazo – até 90 dias úteis, recontratadas para, no máximo, até 180 dias úteis no total
(desequilíbrio estrutural)

Os títulos e direitos creditórios descontados que integram o ativo da instituição financeira solicitante devem se
sujeitar ás seguintes condições:
→ A taxa de redesconto é variável para cada ativo de acordo com os critérios do BACEN
→ O preço de venda dos ativos redescontados é o preço do ativo na operação de redesconto atualizado no
período pela taxa Selic acrescida de percentual definido pelo BACEN conforme a sua política monetária.

As movimentações de todas as operações se fazem através da conta de Reservas Bancárias.


As taxas de acréscimo a Taxa Selic a serem utilizadas nas operações de redesconto são:
→ 6% a.a. para as operações de curtíssimo prazo
→ 4% a.a. para as operações de curto prazo
→ 2% a.a. para as operações de médio prazo

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS
O depósito compulsório sobre os depósitos à vista e sobre os recursos de terceiro regula o multiplicador
bancário, imobilizando, de acordo com a taxa de recolhimento de reserva obrigatória fixada pelo CMN, uma parte
maior ou menor dos depósitos bancários e dos recursos de terceiros que neles circulem (títulos em cobrança,
tributos recolhidos, garantias de operações de crédito), restringindo ou alimentando o processo de expansão de
pagamento.

Um dos instrumentos que o Banco Central usa para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia.
O mecanismo influencia o crédito disponível e as taxas de juros cobradas. Por meio do compulsório, os bancos
são obrigados a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos
depósitos à vista, a prazo ou poupança.

Quando reduz o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes. Isso pode
ajudar a reduzir os juros bancários ou, em momentos de mais escassez de dinheiro, impedir que sequem as
fontes de crédito para o consumidor e para empresas.

É o percentual incidente sobre os depósitos captados pelos bancos comerciais. Tal percentual é definido
pelo BACEN e o montante calculado é recolhido pelos bancos àquela instituição.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

Para atuar no sistema financeiro nacional, os bancos comerciais são obrigados a manter, com exclusividade,
conta de depósitos no BACEN por onde circulam dois tipos de reserva:

A reserva legal — depósito compulsório — é aquela cujo saldo representa a parcela de cada depósito à vista
ou sob aviso, mais a parcela de recursos de terceiros (títulos em cobrança, tributos recolhidos, valores em
garantia realizados e cheques administrativos), que os bancos comerciais recebem do público e,
compulsoriamente, têm que recolher ao BACEN.

Já as reservas de livre movimentação são formadas pelo encaixe obrigatório e pelas reservas bancárias
mantidas em conta de depósitos no BACEN, cujo nível indica a liquidez no dia-a-dia ou a capacidade de cada
banco para expandir seus empréstimos ou aplicações e para atender os cheques compensados e outras
obrigações.
As instituições financeiras procuram manter suas reservas que não produzem renda, no limite mínimo possível,
não descuidando da responsabilidade de honrar suas obrigações, de modo a evitar penalidades do BACEN.

OBJETIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA

Atender as Metas de Inflação


São definidas pelo CMN por proposta do Ministro da Fazenda, e tem um intervalo de tolerância para cima
ou para baixo, inicialmente estabelecida em 2%.

Causas de Inflação:
→ Expansão Monetária – Governo emite moeda para financiar o déficit público
→ Aquecimento Econômico – Demanda por produtos supera a produção – aumenta preços e margem de
lucros
→ Choque de Oferta Externa ou interno – Ex. Petróleo, que pressiona os custos de outros produtos
→ Gargalos – Produto ou Serviço Básico sofre restrições, ex: Apagão de energia elétrica em 2001 falta de
infraestrutura para fluir produção.

CONTROLE E SELEÇÃO DE CRÉDITO


Por exemplo: se o governo aumenta o volume de crédito no mercado, está incentivando a demanda por bens e
serviços. Isso gera a necessidade de maior oferta de bens e serviços, que pode resultar como conseqüência da
grande procura, em aumento dos preços, que por sua vez pode gerar aumento nos níveis de inflação.
Por outro lado, quando o governo contingencia o crédito, controla o volume e o destino do crédito, controla as
taxas de juros e fixa limites e condições do crédito. Como conseqüência, ele reduz as possibilidades de os
agentes econômicos efetuarem compras e vendas utilizando o crédito.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

POLÍTICA FISCAL: NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO, IMPLICAÇÕES


SOBRE A DÍVIDA PÚBLICA
É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercida
sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do governo, que tem como base os tributos
captados. Tem forte impacto sobre a política monetária e, especificamente, sobre o crédito, á medida que os
prazos de recolhimento de impostos afetem o fluxo de caixa dos agentes econômicos. Tem como principal
objetivo buscar o equilíbrio entre arrecadação tributária e despesas governamentais, para se atingirem os
objetivos macroeconômicos e sociais estabelecidos.

DÍVIDA PÚBLICA

A dívida pública tem forte ligação com a política fiscal adotada pelo governo, pois os resultados das
medidas implementadas nessa área refletem no montante da dívida. A dívida aumenta quando ocorre a
colocação de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, no mercado. Por outro lado, a dívida
diminui quando ocorre a liquidação dos mesmos.

Normalmente, o Governo paga suas despesas com os impostos arrecadados.


Quando a arrecadação de impostos não é suficiente ele custeia suas necessidades financeiras com a colocação
de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional nos mercados interno ou externo ou, então, por meio de empréstimos
internacionais.

Em função da forma de apuração, os déficits ou superávits são classificados em:

Superávit/Déficit Primário – que se constitui na diferença entre as receitas e as despesas de natureza não
financeira.

Superávit/Déficit Nominal – que se constitui da inclusão das receitas/despesas de natureza financeira.


Observe que é, nessa etapa, que se inclui todo o movimento da dívida pública.

DÍVIDA INTERNA

É a dívida firmada pelos governos federal, estadual e municipal junto ao mercado interno, através de
emissões primárias de títulos.
Toda vez que o Tesouro Nacional emite títulos para execução da política fiscal do Governo, está antecipando
receitas orçamentárias ou financiando os déficits fiscais. Essas emissões de papéis aumentam a dívida interna
do Governo.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

DÍVIDA EXTERNA

A dívida externa é composta pelos empréstimos contraídos fora do país, tanto pelo governo como pelo
setor privado e classifica-se em pública e privada.

O compromisso do Governo com a execução de grandes projetos, necessários ao desenvolvimento do país


(projetos de infra-estrutura, como por exemplo, a Hidrelétrica de Itaipu), fez com que se buscassem poupanças
externas mediante empréstimos, financiamentos e, até mesmo, colocação de títulos emitidos pelo Tesouro
Nacional. Destaca-se que boa parte dos títulos for emitida para honrar compromissos de dívidas feitas no
passado.
Da mesma forma, empresas nacionais buscam financiamentos externos.
Atualmente, parte significativa do total da dívida pertence ao setor privado da economia.

DÍVIDA EXTERNA PÚBLICA

É composta pelas captações obtidas pelos governos no exterior.

As dívidas que o país faz no exterior podem ser contraídas em qualquer moeda — euro, dólar, iene, libra etc. O
governo brasileiro, para fazer frente às suas despesas e investimentos, obtém recursos em diversos mercados
internacionais com a emissão de títulos soberanos.

O principal título da dívida externa pública brasileira é o Bond, utilizado na troca de dívidas bancárias.
Bond = É um título de renda fixa representativo de uma obrigação do governo brasileiro à empréstimos
concedidos por investidores internacionais.

No momento da colocação dos títulos públicos no mercado primário são definidas as características com relação
à remuneração, prazo, forma de pagamento dos juros etc.

O C-bonds é o título mais conhecido e de maior liquidez e é, também, o mais volátil e por isso apresenta
o maior risco. A remuneração adicional paga pelos C-bonds em relação aos T-bonds (treasury bonds) —
títulos emitidos pelo Tesouro Americano — é utilizada como a medida do risco Brasil.

Quando o governo brasileiro emite papéis no mercado internacional está tomando empréstimos e aumentando a
dívida externa pública. Nesse caso, a captação de recursos tem aspectos positivos para a economia, pois
aumenta a disponibilidade de moeda forte à disposição do BACEN.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

RELAÇÃO ENTRE TAXA DE JUROS E DIVIDA PÚBLICA

A taxa de juros tem sido utilizada pelo governo brasileiro como instrumento de combate a inflação. A
idéia é que com juros altos, há um desestímulo ao consumo que acabaria acarretando num ritmo menor
de elevação dos preços. O problema é que, ao se elevarem os juros básicos da economia (a taxa Selic),
ocorre impacto imediato e expressivo sobre a dívida pública, boa parte dela indexada a esta taxa.

Outro efeito é que, ao reduzirem a atividade econômica, as altas taxas de juros acabam tendo uma
conseqüência indesejável de redução da arrecadação de impostos, agravando, ao final, o problema do
déficit público. A alta taxa de juros tem um efeito triplamente negativo: aumentam os gastos (financeiros)
do governo; reduzem o crescimento do PIB; e reduzem a arrecadação de impostos.
A dívida pública é um dos principais fundamentos de uma economia. Se usada adequadamente, pode
significar uma alavanca para o desenvolvimento, um instrumento para o governo financiar seus gastos e
investimentos.

Quando descontrolada, acaba funcionando como um freio ao desenvolvimento, pela necessidade de geração
contínua de grandes superávits primários, que comprometem a capacidade de gastos e de investimento do
governo. Os investimentos em obras públicas e as políticas sociais tendem a ser reduzidos.
Um indicador relevante (embora não suficiente) para analisar a evolução da dívida pública e a relação dívida /
PIB. Essa relação pode crescer seja porque o PIB cresce a uma taxa menor do que a dívida seja porque o
governo não obtém superávits primários suficientes para estabilizá-la.

POLÍTICA CAMBIAL

É formada por um conjunto de normas e regras que busca controlar o mercado cambial. Está
fundamentalmente baseada na administração das taxas de câmbio e no controle das operações
cambiais.
A política cambial está fortemente relacionada com a política monetária, e por esse motivo deve ser administrada
com bastante critério, de forma a evitar impactos negativos sobre o sistema monetário.

A ocorrência de superávits na balança comercial decorrente de um forte desempenho nas exportações, o


volume de recursos captados pela colocação de títulos no exterior (bônus ou commercial papers), bem
como a entrada de recursos para aplicação em bolsas de valores, pode causar impacto monetário na
economia, pois, para o BACEN internalizar tais recursos, precisará emitir moeda.
A desvalorização da moeda local torna nossos produtos e serviços mais competitivos no mercado
internacional, estimulando às exportações. Por outro lado, as Importações de produtos de outros países
ficam mais onerosas e perdem competitividade. Com a desvalorização da moeda local precisa-se de uma
quantidade maior de unidades de moeda nacional para comprar uma unidade de moeda estrangeira.

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CÂMBIO FIXO

Nesse regime a autoridade monetária compra e vende moeda estrangeira — tendo seu valor por ela fixado — na
medida em que o mercado ofertar e demandar comprometendo, assim, a execução da política monetária.
A vantagem da adoção desse tipo de controle é a previsibilidade da taxa de câmbio futura e de seus impactos
positivos nas operações comerciais e financeiras com o exterior.

CÂMBIO FLUTUANTE

É o regime no qual as taxas acompanham livremente as oscilações, de acordo com a oferta e a procura de
moeda estrangeira pelo mercado. (câmbio flutuante limpo - BACEN não atuar)
O BACEN atua tanto comprando como vendendo moeda. (câmbio flutuante sujo – BACEN atua). Este é o
modelo atual brasileiro.

Confere maior liberdade ao mercado e permite que as autoridades monetárias tenham maior flexibilidade na
manutenção de reservas para regular o mercado, ampliando assim as possibilidades de uso dos instrumentos de
política monetária. Neste sistema, os participantes do mercado financeiro devem se proteger fazendo o hedge
cambial para proteger as suas posições em moeda estrangeira. Entretanto, a autoridade monetária poderá
oferecer hedge, buscando dar maior estabilidade ao sistema, uma vez que pode atuar com maior liberdade e
efetividade na execução das políticas monetárias.

CÂMBIO MISTO

Trata-se de uma mescla dos regimes anteriores.


É o regime que se situa entre os dois anteriores, ou seja, não é totalmente livre de controle central, nem adota a
taxa fixa. O meio termo é a adoção de bandas de flutuação cambial, que são definidas pela autoridade monetária
e funcionam como balizas para os limites inferior e superior das oscilações cambiais.

POLÍTICA COMERCIAL

É o conjunto de medidas que afetam o comércio com outras Ações, dentre elas a adoção de cotas, a
abertura de linhas de crédito para importação e exportação e a definição de tarifas.

A maior intensidade de transações econômicas — reais e financeiras — entre fronteiras dos países e a
ampliação dos graus de interdependência dos países, faz com que as medidas de política comercial que o
governo adota influenciem diretamente os fluxos externos.
Para regular os fluxos externos e o ajuste de saldos às condições do equilíbrio econômico interno, os
responsáveis pela política econômica contam com o emprego de alguns instrumentos fiscais e administrativos.
Todas as transações econômicas que um país faz com o exterior são totalizadas em levantamento de natureza
contábil, que registra todos os pagamentos e recebimentos ocorridos entre os agentes econômicos, residentes
ou não residentes no país.

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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM

Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por finalidade disciplinar, fiscalizar, normatizar,
regular e desenvolver o mercado de valores mobiliários, e ainda toda a indústria de Fundos de
Investimentos.
Promove medidas incentivadoras da canalização de poupança ao mercado de capitais, estimulando o
funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de capitais.
É um órgão fiscalizador das Companhias Abertas, (Mercado de Ações), e supervisiona os Fundos de
Investimentos. É administrada por um Presidente e quatro diretores, que são todos nomeados pela Presidência
da República.

Valores mobiliários representam um investimento realizado, dispondo de recurso financeiro, com o objetivo de
auferir lucro, ofertado ao público e sobre o qual o investidor não possui controle direto. São muitos os tipos de
valores mobiliários, mas, para a nossa certificação, os que fazem parte são:
• Ações
• Debêntures e Notas Promissórias (Commercial Papper)
• Swap
• Cotas de Fundos de Investimentos (de fundos Fechados)

COMPETÊNCIAS

→ Fomentar medidas de incentivo aos poupadores, para que invistam no mercado de capitais. Na
economia, sua função principal no mercado de valores mobiliários, é o atendimento às necessidades de
financiamento de médio e longo prazo por parte das empresas;

→ Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de capitais,
assegurando seu funcionamento eficiente e regular;

→ Proteção aos investidores do mercado, visando à continuidade do mesmo e também, atrair um


contingente cada vez maior de pessoas. Assim, há a necessidade de um tratamento equitativo a todos
participantes, destacando-se, especialmente, o investidor individual.
A CVM foi criada através da Lei Federal nº 6385, de 07 de Dezembro de 1976, por decreto do Congresso
Nacional e Sanção do Presidente da República.

Autarquia: Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da administração pública, sujeita à


fiscalização e à tutela do Estado, com patrimônio constituído de recursos próprios, e cujo fim é
executar serviços de caráter estatal ou interessantes à coletividade, como entre outros, caixas
econômicas e institutos de previdência.
(Dicionário Aurélio)

Saiba mais sobre a CVM em http://www.cvm.gov.br/

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FUNÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS E DEFINIÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

É fundamental o papel desempenhado pela intermediação financeira no cenário econômico.

Por meio dela que se permite a transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para
os deficitários.

Agentes superavitários são aqueles que dispõem de excesso de recursos, e, desejam poupá-lo para
consumir ou investir.

Agentes deficitários são os que têm necessidade de recursos superior à quantidade de recursos que
possuem.

Os intermediários financeiros têm a função de reunir e alocar a poupança da economia, para que os
recursos fluam dos agentes superavitários para os deficitários, de forma eficiente, satisfazendo assim as
necessidades de ambos.

O PAPEL DOS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS

No atual arranjo do sistema financeiro, as principais instituições estão constituídas sob a forma de banco múltiplo
(banco universal), foram criados através da Resolução CMN 2099, de 17 de Agosto de 1994, e que oferecem
ampla gama de serviços bancários.
Outras instituições apresentam certo grau de especialização, conforme exemplos a seguir:

→ Bancos comerciais, que captam principalmente depósitos à vista e depósitos de poupança e são
tradicionais fornecedores de crédito para as pessoas físicas e jurídicas, especialmente capital de giro no
caso das empresas;
→ Bancos de investimento, que captam depósitos a prazo e são especializados em operações financeiras
de médio e longo prazo; não podem fazer a captação à vista nem manter contas correntes.
→ Caixas econômicas, que também captam depósitos à vista e depósitos de poupança e atuam mais
fortemente no crédito habitacional;
→ Bancos cooperativos e cooperativas de crédito, voltados para a concessão de crédito e prestação de
serviços bancários aos cooperados, quase sempre produtores rurais;
→ Sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo, também voltadas para
o crédito habitacional;
→ Sociedades de crédito e financiamento, direcionadas para o crédito ao consumidor; e
→ Empresas corretoras e distribuidoras, com atuação centrada nos mercados de câmbio, títulos
públicos e privados, valores mobiliários, mercadorias e futuros.

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PRINCIPAIS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS – (BACEN)


BANCO COMERCIAL
Instituição financeira privada ou pública. Seu principal objetivo é proporcionar o suprimento oportuno e adequado
dos recursos necessários para financiar, a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas
prestadoras de serviços e as pessoas físicas.
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial,
podendo ser depósitos a vista (Conta Corrente) e depósitos a prazo (CDB), mas também opera com
descontos de títulos, concessão de crédito simples em conta corrente, crédito rural, câmbio, captação de
depósitos a prazo fixo, obtenção de recursos externos, e até mesmo de entidades oficiais para repasse aos
clientes, entre vários outros serviços, como a cobrança simples de títulos e o comércio internacional.
Tem ainda, o poder de criação de moeda escritural.
Suas operações de crédito são de curto e médio prazo.

BANCO DE INVESTIMENTO
Instituição financeira privada especializada em operações de participação societária de caráter temporário,
(mercado de capitais/Ações), de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro,
da administração de recursos de terceiros e da administração de Fundos de Investimentos.
Não podem fazer a captação de depósitos à vista, nem manter contas correntes, inclusive nem oferece
essa modalidade. Assim, a captação dos recursos se dá através da emissão de CDB, também através da
captação e repasses de recursos de origem interna ou externa ou ainda, pela venda de cotas de Fundos de
Investimentos por eles administrados.

BANCO MÚLTIPLO
Instituição financeira privada ou pública que realiza as operações ativas, passivas e acessórias das diversas
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:
Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de
crédito, financiamento e investimento.
Para ser considerado múltiplo, deve ter no mínimo 2 carteiras, e uma delas, obrigatoriamente deve ser a
Carteira Comercial ou a Carteira de Investimento.

Veja mais sobre intermediários financeiros em http://www.bcb.gov.br/?SPBINTER

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OUTROS INTERMEDIÁRIOS OU AUXILIARES FINANCEIROS – (CVM)


BM&F BOVESPA
Locais que oferecem condições e sistemas necessários para realização de negociação de compra e venda de
títulos valores mobiliários de forma transparente. Além disso, tem atividade de Regulação e Melhores Práticas
que visa preservar elevados padrões éticos de negociação, e divulgar as operações executadas com rapidez,
amplitude e detalhes. Sua essência é proporcionar liquidez aos títulos negociados. Para tanto, devem apresentar
todas as condições necessárias para o perfeito funcionamento dessas transações, tais como organização,
controle e fiscalização.

A BM&F BOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em 2008 com a integração
entre Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, e Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, e é o maior
centro de negociação de Ações da América Latina, concentrando em torno de 70% do volume de
negócios realizados na região.

Espaços físicos e ambiente virtual, onde são realizadas as operações de compra e venda de valores
mobiliários, e que oferecem condições e sistemas necessários para realização de negociação de compra
e venda desses títulos de forma transparente.
As transações são na totalidade realizadas eletronicamente, em real time. Não existe mais o pregão
presencial.
Até agosto de 2007, a BOVESPA era uma associação civil sem fins lucrativos. Após a reorganização societária e
abertura de capital, a BOVESPA Holding é uma sociedade anônima de capital aberto que atua em toda a cadeia
de negócios no âmbito das atividades relacionadas a títulos e valores mobiliários.

AGÊNCIAS BANCÁRIAS E INTERNET (HOME BROKER)


Para adquirir Ações o investidor tem algumas opções. No ambiente das bolsas de valores, somente as CTVM –
Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, podem intermediar a compra e venda das Ações. Caso o cliente se
dirija a uma agência bancária para negociar Ações em Bolsa de Valores, o banco deverá encaminhá-lo a uma
Corretora.

Home Broker é um serviço semelhante aos Home banking, oferecidos pelos bancos, ou seja, é um canal de
relacionamento, entre os investidores e as sociedades corretoras da BOVESPA, permitindo que sejam enviadas,
por meio da Internet, ordens de compra e de venda de Ações. Isso é possível porque os Home Brokers das
corretoras estão interligados ao sistema de negociação da BOVESPA. Para investir em Ações via internet, é
necessário que o investidor seja cliente de uma corretora da BOVESPA que disponha dessa facilidade.
→ Horários: havendo contraparte, ordens transmitidas das 10h até as 17h serão cumpridas durante o
pregão do dia. Para ordens recebidas após as 17h haverá opção de agendamento para o próximo
pregão ou para o After Market do dia.
→ Valores: os limites serão definidos pela corretora, no ato do cadastro do cliente, e podem sofrer
alterações diárias.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - CTVM


São instituições auxiliares do sistema financeiro, que realizam a intermediação de compra e venda de Ações
em bolsa de valores. As corretoras não captam recursos e nem fazem empréstimos.
As Corretoras são credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas próprias Bolsas, e estão
habilitadas, entre outras atividades, a negociar valores mobiliários com exclusividade nos meios
disponibilizados pelas Bolsas de valores (pregão físico/viva-voz ou eletrônico).
Principais funções:
→ Realizam a intermediação de compra e venda de Ações em bolsa de Valores.
→ Negociam valores mobiliários com exclusividade nos meios disponibilizados pelas bolsas de
valores.
→ Todo cliente que deseja comprar Ações, utiliza-se dos serviços de uma corretora.
→ Promovem ou participam de lançamentos públicos de Ações;
→ Administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários; não custódia os ativos, e sim, as
carteiras)
→ Efetuar operações de intermediação de títulos e valores mobiliários, bem como, de compra e venda de
metais preciosos, por conta própria e de terceiros;
→ Operar em bolsa de mercadorias e futuros, por conta própria e de terceiros;
→ Operar, como intermediária, na compra e venda de moedas estrangeiras, por conta e ordem de terceiros
(operações de câmbio);
→ Prestar serviços de assessoria técnica em operações inerentes ao mercado financeiro.

SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - DTVM


São instituições auxiliares do sistema financeiro que participam do sistema de intermediação de Ações, e
outros títulos no mercado, colocando-os à venda para o público, ofertando-os às corretoras de Títulos e Valores
Mobiliários, que por sua vez, fazem a venda ao cliente. Atuam no Atacado.
Após a decisão conjunta número 17, emitida pelo BACEN e CVM em 02/03/2009, as Distribuidoras foram
autorizadas a operar nas bolsas de valores, para isso tendo que se adequar a uma série de exigências.
No site da Bovespa, até o final de Fevereiro/2011, ainda não existiam distribuidoras listadas para operação.

Principais funções:
→ Efetuar aplicações por conta própria ou de terceiros (intermediação) em títulos de valores mobiliários de
renda fixa e variável;
→ Realizar operações no mercado aberto (compra e venda de títulos públicos federais);
→ Participar em lançamentos públicos de Ações.
A credibilidade do SFN não depende exclusivamente do desempenho dos bancos, bolsas ou
corretoras/distribuidoras. É preciso que os participantes do sistema confiem que as transações efetuadas serão
liquidadas. Para isso, existem as Câmaras e os Sistemas de Liquidação e Custódia.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

SISTEMAS E CÂMARAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA – CLEARING HOUSE


Câmaras de Liquidação e Custódia, também conhecidas como Clearings, são entidades privadas que garantem
e processam a liquidação de pagamentos, títulos públicos, Ações e outros ativos financeiros.
Uma das condições necessárias ao perfeito funcionamento dos mercados financeiro e de capitais é a
certeza aos seus participantes, que seus ganhos serão recebidos e que suas operações de compra e
venda serão liquidadas nas condições e nos prazos estabelecidos.
Isso é proporcionado, pelas câmaras de registro, compensação e liquidação, mediante um sistema de
compensação que chama para si a responsabilidade pela liquidação dos negócios mediante a existência
de estruturas adequadas ao gerenciamento de risco de todos os participantes.
Além disso, elas monitoram os riscos resultantes das transações realizadas pelos seus membros, ou
seja, boa parte dos riscos do Sistema de Pagamentos é gerida pelas Câmaras de Liquidação, e não pelo
Banco Central.
Por definição, é o conjunto de instituições que possibilitam a transferência de recursos dos ofertadores
para os tomadores, sendo composto por órgãos normativos, fiscalizadores e intermediário-auxiliares
financeiros.
Os sistemas de liquidação e custódia têm por objetivo organizar a liquidação e transferência dos títulos
públicos e privados negociados no mercado financeiro. Os principais sistemas são:

SELIC - SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E DE CUSTÓDIA


É um sistema computadorizado, ao qual apenas as instituições credenciadas no mercado financeiro têm
acesso. O SELlC é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central
do Brasil processando a emissão, registro, resgate, pagamento de juros e custódia desses títulos.
Títulos Públicos Federais são custodiados no SELIC. (principais: LTN, LFT e NTNs).
Estes títulos são todos escriturais, ou seja, títulos emitidos exclusivamente na forma eletrônica.

O Sistema efetua a custódia e o registro de operações realizadas pelas instituições que dele participam com
títulos públicos federais emitidos pelo Tesouro Nacional. No que toca especificamente às negociações, o Selic
acata comandos de compras e vendas à vista ou a termo, definitivas ou compromissadas, adotando os
procedimentos necessários às movimentações financeiras e de custódia envolvidas na liquidação dessas
operações.

As regras operacionais e de funcionamento do Sistema estão definidas em seu Regulamento.

Veja mais sobre o SELlC em www.andima.com.br/selic

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CETIP S.A – BALCÃO ORGANIZADO DE ATIVOS E DERIVATIVOS


A CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos é uma sociedade administradora de mercados de
balcão organizados, ou seja, de ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos públicos e
privados de renda fixa e derivativos de balcão. Efetua a custódia escritural de ativos e contratos, registra
operações realizadas no mercado de balcão, processa a liquidação financeira e oferece ao mercado uma
Plataforma Eletrônica para a realização de diversos tipos de operações online, tais como leilões e negociação de
títulos públicos, privados e valores mobiliários de renda fixa.
Criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, iniciou suas operações em 1986, proporcionando
mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro.
A CETIP, hoje uma sociedade anônima, é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América
Latina e a maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro. Sua atuação garante o
suporte necessário a todo o ciclo de operações com títulos de renda fixa, valores mobiliários e
derivativos de balcão.

A credibilidade e a confiança que a CETIP trouxe para o mercado levaram as instituições financeiras a
criar e empregar a expressão título “cetipado” como um selo de garantia e qualidade.
A Cetip ainda custódia alguns títulos públicos de renda fixa e de emissão de estados e municípios, que não são
temas do CPA 10.

Veja mais sobre o Cetip em www.cetip.com.br

SELIC e CETIP têm, entre outros, os principais títulos custodiados:

CETIP
SELIC (Títulos Privados de Renda Fixa e alguns títulos
(Títulos Públicos Federais) públicos emitidos por estados e municípios)

Títulos Privados
• LTN – Letra do Tesouro Nacional • CDB – Certificado de Depósito Bancário
(dica: T apareceu “antes; então paga juros pré-fixados) • Swaps (troca de preços ou condições)
• LFT – Letra Financeira do Tesouro • Debêntures
(dica: T apareceu “depois”; então paga juros pós-fixados) • LH – Letras Hipotecárias
• RDB – Recibo de Depósito Bancário
• NTN-B – Nota do Tesouro Nacional – Série B
• CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro
• NTN-C – Nota do Tesouro Nacional – Série C Outros Títulos Públicos
• NTN-D – Nota do Tesouro Nacional – Série D
• ADA – Alongamento Dívida Agrícola
• NTN-F – Nota do Tesouro Nacional – Série F
• CFT – Certificado Financeiro do Tesouro
(dica: T apareceu “antes; então paga juros pré-fixados e no
• LFT-E e LFT-M (estadual e municipal)
caso das Notas ainda pagam correção monetária)
• Entre outros.

Todas as definições dos títulos acima estão no dicionário financeiro! Consulte!


Ao longo de nosso preparatório, detalharemos cada um dos títulos acima.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

COMPANHIA BRASILEIRA DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA - CBLC


É uma entidade privada com fins lucrativos, controlada pela Bovespa Holding, e tem o objetivo de garantir a
realização de todos os negócios nela realizados. Seus serviços vão do registro de operações e controle das
posições, compensação dos ajustes diários e liquidação física e financeira dos negócios, até a administração das
garantias vinculadas às operações.
A CBLC é a clearing do Mercado de Capitais/Ações.
Principais atribuições:
→ Prestar para a Bolsa de Valores e outras Instituições serviços de custódia de títulos e valores mobiliários
e de outros ativos físicos e financeiros.
→ Receber e administrar garantias para operações realizadas em Bolsas de Valores;
→ Compensar, liquidar e controlar riscos das obrigações decorrentes e operações à vista e de liquidação
futura, com qualquer espécie de ativos, títulos e valores mobiliários, realizadas nas Bolsas de Valores ou
em outros mercados;
→ Assumir a posição de contraparte e garantidora da liquidação de operações;

Definição oficial retirada do site: http://www.cblc.com.br/cblc/Custódia/Caracteristicas.asp?tit=2


A CBLC é a única central depositária de ativos no Brasil para o mercado de Ações e oferece também, desde
2001, serviços para o mercado de títulos de renda fixa corporativa.

SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO - SPB


Um sistema de pagamentos tem como função básica, a transferência de recursos, processando e liquidando
pagamentos para diversos tipos de clientes, entre eles, governo, empresas, pessoas, Banco Central e
Instituições Financeiras, entre outros. Em 2002, o SPB passou por uma completa reestruturação, para que o
risco sistêmico do Sistema Financeiro Nacional fosse drasticamente reduzido. Foram adotadas algumas medidas
para isso, entre elas:
→ Monitoramento, em tempo real, do saldo da conta Reservas Bancárias;
→ Oferta de empréstimo ponte diário (redesconto intradia), mediante operações de compra pelo BACEN de
títulos públicos federais em poder dos bancos, que deverão recomprar os títulos do BACEN no próprio
dia, registrando em tempo real o resultado financeiro na conta Reservas Bancárias;
→ Implantação de sistema que processa ordens de transferência eletrônica de fundos entre bancos,
inclusive dos clientes, existindo dessa forma alternativa segura aos cheques e DOC para a realização de
pagamentos de grande valor.

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS TRAZIDOS PELO NOVO SPB


→ Agilidade: os recursos ficam disponíveis no dia da transferência.
→ Segurança e confiabilidade: redução do risco de crédito nos pagamentos, que são irreversíveis (não
podem ser sustados ou devolvidos por falta de fundos, como pode ocorrer com cheques), além de
proporcionar melhora na imagem do país internacionalmente, reduzindo assim, o risco Brasil.
Definição Oficial, retirada do site http://www.bcb.gov.br/?SPBINTROD

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

ANBIMA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DO MERCADO FINANCEIRO E DE


CAPITAIS

A ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais foi criada em
outubro de 2009 como resultado da união da ANBID – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais com a ANDIMA – Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro.
A nova entidade representa 325 associados, entre bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset
managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento.

Os sites de ambas as entidades permanecem inalterados, utilizando-se as nomenclaturas individuais de cada


uma delas.
Em sua prova de certificação, se aparecer o termo ANBIMA, está correto. Se aparecer o termo ANBID, também
está correto.

Associação representativa das instituições financeiras operantes no mercado de capitais.


Bancos de investimento e bancos múltiplos com carteira de investimento são a base de seus associados.
Foi pela ANBIMA instituída a atividade de Regulação e Melhores Práticas.
Não é atribuição da ANBIMA a normatização e fiscalização de OPERAÇÕES com Fundos de
Investimentos.

COMPETÊNCIAS
Condução dos Processos de Regulação e Melhores Práticas das Instituições e dos Mercados.
Códigos de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA para
→ Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários;
→ Fundos de Investimentos;
→ Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais;
→ Programa de Certificação Continuada;
• Obrigatoriedade da Certificação Profissional aos integrantes das instituições
participantes do código. (todos os profissionais envolvidos na comercialização de
produtos de investimentos, atuantes nas instituições participantes).
→ Atividade de Private Banking no Mercado Doméstico.

Saiba mais sobre a ANBIMA em www.anbima.com.br


e sobre a Anbid em www.anbid.com.br

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

CÓDIGOS DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DA ANBIMA


Condução dos processos de Regulação e Melhores Práticas das Instituições e dos Mercados – Abrangência
definidos pela ANBIMA para o mercado doméstico, estabelecem padrões operacionais semelhantes ao
verificado nos países onde o mercado de capitais encontra-se em níveis mais elevados de organização.
• Visam estabelecer concorrência leal;
• Padronizar procedimentos, estabelecer princípios e regras;
• Oferecer maior qualidade e disponibilidade de informações;
• Evitar práticas que possam prejudicar o mercado e o investidor;
• A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.
Todas as Instituições Participantes, como são entendidas as instituições filiadas à ANBIMA, e também as
instituições não associadas, mas, que expressamente aderirem ao Código, mediante assinatura do termo de
adesão, são obrigadas à observância dos princípios e das regras dos Códigos de Regulação e Melhores
Práticas, na íntegra. Os principais estão a seguir:

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

1- CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DAS OFERTAS PÚBLICAS DE

DISTRIBUIÇÃO E AQUISIÇÃO DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS.


Estabelecer princípios e normas que deverão ser observados pelas Instituições Participantes nas Ofertas
Públicas de valores mobiliários, tendo a finalidade de propiciar a transparência e o adequado funcionamento do
mercado, é o objetivo deste código.
Suas disposições se aplicam as ofertas primárias e secundárias de valores mobiliários, e também às ofertas
públicas de aquisição de Ações de companhias abertas, bem como aos programas de distribuição de valores
mobiliários.

2- CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS


Estabelecer parâmetros, pelos quais as atividades das Instituições Participantes, relacionadas à constituição e
funcionamento de Fundos de Investimentos (“Fundos de Investimentos" ou "Fundos"), devem se orientar,
visando:
→ Concorrência leal;
→ Padronização de seus procedimentos;
→ Maior qualidade e disponibilidade de informações sobre Fundos de Investimentos, especialmente por
meio do envio de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA;
→ A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.

Desempenhando uma ou mais das atividades abaixo, as lnstituições Participantes estão sujeitas às disposições
tratadas neste Código:
→ Administração de Fundos de Investimentos;
→ Gestão de carteira de Fundos de Investimentos;
→ Consultoria de Fundos de Investimentos;
→ Distribuição de cotas de Fundos de Investimentos;
→ Tesouraria de Fundos de Investimentos;
→ Controle do ativo de Fundos de Investimentos;
→ Controle do passivo de Fundos de lnvestimento;
→ Custódia de ativos de Fundos de Investimentos.
PRINCÍPIOS GERAIS
As instituições participantes devem observar, na esfera de suas atribuições e responsabilidades em relação aos
Fundos de Investimentos, as seguintes regras de regulação e melhores práticas:
→ Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos no regulamento e prospecto do
Fundo de Investimento, se for o caso, bem como a promoção e divulgação de informações a eles
relacionadas de forma transparente, inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços,
visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores;

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

→ Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda
pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo
por quaisquer infrações ou irregularidades
que venham a ser cometidas durante o período em que prestarem algum dos serviços previstos no
parágrafo primeiro do artigo segundo do código;
→ Evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos de
Investimentos;
→ Evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimentos e seus participantes,
especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições especificas de cada uma
das instituições participantes, estabelecidas em contratos, regulamentos e na legislação vigente.

PARÁGRAFO ÚNICO - Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se estabelece entre
os cotistas dos Fundos de Investimentos e a instituição participante, no momento em que é confiada á mesma a
prestação de serviço para a qual foi contratada.

3- CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DE SERVIÇOS QUALIFICADOS


AO MERCADO DE CAPITAIS
Estabelecer parâmetros relacionados à prestação de serviços de custódia qualificada, e controladoria
("Serviços"), devem se orientar, com a finalidade de:
→ Propiciar a transparência no desempenho de suas atividades:
→ Promover a padronização de suas práticas e processos;
→ Promover a sua credibilidade e adequado funcionamento;
→ Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a lnstitucionalização de práticas equitativas.

4- CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DO PROGRAMA DE

CERTIFICAÇÃO CONTINUADA
Estabelecer princípios e regras para as Instituições e profissionais que atuam nos mercados financeiros e de
capitais, buscando a permanente elevação de sua capacitação técnica, bem como a observância de padrões de
conduta no desempenho de suas respectivas atividades.
Dentre os códigos de regulação e melhores práticas, o programa de certificação continuada visa à elevação
da capacitação técnica dos profissionais do mercado financeiro, além de estabelecer parâmetros para a
observância dos padrões de conduta, tanto dos profissionais quanto das instituições participantes.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
OBJETIVO E ABRANGÊNCIA
→ O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas (“Código”) é estabelecer princípios
e regras que deverão ser observados pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que
atuam nos mercados financeiros e de capitais, buscando a permanente elevação de sua capacitação
técnica, bem como a observância de padrões de conduta no desempenho de suas respectivas
atividades.
→ A observância dos princípios e regras deste Código será obrigatória para as Instituições
Participantes, assim entendidas as instituições filiadas à Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais – ANBIMA, bem como as instituições que, embora não
associadas, expressamente aderirem a este Código mediante assinatura do competente termo de
adesão.
→ As Instituições Participantes devem assegurar que o presente Código seja também observado por
todos os integrantes de seu conglomerado ou grupo financeiro. Tal obrigação não implica o
reconhecimento, por parte das Instituições Participantes, da existência de qualquer modalidade de
assunção, solidariedade ou transferência de responsabilidade entre estes integrantes. Entretanto,
todas as referidas entidades estarão sujeitas às regras e princípios estabelecidos pelo presente
Código.
Considera-se pertencente ao mesmo conglomerado ou grupo financeiro qualquer sociedade controlada,
controladora ou sob controle comum das Instituições Participantes.
→ As Instituições Participantes serão responsáveis, perante ANBIMA, pelas Ações e condutas de seus
profissionais certificados, nos termos do Código.

5- CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DO MERCADO DE PRIVATE


BANKING DOMÉSTICO
Estabelecer os parâmetros relativos à atividade de Private Banking no mercado doméstico, com a finalidade de:
→ Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das práticas equitativas no
mercado;
→ Estimular o adequado funcionamento da atividade de Private Banking, do mercado doméstico;
→ Manter transparência no relacionamento com os clientes;
→ Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na atividade de Private
Banking;

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?

1) Cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a fixação das:


a) Taxas do Comitê de Política Monetária (Copom);
b) Diretrizes das taxas de juros e taxa de crédito do mercado;
c) Regras do mercado financeiro e do mercado acionário;
d) Diretrizes das políticas monetárias, creditícia e cambial do país.

2) Entre as funções abaixo, a de responsabilidade do Conselho Monetário Nacional (CMN) é:


a) Executar a política cambial;
b) Determinar a meta de inflação;
c) Fiscalizar as instituições financeiras;
d) Fiscalizar o mercado de capitais.

3) O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto por somente três representantes, que são:
a) Presidente do Banco do Brasil, Ministro da Fazenda (Presidente) e o Presidente da República;
b) Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central;
c) Ministro do Planejamento (Presidente), o Presidente da Comissão de Valores Mobiliários e
Presidente Banco Central;
d) Presidente da Caixa Econômica Federal, Presidente da Comissão de Valores Mobiliários e
Presidente Banco Central (Presidente).

4) O Banco Central do Brasil (BACEN) é o principal poder executivo das políticas traçadas pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN). Pode-se tratar o BACEN como:
a) Um banco apenas fiscalizador do mercado financeiro, ao verificar e averiguar as instituições do
mercado, mas sem, no entanto, disciplinar o mercado e definir regras, limites e condutas;
b) Um banco executor das políticas traçadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sem,
porém, fiscalizar ou disciplinar o mercado financeiro;
c) Um banco que trabalha nas diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN), mas sem
executar propriamente as políticas já traçadas;
d) Um banco fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro, ao definir regras, limites e condutas
das instituições, e um banco de penalidades, ao ser facultadas pela legislação a intervenção e a
liquidação extra judicial e ainda executa as políticas monetárias do CMN.

5) É uma das competências privativa do Banco Central do Brasil (BACEN), relacionado à instituições financeiras:
a) Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário;
b) Fiscalizar as bolsas de valores;
c) Definir a meta de inflação;
d) Definir a taxa PTAX.

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PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

6) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é administrada:


a) Por um Presidente e quatro diretores, todos nomeados pelo Presidente da República;
b) Por um Presidente e 12 diretores, todos nomeados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN);
c) Por uma comissão de diretores, dentre eles um diretor-presidente, todos nomeados pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN);
d) Por uma comissão de seis diretores, dentre eles um diretor presidente, todos nomeados pelo
Presidente da República

7) Alguns dos principais objetivos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) são:


I. Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário;
II. Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares;
III.Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades
anônimas de capital aberto;
IV. Fiscalizar o mercado interbancário de câmbio e das operações com certificados de depósito
interfinanceiro.
a) I e II;
b) II e III;
c) II, III e IV;
d) I, II e III.

8) A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), originalmente
criada em 1967, antes da fusão entre ANBID e ANBIMA, é uma associação que representa:
a) Somente bancos de investimento;
b) Bancos de investimento e bancos múltiplos;
c) Bancos de investimento e corretoras de valores;
d) Bancos de investimento, bancos múltiplos, corretoras e distribuidoras de valores e gestoras de
recursos.

9) A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) criou em, 1999, um
código de auto-regulação, acrescentando informações adicionais no prospectos, além das exigidas pela CVM. A
intenção da ANBIMA foi:
a) Limitar o acesso ao mercado às instituições de maior credibilidade;
b) Ampliar a transparência das emissões, permitindo a diferenciação daqueles emissores que
seguirem as recomendações da ANBIMA, através da colocação de um impresso na capa do
prospecto, afirmando que a emissão está de acordo com o código;
c) Vender para o mercado as normas e práticas definidas em seu código, de forma a melhorar a
apresentação das informações da companhia e reduzir os custos de colocação de títulos no
mercado;
d) Ampliar a transparência das emissões, diminuindo as exigências sobre as empresas emissoras
quanto às suas informações, documentos e destino de recursos.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

10) Um banco de investimento trabalha apenas com a carteira:


a) Carteira comercial;
b) Carteira de investimento;
c) Carteira de crédito imobiliário;
d) Carteira de aceite;

11) Para uma instituição financeira se configurar como banco múltiplo deve possuir, das carteiras descritas
abaixo, pelo menos:
I – Carteira Comercial
II – Carteira de Investimento
III – Carteira de Crédito Imobiliário
IV – Carteira de Desenvolvimento
V – Carteira de Aceite
VI – Carteira de Leasing

a) Duas, sendo obrigatoriamente uma delas a I ou a II;


b) Duas, sendo obrigatoriamente uma delas a I, a III ou a V;
c) Três, sendo obrigatoriamente uma delas a I, a III ou a V;
d) Três, sendo obrigatoriamente uma delas a I ou a II.

12) No desenvolvimento de suas atividades, o Banco do Brasil assume três funções. São elas:
a) Agente financeiro do governo federal, banco comercial e banco de investimento e
desenvolvimento;
b) Autoridade monetária, banco múltiplo, banco agrícola;
c) Banco de investimento, banco comercial e banco de desenvolvimento;
d) Autoridade monetária, banco comercial e banco de desenvolvimento.

13) Os órgãos que fiscalizam as instituições financeiras e os Fundos de Investimentos são respectivamente:
a) Banco Central e Banco Central
b) CVM e Banco Central
c) CVM e CVM
d) Banco Central e CVM

14) As distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) são entidades que têm objetivos:
a) Apenas de custódia de Ações e mercadorias;
b) Apenas de gestão de Fundos de Investimentos e carteiras;
c) Semelhantes as CTVM, porém de atuação mais restrita, não podendo atuar diretamente nas
bolsas de valores e mercadorias;
d) Semelhantes as CTVM, de mesma atuação, diferenciando-se das CTVM apenas no montante de
capital social.

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MÓDULO I - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SFN - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO

15) Sua principal função é colocar-se entre todos os compradores e vendedores do mercado de Ações,
assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua liquidação.
a) CETIP.
b) SELIC.
c) CBLC.
d) SPB.

16) Tende a reduzir o crescimento da quantidade de moeda e a encarecer os empréstimos bancários. Seu
principal argumento, é o controle da inflação.
a) Política Monetária expansionista
b) Política Monetária restritiva
c) Política Cambial
d) Política Fiscal

17) Para que possam ser classificados como bancos Múltiplos, essas entidades financeiras devem possuir
obrigatoriamente 2 carteiras. Qual das carteiras abaixo é obrigatória para os Bancos Múltiplos?
a) Carteira de Seguros
b) Carteira de Financiamentos
c) Carteira de Habitação
d) Carteira Comercial

18) Intermediário financeiro que não pode fazer a captação de depósitos a vista, nem manter contas
correntes. A captação de recursos se dá através da emissão de CDB e Administração de Fundos de
Investimentos, na maioria dos casos.
a) Banco Múltiplo
b) Banco de Investimento
c) Banco Comercial
d) Banco de Desenvolvimento Econômico e Social

19) O Conselho Monetário Nacional deliberou que a meta para a inflação deverá assumir determinada
postura. Para isso, a taxa Selic Meta deverá ser estipulada com possível alta para o próximo período.
Quem definirá qual será a taxa?
a) CVM – Comissão de Valores Mobiliários
b) COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras
c) BACEN – Banco Central do Brasil
d) COPOM – Comitê de Política Monetária

20) Política Monetária Expansionista, é:


a) Reduz o crescimento da quantidade de moeda
b) Formada por conjunto de normas e regras que busca controlar o mercado cambial
c) Política de receitas e despesas do governo
d) Adota medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e baratear os empréstimos.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

Módulo II
Princípios Básicos de Economia,
Finanças e Estatística
(5% a 10% do exame)

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA - INDICADORES ECONÔMICOS


Apresentaremos, ao longo deste módulo, alguns indicadores econômicos que serão de extrema importância para
o compreensão da economia brasileira, e será fundamental para o seu exame.

PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO


O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais
produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período determinado
(mês, trimestre, ano, etc). Pode ser considerado como o “termômetro” ou o “velocímetro” da economia.

O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade
econômica de uma região.

Na contagem do PIB, se considera apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo
de intermediário (insumos). Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando valores
gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.

Quanto à economia informal, após as mudanças metodológicas efetuadas em 2007, existe um grande esforço
por parte do IBGE no sentido de considerar esta importante fatia da economia brasileira nos cálculos oficiais do
PIB.

O conjunto da produção final de bens e serviços realizada em território nacional, independentemente da


nacionalidade dos agentes econômicos, num determinado período de tempo (normalmente 1 ano).

No Brasil, as estatísticas de volume em reais e variação trimestral são divulgadas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB leva em conta a produção de três grupos principais:

 Agropecuária, formada por Agricultura, Extrativa Vegetal e Pecuária;

 Indústria, que engloba Extrativa Mineral, Transformação, Serviços Industriais de Utilidade Pública e
Construção;

 Serviços, que incluem Comércio, Transporte, Comunicação, Serviços da Administração Pública e outros
serviços.

Esse conceito que acabamos de analisar é o PIB PRODUÇÃO AGREGADA.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

Fórmula para cálculos do PIB Consumo Agregado

Calculado a partir dos dados de consumo, investimentos, compras do governo (gasto público) e exportações
líquidas (exportações menos Importações).

Onde: Podemos equacioná-lo assim:

C = Consumo
I = Investimento
G = Gasto Público PIB = C + I + G + (Exp – Imp)
Exp. = Exportação
Imp. = Importação

PIB Nominal, é a soma dos valores monetários (em reais) dos produtos e serviços
finais. Pode ser medido de duas maneiras: PIB Produção Agregada e PIB Consumo
Agregado.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

ÍNDICES DE INFLAÇÃO

Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Isso é equivalente ao
aumento no nível geral de preços. Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação
chamada de estabilidade de preços.

De um modo geral, a palavra inflação é usada como aumento de preços. Outra distinção também se faz quando
se analisam os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação se traduz mais por uma
desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de
dinheiro e aumento dos preços.

Os dois principais índices de inflação utilizados atualmente no Brasil são o IPCA, que mede a inflação na
ponta da cadeia de consumo (consumidor), e o IGP-M, que é um índice geral de preços, que tem em sua
composição tanto a variação dos preços no atacado, como também na ponta da cadeia de consumo
(consumidor).

A taxa de juros está intimamente ligada à atividade econômica.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

I PC A
Índice de Preços ao Consumidor Amplo é um índice medido e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), calculado desde 1980, semelhante ao INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos,
qualquer que sejam as fontes de rendimentos dessas famílias. A pesquisa é feita em 9 regiões metropolitanas,
(Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, e
também, no Distrito Federal e na cidade de Goiânia.

É o índice oficial utilizado pelo BACEN para análise e cumprimento da Meta Inflacionária estipulado pelo
CMN.

Sua medição é mensal, e o período de coleta de dados para a medição em geral, se dá entre os dias 01 a
30 do mês referenciado.

A NTN (Nota do Tesouro Nacional) Série B é corrigida pelo IPCA.

IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado, medido pela FGV, (Fundação Getúlio Vargas). O IGP-M é pesquisado
entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte.

O índice de março, por exemplo, é medido entre os dias 21 de fevereiro e o dia 20 de março.

A NTN (Nota do Tesouro Nacional) Série C é corrigida pelo IGP-M.

Várias espécies de contratos do nosso dia a dia são atrelados ao IGP-M, um exemplo, são os contratos de
locação de imóveis.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

TAXA DE CÂMBIO - PTAX


Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra moeda.

Pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de unidades de moeda de um país
necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em outras palavras, é o preço de uma
moeda em termos de outra.
→ Parâmetro para operações oficiais no comércio exterior.
→ Sua cotação de venda (compra) é calculada pelo Banco Central, com base na taxa média ponderada
pelos volumes, das operações no mercado interbancário de moeda estrangeira no decorrer de um dia.

PTAX é a taxa média de venda (compra) do dólar comercial ponderada em valor, apurada pelo BACEN ao
final de cada dia e que serve como referencia para os negócios com dólar.
A cotação de venda (compra) da PTAX, divulgada pelo BACEN as 17h30 de cada dia, é calculada com
base no resultado da taxa média, ponderada pelos volumes negociados, das operações no mercado
interbancário de câmbio, com liquidação em D+2, obtida após o expurgo de uma parcela dessas operações
(cujo volume não seja superior a 5% do volume negociado no dia). O expurgo é feito para eliminar possíveis
operações outliers (operações que tenham sido fechadas com taxas muito discrepantes em relação a media do
dia).

A administração da taxa de câmbio como instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre um
país e o conjunto dos demais países, é a POLÍTICA CAMBIAL. Por isso, a taxa de câmbio recebe tanta atenção:
se a moeda interna se desvaloriza frente a outras moedas, favorece-se a exportação e dificulta-se a
importação. Em contrapartida, se o real se valoriza, a importação é favorecida e a exportação dificultada. A
definição de uma boa política cambial, (seja em regime de câmbio fixo ou flutuante), é um dos fatores de atração
de capitais estrangeiros.

Atenção!
Desvalorização da moeda interna = favorecimento às exportações
Valorização da moeda interna = favorecimento às Importações

Exemplo:
Se a cotação do Dólar estiver em R$ 3,00, significa que são necessários 3 unidades de Real
para comprar uma unidade de dólar.
Se taxa de câmbio sobe para R$ 3,20, significa que são necessários mais unidades de real para
comprar a mesma quantidade de dólar, configurando assim a DESVALORIZAÇÃO do Real.
Se a taxa de câmbio cai para R$ 2,80, significa que são necessários menos unidades de real
para comprar a mesma quantidade de dólar, configurando assim a VALORIZAÇÃO do Real.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

TÍTULOS PÚBLICOS
O tesouro nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de captação de recursos para
financiar atividades do governo federal, tais como educação, saúde e infra estrutura. Os títulos são uma opção
de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da união. A emissão dos títulos são
utilizadas para:
→ Antecipação de receita fiscal e financiamento do déficit orçamentário
→ Um dos instrumentos da política monetária. (Open Market)
Os títulos públicos federais são remunerados pela taxa Selic, e são títulos de altíssima liquidez, e o risco
de crédito é considerado zero.

TAXA SELIC
 Selic Meta – É a taxa básica da economia do país, definida pelo Copom, como sendo a
taxa adequada para cumprir a meta da inflação.
 Selic Over é a taxa apurada diariamente pelo BACEN, de acordo com a remuneração
média dos títulos públicos federais, provenientes das operações compromissadas de
um dia. (operações compromissadas são aquelas em que o vendedor assume o
compromisso da recompra desses títulos, para liquidação no dia útil seguinte). É
expressa na forma anual, ano base de 252 dias úteis, sendo a taxa efetivamente
praticada no mercado interfinanceiro. Algumas vezes, pode diferir um pouco da taxa
SELIC determinada pelo Copom em suas reuniões.

COPOM – COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA

Sua composição tem por base a diretoria do BACEN. Com a implementação do regime de “metas para a
inflação”, em 1999, como diretriz de política monetária, as decisões do COPOM passaram a ter como objetivo
cumprir as metas para a inflação, definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Na reunião do COPOM, que hoje acontece a cada 45 dias, é fixada uma taxa de juros que é a meta para a taxa
SELIC, que vigora pelo período compreendido entre uma e outra reunião ordinária do Comitê.
Dependendo do caso, o COPOM pode também definir o viés, que é a prerrogativa dada ao Presidente do
Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta para a taxa SELIC a qualquer momento que julgar
necessário, entre as reuniões ordinárias. Assim, o viés pode ser de alta ou de baixa. Se não for definido viés, ela
é divulgada “sem viés”.
Ao final da reunião, é divulgada a meta da taxa SELIC e também do viés, se houver.

Os objetivos formais do COPOM são:


→ Analisar o Relatório de Inflação;
→ Implementar a política monetária;
→ Definir a meta da taxa SELIC, que é a taxa de juros básica da economia do Brasil, e seu eventual viés,
que é uma prerrogativa para que o Presidente do Banco Central aumente ou diminua a Taxa SELlC, na
direção que o viés indicar, durante o intervalo de tempo até a próxima reunião do Copom.

Veja mais sobre o COPOM em http://www.bcb.gov.br/?COPOMHIST

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

O CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO – CDI


Título privado negociado exclusivamente entre instituições financeiras em transações fechadas por meio
eletrônico, e que tem seus registros nos computadores das instituições e nos terminais da CETIP. Suas
operações, em maioria, são negociadas em um dia. Do resultado médio diário dessas operações, nasce a taxa
CDI-Cetip.

A TAXA CDI - CETIP


O resultado da média diária das taxas de juros praticadas nas operações de repasses de recursos entre as
instituições financeiras, com garantias desses títulos, é a Taxa CDI, ou Taxa DI.
Utilizada como referencia para o custo do dinheiro (juros), é também referencial de avaliação de rentabilidade
das aplicações em Fundos de Investimentos.
Esta taxa é geralmente apresentada ao mês, porém sua capitalização é diária.

TBF - TAXA BÁSICA FINANCEIRA


Obtida através da média diária das taxas de juros praticadas nas operações de CDB – Certificado de Depósito
Bancário e RDB – Recibo de Depósito Bancário, dos 30 maiores bancos. Excluindo as duas maiores e as duas
menores taxas, é obtida a média final.
O Banco Central divulga a TBF no segundo dia útil após a data de referência. De seu cálculo nasce a TR – Taxa
Referencial.

TR – TAXA REFERENCIAL
Taxa básica e referencial dos juros a serem praticados no mês. A caderneta de poupança a utiliza nos cálculos
de seus rendimentos, e também serve como referencial para alguns títulos públicos, empréstimos do SFH –
Sistema Financeiro da Habitação. Para que a TR seja calculada, é necessário que antes se tenha calculado a
TBF.

VOLATILIDADE: FLUTUAÇÃO DE PREÇOS E COTAÇÕES


È o grau médio de variação das cotações de um título ou fundo de investimento, em determinado período de
tempo. Alta volatilidade significa que o valor da cota de um fundo ou preço de um determinado título apresenta
forte variação. Algumas Ações são altamente voláteis, seus preços mudam com grande velocidade ao longo de
um período.
Todos os preços, uns com maior intensidade e outros com intensidade menor, sofrem oscilações. Os
mais voláteis, são os que sofrem oscilação maior, sendo assim os mais arriscados. A volatilidade é um
indicador do nível de oscilação histórica de determinados produtos ou mercados.
Quanto maior for a volatilidade, maior o risco envolvido no investimento, e como conseqüência, maior a
rentabilidade esperada.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

TAXA DE JUROS
São fundamentais para a economia e também para o mercado financeiro, e de fundamental importância para as
decisões de investimento ou de consumo. A taxa de juros é um preço muito relevante, porque é o preço de uma
mercadoria especial: o dinheiro, e está diretamente associado a riscos e a liquidez.

Taxa de juros, descontada a inflação, que manteria o nível de preços constante e a economia a pleno emprego.
Taxas mais baixas causariam inflação e taxas mais altas, deflação.
Teoricamente a taxa de equilíbrio, em outros países, situa-se próximo de 1% a 2 % ao ano.
A relação entre a taxa de juros e o preço é inversamente proporcional. Se a taxa sobe, o preço cai. Se a taxa cai,
o preço sobe.

Em vista de uma elevação futura na taxa de juros, o preço de um título de taxa prefixada cai, enquanto no
cenário de uma diminuição futura na taxa de juros, o preço de um título de taxa pós fixada cai.
Entenda o conceito:
Juros com tendência de alta, valorizam os títulos pós fixados (LFT, por exemplo), e desvaloriza os títulos
prefixados (LTN, por exemplo).
Juros com tendência de queda, valorizam os títulos pré fixados (LTN, por exemplo) e desvaloriza os títulos pós
fixados (LFT, por exemplo).

O CDI E A SELIC OVER SÃO OS PRINCIPAIS BENCHMARK DE RENDA FIXA.

O IBOVESPA E O IBRX SÃO OS PRINCIPAIS BENCHMARK DE RENDA VARIÁVEL.

Classificação dos Fundos Principais Benchmarks Utilizados


Fundos DI, Renda Fixa e Multimercado Taxa DI e Taxa SELIC
Fundos de Renda Fixa com composição de índices de IPCA e IGP-M
preços
Fundos Cambiais Variação Cambial – PTAX
Fundos de Ações Ibovespa e IBRX

Assim, podemos definir o benchmark como um referencial para comparação. Quando falamos de investimentos,
se quisermos uma aplicação cujo rendimento acompanhe as taxas de juros vigentes no mercado, um bom
referencial ou benchmark seria o CDI. Perceba que um investimento que usa o CDI ou a SELIC como
benchmark é adequado para investidores conservadores.

A taxa de câmbio é um bom referencial para investimentos cuja rentabilidade esteja atrelada às variações da
moeda, como os Fundos Cambiais, que são uma opção para o investidor proteger-se do risco cambial, se tiver
alguma dúvida em moeda estrangeira.
Se o objetivo for manter o poder de compra do dinheiro em reais, o investimento ideal é o que tenha como
benchmark o IGP-M, pois este índice registra a evolução dos preços como medida síntese da inflação.
Por fim, se o investimento for em Ações, um referencial possível passa a ser o IBOVESPA.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

O ÍNDICE BOVESPA – IBOVESPA


É o principal indicador do desempenho do mercado de Ações no Brasil, retratando a evolução das principais
Ações negociadas na Bovespa. É formado partindo de uma aplicação imaginária, em reais, em uma quantidade
teórica de Ações (carteira). Sua finalidade básica é servir como indicador médio de comportamento do mercado.
Para isso, as Ações que fazem parte deste índice, representam mais de 80% do número de negócios e também
do volume financeiro negociado no mercado a vista.

Como as Ações que fazem parte dessa carteira tem grande representatividade, podemos dizer que se a maioria
delas estiver em ascensão, o mercado está em alta, de acordo com a medição do Índice Bovespa, e, se
estiverem caindo, está em baixa.

IBRX - ÍNDICE BRASIL

É um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 Ações selecionadas entre
as mais negociadas na BOVESPA, em termos de número de negócios e volume financeiro. Essas Ações são
ponderadas na carteira do índice pelo seu respectivo número de Ações disponíveis à negociação no mercado.

Ações Elegíveis para o Índice


O índice IBrX será composto por 100 papéis escolhidos em uma relação de Ações classificadas em ordem
decrescente por liquidez, de acordo com seu índice de negociabilidade (medido nos últimos doze meses),
observados os demais critérios de inclusão descritos abaixo.
Critérios de Inclusão de Ações no Índice
Integrarão a carteira do IBrX - Índice Brasil as 100 Ações que atenderem cumulativamente aos critérios a seguir:
a) estarem entre as 100 melhores classificadas quanto ao seu índice de negociabilidade, apurados nos
dozemeses anteriores à reavaliação;b) terem sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos
doze meses anteriores à formação da carteira.
Cumpre ressaltar que companhias que estiverem sob regime de recuperação judicial, processo falimentar,
situação especial, ou ainda que estiverem sujeitas a prolongado período de suspensão de negociação, não
integrarão o IBrX.

ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Já há alguns anos iniciou-se uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente
responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos.Tais aplicações, denominadas “investimentos
socialmente responsáveis” (“SRI”), consideram que empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo
prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Essa demanda veio
se fortalecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no
mercado internacional.No Brasil, essa tendência já teve início e há expectativa de que ela cresça e se consolide
rapidamente. Atentas a isso, a BM&FBOVESPA, em conjunto com várias instituições – ABRAPP, ANBIMA,
APIMEC, IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – decidiram unir esforços para criar um
índice de Ações que seja um referencial para os investimentos socialmente responsáveis, o ISE - Índice de
Sustentabilidade Empresarial.

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TAXA DE JUROS NOMINAL E TAXA DE JUROS REAL

→ Taxa real é o rendimento percentual de um investimento, descontando a inflação do


período.
→ Taxa nominal, representa o rendimento percentual de um investimento sem considerar
os efeitos corrosivos da inflação.

Existe uma diferença entre taxa nominal e taxa real.


Abaixo, um exemplo dessa diferença:

Imagine que, um investidor ganhou R$ 1.200.000,00 (valor líquido), na loteria, e resolveu viver, exclusivamente,
deste prêmio.

Gastou uma parte do prêmio adquirindo alguns bens, e aplicou R$ 1.000.000,00 num fundo de investimento.
Este fundo rendeu já descontado o imposto de renda, após um mês, 10%, que é igual ao valor de R$
100.000,00.

Este valor do rendimento foi totalmente retirado pelo investidor, para seus gastos mensais, ficando investido
ainda, o mesmo valor inicial. Neste cenário, o que aconteceria com o investidor, caso o mesmo continue agindo
assim, retirando mensalmente os rendimentos?

Seu poder de compra referente aos recursos aplicados, fatalmente vai ficando menor. O que podia ser comprado
com R$ 1.000.000,00 no mês anterior, já não se compra nesse mês, porque a inflação do período corrói o poder
de compra da moeda.

Em resumo, a taxa de 10%, é uma taxa nominal, que não considera o efeito corrosivo da inflação sobre o
dinheiro.

Se o investidor quiser preservar e manter seu poder de compra, ele deve considerar os efeitos da inflação sobre
o investimento. Para isso, supomos que, no período do investimento, a inflação medida pelo IGP-M tenha sido
de 4%. Para manter seu poder de compra e saber o quanto pode resgatar sem comprometê-lo, o cliente tem que
encontrar a taxa real de juros.

Em a taxa nominal sendo de 10% e a inflação 4%:


Quando houver inflação, a taxa real será menor que a taxa nominal. (10% (1.10) / 4% (1.04) < 6%)

Quando houver deflação, a taxa nominal será menor que a taxa real. (10% (1.10) / -4% (0.96) >14%)

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TAXA DE JUROS EQUIVALENTES X TAXA DE JUROS PROPORCIONAL

Vamos primeiro, a uma breve introdução sobre juros simples e juros compostos.

Juros Simples

Os juros de cada período são calculados sempre em função do capital inicial empregado. No regime de juros
simples, o percentual de juros a ser pago sobre o empréstimo corresponde simplesmente à taxa de juros sobre o
principal (valor financiado). Então, por exemplo, um empréstimo pelo período de 10 meses, com uma taxa de
juros de 5% ao mês, pagará um total de 50% de juros (10 meses x 5%).
Podemos traduzir isso, na seguinte fórmula:
Onde:

FV = Valor Futuro
PV = Valor Presente
I = taxa de juros (na forma decimal, ou seja, dividida por 100)
N = prazo da operação

FV = PV x (1 + I x N)

Ou, de modo mais simples:

Valor a ser pago = principal + juros

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Juros Compostos
Neste caso, os juros são calculados de forma diferente. Aplica-se a taxa sobre o saldo existente no início do
período correspondente. O valor dos juros não pagos incorpora-se ao principal. Tomando-se como exemplo um
empréstimo no valor de R$ 10.000,00, pelo prazo de 3 meses, com juros de 5% ao mês:

N
FV = PV x (1 + I)

FV = 10.000,00 x (1 + 0,05)³

FV = R$ 11.576,25

Pode-se ainda, fazer este cálculo assim:

1º mês
Saldo = R$ 10.000,00 + 5% = 10.500,00

2º mês
Saldo = R$ 10.500,00 + 5% = 11.025,00

3º mês
Saldo = R$ 11.025,00 + 5% = 11.576,25

Ao falar de Juros Simples, falamos de Taxa Proporcional, no sentido de que o valor de juros é proporcional
apenas ao tempo (a proporcionalidade linear é uma característica da capitalização simples). Logo, taxas
proporcionais de:
→ 3% ao mês, para 10 meses correspondem a 30%;
→ 12% ao ano, para 3 meses correspondem a 3%, e assim em diante.

Ao falar de Juros Compostos, falamos de Taxas Equivalentes, ditas assim quando produzem o mesmo
montante no final de determinado tempo, pela aplicação de um capital inicial de mesmo valor. Logo, taxas
equivalentes de:
→ 3% ao mês, para 10 meses, correspondem a 34,39%;
→ 12% ao ano, para 3 meses, correspondem a 2,87%

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CAPITALIZAÇÃO SIMPLES X CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA


Um dos conceitos fundamentais da Matemática Financeira é a diferença entre capitalização simples e composta.
Dentre esses dois regimes, não se pode afirmar que um é mais vantajoso do que o outro. Depende do contexto
em que é utilizado, basicamente, dentre estes 2 fatores:
→ Você é o tomador ou o doador dos recursos?
→ Qual o prazo da operação? E a taxa de juros está expressa em que período?

O tomador, com certeza vai querer pagar menos juros. Quem empresta, certamente vai querer receber mais
juros.

Devemos observar que no regime de Capitalização Simples, as taxas são proporcionais, e no regime de
Capitalização Composta, as taxas são equivalentes.

É importante, para determinar qual regime gera mais juros, o prazo da operação e também o período de
capitalização da taxa. Acompanhe:

Prazo da Operação Tomador Doador Melhor Regime

Menor que a capitalização da taxa Tomador composto


(Taxa ao ano e um prazo inferior a um ano) Doador Simples

Igual ao da capitalização da taxa Tomador ou indiferente, são


(taxa ao ano e um prazo de um ano) Doador iguais

Maior que a capitalização da taxa Tomador Simples


(taxa ao ano e um prazo superior a um ano) Doador composto

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FLUXO DE PAGAMENTOS PROJETADOS

O fluxo de caixa de um investimento, empréstimo ou financiamento é o nome dado ao conjunto de


entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo.

Uma empresa vale a sua capacidade de geração de resultado no futuro.


É a projeção de resultados no futuro.

Somente é possível indicar qual é a melhor opção de investimento após fazer a análise do fluxo de caixa e
transformar cada proposta em seu valor equivalente à vista
Lembre-se de que dois ou mais fluxos de caixa são equivalentes quando existir uma taxa – Taxa Interna de
Retorno (TIR) única, que torne seus valores presentes líquidos iguais.

VF
VP = -------- n
TAXA DE DESCONTO – ANTECIPA A VALOR PRESENTE (1+i)

Também conhecida como Taxa Mínima de Atratividade. É a taxa de rentabilidade mínima que uma operação
deve ter para ser interessante para o investidor. Por essa razão, na sua definição devem ser levados em conta o
risco e o prazo, associados com o fluxo de caixa futuro.

VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL

É a soma das entradas e saídas, descapitalizadas, uma a uma, até o momento zero. Consiste num cálculo
que permite comparar valores diferentes, em prazos diferentes, na mesma base de tempo.
A ser comparado com o investimento inicial projetado.

O valor presente líquido indica o potencial de criação de valor de um investimento. Se o VPL for positivo, maior
que zero, significa que o investimento agregará valor adicional ao investidor, ou seja, VPL positivo
significa que todos os agentes financiadores do projeto ou empreendimento (o próprio investidor e credores)
estão sendo remunerados.

Nos casos em que o VPL for menor que zero, significa que o investimento destruirá valor do investidor. Nesses
casos, o investimento, projeto ou empreendimento não deverá ser aceito.

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TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

É a taxa que torna nulo o Valor Presente Líquido de um fluxo de caixa. A Taxa Interna de Retorno é
também chamada de Taxa Efetiva de Rentabilidade – IRR (Internal Rate of Return).

A TIR faz com que o VPL de um projeto seja igual a zero. Isso significa que projetos com taxa de desconto (Td),
também chamada de taxa mínima de atratividade, superior à TIR, devem ser rejeitados. Por outro lado, os
projetos com taxa de desconto inferiores à TIR devem ser aceitos.

Após determinar a TIR do projeto, devemos compará-la com sua TMA – Taxa Média de Atratividade. O projeto
será considerado rentável e, portanto, atraente do ponto de vista econômico se sua TIR for, no mínimo, igual à
TMA, ou seja, a TIR deve ser maior ou igual à TMA.

CUSTO DE OPORTUNIDADE

É a taxa de juros que o investidor ganharia se aplicasse o dinheiro no considerado melhor investimento
alternativo, com riscos e prazos similares.

O custo de oportunidade pode ser interpretado como o custo da renúncia a um investimento líquido e certo.

TAXA LIVRE DE RISCO. CONCEITO

É a taxa aplicada sobre os títulos chamados soberanos, ou de governos, desde que o título seja
resgatado apenas no vencimento.

O Governo (Tesouro Nacional) toma dinheiro emprestado emitindo títulos que ficam em poder dos investidores.
Esses títulos são considerados pelo mercado financeiro como ativos livres de risco,
pois seu resgate é assegurado pelas receitas provenientes de arrecadação de impostos.

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CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL: WACC

É a média ponderada do montante do capital próprio e do capital de terceiros por suas respectivas taxas
de captação.

A média do WACC (Weighted Average Cost of Capital) = Custo Médio Ponderado de Capital é calculada pela
seguinte fórmula:

Onde, como exemplo:


Cp – Capital próprio
Ct – Capital de terceiros
Tp – Taxa do custo do capital próprio
Tt – Taxa do custo do capital de terceiros

Exemplo:

60% do CDI a 10% a.a.


40% do CDC a 30% a.a

60% de 10% = 6%
40% de 30% = 12%
Custo Médio: 18% a.a.
Na fórmula são desconsiderados os aspectos tributários.

A ALAVANCAGEM (LEVERAGE) FINANCEIRA É O GRAU DE UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE


TERCEIROS.

A alavancagem indica em que medida uma empresa utiliza capital de terceiros. Dado que uma empresa
com dívidas (recursos de terceiros) precisa fazer pagamentos de juros, independentemente de seu
faturamento, a alavancagem financeira diz respeito aos custos fixos de financiamento de uma empresa.

Podemos dizer que:


uma empresa está alavancada, se na sua estrutura de capital, prepondera à participação de capitais de
terceiros, tendo como referência os parâmetros do setor onde atua;
um investidor está alavancado, quando tomou emprestados elevados valores para investir no mercado ou, ainda,
quando possui muitos contratos em aberto no mercado de derivativos — futuro, opções ou swap.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA


A Estatística é um método científico que permite aos seus usuários a tomada de melhores decisões frente a
condições de incertezas.

Por várias razões, as técnicas estatísticas apresentaram grande avanço nos últimos anos.
A grande quantidade de informações à disposição da sociedade;
a necessidade de resultados cada vez mais precisos para auxiliar as análises dos mais variados temas;
a utilização de fatos e dados em basicamente todas as ciências; o avanço tecnológico com o desenvolvimento
de métodos e de sofisticados programas de cálculo;
a necessidade de minimizar as possibilidades de erro nas decisões;
a exigência de mensurar os riscos dos investimentos e as probabilidades de retorno dos ativos são exemplos de
situações que forçaram o avanço das técnicas estatísticas.

RETORNO HISTÓRICO
É a série histórica dos retornos de um investimento, que se constitui em base de dados essencial para
avaliação do retorno futuro esperado do negócio em estudo.

O retorno histórico muitas vezes constitui-se em benchmark — referência de performance — para efeitos
comparativos de investimentos.
Lembre-se de que retornos passados não são garantia de retornos equivalentes futuros.

RETORNO ESPERADO
“O retorno esperado está vinculado aos fluxos incertos de caixa do investimento, sendo determinado pela
ponderação entre os valores financeiros esperados e suas respectivas probabilidades de ocorrência”. (Assaf,
2003, p. 288).

O retorno esperado é permeado por uma componente fundamental que é a incerteza da ocorrência do
resultado esperado. Ela é uma variável importante e deve ser considerada na mensuração e análise do
risco das operações.

Vimos que cada vez mais os agentes que investem no mercado desejam informações em relação ao risco das
operações e garantias quanto aos retornos esperados.
Por esse motivo, é importante proceder à mensuração do risco — ocorrência ou não do resultado esperado —
que é obtida, geralmente, por meio de critérios probabilísticos. Nessa mensuração são atribuídas probabilidades
objetivas e subjetivas aos possíveis resultados do investimento

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→ De um ativo
Vamos analisar dois títulos, A e B, com retorno e probabilidades distintas para os possíveis resultados dos
investimentos.

Os retornos esperados de cada título são o resultado da ponderação do


retorno pela probabilidade.

E (RA) = (0,07x0, 10) + (0,12x0, 30) + (0,15x0, 40) + (0,20x0, 20) = 0, 143 ou 14,3%
E (RB) = (-0,05x0, 20) + (0,0x0, 30) + (0,10x0, 40) + (0,30x0, 10)
E (RB) = 0,06 ou 6%
Onde,
E (RA) – Retorno esperado com o título A
E (RB) – Retorno esperado com o título B

Concluindo a nossa análise:


O gráfico demonstra que a dispersão do ativo B é superior à do ativo A, indicando maior risco. O ativo A deverá
ser o preferido porque apresenta um maior retorno esperado com menor risco. A escolha deverá sempre recair
sobre a alternativa que apresentar a melhor relação retorno/risco.

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→ De uma carteira
No caso de portfólios, o retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é calculado pela média
ponderada do retorno de cada ativo, em relação a sua participação no total da carteira.
O retorno esperado ponderado da carteira é obtido da seguinte forma:
E (Rp) = Rp = [W x Rx] + [(1 – W) x Ry]
Onde,
E (Rp) =Rp – Retorno esperado ponderado da carteira
W – Percentual da carteira aplicado na ação X
(1 – W) – Percentual da carteira aplicado na ação Y
Rx – Retorno esperado das Ações X
Ry – Retorno esperado da Ações Y

Cálculo do retorno esperado da carteira:


E (Rp) = R = (0,40 x 0,20) + [(1 – 0,40) x 0,40]
E (Rp) = R = 0,08 + 0,24
E (Rp) = R = 0,32 (32%)

Conclusão
Se a carteira fosse composta apenas pelo ativo X, o retorno da carteira se confundiria com o retorno do título, ou
seja, 20%.
Como a carteira é composta por 40% em X e 60% em Y, o retorno esperado é de 32%, que é o resultado da
ponderação entre os retornos esperados dos ativos por sua participação na carteira.
Da mesma forma, se a carteira fosse composta apenas pelo título Y o retorno esperado seria o mesmo retorno
esperado para o título Y, ou seja, 40%.

Na análise do retorno de uma carteira devemos verificar, simultaneamente, o risco proporcionado pela
composição de ativos, sendo que a melhor alternativa é aquela que proporciona a melhor relação retorno/risco,
considerando o perfil de risco proposto.

o objetivo básico do estudo de carteiras de ativos, de acordo com a teoria do portfólio, é selecionar a carteira
definida como ótima com base no critério de investimento proposto, ou seja:
 selecionar a carteira que oferece o maior retorno possível para um determinado grau de risco; ou, dito de
forma idêntica;
 selecionar a carteira que produza o menor risco possível para um determinado nível de retorno esperado

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MEDIDAS DE POSIÇÃO: MÉDIA, MEDIANA, MODA

Identificam o valor central de um conjunto para tipificar ou representar melhor esse conjunto. São medidas de
posição:

Medida de tendência central mais utilizada. Pode ser


Média Média Aritmética, Média ponderada, Média Geométrica e
Média Harmônica
Estabelece o valor que divide um conjunto de dados pela
Mediana metade. É o valor do elemento do meio se N for ímpar ou
a média dos dois valores do meio se N for par.
Não exige cálculo, uma vez que é definida simplesmente
Moda como o valor que ocorre com maior freqüência e mais de
uma vez.

Visam identificar as características de concentração dos elementos de uma amostra.


Os dados agrupados se concentram em torno da posição central da distribuição dos dados, por isso muitas
vezes são denominados de tendência central.

MÉDIA
É a medida de tendência central utilizada com maior freqüência.

Existem vários tipos de médias, dentre elas a média aritmética simples, a média aritmética ponderada, a média
harmônica e a média geométrica.

 Média aritmética simples – é calculada pela divisão entre a soma do conjunto de valores e o número de
valores contidos nesse conjunto.
 Média aritmética ponderada – é utilizada quando se atribuem diferentes pesos a cada elemento do
conjunto de informações.
 Média harmônica – é obtida por meio do inverso da média aritmética dos inversos dos valores
considerados.
 Média geométrica – representa a raiz quadrada elevada a “n” do produto de “n” valores.

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MEDIANA

Expressa o valor que divide um conjunto de valores pela metade, ou seja, exatamente em duas partes
iguais. Requer ordenação dos valores em ordem crescente.

Se escolhermos 5 pessoas com as idades de 10, 25, 32, 43 e 60 anos, ao calcularmos a mediana das idades do
grupo teremos:

Imagine que uma pessoa com 47 anos de idade seja incorporada ao grupo:

MOD A

Representa o valor encontrado com maior freqüência num conjunto de observações. Determina sobre
qual valor encontra-se uma maior concentração de freqüência.

Quando se afirma que o índice de endividamento modal das 10 maiores empresas de determinada região do
país é de 46%, significa que este é o nível de endividamento apresentado pelo maior número de empresas
consideradas na amostra.
Modal = Para dados agrupados costuma-se citar classe modal ao invés de uma única moda.

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MEDIDAS DE DISPERSÃO

Descrevem se os dados do conjunto estão próximos ou distantes um do outro. A média é o ponto de referencia
para medir a dispersão. São medidas de dispersão:

Mede a dispersão absoluta, ou variabilidade de uma


distribuição, em termos das unidades originais.
Desvio Padrão Aproximadamente 2/3 das observações estarão incluídas
no intervalo delimitado por um desvio padrão, de cada
lado da média.
Mede a variação ou dispersão das observações em torno
Variância
da sua média.

Mostram o grau de dispersão das observações em torno de sua média.

As medidas de dispersão são de grande auxílio na obtenção de uma forma de medir o grau de distribuição ou de
concentração de um determinado dado em uma amplitude.

Na análise estatística de dados, a dispersão é usada para indicar o grau de afastamento de uma determinada
observação, a partir da média das observações.

VARIÂNCIA

Consiste na média dos desvios quadrados de um dado da série, em relação à média da série. As
observações são elevadas ao quadrado para evitar o sinal negativo de alguns desvios. Quanto maior a
variância, maior será a dispersão.

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DESVIO PADRÃO = RAIZ QUADRADA DA VARIÂNCIA

É a medida que permite visualizar a quantidade mínima e a quantidade máxima alcançadas por um valor,
na dispersão das observações, em relação à média constituindo um intervalo em torno da média, onde
se situam aproximadamente 2/3 das observações.
É uma medida de risco relativo.

Se o desvio padrão é pequeno, significa que as observações estão concentradas em torno da média. Se o
desvio padrão é grande, significa que as observações estão dispersas (mais distantes) da média.
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância, sendo representado pela letra grega sigma – .

Retornando ao exemplo das 5 pessoas com as idades:


10, 25, 32, 43 e 60 anos.

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CORRELAÇÃO

É a medida que mensura o grau de relacionamento entre duas ou mais variáveis.

Essa medida fornece informações importantes, pois sua fórmula inclui os resultados de média, variância, desvio
padrão e covariância.
Indica a maneira como duas ou mais variáveis se movem em conjunto.
A quantificação desse relacionamento entre as variáveis é obtida por cálculos estatísticos que resultam no
coeficiente de correlação, que pode variar de + 1 a - 1.
O coeficiente ou índice de correlação é calculado com base na covariância e desvio padrão.

Correlação Negativa – movimento das variáveis em direções opostas. Quanto mais próxima de (-1) esta
relação é mais sólida.
Correlação Positiva – movimento das variáveis na mesma direção. Quanto mais próximo de (+1) esta relação
é mais sólida.

COVARIÂNCIA

É a medida que mostra a tendência entre as variáveis x e y.


COVXY >0 As variáveis se movem na mesma direção (mesma tendência).
Exemplo: se a temperatura (x) aumenta o índice pluviométrico (y) tende a aumentar;
se a taxa de juros (x) sobe a inadimplência (y) tende a aumentar.
COVXY =0 Não existe relação alguma entre as variáveis.
Exemplo: a temperatura (x) e a taxa de juros(y);
a temperatura (x) e o índice de analfabetismo (y).
COVXY <0 As variáveis se movem em direções opostas (tendência oposta).
Exemplo: se a temperatura (x) aumenta, as vendas de roupas de lã tendem a cair;
se a taxa de juros (x) sobe, o nível de consumo (y) tende a cair.

Suponha que um investidor deseje comprar Ações de uma determinada empresa do ramo de siderurgia. É
recomendável que ele conheça a correlação entre o grau de endividamento da empresa e o grau de
crescimento das empresas do setor. Essa informação irá ajudá-lo na decisão de compra.

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DISTRIBUIÇÃO NORMAL: RELAÇÕES ENTRE A MÉDIA E DESVIO-PADRÃO (1 E 2 DESVIOS-


PADRÃO) E A PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE EVENTOS

Uma distribuição de dados dita como normal conta com algumas importantes propriedades:
Seus dados possuem uma classe média predominante e as outras classes se distribuem a volta desta de forma
aproximadamente simétrica, e com freqüência a decrescer a medida que se afastam da classe média.
Organizados em uma distribuição de freqüência, sua média é igual a zero e sua variância é igual a 1.
Aproximadamente 68% de seus elementos estão no intervalo de seu desvio padrão e ao calcularmos dois
desvios padrões cobriremos aproximadamente 95% de seus elementos.

INTERVALO DE CONFIANÇA

É a medida estatística que nos permite inferir sobre a probabilidade de um evento ocorrer dentro dos
limites estabelecidos e com um grau de confiança pelo menos igual ou superior a 95%.

Da Normal Padrão, sabemos que o intervalo é formado por:


1 x contém 68,26% das observações;
2 x contém 95,46% das observações;
3 x contém 99,80% das observações.

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VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?

1) O conjunto de dados 1, 3, 5, 7, 9, a media e a mediana são respectivamente


a) 3 e 7
b) 5 e 5
c) 7 e 3
d) 1 e 9

2) A relação entre a variância e o desvio padrão é que


a) A variância é a raiz quadrada do desvio padrão
b) O desvio padrão é a raiz quadrada da variância
c) A variância é a raiz cúbica do desvio padrão
d) O desvio padrão é a raiz cúbica da variância

3) Em uma distribuição normal, espera-se estatisticamente que um desvio padrão e dois desvios padrão
englobem respectivamente
a) 95,5% e 68,3% da distribuição total
b) 68,3% e 95,5% da distribuição total
c) 95,5% e 99,7% da distribuição total
d) 99,7% e 95,5% da distribuição total

4) Um investidor possui uma sala comercial que pode ser alugada por R$ 800,00 por mês. O investidor
proprietário, que é consultor, decide montar seu escritório nessa sala comercial de sua propriedade, sem
investimentos, e obtém de seu escritório um lucro de R$ 7.000,00 ao mês. O custo de oportunidade
desse investimento corresponde a:
a) R$ 7.000,00
b) R$ 7.800,00
c) R$ 800,00
d) R$ 6.200,00

5) O retorno de uma carteira é medido como


a) Desvio padrão dos retornos de cada ativo da carteira
b) Mediana dos retornos de cada ativo da carteira
c) Moda dos retornos de cada ativo da carteira
d) Media ponderada dos retornos de cada ativo da carteira

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

6) O Índice De Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE serve de referência para fixar a
meta de:
a) Referencial
b) De redesconto bancário
c) De inflação
d) CDI-CETIP

7) O Índice Geral de Preços (IGP-M) calculado pela FGV é composto da seguinte forma:
a) 40% de IPA, 20% de IPC e 40% de INCC
b) 40% de IPA, 40% de IPC e 20% de INCC
c) 60% de IPA, 10% de IPC e 30% de INCC
d) 60% de IPA, 30% de IPC e 10% de INCC

8) Os três principais instrumentos de política monetária são


a) As operações de mercado aberto (open market), a taxa de redesconto e a taxa de câmbio
b) As operações de mercado aberto (open market), a taxa de redesconto e os depósitos compulsórios
c) Os impostos, as operações de mercado aberto (open market) e a taxa de câmbio
d) Os impostos, a taxa de redesconto e os depósitos compulsórios

9) Uma política fiscal expansionista tem como consequencias:


a) Diminuir o déficit público e estimular o crescimento econômico
b) Diminuir o déficit público e desestimular o crescimento econômico
c) Aumentar o déficit público e desestimular o crescimento econômico
d) Aumentar o déficit público e estimular o crescimento econômico

10) Um determinado pais esta em recessão e o banco central decide estimular a economia via política
monetária. Pode-se
a) Comprar títulos no mercado aberto
b) Vender títulos no mercado aberto
c) Aumentar o compulsório
d) Aumentar a taxa de redesconto

11) A taxa de desconto é utilizada para calcular


a) Valor presente
b) Tempo de payback
c) Taxa interna de retorno
d) Taxa interna de retorno modificada

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

12) Determinado país sofreu deflação no ano passado. Baseados nessa informação podemos afirmar que
nesse país, ano passado, os juros nominais foram:
a) Maiores que os juros reais
b) Menores que os juros reais
c) Iguais aos juros reais
d) Negativos

13) O cupom de um título de renda fixa é calculado utilizando-se


a) Prazo de vencimento do título
b) Taxa de juros paga pelo título
c) Risco de crédito do título
d) Valor em risco do título

14) A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que torna o valor presente líquido (VPL)
a) Positivo
b) Negativo
c) Nulo
d) Não há relação entre a TIR e o VPL

15) A alavancagem financeira tem como efeitos


a) Aumenta o retorno e aumentar o risco da empresa
b) Aumentar o retorno e diminuir o risco da empresa
c) Diminuir o retorno e aumentar o risco da empresa
d) Diminuir o retorno e diminuir o risco da empresa

16) Movimento das variáveis em direções opostas. Quanto mais próxima de (-1), esta relação é mais sólida.
Essa definição corresponde a:
a) Correlação Negativa
b) Correlação Positiva
c) Correlação Mediana
d) Correlação Correlata

17) A Taxa Interna de Retorno (TIR), é:


a) A média ponderada do montante do capital próprio e do capital de terceiros por suas respectivas
taxas de captação.
b) A taxa de juros que o investidor ganharia se aplicasse o dinheiro no considerado melhor investimento
alternativo, com riscos e prazos similares
c) O que indica a medida que uma empresa utiliza de capital de terceiros.
d) A taxa que torna nulo o Valor Presente Líquido de um fluxo de caixa.

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

18) A soma das entradas e saídas, descapitalizadas, uma a uma, até o momento zero. Cálculo que permite
comparar valores diferentes, em prazos diferentes, na mesma base de tempo. Essa é a definição de:
a) Taxa de Desconto
b) Fluxo de Pagamentos
c) Valor Presente Líquido
d) Capitalização Composta

19) Principal indicador do desempenho do mercado de ações no Brasil. Retrata a evolução das principais
ações negociadas na Bovespa.
a) IBRX
b) PTAX
c) ISE
d) IBOVESPA

20) A taxa de juros que o investidor ganharia se aplicasse o dinheiro no considerado melhor investimento
alternativo, com riscos e prazos similares. Com essa definição, indicamos:
a) Taxa Livre de Risco
b) Custo Médio Ponderado de Capital
c) Taxa Média de Atratividade
d) Custo de Oportunidade

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MÓDULO II – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

Módulo III
Fundos de Investimentos
(16% a 25%)

Iniciamos agora, a segunda etapa de nosso preparatório.


Este módulo é composto exclusivamente de Fundos de Investimentos, e é o módulo com
maior peso na prova de certificação. Abordaremos todas as classes de Fundos de
Investimentos, tipos e formas.

Faz parte do conteúdo programático deste módulo:

→ Instrução CVM nº 409 e 456 Dispõe sobre a constituição, a administração, o


funcionamento e a divulgação de informações dos Fundos de Investimentos.
→ Instrução CVM nº 400 que dispõe sobre ofertas públicas de distribuição de
valores mobiliários nos mercados primário e secundário

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS

Fundo de Investimento – FI

É uma espécie de condomínio de investidores, uma comunhão de recursos, que funciona da seguinte maneira:
o dinheiro é entregue a um profissional que irá administrá-lo. Cabe a ele encontrar os investimentos disponíveis
no mercado (Ações, títulos, entre outros), que são chamados de ativos, que podem oferecer a melhor
rentabilidade ao recurso que irá aplicar, observadas as disposições gerais e especificas da constituição da
carteira e de acordo com a classe do fundo.

O segredo dos Fundos de Investimentos é a idéia do condomínio – a aplicação em conjunto – ou seja, embora
os aplicadores tenham o direito de resgatar suas cotas a qualquer momento, nem todos o fazem ao mesmo
tempo, isto é, sempre fica uma grande soma disponível, que pode ser aplicada em títulos mais rentáveis.

As instituições financeiras estruturam seus fundos de acordo com algumas variáveis determinadas pela CVM
como, por exemplo, os limites de composição da carteira de cada tipo de fundo que, por sua vez, vão determinar
o perfil de liquidez do mesmo.

Entretanto, vai ser a variável da escolha da composição risco/rentabilidade (retorno) desejada pelo gestor do
fundo que vai criar a “personalidade” de cada fundo e atrair cada perfil de investidor.

Para medir a volatilidade de um fundo, considera-se a variação diária do valor da cota em determinado período
de dias úteis. Compara-se a variação sucessiva a cada dia nas cotas, e utilizando-se um algoritmo matemático,
chega-se a um índice da volatilidade que determina o grau de risco para o investidor.

Fundo de Investimento em Cotas – FIC

São os Fundos de Investimentos que investem adquirindo cotas de outros Fundos de Investimentos já
existentes, ao invés de comprarem ativos para a composição de sua carteira. Devem possuir, no mínimo 95% do
seu patrimônio líquido em cotas de Fundos de Investimentos – FI de mesma classe.

São aqueles cujos recursos são destinados à aquisição de cotas de um fundo de investimento – FI.
Deverá manter no mínimo 95% de seu patrimônio, investidos em cotas de fundo de investimentos da
mesma classe, exceto os FIC´s classificados como “Multimercado”, que podem investir em cotas de
fundos de classes distintas.

Os demais 5% do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em depósitos a vista ou aplicados em Títulos
Públicos Federais, Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira e/ou operações compromissadas,
de acordo com a regulação especifica do Conselho Monetário Nacional – CMN. Deverá ainda, constar da
denominação do fundo a expressão “Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimentos”, acrescida
da classe dos fundos investidos de acordo com a regulação específica. Os percentuais referidos deverão ser
cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia imediatamente anterior.
Ampliar as possibilidades de investimento ao investidor é um dos maiores diferenciais dos FIC´s.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

ATIVOS FINANCEIROS E ELEGÍVEIS E COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO

São os termos específicos estabelecidos no regulamento de cada fundo dentro dos limites das Instruções, seja
ele um fundo de investimento ou um fundo de investimento em cotas de Fundos de Investimentos, com as
restrições de diversificação de sua classe, que determinam como os recursos financeiros de seu patrimônio
líquido estarão aplicados, em títulos e valores mobiliários, em ativos financeiros e em modalidades operacionais
disponíveis no mercado financeiro e de capitais, sendo que:

→ O fundo não pode exceder em 10% do seu patrimônio liquido o valor total aplicado em títulos de emissão
ou com coobrigação de uma mesma pessoa jurídica, de seu controlador, de sociedades por ele direta ou
indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum, bem como de um
mesmo estado, município, ou pessoa física. Esse limite sobe para 20% quando se tratar de títulos de
emissão ou com coobrigação de uma mesma instituição financeira, de seu controlador, de sociedades
por ele direta ou indiretamente controladas e de suas coligadas sob controle comum. Não há restrição de
limite para o valor total aplicado em títulos públicos federais e em operações compromissadas nele
lastreadas (todas as determinAções desse item não se aplicam a classe de fundo de Ações). Tais limites
devem ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia útil imediatamente
anterior;

→ O regulamento do fundo é soberano para dispor sobre o percentual máximo de aplicação em cotas de
Fundos de Investimentos administrados por seu administrador, gestor ou empresa que a eles esteja
ligada;

→ O fundo não pode adquirir cotas do fundo que nele tiver investido.

São considerados ativos financeiros:

a) Títulos da dívida pública; Contratos de derivativos


b) Ações, debêntures, bônus de subscrição, seus cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de
desdobramento, certificados de depósitos de valores mobiliários, cédulas de debêntures, cotas de
Fundos de Investimentos, notas promissórias
c) Títulos ou contratos de investimento coletivo, registrados na CVM e ofertados publicamente.
d) Certificados ou recibos de deposito emitidos no exterior com lastro em valores mobiliários de emissão de
companhia aberta brasileira
e) O ouro, ativo financeiro, desde que negociado em padrão internacionalmente aceito
f) Quaisquer títulos, contratos e modalidades operacionais de obrigação ou co-obrigação de instituição
financeira
g) Warrants, contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias ou serviços, para entrega ou
prestação futura, títulos, contratos e modalidades operacionais desde que expressamente previstos no
regulamento.

Ativos cuja liquidação possa ser feita por meio da entrega de produtos, mercadorias ou serviços, deverão:
1- Ser negociados em bolsa de mercadorias e futuros que garantam sua liquidação
2- Ser objeto de contrato que assegure ao fundo o direito de sua alienação antes do vencimento, com
garantia de instituição financeira ou de seguradora.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

PROPRIEDADE DOS ATIVOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS


Os recursos que ingressam num fundo de investimentos são provenientes de vários investidores. Agrupados,
estes recursos são aplicados no mercado financeiro, compondo a carteira do fundo. A escolha dos ativos que
comporão a carteira do fundo é feita por profissionais de instituições financeiras, as quais estão prestando um
serviço para o cotista (ou condômino) do fundo. Assim, os ativos que compõem a carteira de um fundo de
investimentos não são propriedade da instituição financeira, e sim de todos os cotistas organizados em
condomínio. A única exceção é o fundo de Investimento Imobiliário.

SEGREGAÇÃO ENTRE GESTÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS


(CHINESE WALL) – MURALHA DA CHINA

Sua principal função é evitar o conflito de interesses entre a administradora e os clientes.


As empresas que fazem essa função, são conhecidas como Asset´s.

Os Fundos de Investimentos são geralmente administrados por instituições financeiras que tem outras funções
no mercado financeiro. Para evitar conflitos entre interesses do administrador e dos clientes que tem seus
recursos por ele administrados, teria que haver uma barreira instransponível separando os recursos próprios do
banco e os recursos dos clientes (terceiros). A essa barreira o mercado deu o nome de Chinese Wall, que, para
o mercado financeiro, visa proteger os recursos que estão nos Fundos de Investimentos e, portanto, pertencem
aos clientes, quanto ao uso de informações não publicas, evitando seu uso ilegal.

A segregação dessas atividades pode ser promovida mediante a contratação de empresa especializada na
prestação de serviços de gestão de recursos de terceiros ou, por meio da designação de membro da diretoria, ou
se for o caso, sócio gerente, tecnicamente qualificado, para responder, civil, criminal e administrativamente, pela
gestão e supervisão dos recursos de terceiros, bem como pela prestação de informações a eles relativas.

O gerenciamento do dinheiro da instituição financeira não pode ficar sob a mesma tutela do gerenciamento do
dinheiro dos Fundos de Investimentos. Por isso, existem as Asset´s, para evitar o conflito de interesses.

Os Fundos de Investimentos não contam com a cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Créditos. O FGC só
protege contra problemas verificados em instituições financeiras, e não em Fundos de Investimentos.

O fundo deve ter escrituração contábil destacada da relativa à instituição


administradora e CNPJ próprio. As demonstrações financeiras anuais do fundo devem
ser auditadas por auditor independente registrado na CVM.

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77
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

CONDOMÍNIO
Significa que cada investidor detém uma parte do valor que está aplicado. Se for composto por vários
“condôminos” (a qualidade de condômino num fundo de investimentos caracteriza-se pela abertura de conta de
depósito em seu nome. Nessa conta, serão mantidas as cotas de cada investidor), os fundos tem um poder
maior de negociação do que investidores isoladamente, e, ao aplicar num fundo de investimento, o cliente terá
seu dinheiro administrado por profissionais especializados na análise das alternativas de investimento, que
buscam a melhor relação risco/retorno para o investimento.

No caso do investimento se tratar de um condomínio, a rentabilidade gerada será atribuída a cada investidor, na
mesma proporção de sua participação no fundo. Será adotado o mesmo procedimento com relação às despesas
geradas pelo fundo.

COTA
As cotas do fundo, que conferem iguais direitos e obrigações aos seus cotistas, correspondem a frAções
ideais de seu patrimônio, e são escriturais e nominativas.

O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio liquido pelo número de cotas do
fundo, apurados, ambos, no momento de fechamento dos mercados em que o fundo atue.
Para os fundos de curto prazo, referenciados, de renda fixa, de Ações e cambial, o valor da cota do dia poderá
ser calculado a partir do patrimônio liquido do dia anterior, devidamente atualizado. Nesse caso o regulamento
do fundo deverá definir se os ajustes decorrentes das movimentações do dia (aplicações e resgates) serão
debitados aos investidores que aplicarem no dia, aos que resgatarem no dia, ou ao patrimônio do fundo.

Num fundo aberto, a cota não pode ser objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, execução
de garantia, ou sucessão universal.
Por outro lado, a cota de um fundo fechado pode ser transferida, mediante termo de cessão e transferência
desde que assinado pelo cedente e pelo cessionário ou, então através de bolsa de valores ou entidade de
balcão organizado em que as cotas do fundo tenham sido admitidas à negociação.

Se o patrimônio liquido do fundo ficar negativo, o prejuízo é assumido pelos cotistas, mas o
administrador e o gestor, se houver, serão responsabilizados perante os cotistas, caso tal fato ocorra pela
inobservância da política de investimentos ou dos limites de concentração previstos em regulamento. Na
emissão de cotas, deve-se utilizar valor da cota do dia ou do dia seguinte ao da efetiva disponibilidade, pelo
administrador ou intermediário, conforme previsto em regulamento.

A cota de um fundo de investimento é um valor mobiliário, e por este motivo, todos os Fundos de
Investimentos são regulados e fiscalizados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

COTA DE ABERTURA E FECHAMENTO

Cota de Abertura
Reflete os preços de mercado do dia anterior e é, na verdade, a cota de fechamento do dia anterior. Quando o
fundo utiliza cota de abertura, o investidor sabe, no momento da aplicação, o valor da cota que será utilizada
para converter seu capital bem como a quantidade de cotas que adquiriu. Portanto, o regulamento do fundo
poderá estabelecer que o valor da cota do dia será calculado a partir do patrimônio liquido do dia anterior,
devidamente atualizado por um dia, quando se tratar dos Fundos de Investimentos classificados como Curto
Prazo, Renda Fixa, Referenciado, Exclusivos e Previdenciários.

Cota de Fechamento
Calculada com base nos preços de mercado do dia, sendo apurada ao final do dia. Quando um fundo utiliza cota
de fechamento, o investidor não sabe no momento da compra, a quantidade de cotas que adquiriu. Geralmente é
utilizada em fundos em que os papéis que compõem sua carteira tem alta volatilidade.
Fundos de Investimentos classificados como Ações e Cambiais são exemplos de fundos que utilizam cota de
fechamento.

INFORMAÇÕES GERAIS

Assembléia Geral de Cotistas

Por se tratar de um “condomínio”, as decisões são tomadas sempre em assembléia.


A assembléia geral de cotistas do fundo, cuja convocação deve ser feita por correspondência encaminhada a
cada cotista com, no mínimo, dez dias de antecedência da sua realização, e que se instalará com a presença de
qualquer número de cotistas. Tem a competência privativa de deliberar sobre:

→ As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador


→ A substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo
→ A fusão, incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo
→ O aumento da taxa de administração
→ A alteração da política de investimento do fundo
→ A emissão de novas cotas, caso não esteja prevista no regulamento
→ A alteração do regulamento

As deliberações da assembléia geral são tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota o direito a um voto.

Entretanto, o regulamento poderá dispor sobre a possibilidade de as deliberações da assembléia serem


adotadas mediante processo de consulta formal, sem necessidade de reunião dos cotistas. Além disso, o
regulamento também poderá estabelecer quorum qualificado para as deliberações, inclusive as de sua
competência privativa.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Somente podem votar na assembléia geral os cotistas do fundo inscritos no registro de cotistas na data da
convocação da assembléia, seus representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de
um ano. Os cotistas também podem votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida
pelo administrador antes do inicio da assembléia, observando o disposto no regulamento do fundo.
Estão proibidos de votar nas assembléias gerais do fundo, a não ser que sejam os seus únicos cotistas ou na
hipótese de aquiescência expressa da maioria dos demais cotistas, manifestada de acordo com as instruções:

→ O seu administrador e o seu gestor


→ Os sócios, diretores e funcionários do administrador ou do gestor
→ As empresas ligadas ao administrador ou ao gestor, seus sócios, diretores, funcionários
→ Os prestadores de serviços do fundo, seus sócios, diretores e funcionários.

O resumo das decisões da assembléia geral deverá ser enviado a cada cotista no prazo de até 30 (trinta) dias
após a data de realização da assembléia, podendo ser utilizado para tal finalidade, o extrato de conta que for
enviado após a comunicação.
No caso da assembléia geral ser realizada nos últimos 10 (dez) dias do mês, a comunicação poderá ser
efetuada no extrato de conta relativo ao mês seguinte ao da realização da assembléia.

Direitos dos Condôminos


→ Ter acesso gratuitamente ao regulamento do fundo;
→ Ser informado a respeito do periódico (ex. revista de grande circulação), utilizado para prestação de
informações do fundo, bem como da taxa de administração praticada pelo administrador;
→ Ser informado, ampla e imediatamente, sobre qualquer ato ou fato relevante, de modo a ter
garantido o acesso as informações que possam, direta ou indiretamente, influir em suas decisões
quando da permanência no fundo
→ Acesso as demonstrações financeiras do fundo
→ Receber mensalmente demonstrativo de que conste o número de cotas de sua propriedade e seu
respectivo valor, bem como a rentabilidade do fundo no período
→ Ser informado, com a devida antecedência, a respeito da realização de Assembléias Gerais com dia,
hora, local de realização e assuntos a serem abordados;
→ Convocar Assembléia Geral, desde que possua, no mínimo, 5% do total de cotas emitidas pelo
fundo;
→ Votar nas Assembléias Gerais na proporção de um voto por cota possuída;

Obrigações dos Condôminos


→ Manter atualizados os seus dados cadastrais;
→ Analisar os diversos fundos disponíveis e sua compatibilidade com seus objetivos pessoais e
financeiros;
→ Ler regulamento e prospecto do fundo, pois ao investir o cliente está implicitamente concordando
com as regras do fundo, sua política e objetivo de investimento;
→ Acompanhar por meio do material disponibilizado pelo administrador, a performance do fundo;
→ Comparecer as Assembléias Gerais de Cotistas.

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80
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Informações Relevantes (Disclaimers)

Ao investir em fundos, o cliente deve ter acesso a uma série de informações que são disponibilizadas por meio
dos regulamentos e dos prospectos dos fundos.

Não só informações técnicas devem ser abordadas, mas também, devem chamar a atenção do cotistas para
alguns fatos corriqueiros e importantes a respeito do investimento que está pretendendo fazer. A estas
informações destacadas no prospecto, dá-se o nome de “disclaimers”, que são declarações que isentam o
gestor ou administrador do fundo ou mesmo um órgão regulador de uma responsabilidade.

Vários tipos de “disclaimers” foram citados já ao longo de nosso curso, quando falamos dos prospectos. Vamos a
mais exemplos:

“ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE


INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO
ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS”

“O INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO APRESENTA


RISCOS PARA O INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE
GERENCIAMENTO DE RISCOS, NÃO HÁ GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE
PERDAS PARA O FUNDO DE INVESTIMENTO E PARA O INVESTIDOR”

“O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO
ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU,
AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC”

“A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA.”

Informações Periódicas

É obrigação do administrador do fundo divulgar diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo
aberto, e remeter mensalmente ao cotista, extrato de conta contendo:
1. Nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
2. Nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
3. Nome do cotista;
4. Saldo e valor das cotas no inicio e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do
mesmo;
5. Rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do mês de
referencia do extrato;
6. Data de emissão do extrato da conta
7. Meios de contato, como telefone, correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço.

Está ainda o administrador obrigado a disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à


composição da carteira, no tocante a periodicidade, prazo e teor das informações, de forma equitativa entre
todos os cotistas.

Todos os documentos aqui previstos deverão ficar à disposição da CVM por um prazo de 5 anos, e o
responsável por essa manutenção é o administrador do fundo.

Isenta-se ainda, o administrador, de responsabilidades pelo não fornecimento de informações aos cotistas que
não mantiverem seus cadastros atualizados, como endereço, endereço eletrônico, etc.

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81
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES

ADMINISTRADORES

Cabe ao administrador praticar todo e qualquer ato necessário a administração do fundo e da carteira, e ainda,
exercer os direitos inerentes aos ativos financeiros e as modalidades operacionais que integrem a carteira desse.

As principais atividades exercidas pelo Administrador são:


→ Constituir, fundo e convocar as assembléias gerais e contratar serviços do gestor, distribuidor, e
auditor independente
→ produzir os regulamentos e prospectos,
→ divulgar o valor das cotas nos jornais,
→ emitir extrato aos cotistas,
→ ser o responsável pelas informações devidas ao investidor e aos órgãos reguladores.
→ Definir o objetivo do fundo.

Administrador do fundo é a Instituição responsável legal pelo fundo. Podem ser


administradores de Fundos de Investimentos as pessoas jurídicas autorizadas pela
Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

GESTORES
A escolha dos ativos financeiros que serão incluídos na carteira de investimentos do fundo é atividade do gestor.
Veja suas principais atividades:

→ Adequar a política de investimento ao objetivo de investimento do fundo.


→ Selecionar as melhores alternativas de investimentos que estejam de acordo com o regulamento e o
prospecto do fundo;
→ Elaborar a estratégia de investimentos do fundo, elegendo r os ativos (títulos) que serão comprados
e vendidos
→ Analisar o risco e retorno das operações
→ Ser o responsável pela rentabilidade do fundo

São profissionais especializados e que acompanham o mercado, procurando definir os melhores momentos de
compra e venda dos ativos financeiros que compõem a carteira do fundo. Essa gestão é a gestão profissional,
conforme estabelecido em seu regulamento, dos títulos e valores mobiliários dela integrantes, desempenhada
por pessoa natural, ou seja, pessoa física, ou ainda, pessoa jurídica credenciada como administradora de
carteira de valores mobiliários pela CVM.

As seguintes normas de conduta são aplicadas tanto aos administradores quanto aos gestores:
→ Exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo, empregando o cuidado
e a diligencia que todo homem ativo e probo costuma dispensar a administração de seus próprios
negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do fundo, evitando práticas
que possam ferir a relação fiduciária com eles mantida, e respondendo por quaisquer infrações ou
irregularidades que venham a ser cometidas sob sua administração ou gestão;
→ Exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do patrimônio e das
atividades do fundo, ressalvando o que dispuser o regulamento sobre a política relativo ao exercício de
direito de voto do fundo;

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82
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Parágrafo Único. O administrador e o gestor devem transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que
possam alcançar em decorrência de sua condição, admitindo-se, contudo, que o administrador e o gestor de
fundo de cotas sejam remunerados pelo administrador do fundo investido.

DISTRIBUIDORES
São aqueles que distribuem as cotas do fundo, ou seja, os vendedores das cotas no mercado, e que mantém
contato com os investidores e cotistas do fundo. Adequa o fundo ideal ao objetivo do investidor/cliente.

CUSTODIANTE
Os serviços de custódia qualificada compreendem a liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda, bem
como a administração e informação de eventos associados a estes ativos. O serviço não envolve negociação ou
qualquer tipo de aconselhamento sobre o investimento. A custódia permite a segregação de funções entre quem
toma a decisão de investimento e quem faz a liquidação financeira e a guarda dos ativos, o controle e
contabilização das contas do fundo, trazendo mais transparência e segurança para o processo.

AUDITOR INDEPENDENTE
Profissional independente, registrado na CVM – Comissão de Valores Mobiliários. O administrador do fundo
deve manter atualizado e em perfeita ordem os pareceres do auditor independente.

Equipes de controle, que rotineiramente verificam as conformidades, os atendimentos aos aspectos legais, aos
contratuais, a política de investimentos e as regras especificas dos clientes, visando à eliminação dos riscos
envolvidos e garantindo a melhor qualidade possível para os serviços prestados
Essas são as equipes de Compliance.
Não confunda Auditor Independente com compliance.

Administrador Presta informações ao investidor e órgãos reguladores;


Contrata serviços de gestão da carteira do fundo,
distribuição de cotas, custódia e auditoria externa;
Convoca os cotistas a participar da Assembléia;
Cumpre as funções do Gestor, na ausência deste.
Gestor Responsável pela gestão e estratégia dos recursos
aplicados em um Fundo de Investimentos;
Escolhe os ativos que comporão a carteira do Fundo,
compatibilizando o risco com a Política do Fundo.
Distribuidor Assume a responsabilidade de identificar e cadastrar o
investidor;
Faz o contato direto com o cotista, vende as cotas do fundo.
Custodiante Responsável pela liquidação física e financeira dos ativos, a
guarda dos mesmos, e também a administração do
recebimento de dividendos.
Auditor Faz a auditoria anual das demonstrações contábeis do
Independente Fundo.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS (FI) E FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM COTAS


(FIC)

Os Fundos de Investimentos ou Fundos de Investimentos em Cotas são constituídos seguindo as seguintes


formas:

Abertos
São resgatáveis, a qualquer momento, pelo cotista, junto ao administrador do fundo, não havendo limite para o
número de cotistas, e tem um prazo indeterminado de duração.

Fechados
Suas cotas não são resgatáveis junto ao emissor, sendo, entretanto, negociadas em bolsa de valores e/ou
mercado de balcão organizado, tendo um número de cotistas limitado pelo seu estatuto e um prazo determinado
de duração. Como podem ser negociadas em mercado secundário, apresentam diferentes níveis de liquidez.

Exclusivos
Fundos para investidores qualificados constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único cotista.
Para ter um fundo exclusivo, o cotista deve ter um alto volume de recurso, pois um fundo apresenta uma série de
custos que não poderão ser partilhados com outros cotistas. É inviável um fundo exclusivo com pequeno volume
aplicado. Este tipo de fundo dispensa elaboração do prospecto, por tratar-se de fundo para um único
investidor, que é o investidor qualificado.
Cobram taxas de Administração e de Performance.

TIPO DE FUNDO CARACTERÍSTICA


ABERTO Suas cotas podem ser resgatadas a qualquer momento
NÃO existe prazo de duração / vencimento
NÂO existe limite de cotistas
NÂO existe transferência de cotas
FECHADO Suas cotas NÃO podem ser resgatadas a qualquer momento
Existe prazo determinado de duração
Existe limite de cotistas
Existe transferência de cotas
EXCLUSIVO Para apenas UM cotista, que é um investidor qualificado.
Dispensa a elaboração de prospecto.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

INVESTIDORES QUALIFICADOS

Definições de investidores qualificados:


→ Instituições financeiras
→ Companhias seguradoras e sociedades de capitalização
→ Entidades abertas e fechadas de previdência privada complementar
→ Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$
300.000,00 (Trezentos Mil Reais), e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de
investidor qualificado, mediante assinatura de termo próprio
→ Fundos de Investimentos destinados exclusivamente a investidores qualificados
→ Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM – Comissão
de Valores Mobiliários, em relação a seus recursos próprios
→ Regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou por Municípios.

FUNDOS PARA INVESTIDORES QUALIFICADOS


Estes fundos podem:
Admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na integralização e resgate de cotas, com o estabelecimento
de critérios detalhados e precisos para adoção desses procedimentos, atendidas ainda quando existirem, as
correspondentes obrigações fiscais.
Dispensar a elaboração de prospecto, assegurando que as informações previstas estejam contémpladas no
regulamento
Cobrar taxas de administração e de performance, conforme estabelecido em seu regulamento
Estabelecer prazos para conversão de cota e para pagamento dos resgates diferentes daqueles previstos na IN
409.

PRAZO DE CARÊNCIA PARA RESGATE


O regulamento poderá estabelecer prazo de carência para resgate, com ou sem rendimento. Caso o
regulamento estabeleça:
→ Data de conversão da cota diferente da data de resgate
→ Pagamento do resgate em data diferente do pedido
→ Prazo de carência para o resgate
Esses dados deverão estar em evidência no prospecto e em todo material de divulgação.

→ Fundos Com Carência: São fundos que estabelecem um período mínimo de permanência dos
recursos do cliente no fundo. Em caso de resgate, o cliente perde o rendimento proporcionado pelo
fundo durante o período de carência.

→ Fundos Sem Carência: Fundos que oferecem liquidez diária, logo, pode ocorrer resgates a
qualquer tempo sem prejuízo ou perda de rentabilidade.
A incidência de tributos sobre os resgates deve ser observada.

Carência implica em risco de liquidez.

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85
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

FUNDOS COM GESTÃO ATIVA E PASSIVA


Duas estratégias diferentes na gestão dos recursos:
→ Fundos passivos, ou fundos com gestão passiva, são aqueles que buscam alcançar uma
rentabilidade a mais próxima o possível de seu parâmetro de comparação (benchmark) e com a menor
volatilidade possível de sua rentabilidade em relação à deste mesmo parâmetro. Curto Prazo e
Referenciado são fundos abertos com esse tipo de gestão.

→ Fundos ativos, ou fundos com gestão ativa, são aqueles que buscam superar a rentabilidade de seu
parâmetro de comparação (benchmark), podendo admitir uma maior volatilidade em relação a este
mesmo parâmetro. Renda Fixa e Ações são exemplos de fundos abertos com esse tipo de gestão.

DINÂMICA DE APLICAÇÃO E RESGATE

→ Aplicação de Recursos e compra de ativos por parte dos gestores


A preocupação do gestor do fundo ao receber recursos do cliente, deve ser de rentabilizá-los. Para isso, precisa
adquirir os ativos que comporão a carteira do fundo, pois eles é que possibilitarão a valorização das cotas.

Ao aplicar seus recursos num fundo de Investimento, o gestor desse fundo vai ao mercado e adquire títulos que
comporão a carteira do fundo.

→ Resgate de Recursos e venda de ativos por parte dos gestores


Quando um cliente cotista resolve fazer um resgate, o gestor tem que vender parte dos ativos da carteira, pois
assim consegue o dinheiro para devolver ao cliente.

Não esqueça: O Cliente/Investidor adquire cotas do fundo através do distribuidor, que repassa os
recursos ao administrador. O Administrador compra os ativos financeiros em um FI ou cotas de outros
fundos de mesma classe em um FIC.

PRAZO DE COTIZAÇÃO: CONCEITO (PRAZO DE CONVERSÃO DE COTAS NA APLICAÇÃO E


NO RESGATE)

Cotização é a transformação dos recursos em cotas no momento da aplicação e no resgate. É a conversão de


cotas em recursos.

A aquisição de cotas pode ser feita no próprio dia da aplicação (D0) ou no dia seguinte (D+1).

Para aplicação e resgate poderá ser utilizada cota de abertura ou fechamento do dia
seguinte ao da efetiva disponibilidade, para os fundos das classes Curto Prazo,
Referenciado e Renda Fixa, e somente cota de fechamento do dia ou do dia seguinte ao da
efetiva disponibilidade, para os fundos das classes Cambial, Multimercado, Ações e Dívida
Externa, e o pagamento do resgate se dará conforme estabelecido no regulamento do
fundo.

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86
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

PRAZO DE LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA


Conceito

Liquidação é o efetivo débito ou crédito dos recursos em conta do investidor. A entrada ou a saída destes
recursos em sua conta. As regras de liquidação são parecidas quanto da cotização, utilizando-se o D0 e o D+1.

O prazo de cotização e o prazo de liquidação financeira estão associados aos momentos em


que as cotas são emitidas ou resgatadas, e os correspondentes momentos em que os recursos
monetários ingressam ou saem do fundo de investimento.

Para a liquidação de cotas de aplicação, pode ser no dia (D0) ou no dia seguinte (D+1) da
disponibilidade dos recursos, e para o pagamento do resgate, não poderá ser superior a 5 dias
úteis, contados da data da cotização.

FECHAMENTO DE FUNDOS PARA RESGATES


Em casos excepcionais de baixa ou falta de liquidez dos ativos componentes da carteira do fundo, inclusive em
decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do
tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o administrador poderá
declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates, sendo obrigatória a convocação de
Assembléia Geral Extraordinária, no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze)
dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades;

→ Substituição do administrador, do gestor ou de ambos


→ Reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate
→ Possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários
→ Cisão do fundo
→ Liquidação do fundo

O fechamento do fundo para resgate deverá em qualquer caso, ser imediatamente comunicado à CVM, e a
assembléia extraordinária deverá realizar-se mesmo que o administrador delibere reabrir o fundo antes da data
marcada para sua realização. O administrador poderá ainda, solicitar a CVM autorização específica para
proceder à cisão do fundo antes da reabertura para resgates, ficando neste caso vedadas novas aplicações no
fundo resultantes da cisão.
Implica em risco de Liquidez.

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87
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

FECHAMENTO DOS FUNDOS PARA APLICAÇÕES


Ao administrador, é facultado suspender, a qualquer momento, novas aplicações no fundo, desde que tal
suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e cotistas atuais. Os pedidos de resgate continuam
sendo efetuados normalmente. A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não impede a
reabertura posterior do fundo para aplicações.

Ao administrador, é ainda obrigatório a comunicação imediata aos intermediários sobre a eventual existência de
fundos que não estejam admitindo captação, e o fundo deve permanecer fechado para aplicações enquanto
perdurar o período de suspensão de resgates.
Implica em risco de Crédito.

Tanto o fechamento do fundo para resgate quanto para aplicações, são


considerados “fato relevante”, e devem ser divulgadas a todos os cotistas
do fundo.

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88
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Acessibilidade ao Mercado Financeiro

Aqui, fazemos referência justamente a possibilidade que os fundos proporcionam ao investidor de, com poucos
recursos, ter acesso a investimentos que exigem um capital muito maior, o qual é obtido pela união dos recursos
de vários investidores. Montar uma carteira individual representa custos altos para um pequeno investidor, e,
quando se investe em Fundos de Investimentos, esses custos são diluídos, já que são divididos entre os
diversos cotistas.

Diversificação

É de consenso entre os profissionais do mercado financeiro que é muito melhor, para os investidores,
diversificar sua carteira entre vários tipos de ativos, ao invés de concentrá-los num investimento único. Assim, as
perdas de uma aplicação são compensadas com ganhos em outras, o que só é possível se existir a
diversificação. Esta tarefa requer tempo e experiência. O momento certo em que se deve negociar é mais fácil
para os profissionais especializados do que para o investidor sem conhecimentos no mercado financeiro.

Liquidez

Quando compõe a carteira de um fundo de investimentos, o gestor pode adquirir títulos com alta liquidez e títulos
menos líquidos, os quais tendem a proporcionar rentabilidade mais elevadas. Como nem todos os cotistas farão
resgates ao mesmo tempo, não é necessário que a carteira seja altamente líquida para que os cotistas usufruam
o benefício da liquidez.
Num exemplo prático, imagine uma situação onde o cliente precise de recursos rapidamente, e possua
caderneta de poupança e Ações. Ele recorrerá primeiro à poupança, que tem maior liquidez.. Caso essa
necessidade persista, vende suas Ações.

Por isso uma boa parte da composição da carteira dos maiores Fundos de Renda Fixa são Títulos Públicos
Federais, gerando segurança em relação ao Risco de Crédito e segurança em relação ao Risco de Liquidez.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

OBJETIVO DE INVESTIMENTO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS - ADMINISTRADOR

POLÍTICA DE INVESTIMENTO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS - GESTOR

Os Fundos de Investimentos devem ter objetivos e política de investimento, os quais devem ser divulgados de
maneira clara e objetiva para os cotistas e demais interessados. A política de investimentos deve ser compatível
com os objetivos traçados pelo administrador do fundo.

Confira a diferença entre objetivo e política de investimentos num fundo:


→ Objetivo de Investimento: os objetivos dos fundos dizem respeito ao seu fim, e devem responder a
pergunta “onde o fundo pretende chegar?”. Dessa forma o administrador deverá descrever,
obrigatoriamente, os objetivos de investimento do Fundo de Investimento, mencionando, quando for o
caso, metas e parâmetros de performance. Poderá ser também indicar a categoria ou tipo do Fundo de
Investimento.

→ Política de investimento: a política diz respeito aos meios utilizados pelo gestor, devendo responder
a questão “como o objetivo será atingido?” Assim a política de investimentos deve descrever,
obrigatoriamente, como o fundo de Investimento pretende atingir o seu objetivo de investimento,
identificando as principais estratégias técnicas ou práticas de investimento utilizadas, os tipos de títulos e
valores mobiliários nos quais o Fundo de Investimento pode investir (incluindo derivativos e suas
finalidades), políticas de seleção e alocação de ativos, e quando for o caso, sua política de
concentração. Definir também as faixas de alocação de ativos e limites de concentração e limites de
alavancagem, quando for o caso.

A distinção entre Política de Investimento e Objetivo deve ser clara no prospecto do


fundo, e tem haver com a gestão do Fundo de Investimento, se o mesmo deve ser de
Gestão Ativa ou de Gestão Passiva.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

CARTEIRAS DE CURTO PRAZO E LONGO PRAZO


DEFINIÇÃO CVM
Os fundos são classificados como:
Curto prazo: segundo a CVM, para serem considerados Fundos de Curto Prazo, os títulos que compõem a sua
carteira devem possuir prazo máximo de vencimento a decorrer de 375 dias e prazo médio da carteira inferior a
60 dias.
Longo prazo: para serem considerados Fundos de Longo Prazo, os títulos que compõem a sua carteira devem
ter prazo médio superior a 365 dias.

O fundo classificado como referenciado, renda fixa, cambial, dívida externa ou multimercado que dispuser, em
seu regulamento ou prospecto, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de longo
prazo, previsto na regulamentação fiscal vigente, estará obrigado a:
→ Incluir a expressão longo prazo na denominação do fundo
→ Atender as condições previstas na referida regulamentação de forma a obter referido.
→ Para efeito de tributação, curto prazo são as carteiras que possuam prazo máximo de 365 dias, e
longo prazo, carteiras que possuam prazo médio superior a 365 dias.

DIFICULDADES DE REPLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE REFERENCIA (BENCHMARKS) E SUAS


PRINCIPAIS CAUSAS

Todas as despesas e taxas serão debitas do Patrimônio Líquido do Fundo, assim, quando o valor das
cotas for calculado, já estará atualizado com a dedução das taxas e despesas.

Quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo, inclusive as relativas à elaboração do prospecto,
correm por conta do administrador, devendo ser por ele contratados. Essas despesas fazem com que seja mais
difícil para o gestor proporcionar o rendimento igual ao do benchmark. Como por exemplo, a taxa de
administração e, em alguns casos, a taxa de performance. Além disso, o rendimento de um fundo de
investimentos está sujeito a tributação. Logo, a rentabilidade divulgada pelo administrador é bruta, ou seja,
ainda não foram descontados os tributos.
Outro fator que pode dificultar a tarefa do gestor em igualar o benchmark do fundo é a marcação a mercado.
Situações conjunturais podem alterar o valor de mercado dos títulos que compõem a carteira do fundo, fazendo
com que a rentabilidade apresentada se distancie do referencial do fundo.

INSTRUMENTOS DE DIVULGAÇÃO DAS POLÍTICAS DE INVESTIMENTO


DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS:
→ Regulamento
→ Prospecto
→ Termo de adesão
→ Termo de ciência de risco de crédito

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

REGULAMENTO DO FUNDO - QUALIFICAÇÕES

O regulamento é o documento, que deve estar disponibilizado ao investidor, registrado em cartório e na


Comissão de Valores Mobiliários, onde estão estabelecidas as regras básicas de funcionamento do Fundo.
Dentre essas regras, merecem destaque aquelas que se referem aos ativos que serão adquiridos e as
estratégias de investimento adotadas, uma vez que estão diretamente relacionadas com o risco do investimento.

O regulamento do fundo deve obrigatoriamente dispor:


→ Qualificação do administrador do fundo
→ Quando for o caso, referencia a qualificação do gestor da carteira do fundo
→ Qualificação do custodiante
→ Espécie do fundo, se aberto ou fechado
→ Prazo de duração se determinado ou determinado
→ Política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo
→ Taxa de administração, fixa e expressa em percentual anual do patrimônio líquido (base 252 dias)
→ Taxa de performance, de ingresso e de saída
→ Demais despesas do fundo
→ Condições para a aplicação e o resgate de cotas
→ Distribuição de resultados
→ Público alvo
→ Referencia ao estabelecimento de intervalo para atualização do valor da cota, quando for o caso
→ Exercício social do fundo
→ Política de divulgação de informações, inclusive as relativas à composição de carteira
→ Política relativa ao exercício de direito do voto do fundo, pelo administrador ou por seus representantes
legalmente constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais o fundo detenha participação
→ Informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas
→ Política de administração de risco, com a descrição dos métodos utilizados pelo administrador para
gerenciar os riscos a que o fundo se encontra sujeito.

Destacamos abaixo, dois artigos da instrução CVM 409, que são de maior destaque para este tópico.
Art. 43: a alteração do regulamento depende de prévia aprovação da assembléia geral de cotistas, sendo eficaz
a partir da data deliberada pela assembléia.
Art. 45: o regulamento pode ser alterado, independentemente da assembléia geral, sempre que tal alteração
decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a exigências expressas da CVM – Comissão de
Valores Mobiliários, de adequação a normas legais ou regulamentares ou ainda em virtude da atualização dos
dados cadastrais do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo, tais como alteração na razão social,
endereço e telefone.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

PROSPECTO DO FUNDO – CONDIÇÕES DE RISCOS


O prospecto é o documento que apresenta as informações relevantes para o investidor relativas à política de
investimento do fundo e dos riscos envolvidos.
O prospecto atualizado deve estar à disposição e ser entregue aos investidores potenciais durante o período de
distribuição, nos locais em que esta for realizada.

Deve ainda conter, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo, informações sobre os seguintes
tópicos, assim como quaisquer outras informações consideradas relevantes:
→ Metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público alvo;
→ Política de investimento e faixa de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e seleção
dos mesmos;
→ Relação dos prestadores de serviços;
→ Especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo;
→ Apresentação detalhada do administrador e do gestor, quando for o caso, com informação sobre seu
registro perante a CVM, seus departamentos técnicos e demais recursos e serviços utilizados para gerir
o fundo;
→ Condições de compra de cotas do fundo, compreendendo limites mínimos e máximos de investimento,
bem como valores mínimos para movimentação e permanência no fundo;
→ Condições de resgate de cotas, e se for o caso, prazo de carência;
→ Política de distribuição de resultados, se houver, compreendendo os prazos e condições de pagamento;
→ Identificação dos riscos assumidos pelo fundo;
→ Informação sobre a política de administração dos riscos assumidos pelo fundo, inclusive no que diz
respeito aos métodos utilizados para gerenciamento destes riscos;
→ Informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contémplando a política a ser
adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;
→ Política relativa ao exercício de direito de voto do fundo, pelo administrador ou por seus representantes
legalmente constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais o fundo detenha
participação;
→ Política de divulgação de informações, inclusive as de composição de carteira, que deverá ser idêntica
para todos que solicitarem;
→ Quando houver, identificação da agência classificadora de risco do fundo, bem como a classificação
obtida;
→ A indicação sobre o local, ou meio, e a forma de obtenção dos resultados do fundo em exercícios
anteriores, e de outras informações referentes a exercícios anteriores, tais como demonstrações
contábeis, relatórios do administrador do fundo e demais documentos pertinentes que tenham sido
divulgados ou elaborados por força de disposições regulamentares aplicáveis;
→ O percentual máximo de cotas que pode ser detido por um único cotista.

É importante saber que a composição da carteira e a política de investimentos do fundo são


responsáveis pela determinação do Risco do investimento.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

TERMO DE ADESÃO
Todo cotista, ao ingressar em um fundo, deve atestar, através do Termo de Adesão, que:
→ Teve acesso ao regulamento e recebeu o prospecto do fundo;
→ Tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento;
→ Tomou ciência da possibilidade de ocorrência de patrimônio líquido negativo, e, neste caso, de sua
responsabilidade por conseqüentes aportes adicionais de recursos.

O administrador deve manter a disposição da CVM pelo prazo de 5 anos, o termo contendo as declarações
acima, devidamente assinado pelo investidor, ou registrado em sistema eletrônico que garanta o atendimento ao
acima disposto. Este termo, é a prova de que dispõe o administrador do fundo de que o cotista conhece as
principais características do investimento feito e os riscos a ele inerentes.
É, portanto, obrigatório quando do ingresso no fundo, que o cotista assine o Termo de Adesão
correspondente, que será fiscalizado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários e também pelo auditor
independente.
A área de compliance é uma equipe interna que mantém e checa a conformidade das operações.

TERMO DE CIÊNCIA DE RISCO DE CRÉDITO

Quando do ingresso do investidor no fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer ativos ou
modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, ou de
emissores públicos outros que não a União Federal que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50%
(cinqüenta por cento) de seu patrimônio liquido, será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos
inerentes à composição da carteira do fundo, de acordo com modelo constante do Anexo II da instrução
normativa 409.

Ao assinar o termo o investidor estará afirmando que tem ciência de que:

→ O fundo do qual está investindo, poderá adquirir títulos de responsabilidade de emissores privados, ou
de emissores públicos outros que não a União Federal, em montante superior a 50% (cinqüenta por
cento) do patrimônio líquido do fundo; o investidor deverá ASSINAR um termo de ciência de risco
específico para o risco de crédito. Não será aceito assinatura eletrônica neste caso.
→ Existe a possibilidade de perda substancial de patrimônio líquido do fundo em caso de não pagamento
dos títulos que compõe a sua carteira.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

CARTEIRA DE INVESTIMENTOS: CONJUNTO DE ATIVOS

PRINCIPAIS MERCADOS JUROS PRÉ E PÓS-FIXADOS, CÂMBIO, INFLAÇÃO, AÇÕES

A carteira de um fundo de investimento é composta pelos ativos que são adquiridos pelo administrador com os
recursos que ingressam no fundo. Ao compor uma carteira de investimentos, o gestor deverá seguir o
estabelecido no regulamento do fundo na política de investimento.
Os principais mercados de atuação, incluindo seus derivativos, dos gestores de fundos são:

MERCADOS CARACTERÍSTICA
Juros pré e pós-fixado Nesse mercado são negociados os títulos que pagam taxa de juros
pré e pós fixada, sendo seu principal fator de risco.
Renda Fixa Benchmark SELIC e CDI (DI)
Fundos de Renda Fixa, Fundos de Curto Prazo, Fundos
Referenciados
Câmbio Nesse mercado são negociados os títulos indexados à variação
cambial.
Benchmark PTAX
Fundo Cambial
Inflação Nesse mercado são negociados títulos atrelados a índices de preços
Benchmark IPCA e IGP-M, além de outros índices.
Renda Fixa Fundos de Índice (PIBB)
Ações Mercado de renda variável em que se negociam Ações de diversas
companhias
Renda Variável Benchmark Ibovespa e IBrX
Fundos de Ações
Derivativos São ativos financeiros que derivam, total ou parcialmente, do valor
de outro ativo financeiro ou mercadoria;
Negociação do preço ou cotação de um ativo, negociados em
mercado futuro.

Riscos dos ativos individuais x risco da carteira


O risco de uma carteira de investimentos não é a soma dos riscos individuais dos diversos ativos que a
compõem. Já vimos que o risco de um título isolado é maior que o risco de uma carteira diversificada. Para
entender esse tópico, é essencial o conhecimento de um conceito simples de estatística: correlação.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

CORRELAÇÃO

A dependência, entre duas ou mais variáveis aleatórias (que podem ser dois ativos numa carteira), em que a
ocorrência de um valor de uma das variáveis favorece a ocorrência de um conjunto de valores das outras
variáveis. Esta correlação poderá ser negativa ou positiva.

A correlação será negativa quando, por exemplo, dois ativos movimentam-se em direção oposta (quando um
sobe o outro desce).

Chamamos de correlação positiva quando dois ativos movimentam-se na mesma direção (os dois sobem ou
descem).

Imagine a taxa de juros e a bolsa de valores. Geralmente, quando a taxa de juros sobe, a bolsa de valores sofre
queda, e quando a taxa de juros cai, altas são registradas na bolsa. Citamos aqui um exemplo de correlação
negativa.

Entre salário e consumo, existe correlação? Sim. Uma co-relação positiva, pois quando o salário sobe, aumenta
o consumo. Quando se registra queda nos salários, registra-se também queda no consumo.

Aplicando este conceito, da correlação, imaginemos que uma carteira seja montada com dois ativos com co-
relação positiva: quando um sobe, o outro sobe também. Com certeza, não se trata de uma boa estratégia de
redução dos riscos. Entretanto, se a carteira tiver dois ativos com co-relação negativa, os riscos serão
minimizados, pois a baixa de um ativo será compensada pela alta do outro. Assim, apesar de os ativos
conservarem seus riscos individuais, quando agrupados numa mesma carteira, ocorre a minimização do risco.

ALAVANCAGEM

A alavancagem é uma das estratégias que os gestores podem utilizar para que os cotistas de alguns Fundos de
Investimentos estejam mais dispostos a correr mais riscos para ter uma melhor rentabilidade.

Pode ser definida como a utilização de recursos de terceiros com o objetivo de aumentar a exposição
financeira de um fundo de investimento acima do seu patrimônio líquido.

Essa estratégia visa aumentar as possibilidades de ganhos, com conseqüente aumento do grau de risco do
investimento. A vantagem de utilizar a alavancagem é que se consegue aumentar a rentabilidade do fundo de
investimentos. Em contrapartida, apresenta a desvantagem de aumentar o risco incorrido.

Com a estratégia da alavancagem o tamanho da posição de risco é MAIOR do que o patrimônio do fundo. Ela
potencializa os ganhos e as perdas. Se as coisas derem errado, o investidor pode ser chamado a fazer aporte de
capital, ou seja, perder mais do que aplicou.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

LEITURA OBRIGATÓRIA.
IMPACTO DE VARIAÇÕES NAS TAXAS DE JUROS CÂMBIO E INFLAÇÃO SOBRE OS TIPOS DE
FUNDOS: CONSEQÜÊNCIA

Vejam algumas conseqüências de como os Fundos de Investimentos podem ser afetados com mudanças no
cenário econômico.

Fundos DI Fundos de Renda Fundos Cambiais Fundos de


Fixa Ações
Taxas A alta na taxa de Uma elevação da São afetados pelas Altas das
de juros faz com que taxa de juros gera taxas de juros, pois taxas de
Juros fundos que aplicam uma perda de os títulos que juros são
em títulos pós rentabilidade compõem as normalmente,
fixados passem a momentânea dos carteiras dos fundos prejudiciais
ter rentabilidade fundos de renda fixa, cambiais pagam para as
elevada. Uma baixa dada a marcação a uma taxa de juros bolsas de
na taxa de juros mercado dos títulos (chamada de valores, uma
reduz a que compõem a cupom) acrescida vez que com
rentabilidade do carteira. Uma da variação alta
fundo. A redução da taxa gera cambial. O efeito de rentabilidade
rentabilidade de um uma valorização das variações da taxa não vale a
Fundo DI tende a cotas dos fundos de de juros é similar ao pena correr o
acompanhar as Renda Fixa, em verificado nos risco da
taxas de juros virtude do mesmo fundos de Renda renda
vigentes. mecanismo de Fixa variável.
contabilização
Câmbio A taxa de câmbio A taxa de câmbio não
Normalmente, altas A taxa de
não afeta afeta diretamente os
de taxa de câmbio câmbio não
diretamente os fundos de renda fixa
elevam a afeta
Fundos DI rentabilidade dos diretamente
fundos cambiais. os fundos de
Movimentos de Ações.
valorização do real,
por outro lado,
reduzem a
rentabilidade
desses fundos.
Inflação Em virtude da atual política econômica, elevAções das taxas de inflação geram
reação do Banco Central no sentido de elevar a taxa de juros. Confira os efeitos
das taxas de juros nos quadros acima.
Deve-se considerar também os efeitos da inflação sobre a rentabilidade real dos
fundos: quanto maior for à inflação, menor tende a ser a rentabilidade real do
fundo.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO, TAXA DE PERFORMANCE, TAXA DE INGRESSO E TAXA DE

SAÍDA: CONCEITOS E FORMAS DE COBRANÇA.

A rentabilidade proporcionada pelo fundo é totalmente repassada aos cotistas. A remuneração do administrador
é composta, basicamente de taxas, como: taxa de administração, taxa de performance, taxa de ingresso e saída.

Taxa de administração

A regulamentação em vigor estabelece que a administradora deve estipular a remuneração a ser percebida pela
prestação do serviço de administração do fundo. Os termos dessa cobrança devem estar estabelecidos no
regulamento do fundo, após terem sidos aprovados em assembléia.

Como a administração do fundo compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao


funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por terceiros
por ele contratados, por escrito em nome do fundo, a taxa de administração é cobrada pela instituição devido ao
serviço de administração de um fundo de investimento.

A taxa de administração remunerará os serviços indicados abaixo:


→ Gestão da carteira do fundo
→ Consultoria de investimentos
→ Atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários
→ Distribuição de cotas
→ Escrituração da emissão e resgate de cotas
→ Custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros
→ Classificação de risco por agência especializada constituída no país.

Por ser a taxa de remuneração do serviço, fica a critério da instituição estabelecer o valor percentual da taxa,
que deve estar preestabelecida no regulamento e no prospecto do fundo.

É calculada sobre o patrimônio do fundo, portanto, incide sobre o Patrimônio Líquido do


mesmo.
É apresentada ao ano, provisionada diariamente e cobrada mensalmente.
A taxa é fixa, sendo a forma mais comum de remuneração ao administrador do fundo, e é
aprovada em assembléia geral de cotistas.
O valor cobrado pela taxa influencia na rentabilidade do fundo.
O valor publicado diariamente sobre as cotas dos fundos já é líquido desta taxa.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Formas de cobrança (ajuste no valor da cota)


Veja os passos utilizados para calcular a taxa de administração:
Precisamos ter em mãos o valor do patrimônio líquido do fundo e o número de cotas distribuídas.
1) Calcule a taxa de administração diária seguindo as instruções do administrador. O fundo tem taxa anual
de 3%, sendo cobrada a base de 1/252 sobre o patrimônio líquido diário do fundo.
2) Aplique a taxa diária sobre o patrimônio líquido do fundo. Essa será a remuneração devida ao
administrador nesse dia.
3) Subtraia a remuneração encontrada do valor do patrimônio do fundo
4) Esse será o novo patrimônio líquido do fundo
5) Divida esse novo patrimônio líquido pelo número de cotas distribuídas. O valor encontrado é o novo valor
da cota desse fundo.

Exemplo:
1- Patrimônio líquido do fundo = R$ 1.000.000,00
Número de cotas distribuídas = 850.000,00
Valor Inicial da Cota= R$ 1,1764

2- Taxa de administração = 3 x 1/252 = 0,011905% ao dia

3- Remuneração = Patrimônio x Taxa de Adm.


Do Administrador líquido diária

Remuneração do = 1.000.000,00 x 0,011905


Administrador

Novo Patrimônio = Patrimônio - Remuneração do


Líquido líquido administrador

4- Novo Patrimônio = 1.000.000,00 - 119,05


líquido

Novo Patrimônio = 999.880,95


Líquido

5- Novo Valor de = Novo Patrimônio Líquido


Cota Número de Cotas do Fundo

Novo Valor de = 999.880,95


Cota 850.000

Novo Valor de = 1,176331


Cota

Nestes cálculos, não foi considerada a rentabilidade da carteira do dia, para que ficassem o mais simplificados
possíveis. O importante, é frisar que a taxa de administração afeta o valor das cotas do fundo, ou seja, quando é
divulgado pelo administrador o valor das cotas de um fundo, esse valor já está liquido da taxa de administração.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Taxa de Performance

É a taxa percentual cobrada pelos bancos sobre a parcela da rentabilidade do fundo de investimento que
exceder a variação de um determinado índice previamente estabelecido, portanto é uma taxa variável.

Por exemplo, se a taxa de performance é 25% sobre o valor do CDB, significa que este percentual será cobrado
sobre os rendimentos que ultrapassarem a variação do CDB no período. Análise o exemplo considerando uma
taxa de performance de 25%.

Rentabilidade do Benchmark (CDB) Taxa de Performance


Fundo
1,90% 1,80% 0,025%

1,70% 1,80% Não há

Abaixo, os critérios determinados pela CVM para a cobrança de taxa de performance:

→ Vinculação a um parâmetro de referência previamente estabelecido, compatível com a política de


investimento do fundo e com títulos que efetivamente o componham;
→ Vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais inferiores a 100% do parâmetro de
referencia;
→ Cobrança por período, no mínimo, semestral;
→ Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração;
→ É vedada a cobrança da taxa de performance quando o valor da cota do fundo for inferior ao seu valor
por ocasião da última cobrança efetuada; (critério da linha d´água)
→ É permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual do cotista que aplicar recursos no fundo
posteriormente a data da última cobrança, exclusivamente, nos casos em que o valor da cota adquirida
for inferior ao valor da mesma na data da última cobrança de performance efetuada;
→ Os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados podem cobrar taxa de
performance, de acordo com o que dispuser o seu regulamento.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

A taxa de administração e de performance não podem ser aumentadas sem prévia aprovação
da assembléia geral de cotistas; o administrador pode, contudo, reduzir unilateralmente as
taxas a que faz jus, comunicando o fato a CVM e aos cotistas, e promovendo a devida alteração
do prospecto.

Os fatores que afetam o valor da cota são: composição da carteira; marcação a mercado; taxa
de administração; performance e outras despesas.

O Imposto de Renda não afeta o valor da cota, e sim a quantidade de cotas.

Taxa de Ingresso: Alguns fundos cobram taxa de ingresso, no momento da aplicação, desde
que conste do regulamento suas formas de cobrança.

Taxa de Saída: Alguns fundos cobram taxa de saída no resgate, que pode ser utilizada para
penalizar uma saída antes de um prazo preestabelecido.

A maioria dos Fundos de Investimentos não aplica essa cobrança atualmente, sendo mais
comum sua utilização nos Planos de Previdência Complementar.

FATOR DE RISCO INERENTE A CADA CLASSE

Entende-se por principal fator de risco de um fundo o índice de preços, a taxa de juros, o
índice de Ações, ou o preço do ativo cuja variação produza, potencialmente, maiores efeitos
sobre o valor de mercado da carteira do fundo.

Renda Fixa: Principal fator de risco: Variação da taxa de juros (em função dos títulos pré ou
pós fixados), além do risco de crédito, dependendo do emissor.

Não esquecer: Renda variável: variação dos preços das Ações que compõem a carteira do
fundo.

Longo prazo, quando o prazo médio da carteira for superior a 365 dias!

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO DA CVM – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS


Curto prazo, referenciado, renda fixa, Ações, cambial, dívida externa e
multimercado - Composição do patrimônio

 FUNDO DE CURTO PRAZO


→ Deverão aplicar seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais (Classificação Anbima) ou
privados prefixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados a
índice de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira do fundo
inferior a 60 dias (Classificação CVM);
→ Os títulos privados referidos acima deverão ter seu emissor classificado na categoria baixo risco de
crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco localizada no País;
→ Permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e a realização de operações
compromissadas lastreadas em títulos públicos federais;
→ É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a investidor
qualificado.
→ Pode fazer uso de derivativos, apenas para proteção da carteira.

 FUNDO REFERENCIADO
Deverá identificar em sua denominação o seu indicador de desempenho, em função dos ativos financeiros
integrantes das respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições;
→ Estipule que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma a
acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho (benchmark)
escolhido, podendo o gestor investir até 5% do PL em operações não aderentes ao índice de
referência.
→ Tenham 80% no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, por:
o Títulos de emissão do tesouro nacional ou BACEN
o Títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo
risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco
localizada no país, que permite ao gestor investir até 20% do PL em títulos privados
com risco de crédito mais elevado.
→ Restrinjam à respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização de operações com o
objetivo de proteger posições à vista, até o limite dessas;
→ O indicador de desempenho deve estar expressamente definido na denominação do fundo;
→ É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a investidor
qualificado.
→ Atuação no mercado de derivativos somente para realização de operações com o objetivo de
proteger posições detidas à vista, até o limite dessas. O gestor pode usar derivativos para
assumir risco ou alavancagem, situação na qual a posição de risco é maior que o patrimônio.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

 FUNDO DE RENDA FIXA


Deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de juros doméstica ou de índice de
preços ou ambos.
O principal fator de risco dessa classe é a variação da taxa de juros.
→ Deverá possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou indiretamente
sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;
→ É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a investidor
qualificado ou classificado como Renda Fixa de Longo Prazo (quando o prazo médio de sua carteira
supere 365 dias).
O gestor pode investir até 20% do PL em outros fatores de risco, como câmbio ou Ações. Não existe
restrição em relação a estratégia com derivativos.

 FUNDO CAMBIAL
Deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação de preços de moeda estrangeira, ou a
variação do cupom cambial. Fundos desse tipo são procurados por investidores que querem proteção cambial.
Outros investidores poderão estar sujeitos aos riscos inerentes ao comportamento da taxa de câmbio.
→ Deverá possuir, 80%, no mínimo, da carteira em ativos relacionados diretamente, ou indiretamente
sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;
O gestor pode investir até 20% do PL em outros fatores de risco, como juros ou Ações. Não há restrição
em relação a estratégia com derivativos.

 FUNDO DE DÍVIDA EXTERNA:


Deverão aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio liquido em títulos representativos da divida externa de
responsabilidade da União, sendo permitida a aplicação de até 20% do patrimônio líquido em outros títulos de
crédito transacionados no mercado internacional.

 FUNDOS DE ÍNDICE – PIBB PAPÉIS DE ÍNDICE BRASIL BOVESPA- CONCEITO


Os Fundos de Investimentos em índice com cotas negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado –
conhecidos internacionalmente como Exchange Traded Funds (ETFs) – permitem que os aplicadores adotem
novas estratégias de investimento.

São regulados pela Instrução CVM 359, de 22/1/2002.

Para o pequeno e médio investidor, a principal vantagem é poder comprar ou vender o índice de mercado
diretamente, da mesma forma que faz com as Ações, individualmente. Isso possibilita a exposição – a
diversificação teórica máxima de mercado – sem que seja necessário incorrer nos diversos custos de operação
que o investidor incorreria caso decidisse comprar todas as Ações que compõem o índice de mercado em
questão.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

 FUNDO MULTIMERCADO; ESTRATÉGIA DE HEDGE E ALAVANCAGEM


Devem possuir políticas de investimento que envolva vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator especial ou em fatores diferentes das demais classes.
→ não estará sujeito a limites de concentração por emissor, desde que o regulamento, prospecto e
material de venda, bem como os extratos enviados aos clientes, contenham, com destaque alerta de
que o fundo pode estar exposto à significativa concentração em ativos de poucos emissores, com
riscos daí decorrentes, os investimento nos seguintes ativos:
o Ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado
o bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de Ações admitidas à negociação
em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado
o cotas de fundos de Ações e cotas dos fundos de índice de Ações, negociadas em bolsa de
valores ou entidade de balcão organizado
o BDR – Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III.
Pode o gestor investir, respeitando o regulamento do fundo, em qualquer tipo de mercado. Não há
restrição para risco de crédito e é muito comum a estratégia de alavancagem com derivativos nos fundos
multimercado.

 FUNDO DE AÇÕES
Deverão ter como principal fator de risco a variação de preços de Ações admitidas à negociação no mercado à
vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado.
→ 67% (sessenta e sete por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido deverão ser compostos pelos
seguintes ativos:
o Ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;
o Bônus ou recibos de subscrição e certificados de deposito de Ações admitidas à negociação
em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;
o Cotas de fundos de Ações e cotas dos fundos de índice de Ações, negociadas em bolsa de
valores ou entidade de balcão organizado;
o BDR – Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III.
→ O patrimônio líquido do fundo que exceder o percentual fixado (67%), poderá ser aplicado em
qualquer outra modalidade de ativos financeiros, observados os limites de concentração por
modalidade de ativos.
→ O investimento nos ativos financeiros listados acima, não estará sujeito a limites de concentração por
emissor (exceto BDR nível I), desde que o regulamento, prospecto e material de venda do fundo,
bem como os extratos enviados aos clientes, contenham, com destaque alerta de que o fundo pode
estar exposto à significativa concentração em ativos de poucos emissores, com riscos daí
decorrentes.

 FUNDO DE CRÉDITO PRIVADO:


Podem manter mais de 20% de seu patrimônio aplicado em títulos de médio e alto risco de crédito. Os demais
80%, em cotas de FIC´s ou FICFIDC´s (fundos de recebíveis) e cotas de FI´s que apliquem em títulos privados
cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco ou equivalente, com certificação por agência de risco
localizada no país. Fundo destinado à Investidores Qualificados, e tem por característica superar o DI.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Classificação Característica Benchmark Gestão

Até 375 dias com prazo médio da carteira inferior a 60 dias;


Curto Prazo Selic Passiva
composto basicamente por títulos públicos federais;

Deve ter em sua denominação o benchmark de referência;


Referenciado DI Passiva
95% dos ativos devem acompanhar o Benchmark

Tem parâmetros de forma de ganho pré definidos no


Juros pré
Renda Fixa momento da contratação; Ativa
fixados
Deve manter 80% dos seus ativos em ativos de Renda Fixa

Pré Fixado com seu rendimento lastreado em moeda


Cambial PTAX Ativa
estrangeira

Investem em vários mercados diferentes, de forma a De acordo com


Multimercado alcançar a melhor rentabilidade possível: o ativo Ativa
podem utilizar a alavancagem como estratégia de gestão adquirido

Seu rendimento acompanha às variações dos títulos da Títulos com


Dívida Externa Passiva
dívida externa lastro na dívida

67% do seu PL no mínimo tem que ser composto de ações Ibovespa ou


Ações Ativa
e não existe limites de concentração por emissor IBRX

De acordo com
Investidor compra o índice de mercado diretamente;
Índices o índice Ativa
Exposição teórica máxima de mercado;
adquirido

Crédito Investe até 20% do seu patrimônio líquido em títulos de


Superar o DI Ativa
Privado médio e alto risco de crédito;

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Classificação Característica

FIDC - Fundo de acima de 50% do PL em direitos creditórios e títulos desses


Investimento em Direito direitos. Também conhecido como fundo de recebíveis, e
Creditório a aplicação mínima é de R$ 25.000,00 por investidor.
suas cotas são parcelas de valores mobiliários não
Fundos de Investimentos
resgatáveis, e devem ser comerciadas em mercado
Imobiliário
secundário.

Cotas negociadas em bolsa, atrelados à índices


Fundos de Índices PIBB
econômicos.

FIP - Fundos de Aquisição de Ações, debêntures, bônus de subscrição ou


Investimentos em outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou
Participações permutáveis, para composição de sua carteira.
Fundos de Investimentos
Fundo Fechado, destinado a aplicação em carteira
em Empresas
diversificada de Ações de empresas emergentes.
Emergentes

FIDC – FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITO CREDITÓRIO (FUNDOS DE RECEBÍVEIS)


Fundo de investimento que se destina à aplicação de parcela preponderante do patrimônio (acima de 50%) em
direitos creditórios e em títulos representativos desses direitos, originários de operações nos segmentos
financeiro, comercial, industrial, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços.
A aplicação mínima é de R$ 25 mil por investidor.
O cedente dos créditos não precisa montar uma SPE - Sociedade de Propósito Exclusivo, economizando custos
tributários e administrativos.
Para ele, a operação é neutra, do ponto de vista de impostos.
O mesmo que fundo de recebíveis.
Oficialmente, são considerados como direitos creditórios (recebíveis de crédito):
 Os direitos e títulos representativos de direitos de crédito, originários de operações realizadas nos
segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de
prestação de serviços;
 Os warrants e contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias e/ou serviços para
entrega ou prestação futura, bem como os títulos ou certificados representativos desses contratos,
desde que com garantia de instituição financeira ou de sociedade seguradora observada, nesse último
caso, a regulamentação específica da SUSEP
 Os direitos e títulos representativos de créditos de natureza diversa, assim reconhecidos pela CVM.

As empresas ou instituições que cedem os recebíveis de crédito que constituem os fundos devem subscrever
parte das cotas subordinadas, o que significa que só receberão o rendimento da aplicação depois que os cotistas
seniores, que são os verdadeiros investidores principais do fundo, o receberem.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

FUNDOS DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIO


Definição
Os Fundos Imobiliários são instrumentos do mercado de capitais para captação da poupança popular por meio
de quotas representativas de valores mobiliários de renda variável.
As quotas são parcelas de valores mobiliários não resgatáveis, isto é, o quotista tem que vender a terceiros,
como se fossem Ações de companhias abertas, parcela de suas quotas para retomar seu investimento.
Elas são emitidas para subscrição mediante ofertas públicas e devem ser comercializadas no mercado
secundário em mercado de balcão ou de bolsa.
Administração
O Fundo Imobiliário é uma adaptação do instituto do "TRUST" do direito comum anglo - saxão ao Direito
Brasileiro, regulado pela Lei 8668/93, modificada pela Lei 9779/99. Constitui-se, portanto, de grupos de
investidores semelhantes aos fundos de Ações de renda fixa gerido exclusivamente por instituição financeira sob
fiscalização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) com base nas Instruções 205/94 e 206/94.
Os recursos são aplicados em projetos imobiliários em construção ou já concluídos e seu patrimônio
compreenderá parte ou o todo de um ou mais imóveis e de direitos sobre os mesmos.
Outras formas de Investimentos Coletivos de Renda Variável em Imóveis são:
 Condomínio comum

 Condomínio por unidades autônomas

 Empresa de propósito específico

 Empresa de participações

 Debêntures de participação

O diferencial competitivo do Fundo Imobiliário em relação às demais alternativas de investimento coletivo em


imóveis é a sua liquidez decorrente da possibilidade da venda parcial ou total das quotas representativas do
investimento no mercado de balcão, sem as complicAções operacionais inerentes às transações imobiliárias.
Outra vantagem é que o Fundo pode aplicar seus recurso em vários empreendimentos simultaneamente, o seu
capital tende a ser maior que o de um condomínio constituído de apenas um imóvel o que lhe confere maior
flexibilidade no momento da venda das respectivas quotas.
O Fundo Imobiliário é o formato mais adequado como veículo "pass through", em função do regime de
tributação, nos quais a renda flui do empreendimento para os investidores através do fundo. Tendo menores
custos e uma base de capital mais ampla os Fundos Imobiliários podem oferecer maior liquidez para os
investimentos imobiliários.
Aspectos Tributários
O fundo está isento de impostos, inclusive de Imposto de Renda, este incide apenas, sobre as receitas
financeiras obtidas com a aplicação das disponibilidades de caixa do fundo na distribuição de rendimentos aos
participantes e no ganho de capital que o quotista obtiver por ocasião da venda de suas quotas. As normas
tributárias vigentes estabelecem uma retenção na fonte de valor equivalente a 20% do rendimento distribuído e
do ganho de capital. Os benefícios tributários estão regulados pela Lei 9779/99.
Conclusão
Os Fundos de Investimentos Imobiliários tendem a se tornar importante instrumento para interessados em
aplicações imobiliárias no Brasil, reunindo investidores institucionais nacionais e estrangeiros e criando um
mercado interno de varejo, na medida em que oferecem um diferencial em relação às outras formas de
transação imobiliária.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPAÇÕES (FIP)

O Fundo de Investimento em Participações - FIP é uma comunhão de recursos captados através do sistema
público de distribuição, que destina uma parcela preponderante do respectivo patrimônio para a aquisição de
Ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em
Ações.
A Instrução CVM nº 391/2003 exige que o FIP participe na definição da política estratégica e na gestão das
companhias investidas, especialmente através da indicação de membros do conselho de administração. Para
tanto, o FIP poderá (i) deter Ações que integrem o respectivo bloco de controle; (ii) celebrar acordo de acionistas;
ou (iii) celebrar ajuste diverso que assegure sua influência na definição da política estratégica e na gestão da
companhia investida.
As quotas a serem emitidas pelo FIP devem ter a forma nominativa, com valor mínimo de subscrição de R$
100.000,00 (cem mil reais), sendo que os aportes de capital no FIP, pelos quotistas, poderão ser efetivados por
meio de um compromisso através do qual os investidores fiquem obrigados a integralizar determinado valor
(capital comprometido) no fundo, na medida em que o administrador do FIP fizer chamadas, de acordo com
prazos e procedimentos preestabelecidos no Regulamento e em um instrumento particular entre cada cotista e o
FIP.
A emissão pública de quotas e a constituição do FIP dependerão de prévio registro perante a Comissão de
Valores Mobiliários-CVM, sendo que a distribuição das quotas junto ao mercado deverá ser realizada por
instituição financeira habilitada.

FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM EMPRESAS EMERGENTES

O Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes, constituído sob a forma de condomínio fechado, é
uma comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão
de empresas emergentes, e de sua denominação deverá constar a expressão "Fundo Mútuo de Investimento em
Empresas Emergentes.

Entende-se por empresa emergente a companhia que apresente faturamento líquido anual, ou faturamento
líquido anual consolidado, inferiores a R$ 100.000.000,00 (cem milhões de Reais), apurados no balanço de
encerramento do exercício anterior à aquisição dos valores mobiliários de sua emissão.

O Fundo terá prazo máximo de duração de 10 (dez) anos, contados a partir da data da autorização para
funcionamento pela Comissão de Valores Mobiliários. O prazo de duração será prorrogável, uma única vez, por
até mais 5 (cinco) anos, por aprovação de 2/3 da totalidade das quotas emitidas, em Assembléia Geral
especialmente convocada com esta finalidade.

→ É permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual do cotista que aplicar recursos no fundo
posteriormente a data da ultima cobrança, exclusivamente, nos casos em que o valor da cota adquirida
for inferior ao valor da mesma na data da ultima cobrança de performance efetuada (critério da Linha
dágua)

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Limites de concentração

A composição da carteira, em função do emissor dos títulos, modalidade de ativo e por conjunto de ativos,
deverá ser baseada de acordo com a legislação em vigor, nos limites de concentração estabelecidos a seguir:

(% máximo Limites de concentração por emissor na Composição da Carteira dos


do PL) Fundos de Investimentos (Exceto aos Fundos de Ações)

100% Quando o emissor for a União Federal (Títulos Públicos)


20% Quando o emissor for instituição financeira autorizada a funcionar pelo
BACEN e em Títulos ou valores mobiliários de emissão do administrador, do
gestor ou de empresa a eles ligados.
10% Quando o emissor for instituição não financeira (companhia aberta),
exemplo: Debêntures e Notas Promissórias Comerciais.
10% Fundo de Investimento (cotas de um mesmo fundo).
5% Quando o emissor for pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado que
não seja companhia aberta ou instituição financeira autorizada a funcionar
pelo BACEN.
0% Em Ações do administrador, exceção feita aos fundos cuja política de
investimento consista em reproduzir índice de mercado do qual as Ações do
administrador ou de companhias a ele ligadas façam parte, até o percentual
de participação das Ações do índice.
(% máximo Limites por modalidade de ativo na Composição da Carteira dos
do PL) Fundos de Investimentos (sem prejuízo das normas aplicáveis a cada
Classe de fundo).
100% Quando o emissor for a União Federal (Títulos Públicos)
100% Operações compromissadas com lastro em Títulos Federais.
100% Ouro negociado na BM&F
100% Títulos emitidos por instituição financeira.
100% Valores Mobiliários registrados na CVM e objeto de oferta pública com base
na IN CVN 400
20%  Cotas de FI e FIC regulados pela IN 409/456
 Cotas de Fundos de Investimentos Imobiliário
 Cotas de FI e FIC em Direitos Creditórios
 CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários
40% Para o conjunto dos ativos listados acima, quando se tratar de fundo
exclusivo para investidor qualificado

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109
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

TRIBUTAÇÃO
Dois tributos incidem sobre investimentos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e IR (Imposto de Renda).
Acompanhe:

IOF – Imposto sobre Operações Financeiras


Fato gerador do IOF: - resgate de cotas

Incide sobre Fundos de Investimentos com carência – quando do resgate de cotas, se o resgate ocorrer antes
do vencimento da carência, aplica-se a alíquota de 0,5% ao dia, limitado ao rendimento.

Em Fundos de Investimentos com liquidez diária (sem carência) e com percentual inferior a 67% em Ações, na
data do resgate, se ocorrer antes de 30 dias da aplicação, a alíquota é de 1% ao dia, limitado ao rendimento, e
cobrado de acordo com a tabela regressiva.

A pessoa jurídica que credita os rendimentos é a responsável pelo recolhimento do IOF.


Tabela do IOF:

Em fundos de Ações que detenham liquidez diária e com percentual inferior a 67% em Ações, a alíquota é zero,
qualquer que seja o prazo de resgate.
Nas operações com títulos públicos e outros títulos de renda fixa, o IOF será devido sempre que o prazo da
operação for inferior a 30 dias.
Nas operações de títulos públicos e outros instrumentos de renda fixa, o responsável pelo recolhimento do
imposto de renda e IOF será sempre a fonte pagadora.

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110
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Imposto de Renda (IR)


Fato gerador, alíquotas (conforme tipo de fundo – curto prazo, longo prazo e Ações, segundo a
Secretaria da Receita do Governo Federal – e tempo de permanência da aplicação), bases de
cálculo e responsabilidade de recolhimento.

É um tributo devido na apuração tanto de rendimentos provenientes de investimento de renda fixa quanto de
renda variável.

Os Fundos de Investimentos, exceto os fundos de Ações, (que possuem condições específicas, por não serem
classificados como curto ou longo prazo), são classificados em curto prazo e longo prazo para efeito de
tributação.

As alíquotas de tributação levam em consideração o prazo e a modalidade em que os recursos ficam aplicados.

FUNDOS DE RENDA FIXA – (Curto Prazo, Referenciado, Renda Fixa)

Prazo
Modalidade Alíquotas
de Permanência
Retenção de
até 180 dias 22,50%
Imposto de Renda
Fundos de Renda Fixa de 181 a 360 dias 20,00% na fonte, no último
(Longo Prazo) de 361 a 720 dias 17,50% dia útil de Maio e
Novembro, com
acima de 720 dias 15,00%
ajuste na data de
resgate.
Fundos de Renda Fixa até 180 dias 22,50%
(Curto Prazo) acima de 180 dias 20,00%

FUNDOS DE RENDA VARIÁVEL – (Ações)

Modalidade Prazo de Permanência Alíquotas Retenção


Fundos de Renda Imposto de Renda
Variável (Ações) e Para qualquer prazo 15% Retido na Fonte no
Clubes de momento do Resgate
Investimentos com renda.

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111
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Imposto de Renda – Fundos de Renda Fixa

A legislação que instituiu a conta Corrente para investimentos determina que o imposto de renda passe a incidir
sobre os rendimentos produzidos pelos fundos. Acompanhe:
→ No último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano, tributado as alíquotas
mínimas de cada categoria (fundo de curto prazo = 20%, fundo de longo prazo = 15%), ou
no resgate, se ocorrido em data anterior, com base nas alíquotas correspondentes ao
prazo decorrido

Definimos assim, o procedimento que o mercado nomeou de come cotas.

A responsabilidade pela retenção e recolhimento deste tributo é do administrador do fundo, que deverá
nas datas de ocorrência do fato gerador, se for o caso de come cotas, reduzir a quantidade de cotas de cada
contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda devido.

No caso de resgate, o valor do imposto é reduzido do valor de resgate, e sua base de cálculo será a diferença
positiva entre o valor patrimonial da cota, como segue:
→ No último dia útil dos meses de maio e novembro ou na data do resgate e o apurado na data da
aplicação ou na data anterior em que tenha ocorrido a incidência do imposto, no caso de fundos sem
prazo de carência
→ Na data em que se completar cada período de carência para resgate de cotas com rendimento ou no
resgate de cotas, se ocorrido em outra data, no caso de fundos com prazo de carência de ate 90 dias
→ No último dia útil de cada trimestre calendário ou no resgate, se ocorrido em data anterior, no caso de
fundos com prazo de carência superior a 90 dias

Por ocasião do resgate das cotas será aplicada a alíquota complementar em função do prazo decorrido,
conforme tabela mencionada.

Todo cálculo do Imposto de Renda é feito após o desconto do IOF, quando este for devido.

O Imposto de Renda NÃO influencia, NÃO altera a rentabilidade do fundo, NÃO altera o valor da
cota e SIM altera a rentabilidade do Investidor/Cliente.

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MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Imposto de Renda - Fundos de Renda Variável


Fundos de Ações

Modalidade Prazo de Permanência Alíquotas Retenção


Fundos de Renda Imposto de Renda
Variável (Ações) e Para qualquer prazo 15% Retido na Fonte no
Clubes de momento do Resgate
Investimentos com renda.

O fato gerador é o resgate de cotas, e sua base de cálculo será constituída pela
diferença positiva entre o valor de resgate e o custo de aquisição da cota, considerado
pelo seu valor patrimonial. É considerado fundo de investimento em Ações aqueles
cujas carteiras sejam constituídas, no mínimo, por 67% de Ações negociadas no
mercado á vista de bolsa de valores ou entidade assemelhada, e seu recolhimento, de
responsabilidade do administrador do fundo.

Compensação de Perdas no Pagamento de IR

A secretaria da Receita Federal permite a compensação de perdas em Fundos de Investimentos (renda fixa ou
variável), no pagamento do IR.

Perdas apuradas nos resgates de cotas de fundo de investimento poderão ser compensadas com os
rendimentos obtidos em cada período de incidência do imposto ou em resgates posteriores, seguindo o disposto
abaixo:
→ Entre Fundos de Investimentos administrado pela mesma instituição financeira ou por outra sob o
mesmo controle acionário;
→ Entre fundos de mesma classificação
→ A instituição administradora mantenha sistema de controle e registro em meio magnético que permita a
identificação, em relação a cada cotista, dos valores compensáveis;
→ No mesmo fundo de investimento a compensação de perdas anteriores é automático, independente de
haver resgate de cotas
→ Para compensar perdas em qualquer fundo, é necessário que tenha havido resgate de cotas para
caracterizar o prejuízo;
→ O limite temporal para a compensação de perdas é 31 de dezembro do ano calendário seguinte ao
resgate total em todos os fundos do mesmo administrador.
→ Caso o cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal para a
compensação de perdas

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113
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Alguns exemplos, num fundo de renda variável:

Período Rendimento do Compensação Rendimento IR devido


Mês de Perdas tributável
Primeiro R$ 1.000,00 - R$ 1.000,00 R$ 150,00
Segundo (R$ 700,00) - - -
Terceiro R$ 500,00 R$ 500,00 - -
quarto R$ 1.000,00 R$ 200,00 R$ 800,00 R$ 120,00

Neste caso, a perda havida no segundo período foi compensada nos períodos seguintes, quando o cliente
não pagou o IR. Veja agora, a mesma tabela, sem a compensação de perdas:

Período Rendimento do Rendimento IR devido


Mês Tributável
Primeiro R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 150,00
Segundo (R$ 700,00) - -
Terceiro R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 75,00
Quarto R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 150,00

O saldo de perdas apurado até 2004, poderá ser compensado com o mesmo fundo ou com
outros Fundos de Investimentos administrados pela mesma pessoa jurídica, exceto para os
fundos de Ações que será compensado, exclusivamente, com fundo de mesma natureza.

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114
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

PERIODICIDADE DE BALANÇOS E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


Os fundos de Ações continuam a ter sua escrituração contábil estabelecida de acordo com a instrução CVM 305,
de 05/05/99, devendo as contas e demonstrações contábeis do fundo serem segregadas da do administrador.
As suas demonstrações contábeis devem ser auditadas, semestralmente, por auditor independente registrado na
CVM, observadas as normas que disciplinam o exercício da atividade.
A avaliação das aplicações em renda variável deve ser feita pelo preço de mercado, ajustado pela dedução do
valor do tributo devido sobre os valores de ganhos de capital, dividendos ou juros sobre capital próprio
reconhecidos no resultado, devendo ser utilizadas as cotações médias do mercado em que os ativos
apresentarem maior liquidez, excluídas as cotações consideradas atípicas.
Na hipótese de ativos sem cotação, deve ser mantido o seu valor contábil e se constituir provisão sempre que
esse valor contábil for superior ao valor patrimonial
Nas operações no mercado a termo, os ativos adquiridos ou alienados devem ser contabilizados por seus
valores de cotação a vista, sendo as parcelas a receber ou a pagar prefixadas para uma data futura, ajustadas a
valor presente até a data do seu vencimento, tomando-se por base a taxa de cada contrato.
Nas operações no mercado futuro, o valor do contrato deve ser registrado em contas de compensação,
reconhecendo-se em contas de resultado os seus ajustes diários.
Nas operações com opções:
• Os contratos devem ser avaliados a preço de mercado, pelo valor do prêmio médio do dia
• Os valores de exercício a pagar e a receber, contabilizados em contas de compensação
• Os prêmios pagos e recebidos devem ser registrados no ativo e no passivo, respectivamente
• Quando do exercício da opção, o valor do prêmio integra o custo de aquisição ou de venda, conforme o
caso, e, em caso de não exercício, o prêmio pago é registrado como despesa e o prêmio recebido, como
receita.

Nas operações de financiamento, pode ser constituída provisão, de forma a ajustar o valor de mercado a curva
do financiamento.
A avaliação dos títulos de renda fixa deve ser feita pelo valor da aplicação, acrescido dos rendimentos líquidos
auferidos, incluindo amortizações de ágio e deságio, bem como o provisionamento dos tributos incidentes sobre
as parcelas reconhecidas no resultado, quando couber.
O valor assim obtido deve ser confrontado com o valor apurado mediante a aplicação da taxa básica vigente no
mercado na data base da avaliação, a fim de se apurar a perda ou o ganho na aplicação.O reconhecimento dos
rendimentos deve ser em base pro rata dia útil, utilizando o método exponencial.
Os impostos e contribuições incidentes na fonte devem ser contabilizados na data do reconhecimento dos
rendimentos e ganhos de capital, de acordo com o sistema de tributação.
Considera-se preço de ativo de mercado o valor que se pode obter com a negociação do título em um mercado
ativo, em que comprador e vendedor sejam independentes, sem que corresponda a uma transação compulsória
ou decorrente de um processo de liquidação.
Na ausência de mercado ativo para um determinado título, a sua contabilização deve ser feita: pelo valor que se
pode obter com a negociação de outro título de natureza, prazo e risco similares, em um mercado ativo; pelo
valor presente dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos, ajustado com base na taxa de juros vigente no
mercado ou pela curva pro rata da operação, na data da demonstração contábil, para títulos de natureza, prazo e
risco similares, devendo o critério adotado ser esclarecido em nota explicativa, ou por meio de modelos
matemático-estatísticos aplicáveis a situações não previstas.

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115
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?

1) Um fundo de investimento pode ser definido como um


a) Clube de investidores que se reúnem para troca de informações
b) Condomínio de investidores constituído para aplicação de recursos em uma carteira de
investimentos
c) Condomínio de investidores para aplicação conjunta de recursos em uma carteira de investimentos,
porém sem formalização jurídica
d) Reserva de recursos de investidores como uma forma de seguro em caso de perdas.

2) O que se entende por Patrimônio Líquido (PL) de um fundo de investimento:


a) A soma algébrica de todos os rendimentos menos as obrigações
b) O total de captação menos os saques
c) O valor total dos ativos na carteira em seu poder
d) A soma algébrica do disponível com o valor da carteira mais os valores a receber menos as
exigibilidades

3) O valor da cota de um fundo de investimento e apurado segundo a fórmula


a) Patrimônio liquido dividido pela quantidade de cotas
b) Patrimônio liquido multiplicado pela quantidade de cotas
c) Variância do patrimônio liquido
d) Desvio padrão do patrimônio líquido

4) A instituição financeira X faliu e era administradora do fundo de investimento Y. Apesar da falência da


instituição financeira X, as carteiras do fundo Y continuam com bons ativos e seu patrimônio líquido
continua positivo. Nesta situação, o fundo de investimento Y
a) Faliu, já que nenhum fundo de investimento pode operar sem administrador
b) Não faliu, já que possui personalidade jurídica separada da instituição financeira e escolherá um
novo administrador de seus recursos
c) Faliu, já que seus ativos pertencem à instituição financeira X
d) Não faliu, porém terá de arcar com eventuais dividas trabalhistas da instituição financeira X

5) O principio do Chinese Wall tem por objetivo


a) Formação de oligopólios e monopólios
b) Evitar a concorrência desleal
c) Evitar o conflito de interesses
d) Proporcionar ganhos de escala

6) O conceito de observação as normas, também conhecido como compliance, envolve diversos aspectos,
entre os quais:
I- Atender aos objetivos do fundo de investimento
II- Dispensar os mesmos cuidados e diligencias da administração dos recursos próprios também
aos recursos de terceiros
III- Evitar práticas que possam prejudicar a indústria de fundos e investimento e seus participantes.
a) Somente a I
b) I e II
c) II e III
d) I, II e III

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116
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

7) Os cotistas de fundos de investimento possuem diversos direitos, entre os quais receber:


a) Mensalmente extrato de investimentos e participar diretamente da administração do fundo
b) Anualmente extrato de investimentos e participar diretamente da administração do fundo
c) Semestralmente extrato de investimentos e anualmente informações sobre rendimentos
d) Mensalmente extrato de investimentos e anualmente informações sobre rendimentos no ano,
número de cotas que possui e valor.

8) O administrador do fundo de investimento tem como principais responsabilidades:


a) Contratar o gestor, outros prestadores de serviços e prestar informações para o cotista e ara a CVM
b) Selecionar os ativos que irão compor a carteira do fundo, administrando risco e retorno, conforme a
política de investimentos do fundo
c) Colocar ou vender as cotas do fundo, estando em contato direto com o cotista
d) Controlar e contabilizar as posições do fundo.

9) O gestor do fundo de investimento tem como principais responsabilidades.


a) Contratar o gestor, outros prestadores de serviços e prestar informações para o cotista e a CVM
b) Selecionar os ativos que irão compor a carteira do fundo, administrando o risco e o retorno,
conforme a política de investimentos do fundo
c) Colocar ou vender as cotas do fundo, estando em contato direto com o cotista
d) Controlar e contabilizar as posições do fundo

10) O distribuidor do fundo de investimento tem como principais responsabilidades


a) Contratar o gestor, outros prestadores e prestar informações para o cotista e para a CVM
b) Selecionar os ativos que irão compor a carteira do fundo, administrando risco e retorno, conforme a
política de investimentos do fundo
c) Colocar ou vender as cotas do fundo, estando em contato direto com o cotista
d) Controlar e contabilizar as posições do fundo.

11) O objetivo do fundo de investimento e sua política de investimento dizem respeito, respectivamente a:
a) Estruturação de gestão do fundo e tipo de gestão adotada
b) Estratégia adotada pelo fundo e suas metas
c) Os meios para atingir a finalidade do fundo e a sua finalidade
d) As metas do fundo e os meios para atingir essas metas

12) Os fundos de investimento apresentam algumas vantagens para pequenos investidores em relação ao
investimento direto em ativos individuais, sendo uma dessas vantagens
a) Possibilidade de investir em derivativos
b) Rentabilidade mínima garantida
c) Menor risco envolvido no investimento
d) Possibilidade de investir poucos recursos e obter retorno similar ao de investimentos de grandes
recursos devido ao condomínio.

13) O regulamento de um fundo de investimento é o documento que:


a) Apresenta as informações relevantes ao investidor relativas ao objetivo, política de investimento e
riscos envolvidos no fundo
b) Contem todas as informações sobre o funcionamento do fundo estabelecidas pela CVM, BACEN e é
registrado em cartório
c) O cotista atesta que recebeu todas as informações relevantes para o investimento no fundo
d) Demonstra a rentabilidade periódica e o numero de cotas do fundo

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117
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

14) Conforme as normas do BACEN sobre a divulgação de cota e rentabilidade, estas devem ser divulgadas
periodicamente de forma obrigatória:
a) Somente nos extratos mensais disponíveis na sede do administrador do fundo
b) Nos extratos mensais disponíveis na sede do administrador do fundo e enviadas via correio
c) Nos extratos mensais disponíveis na sede do administrador do fundo e também enviadas via correio,
além de jornal indicado no regulamento
d) Somente via correio eletrônico

15) A instância decisória máxima em um fundo é?


a) Parecer da auditoria
b) Reunião da assembléia geral
c) Decisão do administrador
d) Decisão do gestor

16) São considerados investidores qualificados:


a) Pessoas físicas e jurídicas, que possuam investimentos financeiros em volume inferior a R$
300.000,00, e que atestem por escrito sua condição de investidor qualificado, mediante assinatura de
termo próprio.
b) Gestor de um fundo de investimento, em sua pessoa jurídica, qualquer que seja o patrimônio.
c) Fundos de Investimentos Abertos
d) Regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou por municípios.

17) Dispensar a elaboração de prospecto e pode estabelecer prazos próprios para conversão de cotas e
pagamentos de resgates. Essas são particularidades dos:
a) Fundos Fechados
b) Fundos Abertos
c) Fundos para Investidores Qualificados
d) Fundos de Gestão Ativa

18) Fundo de Investimento que aplica seu patrimônio em títulos representativos de direitos creditórios,
originários de operações nos segmentos financeiro, comercial, industrial, de arrendamento mercantil e
de prestação de serviços.
a) Fundos de Investimento Imobiliário
b) FIP – Fundos de Investimento em Participações
c) FIDC – Fundo de Investimento em Direito Creditório
d) Fundos de Investimento em Empresas Emergentes

19) O Fundo de Investimento em Empresas Emergentes, tem por característica:


a) É um fundo aberto, destinado à aplicação em carteira diversificada de ações de empresas
emergentes
b) Aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários
conversíveis ou permutáveis, para composição de sua carteira
c) Tem suas cotas negociadas em bolsa, e atrelados à índices econômicos
d) É um fundo fechado, destinado à aplicação em carteira diversificada de ações de empresas
emergentes

20) Sobre o Fundo de Investimento Imobiliário, está incorreto:


a) São instrumentos do mercado de capitais para captação da poupança popular por meio de cotas
representativas de valores mobiliários de renda variável.
b) Tendem a se tornar importante instrumento para interessados em aplicações imobiliárias
c) Por terem menores custos e uma base de capital mais ampla, podem oferecer maior liquidez para os
investimentos imobiliários
d) Suas cotas são resgatáveis.

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118
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
LEITURA OBRIGATÓRIA
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE PROSPECTO CONDIZEM COM A REALIDADE DE
UM PROSPECTO DE FUNDO DE INVESTIMENTO, PORÉM, OS NOMES DAS
INSTITUIÇÕES FORAM TROCADOS POR MOTIVOS ÉTICOS.

PROSPECTO
PIO`S BANK FUNDOS DE INVESTIMENTOS - REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO
LONGO PRAZO PLUS
ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DAS
DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE
INVESTIMENTOS, BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A
AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NÃO
IMPLICA, POR PARTE DA CVM OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS,
OU JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS
INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS
ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE
INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM
SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS.
O INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO APRESENTA RISCOS
PARA O INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE
RISCO, NÃO HÁ GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE PERDAS PARA O FUNDO DE
INVESTIMENTO E PARA O INVESTIDOR.
O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO
ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU
AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC.
A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURO.
PRODUTOS DE MAIOR RISCO NÃO NECESSARIAMENTE RESULTAM EM MAIOR RENTABILIDADE E SÃO
INDICADOS PARA PRAZOS DE APLICAÇÃO MAIS LONGOS.
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESSE PROSPECTO ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM O REGULAMENTO DO
FUNDO DE INVESTIMENTO, MAS NÃO O SUBSTITUEM. É RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA TANTO
DESTE PROSPECTO QUANTO DO REGULAMENTO, COM ESPECIAL ATENÇÃO PARA AS CLÁUSULAS
RELATIVAS AO OBJETIVO E A POLITICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO, BEM COMO ÀS
DISPOSIÇÕES DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO QUE TRATAM DOS FATORES DE RISCO A QUE O
FUNDO ESTÁ EXPOSTO.
ESTE FUNDO ESTÁ SUJEITO A RISCO DE PERDA SUBSTANCIAL DE SEU PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM CASO DE
EVENTOS QUE ACARRETEM O NÃO PAGAMENTO DOS ATIVOS INTEGRANTES DE SUA CARTEIRA E/OU DA
CARTEIRA DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM QUE ELE INVESTE, INCLUSIVE POR FORÇA DE
INTERVENÇÃO, LIQUIDAÇÃO, REGIME DE ADMINISTRAÇÃO TEMPORÁRIA, FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO
JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL DOS EMISSORES RESPONSÁVEIS PELOS ATIVOS DO FUNDO.
ESTE FUNDO MANTÉ UMA CARTEIRA DE ATIVOS COM PRAZO MÉDIO SUPERIOR A 365 DIAS, O QUE PODE
LEVAR A UMA MAIOR OSCILAÇÃO NO VALOR DA COTA SE COMPARADA À DE FUNDOS SIMILARES COM
PRAZO INFERIOR.

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119
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
INFORMAÇÕES GERAIS
PIO´S BANK FUNDO DE
INVESTIMENTO
RAZÃO SOCIAL REFERENCIADO DI CRÉDITO
PRIVADO DE LONGO PRAZO
PLUS
CNPJ 09.999.999/0001-99
Data de Início
13/1/2000
do Fundo
Instrução 409 da CVM de
18/09/2004, alterações
Base Legal
posteriores e legislação
complementar aplicável.
PIO`S BANK S/A BANCO
Administrador
MÚLTIPLO Em caso de dúvidas, sugestões ou
PIO`S BANK GESTOR DE reclamações, consulte o seu Gerente
Gestor
FUNDOS E RECURSOS S/A de Relacionamento ou enre em
PIO`S BANK S/A BANCO contato com o nosso serviço de
Custodiante Atendimento
MÚLTIPLO atendimento ao cliente atraves do
ao Cliente
Controladoria e telefone 99-9999-9999. SERVIÇO
PIO`S BANK S/A BANCO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:
Processament
MÚLTIPLO RUA SÃO JORGE, S/N
o
SÃO PAULO/SP
PIO`S BANK S/A BANCO
Tesouraria
MÚLTIPLO
Auditoria Auditores Associados EPM S/A
PIO`S BANK S/A BANCO
Distribuidor
MÚLTIPLO
Classificação
REFERENCIADO DI
ANBIMA
Aplicação
R$ 300.000,00
Inicial
Movimentaçõe
R$ 1.000,00
s
Permanência R$ 75.000,00
sim (de acordo com o conteúdo
Volume Global
interno)
Tipo de
Aberto
Condomínio
Prazo de FIC - Fundo de Investimento em
Indeterminado
Duração Cotas
Carência inexistente FI - Fundo de Investimento
Conversão de FIDC - Fundo de Investimento em
D0 para aplicação e resgate
Cotas Direitos Creditórios
FICFIDC - Fundo de Investimento em
Pagamento do
D0 Cotas de Fundo de Investimento em
Resgate
Direitos Creditórios
Siglas
Tipo de Cota Abertura FII - Fundo de Investimento Imobiliário
Taxa de
0,30% a.a. PL - Patrimônio Líquido
Administração
Taxa de CVM - Comissão de Valores
Não há
Performance Mobiliários
Data do
13 de Outubro de 2010.
Prospecto
Horário de
Até as 17:00h (horário de Brasília)
Movimentação

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120
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ADMINISTRADOR DO FUNDO
A administração, atividades de tesouraria, controle, processamento de títulos e valores mobiliários, registro
escritural de cotas e distribuição do FUNDO são realizadas pelo Pio`s Bank Banco Múltiplo, instituição financeira,
devidamente autorizada pela CVM para prestar os serviços de administração de carteira de valores mobiliários.
O Pio`s Bank é uma organização sediada na cidade de São Paulo, e presente em todo o território nacional.

GESTOR DO FUNDO
Pio`s Bank Gestor de Fundos e Recursos S/A é uma empresa de gestão de recursos de terceiros, devidamente
autorizada pela CVM para prestar os serviços de administração de carteira de valores mobiliários.
O Gestor mantém suas atividades totalmente segregadas das atividades do Administrador, garantindo
transparência e independência na gestão de recursos de terceiros e conta com profissionais altamente
especializados e com vasta experiência na gestão de Fundos de Investimentos.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os serviços de gestão da carteira do FUNDO serão prestados pelo Pio`s Bank Gestor de Fundos e Recursos
S/A.
As atividades de tesouraria, controle, processamento dos títulos e valores mobiliários dos ativos integrantes da
carteira do FUNDO, bem como a distribuição, escrituração, emissão e resgate de cotas são realizadas pelo Pio´s
Bank.
Os serviços de custódia de títulos, valores mobiliários e demais ativos financeiros integrantes da carteira do
FUNDO são prestados pelo ADMINISTRADOR.
Corretoras podem ser contratadas pelo Pio`s Bank para fornecer análises macroeconômicas, setoriais ou
específicas de empresas. Tais corretoras são escolhidas pelo princípio de “Best execution”, no qual primamos
por operar com corretoras reconhecidas por sua tradição, experiência e capacidade de fornecer trabalhos de
pesquisa de qualidade internacional. O Pio`s Bank poderá ter em suas instalações terminais eletrônicos ou
outros equipamentos disponibilizados por estas corretoras.
Todos os benefícios e/ou descontos obtidos pelo Pio`s Bank junto a estas corretoras são repassadas
integralmente para os fundos nos termos da legislação aplicável.
O Serviço de auditoria independente é prestado pela Auditores Associados EPM S/A.

PÚBLICO ALVO
O FUNDO se destina aos investidores em geral, conforme segmentação definida pelo ADMINISTRADOR, que
possuam objetivo de investimento compatível com o previsto na Política de Investimento e conheçam e aceitem
os riscos associados ao Fundo, doravante designados em conjunto “cotistas” e individualmente “cotista”.

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121
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
META E OBJETIVO DE GESTÃO
A meta do FUNDO será buscar rentabilidade próxima à variação verificada pelo Certificado de Depósito
Interbancário (CDI) – CETIP publicado e divulgado pela ANDIMA. Fica estabelecido que a meta prevista não
se caracteriza como uma promessa, garantia ou sugestão de rentabilidade, consistindo apenas em um
objetivo a ser perseguido pelo GESTOR.

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS E SELEÇÃO DE ATIVOS


O objetivo do FUNDO é investir seus recursos em uma carteira de ativos, conforme definidos na
regulamentação,aplicável, devendo observar, cumulativamente, as seguintes condições:
I- No mínimo 80% do PL do FUNDO deve estar representado, isolada ou cumulativamente, por:

a- Títulos de emissão do Tesouro Nacional ou do Banco Central do Brasil;

b- Títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco de
crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco localizada no País.

II- No mínimo 95% da carteira do FUNDO seja composta por ativos financeiros de forma a acompanhar,
direta ou indiretamente, a variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) – CETIP publicado
e divulgado pela ANDIMA.

O GESTOR deverá manter os recursos do FUNDO aplicados dentro dos limites de concentração por
modalidade de ativo financeiro, observados ainda os limites de concentração por emissor, em relação ao PL
do FUNDO, conforme disposto nos quadros do Anexo I do presente prospecto.
O FUNDO pode realizar operações compromissadas, de acordo com a regulamentação do conselho
monetário Nacional (“CMN”), utilizando como objeto os ativos financeiros que possam integrar a sua carteira,
devendo, nos termos da legislação aplicável, ser observados os limites estabelecidos para os emissores,
considerando que não há limites para as operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais;
O ADMINISTRADOR e o GESTOR devem assegurar-se de que, na consolidação das aplicações do FUNDO
com as aplicações dos fundos investidos, os limites de concentração por emissor e por modalidade de ativos
financeiros previstos na regulamentação aplicável não sejam excedidos.
O FUNDO poderá atuar nos mercados de derivativos, diretamente ou por meio de Fundos de Investimentos,
desde que observadas, cumulativamente as seguintes condições,
a- As operações deverão ser registradas ou negociadas em bolsa de valores ou de mercadorias e futuros;

b- As operações deverão ter câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação como


contraparte central garantidora;

c- Depósito de margem limitado a 15% (quinze por cento) da posição em títulos da dívida pública mobiliária
federal, títulos e valores mobiliários de emissão de instituição financeira autorizada a funcionar pelo
BACEN da carteira do FUNDO, não sendo considerados os títulos recebidos como lastro de operações
compromissadas;

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122
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

d- Valor total dos prêmios de opções pagos limitado a 5% (cinco por cento) da posição em títulos da dívida
pública mobiliária federal, títulos e valores mobiliários de emissão de instituição financeira autorizada a
funcionar pelo BACEN da carteira do FUNDO, não sendo considerados os títulos recebidos como lastro
de operações compromissadas.

e- As operações não podem gerar exposição superior a 01 (uma) vez o patrimônio líquido do FUNDO.

As aplicações dos recursos do FUNDO em quaisquer ativos financeiros considerados nos termos da
regulamentação aplicável como de “crédito privado” deverão observar os limites dispostos no quadro abaixo, em
relação ao PL do FUNDO, considerando que o ADMINISTRADOR e o GESTOR devem assegurar-se de que, na
consolidação das aplicações do FUNDO com as aplicações dos fundos investidos, tais limites não sejam
excedidos.
LIMITES DE CRÉDITO PRIVADO
Mínimo 0%
Máximo 100%

O GESTOR também deverá observar as seguintes vedAções para a composição da carteira do FUNDO e
realização de operações, inclusive em sua política de investimento, as VedAções previstas na Resolução 3456,
de 01/06/2007, do Conselho Monetário Nacional e seu regulamento anexo, bem como suas alterações
posteriores:

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123
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Vedações
I Títulos Públicos de emissão de Estados e Municípios
II Aplicar seus recursos em cotas de fundos que nele invistam
III Aplicar seus recursos em ativos de renda variável
IV Operações de emprestimo de títulos e valores mobiliários
Operações que tenham como contraparte o próprio cotista ou
V
seus fundos de investimento exclusivos
realizar operações de compra e venda de um mesmo título,
valor mobiliário ou contrato de derivativo em um mesmo dia
VI (operações "day-trade"), excetuadas as realizadas em
platafora eletronica ou em bolsa de valores ou de mercadorias
e futuros, desde que devidamente justificadas
aplicar seus recursos em cotas de fundos de investimento que
possam realizar operações no mercado de derivativos a
VII
descoberto ou que gerem possibilidade de perda superior ao
valor do patrimônio líquido do fundo investido
VIII aplicar seus recusos no exterior
locar, emprestar, tomar emprestado, empenhar ou caucionar
títulos e valores mobiliários, exceto nas hipóteses de:
(1) depósito de garantias em operações de derivativos;
IX (2) operações de empréstimo de títulos e valores mobiliários,
expressamente previstas neste Regulamento:
(3) depósito de garantias de ações judiciais, em nome do
FUNDO.
Poderão atuar como contraparte em operações realizadas com o FUNDO, direta ou indiretamente, o
ADMINISTRADOR, GESTOR, os seus controladores, suas coligadas ou sociedades com eles submetidas a
controle comum, bem como Fundos de Investimentos e/ou carteiras de títulos e valores mobiliários por ele
administrados.
O FUNDO pode aplicar seus recursos em cotas de Fundos de Investimentos administrados e/ou geridos pelo
ADMINISTRADOR, GESTOR ou por seus controladores, suas coligadas ou sociedades com eles submetidas a
controle comum, observados os limites acima.
Com exceção das cotas de FIs constituídos sob a forma de condomínio aberto, somente poderão compor a
carteira do FUNDO ativos financeiros admitidos a negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros, ou
registrados em sistema de registro, de custódia ou de liquidação financeira devidamente autorizado pelo Banco
Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários.
Processo de análise para seleção e alocação de ativos:
Todas as decisões relativas a alocação dos ativos em carteira são aprovadas por consenso em Comitê de
Investimentos, em que participam diretores, gestores de recursos, analistas de investimento e economistas do
GESTOR, que se reúnem periodicamente. As decisões são tomadas a partir das perspectivas para o quadro
internacional, da análise do panorama político e da visão para a condução da política econômica e do
comportamento das principais variáveis econômicas. A equipe de analistas é responsável pela avaliação do
desempenho econômico-financeiro das empresas. Nesta abordagem são realizadas análises macroeconômicas,
modelos quantitativos, bem como análises setoriais e específicas dos emissores dos ativos que compõem a
carteira do FUNDO.

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124
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
RISCOS

Não obstante o emprego pelo ADMINISTRADOR e pelo GESTOR de plena diligencia e da boa pratica de
administração e gestão do FUNDO, e da estrita observância da política de investimento definida no
Regulamento, das regras legais e regulamentares aplicáveis a sua administração e gestão, o FUNDO estará
sujeito aos riscos inerentes às aplicações em Fundos de Investimentos, os quis poderão ocasionar flutuações
nos preços e na rentabilidade dos ativos que compõem a carteira, acarretando oscilações no valor da cota.
A opção pela aplicação em FIs traz consigo alguns riscos inerentes às aplicações financeiras.
Mesmo que o FUNDO possua um tipo de risco preponderante, este poderá sofrer perdas decorrentes de outros
riscos. Os principais riscos são:
I- Risco de mercado: os ativos dos Fundos de Investimentos são contabilizados a valor de mercado, que
é afetado por fatores econômicos gerais e específicos como por exemplo ciclos econômicos,
alteração de legislação e de política econômica, situação econômico-financeira dos emissores dos
títulos, podendo, dessa forma, causar oscilações nos preços dos títulos e valores mobiliários que
compõem a carteira, podendo levar a uma depreciação do valor da cota deste FUNDO;

II- Risco de crédito: caracteriza-se principalmente pela possibilidade de inadimplemento das contrapartes
em operações realizadas com os Fundos de Investimentos ou dos emissores de títulos e valores
mobiliários integrantes da carteira, podendo ocorrer, conforme o caso, perdas financeiras até o
montante das operações contratadas e não liquidadas, assim como o valor dos rendimentos e/ou do
principal dos títulos e valores mobiliários. O FUNDO está sujeito a risco de perda substancial de seu
PL em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira,
inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência,
recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do FUNDO;

III- Risco de liquidez: caracteriza-se principalmente pela possibilidade de redução ou mesmo inexistência
de demanda pelos ativos integrantes da carteira nos respectivos mercados em que são negociados,
podendo o gestor encontrar dificuldades para liquidar posições ou negociar esses ativos pelo preço e
no tempo desejados;

IV- Risco de concentração: a eventual concentração de investimentos em determinado(s) emissor(es), em


cotas de um mesmo fundo de investimento, e em cotas de Fundos de Investimentos administrados
e/ou geridos por uma mesma pessoa jurídica pode aumentar a exposição da carteira aos riscos
mencionados acima e consequentemente, aumentar a volatilidade do FUNDO;

V- Risco pela utilização de cota de abertura: considerando que o FUNDO utiliza cota de abertura,
conforme definida no regulamento do FUNDO, há a possibilidade de perdas decorrentes da
volatilidade nos preços dos ativos financeiros que integram sua carteira;

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125
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Risco pela utilização de derivativos: as estratégias com derivativos utilizadas pelos Fundos de Investimentos
podem aumentar a volatilidade da sua carteira. O preço dos derivativos depende, além do preço do ativo base no
mercado a vista, de outros parâmetros de apreçamento, baseados em expectativas futuras. Mesmo que o preço
do ativo base permaneça inalterado, pode ocorrer variação nos preços dos derivativos e consequentemente,
ganhos ou perdas. Os preços dos ativos e dos derivativos podem sofrer descontinuidades substanciais afetados
por eventos isolados. A utilização de estratégias com derivativos como parte integrante da política de
investimento dos Fundos de Investimentos pode resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas;
Em virtude dos riscos descritos acima, não poderá ser imputada ao ADMINISTRADOR e/ou ao GESTOR
qualquer responsabilidade, direta ou indireta, parcial ou total, por eventual depreciação dos ativos financeiros
integrantes da carteira do FUNDO ou por eventuais prejuízos que o FUNDO e seus cotistas venham a sofrer,
sem prejuízo da responsabilidade do ADMINISTRADOR e do GESTOR em caso de inobservância da política de
investimento ou dos limites de concentração previstos no Regulamento e na legislação aplicável.
As aplicações realizadas no FUNDO não contam com garantia do ADMINISTRADOR e/ou do GESTOR, de
qualquer mecanismo de seguro ou do Fundo Garantidor de Créditos – FGC.

ADMINISTRAÇÃO DOS RISCOS


A administração de risco tem como valor principal a transparência e a busca à adequação às políticas de
investimentos e conformidade à legislação vigente são suas principais metas. Os riscos que o FUNDO pode
incorrer são controlados e avaliados pela área de gerenciamento de risco, a qual está totalmente
desvinculada da gestão. Embora o gerenciamento de riscos seja bastante adequado não elimina a
possibilidade de perda para o FUNDO e para o investidor.
O ADMINISTRADOR se utiliza dos seguintes métodos para gerenciamento de riscos:
I- Risco de mercado: para a administração de risco, o ADMINISTRADOR avalia diariamente suas
carteiras e emprega ferramentas estatístico-financeiras com base nas melhores práticas de
gerenciamento de risco difundidas nos mercados financeiros doméstico e internacional. As principais
abordagens realizadas estão expressas a seguir:

a- VaR: baseado em ferramentas econométricas indica a máxima perda possível com certo nível de
confiança para um certo intervalo de tempo para as posições e para o FUNDO de maneira geral;

b- Stress Testing: são construídas simulações diárias com base em cenários previamente
definidos e decompondo as posições em seus principais fatores de risco; e

c- Bachtesting: buscando validar e determinar a precisão do sistema de risco são realizados tais
testes.

II- Risco de crédito: visando mitigar este risco, estabelecem-se limites de risco por emissor em função da
capacidade financeira atual e futura de pagamento. A qualidade de crédito de cada emissor é
acompanhada e reavaliada sistematicamente de forma a manter o risco de inadimplemento desses
emissores dentro do parâmetro estabelecido para o FUNDO. O controle de risco de crédito é
exercido independente da gestão do FUNDO.

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126
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
III- Risco de liquidez: o gestor mantém um volume de recursos em caixa ou em títulos de alta liquidez,
adequado ao fluxo de aplicações e resgates históricos registrados pelo FUNDO. Os relatórios de
liquidez são gerados de forma independente pela função de controle de risco.

IV- Risco de concentração: todos os limites de exposição a classes de ativos, instrumentos


financeiros,emissores, prazos e quaisquer outros parâmetros relevantes determinados na política de
investimento ou pelas normas e regulamentações aplicáveis ao FUNDO são controlados pela função
de middle-office que utiliza software específico para esse fim.

V- Risco decorrente do uso de derivativos: a função de gestão de risco controla diariamente as


exposições efetivas do FUNDO em relação as principais classes de ativos de mercado de tal forma
que não haja exposição residual a nenhum ativo que esteja fora das especificAções da política de
investimento do FUNDO. A utilização de derivativos é também controlada para que seja utilizada
somente como instrumento de criação de exposições sintéticas às classes de ativos pertinentes a
política de investimento e que estejam dentro do limite patrimonial do FUNDO.

Os métodos previstos acima, utilizados pelo ADMINISTRADOR para gerenciamento dos riscos a que o
FUNDO se encontra sujeito, não constituem garantia contra eventuais perdas patrimoniais que possam ser
incorridas pelo FUNDO.

CONVERSÃO DE APLICAÇÃO, RESGATE E


PAGAMENTO DE RESGATE

Tipo de Cota Abertura

Do dia da Aplicação
Conversão Aplicação
(D0)

Conversão de cotas Do dia da Solicitação


para Resgate (D0)

Do dia da Solicitação
Pagamento do Resgate
(D0)

Carência de Resgate Não Há

As movimentações no FUNDO podem ocorrer em dias úteis, respeitando-se o horário de movimentação


estabelecido pelo Administrador.
É facultado ao ADMINISTRADOR suspender, a qualquer momento, novas aplicações no FUNDO, desde
que tal suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e cotistas atuais.
O pagamento do resgate será efetuado no mesmo dia da data da conversão das cotas, por meio de crédito
em conta corrente ou ordem de pagamento.
A conversão das cotas, assim entendida, a apuração do valor da cota para efeito do pagamento de resgate,
será efetivada no mesmo dia do recebimento do pedido de resgate pelo ADMINISTRADOR, dentro do
horário limite por ele estabelecido.

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127
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do FUNDO, inclusive em decorrência de
pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento
tributário do FUNDO ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o ADMINISTRADOR poderá
declarar o fechamento do FUNDO para a realização de resgates, nos termos da legislação aplicável, sendo
obrigatória a convocação de Assembléia Geral Extraordinária, no prazo máximo de 1 dia, para deliberar, no
prazo de 15 dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as possibilidades de:
I- Substituição do ADMINISTRADOR, do gestor ou ambos;

II- Reabertura ou manutenção do fechamento do FUNDO para resgate;

III- Pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários

IV- Cisão e liquidação do FUNDO;

O VALOR DA COTA DESTE FUNDO SERÁ CALCULADO A PARTIR DO PATRIMONIO LIQUIDO DO DIA
ANTERIOR DEVIDAMENTE ATUALIZADO POR 1 DIA (COTA DE ABERTURA). EVENTUAIS AJUSTES
DECORRENTES DAS APLICAÇÕES E RESGATES OCORRIDOS DURANTE O DIA SERÃO LANÇADOS
CONTRA O PL DO FUNDO PODENDO ACARRETAR PERDAS DECORRENTES DA VOLATILIDADE
DOS PREÇOS DOS ATIVOS QUE INTEGRAM A SUA CARTEIRA.
Um único cotista poderá deter até 100% das cotas do FUNDO.

VALORES DE MOVIMENTAÇÃO
• Aplicação inicial: R$ 300.000,00

• Movimentações subseqüentes: R$ 1.000,00

• Permanência: R$ 75.000,00

Poderão ingressar no Fundo, utilizando-se de valores iguais ou superiores ao saldo mínimo de permanência, os
investidores que possuírem, no dia útil anterior à efetiva aplicação (D-1), um volume total aplicado em Fundos de
Investimentos administrados pelo Pio´s Bank, igual ou superior ao valor inicial mínimo exigido.
Em sendo verificado, quando do pedido de resgate, saldo remanescente inferior ao valor mínimo de
permanência, este será automaticamente acrescido ao resgate solicitado.
Não há valores máximos para investimentos no FUNDO.

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128
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADO
Os resultados auferidos pelo FUNDO serão incorporados ao seu patrimônio e serão utilizados para novos
investimentos pelo FUNDO.

POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO


O GESTOR do FUNDO adota política de exercício de direito de voto em assembléias referentes aos ativos
financeiros integrantes da carteira do Fundo.
O GESTOR exercerá, obrigatoriamente, o direito de voto do Fundo nas assembléias que tratarem das Matérias
Relevantes Obrigatórias, sem prejuízo das Situações de Exceção, conforme definidas na Política de Voto,
sendo-lhe facultado o mesmo direito em relação a outras matérias sempre que julgar que seja de interesse do
FUNDO e de seus investidores.
As decisões do GESTOR quanto ao exercício de direito de voto serão tomadas de forma diligente, como regra
de boa governança, mediante a observância da Política de Voto, com o objetivo de preservar os interesses do
FUNDO.

ASSEMBLÉIA GERAL
A Assembléia Geral de Cotistas é o fórum no qual os cotistas, ADMINISTRADOR e GESTOR se reúnem para
discutir assuntos de interesse do FUNDO e dos Cotistas. A presença dos cotistas nas Assembléias é
recomendada para que os mesmos possam participar, decidir e votar sobre os seguintes assuntos:
I- Aprovação das demonstrações contábeis

II- Substituição do ADMINISTRADOR, GESTOR ou CUSTODIANTE

III- Fusão, incorporação, cisão, transformação ou liquidação do FUNDO.

IV- Aumento da taxa de administração

V- Alteração da política de investimento

VI- Amortização de cotas e

VII- Alteração do regulamento

Os cotistas são convocados para as Assembléias Gerais por meio de correspondência encaminhada a cada
cotista com no mínimo 10 dias de antecedência da data de realização da Assembléia. Nesta correspondência é
informado dia, hora e local em que será realizada a Assembléia Geral.
O resumo com as deliberações das assembléias é comunicado aos cotistas por correspondência enviada em até
30 dias da realização da Assembléia.
O ADMINISTRADOR, o GESTOR, o CUSTODIANTE ou o cotista ou grupo de cotistas que detenha, no mínimo,
5% do total de cotas emitidas, poderão convocar a qualquer tempo Assembléia Geral de Cotistas, para deliberar
sobre ordem do dia de interesse do FUNDO ou dos cotistas.

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129
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A Assembléia Geral se instalará com a presença de qualquer número de Cotistas, sendo as deliberações
tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota 1 voto. Na hipótese de destituição do ADMINISTRADOR,
será exigido um quorum qualificado de metade mais uma das cotas emitidas pelo FUNDO.
Somente podem votar na Assembléia Geral os Cotistas do FUNDO inscritos no registro de cotistas na data da
convocação da Assembléia, seus representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de 1
ano.
Os cotistas também poderão votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida pelo
ADMINISTRADOR, no serviço de atendimento ao cotista, antes do inicio da assembléia.
Não podem votar nas Assembléias Gerais do FUNDO:
I- Seu ADMINISTRADOR e seu GESTOR;

II- Sócios, diretores e funcionários do ADMINISTRADOR ou do GESTOR

III- Empresas ligadas ao ADMINISTRADOR ou ao GESTOR, seus sócios, diretores e funcionários.

O regulamento também pode ser alterado, independentemente da assembléia geral, sempre que tal alteração
decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento às exigências expressas da CVM, de adequação as
normas legais ou regulamentares ou ainda em virtude da atualização dos dados cadastrais do
ADMINISTRADOR, do GESTOR ou do CUSTODIANTE do FUNDO.

POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES


O FUNDO adota a seguinte política de divulgação de informações:
I- Diariamente, será disponibilizada informação do valor da cota e do PL do FUNDO;

II- Mensalmente, até 10 dias após o encerramento do mês a que se referirem, será disponibilizado o
demonstrativo da composição e diversificação da carteira do FUNDO; e

III- Anualmente, no prazo de 90 dias, contados a partir do encerramento do exercício social do FUNDO a
que se referirem, serão disponibilizadas as demonstrações contábeis acompanhadas do parecer do
auditor independente.

Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam ser prejudicadas pela sua divulgação, as
informações sobre a composição da carteira poderão omitir a identificação e quantidade das mesmas pelo
prazo de até 90 dias após o encerramento do mês, registrando somente o valor e sua percentagem sobre o
total da carteira.
Caso o ADMINISTRADOR divulgue a terceiros informações referentes a composição da carteira, a mesma
informação deve ser colocada à disposição dos cotistas na mesma periodicidade, ressalvadas as hipóteses
de divulgação de informações pelo ADMINISTRADOR aos prestadores de serviços do FUNDO, necessárias
para a execução de suas atividades, bem como aos órgãos reguladores, auto-reguladores e entidades de
classe, quanto aos seus associados, no atendimento a solicitAções legais, regulamentares e estatutárias por
eles formuladas.

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130
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
O ADMINISTRADOR, desde que previamente solicitado pelo cotista, poderá disponibilizar informações
adicionais sobre o FUNDO, inclusive seus resultados e outras informações referentes a exercícios anteriores,
tais como demonstrações contábeis, relatórios do ADMINISTRADOR e demais documentos pertinentes que
tenham sido divulgados ou elaborados por força de disposições regulamentares aplicáveis, as quais deverão ser
colocadas a disposição dos demais cotistas de forma equânime, por meio do serviço de atendimento ao cotista.

O serviço de atendimento ao cotista (“SAC”) apto para esclarecer dúvidas e receber reclamAções está disponível
através de nossos canais de atendimento, disponibilizados no início deste prospecto.

TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO E
PERFORMANCE

0,30% a.a,
compreendendo a
Taxa de taxa de
Administração administração dos
fundos em que o
fundo invista
Taxa de
não há
Performance
Taxa de Entrada não há
Taxa saída não há
A Taxa de Administração será calculada e provisionada diariamente, tendo como base o patrimônio líquido
do FUNDO do primeiro dia útil imediatamente anterior, com a aplicação da fração de 1/252 (um duzentos e
cinqüenta e dois avos), por dias uteis, e apropriadas até o quinto dia útil do mês subseqüente.
A mesma compreende a remuneração pelos serviços de administração, gestão, consultoria de
investimentos, tesouraria, controle e processamento dos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira
do FUNDO, bem como pelos serviços de distribuição, escrituração da emissão e resgate de cotas.
A Taxa de Administração, nos termos da legislação aplicável, não compreende os serviços de custódia de
títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros do FUNDO prestados pelo próprio
ADMINISTRADOR, que poderão ser cobrados do FUNDO, a título de despesa, conforme disposto no
regulamento.
O pagamento das despesas com prestadores de serviço, não consideradas como encargos do FUNDO,
poderá ser efetuado diretamente pelo FUNDO ao prestador de serviço, desde que os correspondentes
valores sejam deduzidos da Taxa de Administração.

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131
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

DESPESAS DO FUNDO
As principais despesas do FUNDO que lhe podem ser debitadas diretamente, além da Taxa de
Administração, são:

taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais,


I municipais ou autárquicas que recaiam ou venham a
recair sobre os bens, direitos e obrigações do FUNDO.
despesas com registro de documentos em cartório,
II impressão, expedição e publicação de relatorios e
informações periodicas previstas na legislação aplicável
despesas com correspondencia de interesse do FUNDO,
III
inclusive comunicações ao cotista
IV honorários e despesas do auditor independente
emolumentos e comissões pagas sobre as operações do
V
FUNDO
honorários de advogados, custas e despesas processuais
correlatas, incorridas em razao de defesa dos interesses
VI
do FUNDO, em juizo ou fora dele, inclusive o valor da
condenação, imputada ao FUNDO, se for o caso

parcela de prejuízos não coberta por apólices de seguro e


não decorrente diretamente de culpa ou dolo dos
VII
prestadores dos serviços de administração no exercício
de suas respectivas funções
despesas relacionadas, direta ou indiretamente, ao
exercício de direito de voto do FUNDO pelo
VIII ADMINISTRADOR ou por seus representantes
legalmente constituídos, em assembléias gerais das
companhias nas quais o FUNDO detenha participação.
despesas com custódia e liquidação de operações com
IX
títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros.
O ADMINISTRADOR poderá contratar, em nome do FUNDO, agência de classificação de risco. Esta
remuneração poderá constituir despesa do FUNDO desde que deduzida da Taxa de Administração.
Qualquer despesa não prevista na legislação aplicável e no Regulamento do FUNDO, como encargos do
FUNDO, inclusive as relativas à elaboração do prospecto, correrá por conta do Administrador, devendo ser
por ele contratado.

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132
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
REGRAS DE TRIBUTAÇÃO

O FUNDO, para fins tributários, é considerado como de longo prazo e, portanto, terá sua carteira de títulos
com prazo médio superior a 365 dias.
De acordo com o disposto na Lei 11033 de 21 de dezembro de 2004, os rendimentos obtidos pelos cotistas
estão sujeitos à tributação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), de acordo com o prazo de
permanência dos recursos aplicados no fundo, conforme tabela abaixo:

Prazo De 181 De 361 Acima


Até 180
(em dias) a 360 a 720 de 720
Alíquota de IR 22,50% 20,00% 17,50% 15,00%
Os rendimentos apropriados semestralmente (maio e novembro de cada ano) serão tributados à alíquota de
15% e, por ocasião do resgate das cotas, será aplicada alíquota complementar de acordo com a tabela
acima.
Além do Imposto de Renda, para os resgates ocorridos nos primeiros 30 dias a contar da data da aplicação,
há cobrança de IOF sobre o rendimento da aplicação, de acordo com a tabela abaixo:

Dias %IOF Dias %IOF Dias %IOF


1 96 11 63 21 30
2 93 12 60 22 26
3 90 13 56 23 23
4 86 14 53 24 20
5 83 15 50 25 16
6 80 16 46 26 13
7 76 17 43 27 10
8 73 18 40 28 6
9 70 19 36 29 3
10 66 20 33 30 0
Pode haver tratamento tributário diferente dos dispostos nesta seção, de acordo com a natureza jurídica do
cotista ou de acordo com a natureza da operação contratada pelo FUNDO. O cotista que de acordo com a
legislação fiscal e tributária não estiver sujeito à tributação do imposto de renda e do IOF por motivo de
isenção, tributação pela alíquota zero, imunidade e outros, deverá apresentar ao ADMINISTRADOR
documentação comprobatória da sua situação tributária conforme as determinAções da legislação.
A situação tributária descrita nesta seção pode ser alterada a qualquer tempo, seja através da instituição de
novos tributos, seja através de alteração das alíquotas vigentes.
A carteira do FUNDO está sujeita ao seguinte tratamento tributário:
a- Imposto de Renda: não há incidência

b- IOF: está sujeita à alíquota zero.

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133
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

ANEXO I

Limites por Modalidades de Ativos Financeiros Isolados Cumulativos


cotas de fundos de investimento e cotas de fundos de
investimento em cotas de fundos de investimento
até 20%
regulados pela instrução CVM 409 de 18 de Agosto de
2004.
cotas de fundos de investimento imobiliário até 20%
até 10%,
Máximo de
I. cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e limitado a 25%
cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de do patrimonio 20%
investimento em direitos creditórios líquido do fundo
investido
cotas de fundos de índice admitidos à negociação em
até 20%
bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado
certificados de recebíveis imobiliários até 20%
outros ativos financeiros não previstos no ítem II abaixo até 20%
títulos públicos federais e operações compromissadas
até 100%
lastreadas nestes títulos
títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira
até 100%
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil Máximo de
II
100%
valores mobiliários diversos daqueles previstos no ítem I
acima, desde que registrados na Comissão de Valores
até 100%
Mobiliários e objeto de oferta pública de acordo com a
regulamentação aplicável
ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou
entidade de balcão organizado, bônus ou recibos de
subscrição e certificados de depósitos de ações admitidos
III VEDADO VEDADO
à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão
organizado, ou BDR - Brazilian Depositary Receipts,
classificados como nível II e III.

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134
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ANEXO II

Limites de Concentração por


Limites
Emissor
Máximo
I União Federal
de 100%
instituição financeira autorizada a funcionar pelo Máximo
II
Banco Central do Brasil de 20%
ADMINISTRADOR, GESTOR ou empresas a eles Máximo
III
ligadas de 20%
Máximo
IV companhia aberta
de 10%
Máximo
V fundo de investimento
de 10%
fundos de investimento sediados no exterior e fundos
VI VEDADO
classificados como "Fundos de Dívida Externa"
pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado
que não seja companhia aberta ou instituição Máximo
VII
financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central de 5%
do Brasil
ações adminitidas à negociação em bolsa de valores
ou entidade de balcão organizado, bônus ou recibos
de subscrição e certificados de depósitos de ações
VIII VEDADO
admitidos à negociação em bolsa de valores ou
entidade de balcão organizado, ou BDR - Brazilian
Depositary Receipts, classificados como nível II e III.

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135
MÓDULO III – FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20

136
PRIMEIRO SIMULADO

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

PRIMEIRO

SIMULADO

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137
PRIMEIRO SIMULADO

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138
PRIMEIRO SIMULADO

1) Consiste em sistema computadorizado, controlado em tempo real pelo Banco Central, ao qual apenas as
instituições credenciadas no mercado financeiro tem acesso. Sua função consiste em receber e transferi-
lo ao comprador, ao mesmo tempo em que recebe o dinheiro do comprador e o repassa ao vendedor,
tendo os negócios liquidação imediata. financeiras que possuam carteira de banco comercial). Qual
entidade está caracterizada pela descrição?

a) Cetip b) SFN
c) Selic d) Bovespa

2) À medida que mensura o grau de relacionamento entre duas ou mais variáveis é chamada de
a) Desvio padrão
b) Correlação
c) Covariância
d) Moda

3) A taxa de câmbio (PTAX) divulgada pelo banco central no fim do dia é calculada como:
a) O maior valor de uma operação de câmbio realizada no dia
b) O menor valor de uma operação de câmbio realizada no dia
c) A média ponderada das operações de câmbio realizadas no dia
d) O desvio-padrão das operações e câmbio realizadas no dia

4) A conta movimentos de capitais:


a) Registra as entradas e saídas de ativos financeiros no país;
b) Registra as movimentações exclusivamente em moeda estrangeira a vista
c) Registra os movimentos das bolsas de valores
d) Registra os títulos custodiados na CBLC

5) Um Bond é um título:
a) De renda variável, representativo de uma obrigação dos bancos privados
b) De renda fixa, representativo de uma obrigação do governo brasileiro
c) De renda fixa, representativo de uma obrigação dos bancos privados
d) De renda variável, representativo de uma obrigação do governo brasileiro

6) Uma política fiscal expansionista tem como consequencias:


a) Diminuir o déficit público e estimular o crescimento econômico
b) Diminuir o déficit público e desestimular o crescimento econômico
c) Aumentar o déficit público e desestimular o crescimento econômico
d) Aumentar o déficit público e estimular o crescimento econômico

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PRIMEIRO SIMULADO

7) O déficit público nominal ocorre quando a arrecadação de tributos é


a) Maior que as despesas e investimentos públicos, excluídas as despesas com juros da divida pública
b) Maior que todas as despesas públicas, sem exceção
c) Menor que as despesas públicas, excluídas as despesas com juros da divida pública
d) Menor que todas as despesas públicas, sem exceção

8) O regime de câmbio flutuante puro e aquele no qual o banco central


a) Vende moeda estrangeira quando sua cotação esta aumentando
b) Compra moeda estrangeira quando sua cotação está caindo
c) Estabelece um intervalo de valores no qual permite a flutuação cambial
d) Não intervém no mercado cambial

9) As reservas internacionais do Brasil são administradas


a) Pelo Banco Central
b) Pela CVM
c) Pelo CMN
d) Pelo Banco do Brasil

10) Nas contas externas, a conta de capital inclui


a) Importações e exportações
b) Importações, exportações e juros da divida externa
c) Investimentos estrangeiros diretos
d) Transferências voluntarias de moeda estrangeira provenientes do exterior

11) Indicador estatístico que mensura a dispersão em torno da média de uma base de dados, demonstrada de
forma organizada:
a) Volatilidade
b) Desvio Padrão
c) Variância
d) Correlação

12) Foram realizadas duas aplicações financeiras no mesmo montante e com a mesma taxa de juros. A
primeira, juros simples. A segunda, compostos. Assim sendo, considere:
a) Compostos, será sempre maior que a aplicação a juros simples, independentemente do prazo de
aplicação
b) Simples será maior que a de juros compostos, se o prazo for menor que um período
c) Simples será maior que a aplicação a juros compostos se o prazo for maior que um período
d) Compostos será iguala aplicação a juros simples, independentemente do prazo de aplicação.

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PRIMEIRO SIMULADO

13) Qual é a taxa de retorno que iguala os fluxos de caixa de um título a zero?
a) Taxa Média de Atratividade - TMA
b) Taxa CDI
c) Taxa Interna de Retorno - TIR
d) Taxa Selic Over

14) Debêntures, Ações e títulos públicos, são custodiados, respectivamente:


a) CBLC, CETIP E SELIC
b) CETIP, SELIC E CBLC
c) SELIC, CETIP E CETIP
d) CETIP, CBLC E SELIC

15) Os chamados títulos zero coupon Bond são:


a) Com juros e principal no final
b) Puros com desconto ou títulos sem juros, que pagam somente o valor de face no vencimento
c) Com juros semestrais e principal no vencimento
d) Puros sem desconto ou títulos com juros, que pagam somente o valor de face no vencimento

16) Um título de renda fixa paga juros semestrais e o último pagamento de juros ocorreu em junho de 2005.
Sabendo-se que esse título pagara juros mais cinco vezes, a maturity desse título será em
a) Junho de 2007
b) Junho de 2008
c) Dezembro de 2008
d) Dezembro de 2007

17) Quando duas séries de retornos de ativos se movem na mesma direção, eles estão correlacionados:
a) Positivamente
b) Negativamente
c) Não há correlação
d) Depende da natureza dos ativos

18) O cálculo da taxa interna de retorno (TIR) sempre apresenta valores que podem ser
a) Positivos ou nulos
b) Negativos ou nulos
c) Positivos, negativos ou nulos, porém sempre existentes
d) Positivos, negativos ou nulos, além de valores exóticos para alguns fluxos de caixa não tradicionais.

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PRIMEIRO SIMULADO

19) O valor que surge com mais freqüência numa série de dados é a
a) Média
b) Moda
c) Mediana
d) Variância

20) A taxa livre de risco da economia é aquela que


a) As instituições financeiras captam e emprestam recursos entre si
b) O banco central oferece redesconto aos bancos
c) O governo federal paga aos seus títulos públicos
d) O SFH utiliza para cálculo dos reajustes de seus contratos

21) O custo médio ponderado de capital de uma empresa é calculado como o custo
a) De oportunidade do patrimônio liquido da empresa
b) Médio ponderado entre o capital próprio e o capital de terceiros presentes no passivo da empresa
c) Médio ponderado das dividas de longo prazo da empresa
d) Médio ponderado das dividas de curto prazo da empresa

22) O cálculo do PIB brasileiro considera


I – valor agregado da produção
II – produção em território nacional
III – apenas a produção de empresas nacionais
IV – a economia formal e informal
a) I e II
b) II, III e IV
c) I, II e IV
d) I, III e IV

23) O retorno de um ativo é medido como


a) Ganho de capital dividido pelo valor investido
b) Fluxos de caixa recebidos divididos pelo valor investido
c) Fluxos de caixa recebidos menos ganho de capital, dividido pelo valor investido
d) Ganhos de capital mais fluxos de caixa recebidos, dividido pelo valor investido

24) Medida de posição do centro de uma série de dados menos sensível aos dados extremos:
a) Média
b) Mediana
c) Moda
d) Desvio padrão

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PRIMEIRO SIMULADO

25) Medida estatística da dependência de duas séries de dados como, por exemplo, os retornos de 2 ativos
ou 2 carteiras
a) Desvio padrão
b) Variância
c) Coeficiente de correlação
d) Volatilidade

26) No conjunto de dados 1, 1, 4, 4, 4, 7, 9, a moda e a mediana são respectivamente


a) 4 e 1
b) 1 e 4
c) 4 e 4
d) 1 e 7

27) São títulos custodiados respectivamente pelo SELIC, CETIP e CBLC


a) LFT, LH, Ações
b) LTN, Ações, LH
c) CDB, Debêntures, LH
d) LFT, NTN-B, Ações

28) A correlação e a covariância medem


a) Mediana das variações de duas variáveis
b) Variação conjunta de duas variáveis
c) Moda das variações de duas variáveis
d) A raiz cúbica das variações de duas variáveis

29) O Ibovespa é um índice constituído


a) Por todas as Ações negociadas na BM&FBOVESPA
b) Pelas principais Ações negociadas na BM&F Bovespa ponderados por sua negociabilidade
c) Pelas principais Ações negociadas na BM&F Bovespa ponderado pelo valor de mercado de cada
empresa
d) Pelas principais Ações de empresas privadas brasileiras

30) Em uma distribuição normal estabeleceu-se um intervalo de confiança de dois desvios padrão.
Estatisticamente, espera-se que, para cada 1000 dados dessa distribuição, estarão fora do intervalo de
confiança cerca de
a) 45
b) 95
c) 85
d) 65

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PRIMEIRO SIMULADO

31) O Selic é o sistema que tem como função a liquidação e custódia de:
a) Títulos privados
b) Títulos públicos
c) Títulos públicos e privados
d) Todos os títulos e valores mobiliários

32) A Sigla CETIP é o sistema que tem como função a liquidação e custódia de, fundamentalmente
a) Títulos privados
b) Títulos públicos
c) Títulos públicos e privados
d) Todos os títulos e valores mobiliários

33) Uma clearing tem como principais funções


a) Auditar a idoneidade dos participantes de determinado mercado
b) Auditar as compras e vendas de determinado mercado
c) Operacionalizar e administrar as compras e vendas de determinado mercado
d) Operacionalizar e administrar as liquidações e custódias de determinado mercado

34) O índice da bolsa de Valores de São Paulo é o mais importante indicador do desempenho das cotações
das Ações negociadas no mercado brasileiro. Podemos afirmar sobre o Ibovespa:
a) Sua finalidade é servir como indicador médio do mercado de renda fixa.
b) Se a maioria das ações que fazem parte da carteira que compõem o índice estiver em ascensão,
podemos afirmar que o índice apresentará baixa.
c) Sua finalidade é servir como indicador médio do mercado de renda variável.
d) Representa o índice referencial para os investimentos socialmente responsáveis.

35) O objetivo básico do IBOVESPA é o de refletir


a) Desempenho médio dos negócios a vista ocorridos nos pregões da Bolsa de Valores de São Paulo.
A carteira teórica do índice procura testar da melhor forma possível o perfil dos negócios realizados
na Bovespa
b) Crescimento da economia através de sua representação no mercado financeiro
c) Desempenho de todas as Ações negociadas a vista nos pregões da Bolsa e Valores de São Paulo. A
carteira de Ações busca, portanto, refletir as movimentações do mercado acionário
d) Desempenho de investimentos no mercado de capitais e de financiamento das companhias de
capital aberto.

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PRIMEIRO SIMULADO

36) Sobre o índice Brasil de Ações (IBX) podemos afirmar que é um índice de preços referente a uma carteira
teórica composta:
a) 50 Ações de maior negociação na BOVESPA
b) 200 Ações de maior negociação na BOVESPA
c) 100 Ações de maior negociação na BOVESPA
d) Metade do número total de Ações negociadas na BOVESPA

37) Os principais índices de referencia de renda fixa utilizados no Brasil são a taxa:
a) Referencial e Ibovespa
b) Referencial e IBX
c) Selic e Ibovespa
d) CDI e taxa Selic

38) Um cliente, ao investir em um fundo de investimento, está contratando uma instituição financeira para gerir
seus recursos em regime de
a) Retorno garantido
b) Melhores esforços
c) Risco zero
d) Parceria na administração dos recursos

39) Os Fundos de Investimentos são constituídos na forma de condomínio, que significa nesse sentido
a) Retorno garantido
b) Risco zero
c) Co-propriedade
d) Gestão participativa

40) A cota de um fundo de investimento corresponde a fração ideal do patrimônio liquido do fundo, sendo
a) Obrigatoriamente nominativa e escriturada em nome de seu titular
b) Nominativa em nome de seu titular ou ao portador, dependendo do tipo de fundo
c) Obrigatoriamente ao portador
d) Nominativa em nome de seu titular ao portador, dependendo de decisão do administrador do fundo

41) A equidade entre as cotas de fundo de investimento significa que todas as cotas de um fundo.
a) Tem direito de administrar diretamente o fundo, mas nem sempre são equivalentes em valor
b) São equivalentes em valor, porém somente algumas tem o direito de administrar diretamente o fundo
c) São equivalentes em valor, direitos e obrigações
d) Tem direito de administrar diretamente o fundo e são equivalentes em valor

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PRIMEIRO SIMULADO

42) As carteiras dos Fundos de Investimentos, constituídas de ativos pertencem


a) Ao maior cotista do fundo, como fiel depositário dos recursos
b) Diretamente aos cotistas do fundo, já que este não possui personalidade jurídica
c) A instituição financeira que administra o fundo, já que este não possui personalidade jurídica
d) Ao próprio fundo que possui personalidade jurídica, identificado por um CNPJ.

43) As instituições financeiras que administram recursos próprios e também recursos de terceiros devem
segregar a gestão desses recursos. Este principio é:
a) American wall
b) Chinese mall
c) Chinese wall
d) American mall

44) O conceito de chinese wall diz que


a) As contas de custódia entre os papéis do fundo e os papéis da própria carteira da instituição
administradora podem ser as mesmas, mas devem ser contabilizadas em separado
b) É obrigatória a designação de um membro da diretoria ou sócio-gerente para responder civil, criminal
e administrativamente pela gestão e supervisão de recursos de terceiros.
c) A segregação das atividades só pode ser feita através de constituição de empresa própria da
administradora
d) É obrigatória a separação da contabilidade dos papéis dos fundos da contabilidade dos papéis da
instituição administradora, mas a gestão deve permanecer conjunta.

45) Um dos princípios de compliance diz que se deve evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária entre
os cotistas e administradores dos Fundos de Investimentos. O que entende-se por relação fiduciária?
a) Confiança e lealdade
b) Prestação de serviços de forma profissional
c) Custódia
d) Amizade

46) Os cotistas de Fundos de Investimentos possuem, além de direitos, também deveres, entre eles:
a) Comparecer as assembléias gerais e participar diretamente da administração do fundo
b) Conhecer as características do investimento pelo qual optaram e participar diretamente da
administração do fundo
c) Manter os seus dados cadastrais atualizados e participar diretamente da administração do fundo.
d) Comparecer as assembléias gerais e conhecer as características do investimento pelo qual optaram

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PRIMEIRO SIMULADO

47) O custodiante do fundo de investimento tem como principais responsabilidades:


a) Contratar o gestor, outros prestadores de serviços e prestar informações para o cotista e a CVM
b) Selecionar os ativos que irão compor a carteira do fundo, administrando o risco e o retorno, conforme
a política de investimentos do fundo
c) Colocar ou vender as cotas do fundo, estando em contato direto com o cotista
d) Controlar e contabilizar as posições do fundo

48) O auditor independente do fundo de investimento tem como principais responsabilidades


a) Contratar o gestor, outros prestadores de serviços e prestar informações para o cotista e a CVM
b) Auditar as demonstrações financeiras anuais do fundo
c) Colocar ou vender as cotas do fundo, estando em contato direto com o cotista
d) Controlar e contabilizar as posições do fundo

49) O prospecto de um fundo de investimento é o documento que:


a) Apresenta as informações relevantes ao investidor relativas ao objetivo, política de investimento e
riscos envolvidos no fundo
b) Contém todas as informações sobre o funcionamento do fundo estabelecidas pela CVM, BACEN e é
registrado em cartório
c) O cotista atesta que recebeu todas as informações relevantes para o investimento no fundo
d) Demonstra a rentabilidade periódica e o número de cotas do fundo

50) O termo de adesão de um fundo de investimento é o documento que


a) Apresenta as informações relevantes ao investidor relativas ao objetivo, política de investimento e
riscos envolvidos no fundo
b) Contém todas as informações sobre o funcionamento do fundo estabelecidas pela CVM, BACEN e é
registrado em cartório
c) O cotista atesta que recebeu todas as informações relevantes para o investimento no fundo
d) Demonstra a rentabilidade periódica e o número de cotas do fundo

51) A periodicidade de balanços e demonstrações contábeis de Fundos de Investimentos coincidem com seu
exercício social e quem o prazo
a) Fixado pelo regulamento
b) Sugerido de um ano
c) Obrigatoriamente de um mês, encerrando-se no quinto dia útil do mês seguinte
d) Obrigatoriamente de um ano, com data de encerramento fixada pelo regulamento do fundo

52) Um dos principais fatores que afetam o valor da cota de um fundo de investimento é:
a) A composição da carteira, conforme os ativos escolhidos pelo gestor (se houver)
b) A composição da carteira, conforme os ativos escolhidos pelo administrador
c) O parecer do auditor independente
d) O esforço de vendas realizado pelo distribuidor

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PRIMEIRO SIMULADO

53) A marcação a mercado dos ativos de um fundo de investimento é a metodologia que avalia esses ativos
segundo os preços
a) Praticados atualmente no mercado, afetando a cota semanalmente
b) Praticados atualmente pelo mercado, afetando a cota diariamente
c) Médios dos ativos nas últimas duas semanas
d) De aquisição dos ativos

54) O principal objetivo da marcação a mercado dos ativos de um fundo de investimento é:


a) Ganhar escala de investimento, diminuindo os custos de transação
b) Permitir a utilização de derivativos
c) Garantir que os ganhos ou perdas do fundo sejam atribuídos a quem está no fundo no momento do
evento, evitando transferência de riqueza entre os investidores.
d) Permitir a compra de ativos não negociados em bolsa de valores

55) A taxa de administração de um fundo de investimento é calculada conforme


a) Determinado pelo administrador
b) Negociação anual entre administrador e cotistas
c) Negociação anual entre administrador e gestor
d) Determinado no regulamento do fundo

56) Os Fundos de Investimentos abertos podem converter valores aplicados ou resgatados por dois critérios
distintos, através da cota de abertura ou da cota de fechamento. Em relação a cota de abertura:
a) Reflete o valor dos ativos do fim do dia anterior
b) Reflete o valor dos ativos do fim do dia corrente
c) Não utiliza a marcação a mercado
d) Não considera os tributos incidentes

57) Em relação a cota de fechamento pode-se afirmar que:


a) Reflete o valor dos ativos do fim do dia anterior
b) Reflete o valor dos ativos do fim do dia corrente
c) Não utiliza a marcação a mercado
d) Não considera os tributos incidentes

58) Os fundos indexados são aqueles que tem por objetivo


a) Superar a inflação
b) Minimizar o risco dos ativos
c) Acompanhar o desempenho de um índice de referência, o benchmark do fundo
d) Superar o desempenho de um índice de referência, o benchmark do fundo.

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PRIMEIRO SIMULADO

59) Os fundos indexados são também conhecidos como fundos de gestão


a) Agressiva
b) Conservadora
c) Ativa
d) Passiva

60) Os fundos indexados tem como principal estratégia de gestão buscar


a) Alta rentabilidade
b) Baixo risco
c) Alta aderência ao seu benchmark
d) Baixa aderência ao seu benchmark

61) Os fundos indexados de renda fixa tem por objetivo acompanhar um benchmark de renda fixa. No caso dos
fundos DI, sua estratégia é adquirir ativos como:
a) CDBs e debêntures, com juros pós fixados em CDI
b) Títulos públicos com juros pré fixados
c) Títulos públicos com juros pós fixados em taxa Selic
d) CDBs e debêntures com juros pré fixados.

62) As estratégias mais comuns de fundos indexados de renda variável são buscar aderência aos índices
a) Ibovespa e IBRX
b) Ibovespa e CDI
c) IBX e taxa Selic
d) Ibovespa e IGP-M

63) Os Fundos de Investimentos passivos multi-índice com benchmark composto se caracterizam por investir
em
a) Apenas um segmento de mercado, adotando somente um benchmark
b) Apenas um segmento de mercado, adotando, contudo, pelo menos dois benchmarks
c) Mais de um segmento do mercado, adotando, contudo, apenas um benchmark
d) Mais de um segmento e mercado, adotando, assim pelo menos dois benchmarks.

64) Os Fundos de Investimentos passivos multi-índice com benchmark composto mais comuns no Brasil
adotam em suas carteiras como referencia
a) CDI e Ibovespa
b) Ibovespa e IBX
c) IBX e PTAX
d) CDI e PTAX

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PRIMEIRO SIMULADO

65) Apesar dos esforços dos administradores, geralmente os Fundos de Investimentos indexados não
conseguem uma aderência perfeita a seus benchmarks. Dois dos principais fatores que impedem a
aderência perfeita são:
a) A taxa de administração e a política de investimentos
b) A marcação a mercado e a política de investimentos
c) A taxa de administração e a marcação a mercado
d) Flutuação do mercado e a taxa e administração

66) Os fundos ativos são aqueles que tem por objetivo


a) Superar a inflação
b) Minimizar o risco dos ativos
c) Superar o desempenho de um índice de referência, o benchmark do fundo
d) Acompanhar o desempenho de um índice de referência, o benchmark do fundo

67) Os fundos ativos de renda fixa utilizam diversas estratégias para tentar superar seu benchmark,
normalmente o CDI, expondo-se a risco de mercado. Uma dessas estratégias é se posicionar em papéis:
a) Pré fixados quando espera aumento na taxa de juros de mercado
b) Pré fixados quando espera redução na taxa de juros de mercado
c) Pós fixados, quando espera redução na taxa de juros de mercado
d) Pós fixados, quando espera desvalorização cambial.

68) Os fundos ativos de renda fixa, para tentar superar seu benchmark, muitas vezes adquirem papéis mais de
longo prazo e títulos. Essas estratégias normalmente aumentam a rentabilidade, mas expõem o fundo aos
riscos
a) De liquidez e de crédito
b) De crédito e de mercado
c) Legal e de crédito
d) De liquidez e legal

69) Os fundos ativos de renda variável tem por objetivo superar o Ibovespa ou o IBRX. Entre suas estratégias:
a) Concentração de Ações por análise grafista e o valor em risco (VaR)
b) Concentração de Ações em setores econômicos específicos e não cobrança da taxa de
administração
c) Seleção de Ações por análise fundamentalista e não cobrança da taxa de administração
d) Seleção de Ações por análise fundamentalista e concentração de Ações em setores econômicos
específicos.

70) Os fundos multimercado são aqueles que buscam rentabilidade superior através de posicionamento em
diversos mercados simultaneamente
a) Que podem ou não utilizar alavancagem
b) Nunca utilizam alavancagem
c) Sempre utilizam alavancagem
d) Utilizam alavancagem, mas nunca através de derivativos

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PRIMEIRO SIMULADO

71) Os Fundos de Investimentos abertos são aqueles cujas cotas


a) Podem ser resgatadas a qualquer momento
b) Só podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do fundo ou em sua liquidação
c) Pertencem a um único cotista
d) Não são marcadas a mercado

72) Os Fundos de Investimentos fechados são aqueles cujas cotas


a) Podem ser resgatadas a qualquer momento
b) Só podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do fundo ou em sua liquidação
c) Pertencem a um único cotista
d) Não são marcadas a mercado

73) Os Fundos de Investimentos exclusivos são aqueles cujas cotas


a) Podem ser resgatadas a qualquer momento
b) Só podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do fundo ou em sua liquidação
c) Pertencem a um único cotista
d) Não são marcadas a mercado

74) Os Fundos de Investimentos sem carência são aqueles que


a) Não há valor mínimo de investimento inicial
b) Estabelecem um período mínimo no qual o cotista não poderá sacar, senão perderá os rendimentos
c) Oferecem liquidez diária sem perda de rentabilidade
d) Oferecem liquidez diária após trinta dias de carência.

75) Os Fundos de Investimentos com carência são aqueles que


a) Não há valor mínimo de investimento inicial
b) Estabelecem um período mínimo no qual o cotista não poderá sacar, senão perderá os rendimentos
c) Oferecem liquidez diária sem perda de rentabilidade
d) Reembolsam a CPMF que o investidor pagou

76) Os fundos de curto prazo são aqueles que investem em títulos de emissão do tesouro nacional ou do
banco central, indexados ao CDI ou a taxa Selic, com prazo máximo a decorrer e prazo médio da carteira
respectivamente:
a) 360 e 60 dias
b) 375 e 90 dias
c) 360 e 85 dias
d) 375 e 60 dias

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PRIMEIRO SIMULADO

77) Os fundos referenciados DI devem investir em títulos ou operações que busquem acompanhar as
variações do CDI ou da taxa Selic, como porcentagem de seus recursos, no mínimo
a) 100%
b) 95%
c) 90%
d) 80%

78) Os fundos de renda fixa tem como características, entre outras, o dever de manter em sua carteira títulos
públicos federais ou ativos com baixo risco de crédito, na porcentagem mínima de:
a) 80% além de não admitirem alavancagem
b) 80% além de admitirem alavancagem
c) 95% além de não admitirem alavancagem
d) 95% além de admitirem alavancagem

79) Os fundos de Ações devem possuir no mínimo, em porcentagem de sua carteira, o seguinte montante de
Ações a vista
a) 80%
b) 95%
c) 67%
d) 50%

80) Os fundos cambiais indexados são aqueles que tem por objetivo acompanhar o comportamento de
determinada moeda estrangeira. As duas moedas estrangeiras mais utilizadas como benchmark são:
a) O dólar dos EUA e a libra esterlina
b) O dólar dos EUA e o euro
c) O euro e o ien japonês
d) O ien japonês e o dólar dos EUA

81) Os fundos de dívida externa por objetivo investir preponderantemente em títulos da divida externa:
a) Dos governos estaduais
b) Do governo federal
c) Das empresas privadas de primeira linha
d) Das empresas estatais

82) Os fundos multimercado tem como estratégia investir simultaneamente em diversos mercados. Para tanto,
a exposição de sua carteira a cada mercado é limitada, como porcentagem do total, a:
a) 20%
b) 30%
c) 50%
d) Não há limites de exposição por mercado

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PRIMEIRO SIMULADO

83) Os fundos de curto prazo são aqueles cujos prazos médios da carteira são de no máximo:
a) 90 dias
b) 180 dias
c) 60 dias
d) 360 dias

84) O código de regulação e melhores práticas estabelece como princípios para os administradores e gestores
de Fundos de Investimentos no cumprimento de suas atribuições.
a) Cumprir os objetivos do fundo de investimentos e divulgar informações sempre em linguagem
técnica e especializada
b) Cumprir os objetivos do fundo de investimentos e divulgar as informações de forma transparente,
visando ao fácil entendimento dos investidores
c) Aumentar a rentabilidade para o investidor através de práticas de gestão, mesmo em fundos
indexados
d) Aumentar o índice de Sharpe do fundo, mesmo em fundos indexados

85) O código de regulação e melhores práticas estabelece que os administradores e gestores devam evitar as
práticas que possam:
a) Prejudicar a indústria de Fundos de Investimentos e ferir a relação fiduciária com os cotistas
b) Prejudicar a indústria de Fundos de Investimentos e diminuir a rentabilidade do fundo
c) Ferir a relação fiduciária com os cotistas e aumentar o risco dos fundos
d) Ferir a relação fiduciária com os cotistas e diminuir a rentabilidade do fundo

86) Na capa dos prospectos de Fundos de Investimentos, somente deverá ser colocado o selo da ANBIMA
quando o fundo cumprir do código de regulação e melhores práticas.
a) No mínimo o capítulo II
b) No mínimo os capítulos II e IV
c) No mínimo o artigo 6º
d) Sua totalidade

87) Na capa, contracapa ou na primeira página dos prospectos de Fundos de Investimentos, conforme o artigo
9º do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA, deve ser colocado em destaque, entre outros,
o seguinte aviso:
a) “Este prospecto possui todas as informações relevantes para o investimento, substituindo o
regulamento do fundo”
b) “Este fundo de investimento conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)”
c) “A rentabilidade obtida no passado não é garantia de rentabilidade futura”
d) “Este fundo possui um sistema de administração de riscos que garante eventuais perdas”

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PRIMEIRO SIMULADO

88) No caso de o fundo de investimentos utilizar estratégias com derivativos que possam resultar em perdas
patrimoniais, o artigo 9º do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA, estabelece que essa
informação:
a) É opcional tanto no prospecto quanto no regulamento do fundo
b) É opcional no prospecto, mas obrigatória no regulamento do fundo
c) É obrigatória, devendo ser colocada em destaque na capa, contracapa ou na primeira página do
prospecto do fundo
d) É obrigatória, devendo ser colocada em destaque necessariamente na capa do prospecto do fundo

89) O capítulo IV do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que a divulgação da
rentabilidade do fundo de investimento
a) Não pode ser inferior ao prazo de um mês e deve trazer obrigatoriamente a rentabilidade dos últimos
12 meses
b) Não pode ser inferior ao prazo de um mês e pode trazer ou não a rentabilidade dos últimos 12
meses
c) Não pode ser inferior ao prazo de uma semana e pode trazer ou não a rentabilidade dos últimos 12
meses
d) Não pode ser inferior ao prazo de uma semana e deve trazer obrigatoriamente a rentabilidade dos
últimos 12 meses

90) O capitulo IV do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que no caso de mudança
da instituição administradora ou gestora do fundo de investimento, mantidas as suas demais
características, a divulgação da rentabilidade histórica do fundo pode ser mantida:
a) Sem nenhuma restrição ou exigência
b) Contanto que seja divulgada com destaque a data da mudança da instituição administradora ou
gestora
c) Se essa manutenção for aprovada pela assembléia geral
d) Desde que se pague uma multa

91) O capitulo IV do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que, no caso de fusão do
fundo de investimento, na qual o fundo de investimento resultante mantenha a mesma política de
investimentos, a divulgação da rentabilidade histórica do fundo pode ser mantida desde que:
a) Pague-se uma multa
b) Seja divulgada com destaque a data da fusão e que o patrimônio liquido do fundo fundido seja no
mínimo 50% do patrimônio liquido do fundo resultante da fusão
c) Essa manutenção seja aprovada pela assembléia geral
d) Seja divulgada com destaque a data da fusão e que o patrimônio liquido do fundo fundido seja no
mínimo 1/3 do patrimônio liquido do fundo resultante da fusão

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154
PRIMEIRO SIMULADO

92) O capítulo V do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA estabelece que a marcação a
mercado deva ser adotada por todas as instituições participantes para
a) Todos os Fundos de Investimentos, com exceção dos fundos de renda fixa
b) Todos os Fundos de Investimentos
c) Os fundos cambiais e de Ações
d) Os fundos de Ações e de dívida externa

93) O capítulo V do código de regulação e melhores práticas da ANBIMA, estabelece que a marcação a
mercado deva refletir nas cotas do fundo de investimento o valor
a) Histórico dos ativos
b) Dos preços dos ativos negociados atualmente no mercado
c) Calculado como o valor em risco (VaR) do fundo
d) Do índice de Sharpe ajustado

94) A taxa de administração cobrada de um fundo de investimento tem por objetivo


a) Criar um fundo de reserva para eventuais novos tributos
b) Pagar custos e publicidade e auditoria
c) Criar um fundo de reserva de valor para eventuais perdas
d) Remunerar o administrador pelos serviços prestados.

95) A taxa de administração cobrada de um fundo de investimento tem como características ser expressa em
a) Porcentagem ao ano e incidir sobre o patrimônio liquido independentemente do desempenho
b) Valores absolutos e incidir sobre o patrimônio liquido independentemente do desempenho
c) Valores absolutos e incidir diretamente sobre o desempenho do fundo
d) Porcentagem ao ano e incidir diretamente sobre o desempenho do fundo

96) Os Fundos de Investimentos podem cobrar, além da taxa de administração, a taxa de performance. Essa
taxa de performance é cobrada quando:
a) A rentabilidade do fundo é positiva
b) A taxa de administração não é suficiente para remunerar o administrador do fundo
c) O desempenho do fundo supera determinado benchmark preestabelecido e assim incide como
percentual predeterminado do excedente sobre o benchmark
d) O desempenho do fundo supera determinado benchmark preestabelecido e assim incide como
percentual de 50% do excedente sobre o benchmark

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155
PRIMEIRO SIMULADO

97) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabelece que a taxa de performance só pode ser cobrada por
Fundos de Investimentos que:
a) Sejam destinados exclusivamente a investidores qualificados
b) Não possuam taxa de administração
c) Esteja prevista no Regulamento e no Prospecto do Fundo, qualquer que seja a rentabilidade
alcançada.
d) Esteja prevista no Regulamento e no Prospecto do Fundo, e que a rentabilidade alcançada seja
superior ao benchmark de referência.

98) Na cobrança de taxa de performance, existe um principio que estabelece que essa taxa não pode ser
cobrada quando o valor atual da cota for inferior ao seu valor na ocasião da ultima cobrança efetuado. Esse
princípio é conhecido como:
a) Tracking error
b) Linha d água
c) Fire wall
d) Chinese wall

99) As taxas de administração e performance cobradas pelos Fundos de Investimentos só podem ser
aumentadas se esse aumento for aprovado pelo:
a) Assembléia geral dos cotistas
b) Administrador em concordância com o gestor
c) Comissão de valores mobiliários
d) Banco Central do Brasil

100) Além das taxas de administração e de performance, outras despesas podem ser cobradas pelas
instituições financeiras que administram os Fundos de Investimentos, entre as quais
a) Honorários e despesas do auditor independente e seguro de vida para os gestores
b) Honorários e despesas do auditor independente e bônus dos gestores
c) Taxas e impostos que recaiam sobre o fundo e os honorários e despesas do auditor independente
d) Taxas e impostos que recaiam sobre o fundo e bônus dos gestores.

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156
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

Módulo IV
Demais Produtos de Investimento
(17% a 25% do exame)

Veremos aqui bastante sobre o mercado de Ações, e repassaremos um pouco mais de títulos
públicos e tributação.

Faz parte do conteúdo programático deste módulo, a lei 9249/95, que dispõe sobre
alterações no IR para pessoas jurídicas, bem como a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido – CSSL.

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157
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

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158
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL: AÇÕES

Uma ação representa a menor parcela do capital social de uma sociedade por Ações.

Podem ser ordinárias, com direito a voto, ou preferenciais, com direito de preferência sobre os lucros a serem
distribuídos aos acionistas, seja na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio, sendo que, após o
Plano Collor, todas as Ações passaram a ser obrigatoriamente emitidas na forma nominativa ou escritural.
Nem todas as empresas tem seu capital dividido em Ações. As sociedades limitadas, tem seu capital dividido em
cotas. As sociedades anônimas tem seu capital dividido em Ações. Assim, o acionista de uma S.A. é proprietário
de uma parte dessa companhia, ou seja, adquirindo Ações, o acionista passa a ser sócio da empresa.

A emissão de Ações é uma das formas que as empresas tem de captar recursos no mercado.
Imagine que a empresa queira fazer um grande investimento para aumentar a produção, mas que não tenha
recursos para fazê-lo. Nesse caso, poderia aumentar seu capital emitindo novas Ações e colocando-as no
mercado. Os recursos provenientes da venda dessas Ações seriam utilizados na expansão da companhia.

O termo nominativas corresponde a cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja
transferência é feita com a entrega da cautela a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente,
identificando novo acionista
O adjetivo “escriturais” caracteriza Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando
como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a debito ou a crédito dos acionistas, não havendo
movimentação física dos documentos

TIPOS DE AÇÃO
Ações Ordinárias
São aquelas que conferem ao acionista os direitos de um sócio comum, dentre os quais se destacam os direitos
de receber dividendos e o direito de voto em assembléia, na proporção de um voto por ação.
Assim, os acionistas que detêm Ações ordinárias são aqueles que podem decidir os rumos da empresa, já que a
assembléia-geral tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento

Ações Preferenciais
São aquelas que atribuem ao seu titular uma vantagem ou preferência que pode se constituir na prioridade na
distribuição de dividendos (fixos ou mínimos), na prioridade no reembolso do capital ou na junção das duas. O
preferencialista pode ter seu direito de voto limitado ou suprimido pelo estatuto da sociedade. As Ações
preferenciais sem direito a voto ou com restrição ao exercício desse direito, somente serão admitidas a
negociação no mercado de valores mobiliários se a elas for atribuída pelo menos uma das seguintes
preferências ou vantagens:

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159
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

→ Direito de participar do dividendo a ser distribuído, corresponde a, pelo menos, 25% do lucro líquido do
exercício de acordo com o seguinte critério:
o Prioridade no recebimento dos dividendos correspondente a, no mínimo, 3% do valor do
patrimônio líquido da ação;
o Direito de participar dos lucros distribuídos em igualdade de condições com as ordinárias, depois
de ter assegurado dividendo igual ao mínimo prioritário estabelecido;
→ Direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% maior do que o atribuído a
cada ação ordinária;
→ Direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle, de modo a lhes assegurar o preço
no mínimo igual a 80% do valor pago por ação com direito a voto, assegurado o dividendo pelo menos
igual ao das Ações ordinárias.

Independentemente da espécie de Ações que possuam, os acionistas tem alguns direitos essenciais,
direitos esses que nem o Estatuto Social nem a Assembléia Geral podem retirar:
→ Participar dos lucros sociais;
→ Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
→ Fiscalizar, na forma prevista na Lei das S.A., a gestão dos negócios sociais;
→ Preferência para a subscrição de Ações, partes beneficiárias conversíveis em Ações, debêntures
conversíveis em Ações e bônus de subscrição;
→ Retirar-se da sociedade nos casos previstos na Lei das S.A.

CERTIFICADOS DE DEPÓSITO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CDVM, OU BDR –


BRAZILIAN DEPOSITARY RECEIPTS,
Como são conhecidos no exterior, são títulos representativos de valores mobiliários de emissão de
companhia aberta, ou assemelhada, com sede no exterior. Esses certificados são emitidos no Brasil por
instituição financeira depositária dos títulos emitidos no exterior. A emissão dos CDVM ou BDR sujeita-se a
registro no BACEN. No caso em questão deve haver uma instituição custodiante dos valores mobiliários no
exterior e uma instituição depositária dos BDR no Brasil.
São títulos negociáveis no mercado, lastreados em Ações de sociedade instalada em outro país. Os títulos
representados pelos BDR emitidos no Brasil devem ser depositados em instituição custodiante, que se define
como sendo aquela autorizada por órgão similar a CVM a prestar serviços de custódia no pais de origem dos
valores mobiliários.
A instituição depositária no Brasil é aquela autorizada a funcionar pelo BACEN e autorizada pela CVM a emitir os
correspondentes BDR com base nos valores mobiliários custodiados no exterior.

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160
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS (ADRS),

São certificados de Ações, emitidos por bancos americanos, com lastro em papéis de empresas brasileiras. A
mesma empresa pode participar de diferentes tipos de programas, dependendo do nível de exigência das
informações que ela envia à Securities Exchange Comission (SEC), a CVM americana. O nível mais sofisticado
é o 3, o único em que a empresa pode lançar novas Ações e captar recursos. Nos níveis 1 e 2 - e no 144 não há
aumento do volume de emissão de Ações.

Só pode comprar e vender ADRs os investidores que têm conta no exterior (pessoa física ou jurídica). A abertura
da conta é lícita, desde que seja declarada e respeite as regras de tributação. O envio de dinheiro para o exterior
só pode ser feito através das instituições financeiras credenciadas a operar câmbio e, se montante ultrapassar
US$ 10 mil, o Banco central deverá ser informado.

ACIONISTA CONTROLADOR: CONCEITO, IMPLICAÇÕES DE ACORDO DE ACIONISTAS

Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo
de voto, ou sob controle comum, que:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações
da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da
companhia.

O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua
função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela
trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.

ACIONISTA MINORITÁRIO. DIREITO DE VOTO E RETIRADA.

Acionista minoritário - Diz-se do possuidor de Ações de uma empresa com direito a voto sem, no entanto, ter
seu controle acionário.
Aquele que é detentor de uma quantidade não expressiva (em termos de controle acionário) de Ações ordinárias.
O artigo 4º da Lei nº 6.404/76 , que dispõe sobre as sociedades por Ações, foi alterado, passando a estabelecer
que, para que se efetive o fechamento do capital da companhia, o titular do controle, direta ou indiretamente,
deverá formular uma oferta pública para adquirir a totalidade das Ações em circulação no mercado, por preço
justo, ao menos igual ao valor de avaliação da companhia.
A nova lei assegura aos acionistas minoritários a revisão do valor da oferta. Para tanto, os acionistas titulares de,
no mínimo, 10% das Ações em circulação no mercado poderão requerer a convocação de assembléia especial
dos acionistas titulares de Ações em circulação no mercado, para deliberar sobre a realização de nova avaliação
da companhia ou para a adoção de outro critério em tal avaliação, conforme dispõe o Art. 4-A introduzido pela
nova lei.

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161
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

TAG ALONG (EXTENSÃO DO PRÊMIO DE CONTROLE)

assegura que a alienação, direta ou indireta, do controle acionário de uma companhia somente poderá ocorrer
sob a condição de que o acionista adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das demais Ações
ordinárias, de modo a assegurar a seus detentores o preço mínimo de 80% do valor pago pelas Ações
integrantes do bloco de controle.

Algumas companhias, voluntariamente, estendem o direito de tag along também aos detentores de Ações
preferenciais e/ou asseguram aos detentores de Ações ordinárias um preço superior aos 80%.

FONTES DE INFORMAÇÃO

O conjunto de informações que os administradores das companhias fornecem aos acionistas, analistas de
investimentos, credores e comunidade em geral, abrange os seguintes documentos:
 relatório de administração
 demonstrações financeiras com notas explicativas
 parecer dos auditores independentes.

O relatório anual tem forte poder de comunicação por ser mais descritivo e menos técnico que os demais
documentos. Nele o administrador faz uma prestação de contas dos atos praticados e apresenta expectativas
sobre desempenhos futuros. Seus principais tópicos:

Introdução e Descreve as atividades, demonstrações resumidas dos itens


Tema mais relevantes, informações sobre a administração, análise
da posição acionária
Análise Estratégias, eventos externos incomuns, negócios com
Corporativa ativos significativos, recursos humanos, responsabilidade
social, pesquisa e desenvolvimento, programa de
investimentos, cenários futuros.
Análise Setorial Segmentação da atividade da companhia
Análise Resultados operacionais, situação de liquidez e fontes de
Financeira capital, avaliação de ativos e impacto inflacionário, efeitos da
variação cambial no desempenho

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162
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS ADMINISTRADORES DAS COMPANHIAS ABERTAS:


CONFLITO DE INTERESSES, INFORMAÇÕES

 Dever da Diligência: cuidado e diligência

 Dever da Lealdade: exercer suas atribuições de acordo com os interesses da companhia que administra

 Dever de Guardar Sigilo: Ao administrador, cabe guardar sigilo sobre toda e qualquer informação que
ainda não tenha sido divulgada ao conhecimento do mercado

 Dever de Informar: Comunicar imediatamente à bolsa de valores e a imprensa, também na assembléia


geral, fato relevante ocorrido nos negócios, que possa influir a decisão de investidores de mercado.

O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em
virtude de ato regular de gestão. Entretanto responde civilmente pelos prejuízos causados, se:
Dentro de suas obrigações e poderes, agir com culpa ou dolo
Violando a lei ou o estatuto da companhia

É proibido ao administrador:
Prática de atos de liberalidade a custa da sociedade
Hipoteca, penhor ou alienação de bens sociais, sem autorização do conselho de administração ou da assembléia
Tomar empréstimos a sociedade sem deliberação da assembléia
Intervir em qualquer operação social que tenha interesse oposto ao da companhia.

É ainda, vedado ao administrador, intervir quando seu interesse for oposto ou conflitante ao interesse da
companhia.

OFERTA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA:


Oferta no mercado primário, também denominada pela expressão inglesa underwriting, é a emissão de títulos
novos, realizada por uma determinada empresa privada, por intermédio de uma ou mais instituições financeiras,
que estruturam e distribuem os mesmos. Os recursos do investidor são transferidos para o caixa da empresa
emissora.
Oferta secundária, também denominada pela expressão inglesa block trade, consiste na oferta, por meio de
leilão, de uma quantidade considerável de Ações já emitidas e pertencentes a uma pessoa física ou jurídica.
Neste caso, não há efeito no caixa da empresa emissora, pois a transferência acontece entre investidores.

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163
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

PRECIFICAÇÃO. ASPECTOS RELEVANTES:


O objetivo de qualquer metodologia de análise de Ações é determinar o preço justo de uma ação com o objetivo
de identificar oportunidades de investimento, ou, do lado das companhias, oportunidades de emissão ou
colocação de novas Ações.
Os principais métodos de avaliação de investimento em Ações são:
 múltiplos de mercado
 fluxo de caixa descontado.

MÚLTIPLOS DE MERCADO
A avaliação de Ações pelo sistema de múltiplos é bastante difundida no mercado apesar de controversa.
O raciocínio básico é simples:
 calcula-se os múltiplos de várias empresas
 as Ações que apresentarem os menores índices estão subavaliadas em relação as demais. Significa que
podem propiciar retorno em menor tempo. Recomendação de compra
 as Ações com maiores múltiplos estão superavaliadas. Recomendação de venda.

DISTINÇÕES ENTRE ANÁLISE TÉCNICA (OU GRAFISTA) E ANÁLISE FUNDAMENTALISTA


Análise Fundamentalista Análise Técnica
Medir o valor intrínseco do ativo Analisa os dados gerados pelas
determinando um valor adequado que transações como preço e volume;
reflita a situação da empresa e suas
Utiliza os gráficos na busca de
expectativas futuras;
padrões
Inclui fatores difíceis de quantificar
Visualiza a ação dos componentes
como posicionamento da empresa no
emocionais presentes no mercado;
mercado;

Analisa as tendências e busca


Estuda questões relativas a economia
determinar alvos (até onde os preços
e perspectivas do segmento a que
se movimentarão)
pertence a empresa;

Avalia como ocorre o gerenciamento


da empresa

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164
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

É a análise da situação financeira, econômica e mercadológica de uma empresa e suas expectativas e projeções
para o futuro. Em contraposição à análise técnica, a análise fundamentalista não se baseia no estudo
das cotações de bolsa. A análise fundamentalista interpreta dados fundamentais de uma empresa obtidos
do balanço (análise contábil) e informações sobre a situação do mercado, o patrimônio da empresa.

ANÁLISE TÉCNICA

A análise técnica funciona porque o mercado corresponde à soma dos desejos, medos e expectativas das
pessoas. O valor de um ativo reflete o encontro entre os que acreditam que o ativo irá se valorizar (compra)
versus aqueles que pensam o contrário (venda). Essas manifestações aparecem nos gráficos.

As pessoas lembram-se dos valores em que ganharam ou perderam dinheiro. Dessa maneira, começa a
formação de zonas de preços difíceis de ultrapassar, são as chamadas regiões de suporte e resistência como
veremos ao longo do tutorial. De modo semelhante, as tendências são formadas e a análise técnica oferece
ferramentas que possibilitam medir a força da tendência e mesmo sua provável extensão.

Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. Conforme ela ganha mais adeptos, mais
pessoas passam a utilizar suas teorias e a perceber, simultaneamente, padrões de compra e venda, o que acaba
por impulsionar o movimento de preço.

Não podemos esquecer ainda o dinamismo da análise técnica. Durante o dia surgem diversas oportunidades de
negócios, pois o mercado se repete e os mesmos padrões que uma pessoa observa em um gráfico de nível
diário pode aparecer diversas vezes ao longo de um único pregão.

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165
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CONCEITOS GERAIS DE PRÁTICAS DE BOA GOVERNANÇA CORPORATIVA:


Governança corporativa é o conjunto de práticas e relacionamentos entre os acionistas ou os cotistas, o
conselho de administração, a diretoria, a auditoria independente e o conselho fiscal.
 Otimiza o desempenho da empresa
 Facilita seu acesso a fontes de capital
 Protege investidores e demais interessados

Esta expressão é designada para abranger os assuntos relativos ao poder de controle e direção de uma
empresa, e os diversos interesses que de alguma forma estão ligados a vida das sociedades comerciais.
Para os investidores, a análise das práticas de governança auxilia na decisão de investimento pois a governança
determina qual o nível e as formas de atuação que estes podem ter na companhia, possibilitando-lhes exercer
influencia no desempenho da mesma. Boas práticas de governança corporativa repercutem na redução do custo
de capital, o que aumenta a viabilidade do mercado de capitais como alternativa de capitalização.

A boa governança permite uma administração melhor, em beneficio de todos os acionistas e daqueles que lidam
com a empresa, contribuindo para uma sociedade mais justa e responsável.
A análise das práticas de governança corporativa aplicadas ao mercado de capitais envolvem, principalmente:
 Transparência na prestação de informações ao público em geral
 Equidade de tratamento dos acionistas

TRANSPARENCIA NAS INFORMAÇÕES PUBLICADAS – Nível 1


TRATAMENTO IGUALITARIO ENTRE OS ACIONISTAS – Nível 2

OS SEGMENTOS DE LISTAGEM:
NÍVEL I;
NÍVEL II;
NOVO MERCADO

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166
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

NOVO MERCADO

O Novo Mercado é um segmento de listagem destinado à negociação de Ações emitidas por companhias que se
comprometam, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa adicionais em relação ao
que é exigido pela legislação.

A valorização e a liquidez das Ações são influenciadas positivamente pelo grau de segurança oferecido
pelos direitos concedidos aos acionistas e pela qualidade das informações prestadas pelas companhias.
Essa é a premissa básica do Novo Mercado.

A entrada de uma companhia no Novo Mercado ocorre por meio da assinatura de um contrato e implica a
adesão a um conjunto de regras societárias, genericamente chamadas de "boas práticas de governança
corporativa", mais exigentes do que as presentes na legislação brasileira. Essas regras, consolidadas no
Regulamento de Listagem do Novo Mercado, ampliam os direitos dos acionistas, melhoram a qualidade das
informações usualmente prestadas pelas companhias, bem como a dispersão acionária e, ao determinar a
resolução dos conflitos societários por meio de uma Câmara de Arbitragem, oferecem aos investidores a
segurança de uma alternativa mais ágil e especializada.
A premissa básica é que a adoção de boas práticas de boa governança corporativa pelas companhias confere
maior credibilidade ao mercado acionário e, como conseqüência, aumenta a confiança e a disposição dos
investidores em adquirirem as suas Ações, pagarem um preço melhor por elas reduzindo seu custo de captação.
A adesão das companhias ao nível 1 ou ao nível 2 depende do grau de compromisso assumido e é formalizada
por meio de um contrato assinado pela BOVESPA, pela Companhia, seus administradores, conselheiros fiscais e
controladores. Ao assinarem o contrato, as partes acordam em observar o Regulamento de Listagem do
segmento específico, que consolida os requisitos que devem ser atendidos pelas Companhias listadas naquele
segmento.

Algumas empresas listadas no Novo Mercado:

Açúcar Guarani S.A


Aliansce Shopping Center
Hypermarcas S.A
Eternit S.A.
BMFBovespa SA Bolsa Valores Mercadorias e Futuros
Fonte: BOVESPA

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167
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

COMPANHIA NÍVEL 1

Se comprometem principalmente com melhorias na prestação de informações ao mercado e com a


dispersão acionária. Por exemplo, a companhia aberta listada no nível 1 tem como obrigações adicionais a
legislação:

 Melhoria nas informações prestadas à CVM, BOVSPA e ao público em geral


 Realização de reuniões publicas com analistas e investidores, ao menos uma vez por ano
 Apresentação de um calendário anual, do qual conste a programação dos eventos corporativos, tais
como assembléias, divulgação de resultados, etc
 Divulgação dos termos dos contratos firmados entre a companhia e partes relacionadas
 Divulgação em bases mensais, das negociações de valores mobiliários e derivativos de emissão da
companhia por parte dos acionistas controladores
 Manutenção em circulação de uma parcela mínima de Ações, representando 25% do capital da
companhia (free Float)
 Quando da realização de distribuições públicas de Ações, adoção de mecanismos que favoreçam a
dispersão do capital.

Algumas empresas listadas no Nível 1

Banco Bradesco
Bradespar
Braskem
Paranapanema S.A
Metalurgica Gerdau S.A
Vale SA

Fonte: Bovespa

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168
MÓDULO IV – DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTOS

COMPANHIA NÍVEL 2

As companhias nível 2 se comprometem a cumprir as regras aplicáveis ao Nível 1, e adicionar um conjunto mais
amplo de práticas de governança relativas aos direitos societários dos acionistas minoritários.

Por exemplo, a companhia aberta listada no nível 2 tem como obrigações adicionais a legislação, além das
exigidas no nível 1:

 Divulgação de demonstrações financeiras de acordo com padrões internacionais IFRS ou US GAAP.


 Conselho de administração com mínimo de 5 membros e mandato unificado de até 2 anos, permitida a
reeleição. No mínimo 20% dos membros deverão ser conselheiros independentes.
 Direito de voto as Ações preferenciais em algumas materiais, tais como transformação, incorporação,
fusão ou cisão da companhia e aprovação de contratos entre a companhia e empresas do mesmo grupo
sempre que, por força de disposição legal ou estatutária, sejam deliberados em assembléia geral.
 Extensão para todos os acionistas detentores de Ações ordinárias das mesmas condições obtidas pelos
controladores quando da venda do controle da companhia e de no mínimo 80% deste valor para os
detentores de Ações preferenciais (tag along)
 Realização de uma oferta pública de aquisição de todas as Ações em circulação, no mínimo, pelo valor
econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação neste
nível
 Adesão a câmara de arbitragem do mercado para resolução de conflitos societários.

Estes compromissos devem também ser aprovados em assembléias e incluídos no estatuto social da
companhia.

Algumas empresas listadas no Nivel 2

Banco Santander Brasil S.A


Marcopolo S.A
Net Serviços de Comunicação S.A
TAM S.A
Saraiva Livreiros S.A

Fonte: Bovespa

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169
MÓDULO IV – DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTOS

CUSTÓDIA E LIQUIDAÇÃO: CONCEITO E SERVIÇO PRESTADO. RELAÇÃO FIDUCIÁRIA


ENTRE INVESTIDOR E CUSTODIANTE PRAZOS, PROCESSOS E RISCOS DE

DISPONIBILIZAÇÃO DE RECURSOS E TÍTULOS

A BOVESPA Holding, através de sua controlada CBLC, atua como depositaria dos valores mobiliários
negociados em nossos mercados de renda variável e renda fixa, sendo a única depositaria central de Ações no
Brasil.

Ela opera o serviço de custódia fungível e detêm a propriedade fiduciária de todos os valores mobiliários
depositados. Tem um processo de conciliação diário dos valores mobiliários depositados, os quais são mantidos
em forma escritural e identificados por um código ISIN, em uma estrutura de contas segregada e individualizada
que identifica os investidores finais. O registro da CBLC como proprietária fiduciária é feito apenas com o
objetivo de realizar a guarda dos ativos no serviço de depositária, não tendo a CBLC nenhum direito de
propriedade sobre os mesmos.

Alem de atuar como depositaria de Ações de companhias abertas, a estrutura dos sistemas utilizado pelo serviço
de custódia da CBLC foi desenvolvida para prover o mesmo tipo de serviço para outros instrumentos financeiros
como, por exemplo, certificados de privatização, debêntures, certificados de investimento, quotas de fundos
imobiliários e títulos de renda fixa.

RISCOS E RELAÇÃO FIDUCIÁRIA

A CBLC atua como contraparte central para todos os agentes de compensação, colocando-se entre todos os
compradores e vendedores, e assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua
liquidação

O serviço de gerenciamento de riscos visa identificar, mensurar e prover a cobertura ou transferência dos riscos,
em especial os de crédito, liquidez, operacional, legal e de mercado, através da adoção de um conjunto de
procedimentos e sistemas desenvolvidos para a execução destas atividades.

LIQUIDAÇÃO – CALENDÁRIO MERCADO A VISTA

D+0 dia da operação


D+1 prazo para os intermediários financeiros especificarem as operações por eles executadas junto a bolsa
D+2 entrega e bloqueio dos títulos para liquidação física da operação, caso ainda não estejam na custódia da
CBLC
D+3 liquidação física e financeira da operação

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170
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

O MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO

Segmento de negociação de ativos administrado pela BVSP, em que há presença da entidade auto reguladora
exercendo a supervisão dos negócios. Entretanto os parâmetros de negociação e as regras de listagem são
menos exigentes do que os de mercado de bolsa.

No mercado de balcão organizado atuam como intermediários não só as corretoras de valores, mas também as
distribuidoras de valores e bancos de investimento.

FORMAS DE NEGOCIAÇÃO

MERCADO A VISTA

Valores Mobiliários passíveis de Negociação em Mercado de Balcão Organizado:


 Ações

 CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários)

 FIDC (Fundos de Investimentos em direitos creditórios)

 FII (Fundos de Investimentos Imobiliário)

 PIBB (Papéis índice Brasil Bovespa – 50)

 Debêntures

 Notas promissórias

 Direitos de subscrição

 Recibo de Subscrição

A negociação é realizada exclusivamente por meio de sistemas eletrônicos totalmente integrados com os
sistemas de compensação e liquidação, resultado na automatização de todo o processo.
Compra e venda de lotes padronizados de Ações executadas por preço estabelecido pelo mercado pregão
eletrônico.
A operação realizada em D0 terá a liquidação em D+3

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

MERCADO A TERMO

O contrato a termo é provavelmente o tipo mais básico de derivativo. Nele uma das partes compromete-se a
comprar e a outra a vender um ativo, por preço específico, em uma data predeterminada.

o Fluxo de capital: não há fluxo de recursos financeiros no inicio da operação

o Liquidação no vencimento: normalmente não se liquida antes da data contratada. No


vencimento, ocorre a liquidação física e a correspondente liquidação financeira.

o Customização: como são normalmente negociados em mercado de balcão, sua formalização


visa a atender o interesse específico das partes envolvidas.

MERCADO A FUTURO

Um contrato futuro nada mais é do que um acordo entre duas partes para comprar um ativo a certo preço em
uma determinada data. Para facilitar este processo, a Bovespa determina as características básicas do contrato,
de forma que todos os participantes no mercado saibam exatamente o que estão comprando ou vendendo.

o Padronização: contratos negociados em bolsa, pouco flexíveis (em função da padronização),


mas de alta liquidez.

o Ajuste diário: mecanismo por meio do qual as posições mantidas em aberto são acertadas
financeiramente – todos os dias – em recursos disponíveis em conta corrente, segundo seu
preço de mercado. Esse mecanismo impede que eventuais prejuízos se acumulem assim, se
num dia qualquer a posição perdedora deixar de honrar seu compromisso e não efetuar o
pagamento do ajuste, a bolsa encerra compulsoriamente esta posição, utilizando sua margem
para saldar o débito.

o Margem: caução requerida para assegurar que haverá fundo suficiente para cobrir prejuízos no
caso de inadimplência do cliente. Tanto comprador como vendedor devem cumprir o depósito de
margem que pode ser constituída em dinheiro, títulos públicos ou privados, Ações, carta de
fiança, seguro de crédito e certificado de ouro. As bolsas estipulam o percentual de margem com
base na natureza de cada ativo.

o Negociabilidade: as posições podem ser liquidadas a qualquer momento mesmo antes da data
do vencimento do contrato, bastando para tanto fazer a operação inversa da que está em aberto.

o Prazos: normalmente encontram-se abertos a negociação nos mercados futuros, contratos com
diversos vencimentos, definidos de acordo com a característica da produção e comercialização
de cada mercadoria ou ativo financeiro. Alguns contratos de commodities de alta liquidez, como
café algodão e açúcar, prevêem também entrega física.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

MERCADO DE SWAP

O contrato de swap é um contrato particular entre duas partes (negociação em balcão) que estabelece a troca de
dois fluxos financeiros segundo condições de prazo e preço definidos entre as partes.

o Fluxo financeiro: não há fluxo financeiro no momento da operação. O contrato é inclusive


conhecido no mercado como hedge sem caixa.

o Liquidação pela diferença: a operação é liquidada pela diferença somente no vencimento do


contrato

o Registro: as operações são negociadas no mercado de balcão, mas podem ser registradas na
CETIP ou Bovespa.

MERCADO DE OPÇÕES

Contrato no qual uma das partes tem só direito (comprador) e a outra parte tem só obrigação (vendedor).

Fazendo uma analogia com um carro e uma seguradora:


O comprador do seguro tem o direito de vender o carro para a seguradora pelo preço de cobertura da apólice.
(preço de exercício)

Para isso, o comprador paga um prêmio (prêmio), que será a perda máxima que ele poderá ter. age assim para
se proteger de um risco (sinistro)
A seguradora, assume a obrigação de eventualmente ter que comprar o carro do segurado (comprador), mesmo
que ele não exista mais.

Para assumir essa obrigação, ela recebe o prêmio, que é o lucro máximo que ela terá. A seguradora não
acredita na possibilidade de haver o risco. (sinistro).

Assim, concluímos:
Se ocorre o sinistro, o comprador exerce o direito que tem e ganha tanto mais quanto maior for o preço do bem
no vencimento.
Se não ocorre o sinistro, o comprador não exerce o direito que tem e a seguradora fica com o valor do prêmio.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

TIPOS DE OPÇÕES E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: PUT (OPÇÃO DE VENDA) E CALL (OPÇÃO


DE COMPRA). COMPRA/VENDA DE PUT, COMPRA/VENDA DE CALL. TITULAR E LANÇADOR
OPÇÃO DE COMPRA (CALL) – ESTRATÉGIA DE COMPRA – TITULAR
 Quando usar: acredita na elevação do preço do ativo objeto.

 Operação: o comprador paga um prêmio e adquire o direito de comprar o ativo objeto pelo preço de
exercício (acredita que o preço a vista no vencimento deve superar o preço de exercício).

 Potencial de Lucro: acima do ponto de equilíbrio, a medida que o preço a vista do ativo objeto sobe,
cresce seu lucro proporcionalmente.

 Potencial de Perda: se a estimativa de alta não se confirmar, o comprador não exerce seu direito (já que
pode comprar o ativo no mercado por preço inferior) e perde integralmente o prêmio pago.

OPÇÃO DE COMPRA (CALL) – ESTRATÉGIA DE VENDA – LANÇADOR

 Quando usar: acredita na queda de preço do ativo objeto

 Operação: o vendedor recebe um prêmio e assume a obrigação de vender o ativo objeto pelo preço de
exercício (acredita que o preço a vista deve ficar abaixo do preço de exercício)

 Potencial de lucro: seu potencial de ganho se limita ao prêmio recebido se sua estimativa de queda se
confirmar, e não for exercido. O titular, que tem o direito, comprará no mercado a vista por um preço
menor que o de exercício.

 Potencial de perda: ilimitado – acima do ponto de equilíbrio, a medida que o preço a vista sobe, seu
prejuízo cresce proporcionalmente.

Efeito no prêmio das opções: taxa de juros, tempo para o vencimento, volatilidade, preço do ativo objeto e preço
de exercício

O prêmio da call é função dos seguintes fatores:


Preço a vista, preço de exercício, taxa de juros, tempo e volatilidade.
Vamos ver a relação entre esses fatores e o preço de uma opção de compra.
 Preço a vista: quanto maior, maior será o prêmio.

 Preço de exercício: quanto maior, menor será o prêmio

 Taxa de juros: quanto maior, maior será o prêmio

 Tempo: quanto maior, maior será o prêmio

 Volatilidade: quanto maior, maior será o prêmio

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO – CTVM, DTVM, AGÊNCIAS BANCÁRIAS E INTERNET (HOME


BROKER)

Para adquirir Ações o investidor tem algumas opções. No ambiente das bolsas de valores, somente as CTVM –
Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, podem intermediar a compra e venda das Ações. Caso o cliente se
dirija a uma agência bancária para negociar Ações em Bolsa de Valores, o banco deverá encaminhá-lo a uma
Corretora.

As DTVM - Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, estão autorizadas a operar em bolsas de valores,
desde a Decisão Conjunta 17, tomada entre BACEN e CVM em março/2009, porém até agora não existem
distribuidoras listadas e aptas para essa operação.

Home Broker é um serviço semelhante aos Home banking, oferecidos pelos bancos, ou seja, é um canal de
relacionamento, entre os investidores e as sociedades corretoras da BOVESPA, permitindo que sejam enviadas,
por meio da Internet, ordens de compra e de venda de Ações. Isso é possível porque os Home Brokers das
corretoras estão interligados ao sistema de negociação da BOVESPA. Para investir em Ações via internet, é
necessário que o investidor seja cliente de uma corretora da BOVESPA que disponha dessa facilidade.

OFERTA PÚBLICA INICIAL DE AÇÕES (IPO). DEFINIÇÃO E ENTENDIMENTO DOS

CONCEITOS: PERÍODO DE RESERVA, POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE RATEIO, ORDEM

LIMITADA E A MERCADO

IPO-Initial Public Offering, é o processo de lançamento de Ações junto ao mercado, e significa Oferta Pública
Inicial de Ações. Através desse mecanismo, uma empresa realiza a primeira colocação pública de Ações para
negociação no mercado. Tal processo ocorre por colocação primária ou colocação secundária (block-trade).
→ Colocação primária: são emitidas novas Ações da companhia, portanto ocorre a captação de
recursos pela empresa emissora.
→ Colocação secundária (block-trade): ocorre quando um grande acionista ou grupo se desfaz de
sua posição de Ações. Neste caso, por não haver a emissão de novas Ações, não haverá entrada
de recursos para a empresa emissora, pois os recursos são canalizados para o acionista
vendedor.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

PERÍODO DE RESERVA:
Objetivo Principal: Testar demanda e formar preço (bookbuilding)
É admissível o recebimento de reservas para aquisição de Ações objeto de oferta pública, desde que:
→ Tal fato esteja previsto no Prospecto;
→ Tenha sido requerido o registro da distribuição junto a CVM;
→ Haja prospecto preliminar a disposição dos investidores
Em uma distribuição pública, com garantia de acesso a todos os investidores, os critérios de rateio são
previamente conhecidos, pois dependendo da procura, o rateio possibilitará que todos interessados possam
adquirir certa quantidade do valor mobiliário objeto da distribuição.

ORDEM CARACTERÍSTICA

Quando o investidor especifica à corretora apenas a


Ordem a Mercado quantidade e as características dos títulos que deseja
comprar ou vender e a sua execução deve ser imediata.

Quando o investidor especifica à corretora apenas a


Ordem quantidade e as características dos títulos que deseja
Administrada comprar ou vender e o momento de sua execução fica a
critério da corretora.
Quando o investidor estabelece o preço máximo ou
mínimo pelo qual ele quer comprar ou vender determinada
Ordem Limitada
ação. Ela somente será executada por um preço igual ou
melhor do que o indicado.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

DEFINIÇÕES DE GANHOS DE CAPITAL

As Ações são títulos de renda variável, logo, oferecem resultados que podem ser ganhos ou perdas para o
investidor, baseados no comportamento de seus preços de mercado. O desempenho da empresa, as condições
de mercado e a evolução da economia influenciam muito o resultado que as Ações proporcionam. Portanto a
perda ou ganho de capital ocorrerá em função de oscilações do preço da ação no mercado em relação ao preço
pago e também da renda decorrente da distribuição do lucro gerado pela empresa além de outros proventos
como: dividendos, juros sobre capital próprio, bonificação e subscrição.

Dividendos
É a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moeda, aos seus acionistas. Por lei, no mínimo, 25%
do lucro líquido do exercício devem ser distribuídos aos acionistas.
Os dividendos a serem pagos são incluídos no lucro tributável e, portanto, não são deduzidos do Imposto
de Renda – IR, e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL – a serem pagos pelas empresas.
Não gera benefício fiscal e/ou tributário para a empresa.
Tanto as pessoas físicas quanto as pessoas jurídicas estão isentas de tributação de imposto de renda sobre
recebimento de dividendos.

Juros sobre o capital próprio


Foi criado pela lei 9249, de 26/12/95, para compensar o fim da correção monetária dos balanços das empresas.
Através deste instrumento, a empresa está autorizada a remunerar o capital do acionista até o valor da TJLP.

O valor desembolsado é considerado como despesa e, portanto, descontado do lucro tributável,


diminuindo o IR a ser pago pela empresa.
Gera benefício fiscal e/ou tributário para a empresa.
O valor a ser recebido pelo acionista sofre desconto de IR na fonte pela alíquota de 15%.

Subscrição
Direito aos acionistas de aquisição de Ações por aumento de capital, com preço e prazo determinados.

O bônus de subscrição (o direito – negociável) é adquirido por um preço unitário em determinada data, dando ao
seu portador o direito de subscrever uma nova ação dentro de um prazo determinado, por um preço
complementar, corrigido monetariamente ou não. A quantidade de bônus a ser subscrita pode ser proporcional
ao número de Ações já possuídas. O acionista que não efetuar a subscrição no período estipulado perderá seu
direito e não terá restituição do valor pago antecipadamente. Dessa forma, o bônus dá ao acionista que acredita
no futuro de sua empresa a garantia de subscrever Ações no futuro por um preço predeterminado.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Bonificação
Distribuição gratuita de novas Ações aos acionistas, em função de aumento do capital por incorporação de
reservas.

Split ou Desdobramento
Distribuição gratuita de novas Ações aos acionistas, pela diluição do capital em um maior número de Ações, com
o objetivo, entre outros, de dar liquidez aos títulos no mercado.

Podemos ainda definir, como o aumento da quantidade de Ações de uma empresa, sem que haja alteração na
participação dos sócios, investidores ou titulares de direitos. Por extensão, aumento da quantidade de títulos e
valores mobiliários. No caso de Ações ou cotas de fundos, a decisão de desdobrar depende de aprovação em
assembléia geral.

Via de regra, empresas com Ações de valor unitário muito elevado desdobram a ação, para facilitar negociações
em menores lotes. Um exemplo é uma ação admitida à negociação em bolsa a R$ 1.000,00 (preço unitário).
Pode-se desdobrar a ação a razão de 10 por 1, tornando-a cotada a R$ 100,00. Assim, o cliente passa a ter 10
Ações ao invés de uma.

Agrupamento ou Inplit
Condensação do capital em um menor número de Ações com consequente aumento do valor de mercado da
ação, com o objetivo, entre outros, de valorizar sua imagem em mercado.

As regras do mercado de Ações estabelecem que, no dia seguinte á assembléia de acionistas, que tenha
deliberado a concessão de um direito, a ação já estará sendo negociada “ex” (vazia) em relação ao dia anterior a
assembléia em que era negociada “com” (cheia).

Sobre as operações realizadas no mercado a vista, os clientes pagam as corretoras uma taxa de corretagem,
calculada em cascata por faixas, em função do volume transacionado mais uma taxa específica a bolsa.

Sobre as operações de compra não incide tributação, vindo a incidir um imposto sobre ganhos de capital de 20%
quando da venda sobre o valor real do lucro realizado com a operação.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

RISCOS INERENTES AO PRODUTO AÇÕES


As Ações são ativos de renda variável, não oferecem ao investidor uma rentabilidade garantida previamente
conhecida.
Sua rentabilidade é composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela
empresa emissora, além do eventual ganho de capital conferido na venda da ação no mercado secundário
(bolsas). O retorno dependerá de uma série de fatores, como desempenho da empresa, comportamento da
economia e etc.
Por este motivo, de não haver garantia de rentabilidade, podendo inclusive ocorre prejuízo na aplicação, é
considerado um investimento de risco, o que torna aconselhável ao investidor não depender do recurso aplicado
para gastos imediatos, e mais, que tenha um horizonte de investimento a médio e longo prazo, podendo assim,
reverter eventuais desvalorizações.

Risco de Mercado

Está diretamente relacionado às flutuações de preços e taxas (Alta volatilidade). Muitos outros fatores
podem afetar o desempenho da empresa e das Ações no mercado. Veja:
→ Taxas de juros muito elevadas podem inviabilizar a tomada de crédito para realizar investimentos, bem
como reduzir a atratividade dos títulos de renda variável em comparação aos de renda fixa.
→ Caso a empresa tenha dívidas contraídas em moeda estrangeira, oscilações de câmbio podem
comprometer sua situação financeira. A empresa também será afetada se houver concorrência de
produtos estrangeiros ou se for exportadora.
→ Uma situação econômica pouco favorável compromete o desempenho das empresas. Algumas, no
entanto, são ainda mais atingidas por crises econômicas. Adicionalmente, há setores em que fatores não
previsíveis geram impactos profundos.

Risco de Liquidez

Decorre da eventual falta de recursos imediatamente disponíveis para honrar compromissos assumidos, ou falta
de contrapartes em número suficiente para negociar o volume desejado de determinado ativo, causando-lhe
variação anormal de valor e conseqüente redução de rentabilidade, entre outros que já vimos anteriormente.

Risco de Crédito não existe no produto Ações, uma vez que quando adquirimos Ações, nos tornamos
acionistas da empresa emissora, e não credores da mesma.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

PRINCIPAIS BENCHMARKS DE RENDA VARIÁVEL


Ibovespa
IBRX

DESPESAS INCORRIDAS NA NEGOCIAÇÃO – TIPOS

Corretagem
A corretagem é a taxa de remuneração de um intermediário financeiro na compra ou venda de títulos. Para
operações registradas na BOVESPA será livremente pactuada entre a Sociedade Corretora e seus clientes.

Custódia
Significa a guarda de títulos. No mercado de Ações, os acionistas por intermédio de uma sociedade corretora,
podem utilizar-se do sistema de custódia fungível da BOVESPA, oferecido pela CBLC – Câmara Brasileira de
Liquidação e Custódia, que é uma sociedade anônima que tem como objetivo social a prestação de serviços de
compensação e liquidação física e financeira de operações realizadas nos mercados a vista e a prazo da bolsa
de Valores de São Paulo (BOVESPA) e de outros mercados. A CBLC cobra 0,3% ao ano de taxa de custódia.

Emolumentos
Nos mercados administrados pela BOVESPA incidirão taxas e emolumentos conforme estabelecido na Tabela
de Contribuições e Serviços, a qual é divulgada periodicamente pelo Superintendente Geral. As taxas e
emolumentos incidem, no mercado a vista, sobre o valor da operação de compra ou de venda. As regras de
cálculo da taxa de emolumentos são definidas por grupo de produtos que possuem finalidades ou características
semelhantes. No entanto, dentro do grupo de taxa de câmbio, o desconto é individualizado e o volume em cada
ativo-objeto não é cumulativo com os demais produtos do grupo.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

TRIBUTAÇÃO – PRODUTO AÇÕES


Imposto de Renda: fato gerador, alíquotas, bases de cálculo e responsabilidade de
recolhimento

Alíquota de 15% sobre os ganhos líquidos conferidos em cada mês. No mercado a vista de Ações, considera-se
ganho líquido o resultado positivo conferido nas operações de venda realizadas em cada mês, deduzindo
também custos e despesas incorridos na realização das operações. Do valor a ser pago de imposto de renda,
deverá ser deduzido o valor retido na fonte correspondente ao 0,005%.
→ Recolhimento do imposto de renda deverá ser efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao da
apuração, sendo responsável pelo seu recolhimento o próprio contribuinte, o qual deve efetuar o
recolhimento do tributo via DARF.

As operações de alienação (venda) realizadas em Bolsas de Valores e assemelhadas (mercados de balcão), por
qualquer beneficiário (PF e PJ), estão sujeitas as seguintes alíquotas de IR, a partir de 01.01.2005:
→ 0,005% retido na fonte, calculado sobre o valor da venda, a título de antecipação, desde que esse
percentual não represente valor igual ou inferior a R$ 1,00 (um real) no acumulado do mês

Para o valor retido na fonte a título de antecipação, o contribuinte poderá realizar uma das seguintes:
→ Deduzir do imposto de renda sobre os ganhos líquidos apurados no mês
→ Deduzir do imposto de renda sobre os ganhos líquidos apurados em meses subseqüentes
→ Compensar na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que tratam os itens acima, houver
saldo de imposto retido
→ Compensar com o imposto sobre ganho de capital na alienação de Ações

São isentas do imposto de renda as operações de venda de Ações efetuadas no mercado a


vista de bolsas de valores, realizadas num mesmo mês por pessoa física, até o valor de R$
20.000,00
As perdas incorridas nas operações de renda variável (Ações), poderão ser compensadas com
os ganhos líquidos futuros. Não há limite temporal para o exercício do direito de compensação.
IOF para o mercado de renda variável = alíquota zero.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CLUBE DE INVESTIMENTO EM AÇÕES.

Conceito
Trata-se de uma aplicação financeira criada por um grupo de pessoas que desejam investir seu dinheiro
(recursos) em títulos e valores mobiliários (por exemplo, Ações).

É parecido com um fundo de investimento, mas tem suas particularidades. Veja

Características Operacionais
→ Constituído por pessoas físicas, no mínimo 3 e no máximo de 150 participantes, porém no caso de um
clube reúne funcionários, empregados ou contratados de uma mesma entidade, empresa ou qualquer
grupo de sociedade, o número poderá ser maior. Entretanto, um único participante não pode ter mais de
40% do total das cotas
→ Deve ter um administrador que pode ser uma sociedade corretora, sociedade distribuidora, banco de
investimentos ou banco múltiplo com carteira de investimento. O gestor pode ser o administrador do
clube ou pessoa física ou jurídica designada para prestar os serviços de gestão da carteira de
investimentos, a qual é o conjunto de títulos de renda fixa e de renda variável de propriedade do clube
de investimento.
→ São registrados e fiscalizados pela Bovespa e pela CVM
→ O registro do clube de investimento é realizado após a análise da documentação necessária,
providenciada pela corretora de valores escolhida.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Fundos de Ações x Clube de Investimento: vantagens e desvantagens


Características Clube de Investimento Fundo de Ações
Marcação a Mercado Não há Há
Auditor Externo Não há Obrigatório
Custos ANBIMA Não há Há
Contabilização dos Ativos Individual Consolidada e simplificada
Restrições de Investimento 51% no mínimo, dos Conforme pela IN CVM nº 409, no
recursos em Ações. mínimo 67% do PL em Ações
Compensação de Perdas Há Há
Taxa de Administração Há Há
Administrador Corretora, Distribuidora PJ registrada na CVM para a
Banco múltiplo função
Público alvo Somente pessoa física Pessoas Físicas e Jurídicas
Tributação de IR No resgate, 15%, desde No resgate a alíquota de 15%,
que tenha no mínimo 67% desde que tenha no mínimo 67%
do PL em Ações. Se do PL em Ações
inferior a 67% do PL,
tabela de Renda Fixa.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

ATIVOS DE RENDA FIXA


INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA
Títulos de Crédito ou Dívida

Investidor empresta dinheiro do emissor adquirindo papéis

Emissor Emissor
Setor Público Setor Privado

SELIC CETIP

Emissor Emissor Emissor


Governo Federal Instituições Financeiras Instituições Não Financeiras
LFT LTN CDB, LCI Debênture
NTN séries B, C, D e F Letra Hipotecária Nota Comercial

FGC Garante apenas


emissões de Instituições
Financeiras

Investidor recebe JUROS


Depende das condições negociadas e características do ativo
Juros Pré, CDI, SELIC, TR, IGP-M, PTAX e outras

Principais RISCOS

Crédito Mercado Liquidez


Dificuldade de
Inadimplência do Oscilação da taxa
resgate a qualquer
Emissor de juros
tempo
Não Sistemático Sistemático Não Sistemático
Diversificável Não Diversificável Diversificável

Imposto de Renda
Prazo de Permanência Alíquotas

até 180 dias 22,50%


Produtos e/ou Imposto de Renda
Carteiras de Renda Retido na Fonte,
de 181 a 360 dias 20,00%
Fixa pago no momento
(lLongo Prazo) do Resgate
de 361 a 720 dias 17,50%

acima de 720 dias 15,00%


Fundos de Renda
até 180 dias 22,50% ajuste na data de
Fixa

(Curto Prazo) acima de 180 dias 20,00% resgate.

Todos os ativos de Renda Fixa, exceto as LH´s para pessoas físicas, seguem a Tabela Regressiva do Imposto
de Renda, e a retenção é efetuada na fonte, quando existe rendimento.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

O PAPEL DO FGC EM CASO DE INADIMPLÊNCIA DO EMISSOR


As Letras Hipotecárias contam com a proteção do FGC – Fundo Garantidor de Créditos, garantindo até R$
70.000,00 por CPF/CNPJ. Esse valor foi determinado em Dezembro/2010. O quadro traz as características do
FGC.

FGC – Fundo Garantidor de Créditos


Definição Entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a
titulares de créditos contra instituições financeiras
Objetivos O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas,
nas hipóteses de:
• Decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada;
• reconhecimento, pelo BACEN, do estado de insolvência da associada.
Objetivos de • depósitos a vista ou sacáveis mediante aviso prévio
• depósitos de poupança
Garantia • depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado
• depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao
registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de
pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares
• letras de câmbio
• letras imobiliárias
• letras hipotecárias
• letras de crédito imobiliário
Instituições São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os
bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a caixa econômica federal, as
Associadas sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito
imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em
funcionamento no país, que:
• recebem depósitos a vista, a prazo ou em contas de poupança
• efetuam aceite em letras de câmbio
• captam recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias e de letras de crédito imobiliário.
Limite de O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra
todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até
Garantia o valor de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Este limite foi estipulado desde
dezembro/2010.
Principais • titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na
escrituração da instituição associada ou aquele designado em título por ela
aCritérios emitido ou aceito
• devem ser somados aos créditos de cada credor identificado pelo respectivo
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado
financeiro
• os cônjuges são considerados pessoas distintas, sejam qual for o regime de
bens do casamento
• créditos em nome de dependentes do beneficiário identificado devem ser
computados separadamente
• nas contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$ 70.000,00 (setenta mil
reais) ou ao saldo da conta, quando inferior a esse limite, dividido pelo número
de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

SWAP
Operações de Swap são realizadas para troca de Direitos constantes do Ativo e Obrigações constantes do
Passivo entre duas empresas para evitar perda (resultado negativo), com a desvalorização de moedas
estrangeiras ou com o menor crescimento de índices que corrijam o seu ativo em relação aos do passivo.
Nos Produtos de Investimento, é um dispositivo de proteção, que permite ao investidor, desde que previamente
contratado, trocar a rentabilidade pré estabelecida por uma outra, também pré estabelecida, com a finalidade de
alcançar a maior rentabilidade possível.

LETRAS HIPOTECÁRIAS – LH - LETRAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO – LCI - TÍTULOS


PRIVADOS DE CRÉDITO DE RENDA FIXA EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.

São títulos emitidos por instituições financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários. Constituem uma
alternativa de investimento ao cliente, uma vez que se caracterizam como uma forma de captação de recursos
para o banco. As regras atuais estabelecem que somente quando o volume de financiamentos concedido, dentro
das regras do Sistema Financeiro da Habitação, for superior ao volume de captação em caderneta de poupança
é que se pode recorrer as Letras Hipotecárias, como forma de captação.

As instituições autorizadas a emitir letras hipotecárias podem adotar para efeito de remuneração básica os
seguintes índices:
→ Índice de Remuneração da Poupança – TR
→ Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas
→ Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE
→ Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas
As letras hipotecárias emitidas com base em índice de preços terão prazo mínimo de 60 meses.

Atualmente, as letras hipotecárias emitidas com base na TR, tem prazo mínimo de 180 dias. As instituições
financeiras deverão determinar no ato da emissão da letra hipotecária um único índice de atualização, sendo
vedada cláusula de opção. Um possível inconveniente das letras hipotecárias é a falta de liquidez e de prazos
maleáveis de investimento em relação a outros produtos disponíveis no mercado.

As LH´s ao oferecidas apenas com vencimentos pré-definidos (normalmente, no mercado, variam entre seis
meses a dois anos), não havendo a possibilidade de saque dos recursos antes do prazo estabelecido.

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188
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Letra Hipotecaria com Swap (troca)


É uma operação que conjuga duas transações distintas:
→ Aquisição de uma LH com sua remuneração específica, por exemplo, TR + 8% ao ano de juros
→ Aquisição, simultaneamente, de um contrato de SWAP (contrato de derivativo em que há troca de fluxo
financeiro sem trocar o capital) no qual o investidor troca a taxa da LH de TR + 8% ao ano por um
percentual de CDI ou uma taxa prefixada.

Letra Hipotecária sem Swap


O investimento terá a remuneração contratada para o título.
Ex. TR + 8% ao ano de juros

RISCOS INERENTES AO PRODUTO

Risco de crédito: Baixo


As LH´s são títulos de emissão de instituições financeiras, logo estão sujeitas a risco de crédito.

Já vimos que o risco de crédito está relacionado a possíveis perdas quando o credor não deseja ou não é capaz
de cumprir suas obrigações.
Observe que a emissão de LH tem como garantia a caução de créditos hipotecários de que sejam titulares as
instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH, garantidos por primeira hipoteca,
sendo que a soma do principal da letra não pode exceder, em hipótese alguma, o valor total dos créditos
hipotecários em poder da instituição emitente. No entanto, admite-se que o crédito hipotecário caucionado, seja
substituído por outro crédito da mesma natureza por iniciativa do emissor, no caso de liquidação ou vencimento
antecipados, ou por solicitação do cliente credor da Letra.

O risco de crédito é atenuado, nos investimentos em LH e LCI, pela existência do Fundo Garantidor de Créditos,
que já descrevemos neste módulo, em caso de inadimplência do emissor.

Risco de Liquidez: Alto


As Letras Hipotecárias incorrem no risco de liquidez, por serem aplicações de longo prazo, podendo variar de
180 dias a 24 meses.

Risco de Mercado
O risco de mercado sofrido pelas Letras Hipotecárias é em caso de falência da instituição Financeira emissora.

TRIBUTAÇÃO

É isenta de imposto de renda a remuneração conferida por pessoa física e condomínios de edifícios,
produzida por LH, excetuando o ganho de capital conferido na sua alienação ou cessão.

Os ganhos, por pessoa jurídica, estão sujeitos a tributação nos moldes dos investimentos de renda fixa,
seguindo, inclusive, a mesma tabela responsabilidades.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – TÍTULO PRIVADO DE CRÉDITO EMITIDO


POR INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

É um título emitido por bancos comerciais, de investimento ou múltiplos que representa um depósito a prazo
efetuado pelo cliente. É transferível (resgatado a critério da instituição financeira, antes do vencimento), por
endosso nominativo (endosso em preto) desde que respeitados os prazos mínimos. Pode ter remuneração
prefixada ou pós fixada. Por se tratar de um título de emissão de instituição financeira privada, sua custódia é no
CETIP.

Prazos
Taxas Prazo mínimo
Prefixada ou Pós fixada (CDI/SELIC) A partir de 1 dia

TR/TJLP 1 mês

TBF 2 meses

Índices de preços 1 ano

Formas de resgate

Por ser o CDB um depósito a prazo, existe uma data marcada para que aconteça o resgate do valor investido.
Nesta data, chamada de data de vencimento do papel, ocorre o crédito em conta corrente do cliente do valor
aplicado acrescido da remuneração que tenha sido contratada (menos os impostos devidos). Caso o cliente
necessite dos recursos antes do vencimento do papel, pode solicitar o resgate dentro das condições fixadas pela
instituição emissora do título. De qualquer forma, o resgate ocorre por meio de crédito em conta corrente.

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190
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Taxas e formas de remuneração


 Prefixada
Uma das formas de remuneração do CDB é a taxa prefixada essa taxa é fixada considerando-se o custo
do dinheiro no momento da captação e o prazo pelo qual o recurso está sendo captado.

 Pós Fixada (TR, CDI e SELIC)


O CDB também pode ter taxa pós fixada. Essa modalidade de CDB pode ser remunerada pela variação
da TR, do CDI e da taxa SELIC. Normalmente, ocorrem as seguintes situações:
→ CDB pós fixado pela TR: a remuneração do título é constituída por uma taxa de juros prefixada
acrescida da variação da TR
→ CDB pós fixado pelo CDI: a remuneração do papel consiste de uma fração da taxa CDI (95% por
exemplo).
→ CDB pós fixado pela SELIC: a remuneração consiste de uma fração da taxa SELIC, sendo, portanto,
semelhante ao CDB pós fixado pelo CDI.

 CDB COM SWAP CONCEITO


Quando adquire um CDB com SWAP, o cliente está comprando um CDB e contratando,
simultaneamente, um SWAP com o banco. Portanto, são dois negócios distintos, mas que podem ser
atrelados de acordo com a conveniência das partes. O CDB com SWAP possibilita ao cliente a troca da
rentabilidade de seu CDB por um percentual do CDI, por uma taxa prefixada ou variação cambial do
dólar, por exemplo.

Riscos inerentes ao produto - CDB


Risco de crédito:

Depende da instituição emissora e condições de mercado.

Quando investe em CDB, o cliente adquire um título emitido por um banco. Assim, esse título apresenta o risco
de crédito desse banco. Lembre-se que o risco de crédito é a possibilidade de o devedor de uma obrigação não
ser capaz de saldá-la.

O risco de crédito é atenuado, nos investimentos em CDB, pela existência do Fundo Garantidor de Créditos, que
já descrevemos neste módulo, em caso de inadimplência do emissor.

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191
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Risco de mercado
Relacionado à variação das taxas de juros.
Ao adquirir um CDB, o cliente contrata uma taxa de juros que remunerara seu investimento. Oscilações nessa
taxa, ou em outros preços importantes na economia afetam o investimento do cliente, representando seu risco
de mercado.

Risco de liquidez
O CDB é um título de uma instituição financeira. Se resgatado antes do vencimento o banco pode reduzir a
rentabilidade em troca da geração de liquidez.

Tributação
Imposto de Renda
O fato gerador do Imposto de Renda é o resgate do CDB com renda. A base de cálculo do imposto é a
diferença positiva entre o valor aplicado e o valor resgatado, subtraindo-se se for o caso, o valor do IOF.
O recolhimento é de responsabilidade da instituição financeira, uma vez que é cobrado na fonte.

Veja a tabela:

Imposto de Renda
Prazo de Permanência Alíquotas

até 180 dias 22,50%


Produtos e/ou Imposto de Renda
Carteiras de Renda Retido na Fonte,
de 181 a 360 dias 20,00%
Fixa pago no momento
(lLongo Prazo) do Resgate
de 361 a 720 dias 17,50%

acima de 720 dias 15,00%

IOF
Fato gerador: aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores
mobiliários
Sua base de cálculo é o valor de aquisição, regate, cessão ou repactuação
A alíquota para demais produtos de renda fixa: 1% ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou repactuação,
limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme a tabela que já apresentamos.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

DEBÊNTURES – TÍTULOS DE CRÉDITO EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES NÃO FINANCEIRAS

Debêntures são valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo que asseguram a seus
detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora.
Podem existir emissões com remuneração prefixada ou pós fixada, lastreados em: TR, TBF, TJLP, índice de
Preços e DI CETIP, como alguns exemplos.

As companhias podem utilizar a emissão de debêntures para captar recursos,no mercado. No entanto, a
captação por meio de debêntures só pode ser feita por Sociedades Anônimas abertas ou fechadas, porém,
somente as companhias de capital aberto com registro na CVM, podem efetuar emissões públicas de
debêntures. Prometem ao comprador uma remuneração certa, num prazo determinado, por meio do recebimento
de juros periódicos e reembolso do capital na data do vencimento da debênture

Sob o ponto de vista da empresa emissora, permitem maior flexibilidade na utilização dos recursos, já que, ao
contrário de muitas linhas de empréstimos e financiamentos, não exigem um projeto indicando onde e como os
recursos serão aplicados

Quando os títulos são vendidos para aplicadores não acionistas da companhia emissora (com oferecimento ao
público), é necessário o registro da empresa e da emissão junto à comissão de valores mobiliários (CVM)

O FGC não garante as emissões de debêntures por não serem emitidas por instituições financeiras.

Tipos

conversíveis: são aquelas que podem ser trocadas por Ações da companhia emissora. As condições de
conversibilidade devem estar explícitas na escritura de emissão das debêntures, a qual conterá as bases da
conversão, a espécie e classe das Ações em que a debênture poderá ser convertida e o prazo ou época para o
exercício do direito à conversão: prazo 3 anos

simples ou não-conversíveis: são, as debêntures que se caracterizam por representarem unicamente


um direito de crédito junto à empresa emissora: prazo 1 ano

Ambas podem ser negociadas antes dos seus vencimentos no mercado secundário.

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193
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Taxas e Formas de Remuneração


As debêntures poderão assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e
prêmio de reembolso.
Decisão conjunta do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários estabeleceu que as debêntures de
distribuição pública somente podem ter por remuneração:

 taxa de juros prefixada;


 uma das seguintes remunerações básicas, ajustada, para mais ou para menos, por taxa fixa:
→ Taxa Referencial -ITR ou Taxa de .Juros de Longo Prazo - TJLP, observado o prazo
→ mínimo de um mês para vencimento ou período de repactuação;
→ Taxa Básica Financeira - TBF, observado o prazo mínimo de dois meses para vencimento ou
período de repactuação;
→ Taxas flutuantes, observando-se que a taxa utilizada como referencial deve ser regularmente
calculada e de conhecimento público;

Na emissão de debêntures com cláusula de correção monetária com base em índice de preços, deve ser
atendido o prazo mínimo de um ano para vencimento ou repactuação.

O prêmio das debêntures não pode ter como base a TR, a TBF, a TJLP, o índice de preços, à variação da
taxa cambial, ou qualquer outro referencial baseado em taxa de juros. No entanto se admite que o
prêmio das debêntures tenha como base a variação da receita ou do lucro da companhia emissora.

Risco de Crédito
Depende da empresa emissora.

Ao adquirir uma debênture o cliente passa a ter um direito de crédito contra a companhia emissora do título,
logo, o risco de crédito da companhia está refletido na debênture.

Risco de mercado
As debêntures são lançadas com uma remuneração dada por uma taxa prefixada ou pós fixada. Oscilações de
preços e taxas podem afetar negativamente o investimento feito.

Risco de liquidez
As debêntures são títulos negociados no mercado. Algumas circunstâncias podem dificultar sua negociabilidade,
reduzindo a liquidez desses títulos.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

TRIBUTAÇÃO

Imposto de Renda
Fato Gerador e Base de Cálculo
→ Pagamento de juros/rendimentos periódicos
→ Alienação do papel: ganho auferido na alienação
→ Pagamento de amortização: diferença entre o valor amortizado tomando por base o principal original e o
valor efetivamente pago.
Desde 01/01/05, a tributação do IR segue a tabela:

Imposto de Renda
Prazo de Permanência Alíquotas

até 180 dias 22,50%


Produtos e/ou Imposto de Renda
Carteiras de Renda Retido na Fonte,
de 181 a 360 dias 20,00%
Fixa pago no momento
(lLongo Prazo) do Resgate
de 361 a 720 dias 17,50%

acima de 720 dias 15,00%

Se os juros forem pagos periodicamente, a alíquota incidente será referente ao prazo de crédito
dos juros, contados da aquisição do título ou da transferência de titularidade.
Os rendimentos produzidos até 31/12/04, serão tributados de acordo com a legislação anterior
O emissor da debênture é o responsável pela retenção e recolhimento do IR dos rendimentos
pagos as pessoas físicas e jurídicas. Se houver intermediação de instituição financeira, esta
será responsável pela retenção e recolhimento do imposto.

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195
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

NOTAS PROMISSÓRIAS – EMITIDAS POR INSTITUIÇÕES NÃO FINANCEIRAS

Definição

A nota promissória comercial, também chamada de commercial paper é um título de crédito de curto prazo
emitido por sociedades anônimas com o objetivo de captar recursos para financiar seu capital de giro.

Se emitida por emissor S.A de capital aberto, é de 30 a 360 dias


Se emitida por emissor S.A de capital fechado, é de 30 a 180 dias

São emitidas com um valor de face (nominal) sendo negociados no mercado com um deságio. É comum haver
um indexador, a taxa CDI por exemplo. A legislação não permite que instituições financeiras emitam notas
promissórias.

As notas promissórias são emitidas sem garantia real, podendo ser garantidos por fiança bancária. Dependendo
do seu conceito de crédito, a empresa deverá dar garantias adicionais quando for o caso. A emissão de notas
promissórias, diferentemente de um empréstimo bancário, não está sujeito ao recolhimento do IOF, no entanto,
apresenta alguns custos de registro junto a CVM e de publicação de início e término da distribuição pública. O
Credor dos títulos também não está sujeito a incidência do IOF, uma vez que o prazo mínimo dos papéis é de 30
dias. A tributação do IR segue as mesmas características apresentadas em debêntures.

Apresenta risco de Crédito decorrente da possibilidade da empresa emissora da nota deixar de pagar os
rendimentos periodicamente e/ou resgatá-la no seu vencimento.

Notas promissórias não contam com garantia do FGC, e não pode conceder garantias, como nas
debêntures.

Apresenta risco de mercado associado à depreciação no valor da Nota Promissória provocado por fatores
desfavoráveis, como por exemplo a elevação da taxa de juros.

O risco de liquidez decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do
vencimento, e também em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja inferior ao preço
considerado justo.

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196
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

TÍTULOS PÚBLICOS

O tesouro nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de captação de recursos para
financiar atividades do governo federal, tais como educação, saúde e infra estrutura. Os títulos são uma opção
de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da união, e são considerados como os
títulos de “melhor risco de crédito” do país. A emissão dos títulos são utilizadas para:
→ Antecipação de receita fiscal e Financiamento do déficit orçamentário
→ Instrumentos de Política Monetária Open Market

Os títulos públicos são resgatados em data predeterminada por um valor específico, atualizado ou não, por
indicadores de mercado, como, por exemplo, índices de preços.a venda de títulos públicos no Brasil pode ser
realizada por meio de três modalidades:
→ Oferta pública com a realização de leilão
→ Oferta pública sem a realização de leilão (tesouro direto)
→ Emissões diretas para atender a necessidades especificas determinadas em lei

Os Governos Estaduais e Municipais também podem emitir títulos com o objetivo de captar
recursos, e esses títulos são custodiados no CETIP.

Risco de Crédito
Títulos públicos federais refletem o risco de crédito do governo. Normalmente esses papéis são considerados
como de risco zero, mas já houve situações em que o mercado atribuiu risco de crédito aos títulos públicos.
Naquela ocasião, acreditava-se que havia risco de o governo não efetuar o pagamento da dívida interna
contraída.

Risco de Mercado
Títulos públicos são negociados com uma remuneração dada por taxa de juros prefixada ou pós fixada que afeta
diretamente o preço do papel. Oscilações de taxa podem gerar impactos negativos sobre o preço dos
títulos.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

PRINCIPAIS TÍTULOS E SUAS CARACTERÍSTICAS: LFT; LTN; NTN-B, NTN-C E NTN-F

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Prazo de Permanência Alíquotas

até 180 dias 22,50%


alíquota
de 181 a 360 dias 20,00%
decrescente

de 361 a 720 dias 17,50%

acima de 720 dias 15,00%

Todos tem em comum algumas características:


1- Não há prazo mínimo ou prazo máximo para emissão.
2- Seus valores nominais, são sempre em múltiplos de R$ 1.000,00
3- São escriturais, nominativos e negociáveis

LFT – Letra Financeira do Tesouro


Título com rentabilidade diária vinculada a taxa de juros básica da economia (taxa média das operações diárias
com títulos públicos registrados no sistema SELIC, ou, simplesmente, taxa SELIC).
A forma de pagamento é no vencimento, e tem as seguintes características:
→ Prazo: definido pelo Ministério de Estado da Fazenda, quando da emissão do título
→ Modalidade: nominativa, escritural e negociável
→ Valor nominal (de emissão):R$ 1.000,00 (mil reais)
→ Rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia – SELIC para títulos públicos federais, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
calculada sobre o valor nominal
→ Resgate: pelo valor nominal, acrescido do respectivo rendimento, desde a data base do título.

LTN – Letra do Tesouro Nacional


Título com rentabilidade definida (taxa prefixada) no momento da compra. A forma de pagamento é no
vencimento, e tem as seguintes características:
→ Prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão do título
→ Modalidade: nominativa, escritural e negociável
→ Valor de face (resgate): R$ 1.000,00 (mil reais)
→ Rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal
→ Resgate: pelo valor nominal, na data do vencimento

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199
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

NTN – B – Nota do Tesouro Nacional


Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. A
forma de pagamento é semestralmente (juros) e no vencimento (principal), e tem as seguintes características:
→ Prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão do título
→ Taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao
ano, calculada sobre o valor nominal atualizado;
→ Modalidade: nominativa e negociável
→ Valor nominal na data-base (emissão): múltiplo de R$ 1.000,00
→ Atualização do valor nominal: pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desde a
data-base do título
→ Pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período de fluência, quando
couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis meses,
independentemente da data de emissão do título
→ Pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período de fluência, quando
couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis meses,
independentemente da data de emissão do título
→ Resgate do principal: em parcela única, na data do seu vencimento

NTN – C- Nota do Tesouro Nacional


Título com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra. A
forma de pagamento é semestralmente (juros) e no vencimento (principal), e terão as seguintes características:
→ Prazo: definido pelo Ministro da Fazenda, quando da emissão do título
→ Taxa de juros: definida na emissão, em porcentagem ao ano, calculada sobre o valor nominal atualizado
→ Modalidade: nominativa, escritural e negociável
→ Valor nominal na data-base (emissão) R$ 1.000,00 (mil reais)
→ Autorização do valor nominal: pela variação do Índice Geral de Preços – Mercado – IGP-M do mês
anterior, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, desde a data base do título
→ Pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período de fluência, quando
couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis meses,
independentemente da data de emissão do título
→ Resgate do principal: em parcela única, na data do seu vencimento

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200
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

NTN – D- Nota do Tesouro Nacional


Título com rentabilidade vinculada à variação do Câmbio, acrescida de juros definidos no momento da compra.
A forma de pagamento é semestralmente (juros) e no vencimento (principal), e terão as seguintes
características:
→ Prazo: definido pelo Ministro da Fazenda, quando da emissão do título
→ Taxa de juros: definida na emissão, em porcentagem ao ano, calculada sobre o valor nominal atualizado
→ Modalidade: nominativa, escritural e negociável
→ Valor nominal na data-base (emissão) R$ 1.000,00 (mil reais)
→ Pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período de fluência, quando
couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis meses,
independentemente da data de emissão do título
→ Resgate do principal: em parcela única, na data do seu vencimento

NTN – F – Nota do Tesouro Nacional


Título com rentabilidade definida (taxa prefixada) no momento da compra. A forma de pagamento é
semestralmente (juros) e no vencimento (principal), e terão as seguintes características:
→ Prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, na emissão de título
→ Taxa de juros: definida na emissão, em porcentagem ao ano, calculada sobre o valor nominal atualizado
→ Modalidade: nominativa e negociável
→ Rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal
→ Pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período de fluência, quando
couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis meses,
independentemente da data de emissão do título.
→ Resgate: valor nominal, na data do seu vencimento.

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201
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

TESOURO DIRETO. CONCEITO E FORMA DE NEGOCIAÇÃO – CONCEITO


O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos federais a pessoas físicas residentes no Brasil
desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC.
É uma opção de investimento que pode proporcionar boa rentabilidade, se comparada com outras modalidades
de aplicações em renda fixa, e liquidez quase imediata.

Forma de negociação
O investidor ao ser habilitado (cadastro validado) pelo seu Agente de Custódia, receberá da CBLC a senha para
realizar as transações, pois são feitas pela internet em área exclusiva do site Tesouro Direto.

O pagamento da aquisição dos títulos é realizado através de recursos depositados no Agente de Custódia. A
partir de 31/12/07, a CPMF deixou de ser cobrada, contudo as operações do Tesouro Direto devem continuar
sendo feitas via conta de Investimento.

→ Limite Mínimo de compra é de 20% de um título (múltiplos de 0,2 do valor do título) o que equivale a
aproximadamente R$ 200,00.
→ Limite Máximo R$ 400.000,00 por mês.
No tesouro direto, o próprio investidor gerencia seus investimentos, que podem ser de curto, médio ou longo
prazo.
Os títulos poderão ser resgatados antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro
Nacional garante a recompra do título todas as quartas-feiras. Caso o investidor não queira gerenciar seus
investimentos, ele poderá autorizar uma das
instituições financeiras habilitadas a operar no Tesouro Direto (Agentes de custódia), para efetuar compras e
vendas dos títulos públicos.

Os prazos de liquidação:
Compra: os títulos adquiridos no Tesouro Direto estarão disponíveis na conta de custódia do investidor, dois dias
úteis após o pagamento.
Venda: os recursos financeiros referentes ao pagamento de resgate, recompra ou juros serão repassados pelo
Tesouro Nacional, pelo valor bruto, ao Agente de custódia um dia útil após a ocorrência de um destes eventos. O
agente de custódia deverá proceder às deduções de IR e IOF, se houver, e creditar, posteriormente, o valor
líquido na conta de investimento do investidor.

Incidem sobre operações, incidem taxa de administração e de custódia. O imposto de renda é cobrado no
momento de resgate, de acordo com as regras de renda fixa.

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202
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
TÍTULOS DE RENDA FIXA

PÚBLICOS FEDERAIS PRIVADOS

Nome Emissor Características Tributação Nome Emissor Características Tributação

Rentabilidade diária vinculada Bancos Nominatibvo, transferível por endosso em Acompanha a tabela de
Tesouro à taxa de juros básica da Comerciais, preto. Registro obrigatório na CETIP. renda fixa; recolhido na
LFT Nacional economia, a Taxa Selic over CDB Múltiplos e de Remuneração pré ou pósfixada fonte; fato gerador:
Pós fixado ("T" depois) Investimento Contam com a Garantia do FGC. auferir rendimentos

Remuneração: Taxa prefixada ou pós Isenta de imposto de


Rentabilidade definida (taxa Instituições
fixada. Prazo mínimo de 180 dias. É renda para pessoas
Tesouro fixa) no momento da compra. LH Financeiras
LTN Nacional lastreada na carteira de créditos físicas. Para pessoas
Negociada por deságio LCI operadoras do
imobiliários jurídicas, segue os
Pré-fixado ("T" antes) SFH.
Contam com a Garantia do FGC padrões do CDB
Acompanha tabela de renda fixa;
recolhido na fonte;
fato gerador: auferir rendimentos,
resgate, cessão ou repactuação
Rentabilidade vinculada à
do título Remuneração dos juros: pré ou pós
variação de determinado
NTN fixadas, atrelados à TR, TBF, TJLP, Índice
índice de correção, acrescida Sociedades Acompanha a tabela de
de Preços, PTAX ou CDI. Prazo mínimo de
Séries Tesouro de juros definidos no anônimas de renda fixa; recolhido na
Debênture 1 ano (simples) e 3 anos (conversível)
B, C e Nacional momento da compra. capital aberto
Prêmio: De acordo com o resultado da
fonte; fato gerador:
Série B - IPCA, ou fechado auferir rendimentos
D empresa.
Série C - IGP-M,
Não contam com a garantia do FGC.
Série D - Dolar

Remuneração pré ou pós fixada, atrelada


NTN Sociedades Acompanha a tabela de
Rentabilidade prefixada, ao CDI. Prazo máximo de 180 dias para
Tesouro Nota anônimas de renda fixa; recolhido na
Série Nacional acrescida de juros definidos sociedades anonimas de capital fechado e
no momento da compra Promissória capital aberto de 360 dias para as de capital aberto. fonte; fato gerador:
F ou fechado auferir rendimentos
Não contam com a garantia do FGC

RISCOS DO INVESTIDOR

De todos os títulos citados, os títulos Públicos Federais são considerados o melhor risco de crédito do país.
De Crédito CDB e LH, pelo fato de serem emitidos por Instituição Financeira, contam com a garantia do FGC - Fundo Garantidor de Créditos, até o limite estabelecido.
As debêntures e as notas promissórias não contam com essa garantia.

A probabilidade de ocorrência desse risco é menor quando se trata de títulos públicos federais.
De Liquidez Os títulos de prazos mais curtos correm menor risco de liquidez do que aqueles com prazos mais longos.

Os títulos prefixados estão mais sujeitos a este risco, que decorre de oscilações indesejadas na taxa de juros.
De Mercado Os títulos de remuneração pós-fixada, como as NTN, séries B, C, D, correm também, risco da variação do índice de correção.

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203
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
LETRAS FINANCEIRAS

É um instrumento para as instituições financeiras captarem recursos no longo prazo, que pode ser
registrado por bancos múltiplos, comerciais, de investimento, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias e sociedades de crédito imobiliário. O ativo tem prazo
mínimo de vencimento de 24 meses e valor nominal unitário mínimo de R$ 300 mil. Não é permitido o resgate
antes do prazo de vencimento. A Letra Financeira pode ter remuneração por taxa de juros prefixada, flutuante
em DI ou SELIC, ou por índice de preços. O título pode, ainda, ser emitido de forma subordinada, a LFS - Letra
Financeira Subordinada, porém o prazo mínimo de emissão passa a ser de 5 anos.

Qualquer investidor pode negociar Letras Financeiras.

O investimento em Letra Financeira é semelhante ao investimento em debêntures. O investidor adquire um título


de dívida e recebe a remuneração estabelecida no prospecto de emissão. Esse rendimento pode ser uma taxa
de juros prefixada ou referenciado a uma taxa flutuante ou a um índice de preço. As Letras Financeiras admitidas
à negociação no Bovespa Fix ou no Soma Fix poderão ser negociadas pelos investidores (isto é, compradas e
vendidas em mercado secundário) a qualquer tempo, até seu vencimento.

Desde 19/01/2011, a BM&FBovespa passou a aceitar o registro e a negociação de Letras Financeiras emitidas
por meio de ofertas públicas. A negociação ocorrerá nos mercados de bolsa e balcão organizado de renda fixa.
A custódia das Letras Financeiras é feita no CETIP, por se tratar de título privado.

CADERNETA DE POUPANÇA
A conta Poupança é um dos investimentos mais tradicionais do país, por ser de fácil movimentação e oferecer
baixo risco.

Além disso, possui garantia adicional do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de até R$ 60 mil por CPF / CNPJ
e isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física.

É um investimento que também é destinado a menores de idade, e se destina a clientes que buscam um
investimento simples e de baixo risco.

Todo o volume captado através de depósitos em caderneta de poupança são destinados a Financiamento da
Habitação.

Sua rentabilidade é de 0,5% + Variação da TR (Taxa Referencial), e é isenta de IOF e IR.

O risco de crédito é atenuado, nos investimentos em Caderneta de Poupança, pela existência do Fundo
Garantidor de Créditos, que já descrevemos neste módulo, em caso de inadimplência do emissor.

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204
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

OUTROS PRODUTOS

Produto Característica

Título de crédito emitido por pessoa física ou


CCB - Cédula de jurídica, em favor de alguma instituição do SFN,
Crédito Bancário representando uma promessa de pagamento,
com garantias reais.
Título emitido por produtor rural (pessoa física
CPR - Cédula de ou jurídica), que vende antecipadamente a
Produto Rural mercadoria, recebendo o valor negociado.
Isentas de IOF.
Títulos de crédito lastreados por crédito
LCI - Letras de
imobiliário garantidos por hipoteca. Renda Fixa,
Crédito Imobiliário
nominativas e transferíveis.
De emissão exclusiva de Instituições
Financeiras Públicas ou Privadas, isentos de IR
LCA - Letras de
na fonte e na declaração anual das PF e de
Crédito do
IOF. É vinculada a direitos creditórios
Agronegócio
originários de negócios realizados entre
produtores rurais ou suas cooperativas.

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205
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO - CCB

A Cédula de Crédito Bancário (CCB) foi instituída pela medida provisória 1925 de 11 de novembro de 1999 e foi
galgada ao patamar de lei ordinária mediante a Lei No 10.931 de 2 de agosto de 2004.

A CCB é um título de crédito que pode ser emitido por pessoa física ou jurídica, na forma cartular (em papel) ou
escritural, em favor de uma instituição do Sistema Financeiro Nacional, representando uma promessa de
pagamento, em dinheiro, decorrente de operação de crédito de qualquer modalidade. A instituição do Sistema
Financeiro Nacional em favor da qual é emitida a CCB é a Instituição Registradora da CCB. A Instituição
Registradora pode ou não ser co-obrigada com a emissão de CCB a qual ela esteja vinculada. Se assumida a
co-obrigação a Instituição Registradora é denominada Instituição Credora da CCB e, obviamente, assume o
papel de investidor da operação. Todavia pode ocorrer que a Instituição Registradora atue apenas como o
veículo para a emissão e movimentação da CCB que nesse caso será colocada, sem sua co-obrigação, junto a
investidores institucionais, tais como os Fundos de Investimentos e de previdência.

Desse modo, a Instituição Registradora atua fazendo uma intermediação entre investidores qualificados do
Mercado de Capitais e o mercado tradicional de crédito corporativo. Para ser distribuída no mercado secundário
a CCB deve ser registrada na CETIP –Câmara de Custódia e Liquidação (www.cetip.com.br).
A CCB é título executivo extrajudicial –não depende do aval do juiz para cobrança– e representa dívida em
dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em
planilha de cálculo ou nos extratos da conta corrente elaborados pela Instituição Registradora.
A CCB pode conter garantias reais e/ou fidejussórias constituídas no próprio título, sendo que as garantias reais
constituídas na CCB podem estar vinculadas ao instituto da alienação fiduciária e o credor poderá exigir a sua
cobertura por seguro em seu benefício, sem reforço ou substituição.
Na CCB poderão ser pactuadas todas as características do título, tais como juros, critérios de sua incidência,
capitalização, despesas e encargos da obrigação e obrigações do credor, o que, em princípio, dificulta a sua
contestação judicial.

A CCB pode ser objeto de cessão de acordo com as disposições do direito comum, caso em que o cessionário
(o que recebe o título), mesmo não sendo instituição financeira, fica sub-rogado em todos os direitos do cedente.
Esse fato tem propiciado o uso de CCB’s como lastro em operações de securitização de carteiras de créditos
bancários comercializáveis que permitam ao investidor receber o pagamento pelo título independentemente da
situação financeira do banco que o gero. Neste caso, fundamental que haja uma segregação patrimonial da
carteira de crédito a ser securitizada, em relação ao patrimônio do banco originador desta carteira.
 A Cédula é estruturada com todas as garantias reais e/ou fidejussórias estabelecidas.

 A Cédula é emitida a favor a Instituição registradora com as garantias constituídas na própria cédula.

 Após a emissão a Instituição Colocadora atua para distribuir as cédulas junto a investidores do Mercado
Financeiro ou do Mercado de Capitais.

 O pagamento dos investidores pela cédula é repassado para o emissor.

 O emissor se responsabiliza pelo pagamento da amortização e pelo resgate da cédula junto aos
investidores conforme o estabelecido na própria cédula.

 As garantias são utilizadas como um reforço de crédito para os investidores. Há casos em que as
garantias geram um fluxo de caixa que é utilizado para o pagamento da amortização e resgate das
cédulas.

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206
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

DA CÉDULA DE PRODUTO RURAL

A cédula de produto rural, CPR, é um título pelo qual o emitente, produtor rural (pessoa física ou jurídica) ou
cooperativa de produção, vende antecipadamente certa quantidade de mercadoria, recebendo o valor negociado
(ou insumos) no ato da venda e comprometendo-se a entregá-la na qualidade e no local acordado em data
futura.
São isentas de IOF.
Primeiramente, o emissor (produtor rural ou cooperativa de produção) deve procurar uma instituição (banco ou
seguradora) que de garantia a CPR. Essa instituição, após análise do cadastro e das garantias do emissor,
acrescenta seu aval ou agrega um seguro. De posse da CPR avalizada ou segurada, o emissor Poe negociá-la
no mercado.

Tipos de CPR
Com liquidação física: o produtor entrega no produto na data combinada
Com liquidação financeira: o emissor recebe determinado volume de recursos no ato da venda. Por ocasião do
vencimento, em vez de entregar a mercadoria ao favorecido, o emissor o liquida em dinheiro, ou seja, liquida a
CPR pelo preço do dia da mercadoria objeto de negociação, caracterizando assim a equivalência em produto.

Negociação
A CPR pode ser negociada no mercado primário, quando o emitente deseja adiantar recursos para utilizar na
produção de determinada mercadoria agropecuária, e no mercado secundário, quando o adquirente da CPR
deseja negociá-la por meio de sua venda a outro agente interessado.
A negociação pode ser feita por intermédio do mercado de balcão ou da bolsa brasileira de mercadorias. Pode-
se utilizar também o leilão eletrônico do banco do Brasil, que interliga as bolsas de mercadorias regionais.

LETRAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO – LCI


Títulos de crédito, lastreados por crédito imobiliário garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de
imóvel.
Títulos de RENDA FIXA;
• Emissão exclusiva de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, com carteira de crédito
imobiliário;
• Emitida sob forma de certificado ou escritural, obrigatoriamente registrada na CETIP;
• Nominativas, transferíveis e de livre negociação no mercado secundário;
• O preço unitário de emissão é de R$ 1.000,00 (hum mil reais);
• Garantia do emissor e FGC – Fundo Garantidor de Crédito;
• Lastro de créditos imobiliários (recebível/imóvel), garantidos por primeira hipoteca ou alienação fiduciária;
• A LCI poderá contar com garantia pessoal, tais como aval e fiança, adicional de Instituição Financeira;
• A LCI não poderá ter prazo de vencimento superior ao prazo de quaisquer dos créditos imobiliários que lhe
servem de lastro.

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207
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

LETRAS DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO


A LCA, regulada pela Lei 11.076, de 30/12/2004, é título de crédito nominativo de livre negociação,
representativo de promessa de pagamento em dinheiro e constitui título executivo extrajudicial.
A LCA é vinculada a direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais, ou suas
cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com a produção,
comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e
implementos utilizados na atividade agropecuária.
É de emissão exclusiva de instituições financeiras públicas ou privadas.
São isentos de imposto de renda na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas, a
remuneração produzida por Letra de Crédito do Agronegócio – LCA.
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Alíquota zero, conforme Portaria MF-19, de 11/02/2005
Tanto o Lastro como a LCA serão registrados na CETIP

OPERAÇÕES COMPROMISSADAS. CONCEITO


As operações compromissadas se caracterizam pela venda não definitiva, com recompra a prazo e preço
previamente definidos. Podem ser do tipo “repo” (venda de títulos com compromisso de recompra), “repo com
reverse repo” (venda de títulos com compromisso de recompra e simultânea compra com compromisso de
revenda) e “reverse repo” (compra de títulos com compromisso de revenda).

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208
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
OFERTAS PÚBLICAS DE VALORES MOBILIÁRIOS - PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES: FUNÇÕES E
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

BANCO COORDENADOR
Na oferta publica de Ações, debêntures, notas promissórias (commercial papers) e demais valores mobiliários é
necessária a intermediação de uma instituição financeira que poderá ser uma corretora ou distribuidora de
valores mobiliários e normalmente, um banco de investimento.
A colocação dos títulos no mercado se processa conforme as condições estipuladas no contrato de distribuição,
firmado entre a empresa emissora e a instituição financeira líder ou banco coordenador. O banco coordenador
tem as seguintes funções e responsabilidades:
 Avaliar a viabilidade da oferta e as condições de sua colocação no mercado

 Elaborar o projeto com as informações da emissão

 Elaborar toda a documentação exigida pela CVM e controlar a colocação, do lançamento ao


encerramento do processo

 Assessorar a empresa em todas as etapas da distribuição e solicitar o registro junto a CVM

 Organizar o consórcio (pool) de instituições participantes da distribuição, se for o caso.

 Agir com diligencia (due diligence) para assegurar que as informações são verdadeiras e suficientes aos
investidores.

 Promover a apresentação da empresa (Road show)

 Fixar, no procedimento de book building, uma faixa de flutuação de preço ou taxa, na coleta de
intenções de investimento.

BANCO ESCRITURADOR
A atividade do agente escriturador está ligada a empresa emissora de Ações e/ou debêntures e compreende:
 Manutenção do cadastro dos investidores

 Escrituração de documentação legal

 Transferência de titularidade em negócios realizados em mercado de balcão

 Conversão em Ações, no caso de debêntures conversíveis

 Emissão de avisos, informes e extratos aos investidores

 Atendimento aos órgãos reguladores e bolsas de valores

BANCO MANDATÁRIO
É a instituição financeira contratada pela efetivação das liquidações financeiras entre a empresa
emissora e instituições do sistema de liquidação.
 Exemplo: nos processos de oferta de debêntures, a empresa ofertante contrata o banco mandatário para
atuar junto a CETIP executando a liquidação financeira das operações.

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209
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

AGÊNCIA DE RATING
 A agência de rating é especializada na análise do risco de crédito da empresa e sua capacidade de
pagamento da divida.

 O rating deve constar da emissão, ter ampla divulgação no mercado e ser atualizado anualmente ou
sempre que ocorrer mudanças

 O código de regulação e melhores práticas da ANBIMA dispõe sobre o relatório de avaliação (rating) que
é concedido pela agência de classificação de risco, na oferta pública de valores mobiliários.

REGIME DE DISTRIBUIÇÃO TIPOS DE COLOCAÇÃO


Oferta firme: o banco coordenador compromete-se a adquirir os títulos não colocados no mercado
Melhores esforços: o banco coordenador devolve a empresa os títulos não colocados no mercado

BookBuilding
Processo de formação de preços, normalmente através de um leilão de oferta, que auxilia na definição da
remuneração e outras características de títulos e valores mobiliários, de forma a refletir as condições de mercado
por ocasião de sua efetiva colocação à venda.

AGENTE FIDUCIÁRIO OU AGENTE DE NOTAS: INSTRUÇÃO CVM 28 (DEVERES E

RESPONSABILIDADE CIVIL)
 Na emissão pública de debêntures deve constar a nomeação de um agente fiduciário para representar
os debenturistas perante a empresa.

 Podem ser nomeados pessoas naturais que satisfaçam os requisitos para o exercício do cargo ou
instituições financeiras previamente autorizadas pelo Banco Central

Tem como principal função zelar pelos interesses dos debenturistas, assegurando que a empresa cumpra as
clausulas da escritura de emissão; relatar os fatos relevantes ocorridos e tomar as devidas providencias, quando
cabíveis. Não pode ser agente fiduciário quem já exerce a função em outra emissão ou quem, de qualquer
modo, se coloque em situação de conflito de interesses.
O agente fiduciário responde perante os debenturistas pelos prejuízos causados por culpa ou dolo no exercício
da função.
Em resumo, o agente fiduciário representa o interesse dos debenturistas. Ele deve assegurar que a empresa
cumpra as cláusulas previstas na escritura de emissão e, caso contrário, tomar as devidas providencias.

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210
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

FORMADOR DE MERCADO (MARKET MAKER) E MECANISMO DE ESTABILIZAÇÃO DE

PREÇOS

Sua função será manter, a todo momento, ordens de compra e venda de determinada ação, para
aumentar a liquidez dessa ação na bolsa.

Na Bovespa, o papel de formador de mercado pode ser desempenhado por corretoras, distribuidoras de valores,
bancos de investimento ou bancos múltiplos com carteira de investimentos, que ao se credenciarem para
exercer essa função, assumem a obrigação de colocar no mercado, diariamente, ofertas firmes de compra e de
venda para uma quantidade de ativos predeterminada e conhecida por todos.

Ao registrar ofertas, o formador de mercado proporciona um preço de referencia para a negociação do ativo. E
essa é uma tarefa importante porque envolve prévio conhecimento da empresa, atualização constante sobre
suas condições econômico-financeiras, acompanhamento do valor de seus ativos e também as perspectivas no
longo prazo, fatores essenciais para o estabelecimento a preço justo.

Portanto, os dois pilares sobre os quais se apóia a existência da figura do formador de mercado são liquidez
mínima, permitindo ao investidor sair de sua posição quando desejar, e preço de referencia, possibilitando a
transformação rápida de títulos em dinheiro.

Cada formador de mercado poderá se credenciar para representar mais de uma ação ou mais de uma debênture
de empresas diferentes, podendo também representar mais de um ativo por empresa. Deverá, entretanto,
solicitar a Bovespa credenciamento específico para cada ativo em que desejar atuar.

Uma mesma ação ou debênture poderá ter mais de um formador de mercado. A bolsa estabelecerá o limite
máximo de formadores para cada ativo.

Sua principal importância é fomentar a liquidez e fornecer um preço de referencia na negociação das
Ações.

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211
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS:


COMPANHIAS ABERTAS (INSTRUÇÃO CVM 202, ARTS. 1º AO 3º, 6° E ARTS. 16º E 17º)

A negociação de valores mobiliários, emitidos por sociedades por Ações, em bolsas de valores ou no mercado
de balcão, depende de prévio registro da companhia na CVM.

Os mercados regulamentados compreendem os mercados organizados de bolsa e balcão e os mercados de


balcão não organizados.

Os mercados organizados de valores mobiliários devem ser administrados por entidades administradoras
autorizadas pela CVM.

Para a companhia ser registrada na CVM, seu estatuto social ou conselho de administração deve atribuir a um
diretor a função de relações com investidores, que poderá ou não ser exercida cumulativamente a outras
atribuições executivas.

O diretor de relações com investidores responsável pela prestação de informações ao público investidor, a CVM
e, caso a companhia tenha registro em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado, a essas entidades,
bem como manter atualizado o registro de companhia.
 Os administradores deverão zelar pela divulgação simultânea para todo o mercado de informações
relevantes, de modo a garantir sua ampla e imediata disseminação

 As informações recebidas pela CVM serão colocadas a disposição do público, ressalvadas aquelas
classificadas pela companhia como confidenciais.

 Poderá ser dispensada, a critério da CVM, a apresentação de informações periódicas e/ou eventuais,
quando os administradores entenderem que sua revelação colocará em risco um interesse legítimo da
companhia

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212
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

AS INFORMAÇÕES PERIÓDICAS OBRIGATÓRIAS:

 Demonstrações financeiras e se for o caso, demonstrações consolidadas, elaboradas de acordo com a


Lei 6404 e a regulamentação da CVM para demonstrações financeiras, em moeda de capacidade
aquisitiva constante, acompanhadas do relatório da administração e do parecer do auditor independente,
até um mês antes da data marcada para a realização da assembléia geral ordinária, ou no mesmo dia de
sua publicação pela imprensa, ou de sua colocação a disposição dos acionistas, se esta ocorrer em data
anterior a referida AGO (Assembléia Geral Ordinária).

 Formulário de demonstrações financeiras padronizadas – DFP, elaboradas em moeda de capacidade


aquisitiva constante, nos mesmos prazos fixados no artigo anterior.

 Edital de convocação da AGO, no mesmo dia de sua publicação pela imprensa

 Formulário de informações anuais (IAN), até trinta dias após a realização da AGO.

 Sumário das decisões tomadas na AGO, no dia seguinte a sua realização

 Ata da AGO, até dez dias após a sua realização, com indicação das datas e jornais de sua publicação,
se esta já tiver ocorrida

 Fac-símile dos certificados dos valores mobiliários emitidos pela companhia, se tiver havido alteração
nos enviados anteriormente, até dez dias após a alteração.

 Formulário de informações Trimestrais – ITR, elaboradas em moeda de capacidade aquisitiva constante,


acompanhadas de Relatório de Revisão Especial emitido por auditor independente devidamente
registrado na VM, até quarenta e cinco dias após o término de cada trimestre do exercício social,
excetuando o último trimestre, ou quando a empresa divulgar as informações para acionistas, ou para
terceiros, caso isso ocorra em data anterior.

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213
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

AS INFORMAÇÕES EVENTUAIS OBRIGATÓRIAS:

 Edital de convocação da AGO ou AGE, no mesmo dia de sua publicação

 Sumário das decisões tomadas acima no dia seguinte a sua realização

 Ata da assembléia citada, até dez dias após a realização da mesma

 Acordo de acionistas, quando do arquivamento na companhia

 Convenção do Grupo de Sociedades (artigo 265 da LEI 6404 de 15/12/76), quando de sua aprovação

 Comunicação sobre ato ou fato relevante, no mesmo dia de sua divulgação pela imprensa

 Informação sobre pedido de concordata, seus fundamentos, demonstrações financeiras especialmente


levantadas para obtenção do beneficio legal e, se for o caso, situação dos debenturistas quanto ao
recebimento das quantias investidas, no mesmo dia da entrada do pedido em juízo

 Sentença concessiva da concordata, no mesmo dia de sua ciência pela companhia

 Informação sobre pedido ou confissão de falência, no mesmo dia de sua ciência pela companhia, ou do
ingresso do pedido em juízo, conforme for o caso

 Sentença declaratória de falência com indicação do sindico da massa falida, no mesmo dia de sua
ciência pela companhia.

 Outras informações solicitadas pela CVM, nos prazos que esta assinalar.

OFERTAS PÚBLICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS (INSTRUÇÃO CVM 400)


Finalidade da Instrução (art. 1º)
Esta instrução regula as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, nos mercados primário ou
secundário, e tem por fim assegurar a proteção dos interesses do público investidor de do mercado em geral,
através do tratamento equitativo aos ofertados e de requisitos de ampla, transparente e adequada divulgação de
informações sobre a oferta, os valores mobiliários ofertados, a companhia emissora, o ofertante e demais
pessoas envolvidas.

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214
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

DEFINIÇÃO DE ATOS DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA (ART. 3º, CAPUT, INCISOS I,II,III E IV,
§2º)

A instrução define o ato de distribuição pública como sendo a venda, promessa de venda, oferta a venda ou
subscrição, assim como a aceitação de pedido de venda ou subscrição de valores mobiliários, de que conste
qualquer um dos seguintes elementos:
 A utilização de listas ou boletins de venda ou subscrição, folhetos, prospectos ou anúncios destinados ao
público, por qualquer meio ou forma.

 A procura, no todo ou em parte, de subscritores ou adquirentes indeterminados para os valores


mobiliários, mesmo que realizada através de comunicações padronizadas, endereçadas a destinatários
individualmente identificados, por meio de empregados, representantes, agentes ou quaisquer pessoas
naturais ou jurídicas, integrantes ou não do sistema de distribuição de valores mobiliários, ou, ainda, se
em desconformidade com o previsto nesta instrução, a consulta sobre a viabilidade da oferta ou a coleta
de intenções de investimento junto a subscritores ou adquirentes indeterminados.

 A negociação feita em loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público destinada, no todo ou em


parte, a subscritores ou adquirentes indeterminados

 A utilização de publicidade, oral ou escrita, cartas, anúncios, avisos, especialmente através de meios de
comunicação de massa ou eletrônicos (páginas ou documentos na rede mundial ou outras redes abertas
de computadores e correio eletrônico) entendendo-se como tal qualquer forma de comunicação dirigida
ao público em geral com o fim de promover diretamente ou através de terceiros que atuem por conta do
ofertante ou da emissora, a subscrição ou alienação de valores mobiliários.

EFEITOS DA SUSPENSÃO OU DO CANCELAMENTO DA OFERTA (ART. 20)

O ofertante deverá dar conhecimento da suspensão ou do cancelamento aos investidores que já tenham
aceitado a oferta, facultando-lhes, na hipótese de suspensão a possibilidade de revogar a aceitação até o quinto
dia último posterior ao recebimento da respectiva comunicação.

Terão direito a restituição integral dos valores, bens ou direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários
ofertado,s na forma e condições do prospecto.
 Todos os investidores que já tenham aceitado a oferta, na hipótese de seu cancelamento

 Os investidores que tenham revogado a sua aceitação, na hipótese de suspensão

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215
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

CONTEÚDO DA OFERTA (ART. 21; ART. 22; ART. 23, CAPUT, §1º, §2º)

As ofertas públicas de distribuição deverão ser realizadas em condições que assegurem tratamento equitativo
aos destinatários e aceitantes das ofertas, permitida a concessão de prioridade aos antigos acionistas.
A oferta deverá ser irrevogável, mas poderá ser sujeita a condições que correspondam a um interesse legítimo
do ofertante

O preço da oferta é único, mas a CVM poderá autorizar, em operações específicas, a possibilidade de preços e
condições diversos consoante tipo, espécie, classe e quantidade de valores mobiliários ou de destinatários,
fixados em termos objetivos e em função de interesses legítimos do ofertante, admitido ágio ou deságio em
função das condições do mercado

O ofertante poderá estabelecer que o preço e, tratando-se de valores mobiliários representativos de dívida,
também a taxa de juros, sejam determinados no dia da apuração do resultado da coleta de intenções de
investimento.

Caso se utilize da faculdade prevista acima, o preço e a taxa de juros definitivos deverão ser divulgados ao
público nos mesmos termos do anuncio de inicio de distribuição e do prospecto, e comunicados à CVM e a bolsa
de valores ou mercado de balcão onde são negociados os valores mobiliários da emissora no próprio dia em que
forem fixados.

LOTE SUPLEMENTAR (GREEN SHOE) (ART. 24)

Em caso de demanda superior ao lote original ofertado, o ofertante poderá outorgar a instituição intermediária
opção de distribuição de lote suplementar, que não poderá ultrapassar a 15% da quantidade inicialmente
ofertada.

A instituição intermediaria devera informar a VM até o dia posterior ao do exercício da opção de distribuição de
lote suplementar, a data do respectivo exercício e a quantidade de valores mobiliários envolvidos.

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216
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

EFEITOS DA REVOGAÇÃO E DA MODIFICAÇÃO DA OFERTA (ARTS.26 E27)

Em caso de alteração substancial, posterior e imprevisível das circunstancias existentes quando da


apresentação do pedido de registro, que acarretem aumento dos riscos assumidos pelo ofertante a CVM poderá
acolher pleito de modificação ou revogação da oferta.
A modificação deverá ser divulgada imediatamente. Os integrantes do consórcio de distribuição deverão
certificar-se de que o cliente está ciente da alteração da oferta original.
Os investidores que já tiverem aderido a oferta poderão desistir em até cindo dias úteis contados a partir do
recebimento da comunicação. Presume-se a manutenção do interesse em caso de silencio.

Como já vimos, em caso de revogação devem ser restituídos integralmente aos aceitantes os valores, bens ou
direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários ofertados.
Há hipótese de modificação, os investidores que já tiverem aderido a oferta deverão ser comunicados
diretamente a respeito da modificação efetuada, para que confirme, no prazo de 5 dias uteis do recebimento da
comunicação, o interesse em manter a declaração de aceitação, presumida a manutenção em caso de silencio.

REVOGAÇÃO DA ACEITAÇÃO (ART. 28)

A aceitação da oferta somente poderá ser revogada pelos investidores se tal hipótese estiver expressamente
prevista no prospecto, ressalvadas as hipóteses de modificação e suspensão.

DISTRIBUIÇÃO PARCIAL (ART. 30)

O ato societário que deliberar sobre a oferta publica devera dispor sobre o tratamento a ser dado no caso de não
haver a distribuição total dos valores mobiliários previstos para a oferta publica, especificando, se for o caso, a
quantidade mínima de valores mobiliários ou o montante mínimo de recursos para os quais será mantida a oferta
publica.
O prospecto deverá conter seção especifica tratando da destinação dos recursos conforme a quantidade de
valores mobiliários a ser distribuída ou o montante de recursos que se pretende captar, bem como a eventual
fonte alternativa de recursos, caso seja admitida a distribuição ou a captação parcial.

INSTITUIÇÕES INTERMEDIÁRIAS (ART. 33)

O relacionamento do ofertante com as instituições intermediarias devera ser formalizado mediante contrato de
distribuição de valores mobiliários. Este contrato devera ter explicitas todas as formas de remuneração devidas
pelo ofertante, bem como toda e qualquer outra remuneração ainda que indireta, devendo dele constar a política
de desconto e/ou repasse concedido aos investidores, se for o caso, suportado pelas instituições intermediarias.

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217
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

OBRIGAÇÕES DO LÍDER (ART.37)


 Avaliar em conjunto com o ofertante, a viabilidade da distribuição, suas condições e o tipo de contrato de
distribuição a ser celebrado

 Formar o consorcio de distribuição, s for o caso

 Solicitar, juntamente com o ofertante, o registro de distribuição devidamente instruído, assessorando-o


em todas as etapas da distribuição

 Informar a CVM, até obtenção do registro, os participantes do consórcio, discriminando por tipo, espécie
d classe a quantidade de valores mobiliários inicialmente atribuída a cada um comunicar imediatamente
a CVM qualquer eventual alteração no contrato de distribuição ou sua rescisão

 Remeter mensalmente a CVM no prazo de 15 dias após o encerramento do mês, a partir da publicação
do Anuncio de Inicio de Distribuição, relatório indicativo do movimento consolidado de distribuição de
valores mobiliários

 Participar ativamente em conjunto com o ofertante, na elaboração do prospecto e na verificação da


consistência qualidade e suficiência das informações dele constantes.

 Acompanhar e controlar o plano de distribuição da oferta

 Guardar por 5 anos a disposição da CVM, toda a documentação.

CONSULTA SOBRE VIABILIDADE DA OFERTA (ART. 43 CAPUT)

O ofertante e/ou a instituição líder podem consultar potenciais investidores (máximo de 20) sobre a viabilidade ou
interesse de uma eventual oferta publica.
Deverão se acautelar com seus interlocutores, de que a intenção de realizar distribuição publica de valores
mobiliários seja mantida em sigilo e manter lista detalhada com informações sobre as pessoas consultadas, bem
como a sua resposta quanto a consulta.
Coleta de intenções de investimento (art. 44)
É permitida a coleta de intenções de investimento, com ou sem o recebimento de reservas a partir da divulgação
de Prospecto Preliminar e do protocolo do pedido de registro de distribuição na CVM.

RECEBIMENTO DE RESERVAS (ART. 45)


É Admissível o recebimento de reservas para subscrição ou aquisição de valores mobiliários objeto de oferta
pública, desde que previsto nos Prospectos Preliminar e Definitivo. O subscritor poderá desistir da reserva caso
haja divergência relevante entre as informações do Prospecto Preliminar e o Definitivo que alterem
substancialmente o risco assumido pelo investidor.

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218
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

PROSPECTO PRELIMINAR (ART. 46)


Contém as mesmas informações da oferta já mencionadas, sem revisão ou apreciação da CVM. Os seguintes
dizeres devem constar da capa do Prospecto Preliminar, com destaque:
“prospecto Preliminar” e a respectiva data de edição.
“as informações contidas neste prospecto preliminar estão sob análise da CVM, a qual ainda não se manifestou
a respeito”.
“o presente prospecto preliminar está sujeito a complementação e correção”
“o prospecto definitivo será entregue aos investidores durante o período de distribuição”

NORMAS DE CONDUTA (ARTS. 48)


Todas as partes envolvidas deverão:
 Até que a oferta pública seja divulgado ao mercado, limitar

o A revelação de informação relativa a oferta ao que for necessário para os objetivos da oferta,
advertindo os destinatários sobre o caráter reservado da informação transmitida

o A utilização da informação reservada estritamente aos fins relacionados com a preparação da


oferta

 Abster-se de negociar, até a publicação do Anúncio de Encerramento de Distribuição, com valores


mobiliários de emissão do ofertante ou da emissora, salvo nas hipóteses de:

o Execução de plano de estabilização devidamente aprovado pela CVM

o Alienação total ou parcial de lote de valores mobiliários objeto de garantia firme

o Negociação por conta e ordem de terceiros

o Operações claramente destinadas a acompanhar índice de Ações, certificado ou recibo de


valores mobiliários

 Apresentar a CVM pesquisas e relatórios públicos sobre a companhia e a operação que eventualmente
tenha elaborado

 Abster-se de se manifestar na mídia sobre a oferta ou o ofertante até a publicação do Anuncio de


Encerramento da Distribuição

 A partir do momento em que a oferta se torne pública, ao divulgar informação relacionada a emissora ou
à oferta:

o Observar os princípios relativos a qualidade, transparência e igualdade de acesso a informação

o Esclarecer as suas ligações com a emissora ou o seu interesse na oferta, nas suas
manifestações em assuntos que envolvam a oferta, a emissora ou os valores mobiliários.

VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES (ART. 56 CAPUT E §7°)


O ofertante é o responsável pela veracidade, consistência, qualidade e suficiência das informações prestadas
por ocasião do registro e fornecidas ao mercado na distribuição.
A instituição líder responde pela falta de diligencia ou omissão para assegurar que essas informações são
verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes para uma tomada de decisão por parte do investidor.

ASPECTOS OPERACIONAIS:
. Ofertas públicas de aquisição de Ações: instrução CVM 361 (arts. 1º, art. 2° inc I ao IV, arts 3° ao 4º, arts. 6º ao
7º caput, §1°, §2 e §6 e art.12º)

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219
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

MODALIDADES DE OPA - (OFERTAS PÚBLICAS DE AQUISIÇÃO DE AÇÕES)

OPA PARA CANCELAMENTO DE REGISTRO


OPA obrigatória, realizada como condição do fechamento do capital

OPA POR AUMENTO DE PARTICIPAÇÃO


OPA obrigatória, realizada em conseqüência de aumento da participação do acionista controlador no
capital social visando coibir o fechamento branco

OPA POR ALIENAÇÃO DE CONTROLE


OPA obrigatória, realizada como condição de eficácia de negocio jurídico de transparência de controle
de companhia aberta, estendendo a oferta aos demais acionistas (Tag Along)
São sujeitas a registro na CVM.

OPA VOLUNTÁRIA
OPA que visa a aquisição de Ações de emissão de companhia aberta, que não deva realizar-se segundo
os procedimentos específicos estabelecidos para qualquer OPA obrigatória citada anteriormente.

OPA PARA AQUISIÇÃO DE CONTROLE DE COMPANHIA ABERTA


OPA voluntária a ser feita com a participação de instituição financeira que garanta o cumprimento das
obrigações assumidas pelo ofertante
Sujeitas a registro na CVM quando envolverem permuta por valores mobiliários.

OPA CONCORRENTE
OPA formulada por um terceiro que não o ofertante ou pessoa a ele vinculada, e que tenha por objeto
Ações abrangidas por OPA já em curso.
Sujeita a registro na VM quando tiver por objeto Ações abrangidas por OPA sujeita a registro.

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220
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

PROCEDIMENTO GERAL DE OPA:


 É sempre dirigida indistintamente aos titulares de Ações da mesma espécie e classe daquelas que sejam
objeto da OPA

 Realizada de maneira a assegurar tratamento equitativo aos destinatários, permitir-lhes a adequada


informação quanto a companhia objeto e ao ofertante

 Previamente registrada na CVM, quando for o caso, segundo a modalidade adequada

 Será intermediada por sociedade corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários ou instituição
financeira com carteira de investimento

 Lançada por preço uniforme, salvo a possibilidade de fixação de preços diversos conforme a classe e
espécie das Ações objeto

 Sempre que se tratar de OPA formulada pela própria companhia, pelo acionista controlador ou por
pessoa a ele vinculada, a OPA será instruída com laudo de avaliação da companhia objeto

 A OPA será efetivada em leilão em bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado,
salvo se, tratando-se de OPA, que não estejam sujeitas a registro, com autorização da CVM

 Poderá sujeitar-se a condições cujo implemento não dependa de atuação direta ou indireta do ofertante
ou de pessoas a ele vinculadas

 Será imutável e irrevogável, após a publicação do edital, exceto em caso de pleito de modificação ou
revogação devidamente autorizado pela CVM

Poderá ser determinado pela CVM, em qualquer tempo:


 A suspensão de OPA em curso, ou do respectivo leilão, se verificar que qualquer um dos dois
apresentem irregularidade ou ilegalidade sanável, mantendo-se a suspensão até que sejam corrigidas

 O cancelamento da OPA, quando apresentar irregularidade insanável.

LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
Deve seguir a proposta feita pelo ofertante, podendo ser:
 De compra (pagamento em moeda corrente)

 De permuta (pagamento em valores mobiliários e companhia aberta)

 Mista (parte em dinheiro, parte em valores mobiliários de companhia aberta)

Deverá ser contratado pelo ofertante a intermediação da OPA com sociedade corretora ou distribuidora de títulos
e valores mobiliários, ou ainda, instituição financeira com carteira de investimento
A OPA deverá ser efetivada em leilão na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado em que as
Ações objeto sejam admitidas a negociação.

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221
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

RISCO DE RATEIO/ NÃO CONCRETIZAÇÃO


As principais razoes para uma eventual não concretização da operação de oferta são as seguintes:
 A emissora não obtêm o registro de emissão na CVM

 A CVM suspende o registro em caso a venda estiver sendo feita em condições diversas das constantes
do registro de emissão

 Condições adversas do mercado de capitais, que tornam a colocação dos títulos inadequada para
aquele momento. Neste caso, a operação poderá ser postergada.

DERIVATIVOS
Termo, futuros, swaps e opções: características formais dos derivativos.
Mercados derivativos são aqueles nos quais a formação de preços deriva (daí o nome) dos preços do mercado à
vista. Eles surgiram da necessidade de dar maior flexibilidade e movimentação para os negócios, permitindo, por
exemplo, que um produtor possa vender antecipadamente a mercadoria que está produzindo, garantindo tanto a
colocação do seu produto, quanto o preço de venda.
O comprador, também garante que terá o produto que precisa e já sabe antecipadamente o preço que pagará.
Algumas características:

FLUXOS DE CAIXA
A primeira importante característica dos contratos de derivativos é a transferência para uma data futura das
movimentações de recursos. Paralelo a isto, entretanto, existe a necessidade de extensão de crédito entre as
partes envolvidas no contrato. Isto se faz necessário, pois, no final do contrato, a parte devedora poderá não
fazer o pagamento.

CONTRATOS DE BALCÃO
São contratos negociados entre as partes diretamente, isto é , cada um assume o risco do outro. A vantagem
principal desta modalidade de contrato é a sua customização. As principais desvantagens são o risco de crédito
entre as partes e a falta de liquidez por falta de um mercado secundário.

MERCADOS ORGANIZADOS
Estamos falando das bolsas de mercadorias e futuros e das bolsas de valores. Estes ambientes proporcionam
aos participantes:
 Anonimato – as corretoras intermediar

 Liquidez – grandes volumes negociados

 Padronização – contratos de uma mesma série são iguais

 Segurança - em função da margem inicial e ajustes diários, o ambiente é muito seguro.

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222
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Com exceção dos contratos de opções, todos os contratos de derivativos são simétricos.
O prejuízo de uma parte, será o lucro da outra, evidenciando um conjunto de operações de soma zero, os
créditos de uns serão exatamente os débitos de outros.

ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO, ALAVANCAGEM E POSICIONAMENTO


PROTEÇÃO OU HEDGE

Reduz a exposição ao risco de preços, transferindo- para um investidor que tenha posição contrária a sua ou
para investidores que desejem aceitá-los em troca de uma oportunidade de lucro.
Ao mesmo tempo em que o hedge com derivativos elimina o risco de oscilação nos preços, ele impede a
realização de lucros potencialmente maiores que possam advir de mudanças favoráveis.

POSICIONAMENTO OU ESPECULAÇÃO

A estratégia de posicionamento ou especulação é adotada pelo investidor que está disposto a correr risco em
busca de maior retorno.
Quando se acredita que na alta do preço de um ativo objeto qualquer, adota uma posição “comprada” que ganha
quando os preços sobem
Quando acredita na queda do preço de uma ativo objeto qualquer, adota uma posição “vendida” que ganha
quando os preços caem.

ALAVANCAGEM

O uso de derivativos permite ao investidor assumir posições de risco de valor superior ao patrimônio da carteira.
Essa estratégia é chamada de alavancagem porque ela amplia os resultados de ganhos e de perdas, podendo
inclusive caracterizar uma situação de “aporte de capital” na qual o investidor perde todo o capital investido e fica
“devendo” dinheiro sendo necessário aportar mais capital para cobrir os compromissos.

CONTRATOS FUTUROS DE BALCÃO SEM ENTREGA FÍSICA (NDF – NON DELIVERABLE

FORWARD). CONCEITO

Também conhecido como termo de moedas, o NDF é um contrato entre o cliente e o banco que garante uma
taxa de câmbio para uma data futura determinada.

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223
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (EFPC) (RESOLUÇÃO CMN


3.456)

Mais conhecidos como fundos de pensão, as entidades fechadas de previdência complementar são
organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis,
exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da união,
dos estados, do distrito federal e dos municípios.

Definição, apresentação e disponibilização da política de investimento (parágrafo 1º do art. 6º do Regulamento


Anexo à Resolução)
O artigo 6º do regulamento anexo a resolução CMN 3456 estabelece diretrizes relativas a apresentação da
política de investimentos dos recursos dos fundos de pensão. Veja:
Parágrafo 1º - A política de investimentos deve, conforme critérios estabelecidos pelo conselho de gestão
da previdência complementar, fazer menção expressa, no mínimo:
I – a alocação de recursos entre os diversos segmentos e carteiras, indicando os limites estabelecidos, de
acordo com a estratégia de alocação de ativos e parametrizada com base nos compromissos atuariais;
II – aos objetivos específicos da gestão de cada limite estabelecido neste regulamento, diante das necessidades
de cumprimento da taxa mínima atuarial como referencia de rentabilidade, no caso de plano constituído na
modalidade beneficio definido, e das necessidades de cumprimento do índice de referência, no caso de plano
constituído em outra modalidade, e a conseqüente determinação do ponto ótimo na curva de risco/retorno na
alocação de ativos
III – aos limites utilizados para investimentos em títulos e valores mobiliários de emissão ou coobrigação de uma
mesma pessoa jurídica
IV – a realização de operações com derivativos, indicando os limites estabelecidos e as condições para atuação
nos correspondentes mercados, se for o caso
V – aos critérios para a contratação de pessoas jurídicas
VI – aos critérios a serem observados na precificação de ativos e na avaliação, dentre outros, dos riscos de
crédito, de mercado e de liquidez
VII – a avaliação do cenário macroeconômico de curto, médio e longo prazos, indicando a forma de análise dos
setores a serem selecionados para investimentos.

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224
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

SEGMENTO DE RENDA FIXA DAS CARTEIRAS (ARTS. 8º AO 11º DO REGULAMENTO


ANEXO À RESOLUÇÃO)
Art. 8º No segmento de renda fixa, os investimentos da espécie, segundo o correspondente risco de crédito,
devem ser classificados nas seguintes carteiras:
I - carteira de renda fixa com baixo risco de crédito; ou
II - carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito.
Art. 9º Incluem-se na carteira de renda fixa com baixo risco de crédito:
I - os títulos de emissão do Tesouro Nacional, os créditos securitizados pelo Tesouro Nacional e os títulos de
emissão de estados e municípios que tenham sido objeto de refinanciamento pelo Tesouro Nacional;
II - os títulos de emissão de estados e municípios considerados, pela entidade fechada de previdência
complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no
País, como de baixo risco de crédito;
III - os certificados e os recibos de depósito bancário, as letras de crédito imobiliário, as letras de crédito do
agronegócio e os demais títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituição
financeira ou outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil considerada, pela entidade
fechada de previdência complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco
em funcionamento no País, como de baixo risco de crédito, bem como as cédulas de produto rural com
liquidação financeira que contém com aval de instituição financeira igualmente considerada como de baixo risco
de crédito;
IV - os depósitos de poupança em instituição financeira enquadrável na condição referida no inciso III;

V - as debêntures, as cédulas de crédito bancário, os certificados representativos de contratos mercantis de


compra e venda a termo de mercadorias e de serviços que atendam às condições estabelecidas na Resolução
nº 2.801, de 7 de dezembro de 2000, bem como os demais valores mobiliários de renda fixa de emissão de
sociedades anônimas, inclusive as de objeto exclusivo, cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de
Valores Mobiliários, considerados, pela entidade fechada de previdência complementar, com base em
classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de
crédito;
VI - as obrigações emitidas por organismos multilaterais autorizados a captar recursos no Brasil, cuja distribuição
tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, consideradas, pela entidade fechada de previdência
complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco localizada no País sede
da instituição, como de baixo risco de crédito;
VII - as cotas de Fundos de Investimentos e as cotas de Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de
Investimentos, classificados como fundos de dívida externa;
VIII - as cotas de Fundos de Investimentos em direitos creditórios e as cotas de Fundos de Investimentos em
cotas de Fundos de Investimentos em direitos creditórios considerados, pela entidade fechada de previdência
complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no
País, como de baixo risco de crédito;

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225
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
IX - as cotas de Fundos de Investimentos previdenciários e as cotas de Fundos de Investimentos em cotas de
Fundos de Investimentos previdenciários classificados como renda fixa ou referenciado em indicadores de
desempenho de renda fixa, constituídos sob a forma de condomínio aberto, desde que apliquem recursos
exclusivamente em títulos de emissão do Tesouro Nacional ou títulos privados considerados, com base em
classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de
crédito, observado o disposto no arts. 42 e 43;
X - os certificados de recebíveis imobiliários cuja distribuição tenha obtido registro definitivo na Comissão de
Valores Mobiliários, bem como as cédulas de crédito imobiliário, considerados pela entidade fechada de
previdência complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em
funcionamento no País, como de baixo risco de crédito; e
XI - as cédulas de produto rural com liquidação financeira que contém com cobertura de seguro, conforme
regulamentação da Superintendência de Seguros Privados, os certificados de direitos creditórios do agronegócio
e os certificados de recebíveis do agronegócio, considerados, pela entidade fechada de previdência
complementar, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no
País, como de baixo risco de crédito.
Parágrafo único. A apólice do seguro de cédulas de produto rural referidas no inciso XI:
I - deve prever a realização do pagamento de indenização no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis após o
vencimento da cédula e que a indenização corresponda ao valor da obrigação nela estabelecida, não podendo
estar previsto nenhum limite máximo de garantia que impeça o seu pagamento pelo valor integral; e
II - não pode conter cláusula excludente de cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força
maior.
Art. 10. Incluem-se na carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito:
I - os títulos de emissão de estados e municípios que não aqueles referidos no art. 9º, incisos I e II;
II - os certificados e os recibos de depósito bancário, as letras de crédito imobiliário, as letras de crédito do
agronegócio, as cédulas de produto rural com liquidação financeira que contém com aval de instituição financeira
e os demais títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituição financeira ou
outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil não considerada como de baixo risco de
crédito, nos termos do art. 9º, inciso III, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo;
III - os depósitos de poupança efetuados em instituição financeira não considerada como de baixo risco de
crédito, nos termos do art. 9º, inciso III, ou que não tenha sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo;
IV - as debêntures, as cédulas de crédito bancário, os certificados representativos de contratos mercantis de
compra e venda a termo de mercadorias e de serviços que atendam às condições estabelecidas na Resolução
nº 2.801, de 2000, bem como os demais valores mobiliários de renda fixa de emissão de sociedades anônimas,
inclusive as de objeto exclusivo, cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, não
considerados como de baixo risco de crédito, nos termos do art. 9º, inciso V, ou que não tenham sido objeto da
classificação mencionada no mesmo dispositivo;
V - as obrigações emitidas por organismos financeiros multilaterais autorizados a captar recursos no Brasil, cuja
distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, não consideradas como de baixo risco de

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
crédito, nos termos do art. 9º, inciso VI, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo;
VI - as cotas de Fundos de Investimentos em direitos creditórios e as cotas de Fundos de Investimentos em
cotas de Fundos de Investimentos em direitos creditórios não considerados como de baixo risco de crédito, nos
termos do art. 9º, inciso VIII, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo;
VII - os certificados de recebíveis imobiliários cuja distribuição tenha obtido registro definitivo na Comissão de
Valores Mobiliários, bem como as cédulas de crédito imobiliário, não considerados como de baixo risco de
crédito, nos termos do art. 9º, inciso X, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo
dispositivo; e
VIII - as cédulas de produto rural com liquidação financeira que contém com cobertura de seguro, conforme
regulamentação da Superintendência de Seguros Privados, os certificados de direitos creditórios do agronegócio
e os certificados de recebíveis do agronegócio não considerados como de baixo risco de crédito, nos termos do
art. 9º, inciso XI, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo.
Parágrafo único. A apólice do seguro de cédulas de produto rural referidas no inciso VIII:
I - deve prever a realização do pagamento de indenização no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis após o
vencimento da cédula e que a indenização corresponda ao valor da obrigação nela estabelecida, não podendo
estar previsto nenhum limite máximo de garantia que impeça o seu pagamento pelo valor integral; e
II - não pode conter cláusula excludente de cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força
maior.

Art. 11. As aplicações em operações compromissadas devem ser classificadas nas carteiras de renda fixa com
baixo risco de crédito ou com médio e alto risco de crédito conforme o lastro correspondente satisfizer as
condições estabelecidas no art. 9º ou no art. 10.

SEGMENTO DE RENDA VARIÁVEL DAS CARTEIRAS (ARTS. 17 AO 20 DO REGULAMENTO


ANEXO À RESOLUÇÃO
Art. 17. No segmento de renda variável, os investimentos da espécie, segundo a correspondente natureza,
devem ser classificados nas seguintes carteiras:
I - carteira de Ações em mercado;
II - carteira de participações; ou
III - carteira de renda variável - outros ativos.
Art. 18. Incluem-se na carteira de Ações em mercado:
I - as Ações, os bônus de subscrição de Ações, os recibos de subscrição de Ações e os certificados de depósito
de Ações de companhia aberta negociados em bolsa de valores ou admitidos à negociação em mercado de
balcão organizado por entidade autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários;
II - as Ações subscritas em lançamentos públicos ou em decorrência do exercício do direito de preferência; e
III - as cotas de Fundos de Investimentos previdenciários e as cotas de Fundos de Investimentos em cotas de
Fundos de Investimentos previdenciários classificados como Ações, constituídos sob a forma de condomínio
aberto, observado o disposto nos arts. 42 e 43.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
Art. 19. Incluem-se na carteira de participações as Ações, as debêntures e os demais títulos e valores mobiliários
de emissão de sociedades de propósito específico constituídas com a finalidade de viabilizar o financiamento de
novos projetos, com prazo de duração determinado, as cotas de Fundos de Investimentos em empresas
emergentes e as cotas de Fundos de Investimentos em participações, nos termos da regulamentação baixada
pela Comissão de Valores Mobiliários, observado o disposto no art. 21, inciso III.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, somente podem ser admitidas as debêntures de emissão de
sociedades de propósito específico consideradas, pela entidade fechada de previdência complementar, com
base em classificação efetuada por duas agências classificadoras de risco em funcionamento no País, como de
baixo risco de crédito.
Art. 20. Incluem-se na carteira de renda variável – outros ativos:
I - os certificados de depósito de valores mobiliários com lastro em Ações de emissão de companhia aberta, ou
assemelhada, com sede no exterior (Brazilian Depositary Receipts - BDRs), classificados nos Níveis II e III
definidos na regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, cujos programas tenham sido
registrados naquela Autarquia;
II - as Ações de emissão de companhias sediadas em países signatários do Mercado Comum do Sul (Mercosul)
ou os certificados de depósito dessas Ações admitidos à negociação em bolsa de valores no Brasil, observado o
disposto na Resolução nº 3.265, de 4 de março de 2005;
III - as debêntures com participação nos lucros cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores
Mobiliários;
IV - os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de mercadorias e de futuros;
V - os certificados de potencial adicional de construção, de que trata o art. 34 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de
2001, negociados em bolsa de valores ou admitidos à negociação em mercado de balcão organizado por
entidade autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, cuja distribuição tenha sido registrada naquela
Autarquia; e
VI - as cotas de Fundos de Investimentos e as cotas de Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de
Investimentos classificados como fundos multimercado, constituídos sob a forma de condomínio aberto,
observados os limites estabelecidos no art. 44.

COBRANÇA DE PERFORMANCE PARA UMA EFPP (ART. 47 DO REGULAMENTO ANEXO À


RESOLUÇÃO)
Art. 47. Relativamente à aplicação de recursos garantidores do plano de benefícios em cotas de Fundos de
Investimentos ou por meio de carteiras administradas, pode ser paga taxa de performance, com periodicidade
mínima semestral ou no momento do resgate e exclusivamente em espécie, à vista, baseada no desempenho do
fundo ou da carteira administrada e obtida segundo critérios estabelecidos de acordo com a regulamentação
baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, devida sempre que o valor dos resultados do fundo ou da carteira
excederem a valorização de, no mínimo, 100% (cem por cento), do índice de referência e superarem o valor
nominal da aplicação inicial ou o valor do investimento na data em que tenha havido a última
cobrança, observado o seguinte:
I - os índices de referência admitidos para as carteiras de renda fixa são a taxa Selic, a taxa DI-Cetip, o IMA e
seus sub-índices ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência complementar
do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários;

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
II - os índices de referência admitidos para as carteiras de renda variável são o Ibovespa, o IBrX, o IBrX-50, o
FGV-100, o IGC, o ITAG, o ISE ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários; e
III - os índices de referência podem ser livremente pactuados no caso dos seguintes investimentos:
a) cotas de Fundos de Investimentos e cotas de Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de Investimentos,
classificados como fundos de Ações, em que mais da metade do patrimônio seja constituído por valores
mobiliários não pertencentes ao conjunto das Ações que representem, em ordem decrescente de participação,
até 70% (setenta por cento) de qualquer um dos principais índices do mercado acionário, Ibovespa, IBA, IBrX,
IBrX-50, FGV-100, MSCI-Brazil, IGC, ITAG e ISE ou outros índices aprovados por decisão conjunta da
Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores
Mobiliários; ou
b) cotas de Fundos de Investimentos em empresas emergentes e cotas de Fundos de Investimentos em
participações, nos termos da regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, observado que o
pagamento da taxa de performance somente será permitido após ter sido retornado ao cotista seu
investimento original, corrigido nos termos do regulamento ou contrato.
Parágrafo único. Exceto nos casos de Fundos de Investimentos em empresas emergentes e de Fundos de
Investimentos em participações, poderá ser iniciado um novo período de cálculo da taxa de performance a cada
5 (cinco) anos.

CONTROLE E AVALIAÇÃO DE RISCOS E SUA FISCALIZAÇÃO (ART. 61 DO REGULAMENTO


ANEXO À RESOLUÇÃO)
Art. 61. A entidade fechada de previdência complementar deve identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos
sistêmico, de crédito, de mercado, de liquidez, operacional e legal e a segregação de funções do gestor e do
agente custodiante, bem como observar o potencial conflito de interesses e a concentração operacional em
contrapartes do mesmo conglomerado econômico-financeiro, com o objetivo de manter equilibrados os aspectos
prudenciais e a gestão de custos.
§ 1º A entidade fechada de previdência complementar deve observar que a ausência de liquidez e o prazo de
vencimento de um ativo ou modalidade de investimento tornam preponderante a avaliação do respectivo risco de
crédito.
§ 2º As análises referidas neste artigo e os documentos que as fundamentaram deverão permanecer na entidade
fechada de previdência complementar à disposição do conselho fiscal e da Secretaria de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social.

DAS VEDAÇÕES (ART. 65 DO REGULAMENTO ANEXO À RESOLUÇÃO)


Art. 65. É vedado às entidades fechadas de previdência complementar:
I - realizar operações entre planos de benefícios, exceto nos casos de migração de recursos, desde que
observadas as condições estabelecidas pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da
Previdência Social.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

II - atuar como instituição financeira, bem como conceder, a pessoas físicas ou jurídicas, inclusive sua(s)
patrocinadora(s), empréstimos ou financiamentos ou abrir crédito sob qualquer modalidade, ressalvadas as
aplicações e os financiamentos previstos neste regulamento e os casos específicos de planos de benefícios e
programas de assistência de natureza social e financeira destinados a seus participantes e assistidos,
devidamente autorizados pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social;
III - realizar as operações denominadas day-trade, assim consideradas aquelas iniciadas e encerradas no
mesmo dia, independentemente de a entidade fechada de previdência complementar possuir estoque ou posição
anterior do mesmo ativo;
IV - atuar em mercados derivativos, por meio de carteira própria, carteira administrada, Fundos de Investimentos
ou em Fundos de Investimentos em cotas de Fundos de Investimentos:
a) em posições que gerem exposição superior a uma vez os recursos garantidores do plano de benefícios ou o
patrimônio líquido dos fundos, respectivamente; e
b) em operações a descoberto;
V - atuar na qualidade de incorporadora, de forma direta ou por meio de Fundos de Investimentos, no caso das
aplicações no segmento de imóveis;
VI - a aquisição e a manutenção de aplicações em terrenos;
VII - realizar operações com Ações por meio de negociações privadas, ressalvados os casos expressamente
previstos neste regulamento e na regulamentação em vigor e aqueles previamente autorizados pela Secretaria
de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social;
VIII - atuar em modalidades operacionais ou negociar com duplicatas, títulos de crédito ou outros ativos que não
os previstos neste regulamento ou os que venham a ser autorizados pelo Conselho Monetário Nacional;
IX - aplicar recursos na aquisição de Ações de emissão de companhias sem registro para negociação tanto em
bolsa de valores quanto em mercado de balcão organizado, ressalvados os casos expressamente previstos
neste regulamento;
X - aplicar recursos na aquisição de Ações de companhias que não estejam admitidas à negociação em
segmento especial nos moldes do Novo Mercado ou do Bovespa Mais nem classificadas nos moldes do Nível 2
da Bovespa, conforme Anexos I, II e III a este regulamento, salvo se tiverem realizado sua primeira distribuição
pública de Ações anteriormente à data da entrada em vigor desta resolução;
XI - aplicar recursos no exterior, ressalvados os casos expressamente previstos neste regulamento;
XII - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
XIII - locar, emprestar, empenhar ou caucionar títulos e valores mobiliários integrantes de suas carteiras,
ressalvadas as hipóteses de:
a) prestação de garantia nas operações próprias com derivativos e demais títulos e valores mobiliários de renda
fixa realizadas em sistemas de compensação e liquidação autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
nos termos da Lei nº 10.214, de 2001;
b) permissão para a realização de operações de empréstimo de títulos e valores mobiliários (arts. 16 e 24);
c) prestação de garantia de Ações judiciais, no âmbito de cada plano de benefícios, quando houver exigência
legal ou determinação do Poder Judiciário; ou
d) demais casos autorizados pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social,
ouvidos, quando couber, o Banco Central do Brasil ou a Comissão de Valores Mobiliários.

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230
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
§ 1º As disposições dos incisos III, IV, XI e XIII deste artigo não se aplicam aos Fundos de Investimentos
classificados como multimercado de que trata o art. 20, inciso VI.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica:
I - às aquisições de participações em câmaras e em prestadores de serviços de compensação e de liquidação
que operem qualquer um dos sistemas integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, desde que entendidas
necessárias ao exercício da atividade de gestão de carteira e autorizadas pela Secretaria de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social;
II - com relação ao inciso IX, aos investimentos incluídos na carteira de participações (art. 19), desde que as
sociedades de propósito específico e as empresas emissoras dos ativos integrantes das carteiras dessas
sociedades, dos Fundos de Investimentos em empresas emergentes e dos Fundos de Investimentos em
participações não sejam consideradas companhias abertas.
ANEXO I
Práticas de governança necessárias à admissão de companhias para negociação de Ações de sua emissão em
segmento especial nos moldes do Novo Mercado da Bovespa:
I - proibição de emissão de Ações preferenciais;
II - manutenção em circulação de uma parcela mínima de Ações representando 25% (vinte e cinco por cento) do
capital;
III - realização de ofertas públicas de colocação de Ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão
do capital;
IV - inexistência de partes beneficiárias emitidas;
V - extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do
controle da companhia;
VI - estabelecimento de um mandato unificado de até dois anos para todo o Conselho de Administração, sendo
que ao menos 20% (vinte por cento) dos conselheiros sejam independentes;
VII - disponibilização de balanço anual seguindo as normas de contabilidade promulgadas pelo International
Accounting Standards Committee (IASC GAAP) ou utilizadas nos Estados Unidos da América (US GAAP);
VIII - introdução de melhorias nas informações prestadas trimestralmente, entre as quais a exigência de
consolidação e de revisão especial;
IX - obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as Ações em circulação, pelo valor
econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação no Novo
Mercado;
X - cumprimento de regras de disclosure em negociações envolvendo ativos de emissão da companhia por
parte de seus acionistas controladores ou de seus administradores;
XI - divulgação de contratos com partes relacionadas, acordos de acionistas e programas de opções de
aquisição de Ações ou de outros títulos ou valores mobiliários de emissão da companhia;
XII - disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos;
XIII - adesão à câmara de arbitragem para resolução de conflitos societários.
ANEXO II
Práticas de governança necessárias à classificação de companhias nos moldes dos Níveis 1 e 2 da Bovespa:

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO
NÍVEL 1:
I - manutenção em circulação de uma parcela mínima de Ações, representando 25% (vinte e cinco por cento) do
capital;
II - realização de ofertas públicas de colocação de Ações através de mecanismos que favoreçam a dispersão do
capital;
III - inexistência de partes beneficiárias emitidas;
IV - introdução de melhorias nas informações prestadas trimestralmente, entre as quais a exigência de
consolidação e de revisão especial;
V - cumprimento de regras de disclosure em operações envolvendo ativos de emissão da companhia por parte
de seus acionistas controladores ou de seus administradores;
VI - divulgação de contratos com partes relacionadas, acordos de acionistas e programas de opções de
aquisição de Ações ou de outros títulos ou valores mobiliários de emissão da companhia;e
VII - disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos;

NÍVEL 2:
I - todas as práticas relacionadas como necessárias para o Nível 1;
II - estabelecimento de um mandato unificado de até dois anos para todo o Conselho de Administração, sendo
que ao menos 20% (vinte por cento) dos conselheiros sejam independentes;
III - disponibilização de balanço anual seguindo as normas de contabilidade promulgadas pelo International
Accounting Standards Committee (IASC GAAP) ou utilizadas nos Estados Unidos da América (US GAAP);
IV - extensão para todos os acionistas detentores de Ações ordinárias das mesmas condições obtidas pelos
acionistas controladores quando da venda do controle da companhia e de 80% (oitenta por cento) desse valor
para os detentores de Ações preferenciais;
V - direito de voto às Ações preferenciais nas seguintes matérias:
a) transformação, incorporação, cisão e fusão da companhia;
b) aprovação de contratos entre a companhia e os acionistas controladores, diretamente ou por meio de
terceiros, assim como de outras sociedades nas quais os acionistas controladores tenham interesse, sempre
que, por força de disposição legal ou estatutária, sejam deliberados em assembléia geral;
c) avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital da companhia;
d) escolha de empresa especializada para determinação do valor econômico da companhia, para efeito das
hipóteses referidas no inciso VI deste Nível; e
e) alteração ou revogação de dispositivos estatutários que alterem ou modifiquem qualquer das exigências
previstas neste inciso;
VI - obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as Ações em circulação, pelo valor
econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou de cancelamento do registro deste Nível; e
VII - adesão à câmara de arbitragem para resolução de conflitos societários.

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MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?

1. As Ações preferenciais no Brasil têm como características:


a) Não ter direito a voto nas assembléias da empresa e ter preferência na distribuição de
dividendos;
b) Não ter direito a voto nas assembléias da empresa e ter garantidos dividendos mínimos
obrigatórios;
c) Ter direito a voto nas assembléias da empresa e ter preferência na distribuição de dividendos;
d) Ter direito a voto nas assembléias da empresa e ter garantidos dividendos mínimos
obrigatórios.

2. Os Depository Receipts (DR) são títulos negociáveis no mercado e lastreados na existência de Ações de
uma sociedade instalada em outro país. Os ADRs e BDRs são
Depository Receipts de empresas estrangeiras negociadas, respectivamente:
a) Nos Estados Unidos e no Brasil;
b) No Brasil e nos Estados Unidos;
c) Na Alemanha e na Bélgica;
d) Na Bélgica e na Alemanha.

3) Os juros sobre capital próprio são uma forma alternativa de remunerar os acionistas em relação aos
dividendos. Os juros sobre capital próprio se diferenciam dos dividendos, pois são:
a) Limitados ao valor da TJLP (taxa de juros de longo prazo) e são considerados despesas,
diminuindo o IR (imposto de renda) da empresa;
b) Limitados ao valor da TJLP (taxa de juros de longo prazo) e não são considerados despesas,
não diminuindo o IR (imposto de renda) da empresa;
c) No mínimo iguais ao valor da TR (taxa referencial) e são considerados despesas, diminuindo o IR
(imposto de renda) da empresa;
d) No mínimo iguais ao valor da TR (taxa referencial) e não são considerados despesas, não
diminuindo o IR (imposto de renda) da empresa.

4) O acionista controlador é aquele que, individualmente ou em grupo vinculado por acordo, tem o poder de
dirigir a companhia. Esse poder advém do controle da:
a) Maioria das Ações preferenciais;
b) Maioria das Ações ordinárias;
c) Totalidade do capital acionário;
d) Totalidade das Ações ordinárias.

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233
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

5) Os administradores de companhia aberta têm o dever de informar imediatamente à bolsa de valores


todos os fatos que sejam:
a) Relativos a investimentos da companhia, em qualquer montante;
b) Relevantes, no sentido de que possam influenciar o valor de mercado as Ações;
c) Relativos a mudanças no orçamento da companhia, em qualquer montante;
d) Relevantes, no sentido de informar os acionistas a respeito da estrutura organizacional
da companhia.

6) As ofertas secundárias de Ações são aquelas nas quais são:


a) Emitidas novas Ações a ser vendidas no mercado;
b) Vendidos determinados lotes de Ações já existentes, pertencentes a algum acionista;
c) Recompradas Ações para ficar em tesouraria;
d) Recompradas Ações para seu cancelamento

7. Nas ofertas primárias, os acionistas que não subscreverem as novas Ações que estão sendo emitidas
terão sua participação no capital da empresa reduzida. A essa redução denomina-se:
a) Proteção;
b) Concentração;
c) Diminuição;
d) Diluição.

8. A moderna teoria financeira considera que o valor das Ações de uma empresa, em um mercado
eficiente, reflete o seu:
a) Fluxo de caixa futuro;
b) Valor dos ativos;
c) Valor do patrimônio líquido;
d) Histórico de rentabilidade.

9. O fluxo de caixa das operações considera o lucro:


a) Líquido, depreciação e impostos;
b) Antes de juros e impostos, depreciação e impostos correntes;
c) Líquido, despesas financeiras e depreciação;
d) Antes de juros e impostos, depreciação e despesas financeiras.

10. A análise grafista de Ações tem como pressupostos que:


a) Os preços das Ações refletem as perspectivas futuras de seu desempenho econômico-
financeiro;
b) Os padrões passados de comportamento dos preços das Ações se repetem e assim podem ser
previstos;
c) Existem algumas Ações que podem ser previstas por seu comportamento passado, mas
outras não;
d) É impossível prever os preços das Ações.

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234
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

11. A análise fundamentalista de Ações tem como pressupostos que:


a) Os preços das Ações refletem as perspectivas futuras de seu desempenho econômico-
financeiro;
b) Os padrões passados de comportamento dos preços das Ações se repetem e assim podem ser
previstos;
c) Existem algumas Ações que podem ser previstas por seu comportamento passado, mas
outras não;
d) É impossível prever os preços das Ações.

12. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou três níveis de governança corporativa, que são:
a) Nível I, nível II e nível III;
b) Nível A, nível B e nível C;
c) Novo mercado, nível A e nível B;
d) Nível I, nível II e novo mercado.

13. Alguns dos principais objetivos dos níveis I e II de governança corporativa, são, respectivamente:
a) Aumentar a transparência das informações fomecidas pelas empresas e ampliar direitos
dos acionistas minoritários;
b) Aumentar a transparência das informações fomecidas pelas empresas e proibir a emissão
de Ações ordinárias;
c) Ampliar os direitos dos acionistas minoritários e proibir a emissão de Ações preferenciais;
d) Ampliar os direitos dos acionistas minoritários e proibir a emissão de debêntures.

14. Os dois principais ambientes nos quais os investidores podem negociar Ações e outros títulos de renda
variável são:
a) O mercado de balcão organizado e a Selic;
b) A Cetip e a Selic;
c) A bolsa de valores e a Selic;
d) A bolsa de valores e mercado de balcão organizado.

15. Alguns dos principais instrumentos de renda variável são:


a) CDBs, debêntures e Ações;
b) CDBs, ADRs e BDRs;
c) Ações, ADRs, BDRs e bônus de subscrição;
d) Debêntures, Ações, ADRs e BDRs

16 . Entre as definições abaixo, qual corresponde ao Mercado Futuro?


a) O tipo mais básico de derivativo. Uma das partes compromete-se a comprar, e a outra, a vender um
ativo, por preço específico, em uma data predeterminada.
b) Acordo entre duas partes para comprar um ativo a certo preço e em uma determinada data.
c) Contato particular entre duas partes, que estabelece a troca de dois fluxos financeiros segundo
condições de prazo e preço definidos entre as partes.
d) Contrato no qual uma das partes tem só direito de compra (o comprador) e o outro só a obrigação
de venda (vendedor).

17. Sobre o Mercado de Opções


a) O comprador paga um prêmio, que será a perda máxima que ele poderá ter.
b) O comprador tem o direito, e o vendedor, tem a obrigação
c) O comprador pode ou não exercer o seu direito.
d) Todas as alternativas estão corretas.

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235
MÓDULO IV – OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTO

18. Considerando as alternativas abaixo, qual a correta em relação à Opção de Compra (Call)?
a) Quanto maior o preço a vista, menor será o prêmio
b) Quanto maior a taxa de juros, maior será o prêmio
c) Quanto maior o tempo, maior será o prêmio
d) Quanto maior a volatilidade, menor será o prêmio

19. “O valor desembolsado é considerado como despesa, portanto, descontado do lucro tributável, diminuindo o
IR a ser pago pela empresa, gerando benefício fiscal e/ou tributário para a empresa”. Essa definição
corresponde a:
a) Subscrição
b) Dividendos
c) Juros sobre o capital próprio
d) Bonificação

20. Não existe no produto ações, uma vez que ao adquirir ações, o investidor torna-se acionista da empresa
emissora, e não credor da mesma. Essa é a definição de:
a) Risco de Crédito
b) Risco de Liquidez
c) Risco de Mercado
d) Risco de Venda do Ativo

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236
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

MÓDULO V
TRIBUTAÇÃO
5% a 10% do exame

Faz parte do conteúdo programático deste módulo, a íntegra da lei 11.033/04, que
dispõe sobre a alteração da tributação do mercado financeiro e de capitais; institui o
Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária
– REPORTO; altera as Leis nos 10.865, de 30 de abril de 2004, 8.850, de 28 de janeiro de
1994, 8.383, de 30 de dezembro de 1991, 10.522, de 19 de julho de 2002, 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, e 10.925, de 23 de julho de 2004; e dá outras providências.

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237
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

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238
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA FIXA
FATO GERADOR

São os rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, auferidos por pessoa física e jurídica,
inclusive as isentas.

Para fins de incidência do IR na fonte, a alienação compreende qualquer forma de transmissão da propriedade,
bem como a liquidação, resgate, a cessão ou repactuação do título ou aplicação.

Os rendimentos periódicos produzidos por título ou aplicação, bem como qualquer remuneração adicional aos
rendimentos prefixados, serão submetidos a incidência do imposto de renda na fonte por ocasião de seu
pagamento ou crédito.

Momentos de incidência de IR na fonte sobre Fundos de Investimentos: Datas limites de períodos de carência
pare resgates; último dia útil de cada trimestre calendário em fundos com carência superior a 90 dias; último dia
útil de cada mês, para fundos sem carência.

Para efeitos da legislação tributária nacional, são considerados aplicações financeiras de renda fixa
operações realizadas com ativos cuja remuneração ou retorno de capital pode ser determinado no
momento da aplicação, ou seja, rendimento predeterminado, e também, títulos públicos ou privados,
conforme condição da entidade ou empresa que os emite.

O valor de alienação refere-se a qualquer forma de transmissão da propriedade, bem como a liquidação,
resgate, cessão ou a repactuação do título ou da aplicação.

São também tributados, como aplicações financeiras de renda fixa, os rendimentos auferidos nas operações
conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, tais como as realizadas:
o Nos mercados de opções de compra e de venda em bolsas de valores, mercadorias e de futuros, em
operações de venda coberta e sem ajustes diários

o No mercado de balcão

É importante lembrar que cabe apenas à União Federal a competência de legislar sobre imposto de
renda.

Em todo produto de investimento, o fato gerador do IR é sempre a obtenção de lucro com o


investimento.

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239
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
ALÍQUOTA

Rendimentos produzidos até 31/12/2004 = 20%


Rendimentos produzidos a partir de 01/01/05, será aplicada a tabela de alíquotas decrescentes de acordo com
prazo de permanência.

Prazo Prazo de Permanência Alíquotas

até 180 dias 22,50%

Longo Prazo de 181 a 360 dias 20,00%

de 361 a 720 dias 17,50%

acima de 720 dias 15,00%

até 180 dias 22,50%

Curto Prazo acima de 180 dias 20,00%

BASE DE CÁLCULO

É constituída pela diferença positiva entre o valor da alienação, líquido do IOF, quando couber, e o valor da
aplicação financeira.

AGENTE RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO

O titular da aplicação de renda fixa e a pessoa que efetuar o pagamento do rendimento.


Nos Fundos de Investimentos, o responsável pelo recolhimento é o administrador ou o terceiro que intermediar
os recursos.

ISENÇÕES

Rendimentos auferidos por pessoa física e pelos condomínios de edifícios residências ou comerciais em contas
de depósitos de poupança e em letras hipotecárias.
A isenção aplica-se exclusivamente, aos juros, inclusive os equivalentes a Taxa Referencial Diária + cupom de
juros produzidos por letras hipotecárias, não se estendendo aos eventuais ganhos auferidos na sua alienação,
resgate ou cessão.

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240
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA VARIÁVEL
FATO GERADOR

Os ganhos líquidos auferidos por qualquer beneficiários, inclusive pessoa jurídica isenta, em operações
realizadas nas bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, estão sujeitos a incidência de IR.
Aplica-se também:

Por qualquer beneficiário:


 Alienação de BDR em bolsa

 Alienação de ouro, ativo financeiro

 Operação realizada em mercado de liquidação futura, fora de bolsa.

Pelas pessoas jurídicas, na alienação de participações societárias, fora de bolsa.

ALÍQUOTA

A partir de 01/01/05, as operações com Ações passaram a ter duas incidências:


 Alíquota de 0,005% sobre o valor da alienação (venda), sendo a instituição intermediadora responsável
pelo recolhimento, imposto compensável.

 Alíquota de 15% sobre o ganho de capital líquido sendo, o próprio contribuinte, responsável pelo
recolhimento do IR devido, via DARF, até o último dia útil do mês seguinte.

BASE DE CÁLCULO

É o ganho líquido auferido nas operações realizadas em cada mês, admitida a dedução dos custos e
despesas incorridos, necessários a realização das operações. É também, a diferença positiva no valor
patrimonial de sua cota.

Admite-se a compensação de perdas de meses anteriores a base de cálculo de ganhos futuros.


Isenções (somente para pessoa física)

Não está sujeito ao IR o ganho líquido em operações no mercado a vista de Ações nas bolsas de valores e de
ouro, ativo financeiro, cujo valor de venda, em cada mês, sejam iguais ou inferiores a R$ 20.000,00 para o
conjunto de Ações negociado. E nesse caso, a alíquota de 0,005% também não será cobrada pois o valor do
imposto seria igual ou inferior a R$ 1,00.

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241
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

COME-COTAS
O administrador do fundo de investimento deverá nas datas de ocorrência do fato gerador, reduzir a quantidade
de cotas de cada contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda. Definimos assim, o procedimento
que o mercado nomeou de come cotas.
A responsabilidade pela retenção e recolhimento deste tributo é do administrador do fundo, que deverá nas
datas de ocorrência do fato gerador, se for o caso de come cotas, reduzir a quantidade de cotas de cada
contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda devido.
Semestralmente é provisionado 15% nos fundos e aplicações de longo prazo, e 20% nos fundos e aplicações de
curto prazo, que são as alíquotas mínimas de incidência em cada categoria. Quando do resgate das cotas, faz-
se o ajuste.

COMPENSAÇÃO DE PERDAS

A secretaria da Receita Federal permite a compensação de perdas em Fundos de Investimentos (renda fixa ou
variável), no pagamento do IR. Perdas apuradas nos resgates de cotas de fundo de investimento poderão ser
compensadas com os rendimentos obtidos em cada período de incidência do imposto ou em resgates
posteriores, seguindo o disposto abaixo:
→ Entre Fundos de Investimentos administrado pela mesma instituição financeira ou por outra sob o
mesmo controle acionário;
→ Entre fundos de mesma classificação
→ A instituição administradora mantenha sistema de controle e registro em meio magnético que permita a
identificação, em relação a cada cotista, dos valores compensáveis;
→ No mesmo fundo de investimento a compensação de perdas anteriores é automático, independente de
haver resgate de cotas
→ Para compensar perdas em qualquer fundo, é necessário que tenha havido resgate de cotas para
caracterizar o prejuízo;
→ O limite temporal para a compensação de perdas é 31 de dezembro do ano calendário seguinte ao
resgate total em todos os fundos do mesmo administrador.
→ Caso o cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal
para a compensação de perdas

Alguns exemplos, num fundo de renda variável:

Período Rendimento do Compensação Rendimento IR devido


Mês de Perdas tributável
Primeiro R$ 1.000,00 - R$ 1.000,00 R$ 150,00
Segundo (R$ 700,00) - - -
Terceiro R$ 500,00 R$ 500,00 - -
Quarto R$ 1.000,00 R$ 200,00 R$ 800,00 R$ 120,00

FATO GERADOR

O resgate das cotas.

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242
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA VARIÁVEL (DAY
TRADE, SWAP)

Operações de Day Trade são, para efeitos fiscais, aquelas cuja conjugações de operações são iniciadas e
encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada total ou
parcialmente, e recebem um tratamento específico.
A alíquota é de 1% na fonte (antecipação) + 20% via DARF, compensando o IR de fonte.

A base de cálculo é o ganho de capital líquido.

Pode-se compensar perdas, desde que também em operações de Day Trade, realizadas no mesmo mês.
O responsável pelo recolhimento na fonte, alíquota de 1%:
 A instituição intermediadora nos casos de operações iniciadas e encerradas na mesma instituição.

 A pessoa jurídica vinculada a bolsa que presta o serviço de liquidação e custódia, no caso de operações
iniciadas por uma instituição e encerradas por outra.

IR SOBRE OS CONTRATOS DE SWAP

A alíquota é decrescente de acordo com o prazo de operação, conforme a tabela do IR que já vimos.
O fato gerador é o rendimento auferido.
A base de cálculo do imposto será o saldo ou resultado positivo auferido na liquidação do contrato de swap,
inclusive quando da cessão do mesmo contrato.

Poderão ser considerados como custo da operação os valores pagos a título de cobertura (prêmio) contra
eventuais perdas incorridas.
O responsável pelo recolhimento é a pessoa jurídica que efetuar o pagamento do rendimento, na data da
liquidação ou da cessão do contrato.

As perdas poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos em outras operações de swap, se o
investidor for PJ. Podem ser dedutíveis na determinação do lucro real da PJ se a operação de swap for
registrada e contratada de acordo com as normas vigentes.

Pessoas físicas não compensam perdas com swap.

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243
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS
IMOBILIÁRIO

A movimentação da carteira do FII, aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, esta sujeita a
incidência do IR na fonte, alíquota de 20%, que pode ser compensado com o imposto retido pelo fundo, quando
da distribuição dos lucros

O FII deve, semestralmente, apurar e distribuir 95% dos lucros auferidos pela carteira de investimento. Nessa
oportunidade, o cotista será tributado, na fonte, pelo IR a alíquota de 20%. Exemplo de lucros da carteira:
aplicações financeiras, aluguel, ganho na venda de imóveis, etc.

Os ganhos auferidos pelo investidor na alienação de cotas do fundo no mercado secundário também pagam IR
a alíquota de 15%. O contribuinte é responsável pelo recolhimento do IR, de acordo com as regras de ganho de
capital.

COMPENSAÇÃO DE PERDAS

Eventuais perdas ocorridas na alienação de cotas de FII poderão ser compensadas somente da base de cálculo
de ganhos futuros de fundos da mesma espécie.

A compensação só é admitida quando a negociação for feita em bolsa. Se a negociação for feita fora de bolsa,
não é admitida nenhuma compensação.

ISENÇÂO PARA PF

Desde 01/01/05, o fundo oferece isenção de IR para investidores pessoas físicas, desde que as condições
abaixo sejam atendidas:
 O FII possua no mínimo 50 cotistas

 O cotista PF não possua 10% ou mais das cotas do FII ou tenha direito a receber rendimentos, em valor
superior a 10% do total dos rendimentos auferidos pelo FII

 As cotas do FII sejam negociadas, exclusivamente, em bolsa de valores ou mercado de balcão


organizado.

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244
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
IOF - VALORES MOBILIÁRIOS

Incide sobre o resgate, cessão ou repactuação de operações com títulos ou valores mobiliários, e/ou resgate de
cotas de Fundos de Investimentos (exceto as Ações) cujo prazo de permanência tenha sido inferior a 30 dias.
Sua base de cálculo: o valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento ou a um percentual do
rendimento.

Fatos geradores do IOF:


Crédito é entregar montante ou valor que constitua o objeto da obrigação creditícia, ou sua colocação à
disposição do interessado;
Câmbio é entregar moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à
disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à
disposição por este;
Seguro é receber prêmio em operação de seguro;
Títulos e Valores Mobiliários é a aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de
títulos e valores mobiliários;
Ouro é realizar operações com ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, entendido como o ouro que, desde
sua extração, em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, for destinado ao mercado financeiro ou à
execução da política cambial do País, em operação realizada com a interveniência de instituição integrante do
Sistema Financeiro Nacional, na forma e condições autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
A responsabilidade do recolhimento é a pessoa jurídica (fonte) que credita os rendimentos, resgata ou recompra
o título.
As alíquotas, seguem a tabela regressiva abaixo:

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245
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

O decreto 4494, no artigo 33, diz que em fundos sem carência, será cobrado a alíquota de 1% ao dia sobre o
valor do resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme
tabela decrescente, se o prazo entre a data da aplicação e do resgate for inferior a 30 dias.

No artigo 31, o mesmo decreto diz que em fundos com carência, o IOF será cobrado a alíquota de 0,5% ao dia
sobre o valor de resgate de quotas de Fundos de Investimentos, constituídos sob qualquer forma, na hipótese de
o investidor resgatar quotas antes de completado o prazo de carência para crédito dos rendimentos.

O IOF de que trata este artigo fica limitado a 100% do rendimento da operação.

São responsáveis pelo recolhimento do IOF, as instituições financeiras e demais instituições


autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, os administradores de Fundos de Investimentos e as
bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas
em seu nome, por conta de terceiros e tendo por objeto recursos destes

EM FUNDO DE AÇÕES, É ISENTO DE IOF.


De acordo com a Lei 11.033/04, os rendimentos auferidos em aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos de renda fixa serão tributados pelo IR mediante a aplicação de alíquotas variáveis, conforme o
período de aplicação. Desse modo, o IRPF e o IRPJ, são, respectivamente, iguais entre si e suas alíquotas são
iguais a tributação em aplicações financeiras de renda fixa.

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246
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?


1) O fato gerador do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) incidente em aplicações
financeiras de renda fixa realizadas por pessoa física (IRPF) ou pessoa jurídica (IRPJ) é:
a) Auferir rendimentos com a aplicação;
b) Realizar o resgate parcial da aplicação;
c) Realizar resgate total da aplicação;
d) Alterar a titularidade da aplicação.

2) Para efeitos da legislação tributária nacional, geralmente são aplicações financeiras de renda fixa:
I. As operações realizadas com ativos cuja remuneração ou retomo de capital pode ser
determinado no momento da aplicação, isto é, o rendimento é predeterminado;
lI. As operações realizadas com títulos privados, emitidos por instituições ou empresas de
direito privado, tais como Letras de Câmbio (LC), Certificados de Depósito Bancário (CDB),
Recibos de Depósito Bancário (RDB) e debêntures.
III. operações realizadas com títulos públicos, tais como Notas do Tesouro Nacional (NTN),
Letras do Tesouro Nacional (LTN), Bônus do Banco Central (BBC), Títulos da Dívida Agrária
(IDA), bem como os títulos estaduais e municipais
IV. Títulos públicos ou privados, conforme a condição da entidade ou empresa que os emite.
Das alternativas acima, estão corretas:
a) I e Il;
b) II e III;
c) I e IV;
d) II e IV.

3) A Lei n" 11.033/04 estabelece que os rendimentos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa serão
tributados pelo IR mediante a aplicação de alíquotas variáveis, conforme o período da aplicação. Diante dessa
nova sistemática, essas aplicações são tributadas em:
a) 25%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 22,5%, em aplicações com prazo de 181
dias até 360 dias; 20%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 17,5%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias;
b) 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 20%, em aplicações com prazo de 181
dias até 360 dias; 17,5%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 15%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias;
c) 22,5%, em aplicações com prazo de até 90 dias; 20%, em aplicações com prazo de 91
dias até 180 dias; 17,5%, em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias; e 15%, em
aplicações com prazo acima de 361 dias;
d) 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 19%, em aplicações com prazo de
181 dias até 360 dias; 17%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 15%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias.

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247
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

4) Nas aplicações financeiras de renda fixa, a base de cálculo do IR Fonte é constituída:


a) Pela diferença positiva entre o valor da alienação, líquido do IOF e o valor da aplicação
financeira;
b) Pela diferença positiva entre o valor da alienação, acrescido do IOF e o valor da aplicação
financeira;
c) Pelos ganhos líquidos auferidos em operações realizadas nas bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas, existentes no país;
d) Pela somatória do valor da alienação, líquido do IOF e o valor da aplicação financeira.

5) Na determinação da base de cálculo do IR Fonte incidente sobre as aplicações financeiras de renda fixa, o
valor de alienação:
a) Refere-se a qualquer forma de transmissão da propriedade, bem assim a liquidação, o
resgate, a cessão ou a repactuação do título ou aplicação;
b) Refere-se aos ganhos líquidos obtidos nas operações realizadas nas bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas, existentes no país;
c) Será sempre superior ao valor original da aplicação financeira;
d) Será sempre inferior ao valor original da aplicação financeira.

6) Nas aplicações financeiras de renda fixa realizadas por pessoa física, o contribuinte e o responsável tributário
(agente responsável pelo recolhimento do IR) são, respectivamente:
a) O Banco Central do Brasil e a Secretaria da Receita Federal;
b) O titular da aplicação de renda fixa e a pessoa que efetuar o pagamento do rendimento;
c) O titular da aplicação de renda fixa, em ambos os casos;
d) A pessoa que efetuar o pagamento do rendimento, em ambos os casos.

7) Nas aplicações financeiras de renda fixa realizadas por pessoa jurídica, o contribuinte e o responsável
tributário são, respectivamente:
a) O Banco Central do Brasil e a Secretaria da Receita Federal;
b) O titular da aplicação de renda fixa e a pessoa que efetuar o pagamento do rendimento;
c) O titular da aplicação de renda fixa, em ambos os casos;
d) A pessoa que efetuar o pagamento do rendimento, em ambos os casos.

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MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

8) São isentos do IR os ganhos líquidos auferidos por:


a) Bancos e instituições financeiras em operações no mercado à vista de Ações nas bolsas de valores e
em operações com ouro ativo financeiro sempre que o banco ou a instituição financeira aplicar em seu
nome e com capital próprio;

b) Bancos e instituições financeiras em operações no mercado à vista de Ações nas bolsas


de valores e em operações com ouro ativo financeiro cujo valor das alienações, realizadas
em cada mês, seja igualou inferior a R$ 240.000,00, para o conjunto de Ações e para o ouro
ativo financeiro respectivamente;

c) Pessoa física em operações no mercado à vista de Ações nas bolsas de valores e em


operações com ouro ativo financeiro cujo valor das alienações, realizadas em cada mês, seja
igualou inferior a R$ 20.000,00, para o conjunto de Ações e para o ouro ativo financeiro
respectivamente;

d) Pessoa física em operações no mercado à vista de Ações nas bolsas de valores e em


operações com ouro ativo financeiro cujo valor das alienações, realizadas em cada mês, seja
igualou inferior a R$ 50.000,00, para o conjunto de Ações e para o ouro ativo financeiro
respectivamente.

9) São isentos de recolhimento de IR:


a) Rendimentos auferidos por pessoa física e pelos condomínios de edifícios residências ou comerciais em
contas de depósitos de poupança e em letras hipotecárias.

b) Rendimentos auferidos por escritórios de contabilidade, desde que aplicados em renda fixa

c) Rendimentos auferidos por Organizações não Governamentais

d) Todos os rendimentos auferidos por pessoas físicas.

10) A Lei na 11.033/04 estabelece que os rendimentos auferidos em aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos de renda fixa serão tributados pelo IR mediante a aplicação de alíquotas variáveis, conforme o
período da aplicação. Assim, o IRPF e o IRPJ, respectivamente:
a) são iguais entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras de
renda fixa;
b) são iguais entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras de
renda variável;
c) são diferentes entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras
de renda fixa;
d) são diferentes entre si e suas alíquotas são iguais à tributação em aplicações financeiras
de renda variável.

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MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

11) O teto de recolhimento do IOF é limitado a:


a) 60% do rendimento da operação
b) 75% do rendimento da operação
c) 90% do rendimento da operação
d) 100% do rendimento da operação

12) A Lei nº 11.033/04 estabelece a alíquota do IR incidente nas aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos de renda variável em:
a) Variável conforme o prazo de aplicação, nos mesmos percentuais aplicáveis às aplicações
financeiras de renda fixa;
b) 25%, em aplicações com prazo de até 180 dias; 22,5%, em aplicações com prazo de 181
dias até 360 dias; 20%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e 17,5%, em
aplicações com prazo acima de 720 dias;
c) Fixa em 15%;
d) Fixa em 20%.

13) É considerado fundo de investimento em renda variável, para fins tributários, aquele em que:
a) Os rendimentos são tributados pelo IR Fonte à alíquota de 10%;
b) Investidor não sabe quanto terá de rendimento até seu resgate total;
c) A carteira é composta de no mínimo 51 % em Ações negociadas no mercado à vista em
bolsa e assemelhadas;
d) A carteira é composta de no mínimo 67% em Ações ou Brazilian Depositary Receipts
(BDR) negociados no mercado à vista em bolsa e assemelhadas.

14) A base de cálculo do IR em aplicações financeiras em Fundos de Investimentos é:


a) Diferença positiva ou negativa no valor patrimonial de sua quota;
b) A diferença positiva no valor patrimonial de sua quota;
c) A variação de seu patrimônio líquido;
d) A taxa de administração.

15) O chamado "come-cotas" em Fundos de Investimentos é sistemática de apuração (i), pela qual o tributo
deverá ser recolhido semestralmente, no último dia útil de (ii) e (iii) de cada ano:
a) (i) da CPMF, (ii) maio, (iii) novembro;
b) (i) do IR, (i i) maio, (iii) novembro;
c) (i) da CPMF, (ii) julho, (iii) janeiro;
d) (i) da Taxa CVM, (ii) julho, (iii) janeiro.

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250
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO
16) Para a Compensação de Perdas, considere a alternativa incorreta:
a) O limite temporal para a compensação de perdas é 31 de dezembro do ano calendário seguinte ao resgate
total em todos os fundos do mesmo administrador
b) Pode ser efetuado entre fundos de classificações distintas.
c) Caso o cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal para a
compensação de perdas
d) Pode ser realizada para compensar perdas em qualquer fundo, mas é necessário que tenha havido resgate de
cotas para caracterizar o prejuízo

17) O Administrador do fundo de investimento deverá nas datas de ocorrência do fato gerador, reduzir a
quantidade de cotas de cada contribuinte em valor correspondente ao imposto de renda. Definimos:
a) Compensação de perdas
b) DARF para recolhimento do IR
c) Come Cotas
d) Base de Cálculo

18) O investidor deixou seu dinheiro aplicado por 512 dias em um fundo de investimento de curto prazo.
Neste caso, no tocante á tributação, houve:
a) Pagamento indevido e maior de IR, uma vez que o investidor foi tributado em 22,5%.
b) Pagamento correto e menor de IR, uma vez que o investidor foi tributado em 17,5%
c) Pagamento indevido e menor de IR, uma vez que o investidor foi tributado em 17,5%
d) Pagamento indevido e maior de IR, uma vez que o investidor foi tributado a 22%

19) Nas aplicações em fundos de investimento, quem é o agente responsável pelo recolhimento do IR?
a) O Investidor ou o terceiro que intermediar os recursos
b) O Administrador ou o terceiro que intermediar os recursos
c) O Custodiante ou o terceiro que intermediar os recursos
d) O Gestor ou o terceiro que intermediar os recursos

20. São isentos de tributação de IOF, independentemente do prazo de resgate:


a) Fundos de Curto Prazo
b) Fundos de Longo Prazo
c) Fundos de Renda Fixa
d) Fundos de Ações

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251
MÓDULO V – TRIBUTAÇÃO

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252
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

MÓDULO VI
COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA
10% A 20% DO EXAME
FAZ PARTE DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTE MÓDULO A ÍNTEGRA DA LEI 9613/98, QUE DISPÕE
SOBRE OS CRIMES DE LAVAGEM E OCULTAÇÃO DE DINHEIRO, E TAMBÉM A ÍNTEGRA DA RESOLUÇÃO
2554/98 DO CMN, QUE DISPÕE SOBRE A IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE
CONTROLES INTERNOS, E A CIRCULAR 2852/98, DO BACEN, QUE DISPÕE SOBRE CONTROLES
INTERNOS DE REGISTROS DE OPERAÇÕES.

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253
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

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254
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

RISCO DE IMAGEM (REPUTAÇÃO)

Também conhecido como risco reputacional, ocorre quando a opinião pública é desfavorável a instituição em
vista da existência de situações tornadas públicas. Entre elas:
 Suspeitas em decorrência de indícios de lavagem de dinheiro

 Situação financeira vulnerável

 Negócios com empresas que não respeitam o meio ambiente

 Atendimento inadequado aos clientes

 Não pratica a marcação a mercado das posições da carteira dos fundos que administra

 Empréstimos sem base técnica e vinculados a relacionamentos políticos, etc.

O risco de imagem pode prejudicar o andamento dos negócios de uma instituição de várias formas, como por
exemplo:
 Queda no valor de suas Ações negociadas em bolsas

 Perda do apoio da clientela e desaparecimento de oportunidades de negócios

RISCO LEGAL (NÃO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO/ REGULAMENTAÇÃO):


IMPLICAÇÕES DA NÃO OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS E REGRAS DE COMPLIANCE
LEGAL E ÉTICA

Também conhecido como risco jurídico, pode ser definido como o risco de perda devido a impossibilidade de se
executar os termos de um contrato, incluindo os riscos provenientes de documentação insuficiente, falta de
poderes dos representantes da contraparte para assumir determinado compromisso, desconhecimento de
aspectos jurídicos relevantes que deveriam ser considerados, decisões desfavoráveis do judiciário, incapacidade
para implementar uma cobrança ou executar uma garantia, falta de amparo legal, etc.
O risco legal também configura-se pela falta de compliance, ou não conformidade com a legislação em vigor,
expondo a instituição a perdas, multas e autuações pelas autoridades competentes, podendo tal situação ser
agravada quando afetar sua imagem ou reputação.

CONTROLES INTERNOS: RESOLUÇÃO CMN 2.554/98, ARTIGO 1º

Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem ser efetivos e consistentes com a
natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas.

São de responsabilidade da diretoria da instituição:

I - a implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante a definição de


atividades de controle para todos os níveis de negócios da instituição;

II - o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos;

III - a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definidos em função do disposto
no inciso II.

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255
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

PREVENÇÃO CONTRA A LAVAGEM DE DINHEIRO


Lei 9613/98, que Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da
utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras - COAF, e dá outras providências.

Conceito de lavagem de dinheiro.


Ocultar ou dissimular a natureza, a origem, a disposição, a localização, a movimentação ou propriedade de bens,
direitos ou valores, provenientes direta ou indiretamente de crimes antecedentes, é considerada Lavagem de
Dinheiro. O crime de lavagem de dinheiro, basicamente, decorre da tentativa de ocultar recursos provenientes
“do ilícito”, dos crimes antecedentes, conforme tipificações a seguir.

Crime de lavagem de dinheiro


Conversões de capital ilícito ou ainda dinheiro de origem ilícita, que passa a integrar a economia formal, como
sendo de origem lícita, é considerado, entre outras tipificações, lavagem de dinheiro.

Vale lembrar que crime de sonegação fiscal não é lavagem de dinheiro.

Listaremos abaixo, os crimes antecedentes que caracterizam o crime de lavagem de dinheiro:


→ Contra a administração pública
→ Contra o Sistema Financeiro Nacional
→ Contrabando ou tráfico de armas
→ Extorsão mediante seqüestro
→ Praticado por organização criminosa
→ Praticado por particular contra a administração pública estrangeira
→ Terrorismo e seu financiamento
→ Tráfico de drogas

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256
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

ETAPAS DO PROCESSO DE LAVAGEM DE DINHEIRO


Os crimes de lavagem de dinheiro, seguem três etapas, que são independentes entre si, mas com grande
freqüência acontecem simultaneamente.

COLOCAÇÃO: essa é a primeira etapa do processo, a colocação do dinheiro no sistema econômico,


com o objetivo de ocultar sua origem. Para isso, movimenta-se esse dinheiro em países com regras de
segurança menos rígidas, e principalmente naqueles onde o sistema financeiro é liberal, os chamados “paraísos
fiscais”. É efetuada através de depósitos e também por meio da compra de instrumentos negociáveis ou até
mesmo de bens.
Para dificultar a localização da procedência desse dinheiro, usam-se técnicas como o fracionamento dos valores
que transitam pelo sistema financeiro e também a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente
trabalham com dinheiro em espécie.
Depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens, visando o distanciamento dos fundos de
sua origem, evitando associação direta deles com o crime.

OCULTAÇÃO: é a segunda etapa do processo que tem por objetivo dificultar o rastreamento contábil
dos recursos ilícitos. Quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre
a origem do dinheiro é o principal objetivo da ocultação.
A grande parte da movimentação desse dinheiro é feita de forma eletrônica, com transferências do dinheiro para
contas anônimas, em países onde a lei de sigilo bancário seja forte e atuante, ou ainda, realizando depósitos em
contas fantasmas.
O Disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos.

INTEGRAÇÃO: esta é a última etapa do processo, e os ativos são novamente incorporados ao sistema
econômico, de modo formal. Para isso, buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades,
podendo, inclusive, tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez que a cadeia se forma, é mais fácil
legitimar o dinheiro ilícito.
O dinheiro está novamente disponível, após ter sido movimentado suficientemente no ciclo de lavagem de
dinheiro, com a intenção de que o mesmo seja considerado “de origem lícita”.

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257
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

PRINCÍPIO DO “CONHEÇA SEU CLIENTE”

Manter atualizados todos os dados cadastrais dos clientes das Instituições Financeiras é o melhor modo de
conhecê-los. Aliás, um cadastro não tem função mais importante do que a correta e completa identificação do
cliente.
Ao ser elaborado, todo cadastro exige uma série de cuidados.
Manter o registro de todas as operações com ativos, que podem, em algum momento ser transformados
em dinheiro, através de sistemas de controles e dados cadastrais atualizados, principalmente no tocante
as alterações da capacidade econômica e financeira do cliente, para isso, cruzando sua movimentação
financeira em conta corrente, seus rendimentos e sua situação profissional, são de extrema importância para
verificar a movimentação de recursos, sua atividade econômica e sua capacidade financeira.
Cabe ao cliente comunicar, imediatamente, quaisquer alterações em seus dados cadastrais, e, todo cadastro,
obrigatoriamente, tem que ser mantido por um período mínimo de 5 anos, a partir do primeiro dia útil do ano
imediatamente seguinte ao ano do encerramento das contas do cliente, ou ainda, da conclusão de suas
operações. Operações com de qualquer valor com suspeita de lavagem de dinheiro e operações em espécie
com valores iguais ou superiores ao estabelecido pelo BACEN, devem ser comunicadas até o dia útil seguinte
(24 horas), via SISBACEN.

O princípio “Conheça seu Cliente”, como forma de proteção da Instituição Financeira e


do Profissional.

Comunicações de boa fé, não acarretam responsabilidades civis ou administrativas. Partindo disso, é da
alçada de todo profissional de instituição financeira e da própria instituição, a comunicação aos órgãos
responsáveis qualquer indício identificado de lavagem de dinheiro. A Anbima enxerga no cadastro um
dos pontos principais no relacionamento profissional/cliente, atendendo assim também o princípio
“conheça seu Cliente”.
O mais indicado a isso, é o profissional que tem o contato mais próximo e direto com o cliente, e, portanto, o
contato mais direto com sua movimentação de recursos, através de um cadastro eficiente e atualizado, podendo
identificar possíveis indícios suspeitos. Cabe lembrar que o Consultor Financeiro conivente com crimes de
lavagem de dinheiro, pode ser penalizado. A caracterização desse crime é de “Crime não Afiançável”.

Identificação e Registros de Operações

Sobre a identificação dos clientes, já falamos isso quando falamos em cadastro, que, nunca é demais dizer, tem
que estar completo e atualizado.
Suas operações e transações sejam títulos de crédito, em moeda, nacional ou não, títulos e valores mobiliários,
metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro, devem ter identificados seus registros,
sempre que esses(s) ativos ultrapassem o limite fixado pelas autoridades competentes.

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258
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

Operações Suspeitas
Caracterização
Sempre que uma operação em que suas características, valores, formas de realização e até mesmo os
instrumentos utilizados, ou ainda, observando falta de fundamento econômico ou legal, possam indicar um crime
ou a ele relacionar-se, fica caracterizada uma operação suspeita.

Obrigatoriedade de Comunicação e Controle


Instituições, Empresas e Autoridades Competentes
Uma atenção extra com relação às operações, que, nos moldes instrutivos vindos de autoridades competentes,
levam à possibilidade de constituírem indícios latentes dos crimes em lei previstos ou ainda, com esses crimes
ter alguma relação. Obrigatoriamente, deverão ser informados às autoridades competentes num prazo de 24
horas, não tendo a obrigatoriedade de dar ciência de tais atos aos clientes.

Responsabilidades administrativas e legais. Entidades e pessoas físicas sujeitas à lei e


a regulamentação
Serão aplicadas pelas autoridades competentes, através do COAF, que é o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras, conselho este, que tem por finalidade a disciplina, a aplicação de penas administrativas, bem como,
examinar e identificar todas as ocorrências de atividades ilícitas previstas em Lei, recebidas das Instituições
Financeiras, ainda que sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades, àqueles que estão sujeitos à
Lei, as seguintes punições:
→ Advertência;
→ Ser declarado e considerado inabilitado para cargos de administrador de Instituições Financeiras,
Bancos e Empresas, por prazo de até 10 anos;
→ Multa variável (podendo ser de 1% até o dobro da operação, ou até 200% do lucro obtido ou
presumido pela operação, ou ainda, até R$ 200.000,00 (Duzentos Mil Reais);
→ Ter cassada sua autorização de operação e de funcionamento;

Responsabilidades e co-responsabilidades
De acordo com a Lei 9613/98, estão sujeitas às suas obrigações, as pessoas jurídicas que tenham:
→ A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou não;
→ A compra e/ou venda de moeda estrangeira, ou ainda, de instrumento cambial;
→ A emissão, distribuição, liquidação, intermediação, administração, custódia ou negociação de títulos e
valores mobiliários.

→ Os crimes de lavagem de dinheiro são crimes inafiançáveis!

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259
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

Estão ainda sujeitas as obrigações previstas na lei citada:


→ Administradoras de cartões de crédito e de consórcio;
→ As bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
→ As seguradoras, corretoras de seguros e entidades de previdência privada complementar e
capitalização;
→ Comerciantes de jóias, metais e pedras preciosos, objetos de arte, objetos de antiguidade, ou ainda,
aqueles que comercializam bens de luxo ou alto valor, e também os que, em suas atividades, envolvam
grande volume de valores em espécie, sejam empresas constituídas ou não;
→ Empresas de factoring e Leasing;
→ Empresas que atuem no ramo imobiliário, promovendo a compra e venda de imóveis;
→ Pessoas físicas e jurídicas, brasileiras ou não, que tenham no país operações como agentes, dirigentes,
procuradores, comissionário ou que representem de qualquer outra forma constituída legalmente,
interesses de estrangeiros que exerçam quaisquer das atividades descritas.

O “INSIDER TRADER”. CONCEITO


É a negociação de valores mobiliários de certa companhia motivada pelo conhecimento de uma informação que
ainda não é de conhecimento do público. Normalmente a informação é obtida por algum empregado ou dirigente
da própria empresa, que ao divulgá-la precocemente e apenas para determinadas pessoas normalmente visa
obter compensação financeira.

O “FRONT RUNNER”. CONCEITO


Acontece quando a única razão para uma dada ordem (de compra ou venda) é a crença ou certeza de que
outras ordens no mesmo sentido estão prestes a atingir o mercado, e é uma forma de manipulação.

Isto tem estado no centro de alguma controvérsia no NYSE (New York Stock Exchange) e não é invulgar ouvir-

se falar de brokers ou seus amigos a agir desta forma quando um grande cliente está a comprar ou vender.

Um exemplo de front-running dá-se quando um broker recebe uma ordem de elevado montante para um dado

papel. Ele sabe que essa ordem tem impacto no mercado (Market impact), e portanto sabe que se comprar

desse papel antes de executar a ordem, terá uma probabilidade elevada de ganhar. Outro exemplo seria saber
que o research vai emitir uma dada opinião positiva sobre um papel, e comprar antes desse research se tornar
público, sabendo que quando tal acontecer isso gerará compra no papel.

O próprio conceito de Order Flow (fluxo de ordens) é pelo menos parcialmente uma versão soft de front running,

porque o order flow tende a exibir alguma inércia. Isso significa que se o broker/market maker está a obter mais

ordens de compra do que de venda, isso se continuará a verificar por mais algum tempo. Ele pode por isso tomar
alguma “existência” (comprar para a carteira própria), subir o preço, e satisfazer esse order flow. Esta é uma das
pedras base do market making, bem como de muito trading proprietário feito por brokers internacionais.

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MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS VENDIDOS, CONHECIMENTO DO NÍVEL DE RISCO


SUPORTÁVEL PELO INVESTIDOR:
Conhecimento do cliente e suas necessidades (idade, objetivo de investimento, horizonte do investimento,
tolerância ao risco)
É imprescindível alguns cuidados quando da oferta de determinado produto de investimento aos clientes.
Conhecê-lo bem para ofertar exatamente aquilo que supra suas necessidades é fundamental.
Atentar para detalhes como os listados abaixo, são essenciais para não comprometer a imagem da Instituição:

→ Do perfil do cliente, a idade é fator importantíssimo, portanto, produtos com prazos mais longos de
maturação são adequados a clientes mais jovens;
→ A disponibilidade de tempo que o cliente tem sem realizar saques é outro fator importante, assim, pode-
se oferecer uma gama mais detalhada de produtos, sempre adequando as carências dos mesmos ao
tempo do cliente;
→ Deixar sempre claro e transparentes todos os impostos incidentes sobre as operações de investimentos,
prazos de incidências e percentuais;
→ Informar valores mínimos de investimentos, possibilidades de aportes e/ou resgates parciais, e a
permanência mínima do cliente no fundo de investimento;
→ Oferecer ao cliente um investimento de acordo com seu perfil: se o cliente é conservador, um produto
conservador, e vale também o contrário;

CIRCUNSTÂNCIAS DO PORTFÓLIO:
INVESTIMENTO PROPOSTO

Após descobrir os objetivos/necessidades do cliente, o profissional faz uma avaliação geral da situação
financeira do cliente em contraponto com seus objetivos, e apresenta propostas.
Objetivos, metas, riscos, devem ficar muito claros aos investidores.

PORTFÓLIO RESULTANTE

O ideal, após ter claro o objetivo, é o profissional montar uma proposta principal de portfólio, mais duas
alternativas.

Deve-se deixar o mais claro e documentado possível, a carteira que está sendo montada, detalhando:
 A separação entre os recursos de curto e longo prazo de acordo com seus objetivos, identificando os
produtos

 O horizonte de tempo necessário para a carteira

 O quanto a carteira está exposta a risco tanto de mercado, como de crédito e liquidez, do ponto de vista
de negociabilidade.

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261
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

Readequação de carteira a partir de desenquadramento em relação à política de investimento do cliente:


Há casos de clientes que estão sujeitos a enquadramentos legais de percentuais máximos e mínimos em cada
segmento do mercado nos quais estão autorizados a investir.
Sempre que um movimento brusco de mercado provocar uma alteração significativa na composição da carteira
de investimentos do cliente, ele deve ser notificado para decidir os ajustes necessários para readequar a
composição da carteira. A instituição financeira deve manter procedimentos de controles que permitam a gestão
desse risco de desenquadramento e notificação ao cliente para as providencias cabíveis.
Verificar o nível de risco que o cliente está disposto a assumir é fundamental, como também conhecer os riscos
que cada produto carrega, para definir se é adequado ou não ao cliente.

CONFIDENCIALIDADE

De acordo com a lei complementar 105/01, as instituições devem manter sigilo sobre todas as operações
passivas, ativas e serviços prestados, podendo prestar informações apenas ao BACEN, a CVM e ao Judiciário,
além de outras autoridades competentes, sob pena de crime de quebra de sigilo, que sujeita o infrator a pena de
reclusão de um a quatro anos, mais multa.
Além disso, confidencialidade é um princípio ético, dado que o profissional só teve acesso a essas informações
em decorrência de sua atividade atual.

CONFLITO DE INTERESSES

O profissional do setor financeiro deve:


 Evitar possuir atividades paralelas e, no caso de sua existência, deve analisar e verificar se alguma
dessas atividades o coloca em situação conflitante, situação essa que deve ser levada ao conhecimento
de seus superiores imediatos.

 Realizar suas próprias operações financeiras de forma transparente, informando-as aos seus superiores
e procurando realizá-las via instituições financeiras distintas daquelas com as quais negocia recursos de
terceiros, no desempenho de sua função, ou daquelas com as quais a instituição normalmente negocia.

É de responsabilidade da atividade de compliance, no âmbito da instituição, definir políticas internas para obter
informações sobre os aspectos particulares relevantes sobre seus profissionais, principalmente no que se refere
a possibilidade de iminente conflito de interesses.

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262
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?

1) O risco de imagem (reputação) em uma instituição financeira é decorrente de:


a) Publicidade negativa sobre suas atividades;
b) Não cumprimento da legislação;
c) Variações abruptas de seus ativos e passivos;
d) Seguidos prejuízos contábeis.

2) O risco de imagem (reputação) em uma instituição financeira pode prejudicar os negócios de diversas formas,
entre as quais:
a) Aumento de tributos e diminuição do valor de suas Ações;
b) Diminuição dos spreads nas operações financeiras e aumento de tributos;
c) Diminuição do valor de suas Ações e perda de clientes;
d) Perda de clientes e aumento da carteira de crédito.

3) Uma instituição financeira que não pratica marcação a mercado de sua carteira de ativos e na qual os
contratos não são assinados por representantes legais devidamente formalizados, está sujeita, respectivamente
aos riscos:
a) De imagem e de mercado;
b) Legal e de mercado;
c) Legal e de imagem;
d) De imagem e legal.

4) O Conselho Monetário Nacional (CMN) na Resolução n" 2.554/98 estabeleceu que a obrigatoriedade da
implantação e implementação de sistema de controles internos para as instituições financeiras:
a) Que operam com derivativos;
b) Que operam nos mercados de câmbio e de capitais;
c) Com patrimônio líquido superior a R$ 200 milhões;
d) Todas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

5) O termo Chinese wall no contexto do mercado de capitais refere-se:


a) À grande muralha chinesa;
b) À bolsa de valores onde são transacionadas Ações na China;
c) Aos títulos transacionados nos mercados asiáticos;
d) Ao conjunto de procedimentos que visam à segregação de áreas conflitantes em uma
instituição financeira.

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263
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

6) A fim de evitar conflitos de interesse na gestão de recursos de terceiros, algumas instituições financeiras:
a) Desistem de administrar esses recursos;
b) Aumentam as taxas de administração
c) Criam empresas totalmente separadas para tal fim;
d) Diminuem as taxas de administração.

7) O Conselho Monetário Nacional (CMN) na Resolução n" 2.554/98 estabeleceu que os sistemas de
informação devessem ter um acompanhamento sistemático de suas atividades desenvolvidas de forma a
avaliar se:
a) Os objetivos da instituição, além das leis e regulamentos, estão sendo cumpridos;
b) O retorno obtido pela instituição é compatível com seu nível de risco;
c) Está sendo criado valor para os acionistas;
d) O índice de Sharpe obtido é coerente com as práticas de mercado.

8) As instituições financeiras devem questionar a origem dos recursos de seus clientes?


a) Não, devido ao sigilo bancário;
b) Sim, devido à Lei n" 9.613/98, de prevenção e combate à lavagem de dinheiro;
c) Não, pois a instituição pode perder o cliente para seus concorrentes;
d) Sim, para conhecer melhor as necessidades dos clientes e suas expectativas.

9) O Banco Central do Brasil, através da Circular n" 2.852/98 estabeleceu que


as instituições financeiras estão obrigadas a manter controles e registros internos
consolidados que permitam verificar, além da adequada identificação do cliente,
a compatibilidade entre as correspondentes movimentação de recursos, atividade
econômica e capacidade financeira, com o objetivo de:
a) Melhorar a qualidade dos serviços prestados aos clientes;
b) Aumentar o conhecimento do Banco Central sobre o perfil dos clientes do mercado
financeiro;
c) Prevenir e combater a lavagem de dinheiro;
d) Repassar informações à Receita Federal para aumentar a arrecadação de tributos.

10) Na legislação brasileira, são crimes cujos resultados são passíveis de tipificação na lei de lavagem de
dinheiro, com exceção de:
a) Tráfico ilícito de entorpecentes;
b) Terrorismo;
c) Tráfico armas;
d) Ilícito tributário.

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264
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

11) A Lei n" 9.613/98 estabelece como crimes antecedentes à lavagem de dinheiro,
entre outros, os crimes:
I. Contra a administração pública nacional;
lI. Contra o sistema financeiro nacional;
III. Praticado por organização criminosas;

a) I e II;
b) I, II e III;
c) I e III;
d) II e III.

12) O crime de lavagem de dinheiro é caracterizado em três fases: a colocação, a ocultação (ou
estratificação) e a integração. A fase de ocultação se caracteriza por:
a) Trazer o dinheiro ilícito de volta a economia, agora com origem aparentemente legal;
b) Confundir o rastreamento do dinheiro através de diversas transferências e
empréstimos;
c) Fazer o dinheiro entrar na instituição financeira;
d) Aumentar o lucro da instituição financeira.

13) O crime de lavagem de dinheiro é caracterizado em três fases: a colocação, a ocultação (ou
estratificação) e a integração. A fase de integração se caracteriza por:
a) Trazer o dinheiro ilícito de volta à economia, agora com origem aparentemente legal;
b) Confundir o rastreamento do dinheiro através de diversas transferências e
empréstimos;
c) Fazer o dinheiro entrar na instituição financeira;
d) Aumentar o lucro da instituição financeira.

14) Estão sujeitas à Lei n" 9.613/98, de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, as pessoas jurídicas
que pratiquem intermediação, custódia, emissão, distribuição ou negociação de recursos, em moeda
nacional e estrangeira, em caráter:
a) Permanente, como atividade principal;
b) Permanente, como atividade acessória;
c) Eventual, como atividade acessória;
d) Eventual ou permanente, como atividade principal ou acessória.

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265
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

15) Estão sujeitas à Lei n° 9.613/98, de prevenção e combate à lavagem de dinheiro:

I. As empresas de arrendamento mercantil;


lI. As seguradoras e corretoras de seguros;
III. As administradoras de cartão de crédito e as bolsas de valores;
IV. As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos e
obras de arte e antiguidades.

a) I e II;
b) I,I e III;
c) II e III;
d) I, lI, III e IV

16) A última etapa do processo de lavagem de dinheiro, onde os ativos são novamente incorporados ao
sistema econômico, de modo formal. Definimos:
a) Todas as etapas do processo de lavagem de dinheiro
b) Etapa de integração do processo de lavagem de dinheiro
c) Etapa de ocultação do processo de lavagem de dinheiro
d) Etapa de colocação do processo de lavagem de dinheiro

17) Sobre o conceito do “Insider Trader”, qual a alternativa correta?


a) É a crença ou certeza de que outras ordens no mesmo sentido da ordem dada pelo cliente, estão
prestes a atingir o mercado, e é uma forma de manipulação.
b) É a negociação de valores mobiliários de certa companhia motivada pelo conhecimento de uma
informação que ainda não é de conhecimento do público
c) O profissional deve montar uma proposta principal de portfólio
d) O profissional faz uma avaliação geral da situação financeira do cliente

18) Sobre Conflito de Interesses, o profissional do setor financeiro:


a) Deve evitar possuir atividades paralelas
b) Deve realizar suas próprias operações financeiras de forma transparente
c) Deve realizar suas operações particulares em instituições diferentes daquelas com as quais negocia
recursos de terceiros.
d) Deve realizar suas operações particulares nas mesmas instituições onde realiza as operações com
recursos de seus clientes

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266
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

19) Avaliando as situações abaixo descritas, sobre a imagem de uma instituição financeira e referentes ao
Risco de Imagem ou Risco de Reputação, qual a alternativa que não corresponde:
a) Suspeitas em decorrência de lavagem de dinheiro
b) Empréstimos com base técnica e sem vínculos a relacionamentos políticos
c) Perda do apoio da clientela e desaparecimento de oportunidade de negócios
d) Queda no valor de suas ações negociadas em bolsas

20) Avaliando a resolução CMN 2554/98, considere:


I. A implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante a definição de
atividades de controle para todos os níveis de negócios da instituição
II. O estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes ao mesmos
III. A verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definidos.

a) Todas estão corretas


b) I e II estão corretas
c) Todas estão incorretas
d) I e III estão corretas

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267
MÓDULO VI – COMPLIANCE LEGAL E ÉTICA

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268
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

MÓDULO VII
MENSURAÇÃO, GESTÃO DE
PERFORMANCE E RISCO
17% A 25% DO EXAME

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269
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

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270
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

RISCO, RETORNO E DIVERSIFICAÇÃO:


CONCEITOS E DEFINIÇÕES

RISCO X RETORNO

Investidores mais arrojados encaram altos riscos em troca de maior retorno, mas, existem também os
investidores de perfil mais conservador, que geralmente optam pelo mínimo risco, não se importando que o risco
menor implica, muitas vezes, em rendimento menor. Entretanto, a combinação de risco e retorno é distinta para
cada investimento, tendendo a aumentar o retorno á medida que o risco aumenta.

Pode-se afirmar que a medição de um risco de investimento é um critério probabilístico, analisando


dados históricos do investimento e também a experiência do analista.
Assim, o retorno médio esperado do investimento e a dispersão em torno desse retorno médio é
encontrado. Em sendo alta a probabilidade dos retornos estarem fora da média, considera-se o
investimento como de alto risco. Se esses retornos apresentarem um nível de concentração na média,
considera-se o investimento como de baixo risco.

DIVERSIFICAÇÃO: VANTAGENS E LIMITES DE REDUÇÃO DO RISCO INCORRIDO


A diversificação de investimentos é importantíssima para a diminuição de riscos. Comprando-se uma
variedade de papéis e títulos diferentes, atenua através do conjunto diversificado, o risco associado
individualmente a cada um desses componentes.
Diversificar significa reduzir risco, mas ainda assim, não significa eliminá-los
O foco é diminuir riscos e a volatilidade, sem perder (se possível) a rentabilidade.

RISCO DE ATIVOS:
ATIVOS LIVRES DE RISCOS

Hipoteticamente, e somente para fins de utilização de modelos teóricos de precificação de ativos, um ativo livre
de risco não representa risco de crédito ao seu portador, é o de maior liquidez e, portanto, gera uma taxa de
juros também livre de risco.

ATIVOS COM RISCO DE CRÉDITO

Risco de crédito ou risco de default diz respeito ao risco de um devedor não honrar suas obrigações de
pagamento de juros e/ou principal nas datas previamente acordadas. O investidor para incorrer em mais risco de
crédito requer um prêmio, isto é , uma remuneração superior aquela obtida nos investimentos em ativos livres de
risco. Este prêmio é denominado de spread sobre o ativo livre de risco.

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271
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO E O PRINCÍPIO DA DOMINÂNCIA ENTRE ATIVOS


A melhor forma de demonstrar esta relação é através de um gráfico onde colocamos diversos ativos, de acordo
com seu retorno esperado e o seu risco.
No eixo horizontal colocaremos o risco e no eixo vertical o retorno.
Considere três ativos com retornos esperados e riscos diferentes e vamos colocá-los em um gráfico:

6
5 C D
4
3
Retorno

2 A B
1
0 2 4 6
Risco
O ativo A tem o mesmo retorno esperado que o ativo B, mas seu risco é menor. O ativo C tem o mesmo risco
que o ativo A, mas seu retorno é maior.

Este é o chamado princípio de dominância entre ativos, que estipula que dentre todos os investimentos com uma
dada taxa de retorno, aquele que detiver o menor risco é o mais desejado. De forma inversa, dentre todos os
investimentos com um dado nível de risco, aquele que detiver a maior taxa de retorno é o mais desejado.
Este conceito também se aplica a análise de investimentos em carteiras ou Fundos de Investimentos.

RISCO DE UMA CARTEIRA:


DESVIO PADRÃO DA CARTEIRA E O BENEFÍCIO DA DIVERSIFICAÇÃO

Uma carteira é composta por um conjunto de ativos, cada um com seu retorno esperado e risco, medido pelo
seu desvio padrão.
Você deve se lembrar de alguns ditados populares como aquele que diz que “não devemos colocar todos os
ovos na mesma cesta.”
Sabemos, por intuição, que é menos arriscados investir em um portfólio de várias Ações do que em apenas uma
ação. Também sabemos, por intuição, que deve ser menos arriscado construir um portfólio com Ações de
companhias de vários setores da economia do que em apenas um setor e assim por diante.

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272
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
Como a diversificação atua reduzindo o risco total de uma carteira de investimento?
Parte da variação nos preços das Ações se dá por motivos próprios a estas Ações, que seja em seu setor de
atividades, novas tecnologias, questões ambientais, etc. desta forma, é praticamente impossível que o preço de
todas as Ações de uma carteira bem diversificada caiam ou subam ao mesmo tempo e na mesma intensidade
em função de um destes motivos específicos como, por exemplo, a elevação no preço internacional do farelo de
soja. Este evento certamente afetará empresas do setor alimentício e somente isto.
Perceba que na economia sempre haverão fatores que afetarão (positiva ou negativamente) os preços das
Ações, porém, a diversificação faz com que eventuais quedas em determinadas Ações sejam compensadas por
eventuais elevAções ou neutralidade de preços em outras.
É uma medida de risco relativo.

BETA DA CARTEIRA E SUA INTERPRETAÇÃO

Podemos definir beta (β) como sendo uma medida que mede a sensibilidade de determinada ação ou carteira
de Ações ao índice de referência ou benchmark.
No nosso mercado, o índice mais utilizado em se tratando de Ações, é o Ibovespa, que por definição tem beta
igual a 1.
Assim, o beta reflete o comportamento de uma ação ou fundo em relação ao Ibovespa em um período passado
qualquer, sendo recomendável um período mínimo de um ano para esta análise. Desta forma, o investidor pode
ter uma noção da natureza do comportamento e um investimento em relação ao benchmark, classificas como
neutra, agressiva ou defensiva.
O Beta de uma carteira é uma medida de risco.

RISCO ABSOLUTO E RISCO RELATIVO


Risco de Mercado: diz respeito ao grau de incerteza de se obter o retorno esperado em um ativo ou
investimento, em decorrência de fatores de mercado, como taxas de juros, taxas de câmbio, índices de inflação,
preços de Ações. Portanto, representa o risco de oscilação de preços destes investimentos.

RISCO DE MERCADO ABSOLUTO


Probabilidade de perdas em carteiras de investimento não comparadas ou relacionadas a índices de mercado,
ou benchmarks, ou seja, exposição ao risco em termos absolutos percentuais ou monetários.

RISCO DE MERCADO RELATIVO


Probabilidade de perdas em carteira de investimentos pelo deslocamento dos retornos em relação a um índice
de referência utilizado como benchmark.

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273
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

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274
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

RISCO SISTEMÁTICO E NÃO SISTEMÁTICO


→ Risco Sistemático não é diversificável, uma vez que provém de fatores que são
capazes de atingir a todos os tipos de ativos. Cada ativo ou investimento responde de
modo diferente a esse risco. (mercado, conjuntural ou não diversificável) são os riscos
impostos por sistemas políticos, econômicos e sociais (crises financeiras, crises
políticas, greves).
→ Risco não sistemático ao contrário, é diversificável, porque pode ser parcialmente ou
totalmente diluído pela prática de diversificação da carteira de investimentos. (próprio,
específico, diversificável) é o risco que o próprio ativo representa também como o
subsistema ao qual o ativo está ligado, quanto os fatos diretamente ligados ao ativo.

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275
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

PRINCIPAIS RISCOS DO INVESTIDOR


RISCO DE MERCADO - SISTEMÁTICO
Relaciona-se diretamente as oscilações de bolsas de valores, flutuações de preços e taxas, mercados de taxas
de juros e mercado de câmbio dentro internas e externas, que acabam trazendo reflexos no preço ou valor de
mercado dos ativos. Em suma, oscilações nos preços dos ativos podem ser causados por eventos ligados ao
mercado como um todo ou ao segmento econômico no qual a empresa está inserida.

FATORES A CONSIDERAR:
→ Ações: Perdas em função de oscilações imprevistas nos preços das Ações presentes em
determinada carteira
→ Commodities: podem apresentar perdas, decorrentes das oscilações imprevistas nos preços de
ativos indexados a produtos de origem agrícola, pecuária ou de extração mineral.
→ Concentração: investimentos concentrados em determinados indexadores, moedas, instrumentos
ou vencimentos, podem sofrer perdas caso um destes sofra um movimento abrupto adverso em seu
valor de mercado.
→ Derivativos: variações no valor de posições em operações do mercado, mercado de futuros, swap e
opções, geralmente negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros.
→ Taxa de Câmbio: variações no câmbio, como valorizações ou desvalorizações de moeda, podem
acarretar em perda de ativos indexados às moedas estrangeiras
→ Taxa de Juros: mudanças adversas nas taxas de juros incorrem em perdas no valor econômico
e/ou financeiro de uma carteira.

RISCOS DE MERCADO EXTERNO - CONCEITO


Aplicar parte dos investimentos de um fundo ou uma carteira comprando ativos no exterior é uma forma de
aumentar o lucro da mesma. O prêmio oferecido, em especial pelos países emergentes, que estão dispostos a
pagar uma taxa de juros mais atraente, alcançando, às vezes o dobro ou até mesmo mais, do que se obteria no
mercado interno. Mas este tipo de aplicação também incorre em riscos, uma vez que estão sendo investidos
recursos fora do país.
FATORES A CONSIDERAR
→ Oscilações da taxa de câmbio doméstica: mais volátil serão os investimentos realizados, à medida
que forem mais abruptas as mudanças na taxa de câmbio de países emergentes. O retorno obtido
durante meses de investimento é colocado em risco.
→ Mudanças no cenário macroeconômico mundial: dados de crescimento econômico, desemprego, a
recente crise do subprime no mercado norte americano (a concessão indiscriminada de financiamentos
imobiliários), afetou de maneira drástica todos os mercados mundiais, provocando instabilidades
principalmente nas bolsas de valores e no mercado financeiro.
→ Riscos geopolíticos, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país: as
condições operacionais de investimentos em outras economias tendem a apresentar impactos em
função de condições próprias do país investido.

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276
→ MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

RISCO DE CRÉDITO –NÃO SISTEMÁTICO


Está relacionado às dificuldades na compra de ativos e no recebimento do capital investido em Títulos
de Crédito (CDB, Debênture, Notas Promissórias, Títulos Públicos). Risco não sistemático.
Ocorre quando a classificação dos devedores é rebaixada pelas agências de risco, causando redução no
valor de mercado de suas obrigações, ou ainda, quando se relaciona a possíveis perdas quando as
contrapartes não desejam ou não conseguem cumprir suas obrigações contratuais.
Está presente em todas as operações denominadas de “renda fixa” quando o investidor adquire títulos emitidos
por empresas dos setores público ou privado.

ALGUNS FATORES
→ Inadimplência: o devedor atrasa em honrar uma dívida contraída, gera perda;

→ Concentração: perdas em função de concentração de operações num mesmo tipo de ativo, ou setor de
economia, cliente, grupo econômico ou região.

→ Degradação de Garantias: A redução do valor das garantias constituídas por conta de empréstimos,
motivada por depreciação ou condições de mercado, incorrem em perdas.

→ País: geram perdas eventos inesperados ocorridos em determinados países estrangeiros, que
influenciam de alguma maneira devedores externos em remeter divisas para pagamento de suas
obrigações.

RISCO DE LIQUIDEZ – NÃO SISTEMÁTICO


Está relacionado às dificuldades na venda dos ativos, em sua conversão em recurso financeiro, assim,
carteiras com ativos de prazo mais curto correm menor risco de liquidez.
Risco não sistemático.
Um ativo apresenta risco de liquidez quando ele não pode ser realizado ou negociado pelos preços
prevalecentes no mercado, por conta da insuficiência de atividade no mercado.

Também é considerado risco de liquidez uma eventual falta de recursos disponíveis imediatamente para honrar
os compromissos assumidos, ou da falta de contrapartes em número suficiente para negociar o volume desejado
de determinado ativo, o que causa variação anormal de valor e também conseqüente redução de rentabilidade.
Isso ocorre, por exemplo, quando existe uma oferta maior do que a procura.

Ex. Um cliente possui um patrimônio de R$ 600.000,00 e o coloca à venda. Consegue vendê-lo após 2
meses por R$ 400.000,00. Esse cliente incorreu no risco de liquidez.

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277
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

GESTÃO DE RISCOS
Não se deve ignorar a existência de riscos, e estes riscos devem ser monitorados. Este é o motivo fundamental
para a existência da Gestão dos Riscos.

PARA ESSE GERENCIAMENTO, É NECESSÁRIO:


→ Supervisão pela alta administração
→ Existência de políticas adequadas, procedimentos e limites
→ Mensuração adequada de riscos, monitoramento e sistemas de relatórios
→ Controles internos efetivos e funções de auditoria

Na área especifica de investimentos, este gerenciamento tem a função de controlar a exposição aos riscos de
mercado, crédito e liquidez, observando especificamente as características de cada investimento.

Apresentaremos alguns controles de riscos, mas por si só, eles não garantem a total eliminação de qualquer
fator de risco a que investimentos estejam sujeitos, tendo em vista os ativos que constam de sua carteira.

Fator Gerenciamento de Risco


Analisa o comportamento do mercado de taxa de juros por meio
Risco de de modelos estatísticos e também, da exposição ao risco de
Mercado operações individuais e da carteira com aplicação de cenários e
Sistemático teste de stress.
É controlado por meio de estudos desenvolvidos interna e
externamente sobre as empresas cujos títulos estão presentes
Risco de Crédito nas carteiras de investimento e com as empresas com as quais
Não Sistemático se realizam operações. É fator determinante para a realização de
novos negócios.
Realiza-se partindo de estudos gerados no gerenciamento de
riscos de crédito, de mercado e também da evolução financeira
Risco de dos clientes. Disponibiliza-se, em níveis suficientes, recursos que
Liquidez atendam as necessidades estimadas para resgates eventuais.
Não Sistemático Em operações inter-bancos, a contraparte aceita são instituições
de tradição e solidez de reconhecimento amplo.

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278
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

FATORES DETERMINANTES PARA ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS DE INVESTIMENTO À


NECESSIDADE DOS INVESTIDORES

OBJETIVO DO INVESTIDOR
Nenhum investidor não imagina um plano para seus recursos, mesmo que não declare este plano. Sejam eles,
por exemplo, comprar um bem imóvel, ou um automóvel, ou algum outro bem.
Este plano está diretamente ligado a um prazo de realização, o horizonte de investimento.

EXEMPLOS DE ESTRATÉGIAS:
Objetivo Necessidades Produto Adequado
Reserva financeira para alguma O menor risco com a maior liquidez Os de taxa pós fixada, de curto
emergência possíveis prazo e com baixo risco de crédito
Reserva financeira longo prazo, Preservar o poder de compra da Títulos ou Fundos que tenham
aposentadoria moeda contra a inflação lastro no IGP-M ou IPCA, e
carteiras de longo prazo.
Recursos para um curso ou viagem Preservar o poder de compra da Títulos ou Fundos de Investimentos
ao exterior moeda estrangeira corrigidos pela moeda estrangeira
do país que se pretende viajar
Dobrar o capital no período de 5 Assumir posições de risco em Ações, fundos de Ações e fundos
anos busca de maior retorno multimercado de comportamento
agressivo
FONTE. WIKIPEDIA

HORIZONTE DE INVESTIMENTO
É um fator determinante na escolha do investimento adequado, pois representa o prazo que se prevê para que o
investimento obtenha o retorno esperado.
Para objetivos de longo prazo, opta-se por investimentos com prazo de maturação maior, e, neste caso, as
flutuações ocorridas em curto prazo não são relevantes, tendo em vista a importância da tendência de longo
prazo.
Quanto menor o prazo do investimento, menor deverá ser o risco que o investidor aceitará em seus
investimentos e quanto maior o prazo, maior poderá ser o risco, pois o tempo pode diluir os efeitos das
oscilações nos preços de um ativo.
É comum um investidor cair na tentação de escolher o produto mais rentável e desconhecer as características do
produto e os riscos envolvidos. Antes de recomendar um produto, certifique-se de que o cliente conhece e aceita
as condições dessa contratação
Alta tolerância ao risco indica que o investidor aceita maiores oscilações no seu capital e rendimento. Baixa
tolerância ao risco indica que o investidor não aceita maiores oscilações no se capital e rendimento, portanto swe
perfil é mais conservador.

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279
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

MEDIDAS DE PERFORMANCE: INDICADORES E SUAS LIMITAÇÕES:


ÍNDICES DE SHARPE: ORIGINAL
O índice de Sharpe é um dos mais utilizados na avaliação de Fundos de Investimentos. Ele expressa o excesso
de retorno obtido pela carteira de investimento em relação ao retorno do ativo livre de risco, levando-se em conta
o risco a que o investidor foi exposto.

ÍNDICE DE SHARPE MODIFICADO


É a relação entre o retorno excedente dividido pelo Value ar Risk modificado. Indicado para carteiras cuja
distribuição de retornos não seja distribuída de forma estatisticamente normal.

TRACKING ERROR VERSUS ERRO QUADRÁTICO MÉDIO


Representa o desvio das distancias da rentabilidade do fundo frente a variação do indexador, período a período.
É portanto o desvio padrão dos retornos excedentes (retorno do fundo, retorno do indexador) em relação a
media destes retornos.
Utilizado principalmente para avaliar carteiras de gestão passiva e muito útil para analisar o risco relativo, isto é,
quando o objetivo da carteira e atingir determinado benchmark, como no caso dos fundos referenciados.

ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO


RISCO DE TAXA DE JUROS:
O preço de um ativo de renda fixa é afetado pela flutuação da taxa de juros no mercado e pelo prazo do título ou
carteira de títulos. Existe uma diferença entre o prazo até o vencimento de um título (maturity) e o prazo médio
de um título caso exista um fluxo intermediário de pagamentos. Quando o pagamento do principal e dos juros
são feitos no vencimento do título este será, também o prazo do título. A associação de vários títulos, com
prazos de vencimento diferentes em uma carteira faz com que o prazo médio dessa carteira seja dado pela
média dos prazos de vencimentos dos títulos, ponderados pelo valor de mercado de cada um dos títulos e suas
respectivas taxas de juros.
A maioria das carteiras de renda fixa encaixam-se na situação aqui descrita e a ferramenta utilizada para o
gerenciamento do risco de oscilações de preços é a duration.

DURATION DE MACAULAY
A duration de um título com pagamento de cupom de juros sempre será menor do que seu prazo e vencimento,
devido a ponderação dos fluxos de caixa intermediários. Assim como, todo título ou carteira “zero cupom” (sem
pagamentos de juros intermediários) terá a duration igual ao seu vencimento final.
Há uma relação inversa entre a taxa de juros de um título e sua duration. Quanto maior a taxa de juros paga em
dois títulos de iguais características menor será sua duration.
Há uma relação inversa entre a duration e a taxa de desconto de um título ou taxa de juros de mercado. Quanto
maior esta taxa, menor será a duration do título.

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280
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

DURATION MODIFICADA

A duration modificada expressa o valor da mudança no preço de títulos de renda fixa em resposta a pequenas
mudanças nas taxas de juros de mercado. Ela segue o conceito de que a taxa de juros de mercado e o valor
destes títulos movem-se em direção oposta: quando ocorre uma elevação na taxa de juros de mercado o valor
dos títulos caem e vice-versa.

Sua formula é usada para se determinar o efeito que 100 pontos bases ou 1% de alteração na taxa de juros de
mercado terá sobre o preço de um título.

CUPOM E AMORTIZAÇÕES

São os juros pagos pelos bônus (títulos) a taxas fixas (percentual do principal) ou variáveis, calculados
de acordo com os referenciais estabelecidos.

Os bônus são títulos de renda fixa representativos de contratação de obrigações pelos agentes econômicos, que
se obrigam a pagar aos credores um determinado fluxo futuro de rendimentos. Para esses títulos o capital e os
juros (cupom) podem ser pagos integralmente, ao final, ou em valores periódicos a serem pagos juntos ou
separadamente.

No mercado financeiro existem vários tipos de títulos de renda fixa, sendo que as diferenças essenciais entre
eles são o prazo de resgate, a maturidade do título e a natureza do emitente.
No mercado monetário, os títulos de renda fixa — commercial papers e certificados de depósitos bancários —
emitidos com prazo de resgate inferior a um ano são, normalmente, considerados instrumentos de curto prazo.

Já os títulos com prazo de resgate — maturidade — superior a um ano são chamados de bônus – bonds.
A colocação de títulos ocorre tanto no mercado interno quanto no mercado externo, sendo que, neste último
caso, ocorre a troca de títulos por dívidas e/ou empréstimos concedidos por investidores internacionais.

Existem três tipos de títulos que são negociados no mercado financeiro internacional:
 títulos com juros fixos estabelecidos no momento do seu lançamento ao público – esta
remuneração tem por referência alguma taxa de juros de mercado geralmente a dos títulos do
Governo dos EUA. É o tipo de Bond mais negociado no mercado;
 títulos com taxas de juros redefinidas periodicamente (floating) – geralmente são redefinidas nos
momentos de pagamento dos cupons;
 títulos conversíveis em Ações (equity related).

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281
MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

ZERO CUPOM

São assim denominados os bonds (bônus) com um único pagamento ao final do prazo, principal mais os juros.
Como o vencimento coincide com o prazo do título, dizemos que a maturity da operação é representada
efetivamente pelo próprio prazo do título.
Tais papéis são negociados por um valor de face deduzido do deságio, sendo que o seu preço de mercado é
inferior ao seu valor de face.

PRAZO MÉDIO E MATURITY

É a medida de mensuração do prazo de um investimento de forma que torne indiferente ao investidor


resgatá-lo em um único pagamento ou mantê-lo de acordo com o fluxo de parcelas de rendimentos
intermediários.

Os administradores de títulos de renda fixa usam esse conceito, vez que ele proporciona a possibilidade de
fornecer as posições e os perfis das aplicações e captações, considerando duas situações:
 o prazo médio das aplicações e captações em títulos prefixados e pós-fixados, quando o administrador
tem o poder de aumentar ou reduzir os prazos dos investimentos;
 os efeitos de alterações das taxas de juros sobre o valor presente de títulos ou de conjuntos de títulos de
renda fixa prefixados. Esse conhecimento influencia a decisão a respeito dos vencimentos das
operações de hedge de juros que poderão ser feitas.
A definição da duração efetiva (duration) de um fluxo de caixa reflete mais adequadamente o prazo (maturity) do
que simplesmente a medição do intervalo de tempo entre a emissão do título e o momento de seu resgate final.

CONVEXIDADE

Conceitualmente falando, qualquer título de renda fixa terá uma representação gráfica de formato convexo entre
seu preço e seu rendimento ao longo do tempo. Isto porque não é razoável se esperar que papéis de prazos
diferentes tenham uma função linear para representar seus rendimentos. Os prêmios de risco devem e vão
flutuar ao longo destes prazos.
O grau de curvatura de esses títulos ira representar quanto eles alterarão seu rendimento em resposta a
mudança em seus preços ocasionadas por alterações na taxas de juros do mercado.
Este cálculo também é útil para a comparação de títulos. Se dois títulos tem a mesma duration e o mesmo
rendimento, mas um exibe maior convexidade, podemos afirmar que mudanças na taxa de juros de mercado os
afetarão de forma diferente. O com maior convexidade será menos afetado por estas mudanças do que o outro.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

IMUNIZAÇÃO. CONCEITO E APLICAÇÃO

Um dos maiores problemas enfrentado por gestores de carteiras de renda fixa diz respeito a flutuação da taxa de
juros de mercado para determinado horizonte de tempo. Se a taxa de juros não flutuasse os gestores
reinvestiriam o cupom de juros recebido pela mesma taxa original de investimento, e desta forma manteriam o
rendimento previsto da carteira.
Porém, os juros flutuam dia a dia construindo ao longo do tempo, curvas de juros, que podem ter efeitos de
magnitudes diferentes dependendo do seu prazo.

RISCO DE LIQUIDEZ: NEGOCIABILIDADE:


MERCADO

Podemos dizer que o risco de liquidez pode se configurar tanto em relação a um ativo especifico como um
determinado mercado, ou ainda, a todos os mercados de forma geral, sendo que neste caso, pode dar inicio ao
chamado risco sistêmico.
O risco de liquidez de determinado ativo ou mercado pode acarretar as seguintes conseqüências:
 Falta de referencia de preços para avaliação correta de uma carteira (MaM)

 Problemas na venda de ativos para fazer em face de saques de cotistas

 Prejuízos inesperados em função de não obtenção de preço justo para determinado ativo, que dentre
outros motivos, pode ter sido ocasionado por uma posição maior do que se deveria ter.

 Prejuízos no processo de marcação a mercado pela simples falta de informações confiáveis de mercado
para sua precificação.

Os fatores abaixo podem contribuir para um mercado ser considerado líquido:


 Um ambiente financeiro estruturalmente moderno e seguro

 Mercados de derivativos para transferência de riscos

 Confiança nos agentes econômicos e na economia

 Variedade de instrumentos financeiros

 Mercado secundário ativo

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

ATIVO

Para gerenciar o risco de liquidez dos ativos:


 Comprar ativos de emissores de primeira linha

 Não deter grandes posições, isoladamente, de qualquer ativo

 Adequar os prazos dos ativos com as necessidades de caixa ou perfil dos investidores

 Observar o histórico de liquidez destes títulos em situações adversas de mercado.

CONSEQÜÊNCIAS SOBRE PRECIFICAÇÃO

A liquidez apresentada pelos ativos ou pelo mercado em geral é fundamental para a formação de preços
principalmente no mercado secundário. O risco de liquidez configura-se quando não é possível a um gestor de
carteiras ou investidor realizar uma negociação pelos preços vigentes, o chamado preço justo, por falta de
compradores. O reflexo da dificuldade em negociar o volume desejado é verificado de imediato na queda dos
preço destes ativos.

FORMAS DE CONTROLE DE RISCO:


LIMITES DE EXPOSIÇÃO EM RELAÇÃO AO MERCADO E A SUA CARTEIRA

Ao construir uma carteira de investimentos o gestor deverá estar atento para o risco de concentração. A
concentração por emissor, prazos, categoria de títulos e valores mobiliários nos quais os fundos aplicam seus
recursos, podem aumentar a exposição da carteira aos riscos mencionados acima, ocasionando volatilidade no
preço dos investimentos.

PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE CAIXA

Outro fator importante a ser considerado pelo gestor de uma carteira de investimentos é o planejamento da
necessidade de caixa do investidor, que deverá ser feito de acordo com as características de cada carteira.
Por exemplo, em uma carteira de investimentos de curto prazo, sabemos que poderão ocorrer saques
inesperados a todo momento, portanto, uma parcela maior deverá ser destinada a ativos de altíssima liquidez,
como por exemplo, títulos públicos federais de curto prazo.
Em outras palavras o correto planejamento do fluxo de caixa de fundos levará em conta as características gerais
de seu objetivo de resultados e, principalmente, o horizonte de prazo de seus investidores.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

RISCO DE CRÉDITO:
DEFINIÇÃO DE SOLVÊNCIA E INADIMPLÊNCIA

A possibilidade de uma instituição financeira ou um investidor em títulos de renda fixa não receber os valores
(principal e juros) prometidos pelos emissores dos títulos que mantém em carteira é definida como inadimplência
ou insolvência do devedor.
O risco de crédito pode ser definido como a perda potencial (parcial ou total) que pode ocorrer devido a
mudanças na qualidade de crédito ou até mesmo o default de uma contraparte ou emissor.
Incorremos em risco de crédito quando adquirimos títulos de dívida emitidos por instituições financeiras
(depósitos a prazo), ou empresas em geral (debêntures ou nota promissória).

MENSURAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO

O rating atribuído a uma emissão de divida é uma opinião atualizada sobre a qualidade de crédito de um emissor
com relação a uma obrigação financeira especifica ou a uma classe de obrigações financeiras.
São levados em conta, também, a qualidade de crédito de fiadores, seguradoras, ou outras formas de redução
de risco da obrigação e a moeda na qual esta é denominada e podem ser de curto, médio ou longo prazo.
Rating podem ser mudados, suspensos ou retirados sem comunicação previa ao mercado, dependendo da
análise da agencia em relação a determinado emissor.

SPREAD DE CRÉDITO E PROBABILIDADE DE INADIMPLÊNCIA (IMPACTOS SOBRE A

FORMAÇÃO DE PREÇOS)
A baixa relação entre volume de crédito e PIB que tem sido observada no Brasil nos últimos anos é em boa
medida, explicada pelos elevadíssimos spreads existentes no pais que inibem uma maior demanda por crédito
por parte das empresas e indivíduos.
O spread bancário das operações de crédito atendem a 3 objetivos principais:
 Cobrir as despesas administrativas e de pessoal alocadas a análise de crédito

 Cobrir o risco de inadimplência esperada

 Remunerar o investidor pelo capital alocado

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

CAPACIDADE DE PAGAMENTO (ALAVANCAGEM, ENDIVIDAMENTO, ESTRUTURA DE

CAPITAL, GERAÇÃO DE CAIXA)


Vários indicadores podem ser extraídos dos relatórios e das demonstrações financeiras, constituindo uma
valiosa ferramenta para avaliação do risco de crédito de um emissor. Todavia, estes índices somente serão
validos se o analista conhecer as peculiaridades do ramo de atividade no qual a empresa opera, se houver
dados qualitativos que auxiliem na interpretação dos indicadores e se houver condições de comparabilidade
entre os vários exercício. Porém, para o perfeito entendimento deste item faz-se necessário entender a estrutura
e a lógica de um balanço patrimonial.

ESTRUTURA DE CAPITAIS
Uma estrutura de capitais adequada faz com que a empresa possa crescer e obter resultados sempre optando
por fontes mais estáveis, apropriadas e baratas de capital. Investimentos em capital permanente como máquinas
e equipamentos requerem fontes de capitais fixas a longo prazo
Necessidades momentâneas de capital de giro devem ser cobertas por capitais de curto prazo que apesar do
custo mais elevado, são mais adequados em termos de prazo.
Nenhuma empresa cresce sem capital e terceiros. Porém, ao contrário do capital próprio, este tem data para ser
pago, portanto,uma administração de caixa eficiente é fundamental.

ALAVANCAGEM E ENDIVIDAMENTO
Duas expressões que estão ligadas a utilização de capital de terceiros na composição das fontes e recursos da
empresa. A diferença entre elas é que alavancagem diz respeito a estrutura de capitais e endividamento, diz
respeito ao grau de comprometimento entre valores a pagar e a receber.

GESTÃO DE CAIXA
A perfeita gestão de caixa reduz riscos e encargos financeiros além de dar mais flexibilidade a empresa para
optar por melhores condições de compra de matéria prima e condições de financiamento de clientes.

RISCO PAÍS – RISCO DE CRÉDITO DE NATUREZA SOBERANA


CONCEITO
Um pais, por questões econômico/financeiras, geralmente ligadas a problemas com seu balanço de pagamentos,
deixa de honrar seus compromissos, como no caso das moratórias. Nestes casos, normalmente, as partes
envolvidas nos contratos honram seus compromissos em moeda local.
Existem restrições ao fluxo livre de capitais entre países, por instituição de leis que envolvem a soberania de um
estado de direito podendo atingir, além do próprio país, estados e municípios. Pode ser originário de golpes
militares, novas políticas econômicas, resultados de novas eleições, restrições de acesso a ativos financeiros,
etc.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

MEDIDA DE RISCO (EMBI - BRASIL). SIGNIFICADO

O risco Brasil é um indicador que expressa, de forma objetiva, o risco a que investidores estrangeiros estão
submetidos quando investem no país.
O EMBI, índice de Bônus de Mercados Emergentes é o índice mais utilizado para essa finalidade e mede o
prêmio médio de uma carteira hipotética, constituída por papéis emitidos pelo Brasil no exterior (de natureza
soberana e privada), frente ao rendimento dos títulos do tesouro norte americano de prazo comparável (que são
considerados livres de risco).
Quanto maior o risco, menor a capacidade de o pais atrair capital estrangeiro. Em conseqüência, maior é o
prêmio com que seus instrumentos de divida devem remunerar os investidores para compensá-los por assumir
esse risco.
O risco Brasil é divulgado sob a forma de pontos base.
O objetivo do EMBI+ é criar um parâmetro no mercado que reflita com objetividade os retornos obtidos com a
variação de preços e de rendimento com juros de uma carteira de títulos da divida de mercados emergentes.

RISCO DE CONTRAPARTE. CONCEITO


É o risco de algum agente (bancos, empresas, indivíduos, bolsas de valores ou de mercadorias, corretoras, etc.),
com o qual se tenha feito alguma transação financeira, não honrar sua obrigação por questões de natureza legal,
financeira, estatutária, etc.
Não é necessário haver um título de crédito envolvido mas apenas um contrato que não sendo honrado
provocará perdas.

OPERAÇÕES DE CÂMBIO
O risco de contraparte pode ocorrer em função de diferenças em fuso horário ou pela não utilização de um
sistema de liquidação também chamado de Clearing. Pode-se aqui perder tanto o principal acrescido de
eventuais ajustes de preços ou, caso sua contraparte entre em default antes do vencimento da transação, pode
ocorrer somente a parte de reposição da operação.

OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS


Neste caso, a perda do principal da operação é mais difícil de ocorrer pois a maioria destas transações não
utiliza caixa. Todavia, a reposição de uma transação de swap, por exemplo, pode ser bastante onerosa, mesmo
que envolva apenas a diferença entre os dois fluxos utilizados.

RISCO DE NÃO LIQUIDAÇÃO DE ORDENS


Neste caso, suponha que uma corretora de valores não execute uma ordem que acatou de cliente para comprar
determinado lote de Ações no mercado. A corretora terá que assumir eventuais prejuízos decorrentes de
variações do preço de mercado.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

RISCO DE LIQUIDAÇÃO. CONCEITO


Difere-se do tradicional risco de crédito pois não se relaciona a um empréstimo tradicional no qual, corre-se o
risco da contraparte não pagar o principal ajustado por determinada taxa de juros. O risco de liquidação ocorre
quando efetuamos uma transação típica de mercado financeiro, como uma operação de câmbio, na qual as
partes acertaram entregar uma quantidade de moeda em troca de outra. Pode ser definido como o risco de
perdas em decorrência de falhas nos procedimentos e controles de finalização ou liquidação das transações.

RISCOS DE MERCADO EXTERNO: CONCEITO (OSCILAÇÕES NA TAXA DE CÂMBIO,

MUDANÇAS NO CENÁRIO MACROECONÔMICO MUNDIAL, RISCOS GEOPOLÍTICOS

ESPECÍFICOS DE CADA PAÍS INVESTIDO, QUESTÕES LEGAIS, REGULATÓRIAS E

TRIBUTÁRIAS ESPECÍFICAS DE UM PAÍS)

Atualmente os fundos brasileiros podem manter em suas carteiras ativos financeiros negociados no exterior, e
sua performance pode ser afetada por requisitos legais ou regulatórios, por exigências tributarias relativas a
todos os países nos quais haja investimento ou, ainda, pela variação do real em relação a outras moedas. Os
investimentos estarão expostos a alterações nas condições política, econômica ou social nos países onde
investem, o que pode afetar negativamente o valor de seus ativos.
Pode ocorrer atraso na transferência de juros, dividendos, ganhos de capital ou principal, entre países onde os
Fundos de Investimentos invistam, o que poderá interferir na liquidez e no desempenho de tais fundos.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:
VARIAÇÃO DO RATING (PREÇO E ENQUADRAMENTO)
 Títulos com baixo risco de crédito são os que receberam alta nota classificação de risco denominados
grau de investimento ou investment grade.

 Títulos com alto risco de crédito são os que receberam baixa nota de classificação de risco denominados
investimentos especulativos ou junk bonds.

Essencialmente, o risco de crédito é o risco de o emissor de um título não honrar o pagamento devido. Todos os
títulos de divida carregam certo risco de crédito. O que varia, é o grau desse risco.
As agencias de rating, ou de classificação de riscos, fornecem opiniões independentes sobre a capacidade de o
emissor de um ativo pagar suas dívidas e honrar seus compromissos financeiros.

PREÇO
O preço de um título de renda fixa depende basicamente da remuneração requerida pelo investidor
 Quanto maior o risco de crédito de um título, maior a taxa de remuneração requerida e menor será seu
preço.

 Quanto menor o risco de crédito de um título, menor a taxa de remuneração requerida e maior será o
seu preço.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

ENQUADRAMENTO
Vários fundos tem como política de investimentos restrições de percentual de alocação mínimo em títulos de
baixo risco de crédito. A definição de quais títulos privados são considerados como baixo risco de crédito
depende da classificação de risco obtida junto as agencias de rating.

VALUE AT RISK. CONCEITO, APLICAÇÃO E LIMITAÇÕES (REPETIÇÃO DE PADRÃO DE


COMPORTAMENTO E NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA)
A Value at Risk (VaR ou V@R) é uma medida da perda possível, para um determinado período de tempo, dado
determinado nível de confiança, de uma determinada carteira. É muito importante entender que não é a perda
máxima, mas sim a perda potencial que a carteira poderá sofrer em condições consideradas normais de
mercado.
Seu cálculo depende de 4 variáveis:
 O valor da carteira em termos monetários marcada a mercado

 Um período histórico de preços suficientemente longo e representativo do comportamento de preços


daquele ativo

 Definição do período de observação das perdas. Pode ser calculado para diferentes períodos de perdas,
sendo mais comum o diário.

 Definição do intervalo de confiança, geralmente 95% ou 99%. Neste caso, estamos falando de um
mecanismo puramente estatístico. Quanto maior o intervalo de confiança, maior tende a ser o VaR, e o
inverso idem.

STOP LOSS – LIMITE MÁXIMO DE PERDAS


“Pare a perda”, seria sua tradução literal.
Sua idéia é semelhante a de um alarme que é acionado quando se ultrapassa um limite de perdas pré
estabelecido.
Consiste em impor um limite de perdas acumuladas para uma determinada posição de risco de um fundo ou uma
carteira.

STRESS TEST (CAUDAS GROSSAS)


Tem o objetivo de estimar potenciais perdas em situações de anormalidade de mercado. O principal motivo é
que as variações dos preços dos ativos muitas vezes não são normalmente distribuídas causando um efeito
chamado “caudas grossas”, quando os extremos do gráfico de distribuição de freqüência indicam resultados
negativos elevados, indicando que a amostra não tem uma grande aderência estatística, portanto, não indicada
para adoção do VaR como medida de risco.

VALIDAÇÃO DO MODELO (BACK TESTING)


Modelos estatísticos de gestão de risco são desenvolvidos para refletir a realidade. O Back test analisara se o
modelo utilizado para cálculo de VaR, por exemplo, esta refletindo as perdas que efetivamente ocorreram em
determinado período.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

VAMOS TESTAR O QUE APRENDEMOS NESTE MÓDULO?

1.O princípio de dominância entre ativos estabelece que o investidor racional, entre dois ativos, sempre escolhe
aquele que possui:
a) O maior retomo, se os riscos são iguais;
b) O menor retomo, se os riscos são iguais;
c) O maior risco, se os retornos são iguais;
d) Sempre o maior retomo, independentemente do risco.

2.Um investidor racional tem a possibilidade de investir no ativo A com retorno de 20% a.a. e desvio-padrão de
5% ou no ativo B com retorno de 17% a.a. e desvio-padrão de 6%. Pelo princípio de dominância entre ativos, o
investidor optará pelo:
a) Ativo B, pois possui menor risco que o ativo A;
b) Ativo B, pois sua relação de risco e retomo é melhor que a do ativo A;
c) Ativo A, pois possui o maior retomo e o menor risco;
d) Ativo A ou B, não é possível definir, pois o investidor é indiferente aos ativos A ou B.

3. Uma carteira formada por ativos de risco A e B em proporções diferentes:


a) Apresenta risco (desvio-padrão) sempre igual à média ponderada dos riscos (desvios-
padrão) desses ativos.
b) Apresenta risco (desvio-padrão) inferior à média ponderada dos riscos (desvios-padrão)
desses ativos quando a correlação for inferior a 1.
c) Só apresenta o efeito diversificação quando a correlação entre os ativos for negativa ou
nula.
d) Não apresenta o efeito diversificação quando a correlação entre os ativos for positiva.

4. A diversificação de uma carteira de ativos permite:


a) Diminuir o risco, aumentado o retomo;
b) Diminuir o risco sem alterar o retomo;
c) Diminuir o risco, diminuindo o retomo;
d) Aumentar o retomo, aumentando o risco.

5. Em uma carteira formada por dois ativos com correlação perfeitamente negativa, ou seja, correlação -1,0, o
risco é:
a) A média simples dos riscos de cada ativo;
b) Zerado;
c) A média ponderada dos riscos de cada ativo;
d) A metade da média ponderada dos riscos de cada ativo.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO
6. Num diagrama retorno x risco, para um dado retorno, o risco de uma carteira formada por dois ativos:
a) Aumenta à medida que a correlação entre eles diminui.
b) Permanece o mesmo qualquer que seja a correlação entre eles.
c) Independe da correlação entre eles.
d) Diminui à medida que a correlação entre eles também diminui.

7. O efeito diversificação no interior de uma carteira formada por dois ativos:


a) É mais intenso quando sua correlação é positiva;
b) É mais intenso quando sua correlação é nula;
c) É mais intenso quando sua correlação é negativa;
d) Independe da correlação entre eles.

8. O beta de uma carteira mede a relação entre a carteira e:


a) A taxa de juros básica da economia;
b) A taxa de câmbio;
c) O mercado acionário como um todo;
d) O mercado de renda fixa.

9. Uma carteira tem beta de 1,5. Assim espera-se estatisticamente que quando o índice de mercado se valoriza
10%, a carteira:
a) Se valorizará 1,5%;
b) Se desvalorizará 1,5%;
c) Se valorizará 15%;
d) Se desvalorizará 15%.

10. Tem o objetivo de estimar potenciais perdas em situações de anormalidade de mercado. O principal motivo é
que as variações dos preços dos ativos muitas vezes não são normalmente distribuídas. Estamos falando do:
a) Stress Test (Caudas Grossas)
b) Stop Loss (Limite Máximo de Perdas)
c) Back Testing (Validação do Modelo)
d) Nenhuma das anteriores

11. Um investidor racional tem a possibilidade de investir na carteira A com retorno de 18% a.a. e desvio-padrão
de 7% ou na carteira B com retorno de 18% a.a. e desvio- padrão de 5%. Pelo princípio de dominância entre
carteiras o investidor optará pela:
a) Carteira B, pois possui menor risco e maior retomo;
b) Carteira B, pois possui mesmo retomo e menor risco;
c) Carteira A, pois possui menor risco;
d) Carteira A, pois tem melhor relação risco e retomo.

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

12. O beta de uma carteira é uma medida de:


a) Retorno;
b) Risco;
c) Relação entre risco e retorno;
d) Retorno alavancado.

13. O endividamento bancário de uma empresa e política cambial são, respectivamente, componentes dos
riscos:
a) Não sistemático e não sistemático;
b) Não sistemático e sistemático;
c) Sistemático e não sistemático;
d) Sistemático e sistemático

14. O desvio-padrão é uma medida de risco:


a) Relativo;
b) Absoluto;
c) Impossível de ser medido;
d) Apenas qualitativo.

15. Em relação ao índice de Sharpe, podemos afirmar que:


a) Revela o prêmio oferecido por um ativo para cada percentual adicional de risco assumido;
b) Revela a performance do fundo em relação a um benchmark;
c) Seu valor se situa entre -1 e 1;
d) Indica o prêmio marginal em relação ao risco de mercado

16 . “O preço de um ativo de renda fixa é afetado pela flutuação da taxa de juros no mercado e pelo prazo do
título ou carteira de títulos. Existe uma diferença entre o prazo até o vencimento de um título, e o prazo médio de
um título caso exista um fluxo intermediário de pagamentos.” Essa definição corresponde a:
a) Duration de Macaulay
b) Risco do Tracking Error
c) Duration Modificada
d) Risco da Taxa de Juros

17 . Qualquer título de renda fixa terá uma representação gráfica de formato convexo entre seu preço e seu
rendimento ao longo do tempo. Essa descrição corresponde a:
a) Imunização
b) Duration Modificada
c) Convexidade
d) Duration de Macaulay

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

18 . Os fatores abaixo relacionados, correspondem a qual risco?


I. Falta de referência de preços para avaliação correta de uma carteira (MaM)
II. Prejuízos no processo de marcação a mercado pela simples falta de informações confiáveis de mercado
para sua precificação.

a) Risco de Liquidez
b) Risco de Mercado
c) Risco da Empresa
d) Risco de Crédito

19 . Qual dos fatores abaixo não correspondem ao que pode ser chamado de “mercado líquido”?
a) Mercados de derivativos para transferência de riscos
b) Variedade de instrumentos financeiros
c) Falta de confiança nos agentes econômicos e na economia como um todo
d) Mercado secundário ativo

20 . Avaliando as descrições abaixo, podemos fazer um paralelo com:


I. Cobrir as despesas administrativas e de pessoal alocadas à análise de crédito
II. Cobrir o risco de inadimplência esperada
III. Remunerar o investidor pelo capital alocado

a) Estrutura de Capitais
b) Capacidade de Pagamento
c) Spread de Crédito
d) Alavancagem e endividamento

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MÓDULO VII – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO

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SEGUNDO SIMULADO

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

SE G U N D O
SI M U L A D O
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295
SEGUNDO SIMULADO

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296
SEGUNDO SIMULADO

1. Determinada legislação estadual estabelece modificação no fato gerador dos impostos incidentes em
aplicações financeiras realizadas por pessoas físicas ou jurídicas. Sobre essa legislação podemos afirmar que
encontra-se em:

a) Integral consonância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras;
b) Integral consonância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras para
alguns impostos e contribuições e encontra-se em discordância com as disposições que disciplinam a
tributação das aplicações financeiras apenas para o IOF;
c) Discordância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras, pois
somente a União Federal tem competência para legislar sobre aplicações financeiras;
d) Discordância com as disposições que disciplinam a tributação das aplicações financeiras, pois
somente poderia disciplinar a Taxa de Fiscalização do Mercado de Valores Mobiliários, também
conhecida como Taxa CVM.

2. Assinale qual das operações abaixo é equiparada a uma aplicação de renda fixa:
a)CDB com rendimento de 98% do CDI.
b)Debêntures com juros semestrais e nas operações conjugadas que não permitam a obtenção de
rendimentos predeterminados, tais como as realizadas nos mercados de opções de compra e de venda
em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box);
c) Mútuo entre pessoa jurídica controlada e controladora e nas operações conjugadas que
permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, tais como as realizadas nos mercados de
opções de compra e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box);
d) Fundos de Ações e nas operações conjugadas que não permitam a obtenção de rendimentos
predeterminados, tais como as realizadas nos mercados de opções de compra
e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box).

3. O fato gerador do IR incidente sobre aplicações financeiras em Fundos de Investimentos é:


a)Auferir rendimentos com a aplicação;
b)Realizar resgate parcial ou total da aplicação;
c)Pagar taxa de administração;
d)Mudança de titularidade da aplicação.

4. Para os Fundos de Investimentos de longo prazo (acima de 365 dias) e para os fundos de curto prazo (igualou
inferior a 365 dias), as alíquotas semestrais do "come-cotas" são, respectivamente:
a)15% e 15%;
b)20% e 15%;
c)15% e 20%;
d)20% e 20%.

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297
SEGUNDO SIMULADO

5. O responsável tributário pelo recolhimento do IR em aplicações financeiras em Fundos de Investimentos é o:


a) Distribuidor do fundo e a instituição que intermediar recursos, com clientes, para aplicações
em Fundos de Investimentos administrados por outra instituição, na forma prevista em normas
baixadas pelo Conselho Monetário Nacional;
b) Administrador do fundo de investimento ou a instituição que intermediar recursos, com
clientes, para aplicações em Fundos de Investimentos administrados por outra instituição, na
forma prevista em normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional;
c) Cotista ou o Corregedor-Geral da Secretaria da Receita Federal e, na sua ausência, o
Coordenador-Geral de Administração Tributária da Receita Federal;
d) Gestor do fundo.

6.O momento de incidência do IR Fonte sobre rendimentos auferidos nas aplicações financeiras em Fundos de
Investimentos se dá:
I. na data em que se completar cada período de carência para resgate de cotas com rendimento
II. no último dia útil de cada trimestre-calendário, ou no resgate, se ocorrido em outra data,
no caso de fundos com períodos de carência superior a 90 dias;
III. no último dia útil de cada mês, ou no resgate, se ocorrido em outra data, no caso de fundos sem
prazo de carência, inclusive por término do prazo de carência inicial;
IV. todo mês de abril no momento do ajuste anual do IR.
Das alternativas acima, estão corretas:
a)I, II e III;
b)I, II e IV;
c)I, III e IV;
d)I e IV.

7.O fato gerador do IR em operações de renda variável de day trade é auferir rendimento positivo em operações
ou a conjugação de operações:
a) Iniciadas e encerradas em uma mesma semana, com o mesmo ativo, em que a quantidade
negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;
b) Iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em que a quantidade
negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;
c) Iniciadas e encerradas em uma mesma semana, com mais de um ativo, em que a quantidade
negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;
d) Iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com mais de um ativo, sem que haja qualquer
liquidação da quantidade negociada.

8.O fato gerador do IR em operações de swap é:


a)Liquidar ou ceder o contrato de swap;
b)Fazer hedge do contrato;
c)Celebrar o contrato de swap e registrá-lo na BM&F;
d)Auferir rendimentos em operações de swap.

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298
SEGUNDO SIMULADO

9. O fato gerador do IR em operações de Ações à vista é:


a)Auferir rendimentos líquidos na operação;
b)Fazer hedge da posição;
c)Vender as Ações;
d)Aumentar ou diminuir a carteira de Ações.

10.As compensações de perdas em operações de day trade são permitidas:


a)Em qualquer tipo de operação de renda variável, realizada no mesmo mês;
b)Somente em outras operações de day trade, realizadas no mesmo mês;
c)Somente em outras operações de day trade, realizadas na mesma semana;
d)Em qualquer tipo de operação de renda fixa, realizada na mesma semana.

11.Para efeito de apuração e pagamento do IR mensal, as perdas com operações de swap:


a) Podem ser compensadas com ganhos líquidos de qualquer operação de renda variável, desde que os
contratos estejam devidamente registrados no Conselho Monetário Nacional e no Banco Central do
Brasil;
b) Podem ser compensadas com ganhos líquidos de qualquer operação de renda variável, desde que os
contratos estejam devidamente registrados no Banco Central do Brasil, na Comissão de Valores
Mobiliário e na Secretaria da Receita Federal;
c) Podem ser compensadas com ganhos líquidos de qualquer operação de renda variável,
independentemente de qualquer condição;
d) Não podem ser compensadas com ganhos líquidos de nenhuma operação de renda variável.

12.Nas operações de day trade, o responsável tributário é:


a) A instituição intermediadora da operação de day-trade que receber, diretamente, a ordem do cliente;
b)O investidor;
c)A bolsa de valores ou de mercadorias e futuros na qual se realizou a operação;
d)A Comissão de Valores Mobiliários ou a Secretaria da Receita Federal.

13. Nas operações de swap, o responsável tributário é:


a)O Banco Central do Brasil;
b)A pessoa jurídica que efetuar o pagamento do rendimento, na data da liquidação ou da cessão do
respectivo contrato;
c)A bolsa de mercadorias e futuros na qual se realizou a operação;
d)A Comissão de Valores Mobiliários ou a Secretaria da Receita Federal.

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299
SEGUNDO SIMULADO

14. O fato gerador de imposto de renda incidente em operações financeiras em Fundos de Investimentos
imobiliário é:
a)Adquirir cota de fundo imobiliário ou aumentar o número de cotistas do fundo;
b)A valorização do fundo apurada por marcação a mercado;
c)Auferir cotas de fundo de investimentos
d)Distribuir rendimentos e ganhos líquidos

15. A alíquota do IR para aplicações financeiras em Fundos de Investimentos imobiliário é de:


a)20%;
b)15%;
c)10%;
d)25%.

16. O responsável tributário pelo recolhimento do IR em aplicações financeiras em Fundos de Investimentos


imobiliário é:
a)A Comissão de Valores Mobiliários;
b)O cotista;
c)A instituição administradora do fundo ou na fonte nos casos especificados;
d)O Banco Central do Brasil.

17.O fato gerador do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF) sobre títulos e valores mobiliários é:
a)Auferir rendimento;
b)A aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores
mobiliários;
c)Débito em conta corrente;
d)A valorização do ativo.

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300
SEGUNDO SIMULADO

18. Sobre o IOF, afirma-se:


I. O fato gerador do IOF - Crédito é entregar montante ou valor que constitua o objeto da
obrigação creditícia, ou sua colocação à disposição do interessado;
Il. O fato gerador do IOF - Câmbio é entregar moeda nacional ou estrangeira, ou de documento
que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à
moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
IlI. O fato gerador do IOF - Seguro é receber prêmio em operação de seguro;
IV. O fato gerador do IOF - Títulos e Valores Mobiliários é a aquisição, cessão, resgate,
repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários;
V. O fato gerador do IOF - Ouro é realizar operações com ouro ativo financeiro ou instrumento
cambial, entendido como o ouro que, desde sua extração, em qualquer estado de pureza, em
bruto ou refinado, for destinado ao mercado financeiro ou à execução da política cambial
do País, em operação realizada com a interveniência de instituição integrante do Sistema
Financeiro Nacional, na forma e condições autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Das alternativas acima, estão corretas:
a)Il e IV;
b)I, IV e V;
c)I, Il, III e IV;
d)Todas.

19. Sobre o IOF, podemos afirmar que:


I. O fato gerador do IOF é a aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de
títulos e valores mobiliários;
II. Ocorre o fato gerador e toma-se devido o IOF a qualquer operação financeira, abrangidos, entre
outros, os Fundos de Investimentos e carteiras de títulos e valores mobiliários, fundos ou programas,
ainda que sem personalidade jurídica, entidades de direito público, beneficentes, de assistência social,
de previdência privada e de educação;
IlI. Excluem-se da incidência do IOF as operações de aquisição, cessão ou resgate de Cédula de
Produto Rural.
Das alternativas acima, estão corretas:
a)I;
b)I e Il;
c)Il e IlI;
d)Todas.

20.No IOF - Títulos ou Valores Mobiliários aplica-se a alíquota de:


a) 10% ao dia, sobre o valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da
operação, em função do prazo (até 29 dias);
b) 1 % ao dia, sobre o valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da
operação, sem limite de prazo;
c) 1,5% ao dia, sobre o valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da
operação, em função do prazo (até 29 dias);
d) 1 % ao dia, sobre o valor de resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da
operação, em função do prazo (até 29 dias).

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301
SEGUNDO SIMULADO

21. As alíquotas da tabela regressiva do IOF variam entre:


a) 0% a 96%;
b)0%a15%
c)15% a 22,5%;
d)15% a 27,5%.

22. Os responsáveis tributários pelo recolhimento do IOF incidente sobre valores mobiliários são, entre outros:
a) As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
os administradores de Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e
tendo por objeto recursos destes;
b) As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
os cotistas de Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e
tendo por objeto recursos destes;
c) Os cotistas de Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, em relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e
tendo por objeto recursos destes;
d) A instituição que liquidar a operação perante o beneficiário final, no caso de operação realizada por
meio do Selic ou da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), os cotistas de
Fundos de Investimentos e as bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, em
relação às aplicações financeiras realizadas em seu nome, por conta de terceiros e tendo por objeto
recursos destes.

23. Executar a política monetária e executar o orçamento monetário, é função:


a) Comissão de Valores Mobiliários
b) Banco Central do Brasil
c) Conselho Monetário Nacional
d) Banco do Brasil

24. Qual o limite de recolhimento de IOF?


a)100% do valor investido;
b)100% do rendimento;
c)96% do valor investido
d)96% do rendimento

25. O responsável tributário pelo recolhimento da IOF é:


a)O correntista de instituição financeira;
b)A instituição financeira;
c)O administrador de fundo de investimento;
d)A pessoa, física ou jurídica, que auferir rendimentos.

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302
SEGUNDO SIMULADO

26. Sobre o Conselho Monetário Nacional (CMN), podemos afirmar que:


a) Tem a função fiscalizadora e disciplinadora do mercado financeiro, ao definir as regras, limites e
condutas das instituições financeiras;
b) Sua finalidade principal é a execução e fiscalização de toda a política de moeda e do crédito,
objetivando atender aos interesses econômicos e sociais do país;
c) Fiscaliza as bolsas de valores, além do mercado financeiro;
d) É um órgão eminentemente normativo, não desempenhando nenhuma atividade executiva.

27.Na hierarquia do Sistema Financeiro Nacional (SFN), o Conselho Monetário Nacional (CMN) é:
a)O órgão máximo, estando todos os outros subordinados a ele;
b)Subordinado ao Banco Central (BACEN);
c)Subordinado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
d)Hierarquicamente equivalente ao Banco Central (BACEN) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

28. A lei de Reforma do Sistema Financeiro Nacional (Lei nº 4.595/64) criou:


a)O Conselho Monetário Nacional e as Bolsas de Valores;
b)O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários;
c)O Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional;
d)A comissão de Valores Mobiliários e as normas operacionais às quais as entidades do sistema
financeiro deveriam se subordinar.

29.São, entre outras, funções do Banco Central do Brasil (BACEN):


a) Executar as políticas monetárias, ao exercer o controle dos meios de pagamentos e executar o
orçamento monetário, e executar a gestão da dívida pública interna e externa;
b) Executar somente as políticas cambiais, sem exercer os controles dos meios de pagamentos, gerindo
a dívida pública interna e externa;
c) Executar as políticas cambiais e monetárias, sem exercer os controles dos meios de pagamentos, e
sem fazer a gestão da dívida pública interna e externa;
d) Executar as políticas cambial, monetária e de crédito, ao exercer o controle dos meios de pagamentos
e executar o orçamento monetário, mas sem fazer a gestão da dívida pública interna

30.Entre as atribuições abaixo, as que são de competência do Banco Central do Brasil (BACEN) são:
I. Executar a emissão do dinheiro e controlar a liquidez do mercado;
Il, Conceder autorização às instituições financeiras, no que se refere ao funcionamento, instalação ou
transferência de suas sedes, e aos pedidos de fusão e incorporação;
III. Fiscalizar as bolsas de valores.
a)I e III;
b)I e lI;
c)II e III;
d)Somente a III;

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303
SEGUNDO SIMULADO

31.Em relação à política de metas de inflação, o papel do Banco Central do Brasil (BACEN) é de:
a)Definir a meta de inflação;
b)Discutir com a sociedade a meta de inflação;
c)Perseguir a execução da meta de inflação, através dos instrumentos de política monetária;
d)O BACEN não tem nenhum papel na política de metas de inflação.

32.A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é:


a) Uma empresa de economia mista vinculada ao Poder Executivo (Ministério da Fazenda), que age sob
orientação do Banco Central do Brasil (BACEN);
b) Uma empresa de economia mista vinculada ao Legislativo, que age sob orientação do Conselho
Monetário Nacional (CMN);
c) Uma autarquia vinculada ao Poder Executivo (Ministério da Fazenda), que age sob orientação do
Conselho Monetário Nacional (CMN);
d) Um autarquia vinculada ao Poder Executivo (Ministério do Planejamento), que age sob orientação do
Conselho Monetário Nacional (CMN).

33.A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abrange três segmentos do mercado:


a) Instituições financeiras do mercado; ii) Companhias de capital fechado; iii) Bancos de
Desenvolvimento;
b)Bancos Múltiplos; ii) Bancos Comerciais; iii) Caixas Econômicas;
c)Instituições financeiras do mercado; ii) Companhias de capital aberto, cujos valores mobiliários de sua
emissão se encontram em negociação em bolsas de valores e mercado de balcão; iii) Investidores, na
medida em que é seu objetivo atuar de forma a proteger seus direitos;
d) Instituições financeiras do mercado; ii) Companhias de capital fechado, cujos valores mobiliários de
sua emissão se encontram em negociação em mercado de balcão; iii) Investidores, na medida em que é
seu objetivo atuar de forma a fiscalizar e disciplinar seus Ações.

34.A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem por finalidade básica:


a) A fiscalização do mercado de capitais e a execução das decisões do Conselho Monetário Nacional
(CMN) relativas a esse mercado;
b)Fiscalização do mercado de câmbio;
c)Acionar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos e surtos inflacionários;
d) Ser responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições, fiscalizando e
regulamentando suas atividades por meio principalmente do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do
Banco Central do Brasil (BACEN).

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304
SEGUNDO SIMULADO

35.A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBIMA) possui como alguns de seus principais
objetivos:
I. Fortalecer o mercado de capitais como instrumento de financiamento do desenvolvimento;
II. Incentivar a adoção das melhores práticas e o respeito aos direitos dos investidores;
III. Consolidar e ampliar o espaço de regulação e melhores práticas;
IV. Contribuir para a melhoria da capacitação profissional dos executivos do mercado e da educação dos
investidores.
a)I e II;
b)I, II, III e IV;
c)I, II e III;
d)II e IV.

36. Os bancos múltiplos surgiram com a Resolução n° 1.524/88, emitida pelo BACEN por decisão do CMN, com
o objetivo de:
a) Aumentar a arrecadação de tributos, pela melhoria na fiscalização;
b) Aumentar a credibilidade do sistema financeiro;
c) Racionalizar a administração das instituições financeiras que passaram a poder ter diversas carteiras
na mesma instituição financeira, o banco múltiplo, reduzindo seus custos;
d) Incentivar as fusões e aquisições entre as instituições financeiras.

37.O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) constitui-se no principal instrumento:
a) De médio e longo prazos, de execução da política de financiamento do governo federal;
b) De curto prazo, de execução da política de financiamento agrícola do governo federal;
c) De médio e longo prazos, de execução da política de financiamento dos governos estaduais;
d) Somente de longo prazo, de execução da política econômica do governo federal.

38.Uma operação de underwriting é aquela na qual:


a) Uma empresa que pode ser ou não uma instituição financeira emite papéis próprios para captar
recursos no mercado;
b) Uma instituição financeira emite papéis próprios dando garantias reais à operação;
c) Uma instituição financeira intermedia a emissão de papéis de outra empresa dando credibilidade à
operação;
d) Uma instituição financeira intermedia a emissão de papéis de outra empresa dando garantias reais à
operação.

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305
SEGUNDO SIMULADO

39.A administração de recursos de terceiros, realizada por uma instituição financeira ou fundo de investimentos,
chamados de gestores, tem por objetivo:
a) Melhorar a qualidade e o profissionalismo da administração dos recursos do investidor. Esse serviço é
prestado de forma gratuita pelos gestores, como forma de reciprocidade;
b) Melhorar a qualidade e o profissionalismo da administração dos recursos do investidor e gerar
remuneração para os gestores por esses serviços;
c) Criar um vínculo entre gestores e investidores fidelizando esses últimos;
d) Criar um vínculo entre gestores e investidores para gerar possíveis negócios adicionais no futuro, o
que explica que esse serviço não gere remuneração aos gestores.

40. As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) são entidades que têm por objetivo:
a) A compra e venda de Ações e mercadorias por ordem de terceiros, em bolsas de valores e
mercadorias, não podendo, contudo, custodiar e gerir carteiras e Fundos de Investimentos;
b) A compra e venda de Ações e mercadorias por ordem de terceiros, em bolsas de valores e
mercadorias, podendo ainda custodiar e gerir carteiras e Fundos de Investimentos;
c)Apenas custodiar Ações e mercadorias;
d)Apenas gerir carteiras e custodiar Ações e mercadorias.

41.Nas entidades a seguir, é considerado investidor qualificado (IQ):


I. O gestor de um fundo com carteira superior a R$ 5 milhões;
lI. Instituições financeiras;
III. Investidor individual com carteiras de valores mobiliários e/ou cotas de Fundos de Investimentos de
valor superior a R$ 300 mil;
IV. Entidades abertas e fechadas de previdência privada;
V. Fundos de Investimentos em cotas regulados e fiscalizados pelo BC.
a)I, lI, III, IV e V;
b)I, II e III;
c)I, II e V;
d)III, IV e V.

42. As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, devem
classificar seus ativos de renda fixa em carteira de renda fixa: 180
a)Com baixo risco de crédito e carteira de derivativos;
b)Com baixo risco de crédito e carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito;
c)Com alto risco de crédito e carteira de derivativos;
d)Sem risco de crédito e carteira de renda fixa com risco de crédito.

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306
SEGUNDO SIMULADO

43) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução n" 3.121 do CMN, devem
classificar seus ativos de renda variável em: 181
a) Carteira de Ações em mercado e carteira de renda variável- outros ativos.
b)Carteira de Ações em mercado e carteira de derivativos;
c)Carteira de participações e carteira de Ações em mercado;
d)Carteira de Ações em mercado, carteira de participações e carteira de renda variável - outros ativos;

44) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a resolução 3121 do CMN, devem
classificar, entre outros, em sua carteira de renda variável- outros ativos: 181
a)Apenas os Brazilian Depositary Receipts (BDRs);
b)Todas as Ações negociadas em mercado, e os Brazilian Depositary Receipts (BDRs);
c)Todas as Ações negociadas em mercado;
d)Brazilian Depositary Receipts (BDRs), Ações de empresas sediadas no Mercosul e certificados de ouro
físico.

45) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, devem
classificar, respectivamente, em sua carteira de Ações em mercado e carteira de participações: 181
a)Bônus de subscrição de Ações e derivativos;
b)Ações adquiridas em bolsas de valores e derivativos;
c)Debêntures e bônus de subscrição de Ações;
d)Ações adquiridas na bolsa de valores e quotas de Fundos de Investimentos em empresas emergentes.

46) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN,
relativamente a aplicações em cotas de Fundos de Investimentos, podem pagar taxa de performance: 181
a) Com periodicidade mínima anual ou no momento do resgate, baseada no desempenho do fundo;
b) Com periodicidade mínima semestral ou no momento do resgate, baseada no desempenho do fundo;
c) Com periodicidade mínima mensal ou no momento do resgate, baseada no desempenho do fundo;
d) Não podem pagar taxa de performance.

47) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, devem
manter um sistema de controle da divergência não planejada entre o valor de uma carteira e o valor projetado
para essa mesma carteira, considerando o (a): 182
a)Taxa mínima atuarial;
b)Rentabilidade esperada da carteira;
c)Taxa Selic;
d)Índice de Sharpe.

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307
SEGUNDO SIMULADO

48) Nas entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução nº 3.121 do CMN, a função
de avaliar a aderência da gestão de recursos pela direção da entidade à regulamentação em vigor e à política de
investimentos cabe ao: 180
a)Cotista;
b)Administrador;
c)Conselho fiscal;
d)Conselho de administração.

49) As entidades fechadas de previdência privada (EFPP), conforme a Resolução n° 3.121 do CMN, estão
vedadas de aplicar recursos em fundos de derivativos, os quais gerem exposição superior a: 181
a)60% do seu patrimônio liquido;
b)80% do seu patrimônio líquido;
c)50% do seu patrimônio líquido;
d)Uma vez o seu patrimônio líquido.

50) As entidades fechadas de previdência priva4.a (EFPP), conforme a Resolução n" 3.121 do CMN, estão
vedadas de adquirir Ações de companhias que não estejam no: 183
a)Novo Mercado da Bovespa;
b)Nível l , Nível 2 ou Novo Mercado da Bovespa;
c)Nível 2 ou no Novo Mercado da Bovespa, a menos que tenham realizado a primeira oferta pública
antes da resolução;
d) Nível 2 ou no Novo Mercado da Bovespa, mesmo que tenham realizado a primeira oferta pública
antes da resolução.

51) O risco de imagem (reputação) em uma instituição financeira pode ocorrer devido a situações ou práticas,
tornadas públicas, entre as quais:
a)Redução de taxa de juros dos empréstimos e aumento da carteira de crédito;
b)Suspeita de lavagem de dinheiro e empréstimos a empresas estatais com garantias;
c)Propaganda em meios de comunicação de massa e redução da taxa de juros dos empréstimos;
d) Suspeita de lavagem de dinheiro e concessão de empréstimos baseados unicamente em vinculação
política.

52) O conceito de compliance pode ser definido como:


a)Conformidade com as práticas atuais de mercado;
b)Conformidade com a legislação e regulamentação em vigor;
c)Seguro contra perdas;
d)Seguro contra falência e concordata.

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308
SEGUNDO SIMULADO

53. O risco legal em uma instituição financeira é decorrente de:


a)Opinião pública desfavorável sobre suas atividades;
b)Não cumprimento da legislação em vigor, além de documentação insuficiente e
desconhecimento de aspectos jurídicos relevantes em contratos;
c)Variações abruptas de seus ativos e passivos;
d)Seguidos prejuízos contábeis.

54. Informações falsas, conhecidas como boatos, sobre uma eventual debilidade financeira de uma instituição
financeira pode levar seus correntistas a uma corrida para sacar seus recursos na instituição e efetivamente
provocar debilidade financeira. Essa debilidade financeira provocada pelo boato será decorrente do risco:
a)De imagem;
b)De mercado;
c)Legal;
d)Soberano.

55) As chamadas contas fantasmas, ou seja, contas correntes falsas, são utilizadas no crime de lavagem de
dinheiro principalmente na fase de:
a)Prospecção;
b)Colocação;
c)Integração;
d)Ocultação.

56. As chamadas empresas de fachada ou "laranjas" são utilizadas no crime de lavagem de dinheiro
principalmente na fase de:
a)Prospecção;
b)Colocação;
c)Integração;
d)Ocultação.

57. A Lei n" 9.613/98, criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no âmbito do Ministério da
Fazenda, sem prejuízo de outros órgãos competentes, com o objetivo de:
a)Acompanhar o valor em risco (VaR) da instituições financeiras;
b)Disciplinar, aplicar penas administrativas e examinar e identificar ocorrências suspeitas de lavagem de
dinheiro;
c)Fiscalizar as auditorias externas das instituições financeiras;
d)Criar diretrizes de combate à sonegação fiscal.

58. A Lei n" 9.613/98 estabelece que as pessoas sujeitas a sua aplicação devam identificar e manter cadastro
atualizado para os seus clientes:
a)Com patrimônio líquido superior a R$ 200 mil;
b)Que são investidores qualificados (IQ);
c)Com patrimônio líquido individual superior a R$ 1 milhão;
d)Todos os seus clientes.

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309
SEGUNDO SIMULADO

59) A Lei n" 9.613/98 estabelece que as pessoas sujeitas a sua aplicação devam manter registro de toda
transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais o qualquer
ativo conversível em dinheiro, nas operações:
a)De investidores qualificados (IQ);
b)Que ultrapassarem limite fixado pela autoridade competente;
c)Com derivativos;
d)Todas as operações.

60) A Circular n° 2.852/98 do Banco Central do Bras il estabelece que, além das instituições financeiras e demais
entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, também estão obrigadas a manter cadastro
atualizado e registro de operações as seguintes entidades:
a)Investidores qualificados e participantes do home broker da Bovespa;
b)Investidores qualificados, administradoras de consórcio e agência e filiais de instituições financeiras
estrangeiras instaladas no Brasil;
c) Administradoras de consórcio, pessoas autorizadas a operar no "mercado de câmbio de taxas
flutuantes" e agência e filiais de instituições financeiras estrangeiras instaladas no Brasil;
d) Cooperativas de crédito e investidores qualificados.

61) O princípio "conheça seu cliente" nas instituições financeiras fundamenta-se no(a):
a)Consultas ao Banco Central e à Comissão de Valores Mobiliários sobre os clientes;
b)Acompanhamento e consulta do histórico dos clientes no mercado financeiro;
c)Cadastramento, manutenção e acompanhamento das informações;
d)Cadastramento, manutenção e investigação das informações.

62) Um cadastro desatualizado ou incompleto em uma instituição financeira não


permite a prevenção de crimes de lavagem de dinheiro, já que pode abrigar:
a)Contas frias ou fantasmas e clientes laranja;
b)Clientes devedores de outras instituições financeiras;
c)Clientes que não declaram imposto de renda;
d)Clientes insatisfeitos com a instituição financeira.

63) As instituições financeiras devem analisar a capacidade financeira do cliente como forma de prevenção de
crimes de lavagem de dinheiro. Entende-se como analisar a capacidade financeira do cliente procedimentos e
verificações com o objetivo de analisar se o cliente:
a)Possui problemas de crédito com outras instituições financeiras;
b)Paga pontualmente suas obrigações;
c)Prestou informações verdadeiras em seu cadastro;
d)Possui patrimônio, renda ou faturamento para justificar as movimentações de contas efetuadas.

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310
SEGUNDO SIMULADO

64) Uma instituição financeira, analisando a capacidade financeira de um cliente, constatou movimentações
mensais de R$ 2 milhões, sendo que o cliente declarou no seu cadastro renda mensal de R$ 2 mil e patrimônio
de R$ 50 mil. O procedimento correto da instituição nesse caso deve ser:
a)Aguardar novas informações antes de fazer algo;
b)Comunicar às autoridades competentes e não comunicar ao cliente;
c)Comunicar às autoridades competentes e ao cliente;
d)Comunicar apenas ao cliente.

65) Uma instituição financeira, analisando a capacidade financeira de um cliente pessoa jurídica, constatou
movimentações mensais de R$ 5 milhões, sendo que o cliente declarou no seu cadastro faturamento mensal de
R$ 20 mil e patrimônio líquido de R$100 mil. O gerente da agência comunicou às autoridades competentes e
encerrou a conta corrente do cliente. O procedimento foi:
a)Correto tanto ao informar as autoridades quanto ao encerrar a conta corrente;
b)Correto ao informar às autoridades e incorreto ao encerrar a conta corrente, pois não existem provas
de crime;
c) Incorreto ao informar às autoridades, pois não existem provas de crime, mas correto ao encerrar a
conta corrente;
d) Incorreto tanto ao informar às autoridades quanto ao encerrar a conta corrente.

66) Uma instituição financeira, analisando a capacidade financeira de um cliente pessoa jurídica, constatou
movimentações mensais de R$ 8 milhões, sendo que o cliente declarou no seu cadastro faturamento mensal de
R$ 30 mil e patrimônio líquido de R$ 90 mil. Descobriu-se ainda que os documentos comprovando o endereço da
empresa eram falsos. O gerente da agência comunicou às autoridades competentes e encerrou a conta corrente
do cliente. O procedimento foi:
a)Correto tanto ao informar às autoridades quanto ao encerrar a conta corrente;
b)Correto ao informar às autoridades e incorreto ao encerrar a conta corrente, pois não existem provas
de crime;
c) Incorreto ao informar às autoridades, pois não existem provas de crime, mas correto ao encerrar a
conta corrente;
d) Incorreto tanto ao informar às autoridades quanto ao encerrar a conta corrente.

67) O princípio "conheça seu cliente" é importante nas instituições financeiras para a prevenção de lavagem de
dinheiro, pois em um caso de lavagem de dinheiro na instituição, mesmo que esta seja inocente:
a)Será desautorizada a operar pelo Banco Central;
b)Sofrerá intervenção preventiva do Banco Central;
c)A sua imagem e credibilidade entre os clientes poderá ser afetada;
d)Pagará multa ao Banco Central.

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311
SEGUNDO SIMULADO

68) O princípio "conheça seu cliente" é importante para os profissionais que trabalham nas instituições
financeiras, pois em um caso de lavagem de dinheiro na instituição, mesmo que o profissional não esteja
envolvido ou seja inocente, pois:
a)Responderá civilmente na justiça;
b)Será devedor solidário de eventual prejuízo na instituição;
c)A sua imagem profissional pode ser maculada, comprometendo a sua carreira profissional;
d) Poderá ser demitido por justa causa.

69) Padrões éticos de comportamento no mercado de capitais são os padrões de comportamento dos
participantes que:
a)Cumprem exclusivamente as normas e a legislação;
b)Cumprem as normas e a legislação, mas também são moralmente aceitos pelos outros participantes
do mercado;
c)Não geram litígios judiciais;
d)Não geram tributos a pagar.

70) O diretor de uma empresa estatal, sabendo que a empresa pretendia recomprar um grande lote de suas
próprias Ações no mercado, antes de essa informação tornar-se pública, comprou Ações dessa estatal. Essa
situação configura-se como:
a)Comportamento normal no mercado de capitais;
b)Lavagem de dinheiro;
c)Front running;
d)Insider trading.

71) Os produtos financeiros vendidos pelas instituições financeiras devem ser adequados aos seus clientes.
Para tanto, torna-se fundamental que a instituição aplique o princípio de:
a)Rentabilidade máxima;
b)Conheça seu cliente;
c)Risco mínimo;
d)Atendimento preferencial aos clientes com maior capacidade econômico-financeira.

72) As instituições financeiras devem conhecer bem o perfil de seus clientes para poder oferecer produtos
adequados a suas necessidades. Assim, devem obter informações importantes. Para oferecer produtos de curto
ou longo prazo, algumas informações fundamentais sobre o cliente são:
a)Idade e prazo para realização dos seus objetivos;
b)Aversão ao risco e renda familiar;
c)Renda familiar e propensão marginal a poupar;
d)Formação acadêmica e profissional.

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312
SEGUNDO SIMULADO

73) As instituições financeiras, para oferecer produtos de renda fixa ou renda variável a seus clientes, devem
conhecer algumas informações fundamentais sobre eles, entre as quais:
a)Formação acadêmica e propensão marginal a poupar;
b)Aversão ao risco e prazo para a realização de seus objetivos;
c)Renda familiar e propensão marginal a poupar;
d)Formação acadêmica e profissional.

74) As instituições financeiras, para oferecer produtos de previdência privada a seus clientes, devem conhecer
algumas informações fundamentais sobre eles, entre as quais:
a)Formação acadêmica e capacidade de poupança;
b)Formação acadêmica e profissional;
c)Capacidade de poupança, aversão ao risco e idade;
d)Renda familiar e propensão marginal a poupar.

75) As instituições financeiras, para oferecer produtos financeiros de alta volatilidade a seus clientes, devem
conhecer algumas informações fundamentais sobre eles, entre as quais:
a)Formação acadêmica e capacidade de poupança;
b)Formação acadêmica e profissional;
c)Capacidade de poupança e idade;
d)Aversão ao risco e tolerância a eventuais perdas.

76) O retorno porcentual de um ativo é definido como o ganho ou perda obtido no ativo:
a)Multiplicado pelo valor investido no ativo;
b)Subtraído do valor investido no ativo;
c)Dividido pelo valor investido no ativo;
d)Somado ao valor investido no ativo.

77) O risco de um ativo pode ser definido como:


a)Possibilidade de perder dinheiro com o ativo;
b)Incerteza acerca do retomo do ativo;
c)Possibilidade de ganhar dinheiro com o ativo;
d)Expectativa de ganho com o ativo.

78) Um investidor possui uma carteira de investimento em Ações e deseja aumentar a diversificação da carteira.
Para tanto o investidor deve:
a)Diminuir o número de Ações na carteira;
b)Aumentar o número de Ações na carteira;
c)Aumentar a quantidade das Ações que já possui na carteira;
d)Diminuir o valor investido na carteira.

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313
SEGUNDO SIMULADO

79) A diversificação de investimentos em uma carteira tem como um de seus efeitos:


a)Diminuir o retomo da carteira;
b)Aumentar o retomo da carteira;
c)Aumentar o risco total da carteira;
d)Diminuir o risco total da carteira.

80. A variância e o desvio-padrão são duas medidas de:


a)Dispersão;
b)Alinhamento;
c)Posição;
d)Centralização.

81) O desvio-padrão de uma carteira:


a)É a média simples dos desvios-padrão de cada ativo da carteira;
b)É a média ponderada dos desvios-padrão de cada ativo da carteira;
c)Deve considerar, além do desvio-padrão de cada ativo, também o seu retomo;
d)Deve considerar, além do desvio-padrão de cada ativo, também as suas correlações desses ativos.

82) Em uma carteira formada por dois ativos, podemos afirmar que:
a)O valor da correlação não influencia o efeito da diversificação;
b)O valor da correlação só influencia o efeito da diversificação, se for positivo;
c)Quanto mais positiva a correlação entre os ativos, maior o efeito da diversificação;
d)Quanto mais negativa a correlação entre os ativos, maior o efeito da diversificação.

83) O beta de uma carteira pode ser definido matematicamente como:


a)Variância da carteira dividido pela co-variância entre a carteira e o índice de mercado;
b)Variância do índice de mercado dividido pela co-variância entre a carteira e o índice de mercado;
c)Co-variância entre a carteira e o índice de mercado dividido pela variância da carteira;
d)Co-variância entre a carteira e o índice de mercado dividido pela variância do índice de mercado.

84) O beta de uma carteira pode ser calculado utilizando-se a ferramenta estatística:
a)Intervalo de confiança;
b)Regressão linear;
c)Teste de hipótese;
d)Histograma.

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314
SEGUNDO SIMULADO

85. Uma carteira tem beta de 0,8. Assim espera-se estatisticamente que quando o índice de mercado se
desvaloriza 10%, a carteira:
a)Se valorizará 8%;
b)Se desvalorizará 8%;
c)Se valorizará 0,8%;
d)Se desvalorizará 0,8%.

86. O risco absoluto é aquele que:


a) Utiliza uma medida sem comparações com índices de referência ou outros valores;
b) Utiliza uma medida comparativa com índices de referência ou outros valores;
c) Não é possível ser medido;
d) Não utiliza valores, apenas medidas qualitativas.

87) O risco relativo é aquele que:


a)Utiliza uma medida sem comparações com índices de referência ou outros valores;
b)Utiliza uma medida comparativa com índices de referência ou outros valores;
c)Não é possível ser medido;
d)Não utiliza valores, apenas medidas qualitativas.

88) O rating de uma agência de classificação de risco é uma medida de risco:


a)Relativo;
b)Absoluto;
c)Impossível de ser medido;
d)Em alguns casos relativo e em outros casos absoluto.

89) O risco sistemático é aquele que é:


a)Deriva unicamente do sistema de câmbio adotado pelo país;
b)Deriva unicamente do sistema de tributos adotados pelo país;
c)Intrínseco à empresa, devido a suas operações e área de atuação;
d)Relativo à economia em que a empresa está inserida, assim afetando todas as empresas.

90) A taxa de juros e os créditos a receber de uma empresa são, respectivamente, componentes dos riscos:
a)Não sistemático e não sistemático;
b)Não sistemático e sistemático;
c)Sistemático e não sistemático;
d)Sistemático e sistemático.

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315
SEGUNDO SIMULADO

91) Comparando o valor do índice de Sharpe de dois fundos, podemos afirmar que:
a)O fundo com maior valor tem maior risco em relação à taxa livre de risco;
b)O fundo com maior valor tem maior retomo em relação à taxa livre de risco;
c)O fundo com menor valor apresenta um prêmio de retorno menor por percentual de risco corrido;
d) O fundo com menor valor apresenta um prêmio de retorno maior por percentual de risco corrido.

92) O índice de Sharpe de um fundo de investimentos é calculado como:


a)Volatilidade dividida pelo retorno do fundo;
b)Volatilidade dividida pelo retorno do fundo menos retorno do benchmark;
c)Retorno do fundo dividido pela volatilidade;
d)Retorno do fundo menos retorno do benchmark dividido pela volatilidade.

93) O tracking error de um fundo de investimentos é uma medida que tem por objetivo calcular:
a) Os desvio das distâncias positivas da rentabilidade em relação à variação média de seu benchmark;
b) Os desvio das distâncias, positivas ou negativas, da rentabilidade em relação à variação média de seu
benchmark;
c) A média das distâncias negativas da rentabilidade em relação à variação média de seu benchmark;
d) A média das distâncias positivas da rentabilidade em relação à variação média de seu benchmark.

94) O erro quadrático médio (EQM) de um fundo de investimentos é uma medida que:
a) Está relacionada com a proximidade dos retornos do fundo em relação ao benchmark, sendo que,
quanto maior o EQM, maior a distância entre o fundo e o benchmark;
b) Está relacionada com a proximidade dos retornos do fundo em relação ao benchmark, sendo quanto
maior o EQM, menor a distância entre o fundo e o benchmark;
c) Está relacionada com o risco de crédito do fundo, quanto maior o EQM, maior o risco do fundo;
d) Está relacionada com o risco de crédito do fundo, quanto maior o EQM, menor o risco do fundo.

95) A curva da taxa de juros à vista:


a) Indica aos investidores as taxas esperadas para períodos futuros, ou seja, as chamadas taxas a
termo;
b)É determinada somente pela cotação de títulos privados;
c)É determinada pela autoridade monetária;
d)Indica a taxa de redesconto do Banco Central.

96) A duration de Macaulay de um título de renda fixa pode ser entendida como:
a)O desvio-padrão do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor nominal;
b)O desvio-padrão do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor presente;
c)A média ponderada do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor presente;
d)A média ponderada do tempo de vencimento dos fluxos de caixa do título a valor nominal.

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316
SEGUNDO SIMULADO

97) A duration modificada tem por objetivo avaliar o impacto da(o):


a)Variação da taxa de juros no valor da carteira de renda variável;
b)Variação da taxa de juros no valor da carteira de renda fixa;
c)Aumento de tributos no valor da carteira de renda fixa;
d)Diminuição de tributos no valor da carteira de renda fixa.

98) A convexidade mede:


a)O desvio-padrão do valor da carteira;
b)A curvatura da relação valor da carteira e a taxa de câmbio;
c)A curvatura da relação valor da carteira e a taxa de juros;
d)Mediana do valor esperado da carteira.

99) O Emerging Markets Bonds Index (Embí), índice do banco JP Morgan, calcula:
a)Desvio-padrão do rendimento dos títulos dos países emergentes;
b)Variância do rendimento dos títulos dos países emergentes;
c)O diferencial de rendimentos entre títulos de países emergentes com os títulos do Tesouro dos EUA;
d) O diferencial de rendimentos entre títulos de países emergentes com os títulos do Tesouro do Japão e
Alemanha.

100) O value at risk (VaR) ou valor em risco é uma metodologia que tem por objetivo calcular:
a)A pior perda possível de um ativo livre de risco em determinado período de tempo;
b)A pior perda prevista em um ativo sujeito a risco de mercado para certo período de tempo com certo
nível de confiança;
c) O maior ganho previsto em um ativo sujeito a risco de mercado para certo período de tempo com certo
nível de confiança;
d) O maior ganho possível de um ativo livre de risco em determinado período de tempo.

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317
SEGUNDO SIMULADO

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318
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
ANBIMA
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319
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

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320
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA (PROPORÇÃO: DE 5% A
10%)

Conceitos Básicos de Economia


Indicadores econômicos (definição): PIB, índices de inflação (IPCA e IGP-M), taxa de câmbio (PTAX), taxa
SELIC, taxa DI e TR
Política Monetária: metas de inflação; instrumentos de política monetária: open market, redesconto e
depósitos compulsórios (conceito e impactos no mercado). COPOM (atribuições e impactos das decisões).
Relação entre juros e atividade econômica
Política Fiscal: necessidade de financiamento do setor público, implicações sobre a dívida pública
Política Cambial: cupom cambial, reservas internacionais, regimes de taxa de câmbio.Relações e
conceitos
Contas Externas: Balança Comercial, Transações Correntes, Conta de Capital. Conceitos
Conceitos Básicos de Finanças
Taxa de juros nominal e taxa de juros real: relação entre elas e conceito de indexador
Capitalização Simples versus Capitalização Composta: conceito, desconto, equivalência e
proporcionalidade
Fluxo de Pagamentos. Relações e conceitos :
Valor presente, valor futuro e taxa de desconto
Fluxo de caixa: cupom e amortizações
Zero cupom
Prazo médio e maturity
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Custo de oportunidade. Conceito
Taxa livre de risco. Conceito
Custo Médio Ponderado de Capital: WACC - Conceito
Alavancagem financeira, custos de captações (dívidas e/ou capital)
Retorno histórico e retorno esperado:
de um ativo
de uma carteira
Princípios Básicos de Estatística
Medidas de posição: média, mediana, moda
Medidas de dispersão: variância e desvio padrão
Correlação, covariância e coeficiente de determinação (R²)
Distribuição normal: relações entre a média e desvio-padrão (1 e 2 desvios-padrão) e a probabilidade de
ocorrência de eventos
Intervalo de confiança. Conceito
Negociação, Liquidação e Custódia
Sistema especial de liquidação e de custódia – Selic: conceito, funções, benefícios para o investidor e
principais títulos custodiados no Selic: LFT, LTN, NTN-B, NTN-C e NTN-F

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321
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Câmara de custódia e liquidação – Cetip (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos): conceito, funções,
benefícios para o investidor e principais títulos custodiados no Cetip: CDB, s wap, debêntures e letras
hipotecárias
Câmaras de liquidação e custódia: definição de clearing, funções e benefícios para o investidor
Conceito e finalidade de Benchmarks e Índices de Referência
Renda Variável: Índice Bovespa (IBOVESPA), Índice Brasil (IBrX) e Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE).
Renda Fixa: taxa DI, taxa Selic, taxa de Câmbio, IGP-M e IPCA

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

2. FUNDOS DE INVESTIMENTOS (PROPORÇÃO: DE 16% A 25%)

Aspectos Gerais
Fundo de Investimento
Fundo de Investimento em Cotas
Tipos de Fundos: abertos, fechados, com carência, sem carência e exclusivo
Condomínio
Cota
Propriedade dos ativos de Fundos de Investimentos – excluindo Fundos Imobiliários
Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (Chinese Wall)
Observação às normas (compliance)
Direitos e obrigações dos condôminos
Segregação de funções e responsabilidades:
Administradores
Gestores
Distribuidores
Custodiante
Auditor independente
Objetivo do fundo e política de investimento. Definição e finalidade
Tipos de ativos financeiros. Conceito (art. 2º da ICVM 450)
Vantagens e desvantagens de Fundo de Investimentos versus Ativos Individuais
Divulgação de informações para venda e distribuição:
Prospecto, regulamento, termo de adesão e termo de ciência de risco de crédito. Conteúdo e
informações relevantes para os investidores. Regras de alteração e competências
Vedações e obrigações do administrador
As normas de conduta e regras de substituição dos administradores e gestores.
Prestação de contas aos cotistas:
Divulgação de cota e rentabilidade
Periodicidade de balanços e demonstrações contábeis
Assembléias Gerais
Composição e diversificação de c arteira
Informações periódicas
Informações eventuais. Fato relevante
Fatores que afetam o valor da cota:
Composição da carteira e riscos inerentes
Taxas de administração e outras despes as
Metodologia adotada para a contabilização de ativos (Marcação a Mercado):
Efeito da não Marcação a Mercado no carregamento dos ativos até o vencimento
Dinâmica de aplicação e resgate:

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323
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Prazos de cotização (data de conversão de cotas) e de liquidação financeira. Prazo de carência para
resgates
Cota de abertura e de fechamento
Fechamento dos Fundos para resgates e aplicações
Aplicações por conta e ordem
Responsabilidades da Instituição Intermediária (distribuidor). Direitos dos cotistas
Informações obrigatórias. Cadastramento e identificação dos clientes
Possibilidade de manutenção das aplicações em caso de finalização da distribuição
Segregação dos recursos aplicados do patrimônio da instituição distribuidora
Prospectos, regulamentos, termo de adesão e demais documentos requeridos
Exercício de direito de voto nas assembléias dos fundos
Cotista ou Instituição Distribuidora
Principais estratégias de gestão
Fundos de Investimentos com Gestão Passiva. Definições.
Renda Fixa
Renda Variável
Estratégias para manter aderência aos índices de referência e as respectivas limitações
Fundos de Investimentos com Gestão Ativa. Definições.
Renda Fixa
Renda Variável
Estratégias de gestão: posicionamento, hedge e alavancagem
Principais Modalidades de Fundo de Investimento
Classificação dos Fundos quanto à composição do patrimônio:
Fundo de Curto Prazo
Fundo Referenciado
Fundo de Renda Fixa
Fundo de Ações
Fundo Cambial
Fundo de Dívida Externa
Fundo Multimercado
Limites por emissor e por modalidade de ativo financeiro
Limites de aplicações em ativos no exterior por tipo de fundo
Classificação dos Fundos
Quanto ao prazo médio da carteira: Fundos de Curto e Longo prazo
Quanto ao limite de alocação em títulos com médio e alto risco de crédito: Fundos de
Crédito Privado
Outros Fundos: Definição e principais características
FIDC – Fundo de Investimento em Direito Creditório
FIC-FIDC. Cota Sênior e Cota Subordinada. Aplicação mínima inicial.
Fundos de Investimentos Imobiliário

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324
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Fundos de Índices (PIBB): conceito

Fundos de Investimentos em Participações (FIP)


Fundos de Investimentos em Empresas Emergentes
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Fundos de Investimentos* * Anteriormente chamado de
Código ANBID de Regulação e Melhores Práticas
Princípios gerais (Cap. II, art. 6)
Prospecto e selo ANBIMA (Capítulo V artigo 13 ao 15)
Diretrizes para publicidade e divulgação de material técnico de Fundos de Investimentos
Divulgação de rentabilidade de Fundos de Investimentos
Rentabilidade
Prazos mínimos para divulgação de rentabilidade
Forma de cálculo da rentabilidade mensal
Comparação de rentabilidades – formas de abordagem e consistências
Uso de benchmarks e indicadores econômicos
Fundos de mesma categoria
Marcação a Mercado (Cap. VII)
Distribuição de Fundos (Cap. XI, arts. 35 e 36)
Taxas, Tipos e Formas de Cobrança
Taxa de Administração
Taxa de Performance (Conceito de Linha d’água)
Taxa de Ingresso
Taxa de Saída
Regras de Alteração
Outras Despesas

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325
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

3. DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTO (PROPORÇÃO: DE 17% A 25%)

Instrumentos de Renda Variável Definição


Ações Ordinárias, Preferenciais, Certificados ou Recibos de Depósito de Valores Mobiliários (ADRs –
American Depositary Receipts e BDRs – Brazilian Depositary Receipts) e Bônus de Subscrição. Conceitos
AGO (Assembléia Geral Ordinária) e AGE (Assembléia Geral Extraordinária). Conceitos e atribuições
Direitos dos Acionistas:
Voto, Participação nos Lucros, Participação no Acervo em Caso de Liquidação, Fiscalização, Preferência
de Subscrição e Retirada. Conceitos
Remuneração do acionista:
Dividendos: origens, obrigatoriedade, política de pagamento
Juros sobre Capital Próprio: critérios para distribuição e aspectos tributários
Bonificação. Definição
Direito de Representação. Eventos societários:
Acionista Controlador: conceito, implicações de acordo de acionistas
Acionista Minoritário. Direito de voto e retirada.
Tag along (extensão do prêmio de controle)
Fontes de Informação
Deveres e responsabilidades dos administradores das companhias abertas: conflito de interesses,
informações
Oferta Primária e Secundária:
Definições
Distinção
Impactos para as empresas emissoras e seus acionistas
Diluição em Ofertas Primárias
Precificação. Aspectos relevantes:
Determinação de preço: fluxo de caixa (operacional, de investimento e de financiamento), múltiplos (P/L e
VE/EBITDA)
Distinções entre Análise Técnica (ou Grafista) e Análise Fundamentalista
Impactos s obre os preços e quantidades das Ações do investidor: pagamento de dividendos,
desdobramento (splits), grupamentos e bonificação
Conceitos Gerais de Práticas de Boa Governança Corporativa:
Cartilha da CVM, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e BM&FBovespa
Os Segmentos de Listagem Nível I, Nível II e Novo Mercado: reflexo sobre o direito dos acionistas
Custódia e Liquidação:
Conceito e serviço prestado. Relação fiduciária entre investidor e custodiante
Prazos, processos e riscos de disponibilização de recursos e títulos
Bolsa de Valores e Mercado de Balcão:
Conceito

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326
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Características
Função econômica
Negociação
Clube de Investimento em Ações. Conceitos e características operacionais
Fundo de Ações versus clube de investimento: vantagens e desvantagens.
Instrumentos de Renda Fixa
Definição
Principais conceitos e características de instrumentos de Renda Fixa:
Data de emissão, valor nominal atualizado e juros “acruados”
Formas de remuneração – Pré e Pós-Fixada – principais Indexadores
Formas de amortização e pagamento de juros:
Composição de cupom de taxa real e indexadores (IGP-M; Câmbio)
Resgate antecipado, vencimento antecipado (quebra de covenant, ocorrência de cross default) e aquisição
facultativa e opção de compra (opção call). Conceitos e diferenças
Principais instrumentos:
Títulos públicos:
LFT, LTN, NTN-B, NTN-C e NTN-F. Características
Negociação de títulos públicos: Mercado Primário: leilões; Mercado Secundário: balcão
Tesouro Direto. Conceito e forma de negociação
CDB – Certificado de Depósito Bancário:
Características: descrição, prazo, forma de resgate, liquidez, remuneração pré e pós
Letras Hipotecárias:
Características : lastro, forma de resgate, liquidez e rentabilidade, aspectos tributários
Debêntures:
Conceito e Características
Escritura:
Registros
Características da emissão e dos títulos
Cláusulas de resgate e vencimento antecipado e covenants
Repactuação como renegociação de qualquer das características da dívida
Hierarquia das espécies de debêntures de acordo com garantias
Assembléia de debenturistas
Deveres do agente fiduciário
Notas Promissórias :
Características: descrição, prazo, forma de resgate, liquidez, rentabilidade e registro
Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)
Conceito, lastro e aspectos tributários
Outros Títulos: Cédula de Crédito Bancário (CCB) e Cédula de Produtor Rural (CPR): Conceito
Operações compromissadas. Conceito
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)

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327
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Características: descrição, lastro, prazo, forma de resgate, liquidez e aspectos tributários

Caderneta de Poupança: principais características em termos de liquidez, rentabilidade, garantias, riscos e


tributação
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de
Valores Mobiliários* * Anteriormente chamado de Código ANBID de Regulação e Melhores Práticas
Princípios gerais (Capítulo II, artigo 5)
Prospecto (Capítulo III, artigo 9):
Fatores de Risco
Selo ANBIMA (Capítulo IV)
Ofertas Públicas de Valores Mobiliários
Principais Instituições: funções e principais características
Banco Coordenador
Regime de distribuição tipos de colocação (oferta com garantia firme e melhores esforços);
responsabilidades
Agência de Rating
Agente Fiduciário ou Agente de Notas: Instrução CVM 28 (deveres e responsabilidade civil)
Banco Escriturador
Banco Mandatário
Custodiante
Formador de mercado (market maker) e mecanismo de estabilização de preços
Aspectos legais e normativos:
Companhias abertas (Instrução CVM 480, arts. 13º, 21º, 30º e 31º)
Ofertas Públicas Primárias e Secundárias (Instrução CVM 400)
Finalidade da Instrução (art. 1º)
Definição de atos de distribuição pública (art. 3º, caput, incisos I,II,III e IV, §2º)
Efeitos da sus pensão ou do cancelamento da oferta (art. 20)
Conteúdo da oferta (art. 21; art. 22; art. 23, caput, §1º, §2º)
Lote suplementar (art. 24)
Efeitos da revogação e da modificação da oferta (arts.26 e27)
Revogação da aceitação (art. 28)
Distribuição parcial (art. 30)
Instituições intermediárias (art. 33)
Obrigações do líder (art.37)
Prospecto (art. 38; art. 39, caput, incisos I ao VI, §1º, §2º; art. 40; art. 41; art. 42 caput, §1º, §2º, §3º, §5º)
Consulta sobre viabilidade da oferta (art. 43 caput)
Coleta de intenções de investimento (art. 44)
Recebimento de reservas (art. 45)
Prospecto preliminar (art. 46)
Normas de conduta (arts. 48)
Veracidade das informações (art. 56 caput e §7°)

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328
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA
Aspectos operacionais:
Ofertas públicas de aquisição de Ações: instrução CVM 361 (arts. 1º, art. 2° inc I ao IV, arts 3° ao 4º, arts. 6º ao
7º caput, §1°, §2 e §6 e art.12º)
Procedimento de precificação para fenda: procedimento diferenciado - preço fixo; Bookbuilding e leilão em
Bolsa
Risco de rateio/ não concretização
Derivativos
Termo, futuros, swaps e opções: características formais dos derivativos
Tipos de opções e representação gráfica: put (opção de venda) e call (opção de compra). compra/venda
de put, compra/venda de call. Titular e lançador
Efeito no prêmio das opções: taxa de juros, tempo para o vencimento, volatilidade, preço do ativo objeto
e preço de exercício
Estratégias de proteção, alavancagem e posicionamento
Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – non deliverable forward). Conceito

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329
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

4. TRIBUTAÇÃO (PROPORÇÃO: DE 5% A 10%)

Imposto de Renda sobre as Aplicações Financeiras de Renda Fixa para Pessoa Física, exceto em
Fundos de Investimentos
Fato gerador
Alíquota
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras de Renda Fixa para Pessoa Jurídica, exceto em Fundos
de Investimentos
Fato gerador
Alíquota
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimento, exceto Fundos Imobiliários
Fato gerador
Alíquotas (conforme a classificação e tipo do fundo segundo a Secretaria da Receita Federal: Ações, curto
prazo e longo prazo. Tempo de permanência na aplicação).
Base de cálculo
‘Come-cotas’
Fundos com carência
Compensação de perdas
Agente responsável pelo recolhimento
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras de Renda Variável (Ações à Vista, Day Trade, Swap)
Fato gerador
Alíquota
Retenção na fonte
Base de cálculo
Compensação de perdas
Agente responsável pelo recolhimento
Limite de isenção mensal
Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimentos Imobiliário
Fato gerador
Alíquota
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento
IOF - Valores Mobiliários
Fato gerador
Alíquota (Tabela Regressiva)
Base de cálculo
Agente responsável pelo recolhimento

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330
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

5. ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTO-REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E


PARTICIPANTES DO MERCADO
(PROPORÇÃO: DE 5% A 10%)

Órgãos de Regulação, Auto-Regulação e Fiscalização


Conselho Monetário Nacional – CMN:
Principais atribuições : fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária e de Crédito
Banco Central do Brasil – Bacen:
Principais atribuições
Executor de diretrizes e normas do CMN e supervisor de Instituições Financeiras
Executor das Políticas Monetária e Cambial
Comissão de Valores Mobiliários – CVM:
Principais atribuições: fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores mobiliários;
fiscalizar as companhias abertas, a Bolsa de Valores e os agentes do mercado de capitais e Fundos de
Investimento; dar proteção aos investidores; assegurar a lisura nas operações de compra e venda de
valores mobiliários
ANBIMA:
Atribuições. Condução dos processos de Regulação e Melhores Práticas das Instituições e dos Mercados*
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores
Mobiliários*
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para os Fundos de Investimento*
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais*
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada*
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Private Banking no Mercado Doméstico*
* Anteriormente chamado de Código Anbid de Regulação e Melhores Práticas
Bancos Múltiplos
Principais carteiras (comercial, investimento)
Principais funções e atribuições: underwriting, negociação e distribuição de títulos e valores mobiliários;
admini tração de recursos de terceiros; intermediação de câmbio; intermediação de derivativos
Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e de Futuros
Principais atribuições: intermediação de títulos e valores mobiliários; compra, venda e distribuição de
títulos e valores mobiliários por conta e ordem de terceiros
Investidores Qualificados e Investidores Não-Residentes. Definições
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) (Resolução CMN3.792)
Definição, apresentação e disponibilização da política de investimento ( Capítulo V, art.16)
Segmento de Renda Fixa das carteiras ( Capítulo VI, art.18)
Segmento de Renda Variável das carteiras ( Capítulo VI, art.19)
Cobrança de performance para uma EFPP ( Capítulo IX, art.51)
Controle e avaliação de riscos e sua fiscalização ( Capítulo III, arts.9 a 13)
Das vedações ( Capítulo XI, art.53)

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331
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

6. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR


(PROPORÇÃO: DE 10% A 20%)
Risco de Imagem (Reputação) e Risco Legal (Não Cumprimento da Legislação/ Regulamentação):
Implicações da não Observância dos Princípios e Regras de Compliance Legal e Ética
Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, Artigo 1º
Segregação de atividades de forma a evitar possíveis conflitos de interesses (Chinese Wall)* e definição de
responsabilidades: Artigo 2º
Política de segurança da informação: Artigo 2º IV e VII
* também conhecido como Barreira de Informação
Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores
Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98 e Circular Bacen 3461/09):
Conceito e tipificação (“Crimes antecedentes”)
Conceito e tipos - “colocação”, “estratificação/ocultação” e “integração”. (Lei 9.613, cap. I, art. 1º)
Quem está sujeito à lei e à regulamentação: abrangência, amplitude e responsabilidades dos profissionais
e das Instituições Financeiras e Não-Financeiras (Lei 9.613, cap. V, art. 9º e Circular 3461/09)
Identificação dos clientes e da manutenção de registros (Lei 9.613, cap. VI, art.10º e Circular 3461/09)
Identificação e comunicação das operações atípicas/suspeitas (Lei 9.613, cap. VII, art.11)
Políticas e procedimentos de prevenção/combate ao crime de lavagem de dinheiro - Organismos
nacionais e de cooperação internacional. A Convenção de Viena e o Decreto n.154/91 (Lei 9.613, cap. IX
e Circular 3461/09)
Aplicação do princípio “Conheça seu cliente”:
Função do cadastro e implicações de um cadastro desatualizado. Análise da capacidade financeira do
cliente
O princípio “Conheça seu cliente” como forma de proteção da Instituição Financeira e do profissional
Normas e Padrões Éticos
Utilização indevida de informações privilegiadas (contexto de negociação - mercado primário e secundário em
renda fixa e renda variável – valorização de cotas em fundos de investimento, manipulação de preços)
O “insider trader”. Conceito
O “front runner”. Conceito
Adequação dos produtos vendidos, conhecimento do nível de risco suportável pelo investidor:
Conhecimento do cliente e suas necessidades (idade, objetivo de investimento, horizonte do investimento,
tolerância ao risco)
Circunstâncias do Portfolio:
Investimento proposto
Portfolio resultante
Readequação de carteira a partir de desenquadramento em relação à política de investimento do cliente:
Formas de controle (gestão de risco)
Informação ao cliente
Confidencialidade
Conflito de interesses
Análise do Perfil do Investidor
Fatores que determinam o perfil do investidor.
Adequação de produtos em função do perfil do investidor

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332
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

7. MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO (PROPORÇÃO: DE 17% A


25%)
Risco, Retorno e Diversificação:
Conceitos e definições
Estatística aplicada:
Interpretar e diferenciar a relação entre variância, desvio padrão e valores esperados
Relação entre covariância, desvio padrão, correlação e coeficiente de determinação (R²)
Risco de ativos:
Ativos livres de riscos e ativos com risco de crédito
Relação entre risco e retorno e o princípio da dominância entre ativos
Risco de uma carteira:
Desvio padrão da carteira e o benefício da diversificação
Relação entre risco e retorno e o princípio da dominância entre carteiras
Beta da carteira e sua interpretação
Risco absoluto e risco relativo
Risco Sistemático e Risco Não Sistemático. Conceitos
Medidas de Performance: indicadores e suas limitações:
Índices de Sharpe: original e modificado
Tracking Error versus Erro Quadrático Médio
Administração e Gerenciamento de Risco
Risco de Taxa de Juros:
Duration de Macaulay e Duration Modificada
Convexidade
Imunização. Conceito e aplicação
Risco de Liquidez: negociabilidade:
Mercado
Ativo
Consequências sobre precificação
Formas de controle de risco:
Limites de exposição em relação ao mercado e a sua carteira
Planejamento das necessidades de caixa
Risco de Crédito:
Definição de solvência e inadimplência
Mensuração de risco de crédito
Spread de crédito e probabilidade de inadimplência (Impactos sobre a formação de

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333
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ANBIMA

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334
GABARITOS

CERTIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
ANBIMA
SÉRIE 20

GABARITOS
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335
GABARITOS

Módulo Módulo Módulo


Módulo I II III IV
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta
1 D 1 B 1 B 1 A
2 B 2 B 2 D 2 A
3 B 3 B 3 A 3 A
4 D 4 C 4 B 4 B
5 A 5 D 5 C 5 B
6 A 6 C 6 D 6 B
7 D 7 D 7 D 7 D
8 D 8 B 8 A 8 A
9 B 9 A 9 B 9 B
10 B 10 A 10 C 10 B
11 A 11 A 11 D 11 A
12 A 12 B 12 D 12 D
13 D 13 B 13 B 13 A
14 C 14 C 14 C 14 D
15 C 15 A 15 B 15 C
16 B 16 A 16 D 16 B
17 D 17 D 17 C 17 D
18 B 18 C 18 C 18 D
19 D 19 D 19 D 19 C
20 D 20 D 20 D 20 B

Módulo Módulo Módulo


V VI VI
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta
1 A 1 A 1 A
2 C 2 C 2 C
3 B 3 D 3 B
4 A 4 D 4 B
5 A 5 D 5 B
6 B 6 C 6 D
7 B 7 A 7 C
8 C 8 B 8 C
9 A 9 C 9 C
10 A 10 D 10 A
11 D 11 B 11 B
12 C 12 B 12 B
13 D 13 A 13 B
14 B 14 D 14 A
15 B 15 D 15 A
16 B 16 B 16 D
17 C 17 B 17 C
18 D 18 D 18 A
19 B 19 B 19 C
20 D 20 A 20 C

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336
GABARITOS

Primeiro Simulado
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta

1 C 26 C 51 D 76 D

2 B 27 A 52 A 77 B

3 C 28 B 53 B 78 A

4 A 29 B 54 C 79 C

5 C 30 A 55 D 80 B

6 A 31 B 56 A 81 B

7 D 32 C 57 B 82 D

8 D 33 D 58 C 83 C

9 A 34 C 59 D 84 B

10 C 35 A 60 C 85 A

11 B 36 C 61 C 86 D

12 B 37 D 62 A 87 C

13 C 38 B 63 B 88 C

14 D 39 C 64 A 89 A

15 B 40 A 65 C 90 B

16 D 41 C 66 C 91 D

17 A 42 D 67 B 92 B

18 D 43 C 68 A 93 B

19 B 44 B 69 D 94 D

20 C 45 A 70 A 95 A

21 B 46 D 71 A 96 C

22 A 47 D 72 B 97 D

23 D 48 B 73 C 98 B

24 B 49 A 74 C 99 A

25 C 50 C 75 B 100 C

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337
GABARITOS

Segundo Simulado
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta

1 C 26 D 51 D 76 C

2 A 27 A 52 B 77 B

3 A 28 C 53 B 78 B

4 C 29 A 54 A 79 D

5 B 30 B 55 D 80 A

6 A 31 C 56 C 81 D

7 B 32 C 57 B 82 D

8 D 33 C 58 D 83 D

9 A 34 A 59 B 84 B

10 B 35 B 60 C 85 B

11 D 36 C 61 C 86 A

12 A 37 A 62 A 87 B

13 B 38 C 63 D 88 A

14 D 39 B 64 B 89 D

15 A 40 B 65 B 90 C

16 C 41 A 66 A 91 C

17 B 42 B 67 C 92 D

18 D 43 C 68 C 93 B

19 D 44 D 69 B 94 A

20 D 45 D 70 C 95 A

21 A 46 B 71 B 96 C

22 A 47 A 72 A 97 B

23 B 48 C 73 B 98 C

24 B 49 D 74 C 99 C

25 B 50 C 75 D 100 B

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338
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

Livro: Mercado Financeiro


Autor: Eduardo Fortuna
Editora: Qualitymark Editora Ltda

Livro: Matemática Financeira Aplicada e Análise de Investimentos


Autores: Osmar Leonardo Kuhnen e Udibert Reinoldo Bauer
Editora: Atlas

Livro: Mercado de Capitais – Fundamentos e Técnicas


Autor: Juliano Lima Pinheiro
Editora: Atlas

Livro: Investimentos – Como Administrar Melhor Seu Dinheiro


Autor: Mauro Halfeld
Editora: Fundamento

Livro: Derivativos: Definições, Emprego e Risco


Autor: Lauro de Araújo Silva Neto
Editora: Atlas

Livro: Lei de Lavagem de Capitais


Autor: Luis Flavio Gomes, Raul Cervini e Willian Terra de Oliveira
Editora: Revista dos Tribuinais

Código de Ética do IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.

Lei nº 9249/95
Lei nº 9613/98
Instrução CVM nº 301
Instrução CVM nº 400
Instrução CVM nº 409
Instrução CVM nº 456
Resolução CMN nº 2025
Resolução CMN nº 2554
Circular BACEN nº 2852

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339
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

Também fazem parte das fontes de pesquisa para a preparação desse material didático, os
sites abaixo relacionados:

www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.fazenda.gov.br/portugues/orgaos/cmn/cmn.asp
www.bcb.gov.br/?SPBINTER
www.bovespa.com.br/Principal.asp
www.andima.com.br/selic/oquee.asp#
www.andima.com.br/selic
www.cetip.com.br
www.cblc.com.br/cblc/Custódia/Caracteristicas.asp?tit=2
www.anbid.com.br
www.ancor.com.br
www.tesourodireto.gov.br
www.fgv.com.br
www.fgc.com.br
www.corinthians.com.br

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340
REFERÊNCIA CINEMATOGRÁFICAS

Tomo a liberdade de indicar alguns filmes, que na minha opinião, agregam valor à vida.

1 Virando o Jogo 11 A Vida é Bela

(The Replacements – 2000) (La Vita è Bella - 2007)

Direção: Howard Deutch direção:Roberto Benigni

2 Invictus 12 Menina de Ouro

(Invictus - 2009) (Million Dollar Baby - 2004)

direção:Clint Eastwood direção:Clint Eastwood

3 Gran Torino 13 Um Sonho de Liberdade

(Gran Torino - 2008) (The Shawshank Redemption - 1994)

direção:Clint Eastwood direção:Frank Darabont

4 O Grande Desafio 14 Mãos Talentosas: A História de Ben Carson

(The Great Debaters - 2007) (Gifted Hands: The Ben Carson Story – 2009)

direção:Denzel Washington Direção: Thomas Carter

5 Antes de Partir 15 Homens de Honra

(The Bucket List - 2007) (Men of Honor – 2000)

direção:Rob Reiner Direção: George Tillman Jr

6 O Solista 16 Uma Mente Brilhante

(The Soloist - 2009) (A Beautiful Mind – 2001)

direção:Joe Wright Direção Ron Howard

7 Jerry Maguire – A Grande Virada 17 Coração Valente

(Jerry Maguire - 1996) (Braveheart – 1995)

direção:Cameron Crowe direção: Mel Gibson

8 A Procura da Felicidade 18 Duelo de Titãs

(The Pursuit of Happyness - 2006) (Remember the Titans – 2000)

direção:Gabriele Muccino Direção: Boaz Yakin

9 O Discurso do Rei 19 Quem quer ser um milionário?

(The King's Speech - 2010) (Slumdog Millionaire – 2008)

direção:Tom Hooper Direção: Danny Boyle

10 Toy Story 3 20 Todo Poderoso O Filme 100 Anos de Timão

(Toy Story 3 - 2010) Direção: Ricardo Aidar / André Garolli

E todos os outros que tratarem deste


Direção: Lee Unkrich
importantíssimo tema de Vida!

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341
REFERÊNCIA CINEMATOGRÁFICAS

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342
A diretoria do Sindicato é composta por 88 diretores, divididos da seguinte forma:

Diretoria Executiva

Centro de Formação Profissional


Presidenta
Fone: 3188-5255
Juvandia Moreira Leite

Secretária-Geral www.spbancarios.com.br
Raquel Kacelnikas

Secretária de Finanças
twitter @spbancarios
Ivone Maria da Silva

Secretária de Organização e Suporte Administrativo

Rita de Cássia Berlofa

Secretário de Formação Sindical

André Luis Rodrigues

Secretária Cultural

Vera Lúcia Marchioni

Secretária de Estudos Sócio-Econômicos

Ana Tércia Sanches

Secretária de Assuntos Jurídicos

Daniel Santos Reis

Secretário de Imprensa e Comunicação

Ernesto Shuji Izumi

Secretário de Relações Sindicais e Sociais

Paulo Roberto Salvador

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343
Secretário de Saúde e Condições de Trabalho

Walcir Previtale Bruno

Conselho Fiscal

Carlos Miguel Barreto Damarindo, Marcos Antonio do Amaral, Maria Helena Francisco, Cleuza Rosa

da Silva, Maria do Carmo Ferreira Lellis

Representantes de Banco
Silvio Takashi Aragusuku, Antonio Carlos Cordeiro, Hugo Tomé Aquino, Jozivaldo da Costa Ximenes,
Manoel Elidio Rosa, Marcelo Pereira de Sá, Maria Selma do Nascimento, Paulo Rogério Cavalcante
Alves, Raimundo Nonato Dantas de Oliveira, Rogério Castro Sampaio, Rubens Blanes Filho, Tânia
Teixeira Balbino, Vagner Freitas de Moraes, William Mendes de Oliveira, Leandro Barbosa da Silva,
Luiz Carlos Costa, Flávio Ferraz Dutra, Wagner Cabanal Mendes, Nelson Ezidio Bião da Silva, Clarice
Torquato Gomes da Silva

Representantes de Regionais
Antonio Joaquim da Rocha, Ricardo Correa dos Santos. Antonio Alves de Souza, Vanderlei Pereira
Alves, Neiva Maria Ribeiro dos Santos.Mauro Gomes, Adriana Oliveira Magalhães, Cláudio Vanderlei
Ferreira da Rocha, Edison José de Oliveira, Julio César da Silva Santos, Jackeline Machado, Maria
Cristina de Castro, Eduardo Medrado Nunes, João Roberto de Almeida, Liliane Maria Santos Fiúza,
Alexandre de Almeida Bertazzo, Aladim Takeyoshi Iastani, Marta Soares dos Santos, Alexandro Tadeu
do Livramento, Karina Carla Pinchieri Prenholato, Maria Carmen do Nascimento Meireles, Francisco
César Bernardo de Lima, Onisio Paulo Machado, Maria Rosani Gregorutt A. Hashizumi, Elaine Cutis
Gonçalves, Washington Batista Farias, Kardec de Jesus Bezerra, João Paulo da Silva, Givaldo Lucas,
Sandra Regina Vieira da Silva, Adozinda Praça de Almeida, Antonio Saboia Barros Junior, Edson
Carneiro da Silva, Flávio Monteiro Moraes, Marcelo Gonçalves, Edílson Montrose de Aguiar Junior,
Antonio Inácio Pereira Junior, Cláudio Luis de Souza, Erica de Oliveira Batista Simões, Paulo Sérgio
Rangel, José do Egito Sombra, Roseane Vaz Rodrigues, Amélia Assis Andrade Santos, Mario Luiz
Raia, Milton Kiosuke Kamia, João Gomes da Silva, Valdir Fernandes

Noite-Compensação

Marcelo Peixoto de Araújo, Tania Maria da Costa

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344
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20

345
Prof. Eclerson Pio Mielo Preparatório Anbima CPA 20

346

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