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Apresentação resumida da obra.

Marjani vivenciou a queda do Xá Reza, e o início da Revolução


Islâmica. Sua família é de classe média, ela sempre foi religiosa, mas
também bem moderna, como o resto da sua família. Quando estava na
escola, Marjane começou a usar o véu e, como sempre estudou em
escolas laicas e bilíngues, não se adaptou bem às novas regras.
Marjane, antes da Revolução Islâmica, participou de vários protestos
contra o Xá, e até foi na Sexta-Feira Negra com a empregada da
família, Mehri. Agora, os antigos revolucionáros revolucionários
matavam em nome da chamada “Justiça Divina”, todos aqueles que
foram libertos pelo governo do Xá. Um dos que foram libertados foi o tio
de Marjane, Anuch. Porém, ele foi preso e morto logo depois, acusado
de ser um espião russo.
O país estava retrocedendo e assumindo um governo
Teocrático.(Deixando claro que o problema não é a religião, e sim o
extremismo)
Um tempo depois, o país entrou em guerra contra os Árabes, que
tentavam invadir o país novamente. O Irã se aprofundava cada vez mais
na guerra, até que se passaram dois anos e o Iraque propôs um acordo
de paz, com a Árabia Saudita querendo os indenizar de todos os
prejuízos, mas o Irã negou. Apenas depois o regime admitiria que a
guerra era necessária para o regime sobreviver.
Com o regime endurecido, a guerra interna tinha superado a guerra com
o Iraque.
Marjane teve que ir para a Áustria, pois os seus pais estavam com
medo do que poderia acontecer com a filha deles se continuasse no
país.
Em 1984, marjane foi morar com Zozo, melhor amiga da mãe, mas não
durou muito até ela envia-la para para uma pensão de freiras. Lá ela
teve uma colega de quarto que só falava alemão, e freiras que eram
xenofóbicas com Marjane. Depois de um tempo ela foi expulsa de lá e
foi morar com uma amiga chamada Lúcia. Marjane já frequentava a
escola e, com o passar dos dias, ela percebia o quanto precisava
aprender mais sobre a cultura diferente e liberal da Europa.
Agora, Marjane morava temporariamente num alojamento com 8
homens, todos homossexuais. Lá, sua mãe foi visitá-la e a ajudou a
encontrar outro lugar para morar, além de aliviar a sua saudade de
casa.
Ela, depois do choque cultural, agora tinha se adaptado totalmente a
nova cultura, e ja tinha até tido sua primeira relação sexual. Depois de
sofrer uma desilusão amorosa e ser acusada de roubar o broche da
dona da casa em que estava , Marjani sai de lá e fica 3 meses na rua,
até desenvolver várias bronquites e acordar no hospital. Lá, ela se
lembra que a amiga da mãe, Zozo, devia 3 mil xelins e foi lá cobrá-la.
De lá, ela volta para o Irã, onde passa por depressão, mas felizmente
acaba se curando, depois e tentar suicídio, e decide se cuidar.
No Irã, ela tem que passar por uma readaptação na própria cultura, já
que passou tanto tempo em um país democrático e liberal, além de que,
com a guerra, todos os lugares que Marjani conhecia tinham nomes
diferentes e, com isso, se sentia sufocada. Marjane começou a ir a
festas e foi lá que conheceu Reza, o homem que ela se casaria mais
tarde.
(Quanto Reza e Marji estavam saindo, uma passagem que realmente
chamou minha atenção foi quando Marjani incriminou alguém inocente
para que os guardas não notassem sua maquiagem e depois disso, não
vemos tanto do acontecimento além de que sua avó ficou decepcionada
com o comportamento. Tirando isso, eu gostei do fato dela ter nos
mostrado uma perspectiva diferente das “protagonistas perfeitas” como
sempre vemos. Na história, nós notamos um lado mais humano)
Marjane estava fazendo faculdade de artes quando se casou com Reza
para ter mais liberdade num país tão opressivo, porém este casamento
já começava a declinar no 2 mês de casados.
Em 1993, os estudos da Marjani acabaram e, 3 anos após o casamento,
ela e Reza se divorciaram. Marjani decide se mudar para a França,
apoiada por seus pais, que disseram que o governo era opressor
demais para ela continuar no Irã, principalmente para mulheres.

Infelizmente, ainda vemos muita intolerância religiosa e o pensamento


de que nossas crenças são verdades absoluta, que não podem ser
discutidas e interpretadas de formas diferentes.
Também vemos a xenofobia e a miscigenação, todos destacados
principalmente no Irã e nos países que levam as crenças ao pé da letra,
e que são patriotas demais, ou seja, o problema está em ser extremista,
com qualquer coisa.
Marjani descobriu como era se auto-afirmar num país com uma cultura
completamente diferente da sua, ela teve que crescer e admitir os erros,
e também desenvolver cada vez mais ideias como igualdade.

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