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Charles Manson:

Charles Manson fundou sua comunidade hippie em 1954, logo após ter
cumprido uma pena de dez anos. Localizado em Spahn Ranch, nas
proximidades de Los Angeles, o grupo pregava o amor livre e o uso de drogas,
com Manson sendo encarado como um Messias por seus seguidores, ou
“família” como eles preferiam ser tratados. Poderiam ter sido somente mais
uma comunidade hippie típica da época, não fossem as bizarras idéias de seu
líder: filho de uma prostituta, Manson passou por vários reformatórios juvenis,
respondendo por crimes como falsificação e roubo, mas seria somente após a
formação de sua comunidade que o maníaco por trás daqueles pequenos
golpes se revelaria.
Antes de iniciar sua breve onda de crimes, a “família” de uma forma geral e,
mais especificamente Manson, foram investigados pelo desaparecimento e
suposto assassinato de um de seus membros que, aparentemente, vinha
questionando seu líder. A “família” se uniu em torno de Manson, dificultando as
investigações. Como nunca foi provado nada o caso foi arquivado, mas uma
sombra obscura começou a pairar sobre aquela comunidade que “pregava” a
paz e o amor.

Mas foi em 9 de agosto de 1969 que a “família” mostrou toda sua loucura,
invadindo a mansão do diretor de cinema Roman Polanski, em Hollywood, e
assassinando brutalmente sua esposa, a modelo e atriz Sharon Tate (grávida
na ocasião), e mais dois casais de convidados que se encontravam na casa.
As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, seu
sangue foi usado para escrever mensagens nas paredes. O exame dos legistas
comprovou que o bebê sobreviveu por horas após a morte de sua mãe.
Na noite seguinte foi a vez de Leno e Rosemary LaBianca, que tiveram sua
casa invadida e também foram brutalmente assassinados.

Manson e seus seguidores foram presos e acusados dos assassinatos. Mais


uma vez a “família” se uniu em torno de seu líder, tentando preservá-lo,
seguindo um plano já traçado desde antes de começarem os assassinatos,
Manson afirmou desconhecer os atos de seus seguidores, alegando não estar
com os mesmos quando os crimes foram cometidos. No julgamento, três
seguidoras de Manson queriam assumir a culpa e inocentar seu líder, mas os
advogados se recusaram a aceitar seus depoimentos. Neste momento Charles
Manson decide revelar sua verdadeira face, até então oculta sob a figura do
pacifista inocente perseguido pelo sistema, e passa a afirmar seu profundo ódio
pela humanidade, que rejeitava ele e os membros de sua família, disse ele:
“Tenho feito tudo para ser aceito em seu mundo, e agora vocês querem me
matar! Eu apenas digo a mim mesmo: ora, já estou morto, sempre estive em
toda a minha vida… não ligo a mínima para o que possam fazer comigo”.
Manson e seus seguidores foram julgados, culpados e condenados a prisão
perpétua.

Posteriormente foram revelados os reais objetivos dos crimes cometidos pela


“família” Manson: seu líder não passava de um racista, que planejava cometer
assassinatos brutais contra ricos brancos, para que esses pudessem ser
atribuídos a negros, iniciando uma onda de racismo e perseguições contra os
negros de todo o país. Em certa ocasião Manson afirmou que se começasse a
matar nunca poderia ser parado, até ter exterminado toda a Humanidade
(dimensão exata de sua loucura e megalomania). Atualmente muitos artistas
tentam se valer da imagem de Manson de forma sensacionalista, chegando a
pregar sua libertação, um absurdo tendo em vista tudo que ele fez e afirmou
ser capaz de fazer se continuasse solto.

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