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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE


ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO - P.O.P. DA ATENÇÃO PRIMÁRIA


À SAÚDE 
ÁREA: ENFERMAGEM
UBS ANTÔNIO PIMENTA

MONTES CLAROS - MG
FEVEREIRO/2021
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO - P.O.P. DA ATENÇÃO PRIMÁRIA


À SAÚDE 
ÁREA: ENFERMAGEM
UBS ANTÔNIO PIMENTA

Os enfermeiros da Unidade Básica de Saúde


(UBS) Antônio Pimenta verificaram a
necessidade da implantação dos Procedimentos
Operacionais Padrão (POP). São procedimentos
escritos de forma clara e objetiva, que
estabelecem instruções sequenciais para a
realização de ações rotineiras e específicas,
visando padronizar e uniformizar os
procedimentos realizados nos setores de
enfermagem da UBS.

MONTES CLAROS - MG
FEVEREIRO/2021
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ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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SUMÁRIO

1 Acondicionamento de Resíduos 04

2 Administração de Medicamentos Via Endovenosa 06

3 Administração de Medicamentos Via Intramuscular 10

4 Administração de Medicamentos Via Oral 16

5 Administração de Medicamentos Via Subcutânea 19

6 Administração de Vitamina A em crianças de 6 a 59 meses 23

7 Aferição de Pressão Arterial 28

8 Glicemia Capilar 33

9 Higienização de Mãos 40

10 Limpeza e Desinfecção de Superfícies 47

11 Medidas Antropométricas em Maiores de 2 anos, Adolescentes, Adultos e 55


Idosos

12 Medidas Antropométricas em Menores de 2 anos 60

13 Nebulização 66

14 Realização de Curativo 69

15 Recolhimento de Resíduos 74

16 Rotina Técnica de Limpeza e Desinfecção: Nebulizadores (Máscaras, copinho, 76


cachimbo e tubo de conexão)

17 Sondagem Nasoenteral 79

18 Sondagem Vesical 83

19 Técnica de Diluição de Hipoclorito 89

20 Técnica de Empacotamento de Material (Técnica do Envelope) 92

21 Técnica de Limpeza e Desinfecção de Almotolias 99

22 Técnica de Limpeza e Desinfecção de Espéculo de Otoscópio (cone) 102


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23 Técnica de Limpeza Manual de Instrumental 106

24 Triagem Neonatal 109

25 Troca de Dispositivo para Estomia Intestinal 119


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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Procedimento: Data da Validação:


1. Acondicionamento de Resíduos 16/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

O gerenciamento de resíduos consiste em recolher todos os resíduos de uma Unidade,


acondicionando-os de forma adequada e manuseando-os o mínimo possível. É a operação que
precede todas as rotinas técnicas de limpeza e desinfecção. Deve ser iniciada, sempre, da área
menos contaminada para a mais contaminada.

2. INDICAÇÃO:

Padronizar o acondicionamento de resíduos da Unidade.

3. RESPONSÁVEL:

Profissionais da zeladoria.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI;
● Saco de lixo de material plástico;
● Caixa de papelão dura (descartex).

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de acondicionamento de resíduos.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Acondicionar os resíduos em sacos plásticos brancos leitosos especificados na NBR


9190, de forma que os mesmos preencham até 2/3 do volume da embalagem,
possibilitando que esta seja amarrada acima do conteúdo, para evitar o
transbordamento na hora da coleta;
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2. Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes,


reforçados, impermeáveis e grandes o suficiente para receber o material de uso diário
do local. As agulhas não devem ser destacadas das seringas ou manuseadas, a fim de
evitar acidentes de trabalho. Ao ser descartado, o recipiente deve estar devidamente
fechado, envolvido em saco plástico branco leitoso identificado como "material
cortante";
3. O lixo contaminado deve ser recolhido em saco de lixo duplo identificado
"contaminado";
4. Para facilitar a identificação e o manuseio do resíduo comum, deve-se adotar um
padrão de cor (cor clara, exceto a branca leitosa), conforme norma técnica da S.L.U. e
ABNT – NBR 9190;
5. As lixeiras devem, necessariamente, possuir tampa;
6. Os resíduos enquadrados na categoria especial não são coletados pela empresa
especializada;
7. Em caso de contêineres, os mesmos devem estocar os resíduos corretamente
acondicionados e oferecer condições adequadas para manuseio;
8. Os resíduos não devem ficar expostos na via pública e sim em contêineres e/ou
recintos exclusivos.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 16/09/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 13/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

COLOMBO, Secretaria Municipal de Saúde. Procedimentos Operacionais Padrão para as


Unidades Básicas De Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Colombo, 2012.

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Procedimento: Data da Validação:


2. Administração de Medicamentos Via Endovenosa 12/01/2021
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família

1. DEFINIÇÃO:

Consiste na introdução de medicamento e ou soluções diretamente na veia (corrente


sanguínea), através de punção venosa com a finalidade de absorção rápida da substância em
uso, sejam elas: soluções hipertônicas, isotônicas, hipotônicas, sais orgânicos, eletrólitos e
medicamentos que deverão ter solubilidade sanguínea e estar livre de cristais ou qualquer
outra partícula visível em suspensão.

2. INDICAÇÃO:

Sempre que houver indicação para que o medicamento ou solução seja absorvido de imediato
e por completo, e nos casos de grandes doses de medicamentos por fluxo contínuo ou
intermitente, por período determinado.

3. RESPONSÁVEL:

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, acadêmicos de enfermagem, técnico de


enfermagem e de medicina.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Bandeja ou cuba rim;


● Gaze compressa 7,5 X 7,5, estéril;
● Álcool 70%;
● Terapia medicamentosa prescrita (identificada, diluída na seringa compatível ou frasco
de soro com medicação diluída);
● Luva de procedimento;
● Agulha;
● Seringa;
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● Soro fisiológico a 0,9%;


● Algodão embebido em álcool 70%;
● Algodão seco;
● Garrote;
● Dispositivo intravenoso;
● Dispositivo intermediário de 02 ou 04 vias estéril, para administração de soluções,
preenchido com SF 0,9%;
● Esparadrapo impermeável ou microporoso.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da administração de medicamentos via endovenosa.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Ler a prescrição;
2. Conferir data, nome do paciente, medicação, dose e via de administração;
3. Higienizar as mãos;
4. Orientar o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
5. Calçar luvas de procedimentos;
6. Checar a permeabilidade do acesso venoso, observando se o local apresenta sinais
flogísticos (dor, calor e rubor);
7. Abrir a via do extensor do equipo que será utilizado, com o auxílio da gaze;
8. Introduzir a seringa na via do extensor;
9. Proteger a tampa do extensor com gaze e deixá-la na bandeja;
10. Certificar-se de não haver bolhas de ar no interior da seringa ou circuito com
medicação;
11. Injetar o medicamento de forma lenta;
12. Observar possíveis reações que o paciente possa apresentar durante a administração;
13. Retirar a seringa;
14. Introduzir a seringa preenchida com SF 0,9% a fim de salinizar a via utilizada;
15. Retirar a seringa;

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16. Fechar a via do extensor com o conector próprio (tampa do extensor);


17. Fechar o clamp de fluxo da via que não será mais utilizada;
18. Abrir o clamp de controle de fluxo do equipo de soro, acertando o gotejamento;
19. Observar sinais aparentes de alteração no paciente e no local da punção, após a
administração do medicamento (dor local, hiperemia, rubor, edema);
20. Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro;
21. Deixar a unidade limpa e organizada;
22. Desprezar o material utilizado em local apropriado;
23. Limpar a bandeja ou a cuba rim com álcool a 70%;
24. Retirar luvas de procedimentos;
25. Higienizar as mãos;
26. Realizar evolução e anotar possíveis intercorrências.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao cliente:
● Erro de medicação que pode acarretar diversos problemas ao usuário.
- Ao profissional:
● Acidente com perfurocortante.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

● Não reencapar a agulha utilizada;


● Não desconectar a agulha utilizada da seringa;
● Observar o estado geral do paciente durante e após a administração medicamentosa;
● Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois
podem dificultar a absorção do medicamento;
● Observar possível infiltração no local de inserção do cateter.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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ELABORADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle


DATA: 12/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:
AME. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2009-2010. Rio de
Janeiro: EPUB, 2009.
ARAÚJO, M.J.B.de. Técnicas fundamentais de enfermagem. 9 Ed. Rio de Janeiro: MJB de
Araújo, 1996.
FIGUEIREDO,N.M.A.; VIANA,D.L; MACHADO,W.C.A.Tratado prático de enfermagem. 2
Ed. v.2. São Caetano do Sul: Yedis Editora, 2008.
MOZACHI, NELSON. O Hospital: manual do ambiente hospitalar. Ed.10. Curitiba: Os
Autores, 2005.
SILVA, M.T; SILVA, S.R.L.P. Cálculo de administração de medicamento em enfermagem. 1
Ed. São Paulo: Martinari, 2008.

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Procedimento: Data da Validação:


3. Administração de Medicamentos Via Intramuscular 21/03/2014
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
08/01/2020

1. DEFINIÇÃO:

Realizar a administração de medicamentos no tecido muscular.

2. INDICAÇÃO:

A realização da administração de medicamento via intramuscular é indicada para


proporcionar a absorção mais rápida do medicamento em relação à via oral e/ou subcutânea. É
a alternativa de escolha quando há o risco de irritação do trato digestivo ou tecido subcutâneo.

3. RESPONSÁVEL:

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, acadêmicos de enfermagem e de


medicina.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Bandeja;
● Luvas de procedimento;
● Seringa;
● Agulha 40x12;
● Agulha 25x7;
● Medicamento prescrito;
● Gaze estéril;
● Algodão;
● Álcool a 70%.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da administração de medicamentos via intramuscular.


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6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Checar prescrição medicamentosa (data, dose, via, nome paciente);


2. Lavar as mãos com técnica adequada;
3. Preparar injeção, conforme técnica já descrita;
4. Orientar o paciente sobre o procedimento;
5. Escolher local da administração;
6. Fazer antissepsia da pele com algodão/álcool;
7. Firmar o músculo, utilizando o dedo indicador e o polegar;
8. Introduzir a agulha com ângulo adequado à escolha do músculo;
9. Aspirar observando se atingiu algum vaso sanguíneo (caso aconteça, retirar agulha do
local, desprezar todo material e reiniciar o procedimento);
10. Injetar o líquido lentamente;
11. Retirar a seringa/agulha em movimento único e firme;
12. Fazer leve compressão no local;
13. Desprezar o material perfurocortante em recipiente apropriado (caixa de resíduo
perfurocortante);
14. Lavar as mãos;
15. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar;
16. Manter ambiente de trabalho em ordem.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao cliente:
● Erro de medicação que pode acarretar diversos problemas ao usuário.
- Ao profissional:
● Acidente com perfurocortante.

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INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

- Locais de aplicação: o local apropriado para aplicação da injeção intramuscular é


fundamental para uma administração segura. Na seleção do local deve-se considerar o
seguinte:
● Distância em relação a vasos e nervos importantes;
● Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
● Espessura do tecido adiposo;
● Idade do paciente;
● Irritabilidade da droga;
● Atividade do paciente
● Sinais de infecção.

⮚ Dorsoglútea (DG):

1. Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para dentro, para um
bom relaxamento. A posição de pé é contraindicada, pois há completa contração dos músculos
glúteos, mas, quando for necessário, pedir para o paciente ficar com os pés virados para
dentro, pois ajudará no relaxamento;
2. Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária, a partir da espinha ilíaca
póstero-superior até o trocânter do fêmur;
3. Administrar a injeção no quadrante superior externo da cruz imaginária;
4. Indicada para adolescentes e adultos com bom desenvolvimento muscular e,
excepcionalmente, em crianças com mais de 2 anos, com, no mínimo, 1 ano de deambulação.

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⮚ Ventroglútea (VG):

1. Paciente pode estar em decúbito sentado lateral, ventral ou dorsal;


2. Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente;
3. Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca anterossuperior direita;
4. Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca;
5. Espalmar a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o indicador um
triângulo;
6. Indicada para crianças acima de 03 anos, pacientes magros, idosos ou caquéticos.

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⮚ Face Vasto Lateral da Coxa:

1. Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado;


2. Traçar um retângulo delimitado pela linha média na anterior da coxa, na frente da perna e
na linha média lateral da coxa do lado da perna, 12-15 cm do grande trocânter do fêmur e de
9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de largura;
3. Indicado para lactantes e crianças acima de 1 mês, e adultos.

⮚ Deltoide:

1. Paciente poderá ficar sentado ou em decúbito lateral;


2. Localizar músculo deltoide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um triângulo
imaginário com a base voltada para cima e administrar a medicação no centro do triângulo
imaginário.

Escolha correta do ângulo:

● Vasto lateral da coxa – ângulo 45º em direção podálica;


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● Deltoide – ângulo 90º;


● Ventroglúteo – angulação dirigida ligeiramente à crista ilíaca;
● Dorso glúteo – ângulo 90º.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/14
Revisado: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle Alves,
Revisão: 08/01/2021
Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

BARE, B.G.; SUDDARTH, D.S.Brunner - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª


Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier,
2009.
KOCH. R.M. et. Al. Técnicas básicas de enfermagem. 22ª edição. Curitiba: Século XXI
Livros, 2004.
SILVA LD, PEREIA SRM, MESQUITA AMF. Procedimentos de enfermagem: Semiotécnica
para o cuidado. Rio de Janeiro: Medsi; 2005.
NETTINA SM. Prática de enfermagem. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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Procedimento: Data da Validação:


4. Administração de Medicamentos Via Oral 21/03/2014
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
08/01/2020

1. DEFINIÇÃO:

É a administração de medicamentos pela boca sob a forma de comprimidos, drágeas,


pós, cápsulas ou líquidos com a finalidade da absorção pelo trato digestivo.

2. INDICAÇÃO:

A realização da administração de medicamento via oral deve ser realizada sob


prescrição médica ou de outro profissional de saúde de nível superior.

3. RESPONSÁVEL:

Enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, acadêmicos de enfermagem, técnico


de enfermagem e de medicina.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Bandeja;
● Copinho descartável;
● Rótulo de identificação;
● Medicamento prescrito;
● Seringa, se necessário;
● Conta gotas, se necessário;
● Triturador de comprimidos, se necessário;
● Copo com água, se necessário.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da administração de medicamentos via oral.

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6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Realizar a higienização das mãos;


2. Conferir nome do paciente, medicamento, dose, hora, via, registro, diluição s/n, riscos
aos profissionais e riscos ao paciente;
3. Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
4. Realizar a higienização das mãos.
5. Colocar o rótulo do medicamento no copo descartável;
6. Colocar o medicamento no copinho (diluir s/n);
7. Levar a bandeja até o paciente;
8. Informar o procedimento ao paciente;
9. Conferir o rótulo com os dados do paciente;
10. Entregar o copinho com o medicamento e o copo com água ao paciente;
11. Realizar a higienização das mãos;
12. Esperar o paciente deglutir todos o (s) medicamento (s);
13. Recolher o material utilizado, deixando a unidade em ordem;
14. Desprezar os resíduos;
15. Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizá-la com álcool a
70%.
16. Realizar a higienização das mãos;
17. Fazer anotação de enfermagem.

7. RISCOS RELACIONADOS:
- Ao cliente:
● Erro de medicação que pode acarretar diversos problemas ao usuário.
- Ao profissional:
● Acidente biológico.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

● Caso o paciente esteja impossibilitado, colocar o medicamento direto em sua boca


(necessidade do uso da luva de procedimento) e verificar sua efetiva deglutição;

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● Nunca deixar o medicamento sobre a mesa;


● Verificar se o paciente ingeriu a medicação;
● Essa via é contraindicada em pacientes comatosos ou com dificuldade de deglutição e
naqueles que apresentam náuseas e vômitos;
● Apresentação em pó deve ser diluída antes de ser ingerida;
● Registrar qualquer tipo de reação que o paciente possa ter após receber a medicação e
comunicar ao enfermeiro responsável e/ou médico.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina e Danielle Pereira


Alves DATA: 21/03/2014

REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle Revisão: 08/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

BARE, B.G.; SUDDARTH, D.S. Brunner - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª


Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier,
2009.
KOCH. R.M. et. Al. Técnicas básicas de enfermagem. 22ª edição. Curitiba: Século XXI
Livros, 2004.
SILVA LD, PEREIA SRM, MESQUITA AMF. Procedimentos de enfermagem: Semiotécnica
para o cuidado. Rio de Janeiro: Medsi; 2005.
NETTINA SM. Prática de enfermagem. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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Procedimento: Data da Validação:


5. Administração de Medicamentos Via Subcutânea 21/03/2014
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
08/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

É a administração de medicamentos por baixo da derme, no tecido conjuntivo.

2. INDICAÇÃO:

A realização da administração de medicamento via subcutânea deve ser realizada sob


prescrição médica ou de outro profissional de saúde de nível superior.

3. RESPONSÁVEL:

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, acadêmicos de enfermagem, técnico


de enfermagem e de medicina.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Bandeja;
● Luvas de procedimento;
● Agulha para aspiração;
● Agulha 13 x 4;
● Seringa de 1 ml;
● Gaze estéril;
● Álcool a 70%;
● Medicamento prescrito.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da administração de medicamentos via subcutânea.

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6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Realizar a higienização das mãos;


2. Conferir na prescrição nome do paciente, medicamento, dose, hora, via, registro,
diluição s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
3. Fazer o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose, horário, via de
administração e paciente;
4. Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
5. Realizar a higienização das mãos;
6. Retirar a agulha de aspiração e inserir a agulha 13 x 4,5 mm na seringa;
7. Colar o rótulo de identificação no medicamento;
8. Realizar a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
9. Levar a bandeja até o paciente;
10. Informar e explicar o procedimento ao paciente;
11. Conferir o rótulo com os dados do paciente;
12. Realizar a higienização das mãos;
13. Posicionar o paciente de forma adequada ao procedimento;
14. Calçar as luvas de procedimento;
15. Fazer a antissepsia do local a ser administrado;
16. Pinçar com os dedos a pele do local de administração (correta posição das mãos no
instante de aplicar a injeção: a seringa deve estar posicionada entre o polegar e o
indicador da mão dominante. O profissional deve segurar a seringa como se fosse um
dardo, deixando a palma da mão para cima);
17. Inserir em um único movimento a seringa com a agulha 13x4,5 mm no tecido
subcutâneo em um ângulo de 45º;
18. Injetar lentamente o medicamento com a mão oposta que segura a seringa (soltar a
prega do tecido);
19. Retirar a agulha e a seringa em um movimento rápido;
20. Aplicar leve compressão ao local com gaze;
21. Recolher o material utilizado e desprezar os resíduos;

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22. Descartar o material perfurocortante no Descarpax® (sem desconectar a agulha da


seringa e sem reencapá-la);
23. Retirar a luva de procedimento;
24. Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar a desinfecção
com álcool a 70% e lavar as mãos;
25. Fazer anotação de enfermagem.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao cliente:
● Erro de medicação que pode acarretar diversos problemas ao usuário.
- Ao profissional:
● Acidente com perfurocortante.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

● Registrar qualquer tipo de reação que o paciente possa ter após receber a medicação e
comunicar ao enfermeiro responsável e/ou o médico;
● Administrar um volume máximo entre 0,5 ml e 1 ml (o tecido subcutâneo é
extremamente sensível à soluções irritantes e grandes volumes de medicamento);
● Locais mais indicados para aplicação de medicamentos por via subcutânea: deltoide,
face externa do braço, face externa da coxa, parede abdominal e região escapular

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● Introduzir a agulha em ângulo de 90º quando hipodérmica ou 45º quando agulhas


comuns ou hipodérmicas em crianças;
● Após aplicação de insulina ou heparina, o local não deve ser massageado;
● Realizar rodízio nos locais de aplicação;
● Não reencapar a agulha.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/14
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
Revisão: 08/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:
BARE, B.G.; SUDDARTH, D.S. Brunner - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª
Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier,
2009.
KOCH. R.M. et. Al. Técnicas básicas de enfermagem. 22ª edição. Curitiba: Século XXI
Livros, 2004.
SILVA L.D., PEREIRA SRM, MESQUITA AMF. Procedimentos de enfermagem:
Semiotécnica para o cuidado. Rio de Janeiro: Medsi; 2005.
NETTINA SM. Prática de enfermagem. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Procedimento: Data da Validação:


6. Administração de Vitamina A em crianças de 6 a 59 meses 21/03/2014
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
12/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Administração de megadoses semestrais de Vitamina A, a partir do 6º até o 59º mês de


idade a todas as crianças que residam em área de risco da deficiência de vitamina A.

2. INDICAÇÃO:

A administração de Vitamina A é indicada para crianças que recebem outros


alimentos, além do leite materno, a partir do 6º mês, sendo essencial para o crescimento e o
desenvolvimento saudável das mesmas.

3. RESPONSÁVEL:

Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, acadêmicos de Enfermagem e do curso Técnico


em Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Cápsulas de megadose de Vitamina A de 100.000UI e 200.000UI;


● Luvas de procedimento;
● Lixo comum;
● Mapa Diário de Administração de Vitamina A;
● Caneta;
● Lápis.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de administração de vitamina A.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Verificar o rótulo do frasco para confirmar a dose de vitamina A contida em cada


cápsula (100.000 UI ou 200.000 UI);
2. Verificar a data de validade (descarte as cápsulas vencidas e registre no sistema de
gerenciamento);
3. Lavar as mãos;
4. Calçar as luvas de procedimento;
5. Abrir a cápsula torcendo a ponta da cápsula e puxando-a para cima (não utilizar
alfinetes para abri-las ou outros objetos perfurocortantes, evitando, assim, ferir os
dedos e contaminar o produto);
6. Pedir à criança para abrir a boca, suspender levemente o queixo da criança
segurando-o, ou solicitar que a mãe abra a boca da criança;
7. Apertar, com a outra mão, firmemente os lados da cápsula até derramar todo o
conteúdo;
8. Certificar-se que a criança engoliu todo o conteúdo da cápsula sem derramar
nenhuma gota;
9. Não administrar outra cápsula caso a criança cuspa o produto;
10. Colocar as cápsulas usadas em um recipiente apropriado para descarte;
11. Descartar as luvas de procedimento em lixo comum;
12. Lavar as mãos;
13. Registrar, à caneta, na Caderneta de Saúde da Criança a dose administrada e
marcar, a lápis, a data de retorno para a próxima dose, em locais apropriados para o
registro;
14. Registrar a dose administrada no Mapa Diário de Administração de Vitamina A, de
acordo com a faixa etária - lembrando que para as crianças de 12 a 59 meses de
idade o mapa está dividido em 1ª e 2ª dose do ano.

7. RISCOS RELACIONADOS:

Ao paciente:

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− Superdosagem (Hipervitaminose A): pode ocorrer hepatotoxicidade, dor de cabeça,


náusea, tontura, sonolência, irritabilidade, delírio, vômitos, diarréia e eritema cutâneo.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

A suplementação de vitamina A deve seguir o calendário de administração abaixo


recomendado, para que se tenham bons resultados:

IDADE DOSE FREQUÊNCIA

Crianças: 6 – 11 meses 100.000 UI Uma dose

Crianças: 12 – 59 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6 meses

PROIBIDO!

NA FALTA DE QUALQUER MEGADOSE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE, NÃO


DEVE DOBRAR A DOSE DE 100.000UI PARA DAR UMA DOSE DE 200.000 UI OU
ENTÃO DAR SOMENTE UMA GOTA DE 200.000UI PARA OFERECER A DOSE DE
100.000UI.

Caderneta de Saúde da Criança:


● É importante reforçar o registro na Caderneta de Saúde da Criança, onde existe espaço
para registro da data de doses administradas e do retorno da criança;

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● É muito importante orientar a mãe e/ou responsável pela criança a voltar à Unidade
Básica de Saúde sempre que for marcado o retorno de administração de vitamina A;
● Caso o município utilize uma Caderneta de Saúde da Criança que não possua espaço
específico para anotar a administração da vitamina A, poderá utilizar os espaços em
branco para este fim. Neste caso, deve-se anotar a dose de vitamina A, a data e o
retorno para a próxima dose.
Armazenamento dos suplementos de vitamina A:
Os suplementos de vitamina A são mais estáveis que as vacinas. Contudo, a exposição
à luz do sol e à claridade estraga a vitamina. Para manter a qualidade e eficácia, alguns
cuidados devem ser observados no armazenamento do suplemento:
● Não deve ficar exposto à luz do sol;
● Deve ser mantido em local fresco e arejado;
● Não deve ser refrigerado e nem congelado.
Nessas condições, as cápsulas podem durar até dois anos. Depois de aberto o frasco,
as cápsulas têm duração de um ano, se acondicionadas de forma correta.

ATENÇÃO!

É MUITO IMPORTANTE QUE OS FRASCOS CONTENDO CÁPSULAS DE 100.000UI


SEJAM GUARDADOS SEPARADAMENTE DAS DE 200.000UI E QUE ESTEJAM
CLARAMENTE IDENTIFICADOS PARA QUE NÃO OCORRA A MISTURA DAS
DOSES.

SUPLEMENTAÇÃO DE MEGADOSE ACIMA DO RECOMENDADO PARA A FAIXA


ETÁRIA PODE OCASIONAR SÉRIOS RISCOS À SAÚDE DA CRIANÇA.

IMPORTANTE: Não use o medicamento com o prazo de validade vencido!

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Questões importantes:
− Com que frequência é preciso administrar suplementos de Vitamina A?
Os suplementos de vitamina A devem ser oferecidos à criança de 6 em 6 meses. O
intervalo seguro entre a administração de duas megadoses é de no mínimo 4 meses.
− Qual a via de administração dos suplementos de vitamina A?
Os suplementos de vitamina A são administrados por via oral e não devem ser
administrados por via intramuscular ou endovenosa.

− Como é a rotulagem dos suplementos de vitamina A?


A concentração dos suplementos de vitamina A é indicada em unidades internacionais,
geralmente abreviadas como UI. O rótulo dos frascos que contêm os suplementos indica qual
a concentração da vitamina: 100.000 UI (cor amarela) ou 200.000 UI (cor vermelha).
− Quais podem ser as reações adversas?
A vitamina A é bem tolerada. Geralmente, não há efeitos colaterais para as dosagens
recomendadas pelo programa, mas é possível que a criança coma menos durante o dia da
administração, vomite ou sinta dor de cabeça. Avise à mãe que isso é normal, que os sintomas
passarão e que não é preciso nenhum tratamento específico.
− Existem contraindicações dos suplementos de vitamina A?
Recomenda-se não suplementar a criança que faz o uso diário de polivitamínico com
vitamina A ou qualquer outro suplemento isolado de vitamina A.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2014
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 12/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vitamina A:


Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

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Procedimento: Data da Validação:


7. Aferição de Pressão Arterial 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
08/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Aferir a pressão arterial é medir os valores da pressão sistólica e diastólica para


averiguar se os níveis de tensão correspondem aos parâmetros normais ou se há um
diagnóstico de hipertensão.

2. INDICAÇÃO:

A realização da aferição da pressão arterial deverá ser realizada na Unidade de Saúde


ou no domicílio dos usuários de acordo com a necessidade apresentada.
As situações que caracterizam a necessidade de realização do procedimento são:
● Usuário com Hipertensão Arterial Sistêmica e outras patologias associadas;
● Prescrição médica ou de outro profissional de saúde de nível superior;
● De acordo com as recomendações técnicas do Ministério da Saúde;
● À pedido do usuário.
Segundo as recomendações técnicas atuais do Ministério da Saúde e a Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais, no adulto, a HAS é diagnosticada pela detecção de níveis
elevados e sustentados da pressão arterial por medidas casuais. A medida da pressão arterial
deve ser realizada em toda a avaliação por médicos e demais profissionais de saúde. O
diagnóstico de HAS é baseado na média de duas ou mais medidas aferidas, em duas ou mais
visitas ao consultório, respeitando-se as recomendações para a aferição da PA indicadas a
seguir.
3. RESPONSÁVEL:
Médico, Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Cirurgião-Dentista e acadêmicos de
Enfermagem, Medicina e do curso Técnico em Enfermagem.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Esfigmomanômetro aneroide;
● Estetoscópio.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de realizar a aferição de pressão arterial.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Preparo do paciente
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente
calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser
esclarecidas antes ou depois do procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NÃO: - Está com a bexiga cheia; - Praticou exercícios
físicos há pelo menos 60 minutos; - Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; - Fumou
nos 30 minutos anteriores.
3. Posicionamento: - O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no
chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; - O braço deve estar na altura do coração,
apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro.
4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações
em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.

Etapas para a realização da medição


1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano;
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do
estetoscópio sem compressão excessiva;

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7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela
palpação;
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar
ligeiramente a velocidade de deflação;
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons
(fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero;
13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições
adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue
adequado, considere a média das medidas;
14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi
obtida a maior pressão como referência;
15. Informar o valor de PA obtido para o paciente;
16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida.
Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado.

7. RISCOS RELACIONADOS:

Ao paciente:
− Inflação inadequada, podendo ocasionar lesões ao usuário e comprometimento na
circulação do membro.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


● Verificação do manguito de acordo com a faixa etária;
● Verificação das condições do membro a ser realizado a aferição da pressão arterial;
● Nos idosos, recomenda-se a verificação da pressão arterial na posição sentada,
deitada e em pé, pois as alterações ateroscleróticas nas regiões dos seios carotídeos
podem reduzir a sensibilidade dos barorreceptores, ocasionando maior variabilidade

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da pressão arterial nos idosos e redução dos reflexos posturais, o que os predispõe à
hipotensão ortostática;
● O uso de fármacos como diuréticos, antidepressivos, vasodilatadores,
betabloqueadores e maior frequência de insuficiência vascular cerebral podem
também ocasionar hipotensão ortostática;
● Manguitos mais longos e largos são necessários em usuários obesos, para não haver
superestimação da pressão arterial. Em braços com circunferência superior a 50 cm,
onde não há manguito disponível, pode-se fazer a medida no antebraço e o pulso
auscultado deve ser o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa prática,
recomendando-se que sejam usados manguitos apropriados;
● A pressão arterial em gestantes deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com
a mesma técnica recomendada para adultos, entretanto a pressão arterial também
pode ser medida no braço esquerdo, na posição de decúbito lateral esquerdo, em
repouso, e esta não deve diferir da posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser
considerado como a pressão diastólica;

DIMENSÕES DA BOLSA DE BORRACHA PARA DIFERENTES


CIRCUNFERÊNCIAS DE BRAÇO EM CRIANÇAS E ADULTOS

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

CLASSIFICAÇÃO DA P.A PARA PACIENTES A PARTIR DE 18 ANOS DE IDADE

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 08/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Procedimento: Data da Validação:


8. Glicemia Capilar 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01//2021

1. DEFINIÇÃO:

A glicemia capilar é um exame sanguíneo que oferece resultado imediato acerca da


concentração de glicose nos vasos capilares da polpa digital.

2. INDICAÇÃO:

A realização da glicemia capilar deverá ser realizada na Unidade de Saúde ou no


domicílio dos usuários de acordo com a necessidade apresentada.
As situações que caracterizam a necessidade de realização do procedimento são:
● Pacientes com Diabetes Mellitus ou Diabetes gestacional;
● Situações de Urgência e Emergência;
● Prescrição médica ou de outro profissional de saúde de nível superior.
Segundo as recomendações técnicas atuais do Ministério da Saúde, a Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais não recomenda a realização indiscriminada da aferição da
glicemia capilar, em virtude dessa ação não ter se mostrado custo/efetiva na prática de saúde
pública. O rastreamento está indicado nas seguintes situações:
● Em crianças, está indicada a triagem nos casos de obesidade associada à, pelo menos,
dois dos fatores de risco que se seguem: história familiar da doença em parente de 1º
ou 2º grau; sinais clínicos de resistência insulínica como "acantose nigricans"; HAS;
dislipidemia; síndrome de ovários policísticos; nascidos pequenos para a idade
gestacional; história materna de diabetes gestacional durante a gestação da criança;
etnias com alto risco para DM;
● Está indicado o rastreamento para DM em indivíduos assintomáticos, após 45 anos de
idade ou, em qualquer idade, na presença de sobrepeso e obesidade (IMC ≥ 25kg/m2),
em associação com um dos fatores de risco listados no quadro 39. O rastreio para DM
em adultos pode ser feito por meio da glicemia de jejum ou do teste oral de tolerância
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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à glicose (TOTG), utilizando os pontos de corte recomendados pela Sociedade


Brasileira de Diabetes (SBD). A reavaliação deverá ser feita a cada três anos. Na
presença de fatores de risco para DM, deve-se reavaliar em intervalos mais curtos e
pesquisar fatores de risco para DCV;
● Para gestantes deve ser considerado os fatores de risco evidenciados no quadro abaixo:

3. RESPONSÁVEL:

Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e acadêmicos de Enfermagem e do


curso de Técnico em Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI;
● Aparelho dosador de glicemia capilar;
● Fita reagente;
● Luvas de procedimento não estéril;
● Álcool a 70%;
● Lanceta ou agulha descartável 13x4,5;
● Bolas de algodão ou gaze estéril;
● Descartex.

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5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de aferição de glicemia capilar.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Realizar a higienização das mãos;


2. Separar o material necessário;
3. Certificar se a fita reagente está na validade e se é compatível com o aparelho e o
chip;
4. Orientar o paciente sobre o procedimento;
5. Calçar as luvas de procedimento;
6. Ligar o aparelho e posicionar a fita e o glicosímetro de modo a facilitar a deposição
da gota de sangue no local adequado;
7. Fazer uma leve pressão na ponta do dedo escolhido de modo a favorecer o seu
enchimento capilar;
8. Com a outra mão limpar a área com gaze seca. De outra forma, o álcool pode se
misturar com sangue e alterar o resultado do teste. Se for necessário, solicitar que
lave as mãos, secando-as bem;
9. Com a lanceta ou agulha estéril fazer uma punção na ponta do dedo escolhido,
preferencialmente na lateral do dedo, onde a dor é minimizada;
10. Lancetar o dedo e obter uma gota suficiente para preencher o campo reagente;
11. Pressionar o local da punção com algodão seco enquanto aguarda o tempo
necessário para o resultado do exame;
12. Atentar para pacientes em uso de anticoagulantes;
13. Informar o resultado obtido ao paciente;
14. Fazer a desinfecção do glicosímetro com álcool a 70%;
15. Guardar o glicosímetro, desprezar a fita reagente e a lanceta na caixa específica
para material perfurocortante;
16. Retirar as luvas;
17. Realizar a higienização das mãos;

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18. Realizar o registro com informações dos valores da glicemia capilar, horário, data e
responsável pela coleta, em caderno de registro ou prontuário.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao cliente:

● Dor e endurecimento da polpa digital decorrente de punção repetida na ponta do


dedo;
● Contaminação do local de punção decorrente de antissepsia inadequada;
● Resultados inexatos decorrentes da manipulação inadequada por parte do
profissional: álcool 70% residual da assepsia local, mãos sujas, quantidade
insuficiente de sangue para preencher o local reagente da fita, sangue acumulado de
testes anteriores no aparelho, má conservação do aparelho, fitas reagentes fora da
validade.

- Ao profissional:

● Acidente biológico com material perfurocortante (minimizado com a utilização de


luvas, extrema atenção durante a realização do procedimento e desprezando a lanceta
e a fita reagente no local indicado).

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


● Qualquer contaminação da ponta do dedo com sujeira, líquidos ou alimentos (açúcar,
suco de frutas, entre outros) pode afetar as leituras de glicemia. Pontas de dedo
limpas e secas são pré-requisitos para um teste ideal;
● Nunca esquecer de calibrar o aparelho a cada troca de lote de fitas reagentes;
● Resultados abaixo de 60 mg/dl são considerados hipoglicemia e acima de 140 mg/dl
após 2 horas das refeições são considerados hiperglicemias;
● Reconhecer sinais e sintomas de hipoglicemia que diferenciam de indivíduo para
indivíduo (em geral apresentam sudorese intensa, pele fria e pegajosa). Taxas abaixo
de 60 mg/dl são perigosas;

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● Clientes com baixa perfusão capilar podem necessitar de estratégias de cuidados para
melhorar a perfusão e melhorar a amostra necessária. Aquecer a mão do cliente,
posicioná-la abaixo da linha do coração, pedir para esfregar as mãos, também
auxiliam no aumento do fluxo do local;
● Observar a validade das fitas reagentes e conservação;
● Observar que a maioria dos aparelhos tem um sistema de calibragem a cada troca de
lote de fita;
● Aproveitar o momento da verificação da glicemia para treinar o indivíduo a
automonitorização (quando da indicação);
● Sempre que manipular ou realizar procedimentos em que haja contato com sangue ou
outras secreções orgânicas, utilizar equipamento de proteção individual (EPI);
● Erro na leitura por insuficiente quantidade de sangue, mais de uma punção até se
conseguir a amostra necessária, são situações comuns, em geral, ocasionadas pelo
medo do profissional de machucar o cliente. Lembrar-se de que repetidas punções
superficiais doem mais que uma única punção realizada adequadamente e, em
decorrência da dor, fazem com que o cliente fique resistente ao cuidado e pouco
cooperativo, além de ser estressante, podendo alterar o resultado;
● Fazer rodízio dos locais a serem puncionados;
● Não reencapar lancetas ou agulhas, para evitar acidentes.

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P.O.P.

VALORES DE REFERÊNCIAS PARA DIAGNÓSTICO:

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 06/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

GOLBERT, A. et al. Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo:


Editora Científica Clannad 2017.

MILECH, A. et al. Diabetes Mellitus - Clínica diagnóstica, tratamento multidisciplinar. São


Paulo: Editora Atheneu, 2004.

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P.O.P.

SILVA LD, PEREIRA SRM, MESQUITA AMF. Procedimentos de enfermagem:


Semiotécnica para o cuidado. Rio de Janeiro: Medsi; 2005.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Tratamento e acompanhamento do Diabetes Mellitus. Rio


de Janeiro: Editora Diagraphic, 2011.

BRASIL. Atenção à saúde do adulto: Linha guia de Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, e
Doença Renal Crônica. Secretaria do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

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Procedimento: Data da Validação:


9. Higienização de Mãos 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa


para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o
termo “lavagem das mãos" foi substituído por "higienização das mãos", englobando a
higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia
cirúrgica das mãos.

2.FINALIDADE:

● Remover a sujidade, a oleosidade, o suor e outros resíduos;


● Remover a microbiota transitória;
● Prevenir a transmissão de micro-organismos patogênicos;
● Promover segurança ao cliente e aos profissionais.

3. INDICAÇÃO:

1. Higienização das mãos com Água e Sabonete Líquido:

● Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou


outros fluidos corporais;
● Ao iniciar o turno de trabalho;
● Antes e após remoção de luvas;
● Antes e após uso do banheiro;
● Antes e depois das refeições;
● Após término do turno de trabalho;
● Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico para as mãos;
● Antes e após contato direto ao cliente;
● Após contato com superfícies próximas ao cliente (equipamentos, mobiliários);
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P.O.P.

● Antes e após a execução de procedimentos assistenciais, sobretudo os assépticos;


● Risco ou exposição a fluidos corporais ou excreções;
● Antes e após o uso de equipamentos de proteção individual;
● Nos casos de surtos;
● Antes da realização de procedimentos invasivos.

4. RESPONSÁVEL:
Todos os profissionais da Unidade de Saúde.

5. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Água;
● Sabão;
● Antissépticos;
● Papel toalha;
● Álcool;
● Lavatório;
● Dispensador de álcool e antissépticos;
● Lixeira para descarte do papel toalha.

6. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da higienização das mãos.

7. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

● Retirar relógios, joias e anéis das mãos e braços (sob tais objetos acumulam-se
bactérias que não são removidas mesmo com a lavagem das mãos);
● Abrir a torneira com a mão dominante sem encostar na pia para não contaminar a
roupa, quando na ausência de dispensador de pedal;
● Molhar as mãos;
● Colocar em torno de 3 a 5 ml de sabão líquido nas mãos;

41
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● Ensaboar as mãos (proporcionar espuma), através de fricção por, aproximadamente,


30 segundos em todas as faces (palma e dorso das mãos), espaços interdigitais,
articulações, unhas e extremidades dos dedos;
● Com as mãos em nível baixo, enxaguá-las em água corrente, sem encostá-las na pia,
retirando totalmente a espuma e os resíduos de sabão;
● Enxugar as mãos com papel toalha descartável;
● Em caso de torneira sem dispensador de pedal, fechar a torneira com o mesmo papel
toalha;
● Desprezar o papel toalha na lixeira no recipiente de descarte para resíduos comuns.

8. RISCOS RELACIONADOS:

Sem riscos.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


Considerações da ANVISA:
● Na aquisição de produtos destinados à higienização das mãos, deve-se verificar se
esses estão registrados na ANVISA, atendendo às exigências específicas para cada
produto;
● A afirmação da legalidade do produto poderá ser feita consultando o site da
ANVISA ou solicitando ao fornecedor, a comprovação do seu registro/notificação;
● Não devem ser aplicados nas mãos sabões e detergentes registrados na ANVISA
como saneantes, de acordo com a Lei n° 6.360 de 23 de setembro de 1976 (BRASIL,
1976) e a RDC nº 40, de 5 de junho de 2008 (BRASIL, 2008), uma vez que são
destinados apenas às superfícies inanimadas.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA:21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 06/01/21
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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REFERÊNCIAS:

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços de


saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. –
Brasília: Anvisa, 2010.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de
saúde. Brasília, 2007.
BRASIL. Ministério da saúde. Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a
vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências.
Diário Oficial da União [da República Federativa do Brasil], Brasília, 24 set.1976.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION – CDC. Guideline for Hand
Hygiene in Health-Care Settings: recommendations of the Healthcare Infection Control
Practices Advisory Committee and the HICPAC/ SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task
Force. MMWR 2002; 51(No RR-16). p.1-45.
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Guidelines on Hand Hygiene in Health Care.
Clean Care is Safer Care. Geneva: WHO, 2009.

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Procedimento: Data da Validação:


10. Limpeza e Desinfecção de Superfícies 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas nas superfícies inanimadas


utilizando-se meios mecânicos (fricção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes), em
um determinado período de tempo (BASSO, 2004). Independentemente da área a ser
higienizada, o importante é a remoção mecânica da sujidade e não simplesmente a passagem
de panos úmidos para espalhar a sujidade.
A desinfecção é o processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos
patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos
(BRASIL,1994). Tem a finalidade de destruir microrganismos das superfícies de serviços de
saúde, utilizando-se solução desinfetante. É utilizado após a limpeza de uma superfície que
teve contato com matéria orgânica. Definem-se como matéria orgânica todas as substâncias
que contenham sangue ou fluidos corporais. São exemplos: fezes, urina, vômito, escarro e
outros.

2. INDICAÇÃO:
A limpeza e a desinfecção de superfícies são elementos que convergem para a
sensação de bem-estar, segurança e conforto dos pacientes, profissionais e familiares nos
serviços de saúde. Corrobora, também, para o controle das infecções relacionadas à
assistência à saúde, por garantir um ambiente com superfícies limpas, com redução do número
de microrganismos e apropriadas para a realização das atividades desenvolvidas nesses
serviços.
● Limpeza Concorrente
− Técnica dos 2 baldes:
Varredura úmida:

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Tem o objetivo de remover o pó e possíveis detritos soltos no chão, fazendo uso de pano
úmido e rodo. Esses resíduos não podem ser levados até a porta de entrada, devendo ser
recolhidos do ambiente com o auxílio de pá.
Ensaboar:
É a ação de fricção com sabão ou detergente sobre a superfície com a finalidade de
remoção de toda sujidade.
Enxaguar e secar:
Remover o sabão ou detergente. Nessa etapa, os dois baldes conterão apenas água.
● Desinfecção com presença de matéria orgânica
Realiza-se a desinfecção das superfícies onde ocorreu um pequeno derramamento de
substâncias corporais ou sangue, incluindo respingos.

3. RESPONSÁVEL:
Auxiliares de Serviços Gerais.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Luvas;
● Óculos;
● Avental;
● Máscara;
● Botas;
● Touca;
● Saco de lixo;
● Baldes;
● Vassoura;
● Rodo;
● Panos limpos;
● Água;
● Detergente líquido;
● Pá de lixo.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de limpeza e desinfecção de superfícies.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Limpeza Concorrente
● Técnica dos 2 baldes:
Varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar:
1. Reunir o material necessário;
2. Colocar o EPI;
3. Preparar o ambiente para limpeza e reunir mobiliário leve para deixar a área livre;
4. Iniciar a limpeza do piso, mergulhando o pano de limpeza de piso limpo em um
balde contendo apenas água, torcendo suavemente e envolvendo no rodo;
5. Iniciar a varredura úmida pelos cantos (do fundo para a porta de entrada), com
movimentos firmes contínuos, a fim de remover as partículas maiores do piso
(migalhas, papéis, cabelo e outros);
6. Recolher as partículas maiores do piso com a pá. Nunca direcionar os resíduos para
o banheiro;
7. Enxaguar o pano em outro balde contendo apenas água limpa;
8. Mergulhar o pano de limpeza de piso limpo em um balde contendo solução de água
e sabão ou detergente, torcendo suavemente e envolvendo no rodo;
9. Repetir a operação quantas vezes forem necessárias. A água do balde também deve
ser trocada sempre que houver necessidade;
10. Enxaguar o piso, mergulhando um pano limpo em balde contendo apenas água
limpa e secar o piso. Repetir a operação quantas vezes for necessário;
11. Realizar a limpeza do banheiro;
12. Repor produtos de higiene: papel higiênico, papel toalha, sabonete líquido e outros;
13. Recolher o material utilizado no local, organizando o ambiente;
14. Encaminhar os panos utilizados na limpeza, preferencialmente, para processamento
na lavanderia ou lavá-los manualmente no expurgo. Desprezar a água do balde em

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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local específico. Nunca utilizar lavatórios/pias ou banheiro do paciente para esse


fim;
15. Lavar e secar os recipientes para resíduos, repor os sacos e retorná-los ao local de
origem;
16. Realizar check-list dos procedimentos relativos à limpeza concorrente;
17. Recolher o material utilizado e recolocar o mobiliário no local adequado.
● Desinfecção com presença de matéria orgânica:
1. Utilizar luvas de autoproteção (látex);
2. Retirar o excesso da matéria orgânica em papel absorvente;
3. Desprezar o papel em saco de lixo para resíduo infectante;
4. Aplicar o desinfetante e deixar o tempo necessário – 10 minutos;
5. Remover o desinfetante com pano molhado;
6. Proceder a limpeza com água e sabão.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Risco biológico;
● Risco químico;
● Risco de natureza físico-química;
● Risco tóxico;
● Risco ergonômico.

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INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


Limpeza e Desinfecção de Superfícies nos Serviços de Saúde

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Limpeza e Desinfecção de Banheiros

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Limpeza de Áreas Externas

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 13/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de


saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília: Anvisa, 2010.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Procedimento:
Data da Validação:
11. Medidas Antropométricas em Maiores de 2 anos, Adolescentes,
21/03/2015
Adultos e Idosos
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Avaliação do peso e altura em maiores de 2 anos, adolescentes, adultos e idosos.

2. INDICAÇÃO:
A aferição das medidas antropométricas em maiores de 2 anos, adolescentes, adultos e
idosos é indicada para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e
avaliação do estado nutricional dos indivíduos.

3. RESPONSÁVEL:
Médico, Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Cirurgião-Dentista, Agentes
Comunitários de Saúde e acadêmicos de Enfermagem, Medicina e do curso Técnico em
Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Papel toalha;
● Balança mecânica de plataforma;
● Balança eletrônica digital;
● Régua antropométrica.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de pesar e medir pacientes maiores de 2 anos.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Aferição do peso utilizando balança mecânica de plataforma:


● Destravar a balança;

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

● Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na


mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador;
● Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
● Travar a balança, após calibração;
● Solicitar que a criança, adolescente, adulto ou idoso retire os calçados antes de subir
na plataforma para ser pesado;
● Cobrir a superfície da balança com papel toalha;
● Posicionar o indivíduo de costas para a balança, descalço, com o mínimo de roupa
possível, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos
ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição;
● Destravar a balança;
● Mover o cursor maior sobre a escala numérica, para marcar os quilos;
● Mover o cursor menor para marcar os gramas;
● Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
● Travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o bom
funcionamento do equipamento;
● Realizar a leitura de frente para o equipamento, para visualizar melhor os valores
apontados pelos cursores;
● Retirar a criança, adolescente, adulto ou idoso da balança;
● Retornar os cursores ao zero na escala numérica;
● Desprezar o papel toalha em lixo comum;
● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de
registro específico da Unidade.

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ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

2. Aferição do peso utilizando balança eletrônica (Digital):


● A balança deve estar ligada antes do indivíduo posicionar-se sobre o equipamento.
Esperar que a balança chegue ao zero;
● Solicitar que a criança, adolescente, adulto ou idoso retire os calçados antes de subir
na balança para ser pesado;
● Cobrir a superfície da balança com papel toalha;
● Colocar a criança, adolescente, adulto ou idoso no centro do equipamento, com o
mínimo de roupa possível, descalço, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos
ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição;
● Realizar a leitura após o valor de o peso estar fixado no visor;
● Retirar a criança, adolescente, adulto ou idoso da balança.
● Desprezar o papel toalha em lixo comum;
● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de
registro específico da Unidade.

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ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

3. Altura utilizando a balança:


● Solicitar que a criança, adolescente, adulto ou idoso retire os calçados antes de subir
na plataforma para ser pesado;
● Cobrir a superfície da balança com papel toalha;
● Posicionar a criança, adolescente, adulto ou idoso descalço e com a cabeça livre de
adereços, no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, ereto, com os braços estendidos
ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos
olhos;
● Manter as pernas do indivíduo paralelas, mas não é necessário que as partes internas
das mesmas estejam encostadas. Os pés devem formar um ângulo reto com as
pernas;
● Em caso do uso da régua antropométrica, solicitar que o indivíduo encoste os
calcanhares, as panturrilhas, os glúteos, as escápulas e parte posterior da cabeça
(região do occipital) no estadiômetro ou parede. Quando não for possível encostar
esses cinco pontos, devem-se posicionar no mínimo três deles;
● Abaixar a parte móvel do medidor de altura da balança ou da régua antropométrica,
fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar o
indivíduo, quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu;
● Realizar a leitura da medida, sem soltar a parte móvel do equipamento;
● Retirar a criança, adolescente, adulto ou idoso da balança ou da posição de medida;
● Desprezar o papel toalha em lixo comum;
● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de
registro específico da Unidade.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao paciente:
● Tomar cuidado ao descer da balança.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


Registrar os dados antropométricos, com atenção, no caderno e no Prontuário
eletrônico para lançamentos de dados do SISVAN.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 13/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de
saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 76 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde).

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Procedimento: Data da Validação:


12. Medidas Antropométricas em Menores de 2 anos 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Aferição dos indicadores que visam estimar a massa corporal total com finalidade
diagnóstica e terapêutica. Os mais utilizados são: peso, altura, perímetro cefálico, torácico e
abdominal.

2. INDICAÇÃO:

A aferição das medidas antropométricas em menores de 2 anos é indicada para


avaliação do estado nutricional e para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
(CD) da criança.

3. RESPONSÁVEL:
Médico, Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Cirurgião-Dentista, Agentes
Comunitários de Saúde e acadêmicos de Enfermagem, Medicina e do curso Técnico em
Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Álcool a 70%;
● Algodão;
● Papel toalha;
● Balança pediátrica mecânica;
● Balança pediátrica digital;
● Maca;
● Régua antropométrica;
● Fita métrica de material flexível.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de pesar e medir pacientes menores de 2 anos.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Aferição do peso utilizando balança pediátrica mecânica:


● Realizar desinfecção da balança com algodão e álcool 70%;
● Cobrir a superfície da balança com papel toalha;
● Destravar a balança;
● Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na
mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador;
● Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
● Após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada;
● Pedir a mãe ou responsável para retirar todas as peças de roupa da criança, inclusive
a fralda;
● Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato da balança, de modo a
distribuir o peso igualmente;
● Destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo possível nessa posição;
● Orientar a mãe ou responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança, nem no
equipamento;
● Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos;
● Mover o cursor menor para marcar os gramas;
● Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
● Travar a balança, evitando, assim, que sua mola desgaste, assegurando o bom
funcionamento do equipamento;
● Realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível da
escala para visualizar melhor os valores apontados pelos cursores;
● Retirar a criança da balança, retornar os cursores ao zero na escala numérica e travar
a balança;
● Desprezar o papel toalha em lixo comum;
● Pedir à mãe ou responsável que vista a criança;
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de


registro específico da Unidade.

2. Aferição do peso utilizando balança pediátrica eletrônica (Digital):


● Realizar desinfecção da balança com algodão e álcool 70%;
● Cobrir a superfície da balança com papel toalha;
● Ligar a balança e esperar que a chegue ao zero;
● Pedir a mãe ou responsável para retirar todas as peças de roupa da criança, inclusive
a fralda;
● Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato da balança, de modo a
distribuir o peso igualmente;
● Manter a criança parada, o máximo possível, nessa posição;
● Orientar a mãe ou responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança, nem no
equipamento;

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

● Aguardar que o valor do peso esteja fixado no visor e realizar a leitura;


● Retirar a criança da balança;
● Desprezar o papel toalha em lixo comum;
● Pedir à mãe ou responsável que vista a criança;
● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de
registro específico da Unidade.

3. Aferição do comprimento:
● Deitar a criança na maca, descalça e com a cabeça livre de adereços;
● Pedir ajuda da mãe ou responsável para manter a criança na posição: a cabeça deve
estar apoiada firmemente contra a parte fixa da régua antropométrica, com o pescoço
reto e o queixo afastado do peito; os ombros totalmente em contato com a superfície
da maca; os braços estendidos ao longo do corpo; as nádegas e os calcanhares da
criança em pleno contato com a superfície que apóia a régua antropométrica;
● Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de
modo que eles fiquem estendidos;
● Juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas;
● Levar a parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com cuidado para que
não se mexam;
● Realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se
moveu da posição indicada;
● Retirar a criança da posição;

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P.O.P.

● Pedir à mãe ou responsável que vista a criança;


● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de
registro específico da Unidade.

4. Aferição de perímetro cefálico:


● Sentar a criança sobre a maca ou no colo da mãe ou responsável;
● Posicionar a fita sobre a proeminência occipital e sobre o arco das sobrancelhas;
● Passar a fita ao redor da cabeça, da esquerda para direita, cruzando-a na frente para
facilitar a visualização da medida;
● Pressionar levemente a fita comprimindo o cabelo da criança;
● Realizar a leitura considerando-se a última unidade de medida completa;
● Anotar a medida verificada na Caderneta de Saúde da Criança e em documento de
registro específico da Unidade;
● Realizar desinfecção da fita métrica com algodão e álcool 70%.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao paciente:
● Tomar cuidado com a criança na balança.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


Registrar os dados antropométricos, com atenção, no caderno e no prontuário
eletrônico para lançamentos de dados do SISVAN.

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ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 13/01/2020
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde:
Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2011. 76 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde)
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à
saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 61 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
MACCHIAVERNI, L.M.L. BARROS A.A.F. Perímetro cefálico: Por que medir sempre.
Medicina, Ribeirão Preto, 31: 595-609, out. /Dez. 1998.
Semiologia Pediátrica. Disponível em:
http://www.voltaredonda.rj.gov.br/saude/cuidados/Saude%20da%20Crianca%20-%20A%20C
onsulta%20Pediatrica%20-%20Fornecendo%20informacoes%20VR.pdf.

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Procedimento: Data da Validação:


13. Nebulização 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

É a administração de medicação nas vias aéreas superiores (VAS) por meio de


dispositivos que liberam pequenas partículas de agentes farmacológicos no tecido epitelial
mucoso do trato respiratório.

2. INDICAÇÃO:

● Umidificar a via aérea superior;


● Facilitar a drenagem de muco das vias aéreas superiores e pulmonares;
● Liquefazer secreção brônquica resistente associando à nebulização o mucolítico;
● Diminuir a inflamação através da associação de corticóides à nebulização.

3. RESPONSÁVEL:

Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e acadêmicos de Enfermagem e do curso


Técnico em Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Kit de nebulização;
● Soro fisiológico 0,9%;
● Seringa de 10 ml;
● Aparelho de nebulização;
● Medicação prescrita.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de realizar a nebulização.

66
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6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Conferir a prescrição;
2. Conferir os nove itens: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa, via
certa, registro certo, diluição certa s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
3. Separar o material a ser utilizado;
4. Realizar a higienização das mãos;
5. Explicar o procedimento ao paciente;
6. Preparar a inalação de acordo com a prescrição;
7. Conferir a solução preparada com a prescrição médica;
8. Colocar o paciente em posição sentada ou no colo do acompanhante se for criança e
necessite;
9. Separar e montar o kit de nebulização conforme faixa etária do usuário;
10. Conectar o kit de nebulização ao nebulizador;
11. Preparar a medicação de acordo com a dosagem prescrita e montar o circuito;
12. Observar o funcionamento do inalador pela névoa que se forma;
13. Adaptar a máscara ao paciente, mantendo o recipiente do inalador na posição vertical;
14. Orientar o paciente (se colaborativo) a permanecer com a máscara junto a face,
mantendo a respiração eupneica durante todo o procedimento;
15. Observar possíveis alterações e/ou queixas do usuário durante realização do
procedimento;
16. Solicitar presença do enfermeiro ou médico em caso de possíveis alterações;
17. Manter a inalação durante o tempo indicado, observando o paciente;
18. Fechar a nebulização quando a névoa parar de sair;
19. Desconectar a extensão do inalador;
20. Checar na receita: data, horário realizado, nome e assinatura;
21. Recolher o material utilizado;
22. Realizar a higienização das mãos;
23. Checar o aprazamento da prescrição;
24. Fazer anotação de enfermagem relacionada ao procedimento.

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7. RISCOS RELACIONADOS:

● Certificar-se que a montagem do kit de nebulizador ficou estável;


● Interromper a medicação se ocorrerem reações ao medicamento e comunicar
imediatamente ao médico ou enfermeiro;
● Trocar o kit de nebulização a cada uso, enviando para a sala de preparo de material;
● O kit de nebulização é de uso individual;
● Observar sinais de taquicardia e, se possível, avaliar frequência cardíaca antes e
depois da realização do procedimento.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


● ORGANIZAÇÃO DA SALA DE NEBULIZAÇÃO:
− Realizar assepsia da mesa com álcool 70% e pano limpo;
− Organizar e separar os materiais do kit no local adequado;
− Realizar conferência de medicações utilizadas na sala de nebulização de acordo com
quantidade e validade, e armazenar em local adequado;
− Realizar troca do soro fisiológico, seringa e agulha de aspiração a cada 24 horas,
identificando a troca com data, hora e nome do funcionário responsável por sua
realização.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 13/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:
BARE, B.G.; SUDDARTH, D.S. Brunner - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª
Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
SILVA, L.D., PEREIRA, S.R.M., MESQUITA, A.M.F. Procedimentos de enfermagem:
Semiotécnica para o cuidado. Rio de Janeiro: Medsi; 2005.

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Procedimento: Data da Validação:


14. Realização de Curativo 15/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Consiste na realização de procedimentos com o paciente portador de feridas,


instituindo tratamento adequado, proporcionando ambiente ideal para a cicatrização.

2. INDICAÇÃO:

Realizar conduta padronizada e sequencial na execução de curativos em pacientes


portadores de feridas, de acordo com sua indicação. Objetivo: realizar limpeza; promover
hemostasia; remover corpos estranhos; reaproximar bordas separadas; proteger a ferida contra
contaminação e infecção; fazer desbridamento com remoção do tecido necrótico e esfacelos;
reduzir o edema; manter a umidade da superfície da lesão, absorvendo o exsudato com a
manutenção das condições ideais no leito da ferida; fornecer isolamento térmico; promover a
cicatrização da lesão; preencher espaços mortos; estimular o processo cicatricial; reduzir a
dor; limitar a movimentação dos tecidos em torno da lesão e oferecer conforto psicológico ao
paciente.

3. RESPONSÁVEL:

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, acadêmicos do curso técnico de


enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI (avental impermeável, máscara, touca, óculos, luvas de procedimento);


● Álcool a 70%;
● Bandeja não estéril;
● Luvas estéreis;
● Soro fisiológico a 0,9% (preferencialmente aquecido 37°);
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● Agulha estéril de calibre 40x12;


● Pacote de curativo estéril contendo uma pinça hemostática, pinça anatômica e uma
tesoura (preferencialmente, recomenda-se o uso de pinças estéreis sempre que
disponível);
● Lâmina de bisturi sempre quando necessário realizar desbridamento instrumental
conservador;
● Luva estéril, sempre que necessário;
● Pacotes com gaze estéril, com tamanho: 7,5cm x 7,5cm;
● Sonda de aspiração com calibre (French): 6- 8 Fr;
● Compressa/acolchoado estéril;
● Adesivo específico ou filme de poliuretano ou esparadrapo impermeável;
● Atadura de crepom, se necessário;
● Bacia estéril, se necessário;
● Saco plástico ou forro impermeável;
● Lixeira para resíduo infectante;
● Biombo, sempre que necessário.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de realização de curativo.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Ler a prescrição do paciente;


2. Realizar higienização das mãos com água e sabão;
3. Separar uma bandeja para o procedimento;
4. Fazer desinfecção da bandeja com gaze embebida em álcool 70%, unidirecional,
repetindo o movimento três vezes e aguardar secagem espontânea;
5. Higienizar as mãos com álcool glicerinado 70%;
6. Separar o material para o procedimento, colocando-o na bandeja;
7. Levar a bandeja até a unidade do paciente, colocá-la no carro de curativos ou mesa
auxiliar ou superfície fixa;

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8. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;


9. Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento, pedir sua
autorização;
10. Se for necessário, realizar o registro fotográfico da lesão, solicitar por escrito a
autorização;
11. Promover privacidade, utilizando biombos, se necessário;
12. Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento e expor apenas a área a ser
tratada;
13. Proteger a roupa de cama com um forro impermeável ou saco plástico sob a região do
curativo. Em caso de lesão de MMII, utilizar a bacia sob a região a ser tratada;
14. Organizar o material de modo a otimizar o procedimento, utilizando técnica asséptica;
15. Colocar EPI padrão (gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção);
16. Higienizar as mãos com álcool glicerinado 70%;
17. Calçar luva de procedimento;
18. Remover o curativo cuidadosamente, umedecendo a gaze ou cobertura primária com
soro fisiológico a 0,9 % para facilitar a remoção;
19. Desprezar a luva de procedimento;
20. Realizar a desinfecção da parte superior do frasco (tampa protetora) de soro
fisiológico 0,9% com álcool a 70% e removê-la;
21. Calçar luva de procedimento (ou estéril, conforme protocolo de curativo do
município);
22. Perfurar a borracha conectora com agulha 40x12, mantendo a agulha conectada ou
utilizar seringa de 20ml com agulha 40x12;
23. Realizar a limpeza de pele perilesional e bordas, utilizando uma gaze úmida em soro
fisiológico, com movimento de fricção suave;
24. Realizar a limpeza da ferida, utilizando o jato de soro fisiológico a 0,9%,
preferencialmente pré-aquecido (37º C), mantendo uma distância de aproximadamente
15 cm da ferida;
25. Avaliar a necessidade de debridamento instrumental conservador;

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26. Se necessário, utilizar a técnica de fricção com uma gaze umedecida em soro
fisiológico para remoção de exsudato, esfacelo e/ou corpos estranhos do leito da
ferida, com o cuidado de realizar movimentos suaves para não traumatizar o tecido
neoformado, sempre no sentido do meio menos contaminado para o meio mais
contaminado;
27. Na presença de tunelizações ou descolamentos, se necessário, utilizar a sonda de
aspiração, acoplada à seringa, para facilitar a irrigação de soro fisiológico;
28. Secar somente a pele ao redor da ferida e bordas com gaze 7,5 x 7,5, mantendo o leito
úmido;
29. Aplicar a cobertura prescrita com base nas características da ferida (Protocolo de
Tratamento de Feridas do Município de Montes Claros), considerando a manutenção
das condições ideais para a cicatrização;
30. Aplicar cobertura secundária, se necessário, podendo ser utilizada gaze seca,
compressas de algodão;
31. Fixar com adesivo hipoalergênico, esparadrapo, filme transparente, rede tubular ou
atadura, ocluindo totalmente a cobertura secundária, considerando as condições da
pele perilesional e a região anatômica da ferida;
32. Identificar o curativo com a data da realização e o profissional responsável pela
execução;
33. Deixar o paciente confortável;
34. Desprezar o material utilizado nos locais apropriados;
35. Realizar higienização das mãos com água e sabão;
36. Realizar as anotações necessárias, assinando e carimbando o relato no prontuário do
paciente.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico;
● Erros de técnica.

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INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


● Esta técnica não se adequa as feridas que cicatrizam por 1ª intenção, bem como as
feridas isquêmicas de extremidades;
● Sempre que necessário, solicitar exames complementares ao paciente com feridas e
encaminhá-lo ao médico especialista;
● A periodicidade de troca da cobertura primária estará diretamente ligada ao tipo de
cobertura utilizada e ao grau de saturação da mesma;
● A cobertura secundária deverá ser renovada sempre que se fizer necessário,
dependendo da saturação, deixá-la sempre seca;
● Deve-se estabelecer uma interação com o paciente no momento da realização do
curativo, orientando-o quanto ao que está sendo realizado, esclarecendo suas dúvidas,
promovendo uma relação de confiança a fim de promover a adesão ao tratamento;
● Todo o material contaminado deverá ser desprezado em lixo identificado como resíduo
infectante;
● É imprescindível que o enfermeiro realize as avaliações e evoluções com exame
clínico diário e registro fotográfico, previamente autorizado pelo paciente e/ou
acompanhante;

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina e Danielle Pereira


Alves DATA: 15/09/2015

REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle DATA: 06/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

RIO DE JANEIRO, Hospital Universitário Pedro Ernesto. Manual de Normas e Rotinas. Rio
de Janeiro, 2013.

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Procedimento: Data da Validação:


15. Recolhimento de Resíduos 16/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Consiste em recolher todos os resíduos de uma Unidade, acondicionando-os de forma


adequada e manuseando-os o mínimo possível. É a operação que precede todas as rotinas
técnicas de limpeza e desinfecção. Deve ser iniciada, sempre, da área menos contaminada
para a mais contaminada.

2. INDICAÇÃO:

Padronizar o recolhimento de resíduos da Unidade.

3. RESPONSÁVEL:

Profissionais da zeladoria.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI;
● Saco de lixo de material plástico;
● Caixa de papelão dura (descartex).

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade do recolhimento de resíduos.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Reunir o material para recolher o lixo: sacos de lixo de material plástico; botas; luvas
de autoproteção;
2. Colocar o EPI;
3. Recolher o saco de lixo que se encontra na lixeira, amarrando bem as bordas;
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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4. Colocar um saco de lixo novo na lixeira, fixando-o firmemente nas bordas;


5. Transportar o lixo recolhido até o depósito para a remoção pela coleta externa.
Observações:
● As lixeiras devem ser lavadas com água e sabão, semanalmente e sempre que
necessário;
● Verificar as regras básicas de acondicionamento do lixo de acordo com o tipo de
resíduo;
● Para o transporte do lixo, é recomendado a utilização de carrinho fechado. Este
carrinho deverá ser higienizado após sua utilização;
● Deve-se evitar, durante o transporte de resíduos, o cruzamento com pessoas e/ou
material limpo nos corredores e elevadores.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 16/09/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 13/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

COLOMBO, Secretaria Municipal de Saúde. Procedimentos Operacionais Padrão para as


Unidades Básicas De Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Colombo, 2012.

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Procedimento:
Data da Validação:
16. Rotina Técnica de Limpeza e Desinfecção: Nebulizadores
16/09/2015
(Máscaras, copinho, cachimbo e tubo de conexão)
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Desinfecção é o processo de eliminação de formas vegetativas, existentes em


superfícies inanimadas, mediante a aplicação de agentes químicos e/ou físicos.

2. INDICAÇÃO:

Realizar a limpeza e desinfecção do material de inalação após sua utilização.

3. RESPONSÁVEL:

Técnicos e auxiliares de enfermagem, acadêmicos do curso técnico de enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI (avental impermeável, máscara, touca, óculos, luvas de autoproteção);


● Solução de água e detergente;
● Hipoclorito de sódio a 1%;
● Recipiente com tampa - balde ou bacia plástica com tampa (opacos);
● Compressas ou panos limpos e secos;
● Seringa de 20ml.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da limpeza do artigo e/ou após o uso.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Separar o material necessário;


2. Colocar o EPI;
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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3. Desconectar as peças, lavando cada uma cuidadosamente com água e detergente;


4. Injetar a solução de água e detergente na luz do tubo com ajuda de uma seringa de
20ml;
5. Enxaguar o tubo com água corrente, usando o mesmo processo anterior para a parte
interna;
6. Colocar para escorrer ou secar com ar comprimido;
7. Enxaguar as demais peças rigorosamente interna e externamente;
8. Deixar escorrer sobre um pano limpo, completar a secagem manualmente se
necessário;
9. Imergir todas as peças em solução de hipoclorito a 1% por 30 minutos, no recipiente
opaco e com tampa;
10. Retirar as peças da solução com luvas de procedimento e/ou pinça longa;
11. Enxaguar as peças rigorosamente em água corrente;
12. Secar com pano limpo e seco;
13. Guardar as peças montadas em recipiente tampado;
14. Desprezar a solução de hipoclorito, enxaguar e secar o recipiente;
15. Manter a área limpa e organizada.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico;
● Erros de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, não poderão
ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de
saneantes à base de aldeídos.

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ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina e Danielle Pereira


Alves DATA: 21/03/2014

REVISADO: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle Alves, DATA: 06/01/2021
Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

COLOMBO, Secretaria Municipal de Saúde. Procedimentos Operacionais Padrão para as


Unidades Básicas De Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Colombo, 2012.

FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas de


processamento de artigos de superfícies para a rede municipal de saúde de Florianópolis.
Florianópolis: IOESC, 2007.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012. Dispõe sobre requisitos de


boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.

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Procedimento: Data da Validação:


17. Sondagem Nasoenteral 13/01/2021
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família

1. DEFINIÇÃO:

A sondagem nasoentérica é a passagem de uma sonda através das fossas nasais,


geralmente até o jejuno com a finalidade de alimentar e hidratar. Esta sonda causa menos
traumas que a sonda nasogástrica, podendo permanecer por mais tempo, e reduz o risco de
regurgitação e aspiração traqueal. A sondagem nasoentérica permite a administração de
nutrientes pela via digestiva normal. Ela pode ser utilizada em qualquer faixa etária para a
solução de diferentes problemas. Sua finalidade é a manutenção ou correção do estado
nutricional. De maneira geral, os indivíduos que conservam o aparelho digestivo em
funcionamento, porém não são capazes de ingerir os nutrientes adequados pela boca, podem
se beneficiar da nutrição via sonda nasoenteral.

2. INDICAÇÃO:

A sondagem nasoenteral é indicada em casos de pré e pós operatório de diversas cirurgias,


estado comatoso, anorexia, dentre outros.

3. RESPONSÁVEL:
Enfermeiro.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Bandeja contendo sonda nasoenteral em calibre adequado;


● SG10% 500 mL e equipo;
● Seringa de 20 ml;
● Pacote de gaze;
● Lubrificante;
● Micropore para fixação;

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● Estetoscópio;
● Tesoura.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre em que o paciente necessitar acompanhado por uma prescrição médica.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

● Higienizar as mãos.
● Preparar material e ambiente.
● Paramentar-se adequadamente.
● Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento.
● Posicionar o paciente em fowler (45º) sem travesseiro.
● Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice xifóide e daí mais
30 a 40 cm marcando com esparadrapo.
● Lubrificar a ponta da sonda.
● Passar a sonda através de uma das narinas solicitar ao paciente que auxilie (quando
possível) deglutindo a sonda quando passar pela faringe. Pode haver náuseas e
vômitos, portanto deixe-o repousar alguns minutos. A flexão cervical, nesta tarefa,
pode ser útil em pacientes intubados e sedados.
● Introduzir a sonda até a porção marcada com o esparadrapo.
● Retirar o fio guia segurando firmemente a sonda próximo ao nariz para que não saia;
● Verificar se a sonda está bem posicionada no estômago: aspirando o conteúdo
gástrico e injetando 20 ml de ar através da sonda e com o estetoscópio sobre o
epigástrio, auscultar a presença de som estridente.
● Ajustar a sonda na posição correta e fixá-la com micropore sobre a pele do paciente
(região nasal).
● Identificar a data da sondagem com um pequeno pedaço de esparadrapo.
● Deixar o paciente preferencialmente em decúbito lateral direito e manter soro
glicosado 10% a 7 gotas por minuto ou a critério médico a fim de facilitar a migração
da sonda ao duodeno.
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● Recolher o material.
● Retirar as luvas e lavar as mãos.
● Anotar o procedimento realizado registrando intercorrências, sinais de resíduos e
posicionamento da sonda.
● O RX para controle de sonda nasoduodenal pode ser solicitado após 6 horas de
passagem da sonda para confirmar o posicionamento.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao paciente:
● Obstrução da sonda;
● Remoção acidental da sonda;
● Ulceração nasal.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


Prevenção de agravo:

● Seguir procedimento técnico;


● Fixar a sonda adequadamente;
● Inspecionar narinas para avaliar a necessidade de aliviar pressões da sonda;
● Tratar agitação psicomotora.

Tratamento da não conformidade:

● Comunicar as intercorrências ao enfermeiro e médico e realizar os registros


necessários;
● Em caso de remoção acidental repassar a sonda caso necessário;
● Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada em caso de obstrução;
● Assegurar tratamento dos agravos e atenção à família;
● Sempre usar EPI;
● Realizar os registros necessários após os procedimentos;
● Manter o local em ordem.

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Sinais de mau posicionamento da sonda:


● Cianose facial e de extremidades;
● Tosse e dificuldade respiratória;
● Dificuldade de injetar ar para teste de ruído no fundo gástrico;
● Na presença destes sinais retirar a sonda e tentar introdução novamente.

ELABORADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle


DATA: 13/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

MOTTA, A. L. C. Normas, rotinas e técnicas de enfermagem. São Paulo: Iátia, 2003.


PRADO, M. L.; GELBCKE, F. L. Fundamentos para o cuidado profissional de
enfermagem. Florianópolis: Cidade Futura, 2013.

CINTRA, E. A.; NISCHIDE, V. M.; NUNES, W. A. Assistência de enfermagem ao


paciente gravemente enfermo. São Paulo: Atheneu, 2003.

HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados intensivos de enfermagem: uma abordagem


holística. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

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Procedimento: Data da Validação:


18. Sondagem Vesical 06/01/2021
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família

1. DEFINIÇÃO:
É um procedimento estéril que consiste na introdução de uma sonda até a bexiga,
através da uretra, com a finalidade de facilitar a drenagem da urina ou instilar medicação ou
líquido, com tempo de permanência longo ( sonda de demora ) ou curto ( sonda de alívio ),
determinado pelo médico.

2. INDICAÇÃO:

1. Facilitar a drenagem da urina;


2. Realizar controle rigoroso de diurese.

3. RESPONSÁVEL:

Profissionais enfermeiros.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

1. 01 agulha de aspiração (40x12);


2. 01 bolsa coletora de urina (sistema fechado);
3. 01 pacote de sondagem vesical;
4. 01 par de luvas de procedimento;
5. 01 par de luvas estéreis;
6. 01 seringa de 20 ml (deve ter ponta luer slip - simples - que encaixe no dispositivo de
preenchimento do balonete da sonda);
7. 01 sonda vesical de duas ou trê vias de calibre adequado;
8. Água destilada estéril de 10 ml;
9. 02 pacotes de gaze;
10. Kit com compressa, campo fenestrado e cuba rim estéreis;

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11. Micropore; Saco para lixo comum;


12. Solução de Clorexidina Aquoso a 2%;
13. Xilocaína geléia 2%.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade com a indicação médica.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

FEMININO:

1. Lavar as mãos;
2. Reunir o material e levar até a paciente;
3. Promover ambiente iluminado e privativo;
4. Explicar o procedimento à paciente;
5. Calçar luvas de procedimento;
6. Verificar as condições de higiene do períneo, se necessário, proceder à higienização
com água e sabão;
7. Posicionar a paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas e afastadas;
8. Visualizar o meato uretral;
9. Retirar as luvas de procedimento;
10. Organizar o material sobre uma mesa ou local disponível;
11. Abrir o pacote de sondagem, acrescentando: quantidade suficiente de antisséptico na
cuba rim, pacotes de gaze sobre o campo estéril, uma porção de xilocaína gel (após
descartar o primeiro jato) sobre o campo e/ou sobre a extremidade da sonda após testar
o balonete e a bolsa coletora;
12. Calçar as luvas estéreis;
13. Conectar a sonda à bolsa coletora;
14. Dobrar aproximadamente 07 folhas de gaze e colocar na cuba com o antisséptico;
Proceder à antissepsia do períneo com as gazes que foram embebidas no antisséptico
no sentido anteroposterior e lateral-medial;
15. Colocar o campo fenestrado de maneira a permitir a visualização do meato uretral;
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16. Com a mão não dominante e auxílio de gaze estéril, afastar os grandes lábios e expor o
meato uretral;
17. Em seguida, com a mão dominante introduzir a sonda com xilocaína 2% na sua
extremidade no meato uretral da paciente até retornar urina no intermediário da bolsa
coletora, sendo seguro introduzir mais uma porção a fim de evitar inflar o balonete no
canal uretral, pois o mesmo deve ser inflado no interior da bexiga urinária;
18. Inflar o balonete com 15-20 ml de água destilada e tracionar a sonda para verificar se
está fixa na bexiga;
19. Retirar o campo fenestrado;
20. Remover o antisséptico da pele da paciente com auxílio de uma compressa úmida,
secando em seguida;
21. Fixar com micropore o corpo da sonda na parte interna da coxa da paciente, tendo o
cuidado de não deixá-la tracionada;
22. Pendurar a bolsa coletora em suporte localizado abaixo do leito (e não nas grades);
23. Recolher o material, providenciando o descarte e armazenamento adequado;
24. Lavar as mãos novamente, retornar e identificar a bolsa coletora com nome da
paciente, data, turno e nome do enfermeiro responsável pelo procedimento;
25. Registrar o procedimento no prontuário, atentando para as características e volume
urinário.

MASCULINO:

1. Higienizar as mãos;
2. Reunir o material e levar até o paciente;
3. Promover ambiente iluminado e privativo;
4. Explicar o procedimento ao paciente;
5. Calçar luvas de procedimento;
6. Verificar as condições de higiene do períneo, se necessário, proceder à higienização
com água e sabão; secar após.
7. Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com as pernas levemente afastadas;
8. Retirar as luvas de procedimento;

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ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

9. Organizar o material sobre uma mesa ou local disponível;


10. Abrir o pacote de sondagem, acrescentando: quantidade suficiente de antisséptico na
cuba redonda, pacotes de gaze sobre o campo estéril, uma porção de xilocaína gel a
2% (após descartar o primeiro jato) sobre o campo e/ou sobre a extremidade da sonda
após testar o balonete e a bolsa coletora;
11. Acrescentar aproximadamente 10 ml de xilocaína gel a 2% na seringa, tendo o
cuidado de descartar o primeiro jato e de não contaminar a seringa (pode-se segurá-la
com o próprio envólucro e retirar o êmbolo com uma gaze, apoiando-o no campo).
Após, dispor a seringa com a xilocaína sobre o campo;
12. Calçar as luvas estéreis;
13. Conectar a bolsa coletora à sonda;
14. Dobrar aproximadamente 07 folhas de gaze e colocar na cuba com o antisséptico;
15. Proceder à antissepsia do períneo, bolsa escrotal e posteriormente do pênis, utilizando
as gazes embebidas no antisséptico iniciando com movimentos circulares ou
perpendiculares, no sentido do prepúcio para a base do pênis, depois, com auxílio de
uma gaze estéril, afastar o prepúcio e com a glande exposta fazer antissepsia da região
peniana, novamente com movimentos circulares, no sentido da glande para a raiz do
pênis, mantendo o prepúcio tracionado, por último realizar a antissepsia do meato em
movimento circular, no sentido do meato para glande;
16. Colocar o campo fenestrado de maneira a permitir a visualização do meato uretral;
17. Introduzir no meato urinário 10 ml de xilocaína gel 2% com auxílio da seringa ou
colocar a xilocaína gel na extremidade da sonda (em torno de 15 a 20 centímetros) que
está sobre o campo estéril. Com a mão não dominante posicionar o pênis a 90º em
relação ao corpo do paciente e com a mão dominante introduzir a sonda no meato
uretral do paciente até retornar urina no intermediário da bolsa coletora, sendo seguro
introduzir mais uma porção a fim de evitar inflar o balonete no canal uretral, pois o
mesmo deve ser inflado no interior da bexiga urinária;
18. Inflar o balonete com 15-20 ml de água destilada e tracionar a sonda para verificar se
está fixa na bexiga;
19. Retornar o prepúcio a posição anatômica;

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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20. Retirar o campo fenestrado;


21. Retirar o antisséptico da pele do paciente com auxílio de compressa úmida, secando
em seguida;
22. Fixar com micropore o corpo da sonda na região inguinal ou suprapúbica do paciente,
tendo o cuidado de não deixá-la tracionada;
23. Pendurar a bolsa coletora na lateral em suporte localizado abaixo do leito (e não na
grade);
24. Recolher o material, providenciando o descarte e armazenamento adequado;
25. Higienizar as mãos novamente, retornar e identificar a bolsa coletora com nome do
paciente, data, turno e nome do enfermeiro responsável pelo procedimento;
26. Registrar o procedimento no prontuário e/ou folha de observação complementar do
paciente,atentando para as características e volume urinários.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Erros de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

O teste do balonete pode ser feito em um destes momentos:


● Dentro do campo estéril: colocando a seringa e a sonda no campo estéril, a água
destilada na cuba rim. Aspira-se a água destilada e testa-se se o balonete está íntegro;
● Antes de dispor o material no campo: aspira-se a água destilada e testa-se o balonete
segurando a sonda dentro do pacote, expondo apenas o local de preenchimento do
balonete.

ELABORADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle


DATA: 06/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

REFERÊNCIAS:

PRADO, Marta Lenise do et al (org.). Fundamentos para o cuidado profissional de


enfermagem. 3. ed. Florianópolis: UFSC, 2013. 548 p. Revisada e ampliada.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Procedimento: Data da Validação:


19. Técnica de Diluição de Hipoclorito 16/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
13/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Desinfecção é o processo de eliminação de formas vegetativas, existentes em


superfícies inanimadas, mediante a aplicação de agentes químicos e/ou físicos.

2. INDICAÇÃO:

Realizar a desinfecção das máscaras de nebulização, copinho, cachimbo e tubo de


conexão.

3. RESPONSÁVEL:
Técnicos de enfermagem e acadêmicos do curso Técnico em Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI (avental impermeável, máscara e luvas de autoproteção);


● Solução de água e detergente;
● Toalhas ou panos limpos e secos;
● Balde com tampa;
● Hipoclorito de sódio a 10% para utilização a 0,02% ou 0,5%;
● Seringa de 20 ml;
● Copo medidor.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de diluição do produto.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Separar o material necessário;

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

2. Colocar o EPI;
3. Desconectar as peças e lavar cada uma individualmente;
4. Injetar solução de água e detergente na luz do tubo com a seringa;
5. Enxaguar o tubo com água corrente e colocar para secar em cima de um pano limpo;
6. Diluir o hipoclorito:
o 250ml de hipoclorito + 4750ml de água;
7. Imergir todas as peças em solução à 0,5% por 60 minutos em recipiente tampado;
8. Retirar as peças com luvas de procedimento ou pinças;
9. Não é necessário enxágue;
10. Secar em pano limpo;
11. Guardar as peças em recipiente tampado;
12. Desprezar solução de hipoclorito, enxaguar e secar o recipiente;
13. Lavar as mãos.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente químico;
● Erros de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


CÁLCULO DE DILUIÇÃO DE HIPOCLORITO DE SÓDIO:
● Volume do Hipoclorito = Concentração desejada (%) x Volume desejado
Concentração do Fabricante (%)

● Onde:
− Concentração desejada = concentração ao final da diluição;
− Volume desejado = quantidade de solução que se deseja obter ao final do processo;
− Volume do Hipoclorito = quantidade a ser retirada do hipoclorito.
● Exemplo:
− Hipoclorito a 10% para utilização a 0,5%, para solução final de 5 litros.
0,5 x 5000 🡺 250ml
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 16/09/2015
REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA: 12/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

COLOMBO, Secretaria Municipal de Saúde. Procedimentos operacionais padrão para as


unidades básicas de saúde secretaria municipal de saúde. Colombo, 2012.

FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas de


processamento de artigos de superfícies para rede municipal de saúde de Florianópolis.
Florianópolis: IOESC, 2007.

91
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Procedimento: Data da Validação:


20. Técnica de Empacotamento de Material (Técnica do Envelope) 16/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01//2021

1. DEFINIÇÃO:

A escolha do invólucro para empacotamento depende das características dos artigos e


do processo de esterilização a ser escolhido. As embalagens são necessárias para proteção dos
artigos críticos após sua esterilização e devem atender as especificações do equipamento para
garantir que o artigo foi esterilizado com segurança, considerando a permeabilidade para
penetração e eliminação do agente esterilizante.
● Papel grau cirúrgico (laminados de polietileno ou polipropileno) atende as
recomendações e deve ser o material de escolha;
● Algodão cru ou musselina pode ser utilizado em campos duplos (duas camadas de
tecido), conforme legislação ABNT;
● A cada utilização dos tecidos, os mesmos devem ser lavados, para a retirada de poeira
e recomposição das fibras;
● As caixas metálicas para calor úmido devem ser perfuradas na sua parte superior ou
inferior ou em ambas (uso exclusivo para esterilização em autoclave).
O instrumental pode ser acondicionado em duas formas:
● Embalados individualmente e colocados dentro da caixa que irá fechada para a
autoclave, ou soltos dentro da caixa, e esta será embrulhada em tecido tipo 36 TNT, ou
algodão cru ou em invólucros de papel grau cirúrgico.

2. INDICAÇÃO:

Empacotar o material a fim de funcionar como barreira microbiológica; possibilitar a


identificação dos materiais; possibilitar a abertura asséptica pelos profissionais; garantir
atoxicidade e permitir que o agente físico esterilizador entre em contato com os materiais.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

3. RESPONSÁVEL:

Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, acadêmicos do curso Técnico de Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI (avental impermeável, máscara, touca, óculos, luvas de procedimento);


● Campo em tecido de algodão cru, papel crepado ou não tecido;
● Material a ser empacotado;
● Fita teste para autoclave a vapor.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade do empacotamento de material a ser esterilizado.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Colocar o campo em posição diagonal sobre a bancada, colocando o material no


centro do campo;
2. Pegar a ponta voltada para o operador e cobrir o material, fazendo uma dobra externa
na ponta;
3. Pegar uma das laterais do campo e trazer sobre o objeto a ser empacotado, fazendo
uma dobra externa na ponta;
4. Repetir o procedimento com a outra lateral;
5. Completar o pacote trazendo a ponta restante sobre o objeto, finalizando o envelope,
fazendo uma prega na ponta;
6. Fechar o pacote com a fita teste para autoclave, envolvendo todo o pacote até
ultrapassar 3 cm do encontro da fita.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico;
● Erros de técnica.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


TÉCNICA DO ENVELOPE

PACOTE DE RETIRADA DE PONTO: 1- Separar o material necessário: - 01 pinça


anatômica com dente de rato - 01 pinça hemostática reta - 01 tesoura delicada reta ponta fina -
campo duplo 35 x 35 cm de algodão ou papel crepado - rótulo de identificação preenchido -
fita teste para autoclave - 07 gazinhas 7,5 x 7,5 cm; 2- Conferir limpeza e integridade do
material; 3- Abrir o campo duplo em posição diagonal sobre o balcão; 4- Colocar no centro do
campo 06 gazinhas, divididas em 02 grupos; 5- Proteger a ponta da tesoura semiaberta com
uma gazinha e colocá-la no centro do campo; 6- Colocar a pinça hemostática semiaberta e a
pinça anatômica ao lado da tesoura; 7- Empacotar conforme a técnica do envelope; 8- Fixar o
rótulo com identificação; 9- Encaminhar o pacote à área de esterilização. 10- Manter a área
limpa e organizada.

PACOTE DE CURATIVO: 1- Separar o material necessário: - 01 pinça hemostática reta. -


01 pinça anatômica serrilhada - 01 espátula de madeira - campo duplo, 35 x 35 cm de algodão
ou papel crepado - rótulo de identificação preenchido - fita teste para autoclave - 06 gazinhas
7,5 x 7,5 cm; 2- Conferir a limpeza e integridade do material; 3- Abrir o campo duplo em
posição diagonal sobre o balcão; 4- Colocar no centro do campo 06 gazinhas, divididas em 02
grupos; 5- Colocar as pinças semiabertas; 6- Empacotar conforme técnica do envelope; 7-

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Fixar o rótulo com a identificação; 8- Encaminhar o pacote à área de esterilização; 9- Manter


a área limpa e organizada.

PACOTE DE GAZE, CHUMAÇO E TORUNDA: 1- Separar o material necessário: - 06 a


10 gazinhas - papel crepado (25 x 25 cm) - fita teste para autoclave; 2- Empacotar as gazinhas
conforme a técnica do envelope; 3- Identificar o pacote; 4- Encaminhar o pacote à área de
esterilização; 5- Manter a área limpa e organizada.

PACOTE DE DIU: 1- Separar o material necessário: − 01 campo duplo de algodão 50 x 50


cm ou não tecido − 01 histerômetro de Collins − 01 pinça de Pozzi − 01 tesoura ponta romba
17 cm − 05 gazinhas − fita teste para autoclave; 2- Conferir a limpeza e a integridade do
material; 3- Abrir o campo duplo em posição horizontal; 4- Colocar as gazinhas e o
instrumental no centro do campo, com as pontas voltadas para a esquerda, desconectando as
peças do histerômetro; 5- Proteger as pontas da tesoura e da pinça Pozzi (semiabertos) com
gazinhas; 6- Envolver o material no campo conforme técnica do envelope; 7- Fechar o pacote
com fita teste para autoclave conforme rotina; 8- Fazer a identificação do pacote de acordo
com a rotina; 9- Encaminhar o pacote para área de esterilização; 10- Manter a área limpa e
organizada.

PACOTE DE GINECOLOGIA: 1- Separar o material necessário: − 01 campo duplo de


algodão 50 x 50cm ou não tecido − 01 espéculo vaginal nº 1, 2, 3 ou virgem (nº 0) − 01 pinça
de Cheron − 03 gazinhas − fita teste para autoclave; 2- Conferir a limpeza e integridade do
material; 3- Abrir o campo duplo em posição diagonal; 4- Colocar as gazinhas e o
instrumental no centro do campo com as pontas voltadas para a esquerda, mantendo o
instrumental semiaberto; 5- Envolver o material no campo conforme a técnica do envelope; 6-
Fechar o pacote com fita teste para autoclave conforme rotina; 7- Fazer a identificação do
pacote conforme rotina, colocando o número do espéculo; 8- Encaminhar o pacote para área
de esterilização; 9- Manter a área limpa e organizada.

PACOTE DE CUBA RIM E CUBA REDONDA: 1- Separar o material necessário: − 01


cuba rim inox − 01 campo duplo de algodão ou papel crepado de 75 x 75 cm − fita teste para
autoclave; 2- Conferir a limpeza e a integridade do material; 3- Abrir o campo em posição

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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diagonal sobre a mesa; 4- Colocar a cuba rim com a abertura voltada para baixo, no centro do
campo; 5- Confeccionar o pacote, conforme a técnica do envelope; 6- Fechar o pacote com a
fita teste identificando-o conforme rotina; 7- Encaminhar o pacote à área de esterilização; 8-
Manter a área limpa e organizada.

PACOTE DE TESOURA: 1- Separar o material necessário: − 01 tesoura − 01 gazinha − 01


campo duplo de algodão ou papel crepado (35 x 35 cm) − fita teste para autoclave; 2-
Conferir a limpeza e a integridade do material; 3- Colocar o campo em posição diagonal sobre
a mesa; 4- Colocar a tesoura semiaberta, no centro do campo, protegendo as pontas com uma
gazinha; 5- Confeccionar o pacote conforme a técnica do envelope; 6- Fechar o pacote com a
fita teste, identificando-o conforme rotina; 7- Encaminhar o pacote para a área de
esterilização; 8- Manter a área limpa e organizada.

PACOTE DE SUTURA: 1- Separar o material necessário: − 01 campo duplo de algodão


externo ou papel crepado 75 x 75 cm − 01 campo duplo interno de algodão ou papel crepado
75 x 75 cm − 01 campo fenestrado 40 x 40 cm c/ diâmetro de 10 cm − 01 compressa − 06
gazinhas − 01 pinça de Pean para assepsia − 01 pinça anatômica com dente de rato − 01 pinça
anatômica sem dente de rato − 01 pinça hemostática reta 14 cm − 01 porta-agulha Hegar 14
cm − 01 tesoura ponta fina 14 cm; 2- Conferir limpeza e integridade do material; 3- Abrir o
campo externo em diagonal sobre a mesa; 4- Colocar o campo interno sobre o campo externo
em sentido horizontal; 5- Colocar o instrumental, exceto a pinça de Pean no centro do campo
interno, com as pontas voltadas para a esquerda, deixando as pinças semiabertas, protegendo a
ponta da tesoura com uma gazinha; 6- Colocar campo fenestrado dobrado sobre o material; 7-
Colocar uma compressa dobrada sobre o campo fenestrado; 8- Colocar sobre a compressa 05
gazinhas e a pinça de Pean semiaberta sobre as gazinhas; 9- Fechar o pacote com fita teste
para autoclave, conforme técnica do envelope; 10- Identificar o pacote conforme rotina; 11-
Encaminhar o pacote para área de esterilização; 12- Manter a área limpa e organizada.

Observação: Os pacotes cirúrgicos (Pequena Cirurgia, Drenagem, Extração de Unha e


outros) são preparados conforme rotina técnica acima, variando apenas os instrumentais
utilizados nos procedimentos cirúrgicos.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

PRAZO DE VALIDADE DOS ARTIGOS ESTERILIZADOS

O prazo estabelecido para validade dos artigos esterilizados é controverso. Usualmente


as vigilâncias sanitárias têm recomendado para os consultórios odontológicos, o prazo de sete
dias desde que o pacote esteja íntegro e seco. Quando é previsto que, se este prazo for
considerado insuficiente, podemos proteger com uma embalagem de armazenamento. A
embalagem secundária - plástica - deverá ser adicionada logo após a esterilização, depois que
o material estiver totalmente resfriado. Assim acondicionado, poderá ser mantido por 30 dias,
desde que o conjunto permaneça íntegro e seco.
Em relação ao prazo de validade, a ANVISA na RDC 15, coloca como sendo a data
limite de uso do produto esterilizado: prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um
plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na resistência das
embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de
pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem
e rotatividade do estoque armazenado.
Para maior segurança:
● Manuseie o mínimo possível os pacotes esterilizados;
● Guarde em gavetas, prateleiras fechadas ou caixas plásticas;
● Não sobrecarregue os compartimentos para um pacote não danificar o outro;
● Proteja as pontas dos instrumentos;
● Organize o arsenal de modo que seja lógico para quem o manipula;
● Estabeleça critérios para guarda colocando sempre o mais novo numa posição mais
remota, para facilitar que o mais antigo seja utilizado em primeiro lugar;
● Lembre-se de colocar a data da esterilização e o prazo de validade;
● Separe os pacotes com embalagem secundária com maior prazo de validade;
● Coloque na posição de acesso mais fácil os kits que são utilizados com maior
frequência.
No momento da utilização certifique-se:
● Aprovação do indicador químico de processo;
● Integridade do pacote;
● Validade do prazo;
97
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ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

● Ausência de ferrugem no pacote.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina e Danielle Pereira


Alves
DATA:16/09/2015
REVISADO POR: Barbara Quadros Tonelli, Pâmela Scarlatt Durães
Oliveira, Joyce Micaelle Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins DATA: 06/01/2021
Santos.

REFERÊNCIAS:

BORGES, L.C. ASB e TSB: Formação e Prática da Equipe Auxiliar. Rio de Janeiro: Elsevier,
2014.
CROSP – CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO. Manual do
ASB e TSB: Câmara Técnica de TSB e ASB do CROSP. v 2. São Paulo: CROSP, 2016
BELO HORIZONTE, Secretaria Municipal de Saúde. Manual de Normas e Rotinas Técnicas
Central Distrital de Material Esterilizado. BELO HORIZONTE, 2012.

FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas de


processamento de artigos de superfícies para rede municipal de saúde de Florianópolis.
Florianópolis: IOESC, 2007.

98
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Procedimento: Data da Validação:


21. Técnica de Limpeza e Desinfecção de Almotolias 16/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

Desinfecção é o processo de eliminação de formas vegetativas, existentes em


superfícies inanimadas, mediante a aplicação de agentes químicos e/ou físicos.

2. INDICAÇÃO:

Padronizar a técnica de limpeza de almotolias após o término da solução e/ou


semanalmente, a fim de garantir a correta manipulação, limpeza e desinfecção dos mesmos.

3. RESPONSÁVEL:

Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, acadêmicos do curso Técnico de Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI (avental impermeável, máscara, touca, óculos, luvas de autoproteção);


● 01 esponja macia de limpeza;
● 01 escova de mamadeira;
● Solução de água e detergente;
● Toalha ou panos limpos e secos;
● Balde com tampa;
● Hipoclorito de sódio a 1%;
● Almotolias.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da limpeza das almotolias.

99
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Esvaziar as almotolias, desprezando a solução na pia;


2. Usar EPI para iniciar a limpeza do artigo;
3. Lavar externamente, incluindo a tampa, com solução de água e detergente usando a
esponja de limpeza;
4. Usar o mesmo processo internamente utilizando a escova de mamadeira;
5. Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em água corrente;
6. Colocar as almotolias e tampas para escorrer sobre o pano limpo e seco, até secarem
completamente;
7. Imergir as almotolias em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 30 minutos (atentar
para a concentração do hipoclorito conforme fornecedor e realizar a diluição
adequada);
8. Retirar o material da solução de hipoclorito, enxaguar rigorosamente em água corrente
e deixar escorrer sobre pano limpo e seco;
9. Guardar em recipiente com tampa ou reabastecer para uso;
10. Manter a área limpa e organizada.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico;
● Erros de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


● A quantidade de solução colocada nas almotolias deve ser suficiente apenas para uso
diário ou semanal;
● Nunca reabastecer as almotolias sem limpeza e desinfecção prévias;
● Ao abastecer para colocar as almotolias em uso, rotular com nome do produto, data do
dia, data do vencimento (7dias) e nome do responsável.

100
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
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ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina e Danielle Pereira


Alves DATA: 21/03/2014
REVISADO POR: Barbara Quadros Tonelli, Pâmela Scarlatt Durães
Oliveira, Joyce Micaelle Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins DATA: 06/01/2021
Santos.

REFERÊNCIAS:

Agência Nacional de vigilância Sanitária. “Portaria nº 2043, de 12 de dezembro de 1994”.


Disponível em: http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=723
COLOMBO, Secretaria Municipal de Saúde. Procedimentos operacionais padrão para as
unidades básicas de saúde secretaria municipal de saúde. Colombo, 2012.
FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas de
processamento de artigos de superfícies para rede municipal de saúde de Florianópolis.
Florianópolis: IOESC, 2007.
PARANA. Prefeitura Municipal, Procedimento operacional padrão para as unidades básicas
de saúde, 116 páginas, 2012.
RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde.
http://www.visa.goias.gov.br/arquivos/manual_PGRSS.pdf.

101
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

Procedimento:
Data da Validação:
22. Técnica de Limpeza e Desinfecção de Espéculo de Otoscópio
16/02/2021
(cone)
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família

1. DEFINIÇÃO:

Processos realizados para remoção de sujidades, orgânicas e inorgânicas, reduzindo a


carga microbiana, para que as etapas subsequentes sejam eficazes em artigos termossensíveis
passarão pelo processo de desinfecção. Com o objetivo de garantir de modo sistematizado a
desinfecção de materiais em quantidade, qualidade e condições adequadas para o uso, a fim
de promover uma assistência segura e eficaz ao paciente e condições de biossegurança ao
profissional.

2. INDICAÇÃO:

Padronizar a técnica correta na limpeza manual de artigos.

3. RESPONSÁVEL:

Técnicos e auxiliares de enfermagem, médicos, acadêmicos do curso técnico de


enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPIs (gorro, máscara, óculos de proteção, luvas de borracha, avental impermeável),


● Recipiente plástico de cor opaca com tampa;
● Detergente enzimático;
● Gaze não estéril;
● Panos limpos e macios;
● Escova de cerdas duras e finas;
● Bucha não abrasiva;
● Detergente neutro.

102
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ANTÔNIO PIMENTA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
P.O.P.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da limpeza de instrumental.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

● Separar o material;
● Usar EPI para iniciar a limpeza do instrumental;
● Desconectar todas as peças e lavar os cones com água e detergente neutro.
● Enxaguar bem os materiais em água corrente, inclusive a parte interna dos tubos com
auxílio de seringa.
● Colocar sobre pano limpo os materiais para secar. Usar ar comprimido para secar as
partes internas de tubos.
● Se necessário utilizar pano limpo e macio para completar a secagem dos materiais,
garantindo que os materiais estejam secos antes de colocar na solução desinfetante
para evitar que ocorra alteração na sua concentração.
● Imergir completamente todas as peças em recipiente opaco e com tampa contendo a
solução de hipoclorito a 1% por 30 minutos, pois é o tempo necessário para realização
do processo de desinfecção uma vez que o produto sofre inativação quando exposto a
radiação ultravioleta.
● Retirar os materiais da solução de hipoclorito.
● Enxaguar rigorosamente em água, até diminuir a impregnação do odor característico
do agente químico.
● Retirar os materiais e colocar sobre pano limpo para escorrer e completar a secagem
com pano limpo, seco e macio.
● Guardar as peças em recipiente com tampa.
● Após vencimento, desprezar solução de hipoclorito, lavar e secar recipiente (a solução
de hipoclorito de sódio 1% deve ser desprezada a cada 6 horas, conforme necessidade
ou no máximo em 24 horas).
● Manter a sala limpa e organizada.

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7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
o Acidente biológico;
o Erros de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


1. Na limpeza manual, a fricção deve ser realizada com acessórios não abrasivos e que
não liberem partículas.
2. O enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos
padrões de potabilidade definidos em normatização específica.
3. Durante o processo de limpeza, o profissional deve estar atento ao risco de acidente de
trabalho promovido pela presença de instrumentais pontiagudos ou perfuro-cortantes.
4. Mensalmente, revisar todo o material verificando seu estado de conservação.

Observação 1: O material não precisa ser lavado antes de realizar a imersão no detergente
enzimático.
Observação 2: Manter os artigos imersos em enzimático por mais tempo do que o
recomendado pelo fabricante, não garante uma limpeza melhor, mas, ao contrário, o ambiente
formado, fica ideal para o crescimento de microrganismos se for considerado que as proteínas
podem ser usadas como fonte de energia (SOBECC 2009).
Observação 3: O detergente enzimático deve ser descartado após cada uso, porque não
possui atividade bactericida e pode suportar o crescimento de organismos se armazenado
(AORN, 2010).
Observação 4:Não utilizar esponja de aço ou produtos abrasivos, pois danificam o material e
facilitam sua corrosão. 
Observação 5:A solução de hipoclorito de sódio 1% deve ser desprezada a cada 6 horas ou
conforme necessidade no máximo em 24 hs.

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ELABORADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle DATA: 16/02/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas de


processamento de artigos de superfícies para rede municipal de saúde de Florianópolis.
Florianópolis: IOESC, 2007.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012. Dispõe sobre requisitos de
boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Procedimento: Data da Validação:


23. Técnica de Limpeza Manual de Instrumental 16/09/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
06/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

É o processo de remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga


microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes, produtos e
acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em
superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e
preparado para desinfecção ou esterilização.

2. INDICAÇÃO:

Padronizar a técnica correta na limpeza manual de artigos.

3. RESPONSÁVEL:

Técnicos e auxiliares de enfermagem, acadêmicos do curso técnico de enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● EPI (avental impermeável, máscara, touca, óculos, luvas de autoproteção);


● Bacia, balde ou cuba de plástico de tamanho compatível com a quantidade de material;
● Escova de cerdas duras e finas;
● Compressas ou panos limpos e macios;
● Solução de água e detergente neutro ou detergente enzimático.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade da limpeza de instrumental.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Separar o material;
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2. Usar EPI para iniciar a limpeza do instrumental;


3. Manipular o material cuidadosamente evitando batidas ou quedas;
4. Separar as pinças de pontas traumáticas (Pozzi, Backhaus) e lavar separadamente,
evitando acidentes;
5. Imergir o instrumental aberto na solução de água e detergente (Seguir a orientação do
fabricante. Como, por exemplo, o detergente multienzimático da marca Poderoso, para
processo manual, diluir 2ml do produto para cada litro de água. Imergir o instrumental
na solução por 5 minutos, em temperatura ambiente.), para remoção dos resíduos de
matéria orgânica;
6. Observar para que o instrumental mais pesado e maior fique sob os pequenos e leves;
7. Lavar o instrumental, peça por peça, cuidadosamente com escova, realizando
movimentos no sentido das serrilhas. Dar atenção especial para as articulações,
serrilhas e cremalheiras;
8. Enxaguar rigorosamente o instrumental em água corrente, abrindo e fechando as
articulações;
9. Enxugar as peças com compressa ou pano macio e limpo, em toda a sua extensão,
dando especial atenção para as articulações, serrilhas e cremalheiras;
10. Manter a área limpa e organizada.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao profissional:
● Acidente biológico;
● Erros de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


1. Na limpeza manual, a fricção deve ser realizada com acessórios não abrasivos e que
não liberem partículas.
2. O enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos
padrões de potabilidade definidos em normatização específica.

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3. Durante o processo de limpeza, o profissional deve estar atento ao risco de acidente de


trabalho promovido pela presença de instrumentais pontiagudos ou perfuro-cortantes.
4. Mensalmente, revisar todo o material verificando seu estado de conservação.

Observação 1: O material não precisa ser lavado antes de realizar a imersão no detergente
enzimático.
Observação 2: Manter os artigos imersos em enzimático por mais tempo do que o
recomendado pelo fabricante, não garante uma limpeza melhor, mas, ao contrário, o ambiente
formado, fica ideal para o crescimento de microrganismos se for considerado que as proteínas
podem ser usadas como fonte de energia (SOBECC 2009).
Observação 3: O detergente enzimático deve ser descartado após cada uso, porque não
possui atividade bactericida e pode suportar o crescimento de organismos se armazenado
(AORN, 2010).

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina e Danielle Pereira


Alves DATA: 21/03/2014

REVISADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle DATA: 06/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas de


processamento de artigos de superfícies para rede municipal de saúde de Florianópolis.
Florianópolis: IOESC, 2007.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012. Dispõe sobre requisitos de


boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.

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Procedimento: Data da Validação:


24. Triagem Neonatal 21/03/2015
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família
12/01/2021

1. DEFINIÇÃO:

A Triagem Neonatal consiste no rastreamento precoce de doenças metabólicas,


genéticas e infecciosas que, muitas vezes, não apresentam sintomas perceptíveis apenas em
exame clínico nos primeiros dias de vida do recém-nascido.

2. INDICAÇÃO:

A realização da Triagem Neonatal é indicada para todos os neonatos entre o 3º e 5º


dias de vida, preferencialmente no 3º dia.

3. RESPONSÁVEL:

Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, acadêmicos de Enfermagem e do curso Técnico


em Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

● Lanceta BD- Azul;


● Papel Filtro;
● Álcool a 70%;
● Algodão ou Gaze;
● Luva de Procedimento;
● Suporte para secagem do papel filtro;
● Cartela contendo códigos pré-definidos pela NUPAD;
● Envelope branco;
● Lembrete para informações faltantes;
● Envelope carta resposta;
● Caixa de perfurocortante;

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● Livro de Registro e Caneta.

5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade de realizar a triagem neonatal.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Solicitar documento de identificação da mãe (Carteira de Identidade, Carteira de


Trabalho, CPF, Cartão SUS) e Caderneta da Criança, caso a criança tenha cartão
SUS, solicitar também;
2. Colar a etiqueta sem código de barras na Caderneta da Criança próximo ao campo
“Exames/Triagem Neonatal”;
3. Preencher o livro de registros (código, RN, Mãe, Pai, Endereço, Telefone, Data de
nascimento, Data da coleta, Data do envio);
4. Retirar, cuidadosamente, com luvas de procedimento a tira de papel filtro. Não tocar
sem luvas na parte do papel filtro onde serão depositadas as gotas de sangue;
5. Colocar a tira de papel filtro etiquetada em uma superfície limpa e sem riscos de
contaminação por produtos químicos, poeira, etc.;
6. Uma vez retirada a tira de papel filtro e a etiqueta sem código de barras, preencher os
dados no envelope branco. Todos os campos deverão ser preenchidos antes da
realização da coleta, em letra maiúscula para facilitar o processo de digitação da
amostra no laboratório e evitar erros de identificação. Utilizar caneta azul ou preta
em casos de primeira amostra ou vermelha para novas amostras da mesma criança. O
preenchimento dos campos da frente do envelope branco deve ser feito de
preferência com a Caderneta da Criança em mãos, caso isso não seja possível, os
campos podem ser preenchidos de acordo com informações autodeclaradas. O
preenchimento dos campos do verso do envelope branco com os dados da mãe é
necessário;
7. Nunca deixe de colher ou enviar amostras por falta de informações da mãe ou da
criança;

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8. Utilizar o lembrete para tentar conseguir, posteriormente, os dados faltantes e colocar


no envelope carta resposta do próximo lote de amostras a ser enviado ao NUPAD;
9. Recomenda-se que o procedimento seja realizado em uma sala limpa, arejada e que
não possua ar condicionado;
10. Explicar o procedimento para o acompanhante (informe que o procedimento é
praticamente indolor, que o incômodo da criança é pelo fato de seu pé estar sendo
seguro durante a obtenção das gotas);
11. Lavar as mãos;
12. Calçar as luvas de procedimento;
13. Posicionar a criança (o acompanhante deverá segurar a criança na posição de arroto
- "vertical" ou inclinada, na posição de mamada). O calcanhar deverá sempre estar
abaixo do nível do coração, propiciando um melhor fluxo de sangue capilar nos
pés;
14. O profissional deverá se posicionar, confortavelmente sentado, próximo a uma
mesa com o material a ser utilizado;
15. Deve-se escolher uma das áreas laterais da região plantar do calcanhar (nessas
regiões evita-se atingir o osso calcâneo pela ponta da lâmina);
16. Verificar se o local identificado para a punção é livre de edema, feridas e outras
características que inviabilizem a coleta;
17. Realizar a antissepsia com algodão ou gaze estéril levemente umedecida com álcool
70% no calcanhar escolhido para a coleta;
18. Aguardar normalmente sua secagem;
19. Com a lanceta BD – Azul em mãos, girar a sua extremidade para retirar o lacre;
20. Envolver o pé e o tornozelo da criança com os dedos indicador e polegar, deixando
exposta apenas a área do calcanhar a ser puncionada;
21. Posicionar a lanceta perpendicularmente ao local da punção e pressionar
firmemente contra a pele da criança;
22. Aguarde o início do sangramento;
23. Descarte a lanceta na caixa de perfurocortante;

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24. Remova a primeira gota de sangue com uma gaze estéril ou algodão seco (sem
álcool), logo no seu início (a primeira gota pode conter fluidos corporais
indesejáveis ao processo analítico);
25. Em situações de não obtenção de gotas adequadas, pode-se realizar uma nova
punção. Neste caso, deverá ser utilizada uma nova lanceta. A nova punção poderá
ser realizada no mesmo pé. Se não houver sucesso, faça nova punção no outro pé.
26. Espere sempre uma grande gota se formar, aproxime o papel filtro da mesma,
encostando-a no meio da área delimitada (não forçar o contato da pele do calcanhar
com o papel filtro);
27. Se a mancha no papel filtro ficar pequena, uma segunda gota pode ser colocada
imediatamente no centro desta mancha (não ultrapasse duas gotas por mancha);
28. O sangue deve atingir, obrigatoriamente, o verso do papel filtro para que seja
possível a análise da amostra pelo laboratório (nunca complete uma gota
insuficiente colocando sangue no verso do papel filtro);
29. Pode-se fazer com os dedos indicador e polegar (que envolvem o calcanhar), uma
compressão leve, seguida por uma descompressão mais demorada. Evite ordenhas e
compressões fortes e repetidas, uma compressão forte pode introduzir outros
líquidos corporais na amostra, especialmente líquido linfático;
30. Deve-se respeitar alguns segundos entre os movimentos da manobra. Isto
possibilitará o preenchimento capilar adequado e um bom fluxo sanguíneo na nova
compressão;
31. Devido ao processo de coagulação sanguínea ou outros fatores, é comum o fluxo de
sangue diminuir. Nessa situação, pode-se fazer uma limpeza mais vigorosa no local
da punção, visando eliminar um possível coágulo. Pode-se utilizar algodão ou gaze
secos, sendo a gaze preferida;
32. Após a coleta, pedir ao acompanhante para colocar a criança deitada (no colo ou na
maca), e elevar o pé que foi puncionado. Fazer uma compressão leve no local da
punção com algodão ou gaze estéril seco até que o sangramento cesse;
33. Após depositar o sangue nas áreas delimitadas do papel filtro, coloque-o para secar
no "suporte de secagem" em posição horizontal, por, no mínimo, 3 horas, em

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temperatura ambiente e em local limpo e arejado. Não secar em posição vertical,


nem secá-lo pendurado em estruturas tipo varais. Evitar o contato da mancha de
sangue com qualquer tipo de superfície. Não utilizar, em hipótese alguma, qualquer
forma artificial para a secagem da amostra (estufa, luz solar, etc.);
34. Desprezar a lanceta em caixa de perfurocortante;
35. Desprezar as luvas de procedimento em lixo comum;
36. Lavar as mãos;
37. Após secagem, acondicionar em seu respectivo envelope, previamente identificado.
Caso a amostra seja colhida no final do expediente de trabalho, a mesma estará em
processo de secagem quando a Unidade for fechada, nesta situação, a amostra
poderá ser mantida no suporte, ao ar livre (temperatura ambiente), em local seguro,
até a reabertura da Unidade no próximo dia útil;
38. Reunir todas as amostras e colocar dentro do Envelope carta resposta e colar para
ser entregue no malote no mesmo dia ou no máximo até o dia seguinte à coleta. Na
impossibilidade de enviar as amostras ao malote no mesmo dia da coleta, estas
deverão, após a secagem, ser colocadas dentro de seus respectivos envelopes
brancos e, guardadas em geladeira dentro de um recipiente.

7. RISCOS RELACIONADOS:

Ao profissional:
− Risco físico;
− Risco biológico;
− Erro de técnica.

INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:


● A triagem neonatal deve ser realizada entre o 3º e o 5º dia de vida da criança;
● Coletas realizadas após o 5º dia de vida da criança prejudicam o início do tratamento
dos casos positivos;
● Deve-se sempre usar luvas de procedimento para preparação do lote de cartelas e
tiras de papel filtro recebidas pelo correio;

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● Retirar o papel filtro do plástico ziploc;


● Colocar o papel filtro em local limpo;
● Colar no papel filtro uma das etiquetas com código de barras;
● Colar no envelope branco uma das etiquetas com código de barras;
● Colocar a tira de papel filtro dentro do envelope branco, com a borda da etiqueta
voltada para cima;
● Recortar a tira de etiqueta sem código de barras (esta deverá ser colada na Caderneta
de Saúde da Criança);
● Cuidar para que o papel filtro não sofra qualquer contaminação de produtos
químicos, água, poeira, creme de mãos, etc. Esta contaminação poderá gerar
resultados laboratoriais imprecisos;
● Reservar alguns envelopes brancos e papéis filtro sem etiquetas fixadas, pois serão
necessários para envio de novas amostras de uma mesma criança. (Neste caso, o
código será anotado à mão de caneta vermelha e será o mesmo da primeira amostra);
● A lanceta BD – Azul, em hipótese alguma, deverá ser utilizada para outras
finalidades;
● Os resultados da análise de amostras serão disponibilizados online no site do
NUPAD para a Unidade de Saúde dez dias utéis após o recebimento da amostra pelo
laboratório. O acesso aos resultados só será possível através da inserção de usuário e
senha fornecidos pelo NUPAD para a Secretaria Municipal de Saúde.

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− ERROS DE COLETA:

Uma amostra mal coletada determina a reconvocação do bebê e uma nova coleta. Isto
acarreta atraso no resultado e um custo operacional. Conheça as principais causas de erros de
coleta no Teste do Pezinho:

● Hemólise:

O sangue aparenta aspecto de diluição. Provavelmente houve contato da amostra


coletada com algum líquido (soro, água, etc.) ou houve mistura do álcool da antissepsia com a
gota no momento da coleta (não foi desprezada a primeira porção de sangue). É preciso
sempre deixar o álcool secar completamente antes da punção. Pode acontecer também quando

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se comprime demais o calcanhar do bebê. O sangue aparenta coloração mais clara ou a


amostra apresenta um segundo círculo com sangue bem mais claro.

● Insuficiência de sangue:

Acontece quando os círculos não são preenchidos totalmente ou há sangue só em um


lado do papel filtro. Isto ocorre quando não houve formação da gota para pingar no papel,
principalmente se a coleta não aconteceu com o bebê em pé, no colo da mãe.

● Excesso de sangue:

Quando deixa pingar gota sobre gota e não movimenta o papel filtro para ajudar a
espalhar o sangue, formando excesso de sangue num só local. O sangue fica espesso, mais
escuro e brilhante.

● Ressecamento:

Acontece quando o material coletado é exposto ao calor ou ao frio em excesso. É


importante cuidar do armazenamento. Procure guardar os exames em local arejado enquanto
aguarda os dias de envio das amostras para o laboratório.

● Envelhecido:

A amostra de sangue é considerada envelhecida quando demora mais de 30 dias para


dar entrada no laboratório. Isto impede a realização da análise e pode comprometer o bebê,
caso seja positivo para alguma das doenças pesquisadas pelo "Teste do Pezinho".

● Comprometido:

Deve-se cuidar para que a ficha com as amostras de sangue não sejacolocada em
locais onde haja manipulação de líquidos e gases (pias, lavatórios, salas de esterilização, etc.),

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evitando assim, a contaminação. Cuidar também para que não haja insetos no local onde se
aguarda a secagem do sangue das amostras.

● Transfusão:

Colete sempre o sangue antes da transfusão ser realizada. Se você coletar após a
transfusão o teste do pezinho não poderá ser realizado, pois o sangue transfundido altera o
resultado do exame. Em caso de necessidade de repetição só poderá ser coletado novamente o
sangue após 90 dias (3 meses) decorrida a transfusão anterior.

ELABORADO POR: Ludmilla Rodrigues Campolina


DATA: 21/03/2015
REVISADO POR : Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle
DATA : 12/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

Manual de Organização e Normas Técnicas para Triagem Neonatal - NUPAD/ UFMG. Belo
Horizonte, 2012.

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Procedimento: Data da Validação:


25. Troca de Dispositivo para Estomia Intestinal 12/01/2021
Data da Revisão:
Área Emitente: Equipe de Saúde da Família

1. DEFINIÇÃO:

Estoma intestinal é a abertura temporária ou permanente de um segmento do cólon na parede


abdominal, com a função de desviar o trânsito intestinal para o meio externo.

2. INDICAÇÃO:

Substituição de sistema coletor quando a placa estiver saturada ou com extravasamento de


efluente.

3. RESPONSÁVEL:

Equipe de Enfermagem.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

1. Luva de procedimento;
2. Gaze;
3. S.F. 0.9% ou água morna;
4. Sistema coletor (bolsa), com clamp, de acordo com o tipo de estoma;
5. Medidor de estoma;
6. Tesoura curva, ponta romba
5. FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO:

Sempre que houver necessidade.

6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Separar todo material e acondicioná-lo na bandeja, mantê-lo próximo ao paciente;


2. Higienização das mãos (conforme POP de higienização das mãos);

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3. Manter o paciente em posição confortável;


4. Colocar um campo de proteção abaixo da região onde será trocado a bolsa, para
proteção da roupa do paciente;
5. Explicar ao paciente o procedimento que será realizado;
6. Calçar as luvas de procedimento;
7. Retirar o dispositivo coletor com S.F 0.9% e/ou água morna;
8. Descartar bolsa em local próprio para resíduos biológicos;
9. Limpar o estoma e a região peri-estomal com S.F. 0.9% e/ou água morna, observando
as condições da pele e do estoma;
10. Secar a pele com gaze sem friccionar;
11. Manter uma gaze sobre o estoma para evitar drenagem de fezes na pele já limpa;
12. Medir o estoma com o medidor (em caso de estoma irregular fazer molde);
13. Traçar o molde no verso da placa;
14. Recortar base de resina do dispositivo e friccionar com o dedo toda base recortada
corrigindo irregularidades;
15. Retirar o papel protetor da base;
16. Aderir a base de resina na pele e pressionar toda extensão da base de resina para obter
maior aderência;
17. Colocar o clamp/presilha no dispositivo fechando-o;
18. Recolher todo material mantendo o ambiente em ordem.

7. RISCOS RELACIONADOS:

- Ao cliente:
● Complicações na pele peri-estoma e estoma.
- Ao profissional:
o Acidente biológico.

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INTERVENÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

● Em pacientes acamados adaptar bolsa na posição horizontal e se o paciente já estiver


deambulando, fixar na vertical;
● Esvaziar o sistema coletor quando estiver com 50% de sua capacidade;
● Se o estoma estiver retraído usar bolsa convexa (deverá ser usado com cinto próprio).

ELABORADO POR: Pâmela Scarlatt Durães Oliveira, Joyce Micaelle


DATA: 12/01/2021
Alves, Leonardo Soares Leles, Priscila Martins Santos.

REFERÊNCIAS:

VIANA, Dirce Laplaca. Boas práticas de enfermagem. 1ª Ed. São Caetano do Sul: Yendis,
2010.

SANTOS, VLCG; CESARETTI, IUR. Assistência em Estomaterapia: cuidando de pessoas


com estomia. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2015.

Treinar e educar em ostomias – Coloplast Ostomy forum.

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