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ELTON
JOHN
Nikita: homem
ou mulher?
+ A FEITICEIRA
PERFORMERS GRIND
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escolhe quais) R$ 10,00 (despesas inclusas). Preços válidos até 30.07.2005.
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02
EDITORIAL
E
já estava na hora de darmos uma
capa nossa para um dos gays
assumidos mais ilustres do
meio pop: Elton John. Com direito a
uma letra traduzida do bem. Na
coluna Pop Starz, mostramos o lado
gay do seriado "A Feiticeira", com
revelações do além!
Ta m b é m homenagemos nossos
performers no Mondo Grind. E pós
parada, em tempos de
diversidade e orgulho,
este providencial assunto NESTA EDIÇÃO:
está comentado em nossa
seção de cartas. Leia! 02 - TOP TEN
03 - EDITORIAL
Grande abraço a todos! 04 - LETRA TRADUZIDA
06 - GRIND MAIL
André "Pomba" ; ) 08 - POP STARZ
andrepomba@uol.com.br
10 - POP TESTE
12 - MONDO GRIND
13 - FLYERS GRIND
GRIND - POP, ROCK & CULTURA GLS - Número 74 Ano VII
Editor: André “Pomba” Cagni - Editor Ass.: Alisson Gothz Colaboradores:
Rodrigo “Khall” Ramos (diagramação), Márcio Baraldi (ilustração),
Ambooleg (flyer Grind), Bruno Fernandes e Fábio Babete.
Contatos: Caixa Postal: 11253 - CEP: 05422-970 - SP/SP
Tel: (11) 3081.4618 - Fax: 3064.1197 - E-mail: grind@aloca.com.br.
Versão on line: http://www.aloca.com.br/grindzine.
Respostas do Pop Teste: 1a, 2e, 3b, 4d, 5b, 6b, 7a, 8a, 9e, 10d.
Oh Nikita you will never know anything about my home Oh, Nikita, você nunca saberá nada sobre o meu lar
Ill never know how good it feels to hold you Eu nunca saberei quão bom é te abraçar
Nikita I need you so Nikita, eu preciso tanto de você
Oh Nikita is the other side of any given line in time Oh, Nikita, o outro lado de qualquer linha do tempo
Counting ten tin soldiers in a row Está contando dez soldadinhos em uma fila?
Oh no, Nikita youll never know Oh, não. Nikita, você nunca saberá
05
GRIND MAIL
ROCK PROJECT FOR MIX PEOPLE
por Fábio Babette.
H
á muita filosofia sobre o
gueto. Há muita filosofia
sobre os rótulos que levam
ao gueto. E o que importa a filosofia
em um país onde mal se sabe ler?
Havia uma festa. E era a única. Uma
festa que transcendia o gueto e
ousava mostrar novos rostos de uma
comunidade que pensavam já ter sido
explorada. Uma festa de novos sons.
A bandeira do arco-íris então foi
manchada de preto. E não era luto; Afinal, como manter um rótulo diante
era apenas uma nova cor. Uma cor de tanta coisa esquisita? Numa
que não havia sido enxergada no caverninha em uma rua qualquer de
gueto. E que quebrou o rótulo. São Paulo, moços de coturnos andavam
de mãos dadas e se beijavam. Moços
de moicano e moços com gel no cabelo
também. E tudo ao som de umas músicas
estranhas (“Bela Lugosi is dead”,
“Cities in dust”, “Du hast”, “Beautiful
People”, “Lack of sense”, “Violet”,
“Matador”) que muitos juravam não
combinar com o “tipo de gente” que
andava por lá. Se alguém de fora
chegasse, logo indagava: “Mas isso
aqui é gay?”. E respostas não
faltavam: “Se você acha que gay é
ouvir Whitney Houston, não”.
A notícia se espalhou. Gente de todos
os inferninhos góticos, punks, grunge,
headbangers, de todos os becos sujos,
skatistas, clubbers, new romantics,
covers da Madonna, do Morrissey, do
Boy George, adoradores de Bowie, Rob
Halford, Phil Anselmo, Freddy Mercury,
pela cabeça de todos esses um único
nome passava quando se queria
beijar em paz, sem deixar de ouvir
06
Meninos que se beijam hoje são ofendidos
gratuitamente na mesma caverna que
dava exemplos de tolerância e respeito.
Agressões, também físicas, não são mais
raras. E uma indagação volta a surgir,
embora um pouco distorcida também:
“Mas isso aqui não é gay?”.
Como manter qualquer filosofia com
considerável ignorância? Como
continuar a negar um rótulo quando há
gente querendo colocar outros? Fato é
que existem rótulos e rótulos e alguns
são mais tolerantes que outros.
Muitos pensadores preferem a
palavra “gay” a “homossexual”,
porque a origem de uma, e logo o seu
significado, difere totalmente da
origem e do significado da outra. E
seus sons preferidos: Grind. A outros pensadores menos famosos
caverninha se tornou a grande defendem o “mix” diante do “gay”.
novidade. A única novidade. Mas isso é apenas filosofia. E baseada
nas informações distorcidas de um
Mas a boa novidade não queria telefone-sem-fio incontrolável, a
limites. Não queria um gueto, muito pergunta do primeiro parágrafo deste
menos um rótulo. Adotou então o velho texto volta a ecoar.
pensamento que acredita que as
palavras aprisionam e o “GLS” do Ainda há uma festa. Ainda há! Mas já
começo virou “MIX”. O público não era que estamos às vésperas de um
mais, e talvez nunca tenha sido, famigerado Orgulho, talvez seja bom não
singular. Era plural. Não importava quem esquecer, e aproveitar para informar,
se quisesse beijar; sem as que aquele pano manchado de preto,
classificações, sem as definições de um jogado num canto de uma caverninha,
gueto, ninguém se tornaria nada por ainda é a bandeira do arco-íris.
causa de um beijo ou de uma amizade.
As únicas palavras que se aceitaria
seriam “Tolerância e Respeito pela
diversidade” (e “diversidade”, o Grind
entendeu, era plural).
Acontece que o plural abrange coisas
demais. Toda boa novidade se espalha
demais. Como na brincadeira do
telefone-sem-fio, as informações são
distorcidas, parece que são distorcidas
conforme se espalham. E parece que há
quem não tenha entendido a novidade.
07
POP STARZ
O LADO GAY D’A
FEITICEIRA
U
ma das mais populares séries deles, Dick Sargent, assumiu sua
de Tv de todos os tempos, A homossexualidade e declarou que
Feiticeira, esconde vários vivia há muitos anos com o mesmo
segredinhos muito peculiares e companheiro em 1991, durante as
interessantes a respeito de si manifestações pelos direitos dos
mesma. Ou melhor, da sexualidade gays e lésbicas nos EUA. Dick
de seus atores. acabou virando um grande ídolo
para os homossexuais do mundo
Exibida pela primeira vez em todo, e, em 1992, juntamente com
1964, contava a estória de uma Elizabeth Montgomery (a
pacata família americana típica da Feiticeira em si), andaram de mãos
época, não fosse pelo detalhe de dadas numa marcha pró-gay
que Samantha Stevens, uma realizada na Califórnia.
exemplar esposa e mãe, fosse na
realidade uma feiticeira. Do
bem, é claro. Samantha era
casada com Darin (que no Brasil
teve seu nome mudado para
James, sabe-se lá por que), um
publicitário que, além de ter
que agüentar as peripécias
sobrenaturais da esposa,
também passava maus bocados
nas mãos de sua sogra, a
inesquecível bruxa Endora.
Pouco tempo depois, o casal
teve sua primeira filha,
chamada Tabitha, e, passados
alguns anos, um garotinho, que
também eram bruxinhos.
Durante os quase dez anos
em que foi ao ar (e mais de 250
episódios), Darin, ou James, foi
interpretado por dois atores
diferentes, mas que se
pareciam muito fisicamente Um
08
A garotinha Tabitha, um verdadeiro
símbolo de pureza, também teve maus
momentos durante os anos 80. Tudo
porque uma atriz de cinema pornô
resolveu adotar o nome de Tabitha
Stevens para atuar. Foi o que bastou
para que todo mundo começasse a
especular que ela era a mesma atriz
que interpretou a filha da Feiticeira
na série de TV. Engano. A Tabitha
verdadeira era interpretada por duas
irmãs gêmeas, Erin e Diane Murphy,
nunca sequer chegaram a assistir um
filme pornô em suas vidas...
Vários outros personagens
Endora, cujo visual exagerado sempre foram muito queridos pelos
pode ter inspirado dezenas de gays, como as tias de Samantha
dragqueens por ai, era interpretada (especialmente a atrapalhada Tia
pela atriz Agnes Moorhead. Depois Clara), a vizinha bisbilhoteira Sra.
de vários casamentos fracassados, Krawitz (que nos anos 90 inspirou
começaram a surgir boatos de que o nome de uma das mais inovadoras
Agnes era na realidade lésbica, boates gays de São Paulo), e é claro
fazendo parte do time de atrizes a irmã rebelde e roqueira de
hollywoodianas como Jean Arthur Samantha, a malucona Serena.
e Barbara Stanwyck, que, por Hoje em dia A Feiticeira ainda é
causa do altíssimo preconceito da amada por todos os fans de Tv e
época, sempre se mantiveram relembrada por muitos. A magia de
“dentro do armário”. Samantha deu realmente certo.
O caso mais curioso talvez fique
por conta de um engraçado
personagem secundário, o
atrapalhado Tio Arthur,
interpretado pelo ator Paul Lynde.
Apesar de ser homossexual, Lynde
se recusava a admitir isso em
público e chegou até mesmo a dar
entrevistas com declarações
homofóbicas, dizendo coisas como
“Eu não sou gay. Os gays mataram
Judy Garland, e não vão fazer isso
comigo”. Porém, com a sua morte
em 1982, o passado – e o seu
segredo – vieram à tona.
http://engenhariadecorte.fotoblog.uol.com.br
R. Bom Pastor, 1843 - Ipiranga / Tel: 6168.3037
10
07) Que grande nome do metal já 09) Quem canta, numa de suas
Respostas na página 3
teria participado de um álbum da músicas, que quer ser a
banda queercore Pansy Division, “garotinha” do Super-homem?
mas teria pedido que seu nome a) Scissor Sisters
fosse mantido em segredo, a fim b) Defalla
de que não fosse abalada sua fama c) Textículos de Mary
de homofóbico? d) Fist Fuck Deluxe
a) James Hetfield (Metallica) e) Marilyn Manson
b) Kirk Hammet (Metallica)
c) Ozzy Osbourne 10) Como é o nome do cantor
d) Bruce Dickinson (Iron Maiden) andrógino, novidade de Nova York,
e) Dio protegido de Lou Reed e comparado à
Nina Simone, que canta coisas como
08) Qual banda causou mais frisson, “Um dia vou crescer, serei uma linda
recentemente em Recife, que o mulher (...) Mas hoje sou uma criança,
Placebo, pra quem abria um show? hoje sou um garoto”?
a) Los Hermanos a) Willy Mason
b) Devotos b) Micah P. Hinson
c) Jota quest c) Jake Shears
d) Rouge d) Antony
e) Gram e) Bright Eyes
CHARGE
Ilustração: Márcio Baraldi
By Márcio Baraldi
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MONDO GRIND
PERFORMERS DO GRIND
Bianca Exótica
Alisson Gothz
Alê Szczec jnskow á - Tank Grrrl - Miro Feijó & Edu Lima
J.V. - Rochel le Régis der Fesche
rível - Gabriela
Flavíssimo & WonderBoy - Khall - Andrea Beulke & Livinc
Natac ha & Ants Bianc a Exótica
Fonrouge - Celso Tavares,
Centro de Testagem
e Aconcelhamento
em DST/AIDS