Este documento analisa a adesão dos feirantes de feiras móveis em Fortaleza ao registro como Microempreendedor Individual (MEI). A pesquisa identificou três grupos de feirantes: 1) aqueles que desejam o registro para acessar linhas de crédito e proteção previdenciária; 2) feirantes já registrados como MEI que se beneficiam das proteções legais; 3) feirantes que rejeitam a formalização por já terem aposentadoria ou por acharem que os custos não compensam ou que não precisam de crédito
Este documento analisa a adesão dos feirantes de feiras móveis em Fortaleza ao registro como Microempreendedor Individual (MEI). A pesquisa identificou três grupos de feirantes: 1) aqueles que desejam o registro para acessar linhas de crédito e proteção previdenciária; 2) feirantes já registrados como MEI que se beneficiam das proteções legais; 3) feirantes que rejeitam a formalização por já terem aposentadoria ou por acharem que os custos não compensam ou que não precisam de crédito
Este documento analisa a adesão dos feirantes de feiras móveis em Fortaleza ao registro como Microempreendedor Individual (MEI). A pesquisa identificou três grupos de feirantes: 1) aqueles que desejam o registro para acessar linhas de crédito e proteção previdenciária; 2) feirantes já registrados como MEI que se beneficiam das proteções legais; 3) feirantes que rejeitam a formalização por já terem aposentadoria ou por acharem que os custos não compensam ou que não precisam de crédito
MÓVEIS EM FORTALEZA: MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL E O FENÔMENO DA INFORMALIDADE NO
Encontros Universitários da UFC 2017
COMÉRCIO DE RUA- CH.2016PJ023)
XXVI Encontro de Extensão
Mirza Maria Pontes Lessa, Lara Capelo Cavalcante
A cultura da informalidade é fato persistente no Brasil, e a LC 128/2008 veio
para inserir os pequenos empreendedores na formalidade, visando mais contribuição fiscal e proteção aos direitos trabalhistas e previdenciários. Contudo, a adesão ao instituto jurídico do microempreendedor individual (MEI) tem sido crescente, mas lenta. A pesquisa busca refletir sobre essa cultura nas feiras móveis que passam pelos bairros Cidade 2000 e Praia do Futuro, analisando os motivos de o feirante aderir ou resistir ao processo de formalização, através de investigação etnográfica, por meio da observação participante, tecendo diálogos com os nativos da feira. Objetiva-se também transmitir informações a eles sobre o MEI e seus benefícios, como também analisar a aplicabilidade da referia lei aos trabalhadores do comércio de rua. A realidade heterogênea da feira quanto à formalização é notável nos relatos, pois a informalidade não é tão generalizada, e a pesquisa revelou variadas situações, inclusive a dos feirantes que são bem organizados e registrados como MEI. Os 50 relatos foram categorizados em 3 grupos distintos: o grupo 1 compreende os feirantes que desejam o registro, para alavancarem seus negócios com linhas de crédito e/ou para estarem resguardados pela Previdência Social; o 2 engloba aqueles feirantes que já são MEI e se beneficiam dos mecanismos legais; e o 3 enquadra os feirantes que rejeitam a formalização, pois já são aposentados ou pagam a previdência como autônomo ou marisqueira, ou consideram que o custo mensal não compensa, ou, ainda, acham que a cobertura previdenciária é irrelevante, pois a família pode ajudar em caso de doença, e, por fim, há os que dizem não ser necessário obter crédito bancário ou empréstimo. É notável no grupo 3 que muitos dos feirantes têm uma visão descrente sobre as ações governamentais, a exemplo do peixeiro que se autodenomina “matuto”, “homem do sertão”, sem necessidade do registro formal da sua atividade econômica e laboral.
O Avanço Da Lesgislação Comercial Com o Advento Da Lei Complementar 128/2008 Após A Criação Da Figura Do Micro Empreendedor Individual Dando Acesso À Justiça Ao Pequeno Empreendedor Brasileiro