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Ebook Diagnóstico Automotivo Introdução - Compressed
Ebook Diagnóstico Automotivo Introdução - Compressed
Diagnóstico
Automotivo na Prática
- Uma Introdução -
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Bons Estudos!
[Capítulo 2]
Na segunda aula do curso iremos estudar o conceito de compressão relativa, os
procedimentos para realização do teste, além de mostrar um caso de aplicação
destacando a rapidez e assertividade deste tipo de teste.
[Capítulo 3]
Na terceira aula do curso vamos analisar dois casos que tiraram o sono de
vários reparadores, mas com a utilização do osciloscópio em mãos capacitadas
diagnóstico foi realizado de forma efetiva.
[Capítulo 4]
A quarta aula vai se focar em explorar a ideia por trás da entrevista consultiva e
aplicação do osciloscópio no diagnóstico de falhas no veículo.
[Capítulo 5]
Na 5ª aula, vamos mostrar como diagnóticar de forma assertiva falhas de
combustão utilizando o osciloscõpio e seus acessórios.
[Capítulo 6]
Na 6ª aula, iremos abordar uma aplicação prática do famoso transdutor de
vácuo no diagnóstico de componentes mecânicos do veículo.
Introdução 17
Procedimento para realização do teste 17
Análise detalhada do sinal 19
Estudo de caso 1 20
Estudo de cado 2 21
Ferramentas de qualidade 31
Perguntas básicas em uma entrevista consultiva 31
Diagrama de Ishikawa ou de causa e efeito 33
Metodologia 5W2H 34
Aplicação prática 36
Transdutor de Vácuo
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EFICIÊNCIA NO
DIAGNÓSTICO
Introdução
Abordaremos na seguinte matéria um caso de difícil solução: uma Fiat Freemont
que a 8 meses não entrava em funcionamento e sem exagero da nossa parte,
desafiou um pouco mais de uma dúzia de reparadores. Estática por meses no
canto da oficina, empoeirada, sendo um pesadelo na vida do proprietário e de
alguns reparadores, somado ao fato de ter a cor branca, tais semelhanças com
um fantasma não seria mera coincidência.
Para que o leitor fique inserido no contexto deste caso, listarei algumas variáveis
que aconteceram neste veículo e que certamente se repetirão em outras
situações semelhantes, não importando qual oficina ou região do país:
- Peças que faltam: um veículo que fora desmontado algumas vezes e chega sem
pegar em tua oficina, provavelmente falta algum componente. Se o veículo for
importado, temos um agravante.
pois o seu aparelho era inapto para o teste de uma linha de comunicação CAN.
A forma de onda distorcida no seu aparelho o levou ao segundo equívoco.
Pesquisando Pane
Como a rede CAN estava normal, resolvemos checar o motivo do carro não
pegar. Capturamos o sinal de rotação e demos na partida. Obtivemos um sinal
plausível, porém o carro não pegava. Não havia centelha nas velas, nem pulsos
nos injetores. O relé da bomba também não armava. Como o motor tinha sido
reparado, suspeitamos de um erro de sincronismo. Mas não iríamos remover
as proteções e checar com ferramentas específicas e sim analisar o ponto via
osciloscópio, cruzando as informações do sinal de rotação do virabrequim com
os sinais de fase dos comandos de admissão e escape. Assim procedemos e
obtivemos a primeira pista de que algo errado estava acontecendo: não havia
sinal no sensor de fase do eixo de admissão, localizado pelo círculo amarelo na
figura 4.
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Figura 6 – Aterramento
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Entendendo a lógica de
funcionamento ECU
Hora de entender a lógica adotada pela ECU que permite a partida do motor:
2- Desfazendo o aterramento de teste, o sinal do CMP ADM não existia devido à falta
de aterramento do sensor. Mesmo assim o CMP ESC mandava sinal defeituoso.
A figura 10 mostra como ficou os sinais dos eixos de comando após o reparo
(troca do CMP escape e correção do aterramento da Caixa de fusíveis).
Engana-se quem acha que acabou por aqui... Hora de fechar o chicote que
estava aberto, montar as várias carenagens que já vieram desmontadas, ligar
a transmissão, pôr o óleo da transmissão automática (veio sem óleo), instalar o
escapamento, trocar o fluido do arrefecimento e descobrir a falha do veículo.
Ao remover os injetores, de imediato foi observado que um deles estava travado
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aberto, como mostra a figura 11. Certamente foi este injetor que ocasionou a
pane na parte mecânica do motor a 10 meses atrás. Após a troca do injetor,
veículo funciona perfeitamente.
Fica a dica
Muito cuidado com veículos que tenham uma situação semelhante ao da
nossa Freemont. Cautela é exigida na hora do orçamento. Faça um check-list
criterioso no recebimento do veículo e o mais importante: tenha as ferramentas
certas para resolver o problema. As chances de ter um prejuízo em um serviço
como esse é grande!
O diagnóstico automotivo por imagem teve seu embrião no Fórum Oficina Brasil
em meados de 2009. Não sabia? Então acessa logo https://www.oficinabrasil.
com.br/forum/ e fique por dentro do que há de mais moderno no diagnóstico
veicular.
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[Capítulo 2]
COMPRESSÃO
RELATIVA
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Introdução
É um teste muito fácil de realizar além de ser rápido e conclusivo. Consiste,
basicamente, na análise da queda de tensão da bateria no momento da partida,
causada pelo consumo de corrente do motor de partida ao movimentar o
motor do veículo. Este consumo depende dentre outras coisas da qualidade
da vedação de cada cilindro, ou seja, quanto melhor a vedação, ou estado
dos componentes mecânicos do motor, maior será a pressão de compressão
e, consequentemente, maior o consumo de corrente utilizada pelo motor de
partida que se refletirá numa maior queda de tensão medido nos bornes da
bateria.
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Estudo de Caso 1
Bom, mas alguns poderão perguntar: como será o sinal para um motor como
problema mecânico? Para responder a esta possível indagação lanço mão de
imagens, que como dizem, falam mais que mil palavras. Observando a figura
8, identificamos que há um intervalo no sinal sem queda de tensão da bateria,
o que identifica perda de compressão em um ou mais cilindros do motor. Neste
caso em especial existia uma falha nos cilindros 1 e 2.
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Estudo de Caso 2
Já a figura 10 apresenta um caso onde o veículo chegou ao técnico, Paulo
Rogério, após passar por várias oficinas, onde foram substituídos vários
componentes como bomba de baixa e alta pressão de combustível e bicos
injetores, sem, contudo, obterem sucesso na identificação da falha.
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Cabe salientar que o valor de compressão individual de cada cilindro deve ser
verificado com um medidor de compressão, pois o teste de compressão relativa
apenas compara as pressões dos cilindros. Por exemplo, falta de vedação devido
a junta de cabeçote danificada ou problemas nas válvulas serão identificadas
por este, todavia, baixa pressão de compressão em todos os cilindros já não
será visto a partir desta análise.
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[Capítulo 3]
DO ALTERNADOR
AO SENSOR DE
ROTAÇÃO
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O primeiro caso está relacionado a uma falha que deu bastante trabalho ao
reparador, pois exigiu deste, bastante paciência e, sobretudo, perspicácia na
identificação do momento exato da manifestação da falha.
Figura 1 - Audi Q7
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Entretanto, a fim de realizar uma análise mais minuciosa, que o caso exigia, e
de posse de seu fiel companheiro de diagnósticos, o osciloscópio, verificou o
sinal de saída do alternador e, para sua surpresa e alegria, conseguiu identificar
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que veio de outra oficina, onde após uma colisão teve que ser realizado um
reparo no motor. O cliente relata que após o reparo o veículo apresentou ruídos
tipo “castanhado” nas acelerações, expelia muita fumaça e depois de pouco
tempo o motor desligava.
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[Capítulo 4]
ENTRE PERGUNTAS,
RESPOSTAS E
SINAIS
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Introdução
Olá, reparadores! Nesta matéria iremos abordar a importância da entrevista
consultiva para o planejamento de um plano de ação para a realização de
um bom diagnóstico. Procuramos apresentar os tipos, as características e
casos onde foram aplicadas essa ferramenta, a fim de auxiliar os colegas,
fornecendo os fundamentos teóricos e exemplos práticos que irão desenvolver
as competências necessárias para o seu máximo desempenho.
Ferramentas da qualidade
A entrevista consultiva é um dos elementos que constituem as chamadas
ferramentas da qualidade que foram criadas há décadas por aqueles que
iniciaram o processo de Gestão da Qualidade Total. Umas permaneceram,
outras foram atualizadas e algumas foram criadas. Tais ferramentas gerenciais
permitem análises que possibilitam as tomadas de decisão mais adequadas.
Para esta matéria iremos explorar, inicialmente, as perguntas básicas a serem
feitas ao cliente e, mais adiante, vamos estudar mais profundamente dois
métodos, são eles: diagrama de Ishikawa e 5W2H.
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Note, contudo, que há casos mais complexos que exigem, da mesma forma,
ferramentas mais elaboradas para auxiliar o reparador na execução do
diagnóstico. Apresentamos a seguir essas ferramentas que podem ajudar
sobremaneira no dia a dia do trabalho em busca da qualidade.
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Diagrama de Ishikawa ou de
causa e efeito
É uma ferramenta gráfica que ajuda a gerenciar e fazer o Controle da Qualidade
(CQ) em diferentes processos cujo principal objetivo é identificar quais são as
causas para um efeito ou problema.
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1. Defina o problema a ser estudado e o que se deseja obter (o que deve acontecer ou o
que deve ser evitado).
Metodologia 5W2H
A ferramenta 5W2H tem origem na indústria automobilística, mais
especificamente na do Japão, onde foi desenvolvida. No início foi associada
aos processos de gestão da qualidade total, nas linhas de produção de carros.
Logo depois foi expandida para outras áreas, sempre com a intenção de ajudar
a coordenar o passo a passo da elaboração e execução de um projeto ou plano
de ação, por exemplo.
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O proprietário respondeu que sempre que ocorria a falha o motor estava quente.
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Desta forma, fez a mesma medição com o motor quente como mostra a figura
8.
Substituiu o sensor e fez uma nova captura com o motor quente. A figura 9
apresenta o sinal do sensor de rotação novo.
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reparadores, pois sabemos que não há nada mais gratificante que resolver um
problema de um veículo que chega em sua oficina com funcionamento irregular,
ou sem funcionar, e após o reparo o veículo sair com o funcionamento perfeito,
traz uma sensação de dever cumprido.
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[Capítulo 5]
FALHAS DE
COMBUSTÃO
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Introdução
Recebemos um Ford Focus 2.0 Flex ano 2011, figura 1, com a luz de injeção
acesa e falhando bastante. Quando inserimos o scanner para obter os códigos
de falha (DTC’S) gravados na memória do veículo, obtemos os códigos P0300 e
P0301 conforme a figura 2.
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Sequência de testes
Diante do exposto, ligamos nosso osciloscópio Hantek 6074 e fomos aos testes.
Como tínhamos uma falha de combustão, tínhamos uma lista a ser testada:
1. Sistema de ignição;
4. Injetores.
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Por vezes, o sinal que já mostrava anormalidade muda e toma uma forma que
fica evidente que há algo de errado no sistema de ignição: a linha de centelha
que era bem inferior ao valor padrão de 1mS (um milissegundo), simplesmente
desaparece como mostra a Figura 4. Não temos mais a “CADEIRINHA” como
alguns reparadores chamam.
Combustível adulterado
Quando o cliente foi informado que a pane possivelmente se encontrava nas
velas de ignição, veementemente afirmou que as velas eram novas, especificas
deste carro, de boa qualidade e que tinha pagado caro, pois eram de Platina.
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Figuras 5 e 6 – Velas
Nota do fabricante da vela: o ferro não é um dos componentes da gasolina produzida no Brasil.
Portanto sua presença no combustível pode ter ocorrido por um processo de contaminação ou o uso
de algum tipo de aditivo não homologado.
(fonte: http://www.ngkntk.com.br)
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Sistema de Ignição X
Arrefecimento
Alguns reparadores do Fórum Oficina Brasil já presenciaram o Oxido de ferro
nas velas de ignição tendo a origem do problema em outro sistema: o de
arrefecimento.
Havia uma passagem de água para o cilindro. A solução foi o envio do cabeçote
para a retifica e troca da junta do cabeçote.
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[Capítulo 6]
TRANSDUTOR
DE VÁCUO
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A figura 2 exibe mais um gráfico para ajudar na compreensão deste sinal que
exige do técnico bastante estudo e treino constante. Sinal este que, se analisado
de forma correta, pode identificar problemas em componentes mecânicos
que sem essa ferramenta ficam “invisíveis” caso se utilizem outros métodos ou
equipamentos de diagnóstico.
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Identificação de desgaste do
cabeçote
Como exemplo de aplicação desta ferramenta, apresento um caso cedido,
gentilmente, pelo técnico automotivo Osair dos Santos Xavier, proprietário da
Auto Mecânica Xavier, que recebeu em sua oficina um cliente relatando que o
veículo consumia muita água, sem, entretanto, apresentar vazamento externo
que, por certo, explicaria a reclamação do cliente.
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A figura 4 exibe o aspecto das velas de ignição confirmando que havia passagem
de água para dentro do cilindro do motor.
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Um proprietário de um veículo Astra Elite 2.0, ano 2005, chegou em sua oficina
relatando que o veículo estava falhando, principalmente, em marcha lenta.
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Ao ver o resultado da análise, Osair constatou que não havia fortes indícios
de desgaste do cabeçote para ocasionar falhas no motor como as que se
manifestava no veículo em questão.
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Neste caso Osair percebeu que havia desgaste em um dos cilindros do motor,
o que causava a falha do veículo, assim, além de remover o cabeçote o técnico
teve que realizar uma verificação na parte de força do mesmo, verificando
possíveis desgastes em diversos componentes, tais como: anéis de segmento,
pistões, bielas ou desgaste excessivo nas paredes do cilindro.
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