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01/2019-CG
DGEOp
DIRETRIZ GERAL PARA EMPREGO OPERACIONAL
DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
Belo Horizonte
2019
DIRETRIZ GERAL PARA EMPREGO OPERACIONAL
Nº 3.01.01/2019-CG
Belo Horizonte - MG
2019
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
65p.
CDD 352.2
CDU 351.751
ADMINISTRAÇÃO
Comando-Geral da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas,
Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM GIOVANNE GOMES DA SILVA
SUPERVISÃO TÉCNICA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
CHEFE DA ASSESSORIA ESTRATÉGICA DE EMPREGO OPERACIONAL
REDAÇÃO
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
MAJ PM MARCOS AFONSO PEREIRA
MAJ PM CLÁUDIO ALVES DA SILVA
MAJ PM SANDRO ALEX CANUTO GONÇALVES
MAP PM DOUGLAS ANTÔNIO DA SILVA
MAJ PM LÚCIO FERREIRA DA SILVA NETO
MAJ PM CARLOS EDUARDO LOPES
MAJ PM PAULO ROBETO BERMUDES REZENDE
CAP PM JÚLIO CEZAR VILELA PEREIRA
CAP PM FREDERICO ROBERTO PRADO
CAP PM RÔMULO MORATI FLORENTINO FONTENELE
REVISÃO DOUTRINÁRIA
MAJ PM SANDRO ALEX CANUTO GONÇALVES
3º SGT PM DANIELLE SUELI VENTURA
REVISÃO FINAL
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 10
2.1 Geral .............................................................................................................................. 10
2.2 Específicos .................................................................................................................... 10
3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES .......................................................................................... 11
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .................................................................................. 19
4.1 Estrutura e Articulação Operacional ............................................................................... 20
4.2 Articulação Territorial entre os órgãos do Sistema de Defesa Social ............................. 24
5 ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS NA SEGURANÇA PÚBLICA .... 27
5.1 Senso de Legalidade e Legitimidade ............................................................................. 29
6 METODOLOGIA DE EMPREGO OPERACIONAL ........................................................... 31
6.1 Teoria do Crime ............................................................................................................. 31
6.2 Metodologias de Solução de Problemas ........................................................................ 34
6.3 Planejamento das Intervenções Policiais ....................................................................... 42
6.4 Alinhamento com o Plano Estratégico............................................................................ 43
6.5 Gestão Operacional Orientada por Resultados .............................................................. 46
6.6 Gestão de Desempenho Operacional (GDO) ................................................................. 48
7 EMPREGO OPERACIONAL ............................................................................................ 49
7.1 Quanto ao Tipo .............................................................................................................. 50
7.2 Quanto à Modalidade ..................................................................................................... 51
7.3 Quanto às Circunstâncias para o Emprego Operacional ................................................ 51
7.4 Otimização da Malha Protetora ...................................................................................... 52
7.5 Inteligência de Segurança Pública ................................................................................. 55
7.6 O Gerenciamento do Emprego Operacional .................................................................. 57
7.7 As Fases de Aplicação do Emprego Operacional .......................................................... 58
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS ............................................................................................. 61
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 63
APÊNDICE ÚNICO – ESCALONAMENTO DE ESFORÇOS DA MALHA PROTETORA .... 65
DIRETRIZ Nº 3.01.01/2019 - CG
1 INTRODUÇÃO
Numa incessante busca pelos melhores resultados de modo a evitar a escalada do crime e
proporcionar a redução absoluta da criminalidade violenta nos últimos anos, o desafio
vindouro da PMMG insta na busca pela melhoria da sensação de segurança e redução do
medo do crime.
1 Art. 144, § 5º, da CRFB/1988 c/c art. 3º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969.
8
Para isso, considerando o próximo ciclo de planejamento estratégico (2020 – 2023), a
PMMG apresentou o Programa Minas Segura (2019), que possui como premissas:
aumentar a sensação de segurança, reduzir o medo do crime, reduzir a criminalidade
violenta e fomentar a comunicação direta.
A consecução de tais premissas perpassa pela realização dos projetos vinculados aos eixos
estratégicos: setorização do policiamento, segurança rural, prevenção à violência e ao crime
e a inovação tecnológica na atividade policial, por meio da Polícia 4.0.
Para que a DGEOP esteja sempre atualizada aos propósitos institucionais e necessidades
da sociedade, deve ser objeto de contínua observação e análise pois trata-se de um
documento de constante aprimoramento e evolução, sendo sempre atrelada ao portfólio de
serviços da PMMG, que é a materialização das atividades operacionais disponíveis ao
atendimento geral da população de Minas Gerais.
Nessa perspectiva, apresenta-se a atual DGEOp que está estruturada em oito capítulos. O
capítulo 2 apresenta os objetivos geral e específicos, delineando desta forma, o conteúdo
deste documento.
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2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
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3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Ação Pública
Característica inerente ao exercício da atividade de polícia ostensiva, visando a preservar o
interesse geral da segurança pública nas comunidades, resguardando o bem comum em
sua maior amplitude.
Análise criminal
Atividade desenvolvida por profissional com o perfil e treinamento adequados que visa à
identificação e o estabelecimento dos fatores que envolvem a criminalidade, por meio de
abordagem qualitativa e quantitativa, bem como a identificação das variáveis que se
relacionam com esses fatores, apresentando correlações existentes ou não, com base nos
aspectos espaço e tempo.
Área
Circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de um Batalhão de Polícia Militar (BPM)
ou Companhia de Polícia Militar Independente (Cia PM Ind).
Atividade-Fim
Atividades operacionais destinadas a execução de polícia ostensiva e de preservação da
ordem pública, incluindo as atividades operacionais auxiliares (SOU, Guarda, etc) .
Atividade-Meio
Conjunto de esforços administrativos que permitam ou facilitam a realização da atividade-fim
da Corporação.
Cadeia de Comando
É o conjunto de escalões e canais de comando, por intermédio dos quais as ações de
comando são exercidas verticalmente, nos sentidos ascendente e descendente. É
característica das instituições que têm por base institucional a hierarquia e a disciplina e
uma organização escalar (vertical), desdobrando-se, a partir do ápice, em escalões
sucessivos de responsabilidade para o cumprimento da missão. A cada escalão
corresponde um comandante, que é o responsável, perante o comandante superior, pelo
planejamento e emprego de suas forças, sob todos os aspectos.
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Canal de Comando
É o caminho por onde fluem, no sentido descendente, as ordens e orientações do
comandante superior e, no sentido ascendente, as respostas e informações dos
subordinados.
Cartão programa
Documento que prevê a indicação dos postos de policiamento, o itinerário a ser percorrido e
os horários a serem observados, na execução de policiamento preventivo.
Comandante
Comandante é o militar que planeja, organiza, dirige, coordena e controla o emprego de
suas forças, em razão de seu posto ou função, ou em decorrência de lei ou regulamento e,
como tal, é o único responsável pelas decisões.
Comando
É o conjunto de ações desenvolvidas pelo Comandante e seus assessores (Estado-Maior ou
Staff), visando atingir os objetivos da organização.
Controle
Acompanhamento das atividades da Corporação por todos os que exercem comando, chefia
ou direção, de forma a assegurar o recebimento, a compreensão e o cumprimento das
decisões do escalão superior, possibilitando identificar e corrigir desvios.
Coordenação
Ato ou efeito de harmonizar as atividades da Corporação, conjugando-se os esforços
necessários na realização dos seus objetivos e da missão institucional. É realizada vertical e
horizontalmente em todos os níveis da estrutura organizacional da Corporação.
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Defesa Pública
Conjunto de medidas adotadas para superar antagonismos ou pressões, sem conotações
ideológicas, que se manifestem ou produzam efeitos no âmbito interno do País, de forma a
evitar, impedir ou eliminar a pratica de atos que perturbem a Ordem Pública.
Defesa Social
Conjunto de ações desenvolvidas por órgãos, autoridades e agentes públicos, cuja
finalidade seja a de proteção e o socorro ao cidadão, por intermédio de mecanismos que
assegurem a ordem pública, tais como, a prevenção e ou repressão de ilícitos penais ou
infrações administrativas.
Escalão de comando
São os diferentes níveis de comando que compõem a Corporação, organizados em
estrutura escalar (vertical ou hierárquica).
Estatística
Ciência aplicada que utiliza métodos para a coleta, a organização, a descrição, a análise e
interpretação de dados para a tomada de decisão.
Fiscalização
Acompanhamento operacional realizado no âmbito da Unidade a fim de observar o correto
cumprimento das normas pertinentes à execução da atividade-fim, de acordo com as
competências específicas.
Fração PM
Estruturas operacionais derivadas de uma UEOp, constituindo-se em subunidades.
Fração PM desconcentrada
Aquela que se localiza na mesma guarnição policial militar da UEOp, porém em local diverso
da sede administrativa.
Fração PM destacada
Aquela que se localiza fora do município sede da guarnição policial militar da UEOp.
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Geoprocessamento
Área de conhecimento que reúne recursos computacionais, como por exemplo, os Sistemas
de Informação Geográfica e também técnicas matemáticas, com o objetivo de manipular
dados geográficos. O geoprocessamento influencia diversas áreas, como cartografia,
análise de recursos naturais, transportes, comunicações, energia e planejamento urbano e
regional.
Guarnição de radiopatrulhamento
Efetivo que guarnece uma viatura operacional com a incumbência de execução do
policiamento ostensivo.
Itinerário
Trajeto que interliga pontos-base percorridos pelo policial militar em cumprimento a um
cartão programa.
Malha Protetora
A Malha Protetora consiste na adoção de ações preventivas e repressivas baseadas na
ocupação de espaços vazios, por meio do escalonamento intercalado, gradativo e sucessivo
de emprego operacional, a partir da célula básica do policiamento preventivo, obedecendo
ao princípio da responsabilidade territorial, até à utilização de outros esforços de emprego e
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Unidades em recobrimento, para fazer frente à eventuais situações de crise ou elevação
demasiada da criminalidade em determinados locais.
Ordem Pública
Conjunto de regras formais, coativas, que emanam do ordenamento jurídico da Nação,
tendo por escopo regular as relações sociais em todos os níveis e estabelecer um clima de
convivência harmoniosa e pacífica. Constitui, assim, uma situação ou condição que conduz
ao bem comum.
Policiamento Ostensivo
Ação policial, exclusiva das Polícias Militares, em que o emprego do policial militar seja
prontamente identificado, quer pela farda, quer pelo equipamento, ou viatura, objetivando a
manutenção da ordem pública.
Ponto-Base
Local estabelecido em cartão programa ou escala de serviço para permanência temporária
dos policiais militares.
Posicionamento de Viaturas
Protocolo previsto em Instrução própria que padroniza o estacionamento e posicionamento
de viaturas nos aquartelamentos ou, em via pública, quando de atuações policiais militares
em atendimento de ocorrência, policiamento preventivo, policiamento em eventos e
operações.
Posto
Espaço físico, delimitado, atribuído à responsabilidade de policiais militares, constituído de
um ou mais pontos-base.
Prevenção criminal
Conjunto de medidas destinadas a impedir ou contribuir para a redução da criminalidade e
dos sentimentos de insegurança da comunidade, levada a efeito com a adoção de medidas
diretas de dissuasão de atividades criminosas e políticas/intervenções destinadas a reduzir
o crime e suas causas.
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Primeiro Interventor
Denominação utilizada em Instrução específica, que o define com sendo o profissional de
segurança que se depara inicialmente com a situação de incidente crítico, cabendo ao
militar interventor identificar o tipo de incidente bem como seu perpetrador.
Recobrimento
Atividade de policiamento ostensivo para suplementação aos serviços operacionais
ordinários empregados pelas UEOp.
Repressão Qualificada
Conjunto de reações efetivas perante a ação criminosa, violência ou forças adversas2,
desenvolvido de modo sistemático nos locais, territórios ou momentos conhecidos e
identificados como de violência, antagonismos internos ou incidência criminal elevada
(delitos específicos), instruído previamente por uma avaliação adequada da situação,
embasada em atividade de inteligência e com a execução norteada pela doutrina de
emprego operacional da Polícia Militar de Minas Gerais.
Sede
Região compreendida dentro dos limites geográficos do município ou distrito, em que se
localiza uma Unidade ou Fração da Polícia Militar e onde o servidor tem exercício.
Sede administrativa
Compreende a estrutura física do aquartelamento.
Segurança Pública
Garantia que o Estado, por meio de seus entes federativos (União, Unidades Federativas e
Municípios) proporciona à sociedade, a fim de assegurar a Ordem Pública, contra violações
legais de toda espécie.
2Forças Adversas são pessoas, grupos de pessoas ou organizações cuja atuação comprometa a preservação
da ordem pública, o estado democrático de direito, o funcionamento dos poderes constituídos ou a soberania
nacional.
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Serviços Operacionais Eletivos
Serviços que não possuem caráter impositivo quanto a sua implantação, servindo de guia
aos Comandantes que são os responsáveis pelo lançamento do efetivo policial militar sob
sua responsabilidade e respectivo aporte logístico para execução das ações e operações,
respeitadas a realidade social, cultural e geográfica da comunidade a que se destina. Os
serviços eletivos possuem características de discricionariedade, com escolha
fundamentada, ainda, segundo diagnóstico da demanda local e a análise do fenômeno
criminal de cada localidade e território.
Setor
Espaço físico atribuído à responsabilidade de Pelotão de Polícia Militar (Pel PM).
Setorização
Estratégia de segurança pública preventiva de delimitação territorial, cujo procedimento
consiste em organizar o ambiente/espaço de atuação com o objetivo de atuar em
proximidade/interação com a comunidade em atenção aos problemas que afetam a
qualidade de vida local.
Subárea
Espaço físico atribuído à responsabilidade de uma Companhia da Polícia Militar (Cia PM).
Subsetor
Espaço físico atribuído à responsabilidade de Grupo de Polícia Militar (Gp PM).
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Tática Policial Militar
Arte de empregar a tropa em ações e operações policiais militares de forma a se aplicar com
eficiência os recursos técnicos que dispõe, ou de se explorar as condições favoráveis para
se atingir os objetivos desejados.
Universalidade
Princípio no qual todo policial militar, independentemente do tipo de especialização e área
de emprego, deve estar preparado para adoção de medidas, ainda que preliminares, em
qualquer ocorrência que presencie ou para a qual seja acionado ou determinado.
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4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
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4.1 Estrutura e Articulação Operacional
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t) deslocamentos motorizados para registros de ocorrências policiais;
u) sazonalidades específicas;
v) outras variáveis que influenciam no trabalho desenvolvido pela PMMG.
A fonte dos dados para análise da estrutura e articulação operacional será dos dados
oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dos sistemas de grande
porte institucionais, como o Sistema de Gestão Operacional (SiGOp), armazém de dados de
registros criminais, dentre outros que forem necessários.
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implementação das políticas e diretrizes operacionais do Comando-Geral nos respectivos
espaços territoriais de responsabilidade.
O ComAvE foi instituído, no âmbito do Estado de Minas Gerais, pelo Decreto n. 47.182, de
08 de maio de 2017 e alterado pelo Decreto n. 47.696 de 02 de agosto de 2019 que prevê a
gestão centralizada das aeronaves da PMMG, das Secretarias e dos Órgãos autônomos do
Estado, com exceção do CBMMG e PCMG, respeitada a autonomia e competência legal de
lcada instituição.
Além disso, tem como missão a coordenação, controle e emprego das Unidades de
radiopatrulhamento aéreo sob sua responsabilidade. É o órgão central do Sistema de
Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (RPA) da PMMG, nos termos do previsto na
Instrução nº 3.03.25/2018 – CG. É responsável pela formação de comandantes de
aeronaves de asas fixas e rotativas, comandantes de operações aéreas, pilotos de
aeronaves remotamente pilotadas e tripulantes operacionais de aeronaves.
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Execução Operacional de Policiamento Rodoviário, cuja sede encontra-se na Capital do
Estado. Tem como responsabilidade o comando e coordenação do emprego do
policiamento rodoviário nas rodovias estaduais e federais delegadas à PMMG. Em função
da abrangência territorial das frações distribuídas em diversos pontos do Estado, atua em
consonância ao 1º esforço de emprego operacional, executando suas atribuições
específicas.
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4.1.8 Companhia de Polícia Militar (Cia PM)
Denominação dada à fração PM subordinada diretamente a uma Cia PM Ind. ou Cia PM,
comandada por Oficial Subalterno da PMMG, tendo como fração imediatamente
subordinada os Gp PM.
Denominação dada à fração PM subordinada diretamente a um Pel PM, via de regra, com
responsabilidade territorial sobre um município, tendo como fração imediatamente
subordinada os Subgrupos PM (Sub Gp PM). O Grupo PM também pode ser chamado
Destacamento PM.
Neste viés, uma das medidas adotadas no âmbito de Estado foi criar a Resolução Conjunta
n. 176 de 21 de janeiro de 2012, que define a articulação territorial entre os órgãos do
Sistema de defesa Social, apresentados conforme se segue abaixo.
4.2.1 Área Integrada de Segurança Pública: as Áreas Integradas de Segurança Pública, lato
sensu, são circunscrições territoriais que agregam agências prestadoras de serviços
públicos essenciais, com a responsabilidade compartilhada e direta de uma Unidade/fração
da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e uma Delegacia de Polícia Civil, operando
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como unidades de planejamento, execução, controle, supervisão, monitoramento corretivo e
avaliação das ações locais de segurança.
4.2.1.1 Região Integrada de Segurança Pública (RISP), composta por uma RPM e por um
Departamento de Polícia Civil.
4.2.1.2 Área de Coordenação Integrada de Segurança Pública (ACISP), composta por uma
UEOp (BPM ou Cia PM Ind) e uma Delegacia Regional de Polícia Civil.
4.2.1.3 Área Integrada de Segurança Pública (AISP), composta por uma fração PM (Cia ou
Pel) e uma Delegacia de Polícia Civil.
A formatação das AISP decorre da compatibilização das áreas de competência das forças
policiais, procurando respeitar as divisões administrativas adotadas pelas prefeituras, a
partir da referência dos indicadores demográficos, socioeconômicos e de infraestrutura, bem
como a partir da base estrutural da qual se assenta o planejamento e a oferta de serviços
públicos essenciais. Esse pressuposto deve ser perseguido por todas as RPM.
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f) possibilitar a participação consultiva da comunidade na gestão local da segurança
pública, por intermédio da criação de um Conselho Comunitário de Segurança em
cada área integrada;
g) viabilizar a prestação de contas regular e transparente dos serviços de segurança
pública ofertados.
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5 ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS NA SEGURANÇA PÚBLICA
Importante observar que é citado na Constituição Federal o termo “polícia ostensiva” em vez
de “policiamento ostensivo”, ampliando o conceito e elevando-o para além do procedimento,
de forma que se assegure que o policiamento seja apenas uma fase da atividade de polícia.
O policiamento corresponde apenas à atividade de fiscalização. Por esse motivo, a
expressão “polícia ostensiva” expande a atuação de polícia militar à integridade do exercício
do poder de polícia.
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policial militar. Essa autoridade decorre do poder/dever do exercício das atividades da
polícia ostensiva. Assim, a autoridade de um policial militar, em qualquer nível, implica
direitos e responsabilidades.
Assim, o militar que, por exemplo, relatar uma ocorrência, realizar uma busca pessoal,
desviar o trânsito de uma via, autuar um infrator do trânsito ou efetuar uma prisão, estará no
exercício de uma competência que lhe é atribuída por lei.
A autoridade do militar, que legitima a sua ação, decorre de sua investidura no cargo ou
função para o qual foi designado. O poder público do qual o militar é investido deve ser
usado como atributo do cargo e não como privilégio de quem o exerce. É esse poder que
empresta autoridade ao agente público.
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As medidas adotadas pela PMMG no combate à criminalidade levam em consideração as
teorias do crime, suas causas e consequências e preveem a realização de ações diretas e
indiretas que impactam na ocorrência da criminalidade. De igual modo, visando a ampliação
da sensação da segurança e a redução do medo do crime, a Corporação também executa
ações direcionadas para estes seguimentos, levando-se em consideração as condicionantes
individuais que influenciam na percepção da comunidade sobre o tema.
O senso de legalidade não pode estar dissociado do senso comum da ordem pública, isto é,
dos valores cultuados pela comunidade como essenciais à sua harmonia, do desejo coletivo
de preservar certos costumes, certas condições de convivência ou situações ou fatos que,
se modificados por alguém, possam afetar a moral e a ética social.
Mesmo aquele cidadão que é acusado ou apanhado no cometimento de ilícitos, deve ser
assegurada a dignidade e integridade física, em respeito à sua condição humana. O uso de
força na atividade policial, quando necessário, deve ser legítimo e proporcional à condição
apresentada pela pessoa abordada, observando-se ainda, os princípios essenciais ao seu
uso.
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A Polícia Militar de Minas Gerais, em sua pujante trajetória de serviços prestados à
comunidade mineira, atuando sempre com a observância da legalidade e legitimidade,
estabeleceu uma nova concepção em seu arcabouço operativo-doutrinário, procurando
extirpar práticas violentas e arbitrárias.
ATIVIDADE
POLICIAL
• Profissional
• Legal
USO DE FORÇA • Legítimo
• Profissional
Assim, deve estar sempre claro para todos os policiais militares que o uso de força é um
instrumento de trabalho da polícia. Conhecer as leis que balizam o seu uso, bem como as
várias circunstâncias e intensidades disponíveis do uso de força, é uma necessidade.
3 MINAS GERAIS. Polícia Militar. Manual de Prática Policial , Volume 1. Belo Horizonte. MG, 2002.
30
6 METODOLOGIA DE EMPREGO OPERACIONAL
Esta abordagem objetiva a análise do fenômeno do crime como uma relação dinâmica e
inter-relacional entre o ambiente, os grupos sociais ali instalados e o próprio indivíduo.
Trouxe grandes contribuições para diversas correntes teóricas, tais como, as atividades
rotineiras, janelas quebradas, desorganização social, dentre outras (SILVA, 2013).
Esta teoria vincula a existência do delito a três fatores essenciais convergentes no tempo e
espaço, quais sejam: ofensor motivado e disposto a cometer o delito; alvo disponível que
possa ser atacado; e ausência de guardiões capazes de impedir a ocorrência do crime.
Nesta lógica a atuação preventiva em qualquer um destes fatores anula a possibilidade de
ocorrência do crime (CLARKE; FELSON, 1998; MOREIRA, 2005).
31
A Teoria da Desorganização Social4, por sua vez, afirma que a incapacidade de controle
social informal da comunidade enfraqueceria as relações entre seus membros e os tornaria
mais propensos a desrespeitar as normas e as regras.
O Modelo Sistêmico da Organização Social, proposto por Bursik e Grasmick (1993), apoia
que o fortalecimento do controle social privado, relacionado aos grupos primários como a
família e amigos mais próximos; o paroquial, estabelecido a partir das relações entre
membros da comunidade com menor vinculação e também naquelas advindas de
participações em instituições como igrejas e associações/grupos comunitários; e o público,
com atuação do setor público na promoção de controle social por meio de ação proativa das
forças públicas ou por provocação por membros ou grupos comunitários, é essencial para a
redução da criminalidade (SILVA, 2013). O fortalecimento do controle social, nos níveis
primário, paroquial e público, desta forma, ensejaria na redução do crime.
O Modelo de Prevenção Criminal mencionado por Brantngham e Faust (1976) adota três
níveis de abordagens de prevenção: primária, secundária e terciária, conforme descreve
Sento-Sé (2011).
4 De acordo com o modelo proposto por Shaw e McKay a desorganização social é ocasionada pelos seguintes
fatores: mobilidade social, a heterogeneidade ética e o baixo status econômico (SILVA, 2004).
32
Gartner (2008) apresentou variantes da abordagem de Brantngham e Faust (1976)
descrevendo a prevenção primária como uma intervenção focada nas condições gerais do
indivíduo que favorecem a ocorrência da violência. A prevenção secundária estaria voltada a
indivíduos e grupos com maior vulnerabilidade para envolvimento como autor ou vítima de
violência; a terciária seria direcionada aqueles indivíduos recorrentes como autores de
violência, como forma de se evitar a reincidência (SENTO-SE, 2011).
Tonry e Farrington (1995), com uma análise mais recente, trabalhou a prevenção criminal
em quatro aspectos: prevenção à evolução criminal com foco nos fatores de risco para que
indivíduos se tornem autores e vítimas de crimes; prevenção comunitária com foco nas
condições sociais que potencialmente promovem a degradação dos ambientes; prevenção
situacional voltada para a decisão do indivíduo em cometer o delito, especialmente o cálculo
do custo/benefício desta conduta; e prevenção criminal que são estratégias em diversas
áreas adotadas pelo Poder Público.
33
Visando desenvolver adequadamente o processo de emprego operacional apresenta-se a
metodologia de solução de problemas, com a utilização de ferramentas importantes que
devem ser utilizadas para indicar ou direcionar as melhores práticas ou decisões a serem
tomadas para alcance dos objetivos estratégicos da PMMG.
Esta estratégia busca atuar nas causas do crime como forma de solução imediata de
incidentes específicos e prevenção a médio e a longo prazo para crimes semelhantes em
determinado território.
A solução de problemas deve ser parte da rotina de trabalho policial e seu emprego regular
pode contribuir para a redução ou solução dos crimes, melhorar a sensação de segurança e
até mesmo diminuir a desordem física e moral vivenciada na comunidade. Os meios
utilizados são diferentes dos anteriores e inclui um diagnóstico das causas subjacentes do
crime, a mobilização da comunidade e de instituições governamentais e não governamentais.
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O primeiro passo desse ciclo é reconhecer que as ocorrências que possuem um mesmo
padrão de repetição são “incidentes” de um problema maior e que precisam ter suas
origens/causas bem compreendidas para ser solucionado.
Para criar uma resposta adequada, os policiais utilizam as informações obtidas a partir do
atendimento das ocorrências, banco de dados de ocorrências policiais, a própria
comunidade, de pesquisas, etc., perpassando pelas quatro fases que compõem o método de
solução de problemas.
a) 1ª Fase - Identificação
6 Conforme afirma Tasca (2010) um problema corresponde a um grupo de incidentes similares em tempo, modo,
lugar e pessoas, relacionados à Segurança Pública.
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Para melhor classificação dos problemas, recomenda-se utilizar o diagrama do quadro 2, que
irá delimitá-los em uma das três categorias, conforme exposto abaixo:
I. identificação de problemas;
II. identificação de causas dos problemas;
III. identificação de soluções para as causas dos problemas.
7 Brainstorming é o método pelo qual um grupo tenta encontrar uma solução para um problema específico
através da acumulação de ideias espontâneas pela contribuição de todos os membros esse grupo (OSBRON,
1969).
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Esta ferramenta baseia-se no princípio de Pareto, também conhecido como 80-20, onde
80% dos resultados provém de apenas 20% das causas/problemas potenciais. Desse modo,
seguindo uma metodologia de busca de informações, identificam-se os problemas e/ou
causas que são responsáveis por 80% dos resultados.
b) 2ª Fase - Análise
A fase da análise constitui-se no cerne do processo e por isso tem grande importância no
esforço para a solução do problema. Uma resposta adequada não será possível a menos
que se conheça, perfeitamente, a causa do problema.
Para facilitar o planejamento, o incidente é analisado sob a ótica de um triângulo, sendo que
cada lado corresponde a uma variável, que seriam: um agressor ou infrator; uma vítima em
potencial; e um local ou ambiente favorável. O triângulo de análise do problema ajuda os
envolvidos a visualizar o problema e entender o relacionamento entre os três elementos.
Para que o crime ocorra deve haver a interação concomitante entre estes três elementos, do
contrário, na falta de algum deles, não haverá delito.
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Quando os policiais e as lideranças comunitárias chegarem nesta fase, o problema escolhido
será devidamente analisado. O formulário proposto para facilitar o desencadeamento lógico
das ideias é o diagrama de Ishikawa (causa-efeito), adaptado para o contexto policial
A metodologia a ser utilizada na construção do diagrama perpassa pelo envolvimento da
comunidade e do grupo de policiais que descreverá as causas deste problema.
c) 3ª Fase - Resposta
Para desenvolver respostas amplas e adequadas devem ser consideradas ações dirigidas ao
agressor, vítima e local do fato, Triângulo de Análise do Problema (TAP), com a proposição
de soluções criativas que irão lidar com pelo menos dois lados deste triângulo.
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Conforme Quadro 3 as respostas abrangentes podem frequentemente requerer prisões,
mudanças nas leis, etc. Mas as prisões nem sempre são as respostas mais efetivas.
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Outro formulário (Plano de Ação) pode ser utilizado com a própria metodologia 5W2H, pois,
este Plano direciona o trabalho do policial e da comunidade, facilitando a execução das
tarefas, e principalmente, estabelece com objetividade as metas a cumprir.
d) 4ª Fase - Avaliação
Várias dessas medidas podem ser úteis na avaliação do esforço para solução de problemas,
entretanto, as medidas não tradicionais facilitam a avaliação onde o problema tem sido
reduzido ou eliminado. Moreira; Oliveira (2004) destaca alguns exemplos da literatura:
40
venal das propriedades, diminuição da vadiagem, menos carros abandonados,
menos lotes sujos, entre outros;
d) aumento da satisfação do cidadão com respeito à maneira com que a polícia está
lidando com o problema (determinado através de pesquisas, entrevistas, etc.);
e) redução do medo dos cidadãos relativo ao problema; entre outros.
Orçamento já Cumprimento %
Ação Realizada Responsável
executado
25% 50% 75% 100%
Implantação do Sgt PM José + 5 Cb/Sd
R$ 30.000 - Bicicletas
policiamento de PM (treinados com o
e uniformes
bicicletas. curso de ciclopatrulha)
Divulgação de 7.500
Lucas - Presidente da R$ 8.000,00 para
folders de
Associação comercial. 10.000 folders.
autoproteção.
Realização de 10 Só custo indireto
Sgt PM João Carlos +
reuniões com os inerente ao serviço
Inspetora Maria Silva
comerciantes. policial.
Só custo indireto
Prisão de 2 infratores Sgt PM João do Grupo
inerente ao serviço
principais (lideres). Tático e detetive Paulo.
policial
41
6.3 Planejamento das Intervenções Policiais
Não se admite a ação de uma fração da Polícia Militar ou de um militar isolado que não
obedeça a um planejamento oportuno e, via de regra, escrito. Nos casos simples ou de
urgência, poderá ser verbal ou mental.
No planejamento para o emprego da tropa serão levados em conta os fatores intervenientes
básicos, quais sejam:
Em qualquer ação, o policial militar deverá estar bem instruído, utilizar adequadamente os
meios disponíveis, em especial no tocante a armamento e equipamento, e receber ordens
claras que devem ser resumidas em documentos pertinentes.
42
Os níveis e as etapas de uma intervenção policial são definidos em norma específica e
devem ser objeto de constante consulta e estudo dos policiais militares.
Deve ser uma tarefa incessante dos comandantes, em todos os níveis, a promoção do
enxugamento da máquina administrativa, com prioridade absoluta para a atividade-fim.
Mecanismos modernos de gerenciamento das atividades operacionais merecem estudos
contínuos e científicos, objetivando a alocação do maior número possível de militares nas
operações, bem como o melhor aproveitamento dos recursos materiais disponíveis.
43
Geralmente, ela envolve os seguintes aspectos fundamentais:
44
Em todos os casos, o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se
de decidir agora o que fazer, antes que ocorra a ação necessária. Não se trata da previsão
das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas da tomada de decisões que
produzirão efeitos e consequências futuras.
A gestão pública dos novos tempos impõe alguns desafios, que somente serão vencidos a
partir da adoção de um planejamento prospectivo que contemple:
Para bem cumprir as suas atribuições legais, os responsáveis pelo planejamento devem
primar pela observância dos princípios básicos a seguir:
45
6.5 Gestão Operacional Orientada por Resultados
A modernização do conceito da gestão na PMMG passa pelo novo modelo que privilegia
uma administração operacional fundamentada na definição de resultados a alcançar;
método indutivo que parte do conhecimento científico dos problemas locais de segurança
pública e dos seus efeitos sociais para atingir os objetivos esperados.
Com o objetivo de produzir serviços de qualidade que atendam aos anseios da comunidade,
cada comandante, nos diversos níveis, tem grande autonomia para desenvolver estratégias
gerenciais de emprego operacional. Contudo, há necessidade de planejar estratégias e
táticas de intervenção sob um enfoque eminentemente técnico-científico, pautado em
indicadores de desempenho e produtividade, com vistas ao alcance de metas.
O modelo de gestão operacional por resultados na PMMG será norteado pelos seguintes
pressupostos desejáveis para a atividade-fim:
46
g) planejamento e execução das atividades de polícia ostensiva com maior
especificidade, oferecendo serviços adequados de acordo com as demandas
locais;
h) modelo gerencial que favoreça ações/operações descentralizadas;
i) adequada distribuição de recursos e o ordenamento dos processos de trabalho,
por intermédio do patrulhamento produtivo direcionado, e portanto, não-aleatório;
j) autonomia aos comandantes de UEOp, de Companhia e de setores de
policiamento, para planejar e buscar soluções para os problemas de segurança
pública afetos à localidade, respeitadas as diretrizes e normas estratégicas e do
nível tático;
k) modernização das técnicas de gestão visando à diminuição das atividades
burocráticas, dando prioridade aos resultados e ao atendimento ao público;
l) adequada coleta e utilização das informações gerenciais de segurança pública, em
especial aquelas relacionadas à geoestatística;
m) produção de ações/operações de polícia ostensiva preventiva, de acordo com
características e tipologia criminais predominantes em seus espaços geográficos
específicos;
n) esforços específicos e articulados com outros atores do Sistema de Defesa Social,
procurando agir sobre as causas, fatores, locais, horários, condições e
circunstâncias vinculadas ao cometimento de crimes e desordens;
o) Policiamento Orientado para a Solução de Problemas;
p) Policiamento Orientado pela Inteligência de Segurança Pública;
q) sistemas de incentivo e recompensas direcionados à valorização dos policiais que
atuem em atividades de polícia ostensiva de prevenção criminal e atendimento de
ocorrências junto à comunidade;
r) direcionamento dos recursos logísticos para as sedes de Companhias e Pelotões,
de forma a aprimorar a efetividade dessas frações;
s) foco nos resultados, prevalecendo a qualidade sobre a quantidade;
t) transparência e divulgação dos resultados positivos à comunidade, utilizando-se a
rede de contatos via CONSEP, Redes de Proteção Preventiva, mídia local,
periódicos, informativos diversos etc;
u) intensificação da atividade de Inteligência de Segurança Pública (ISP) como
estratégia para orientar e potencializar os serviços da PMMG na prevenção e
repressão qualificadas da criminalidade.
47
6.6 Gestão de Desempenho Operacional (GDO)
As reuniões ocorrem num escalonamento desde o nível de Setor nas UEOp, passando pelo
nível tático até a chegada no nível estratégico institucional, seguindo o modelo de
COMPSTAT (Computerized Comparison Crime Statistics – Comparações Estatísticas
Criminais Computadorizadas) e Accountability (prestação de contas com responsabilidade).
48
7 EMPREGO OPERACIONAL
O emprego Operacional da Polícia Militar de Minas Gerais ocorre por meio de uma
infraestrutura de Unidades Operacionais que são articuladas de forma a cobrir todo o
território do Estado, estratificadas em níveis de comando com responsabilidade territorial,
hierarquizadas sobre Regiões, Áreas, Subáreas, Setores e Subsetores de policiamento.
Estas Unidades são apoiadas e recobertas pelas Unidades Especializadas que possuem
estrutura, articulação e missões específicas (conforme verificado no capítulo 4). A missão,
localização, responsabilidade e articulação das Unidades Operacionais são de competência
exclusiva do Comando da Instituição.
As UEOp atuam por meio de serviços operacionais constantes na Resolução que apresenta
o portfolio de serviços. Os Serviços apresentam composições e características de atuações
específicas, voltadas aos objetivos que lhes são próprios, em conformidade ao conceito de
operações pretendido para cada momento e ambiente de atuação.
Dessa forma, cada intervenção policial pode ser classificada em graus diferentes, numa
escala que varia entre ações de caráter preventivo ao repressivo. Os variados serviços do
portfolio possuem características de atuação e resultados peculiares, portanto, cada tipo de
serviço deve ser cuidadosamente empregado de acordo com as características do ambiente
em que for instalado e de acordo com os objetivos operacionais estabelecidos, para que se
alcance os resultados pretendidos.
Os serviços atuam por meio da execução de “ATIVIDADES” que podem ser ações ou
operações. Por atividade, entende-se a execução de rotinas específicas, previamente
estabelecidas em protocolos operacionais (à exemplo da DIAO - Diretriz Integrada de Ações
e Operações) e devidamente desenvolvida com base na técnica policial, na legalidade e nos
princípios de atuação expostos nos Manuais/Cadernos Doutrinários, Instruções,
Memorandos, dentre outras normas de doutrina operacional.
9Extraído do Manual Básico de policiamento Ostensivo. Trata-se de resgate histórico da doutrina da década de
1980 que ainda perdura e é aplicável aos dias atuais.
49
A correta identificação das variáveis do policiamento, bem como a conjugação por
intermédio de esforços operacionais, favorece a sistematização para o planejamento de
ações e operações, e assim, a criação e oferta de serviços de segurança pública à
população.
7.1.1 Policiamento Ostensivo Geral (POG): tipo de policiamento que visa satisfazer as
necessidades basilares de segurança da sociedade, por intermédio da presença real e
potencial do policial militar, em contínuo contato com a comunidade.
50
7.1.5 Policiamento Rodoviário: Policiamento ostensivo executado nas rodovias estaduais
e federais delegadas de forma preventiva e repressiva a atos criminosos de qualquer
natureza que atentem a ordem pública, a incolumidade das pessoas e a proteção ao
patrimônio, garantindo ainda a obediência às normas relativas à segurança de trânsito,
assegurando a livre circulação de veículos, pessoas e mercadorias, prevenindo acidentes e
recobrindo taticamente outras modalidades de policiamento.
7.2.3 Escolta: atividade destinada à custódia de pessoas e/ou bens, de forma dinâmica ou
estática.
51
7.3.3 Especial: É o emprego temporário de meios operacionais em eventos previsíveis que
exijam esforço específico.
Na Malha protetora, o emprego operacional das Unidades e dos serviços ocorrem pela
superposição articulada em 5 (cinco) níveis de escalonamento de esforços, denominados
esforços de emprego operacional, que visa garantir a sinergia do policiamento e a
amplitude da proteção social.
52
2º esforço de emprego – recobrimento Tático no âmbito da UEOp
53
estratégicas altamente qualificadas que extrapolem a capacidade de atuação do
policiamento ordinário.
A atuação desse esforço ocorrerá num âmbito territorial mais amplo, em ações e operações
que demandem como condição necessária, a qualificação especial na utilização de táticas e
técnicas. Será realizado pelas Unidades do Comando de Policiamento Especializado que
poderá agir de forma integrada com as Unidades Especializadas das RPM (BPE e Cia PM
Ind. PE).
A Força Tarefa será implantada mediante rigoroso planejamento, será coordenada com
base nas metodologias de gestão integrada e manterá registro das decisões tomadas nas
situações fáticas enfrentadas, bem como o modus operandi utilizado nos processos
decisórios e os resultados obtidos.
Esforço Suplementar
54
preferencialmente, nas subáreas das Cias Operacionais da RMBH onde os índices criminais
demonstrem esta necessidade, como força de reação do Comando-Geral, a critério do
Chefe do Estado-Maior da Polícia Militar.
Nesse raciocínio, a Inteligência de Segurança Pública (ISP) tem por finalidade coletar e
buscar dados, que, após análise e interpretação, são transformados em informações e
conhecimentos estratégicos, táticos e operacionais. Visa antecipar a eclosão de delitos e
orientar o planejamento para emprego de seu efetivo e meios com cientificidade,
possibilitando a prevenção e repressão qualificadas da criminalidade.
55
7.5.2 Policiamento Orientado pela Inteligência de Segurança Pública
O Policiamento Orientado pela ISP exige que o ambiente criminal seja, de fato, interpretado
pela Inteligência e que os gestores sejam plenamente assessorados e tenham habilidades
para identificar estratégias para reduzir a criminalidade e a violência. Observa-se que a
Inteligência, dado a sua abrangência, pode potencializar os serviços da polícia, otimizando a
sua atuação operacional, com economia de meios e redução da prática da polícia reativa.
Daí, o SIPOM trata-se de um sistema eficiente e eficaz, com vistas à institucionalização do
conceito de Polícia Orientada pela ISP.
56
Para bem cumprir o exposto, o SIPOM organiza-se da seguinte forma:
a) Nível estratégico:
- Agência de Inteligência Estratégica (AIE): Seção Estratégica de Inteligência do
Estado-Maior (EMPM-2);
b) Nível tático:
- Agência Central (AC): Diretoria de Inteligência (DInt);
- Agência Regional (AR): Região de Polícia Militar (RPM);
- Agência Regional Especializada (ARE): Comando de Policiamento Especializado
(CPE);
c) Nível operacional:
- Agência de Área (AA): Batalhão de Polícia Militar (BPM) e Companhia
Independente de Polícia Militar (Cia PM Ind);
- Agência Especial (AE): Unidades Especializadas;
- Subagências de Inteligência (SI): Companhias de Polícia Militar (Cia PM);
- Núcleos de Agências (NA): Pelotões de Polícia Militar (Pel PM);
- Núcleo Especial de Busca (NEB): constituído pelo Comandante-Geral e
instaladas/coordenadas pela DINT, em qualquer parte do Estado, para missões
especiais, quando a situação exigir;
- Núcleo Regional de Busca (NRB): estrutura de Inteligência que pode,
excepcionalmente, ser constituída e instalada pelo Comandante da RPM, em
qualquer parte da respectiva região, envolvendo recursos de mais de uma
unidade operacional, num período de até 30 (trinta) dias, com ciência prévia à
DInt, cujo prazo pode ser prorrogado, mediante avaliação da situação. Os NRB
serão preponderantemente operacionais e dissolvidos tão logo cumpram a missão
para a qual foram constituídos.
57
Como metodologia e para uma melhor compreensão didática, é possível relacionar as
principais atividades e funções gerenciais de destaque, em cada fase desse intrincado
processo.
7.7.1 Planejamento
Esta fase pode ser subdividida em dois momentos distintos, o diagnóstico e a definição de
estratégias operacionais. Na fase de diagnóstico, o gestor operacional deve buscar
levantar as informações necessárias para conhecer o território de responsabilidade, bem
como as características socioeconômicas, criminógenos e as demandas comunitárias.
Devem ser utilizadas as técnicas de análise criminal, geoprocessamento, as informações
originadas no SIPOM, as informações do disque-denúncia e as demandas comunitárias
levantadas via redes de proteção, CONSEP e as informações coletadas pela percepção dos
policiais militares atuantes na área, bem como consulta aos especialistas.
Com base nas informações levantadas, deve-se realizar uma ampla análise envolvendo as
teorias do crime e as metodologias de solução de problemas, conforme expostas no capítulo
VI desta Diretriz. A partir dos resultados da análise diagnostica, o gestor operacional deverá
estabelecer as estratégias de intervenção que constitui o planejamento da alocação dos
recursos operacionais em acordo com as especificidades dos serviços. Devem ser
elaboradas as Matrizes de operações e os cartões-programas garantindo que as
intervenções operacionais estejam racionalmente alinhadas com os objetivos pretendidos,
ou seja, a eliminação do crime (fato), a redução da criminalidade (fenômeno), o aumento da
sensação de segurança e a preservação da ordem pública. O gestor deve também criar
estratégias para a mobilização dos outros atores públicos responsáveis.
Essa fase consiste no efetivo emprego dos serviços policiais no teatro de operações,
cumprindo-se fielmente os planejamentos estabelecidos através das escalas, ordens de
serviço, matrizes de operações e cartões-programa, alinhados com o PLEMOP (Plano de
Emprego Operacional).
58
O PLEMOP é o documento que traduz a estratégia a ser adotada para cumprir determinada
missão institucional de natureza operacional. Contém a exposição metódica e sistematizada
do conjunto das medidas e dos procedimentos a serem executados com vistas ao
atingimento de um objetivo claramente definido. Deve ser suficientemente detalhado e
completo, a fim de permitir o perfeito entendimento do contexto, das demandas existentes,
das atribuições dos setores e das pessoas envolvidas, dos recursos disponíveis, dos limites
da atuação, do espaço territorial onde as ações serão desenvolvidas, dos prazos final e
intermediários, dentre outros. A elaboração do PLEMOP nas Unidades de Execução
Operacional é obrigatório e deve ser revisto e atualizado anualmente.
As UEOp e suas frações devem ter claramente identificada a sua missão no contexto do
sistema operacional da PMMG, o que constará dos respectivos Planos de Emprego
Operacional (PLEMOP).
59
Os Comandos Regionais e o CPE deverão exercer a coordenação do planejamento para a
definição da missão de cada UEOp subordinada, atentando para o princípio da
responsabilidade territorial e para as necessidades e possibilidades de recobrimento,
conforme atribuição específica de cada Comando.
Também deverá ser definida a missão secundária em que eventual ou excepcionalmente tal
Unidade possa ser empregada, de forma suplementar ou em apoio.
60
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
8.2 As grades curriculares dos diversos cursos da Polícia Militar de Minas Gerais, bem como
no Treinamento Policial Básico (TPB) deverão ser adequadas à presente Diretriz a partir da
sua publicação, de forma a contemplar as novas estratégias do Comando-Geral.
8.3 As diretrizes estabelecidas nesta norma não devem conflitar com as demais
macroestratégias previstas pela PMMG. Nas situações conflituosas, o Comando-Geral
deverá esclarecer as dúvidas por intermédio de norma complementar.
8.4 Para o emprego de policial militar feminina deverá ser avaliada pelo Comandante
Regional, a conveniência no tocante à infraestrutura, instalações, locais de emprego, horários
de serviços, de modo a propiciar as condições adequadas ao exercício das atividades
policiais militares.
8.6 Serão designadas comissões para estudarem a implementação das 04 (quatro) diretrizes
secundárias à DGEOp, quais sejam: (Atuação Preventiva, Repressão Qualificada, Operações
Especiais e Coordenação e Controle), com o propósito destas absorverem as demais
diretrizes existentes, por matéria específica, inerente a cada uma delas, a fim de se otimizar
os assuntos existentes.
61
seus respectivos tutoriais lançados na Intranet PM, campo “Operações/Doutrina de Emprego
Operacional”.
8.10 Revoga-se a Resolução n. 3700/2003 que cria na estrutura das terceiras seções das
Unidades de Execução Operacional o Núcleo de Prevenção Ativa.
8.11 Revoga-se a Instrução n. 3.001.7/2004, que trata sobre o Regimento Interno dos
Núcleos de Prevenção Ativa.
62
REFERÊNCIAS
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2004.
Felson, M. & Clarke, R. V. (1998). Opportunity Makes the Thief. Police Research Series,
Paper 98. Policing and Reducing Crime Unit, Research, Development and Statistics
Directorate. London: Home Office. 1998.
https://pdfs.semanticscholar.org/09db/dbce90b22357d58671c41a50c8c2f5dc1cf0.pdf .
Acesso em: 07 jan. 2019.
GOLDSTEIN, Herman. Policiando uma Sociedade Livre. Trad. Marcello Rollemberg. São
Paulo: Universidade de São Paulo, 2003 (Série Polícia e Sociedade, n.6).
63
MOLINA, Antônio García-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia. 8. Reform. ed.,
atual. e ampl.. São Paulo: RT, 2006. p. 202-304.
MOREIRA, Cícero Nunes; OLIVEIRA, Alexandre Magno de. Gestão pela qualidade na
segurança pública. In: BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Segurança
Pública (AD/BRA/98/D32). Apostila do curso nacional l de multiplicador de polícia
comunitária. Rio de Janeiro, mar. 2004. p. 137 – 166
Osborn, A.F. Applied imagination: Principles and procedures of creative problem solving
(Third Revised Edition). New York, NY: Charles Scribner’s Sons, 1963.
SENTO-SE, João Trajano. Prevenção ao crime e teoria social. Lua Nova [online]. 2011,
n.83, pp.9-40. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n83/a02n83.pdf. Acesso em 08 jan.
2018.
SILVA, Bráulio Figueiredo Alves da. Coesão social, desordem percebida e vitimização
em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. 2004. Dissertação (Mestrado em Sociologia) –
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2004.
64
APÊNDICE ÚNICO – ESCALONAMENTO DE ESFORÇOS DA MALHA PROTETORA
65
8