ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DE LOURDES – ITURAMA / MG

BBBB Avaliação de Estudos Independentes de Língua Portuguesa – Turma: 323

Professor: Vitor Moreira Silva Peso: 80,0

Nome: ____________________________________________________________ Nota:___________

A nuvem

Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem
reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral,
carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as
pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e
aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?
Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as
amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria
demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses
encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que
importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem
ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as
cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe
para o chão – e seus tradicionais buracos.
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana)

EM123LP44 (2,5) 1. É correto afirmar que, a partir da crítica que o amigo lhe dirige, o
narrador cronista:

a) sente-se obrigado a escrever sobre assuntos exigidos pelo público;

b) reflete sobre a oposição entre literatura e realidade;
c) reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura;
d) defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais;
e) sente que deve mudar seus temas, pois sua escrita não está acompanhando os novos tempos.

EM123LP44 (2,5) 2. Em “E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho
Braga”, o narrador:

a) chama a atenção dos leitores para a beleza do estilo que empregou;

b) revela ter consciência de que cometeu excessos com a linguagem metafórica;
c) exalta o estilo por ele conquistado e convida-se a reverenciá-lo;
d) percebe que, por estar velho, seu estilo também envelheceu;
e) dá-se conta de que sua linguagem não será entendida pelo leitor comum.

EM123LP134 (2,5) 3. Leia o poema abaixo e responda:

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas…
– O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.
(Manuel Bandeira. Libertinagem e Estrela da manhã)

Os termos "meu", "oitocentas" e "gado" são classificados morfologicamente como:

a) substantivo, pronome e pronome
b) pronome, numeral e substantivo
c) pronome, numeral e pronome
d) pronome, numeral e numeral

Leia o texto abaixo para responder às questões de 4 a 6:

O Gato e o Diabo
James Joyce

Esta história foi contada por James Joyce, que é um escritor irlandês muito importante. Ele nasceu
em Dublin, na Irlanda, no ano de 1882.
O James Joyce era muito brincalhão e se divertia muito ao escrever os seus livros; incluía neles
algumas adivinhas e quebra-cabeças... mas eram livros para gente grande. Há um muito conhecido, intitulado
“Ulisses”.
No entanto ele escreveu também um conto para ser saboreado por crianças... é o conto “O Gato e o
Diabo”. E por que é que ele resolveu escrever para crianças???
Dizem que ele tinha um neto e gostava de lhe contar histórias, pelo menos de contar histórias nas
cartas que lhe escrevia, e este conto nasceu daí – o vovô Joyce contou-a ao seu neto Stephen...
Eu gosto muito desta história e, por isso, vou lê-la amanhã para os meus amigos que vão me visitar
na escola. Quando nós gostamos de uma história é mais fácil cativar os outros, não acha?
(...)
O livro tem imagens muito bonitas, de um historiador que se chama Roger Blachon. Eu vou
mostrá-las amanhã aos meus amiguinhos!
Como o autor escrevia em inglês, foi preciso traduzir a história para o português... e isso é feito por
uma tradutora que se chama Joana Morais Varela.

EM123LP134 (2,5) 4. Em “Eu vou mostrá-las amanhã aos meus amiguinhos!”, o uso do diminutivo na
palavra amiguinhos sugere que o autor se refere aos seus amiguinhos com:
a) Desprezo.
b) Carinho.
c) Vergonha.
d) Medo.

EM123LP134 (2,5) 5. Qual é a classe gramatical das palavras abaixo?

Grito, sofrimento, João, cadeira, pulo, beleza, fingimento.

a) Substantivo.
b) Adjetivo.
c) Artigo.
d) Verbo.

EM123LP134 (2,5) 6. Marque a alternativa que apresenta, em destaque, palavra com valor gramatical
de substantivo.
a) O amor é o dom supremo.
b) Como primeiro aluno da classe, não sabia o que fazer.
c) O viver é dádiva do criador.
d) O porquê de tudo isso, ninguém sabia.

Analise o anúncio abaixo e responda:

EM123LP44 (2,5) 7. A partir da mensagem, constata-se que o cartaz pretende:

a) ressaltar que todos são responsáveis pela segurança no trânsito.

b) convocar todas as pessoas para denunciar motoristas irresponsáveis à polícia.
c) informar que todas as pessoas contribuem para um trânsito mais seguro.
d) convidar todas as pessoas a serem responsáveis pela segurança no trânsito.

Veja a tirinha de Carlos Ruas para responder as questões 8 e 9:

EM123LP44 (2,5) 8. Qual a figura de linguagem presente na tirinha?

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EM123LP44 (2,5) 9. Quais elementos foram utilizados para empregar a figura de linguagem?

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EM123LP134 (2,5) 10. Assinale a alternativa que contenha um adjetivo:

a) cadeira
b) móvel
c) extraordinário
d) andaram