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Higiene Ocupacional PDF
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Higiene Ocupacional
Outras considerações:
Periculosidade e insalubridade também não se acumulam, trabalhador terá que escolher qual
benefício receberá.
Ex: Trabalhador exposto a agente biológico de grau máximo 40% e a umidade 20% O Salário desse
trabalhador será de 1000 reais.
No final ele receberá 1000 + 40%X 968 (salário mínimo) que é igual a 1387 reais. Os 20% não entram
na base do calculo.
Obs:
Medidas de controle estão acima no grau de hierarquia, as medidas administrativas aparecem em
seguida e por fim os EPIs. Medidas de controle e medidas administrativas são de caráter coletivo EPC.
➢ Atenção
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2. Ruído de impacto superior a 140db (Linear) medidos no circuito de resposta impacto sem a
devida proteção
4. Trabalho sobre condições hiperbáricas que não segue qualquer uma das diretrizes legais
estabelecidos nesta norma.
6. Situação nas quais o valor de concentração ultrapassa aquele valor máximo estabelecido na
norma.
2. Ruído
Presente no Anexo 1 e 2 da norma.
É um dos principais agentes físicos presentes nas atividades econômicas em que pese notória
subnotificação de casos de doenças ocupacionais. Os efeitos dependem do tempo de exposição e a
intensidade sonora assim como a suscetibilidade individual de cada pessoa. Alguns trabalhadores podem
ser afetados por ruídos abaixo do limite de tolerância estabelecido em norma, por isso a necessidade dos
exames audiométricos do PCMSO e implementação de programa de conservação auditiva (PCA) onde
são estabelecidas as medidas de avaliação e controle dos agentes de ruído, assim como a avaliação dos
resultados dos exames médicos para verificar se as medidas de controle estão surtindo o efeito esperado.
A perda auditiva induzida por ruído pode ser de forma gradual e também irreversível.
Como o ouvido humano pode detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que vai de
20 μPa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria totalmente inviável a construção de instrumentos para a medição
da pressão sonora. Para contornar esse problema, utiliza-se uma escala logarítmica de relação de
grandezas, o decibel (dB). O decibel não é uma unidade, e sim uma relação adimensional definida pela
seguinte equação:
L=20xlog(P/P0)
Moral da história: 5db + 5db não é 10db, pois não é linear a escala logarítmica. A seguir, é
apresentada uma ilustração comparativa entre situações práticas de ruído e seus níveis.
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Sendo o ruído energia, pode-se estabelecer uma avaliação a partir desse conceito.
Onde:
Para realizar a soma de dois níveis sonoros em dB, pode-se utilizar o nomograma abaixo:
Para utilizá-lo, encontre a diferença entre os dois na escala superior e leia o valor
correspondente na escala inferior. Este deverá ser adicionado ao maior valor dos dois valores
considerados para se obter o valor resultante. Observe que, qualquer que seja o nível, o máximo
acréscimo será de 3 dB, que ocorre quando os dois valores são iguais.
NBR – 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimento
• “fast” — resposta rápida — avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com ponderação dB
(C)); (Valor máximo 130dB para risco grave iminente)
• “impulse” — resposta de impulso — para avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com
ponderação linear); (valor máximo de 140dB para risco grave iminente).
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Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta
lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância
fixados no Quadro deste anexo.
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos.
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Avaliação das múltiplas fontes geradoras de ruído as quais o trabalhador esta exposto
diariamente. Cálculo dos efeitos combinados de cada ruído diferentes presentes na jornada de trabalho.
A dose é um valor numérico adimensional; calculado por:
Valores abaixo de 85db não entram na formula. Valor de ação é 50% que é igual ou superior
a 80dB.
Ex: O trabalhador de um grupo homogêneo executa suas tarefas em três áreas distintas e os ruídos de
cada estão expressos na tabela abaixo:
Nível de Ruído (dB) Tempo de Exposição (Horas) Tempo Máximo de Exposição em horas segundo a tabela NR15 (horas)
86 4 7
88 3 5
90 1 4
Calculo:
Grupos homogêneos são trabalhadores que estão sujeitos ao mesmo risco de forma igual e
executam as mesmas atividades.
Medições devem ser registradas e aparecer no LTCAT quando risco for identificado, não há
necessidade de ensejar aposentadoria especial ou insalubridade para o risco estar presente no LTCAT. A
presença do risco, já se faz necessária à declaração no LTCAT. Todas as atividades possuem ruído,
porém apenas quando, segundo a percepção por parte do Engenheiro ou Médico, verificar que existe a
possibilidade de aumento e danos à saúde do trabalhador devido a esse ruído.
As normas adotadas para medição do ruído são (NR 15, NHO1 da fundacentro ou OSHA).
NHO 01 estabelece a padronização de como deve ser realizada a medição no local de trabalho.
Em caso de níveis de ruídos intermediários que não tem horário tabelado na NR 15 que é o
caso do 97(dB) deve-se adotar o valor acima tabelado que é de 98 (dB)
A soma de efeitos combinados de ruído para calculo da dose não tem significado algum em
relação à soma de ruídos de duas fontes geradoras diferentes;
A norma estabelece que seja proposto procedimento para avaliação de ruído contínuo e
intermitente, porém não será avaliado a questão de conforto acústico que está estabelecido na NBR-
10152.
Segundo a norma:
Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas,
corresponderá a uma dose de 100%. Isso significa que 100% da dose é 85dB em a 8 horas de exposição.
Medidor Integrador de Uso Pessoal: medidor que possa ser fixado no trabalhador durante o período
de medição, fornecendo por meio de integração, a dose ou o nível médio.
Nível de Ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a
probabilidade de que as exposições ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o
limite de exposição seja ultrapassado. 82dB para NHO-01
Obs. Para a NR-15 o valor é de 80dB, isso ocorre porque o incremento de duplicação da dose é 5 para
NR-15 e 3 para NHO-01.
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Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia, definido pela expressão que
segue:
Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8
horas diárias, para fins de comparação com o limite de exposição.
Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na
integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de exposição que é 80dB.
Nível Médio (NM): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de
medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros
de medição predefinidos.
Zona Auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm ± 50 mm, medido a partir da
entrada do canal auditivo.
onde:
NE = nível de exposição
D = dose diária de ruído em porcentagem
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onde:
Cn = tempo total diário em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico.
Tn = tempo máximo diário permissível a este nível, segundo a Tabela l da NHO 01.
Exposições a níveis inferiores a 80 dB(A) não serão consideradas no cálculo da dose.
Quando a exposição for a um único nível de ruído o cálculo da dose diária também é feito
utilizando a expressão apresentada, ou seja, simplesmente dividindo "C1" por "T1".
Abaixo é apresentada a tabela do nível de exposição do ruído e o tempo máximo de
exposição para cada intensidade Sonora segunda a NHO 01.
Nível de ruídodB(A) Tempo máximo diário permissível (Tn)
(minutos)
80 1.523,90
81 1.209,52
82 960,00
83 761,95
84 604,76
85 480,00
86 380,97
87 302,38
88 240,00
89 190,48
90 151,19
91 120,00
92 95,24
93 75,59
94 60,00
95 47,62
96 37,79
97 30,00
98 23,81
99 18,89
100 15,00
16
101 11,90
102 9,44
103 7,50
104 5,95
105 4,72
106 3,75
107 2,97
108 2,36
109 1,87
110 1,48
111 1,18
112 0,93
113 0,74
114 0,59
115 0,46
Agora, para questões trabalhistas de insalubridade é necessário utilizar o valor q=5 conforme
a NR-15 e sua tabela de ruídos e limites de exposições.
Tempo de serviço para aposentadoria especial em relação ao ruído é de 25 anos e a FAE irá
gera um GILRAT de 6%.
A Lei de Benefícios Previdenciários em seu art. 57, § 6º da lei 8.213/91, na redação dada pela lei
9.732/98, impõe ao empregador, como forma de financiar tal prestação, o acréscimo proporcional de
contribuição, nos percentuais de 6, 9 ou 12%, de acordo com o tempo de aposentadoria especial
aplicável ao caso, 25, 20 ou 15 anos, respectivamente.
compensação “C”. Nos intervalos existentes do ruído de impacto, o ruído deve ser avaliado como
contínuo e intermitente.
Circuito de Resposta rápida (FAST) com compensação C Circuito de resposta de impulso (linear)
Neste critério o limite de exposição diária ao ruído de impacto é determinado pela expressão
a seguir:
onde:
A Tabela 2, obtida com base na expressão anterior, apresenta a correlação entre os níveis de pico
máximo admissíveis e o número de impactos ocorridos durante a jornada diária de trabalho, extraída a
partir da expressão de determinação do limite de exposição diária ao ruído de impacto.
Np N Np N Np N
120 10000 127 1995 134 398
121 7943 128 1584 135 316
122 6309 129 1258 136 251
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Quando o número de impactos ou de impulsos diário exceder a 10.000 (n > 10.000), o ruído
deverá ser considerado como contínuo ou intermitente.
O limite de tolerância valor teto para ruído de impacto corresponde ao valor de nível de pico
de 140 dB(Lin).
(Np - 3) dB.
Isso significa que de acordo com a formula NP, dependendo do número de impactos eu terei
um determinado valor como limite de tolerância e limite de ação. A NHO 01 não estabelece um valor
fixo como limite de tolerância, diferentemente da NR-15, por isso deve ser usada o valor limite de
tolerância estabelecido na NR-15 para fins de insalubridade. Como a NR-15 não estabelece um valor
mínimo de números de impactos, o trabalhador sem proteção poderá ter direito ao adicional de
insalubridade bastando apenas um impacto na jornada diária de trabalho.
Ruído de impacto de acordo com o decreto 3048 não dá direito a aposentadoria especial,
somente se houver mais que 10000 impusos diários, pois daí será considerado ruído contínuo e terá que
ser acima de 85dB.
da jornada executa suas atividades na prensa, após 2 horas vai para o moinho, fica 3 horas, e aí segue 2
horas na injetora. Dessa forma deve se executar a medição de ruído desse ciclo de exposição.
Um trabalhador executa suas atividade com ruído. Para realizar a medição foi utilizado um
medidor de leitura instantânea por meio de n leituras seqüenciais colhidas a intervalos de tempo fixos e
predefinidos, identificados por "At", de no máximo 15 segundos.
n = número total de leituras [devem ser incluídas as leituras de valores abaixo de 80 dB(A)]
NPSi = iésimo nível de pressão sonora assumido, em dB(A) [não devem ser incluídos os níveis de
pressão sonora inferiores a 80 dB(A)]
O medidor de leitura instantânea calibrado, com certificado já faz o calculo direto do Nível
Médio facilitando o trabalho do avaliador. Porém os intervalos de leituras devem estar calibrados para
serem realizados no máxímo a cada 15 segundos segundo para NHO 01.
Ciclo de exposição
Nível
Médio
Tempo Real de Exposição diária (Hora)
de Ruído
XXXXXXX (NM) dB
1 83 1
2 87 2,5
3 90 2
4 93 1,5
5 95 1,5
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Calculo da dose: Deve se utilizar a tabela do anexo 1 da NR-15 apresentada nesse material.
A dose sendo maior que um já se conclui que o trabalhador esta em condições insalubres.
Agora calculamos o NE
480 𝐷
𝑁𝐸 = 10 log (( )𝑥( )) + 85
𝑇𝑒𝑥 100
Tex é igual a 7,5 horas que foram os ruídos computados na dose que será igual a 450 minutos.
NE =10log((480/450)x(223/100))+85 = 88,76
Agora Calculamos NEN para verificar a exposição diária para uma jornada de 8 horas:
𝑇𝑒𝑥
𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 16,61log( )
480
O calculo do ruído diário é equivalente a 88,29dB para uma jornada de oito horas de trabalho.
Ciclo de exposição
XXXXXXX Nível Médio de Ruído (NM) dB Tempo Real de Exposição diária (Hora)
1 83 1
2 87 2,5
3 90 2
4 93 1,5
5 95 1,5
No caso da NHO-01 se considera o limite de exposição para 83dB. No caso, para NHO-01 se considera
até 80dB no caso do calculo do valor da dose.
Agora calculamos o NE
480 𝐷
𝑁𝐸 = 10 log (( )𝑥( )) + 85
𝑇𝑒𝑥 100
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O Tex é 510 minutos, já que foi 8,5 horas de exposição. O D é um valor inteiro, mas na fórmula do NE
se deseja o % por isso o D é 2,308x100 = 230,80
NE =10log((480/510)x(230,80/100))+85 = 88,36
Agora Calculamos NEN para verificar a exposição diária para uma jornada de 8 horas:
𝑇𝑒𝑥
𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 10log( )
480
Percebe que com a fórmula utilizada para calculo do ruído segundo a NHO-01 o ruído dá
levemente maior que o da NR-15. Isso pode acarretar na possibilidade, para ruídos com NEN próximos
a 85dB de acordo com a NR-15, ser superiores a 85dB para NHO-01 dando ao trabalhador o direito a
aposentadoria especial e não a insalubridade. A Atuação recomendada segundo a NHO é adoção de
medidas preventivas e corretivas visando à redução da dose diária.
A tabela abaixo menciona as medidas necessárias para atuação de acordo com o ruído.
Se for determinada a fração de dose, esta deverá ser projetada para a jornada diária efetiva de
trabalho. A dose será sempre relativa a toda jornada de trabalho.
Quando forem utilizados medidores cujo tempo de integração seja prefixado e não cubra o
período mínimo representativo da exposição, deverão ser seguidos os procedimentos complementares
relacionados a seguir:
• medições seqüenciais, cada uma com tempo de duração dentro do limite imposto pelo medidor (pode
ser 10 segundos ou 15 segundos);
• registro de todas as leituras das medições para permitir a determinação do nível médio ou da fração
de dose relativos ao período avaliado, mediante a seguinte expressão matemática:
ni = número de leituras obtidas para um mesmo nível médio parcial assumido - NMi
Dessa forma, foram feitas 705 leituras, uma leitura a cada dez segundos, cobrindo o intervalo total de
7050 segundos. Os dados obtidos são apresentados na tabela a seguir:
Número NPSi Ni
igual de
registros
(I)
1 < 80,0 188
2 83,5 3
3 84 7
4 85 21
23
5 85,5 38
6 86,5 42
7 88 53
8 88,5 47
9 89 52
10 90 75
11 90,5 65
12 91 53
13 92 27
14 95 17
15 98 12
16 99,5 5
Total de leituras = n 705
O NPSi é o nível de pressão sonora instantânea medida. Ni é referente a quantas vezes foi encontrada
aquela pressão sonora específica instantânea. E n é o número de leituras.
NM = NE = 89dB
NEN = NE + 10log(Tex/480)
O Tex para os ciclos irá se repitir, por isso dá para se deduzir que Tex de 480 teremos um ruído de
89dB. Isso foi possível porque foram medidos todos os ciclos de exposição.
NEN= 89 +16,6log(480/480)
NEN = 89dB
NEN= 89 +10log(480/480)
NEN = 89dB
ciclos de exposição completos, teremos de forma direta o valor do NEN. A normalização só será
realizada caso o trabalhador trabalhe acima das 8 horas diárias.
Elucidando a importância do NRR, quanto maior o valor aferido, maior será a atenuação do
protetor auditivo. Em situações práticas, isto é, in loco, sabe-se que essas “condições ideais” não se
constatam habitualmente, conforme profere Silvio Bistafa (2011) em seu livro ‘Acústica Aplicada ao
Ruído’.
O Nível de Redução de Ruído não deve ser aplicado no Brasil, pois trata-se de uma
aproximação “perfeita”, que pode conceber dissonâncias subsequentes. De acordo com o atravessar dos
anos, constatando a significância da aplicabilidade do NRR em situações práticas, com o desiderato de
utiliza-lo em casos atinentes ao ruído, foi instaurado o fator de correção, embasado pelo Instituto
Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional – NIOSH que é 0,5.
𝑁𝑃 = 𝑁𝑃𝑆 − (𝑁𝑅𝑅𝑥𝑓𝑐𝑁𝐼𝑂𝑆𝐻)
Onde:
fcNIOSH: Fator de correção correlato com a metodologia NIOSH (adimensional) que é 0,5.
Diante da expressão obtida por meio de estudos empíricos, isto é, através de práticas
laboratoriais e análises estatísticas, tem-se um exemplo número para aplica-la.
Solução:
NP = NPS – (NRR x fcNIOSH) NPS = 100 dB (A); NRR = 29 dB (A) e fcNIOSH = 0,5 (adimensional).
Caso o valor do NP específico do exercício anterior seja calculado de acordo com o padrão
estabelecido na NR-15 e também na NHO, lembrando que a NHO e a NR-15 possuem valores de “q”
25
diferentes. Esse EPI do exemplo anterior não irá retirar o direito à aposentadoria especial e nem
insalubridade do trabalhador. Essa comprovação de efetividade do EPI deverá estar presente no LTCAT
da empresa.
Calor metabólico resultante da atividade física, podendo ser leve, moderada ou pesada. A
temperatura do ar, umidade e velocidade do ar e calor no ambiente são fatores físicos que sua
intensidade sensorial em relação aos seres humanos depende de fatores psicofisiológicos avaliados na
NR-17. As vestimentas exigidas para o trabalho podem ser determinantes na satisfação do homem,
permitindo-lhe sentir termicamente confortável. Caracterização do ambiente de calor é essencial para ter
o controle do desempenho humano: as atividades intelectuais, manuais e perceptivas, geralmente
apresentam um melhor rendimento quando realizadas em conforto térmico.
Cada indivíduo possui uma temperatura corporal neutra, na qual não precisa utilizar seus
mecanismos de termorregulação:
1. A fina camada de ar em contato com a pele absorverá a umidade da pele por evaporação até
saturar.
Está-se fazendo frio e a umidade é acentuada, os efeitos do frio tendem a ser maiores,
aumentando ainda mais a sensação térmica de frio. Assim como a sensação de calor é aumentada com a
umidade. O ideal, para muitos, é o frio seco e o calor seco, embora seja importante que os níveis de
umidade não sejam abaixo de 40%.
Já sabemos que o ser humano tolera grandes amplitudes térmicas externas, se estiver
adequadamente protegido, mas que alterações de 4°C na sua temperatura interna comprometem a sua
capacidade física e mental, com risco à vida.
A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro
de Globo" - IBUTG. O termômetro de globo mede 3 temperaturas: temperatura de Bulbo úmido
natural, temperatura de globo e temperatura de bulbo seco.
A temperatura de bulbo úmido é a temperatura mais baixa que pode ser alcançada apenas
pela evaporação da água. É a temperatura que se sente quando a pele está molhada e está exposta a
movimentação de ar. Ao contrário da temperatura de bulbo seco, a temperatura de bulbo úmido é uma
indicação da quantidade de umidade no ar. Quanto menor a umidade relativa do ar, maior o
resfriamento. O termômetro de bulbo úmido tem o bulbo coberto por uma malha porosa (geralmente de
algodão), que fica mergulhada num recipiente contendo água destilada. Esta malha fica constantemente
úmida devido ao efeito de capilaridade. A evaporação da água contida na malha envolvente retira calor
do bulbo, fazendo com que o termômetro de bulbo úmido indique uma temperatura mais baixa do que a
do ar ambiente (medida por um termômetro de bulbo seco). Essa evaporação, e consequentemente a
redução na temperatura de bulbo úmido, é tanto maior quanto mais seco está o ar atmosférico e é nula
quando a atmosfera está saturada de vapor de água (umidade relativa do ar igual a 100%).
Quantidade máxima de vapor da água que pode estar contida em 1Kg de ar seco a uma
determinada temperatura. Se observarmos a carta psicrométrica teremos por exemplo:
28
1. IBUTG = 0,7tbn+0,3tg
1. IBUTG = 0,7tbn+0,1tbs+0,2tg
Objetivos
O objetivo deste Anexo é definir critérios para prevenção dos riscos à saúde dos
trabalhadores decorrentes das exposições ocupacionais ao calor.
Responsabilidades do empregador
Deverão ser realizadas capacitações anuais específicas, quando estas forem consideradas
necessárias, de acordo com a avaliação de risco realizada pela organização.
a) a sua identificação;
i) características dos fatores ambientais e demais riscos que possam influenciar na exposição
ao calor e no mecanismo de trocas térmicas entre o trabalhador e o ambiente;
O reconhecimento dos riscos deve subsidiar a adoção de medidas de prevenção, sem prejuízo
de outras medidas previstas nas demais Normas Regulamentadoras.
Se as informações obtidas na etapa de reconhecimento dos riscos não forem suficientes para
permitir a tomada de decisão quanto à necessidade de implementação de medidas de prevenção, deve-se
proceder à avaliação quantitativa para:
30
2.4 A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e
procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional - NHO 06 (2ª edição - 2017), da
FUNDACENTRO, nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo;
d) medições e cálculos.
A taxa metabólica deve ser estimada com base na comparação da atividade realizada pelo
trabalhador com as opções apresentadas no Quadro 3 deste Anexo.
Caso uma atividade específica não esteja apresentada no Quadro 3 deste Anexo, o valor da
taxa metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar do referido Quadro.
Medidas preventivas
Sempre que os níveis de ação para exposição ocupacional ao calor, estabelecidos no Quadro
1 forem excedidos, devem ser adotadas pelo empregador, uma ou mais das seguintes medidas:
a) disponibilizar água fresca potável (ou outro líquido de reposição adequado) e incentivar a
sua ingestão; e
Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, além do contido no item, o
empregador deverá fornecer vestimentas de trabalho adaptadas ao tipo de exposição e à natureza da
atividade.
Medidas corretivas
31
b) alternar operações que gerem exposições a níveis mais elevados de calor com outras que
não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis, resultando na redução da
exposição;
Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, além do contido no item e suas
alíneas anteriores, o empregador deverá:
Aclimatização
Para atividades de exposição ocupacional ao calor acima do nível de ação, deverá ser
considerada a devida aclimatização descrita no PCMSO.
Procedimentos de emergência
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Conduta do Avaliador:
Evitar que seu posicionamento e sua conduta interfiram na condição de exposição sob
avaliação para não falsear os resultados obtidos. Se necessário, utilizar avaliação remota, por meio de
uso de cabo de extensão ou por outros dispositivos que permitam leitura a distância;
Adotar as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou qualquer terceiro, possa fazer
alterações na programação do equipamento, comprometendo os resultados obtidos;
- a medição não deve interferir em suas atividades habituais, devendo manter sua rotina de
trabalho, a não ser nas exceções previstas;
Se houver uma fonte de calor os sensores que são os termômetros de bulbo úmido, seco e de
globo que estão orientados paralelamente em um plano horizontal devem estar na normal a fonte
geradora. Os equipamentos de medição devem ser posicionados de forma que as escalas ou mostradores
de leitura fiquem na face oposta àquela voltada para a fonte de forma a facilitar a leitura e evitar
interferências na medição.
A figura abaixo apresenta outros dispositivos de avaliação de temperatura que não são
utilizados para o calculo de IBUTG.
Aclimatização: adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e graduais ao calor que visa
reduzir a sobrecarga fisiológica causada pelo estresse térmico.
Índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG): índice utilizado para avaliação da exposição
ocupacional ao calor que leva em consideração temperatura, velocidade e umidade do ar e calor
radiante.
Índice de bulbo úmido termômetro de globo médio (IBUTG): média ponderada no tempo dos
diversos valores de IBUTG obtidos em um intervalo de 60 minutos corridos. Limite de exposição
ocupacional: valor máximo de IBUTG relacionado à taxa metabólica média (M). Representa as
condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente,
durante toda a sua vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.
Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas de forma a minimizar a
probabilidade de as exposições causarem danos à saúde do trabalhador. Esse valor corresponde ao limite
de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não aclimatizados.
Ponto de medição: ponto físico escolhido para posicionamento do dispositivo de medição onde serão
obtidas as leituras representativas da situação térmica objeto de avaliação.
Taxa metabólica (M): quantidade de energia por unidade de tempo produzida no interior do corpo
humano que leva em consideração a atividade física exercida.
Taxa metabólica média (M): média ponderada no tempo das taxas metabólicas obtidas em um
intervalo de 60 minutos corridos.
Valor teto: valor de IBUTG relacionado a uma taxa metabólica que define condições extremas nas
quais o trabalhador não é mais capaz de manter o equilíbrio térmico, implicando aumento da
temperatura central de 1°C em menos de 15 minutos.
Até então os únicos conceitos novos estabelecidos que diferenciem a NHO-6 do anexo 3 da
NR-15 estão no nível de ação, que será considerado como limite de tolerância para trabalhadores não
aclimatizados e também o conceito de aclimatização, onde terá outros limites de tolerância para
35
trabalhadores aclimatizados. As formulas de calculo do IBUTG para ambientes com carga solar e sem
carga solar permanecem iguais à definida na NR-15.
O quadro 1 da NHO-06 também apresenta taxas metabólicas com carga e peso que é
carregada pelo trabalhador em movimento, além de definir as taxas metabólicas para trabalhadores que
37
sobrem rampas e escadas. Diferentemente a NR-15 que desconsidera carga para avaliação de
insalubridade e o espaço de movimento do trabalhador.
Os limites estabelecidos nesta norma são válidos apenas para trabalhadores sadios, com
reposição de água e sais perdidos durante sua atividade, mediante orientação e controle médico e com o
uso de vestimentas tradicionais, compostas por calça e camisa de manga longa ou macacão de tecido
simples, que permitam a circulação de ar junto à superfície do corpo e viabilizem a troca de calor com o
ambiente pelos mecanismos da convecção e evaporação do suor.
Quando o trabalhador estiver exposto a uma única situação térmica, ao longo do período de
60 minutos considerados na avaliação, o IBUTG médio será o próprio IBUTG determinado para essa
situação. Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, o IBUTG deve
ser determinado a partir da equação abaixo, utilizando-se os valores de IBUTG representativos de cada
uma das situações térmicas que compõem o ciclo de exposição do trabalhador avaliado.
O valor teto está na Tabela 3 da NHO-06, acima do qual o trabalhador não pode ser
exposto sem o uso de vestimentas e equipamentos de proteção adequados em nenhum momento da
jornada de trabalho. Esse conceito não está apresentado na NR-15 assim como o limite de ação e
aclimatização, sendo desnecessária a avaliação para fins de insalubridade e até aposentadoria especial.
38
9.2 Aclimatização
A aclimatização requer a realização de atividades físicas e exposições sucessivas e graduais
ao calor, dentro de um plano, que deve ser estruturado e implementado sob supervisão médica, para
que, de forma progressiva, o trabalhador atinja as condições de sobrecarga térmica similares àquelas
previstas para o sua rotina normal de trabalho. A aclimatização deve ser específica para o nível de
sobrecarga térmica a que o trabalhador será submetido e, consequentemente, para a qual deverá estar
adaptado.
• que passarem a exercer atividades que impliquem exposição ocupacional ao calor mais críticas do que
aquelas a que estavam expostos anteriormente;
• que, mesmo já anteriormente aclimatizados, tenham se afastado da condição de exposição por mais de
7 (sete) dias;
• que tiverem exposições eventuais ou periódicas em atividades nas quais não estão expostos
diariamente.
Para exposições acima do nível de ação, deve ser realizado um plano de aclimatização
gradual. Neste caso, o trabalhador inicia suas atividades cumprindo um regime de trabalho mais ameno,
que deve ter como ponto de partida os valores do nível de ação, sendo a sua exposição elevada
progressivamente até atingir a condição da exposição ocupacional existente na rotina de trabalho
(condição real).
9.3 Vestimentas
As vestimentas utilizadas podem influenciar nas trocas de calor do corpo com o ambiente,
devendo, portanto, ser consideradas na avaliação da exposição ocupacional ao calor.
Assim, a correção para vestimentas deve ser realizada sempre que o trabalhador utilizar
vestimentas ou EPIs diferentes dos uniformes tradicionais (compostos por calça e camisa de manga
comprida) que prejudiquem a livre circulação do ar sobre a superfície do corpo, dificultando essas trocas
de calor com o ambiente. Nestes casos, o IBUTG deve ser previamente corrigido para depois ser
comparado com os limites de exposição estabelecidos nesta NHO. O Quadro 2 apresenta incrementos,
para alguns tipos de vestimentas, que devem ser acrescidos ao IBUTG determinado como representativo
da exposição ocupacional do trabalhador avaliado.
apresentem iguais características de exposição – isto é, que pertençam ao mesmo Grupo de Exposição
Similar (GES) –, não será obrigatória a avaliação de todos os trabalhadores. Havendo dúvidas quanto à
possibilidade de redução do número de trabalhadores a serem avaliados, a abordagem deve considerar
necessariamente a totalidade dos expostos no grupo considerado.
• adotar as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou qualquer terceiro, possa fazer alterações
na programação do equipamento, comprometendo os resultados obtidos;
• informar o trabalhador a ser avaliado que: - a medição não deve interferir em suas atividades habituais,
devendo manter sua rotina de trabalho; - o equipamento de medição não pode ser tocado ou obstruído; -
o equipamento de medição só pode ser removido pelo avaliador.
Em ambientes ao céu aberto pode haver maior variação dos resultados devido a nuvens, e
também com rajadas de vento. Por isso se aconselha segundo a NHO-06 a utilizar sempre os resultados
sem o sombreamento de nuvens e sem as rajadas de vento nos registros, pois são situações atípicas.
Avaliar sempre a condição mais desfavorável para implementação de medidas de controle.
41
Deve ser medido o tempo de permanência do trabalhador em cada situação térmica que
compõem o ciclo de exposição. Este parâmetro é determinado por meio da média aritmética de, no
mínimo, três cronometragens, obtidas observando-se o trabalhador na execução do seu trabalho.
• a data e o horário de início e fim da medição (mínimo 60 minutos de medição da situação mais
crítica);
• os dados de cronometragem do tempo de duração da situação ou ciclo de exposição. (no mínimo 3).
d) identificação do responsável pela elaboração da planilha de campo. Os dados obtidos devem ser
invalidados sempre que, após as medições, for constatado nos equipamentos:
A partir dos valores de IBUTG de todas as situações térmicas que compõem o ciclo de
exposição do trabalhador objeto de estudo e dos valores de M atribuídos para todas as atividades físicas
executadas por ele em seu ciclo de exposição, devem ser determinados o IBUTG e a M representativos
da exposição ao calor do referido trabalhador.
O IBUTG é a média ponderada no tempo dos valores de IBUTG das situações térmicas
identificadas no ciclo de exposição. A M é a média ponderada no tempo dos valores de M das atividades
físicas exercidas pelo trabalhador no seu ciclo de exposição.
• eventuais limitações de proteção das medidas de controle, sua importância e seu uso correto;
• outros fatores não ocupacionais agravantes da exposição, tais como, uso de medicação, consumo de
bebidas alcoólicas e drogas;
• doenças que possam limitar o trabalho sob condições de sobrecarga térmica, tais como, doenças
cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes e obesidade.
As medidas corretivas podem ser alteração dos postos de trabalhos, redução do tempo de
exposição aos riscos, ventilação, redução das fontes geradoras de calor, adequação da ventilação, ar
central, chillers e redução da umidade.
Em matéria de ergonomia, os agentes como calor, frio, ruído e até mesmo agentes biológicos
é fundamental o estudo. As ABNTs estabelecem iluminação específica para diversas atividades, assim
como calor e também ruído. A NR-15 serve para fins de perícia de insalubridade e laudos para o PPRA
e LTCAT e que agora serão necessários no eSocial. Mais informações vão contar na Análise
Ergonômica do Trabalho onde esses agentes devem ser considerados durante as atividades. Os
principais documentos higienistas são: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
Programa de Proteção Respiratória (PPR), Programa de Conservação Auditiva (PCA), já o
Programa de Gestão Ergonômica (PGE) que é sustentado pelos laudos da Análise Ergonômica é com
foco no conforto durante o trabalho. Esses programas devem fazer parte dos pilares da gestão de riscos,
contando ainda com matérias administrativas de como se gerenciar o risco assim como os riscos de
atividades perigosas: (Altura, espaço confinado, céu aberto, eletricidade, inflamáveis, explosivos, motos
e vigilância); e máquinas e equipamentos.
44
Ângulo de corte: Medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a lâmpada – ou mais de uma
lâmpada – é protegida pela luminária da visão direta do observador.
Aparência da cor: Refere-se à cor aparente (cromaticidade da lâmpada) da luz que a lâmpada emite.
Pode ser descrita pela sua temperatura de cor correlata (Tcp).
Área adjacente: Área próxima à de trabalho, a partir da região definida como entorno imediato.
Área da tarefa: Área parcial em um local de trabalho no qual determinada tarefa visual é realizada,
podendo estar contida em um plano horizontal, vertical ou inclinado.
Área de trabalho: Corresponde à combinação das diversas áreas das tarefas realizadas em um mesmo
ambiente, que pode envolver tarefas visuais diferentes, implicando ou não em diferentes níveis de
iluminação.
45
Entorno imediato: Uma zona de no mínimo 0,5m de largura ao redor da área da tarefa dentro do
campo de visão.
Iluminância: Razão do fluxo luminoso incidente em um elemento de superfície que contém o ponto
dado e a área desse elemento. Unidade: lux (lm.m-2).
Índice geral de reprodução de cor: Expressa a relação entre a cor real de um objeto ou sua superfície e
a aparência percebida diante de uma fonte luminosa. Varia de 0 a 100. É utilizado para medir a
fidelidade de cor que a iluminação reproduz nos objetos.
Luminância: Razão entre a intensidade do fluxo luminoso emitido por uma superfície em uma dada
direção e a área dessa superfície projetada ortogonalmente sobre um plano perpendicular àquela direção.
Nível de iluminamento mínimo (E): Valor abaixo do qual não convém que a iluminância de uma tarefa
específica, um ambiente ou uma atividade de trabalho seja reduzida. Unidade: lux.
Refletância: Para uma determinada radiação incidente, é a razão do fluxo luminoso refletido para o
fluxo incidente. Unidade: lux ou %. R = (Luminância/Iluminância)
Reflexão veladora ou ofuscamento refletido: Reflexões especulares que aparecem sobre o objeto
observado e que o mascaram total ou parcialmente pela diminuição do contraste.
Temperatura de cor correlata: Temperatura do corpo negro cuja cor percebida se assemelha o mais
próximo possível, nas condições de observação especificadas, àquela do estímulo dado de mesma
luminosidade. Unidade: K.
A medição ponto a ponto nas diferentes tarefas e a comparação com os valores mínimos
exigidos correspondentes ao valor da iluminância mínima E (lux), que é o nível de iluminamento
mínimo, para as tarefas apresentadas no Quadro 1 da NHO-11. É permitida uma tolerância de 10%
abaixo desse valor.
Caso uma tarefa específica não esteja apresentada no Quadro 1, o valor de iluminância
mínimo exigido deverá ser obtido por associação com tarefa similar do referido Quadro 1. Em áreas nas
quais são realizadas tarefas de forma contínua, a iluminância não pode ser inferior a 200 lux. Em
situações nas quais existirem o uso de iluminação suplementar, deve ser verificada a iluminância nas
áreas do entorno imediato, uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro
do campo de visão. Nesses casos a iluminação do entorno não deve ser inferior aos valores indicados a
seguir:
46
A leitura deve ser realizada no plano da tarefa visual ou, quando este não for definido,
a 0,75 m do piso. O plano da tarefa visual pode ser horizontal, vertical ou inclinado e a fotocélula deve
ser posicionada nesse plano. Sempre aguardar um tempo para estabilização do medidor.
A medição na área da tarefa deve ser realizada ponto a ponto, levando-se em consideração a
região onde a tarefa visual é efetivamente executada. Os procedimentos para determinação da
iluminância média em ambientes internos ou áreas que foram subdivididas estão descritos no Anexo 1
da NHO-11.
O IRC é o índice geral de reprodução de cor que expressa a relação entre a cor real de um
objeto ou sua superfície e a aparência percebida diante de uma fonte luminosa. Varia de 0 a 100. É
utilizado para medir a fidelidade de cor que a iluminação reproduz nos objetos. Muito importante para
situações que envolvem análise de produto, qualidade das peças. O quadro 1 possui muito setores que
não convém expor todos nesse trabalho.
Os círculos amarelos representam os cantos que deve se pegar. Pode ser qualquer um dos
cantos, desde que seja no mínimo 2 cantos e 2 pontos de medição. Os círculos escuros representam a
superfície superior e inferior que deve se pegar no mínimo 2 pontos cada. Os círculos verdes
representam os lados direito e esquerdo que deve se pegar no mínimo 2 pontos cada. Os círculos
vermelhos representam os pontos da fileira do meio que deve se pegar no mínimo 8.
1.1 Efetuar as medições na área central, nos pontos r1 a r4 e nos pontos r5 a r8, conforme a Figura A1.
Calcular a média aritmética das oito medições (R).
1.2 Efetuar as medições nos pontos q1, q2, q3 e q4, localizados em lados opostos do ambiente de
trabalho, conforme a Figura A1. Calcular a média aritmética das quatro leituras (Q).
1.3 Efetuar as medições nos pontos t1, t2, t3 e t4, localizados em lados opostos do ambiente de trabalho,
conforme a Figura A1. Calcular a média aritmética das quatro leituras (T).
1.4 Efetuar as medições em dois cantos opostos do ambiente de trabalho, nos pontos p1 e p2, conforme
a Figura A1. Calcular a média aritmética das duas leituras (P).
M = número de filas
48
2.1 Efetuar medições nos pontos p1 a p4, conforme Figura A2. A iluminância média é dada pela média
aritmética desses quatro pontos (P).
3. Ambiente de trabalho de área retangular com linha única de luminárias (Figura A3).
3.1 Efetuar as medições nos pontos q1 a q8, conforme Figura A3, distribuídos no ambiente de trabalho.
Calcular a média aritmética das oito leituras (Q).
3.2 Efetuar medições nos pontos p1 e p2, conforme Figura A3, e calcular a média aritmética (P).
𝐼 = (𝑄(𝑁 − 1) + 𝑃)/𝑁
N = Quantidade de iluminarias.
Efeito estroboscópico Ocorre quando uma fonte de luz pulsante ilumina um objeto em
movimento, podendo ocasionar modificação aparente do seu movimento ou sua imobilização aparente.
Aparência da cor: As lâmpadas normalmente são divididas em três grupos, de acordo com
suas temperaturas de cor correlata (Tcp) – Quadro A1. Quanto mais alta a temperatura de cor, mais
branca é a tonalidade da luz emitida. Unidade: K.
As cores mais quentes induzem ao relaxamento, não sendo indicadas para ambientes de
trabalho, e sim domésticos (a exemplo de dormitórios). As cores intermediárias são interessantes em
aplicações que não interferem na coloração dos objetos (como em salões de beleza e museus). As cores
frias são recomendadas para aplicações em escritórios e salas de aula.
50
No anexo 3 uma lista de verificação na norma para avaliar a situação da iluminação nos
locais de trabalho.
• Mecanismo direto: ocorre quando a radiação age sobre uma biomolécula importante como o DNA,
principal constituinte dos cromossomos do núcleo da célula. A radiação pode danificar a molécula de
DNA e isso pode levar a aberrações cromossômicas.
• Mecanismo indireto: ocorre quando a radiação age na molécula da água, que compõe cerca de 70%
das células. A molécula da água é quebrada (radiólise) e formam-se radicais livres como a hidroxila
(OH) e produtos oxidantes como o peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Estes produtos são muito
reativos e atacam moléculas importantes para o funcionamento celular como o DNA.
Podem ser raios gamas, raios x, radiação corpuscular a partir de partículas alfa, beta e
atômicas como prótons e neutrons.
Sempre que necessário utilizar equipamentos que utilizam como fonte de energia radiações
ionizante ou que necessitam das radiações para obtenção de determinados resultados é necessário adotar
procedimentos de segurança que reduzam seu impacto.
b) Aquelas que envolvam exposição a fontes naturais cujo controle seja considerado necessário
pela CNEN.
51
A norma introduz a necessidade de gestão dos níveis de taxa de dose de radiação nas quais
medidas e ações devem ser adotadas.
Níveis operacionais – níveis de dose, ou grandeza a ela relacionada, estabelecidos pelo titular, baseados
nos níveis de referência e na aplicação de processos de otimização.
Titular – responsável legal pela instituição, estabelecimento ou instalação para a qual foi outorgada,
pela CNEN, uma licença, autorização ou qualquer outro ato administrativo de natureza semelhante.
Os IOEs devem ser treinados em relação aos riscos nos locais de trabalho. Questão
estabelecida também na NR-1. No caso de falhas no cumprimento de qualquer requisito desta norma, os
titulares e empregadores são responsáveis pela:
52
c) comunicação à CNEN, na forma e nos prazos por ela estabelecidos, as causas e as ações corretivas ou
preventivas adotadas ou que devam ser adotadas.
Toda pessoa física ou jurídica com a intenção de realizar qualquer ação relacionada a
práticas ou fontes associadas a essas práticas deve submeter requerimento à CNEN para obtenção das
licenças, autorizações ou quaisquer outros atos administrativos pertinentes, de acordo com normas
aplicáveis da CNEN. Para iniciar as atividades práticas com radioatividade devem ser consideradas
todas as ações e etapas envolvidas, desde a escolha do local até o descomissionamento – ações técnicas
e administrativas tomadas para encerrar o controle regulatório da instalação.
As fontes e instalações devem ser mantidas em condições de segurança tais que sejam
prevenidos roubos, avarias e quaisquer ações de pessoas físicas ou jurídicas não autorizadas. Deve-se
aplicar às fontes e instalações um sistema de segurança e proteção, do tipo barreiras múltiplas, que
esteja em consonância com a intensidade e a probabilidade das exposições potenciais envolvidas.
a) identificação da instalação e da sua estrutura organizacional, com uma definição clara das linhas de
responsabilidade e respectivos responsáveis;
c) função, classificação e descrição das áreas da instalação de acordo com a regulamentação CNEN;
e) descrição das fontes de radiação e dos correspondentes sistemas de controle e segurança, com
detalhamento das atividades envolvendo essas fontes;
h) estimativa das doses anuais para os IOE e indivíduos do público, em condições de exposição normal;
o) descrição dos tipos de acidentes previsíveis, incluindo o sistema de detecção dos mesmos, destacando
os mais prováveis e os de maior porte;
q) regulamento interno e instruções gerais a serem fornecidas por escrito aos IOE e demais
trabalhadores, visando a execução segura de suas atividades; e
Dose equivalente - HT - grandeza expressa por HT = DT.wR, onde DT é dose absorvida média no
órgão ou tecido e wR é o fator de ponderação da radiação. A unidade no sistema internacional é o joule
por quilograma (J/kg), denominada sievert (Sv).
Dose efetiva - E – é a soma das doses equivalentes ponderadas nos diversos órgãos e tecidos, E = wT
.HT , onde HT é a dose equivalente no tecido ou órgão e wT é o fator de ponderação de órgão ou tecido.
A unidade no sistema internacional é o joule por quilograma (J/kg), denominada sievert (Sv).
Cristalino do Olho.
Compensações ou privilégios especiais para IOE não devem, em hipótese alguma, substituir
os requisitos aplicáveis desta Norma.
[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose anual deve ser considerado
como dose no ano calendário, isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano.
[b] Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em qualquer ano.
[c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de até 5 mSv em um
ano, desde que a dose efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por
ano.
Uma área deve ser classificada como área supervisionada quando, embora não requeira a
adoção de medidas específicas de proteção e segurança, devem ser feitas reavaliações regulares das
condições de exposições ocupacionais, com o objetivo de determinar se a classificação continua
adequada. As áreas supervisionadas devem ser indicadas como tal, em seus acessos.
Os registros de dose para cada IOE devem ser preservados durante o período ativo do
indivíduo. Esses registros devem ser preservados até os IOE atingirem a idade de 75 anos e, pelo menos,
por 30 anos após o término de sua ocupação, mesmo que já falecido.
56
Fóton: surge quando ocorre a transição de um elétron de um átomo entre dois estados energias
diferentes, o elétron ao passar de uma camada mais interna para uma mais externa ao receber energia, e
se retornar para o estado inicial, emite a energia correspondente a essa diferença que é o fotón.
Raios X: Fótons de radiação eletromagnética produzidos pela frenagem brusca de cargas negativas
aceleradas ou por desexcitação atômica.
Raios X Diagnóstico: Fótons obtidos em tubos de até 150 kVp, utilizados para impressionar um
receptor de imagem, com fins de diagnóstico ou para orientar procedimentos médicos invasivos (ou
intervencionistas).
Receptor de Imagem: Sistema que transforma os fótons de raios X que passam através do paciente em
uma imagem visível ou outra forma que se pode tornar visível por transformações adicionais.
Símbolo internacional de radiação:
Para a realização das medidas quantitativas devem ser utilizadas câmaras de ionização com
sensibilidade adequada à faixa de exposição a ser utilizada.
Os acessórios necessários para a realização das medidas são:
a) placa de chumbo com uma espessura de aproximadamente dez camadas semi-redutoras e dimensões
suficientes para cobrir toda a saída do feixe primário;
b) trena;
c) fantoma de acrílico ou água para simular o espalhamento produzido pelo paciente.
d) Os instrumentos de medida devem ser calibrados periodicamente, na faixa de energia a ser utilizada.
Devem ser anotados os seguintes dados:
a) identificação do equipamento: fabricante, modelo e número de série;
b) identificação do tubo de raios X: fabricante, modelo e número de série;
c) finalidade do equipamento;
d) sistema de colimação;
e) filtração total permanente do feixe útil.
Devem ser anotados os seguintes dados (modelo Anexo A):
a) parâmetros máximos de utilização na rotina (kVmáx, Imáx e tmáx);
b) número médio de filmes utilizados por paciente;
58
FATOR USO
Tipo de Barreira U
Primária ¼
Secundária 1
Fator de ocupação é o tempo de exposição do trabalhador.
FATOR OCUPAÇÃO
Ocupação T
Total 1
Parcial ¼
Ocasional 1/16
X = ( Lm ( p,t) fc − BG) fI fE
Onde:
fI : fator de correção para a corrente: razão entre mAmax ou mAsmax utilizadas na rotina e
mA ou mAs utilizadas durante as medidas;
fI : fator de correção para a corrente: razão entre mAmáx ou mAsmax utilizadas na rotina e
mA ou mAs utilizadas durante as medidas;
fE : fator de correção de energia de acordo com a curva de dependências energética
U : fator de uso;
T : fator de ocupação;
10-2 : fator de conservação de mR para mSv.
14. Anexo 6 –
14.1 Trabalho sob condições Hiperbáricas
Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a
suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidados na descompressão. A avaliação é
qualitativa, ou seja, basta a existência do risco nas condições de trabalho que já é estipulado
insalubridade. O descumprimento de qualquer requesito deste anexo se caracteriza como risco grave e
iminente estando sujeito a interdição das atividades. Insalubridade de grau máximo.
c) Campânula - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de
trabalho do tubulão e vice-versa;
d) Eclusa de Pessoal - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a
câmara de trabalho do túnel e vice-versa;
j) Túnel Pressurizado - É uma escavação, abaixo da superfície do solo, cujo maior eixo faz
um ângulo não superior a 45º (quarenta e cinco graus) com a horizontal, fechado nas duas extremidades,
em cujo interior haja pressão superior a uma atmosfera;
Os trabalhadores não podem sofrer mais que uma compressão no período de 24 horas, e
também não pode ser exposto a uma pressão superior a 3,4kgf/cm2 a não ser que seja em casos
emergenciais em câmara de recompressão para tratamentos sob a supervisão de médico do trabalho.
Após a descompressão, os trabalhadores devem permanecer no local de trabalho nas próximas duas
65
horas. Funcionários devem ter entre 18 e 45 anos de idade e possuir os exames estabelecidos no
PCMSO em dia de acordo como está na norma.
Antes da jornada de trabalho, os trabalhadores deverão ser inspecionados pelo médico, não
sendo permitida a entrada em serviço daqueles que apresentem sinais de afecções das vias respiratórias
ou outras moléstias. Trabalhadores não podem estar alcoolizados, proibidas bebidas gasosas e fumo nos
tubulões. Deve haver locais de assistência medica no local de trabalho. Trabalhos devem ser
superviosionados e orientados quanto aos aspectos dos riscos e procedimentos de segurança por
encarregado de ar comprimido.
A compressão no primeiro minuto não poderá ultrapassar 0,3 kgf/cm2, ai encarregado verifica
a turma de trabalho e dependendo das condições autoriza o aumento de pressão em velocidade não-
superior a 0,7 kgf/cm2 , por minuto. Se algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no
ouvido ou na cabeça, a compressão deverá ser imediatamente interrompida e o encarregado reduzirá
gradualmente a pressão.
66
O operador da campânula ou eclusa anotará em registro adequado (Quadro II) e para cada
pessoa o seguinte:
b) pressão do trabalho;
Para descompressão: Sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na
mesma campânula ou eclusa e seus períodos de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes,
a descompressão processar-se-á de acordo com o maior período ou maior pressão de trabalho
experimentada pelos trabalhadores envolvidos;
A pressão será reduzida a uma velocidade não superior a 0,4 kgf/cm2, por minuto (exceto em
pressões inferiores a 0,900 Kgf/cm2, que deverá seguir o quadro III) no primeiro estágio e estágios
seguintes. O estágios em que a campânula fica parada devem ser ventilados e obedecer os quadros
abaixo com a velocidade de descompressão e tempos parados na pressão estipulada para o primeiro
estágio.
68
MP: Mergulhadores habilitados para mergulhos utilizando misturadores de gás artificial. (mistura
de oxigênio, hélio e outros gases)
1. Manuseio de explosivos
69
6. Manobras de peso
7. Trabalhos noturnos
8. Trabalhos confinados
Tempo p/ 1a parada: é o tempo que se leva até a primeira parada no primeiro estágio.
A norma também traz uma tabela para diagnóstico de doenças descomprensiva e embolia
gasosa e também fluxogramas para o tratamento de doenças descompressivas e embolia gasosa. A
norma também apresenta conceitos da medicina para os exames que devem ser realizados nos
mergulhadores para avaliações dos padrões psicofisiológicos de quem executa essas atividades.
O que distingue as radiações não ionizantes das suas “primas”, as ionizantes, é justamente sua
incapacidade em produzir a ionização da matéria. Todavia, mesmo assim, possuem propriedades e
energia suficiente para produzir danos à saúde e serem considerados riscos ambientais significativos.
Sua caracterização de insalubridade é de grau médio.
71
A radiação ultravioleta é muito pouco penetrante; dessa forma, seus efeitos serão sempre
superficiais, envolvendo a pele e os olhos.
Os efeitos agudos são, em geral, retardados de 6 a 12 horas, e essa é uma característica típica
da radiação. Não existe sensação no momento da exposição e por isso doses elevadas podem ser
recebidas sem qualquer advertência sensorial. Como pode ser visto na tabela a única radiação
ultravioleta que não dá direito a insalubridade é a UVA que está entre 400 a 320nm seu comprimento de
onda.
72
• Sol, fonte natural, ao nível do mar, em que recebemos radiação que vai até os 290 nm
aproximadamente.
• Todos os tipos de arcos elétricos, com especial atenção a todos os tipos de solda. As modalidades de
maior emissão UV são as protegidas com o gás Argônio (MIG, TIG, MAG).
• Lâmpadas germicidas.
• Lâmpadas de vapor de mercúrio, sendo as de maior risco aquelas de maior pressão e bulbo
transparente.
Os limites de exposição da ACGIH definem valores permissíveis para a prevenção desses efeitos
Atenção: Os TLVs da ACGIH não prevêem a proteção contra o câncer de pele. Para a pesquisa de
qualquer tipo de carcinogênico, recomenda-se consultar a IARC, que é a Agência Internacional de
Pesquisa em Câncer da OMS.
A NR-15 trata das radiações não ionizantes, na qual se inclui a radiação ultravioleta, em seu
anexo 7. A insalubridade associada, de grau médio, é caracterizada por meio de laudo de inspeção. O
anexo não define limite de tolerância diretamente, ficando este à escolha do perito caracterizador.
É boa prática técnica em higiene ocupacional, também reforçada pela NR-9, que, na
inexistência de limites de tolerância quantitativos na NR15, sejam adotados os preconizados pela
ACGIH.
Para aplicar esse limite, é preciso ter uma instrumentação específica, composta por um
detector de UV e um radiômetro de leitura. Esse detector é muito especial, pois nem todos os
comprimentos de onda UV têm a mesma capacidade de produzir os efeitos nocivos. Essa habilidade
varia com o comprimento de onda, ou seja, há uma eficiência espectral ao longo da faixa de medição
(180 nm a 400 nm), com pico de “rendimento nocivo” nos 270 nm. Assim, o detector deve seguir essa
mesma sensibilidade, como se fosse um trecho de pele (ou dos olhos) exposto. Não é qualquer medidor
UV que é capaz disso, e sua seleção e compra devem ser cuidadosos. Se o detector é adequado, então a
leitura integrada pelo radiômetro já nos fornece um valor chamado irradiância efetiva, e o tempo
permitido de exposição é dado pela tabela a seguir.
73
O detector do radiômetro também pode servir para outros comprimentos de ondas que não seja
necessariamente para radiação UV, como por exemplo para infravermelho e microondas.
Na tabela abaixo, vemos a eficiência relativa de certos tecidos. Tramas mais fechadas e densas
darão melhor desempenho. Testes podem ser realizados para materiais específicos.
74
Os cremes protetores solares de uso popular também podem e devem ser utilizados
ocupacionalmente. Deve-se preferir um fator de proteção alto (o fator representa quantas vezes mais em
tempo pode-se ficar exposto até se atingir o mesmo efeito de quando não se está protegido).
A ACGIH estima que, em latitudes baixas e ao meio-dia no verão, o TLV® pode ser
ultrapassado em pouco mais de cinco minutos de exposição. Assim, um fator de proteção bastante alto
deve ser usado, pensando se que deveríamos ter proteção por 480 minutos (480/5 = 96), então um fator
100 pode proteger uma trabalhador por até 480 minutos que equivale a oito horas de trabalho, mas isso
seria o pior caso, pois não ficamos o dia todo expostos ao sol do meio dia.
Detalhe para as pessoas com hipersensibilidade a UV que podem que são os albinos e outros
que podem estar utilizando algum medicamento específico com esse efeito colateral. Essas pessoas
podem se afastar daquele ideal considerado pela ACGIH.
Protetor solar não é considerado EPI, porém, para NR-21 que é o trabalho a céu aberto: “Serão
exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio,
a umidade e os ventos inconvenientes.” Dessa forma, chegamos à conclusão de que mesmo não sendo
considerado um EPI, o protetor solar é fundamental para proteger a saúde do trabalhador.
15.2 Laser
LASER é uma sigla, que quer dizer “Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de
Radiação”.
LASER não é uma outra radiação, mas sim uma outra forma de emissão das radiações
conhecidas. Por essa razão, não aparece no espectro não ionizante de forma individualizada, pois
75
qualquer radiação do espectro pode, em princípio, ser emitida na forma LASER (luz, infravermelho,
microonda, UV). A emissão LASER é chamada de emissão coerente. A radiação é monocromática (um
único comprimento de onda é emitido) e pode ser focada ou colimada, de forma a concentrar toda a
energia do feixe em uma área tão pequena quanto à tecnologia permitir.
Uma lupa utilizada para concentrar o feixe de radiação UV e acertar uma formiga, não faça
isso que é maldade, é uma forma de criar um laser a partir dos raios UV emitidos pelo sol.
As ocorrências industriais ainda são poucas, mas já são sensíveis. Alguns usos correntes são:
• topografia, telemetria
• solda e corte
• mapeamento de superfícies
• microfuração
Com um medidor radiômetro calibrado para a específica frequência do laser analisado pode se
quantificar a energia e a TLV do laser analisado. O ideal é que sempre se consulte o manual do
equipamento que utiliza a radiação não ionizante como laser.
76
15.3 Infravermelho
Os valores dos limites de tolerância são estabelecidos em conjunto para o problema “calor”,
que é tratado separadamente. Porém, é interessante destacar aqui que se encontram em fase de estudo e
aprovação valores limites específicos para o setor do espectro denominado de “infravermelho próximo”,
que corresponde à faixa mais próxima à da radiação visível. A seguir especificam-se os valores
propostos pela ACGIH
O efeito de uma exposição não protegida à radiação infravermelha é uma das doenças
ocupacionais mais antigas, relacionando uma ocupação a uma moléstia. Trata-se da “catarata do
vidreiro”, reconhecida há milênios como parte do destino dessa ocupação, se houver exposição
excessiva e sem a devida proteção. Deve-se ressaltar que esse é um efeito crônico, que pode levar
muitos anos para se desenvolver. Evidentemente, toda exposição não protegida a fontes infravermelhas
significativas, por tempo prolongado, poderá produzir o mesmo efeito que nos vidreiros.
15.4 Micro-ondas
A primeira “família” em termos de comprimentos de onda decrescentes é a que se denomina
Radiofreqüência e Micro-ondas, tomando a faixa que vai de muitos quilômetros a alguns milímetros. As
ondas nessa região são utilizadas em muitas formas de telecomunicação, de pesquisa e prospecção
espacial, bem como para usos militares, mas também possuem usos industriais e médicos.
Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição
ocupacional diária a VCI:
78
A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que contemple, no mínimo, os
seguintes itens:
h) Conclusão.
c) Informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas,
veículos, máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição, quando disponíveis;
16.1.1Conceitos
Aceleração instantânea [aj (t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de
tempo “t”, expressa em m/s2 , segundo um determinado eixo de direção “j”, sendo que “j” corresponde
aos eixos ortogonais “x”, “y” ou “z”
Aceleração média (amj ): raiz média quadrática dos diversos valores da aceleração
instantânea ocorridos em um período de medição, expressa em m/s2 , na direção “j”, definida pela
expressão que segue:
80
Sendo que aj (t) corresponde aos valores ax (t), ay (t) ou az (t), em m/s 2 , segundo os eixos
ortogonais x, y e z, respectivamente, e t2 – t1 ao intervalo de medição.
Aceleração média resultante (amr)1 : corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados
das acelerações médias, medidas segundo os três eixos ortogonais “x”, “y” e “z”, definida pela
expressão que segue:
Aceleração média: (amijk): corresponde à aceleração média relativa à késima amostra obtida
durante as repetições da componente de exposição “i”, medida segundo um determinado eixo de direção
“j”, sendo que “j” corresponde aos eixos ortogonais “x”, “y” ou “z”.
amijk = aceleração média relativa à késima amostra selecionada dentre as repetições da componente de
exposição “i” no eixo de direção “j”;
amepij = aceleração média de exposição parcial, sendo “j” igual a “x”, “y” ou “z”;
Sendo:
Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único
valor da aceleração resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser
decorrente de uma única operação ou consequência de duas ou mais operações executadas de forma
sequencial.
Forças de preensão: forças exercidas pelo trabalhador para segurar a ferramenta ou a peça que
está sendo trabalhada.
Zona de exposição: interface entre a fonte de vibração e a região do corpo para a qual a energia
da vibração é transferida.
O nível de ação para a exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços adotado nesta
norma corresponde a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5 m/s 2. O
limite de exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços adotado nesta norma corresponde a
um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2 . Para fins de comparação
com o limite de exposição ou com o nível de ação, independentemente da duração da jornada de
trabalho, deve- -se determinar a aceleração resultante de exposição normalizada (aren). A aceleração
resultante de exposição normalizada (aren) é determinada pela expressão:
a) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados pelas ferramentas
envolvidas na exposição;
d) dados de ferramentas similares também poderão ser utilizados como referência, desde que
observadas;
Desta forma, a avaliação deve cobrir todas as condições operacionais habituais e rotineiras que
envolvem o trabalhador no exercício de suas funções. A diversidade das referidas condições
normalmente é influenciada pela variedade de tipos de ferramentas, componentes e acessórios
utilizados, das características dos materiais trabalhados e dos modos operacionais distintos, inerentes a
cada trabalhador, tais como posturas, ritmo de trabalho e forças de preensão. Ritmo de trabalho é como
as cadências são distribuídas ao longo da jornada. Cadências tem aspecto quantitativo enquanto o ritmo
é qualitativo. Cadência é o tempo estipulado para realizar determinada atividade, e ritmo são como as
cadências são organizadas ao longo do dia.
- uma componente de exposição, de curta ou longa duração, repetida ou não, durante toda a
jornada de trabalho ou em parte dela;
Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único
valor da aceleração resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser
decorrente de uma única operação ou consequência de duas ou mais operações executadas de forma
sequencial.
A utilização desta forma de abordagem permite decompor a exposição diária em partes, cada
uma composta por uma componente de exposição que se repete ou não. A identificação das
componentes de exposição é feita por meio de uma avaliação qualitativa, cuidadosa e detalhada, do
processo e das condições de trabalho. considerando: ferramentas e acessórios utilizados, peças
trabalhadas, procedimentos, operações e posturas adotadas, entre outros.
A identificação das componentes de exposição pode ser feita tendo por base os tipos de
operação que são executados pelo trabalhador a ser avaliado. Suponha um trabalhador que diariamente
execute dois tipos de operação durante sua jornada de trabalho. No período da manhã, ele realiza a
operação de desbaste de dezoito placas de granito utilizando uma lixadeira manual. O tempo médio de
desbaste de cada placa está em torno de doze minutos, sendo que são gastos, em média, três minutos
para a troca de uma placa desbastada pela seguinte. No período da tarde, com uma politriz manual, ele
realiza a operação de polimento de nove das dezoito placas já desbastadas. O tempo médio de polimento
de cada placa está em torno de vinte e sete minutos, sendo que são gastos, em média, três minutos para a
troca de uma placa polida pela seguinte.
Analisando o exemplo proposto, verifica-se que uma alternativa para a avaliação da exposição à
vibração é considerar duas componentes de exposição, sendo uma correspondente à operação de
desbaste de cada placa, com duração média de doze minutos, e a outra relativa à operação de polimento
de cada placa, com duração média de vinte e sete minutos. Deve ser observado que, neste caso, as
componentes de exposição levam em consideração apenas o tempo efetivo de contato da mão com a
vibração, não sendo computado o tempo utilizado para a troca de placas.
Esses medidores que se faz na máquina se coloca a ponta pizoelétrica para realização da
medição.
Nesta condição, cada uma das componentes de exposição será representada por um valor de
aceleração resultante de exposição parcial (arepi ).
A integração do sinal poderá ser mantida de forma continuada quando ocorrerem interrupções
na operação que não promovam interferências prejudiciais à representatividade da medição em relação
ao período medido. Nesta hipótese, os tempos de duração da componente de exposição devem incluir os
períodos de interrupção da operação. Este procedimento é particularmente recomendável para operações
intermitentes que alternem rápidas exposições com rápidas interrupções. Nestes casos, a conduta de
ativar e desativar a integração no medidor pode ocasionar erros e interferências no processo de medição,
implicando distorção significativa do resultado final.
O tempo médio de duração Ti de cada componente de exposição deve ser obtido por meio da
média aritmética das cronometragens, obtidas cada vez que a componente é repetida. Quando o número
de repetições for igual ou superior a três, devem ser feitas, no mínimo, três cronometragens ou tantas
quantas forem necessárias para que seja alcançado um valor representativo do Ti .
A aceleração resultante de exposição parcial (arepi ) de cada componente de exposição deve ser
obtida por meio da média aritmética das acelerações, obtidas cada vez que a componente é repetida e
mensurada, conforme expressão abaixo. Cada valor de aceleração obtido neste caso corresponde à
aceleração média resultante (amrik). Quando o número de repetições for igual ou superior a três, devem
ser feitas, no mínimo, três medições ou tantas quantas forem necessárias para que seja alcançado um
valor representativo de arepi . É recomendável que as repetições da componente de exposição a serem
86
Então o equipamento eu coletarei a media de tempo na atividade com a máquina que possui
vibração a partir de três medições com o cronômetro, o transdutor de vibração irá me informar as 3
aceleração média resultante dessas 3 medições e com base nesses 3 resultados de amrik eu calcularei a
arepi. O s é igual a 3.
Cuidado: As referidas variações nas acelerações obtidas (amrik) também podem ser
decorrentes de falhas no processo de medição, indicando a necessidade de revisão do procedimento e do
instrumental utilizado.
Outra situação ocorre quando a integração do sinal for mantida de forma continuada,
procedimento recomendável para operações intermitentes que alternem rápidas exposições com rápidas
interrupções, ou seja, quando for uma atividade somente com determinado equipamento vibratório com
paradas em poucos intervalos de tempo, deve-se estabelecer uma medição contínua.
Como exemplo de exposição de longa duração, pode ser citada uma operação de corte de grama,
com cortador manual motorizado ou roçadeira, executada de forma continuada ao longo da jornada ou
em parte dela.
Cuidado: Quando se utiliza o EPI (luva anti vibração) o ideal é que a operação seja avaliada na
mão do operador com o EPI e não no equipamento vibrante.
87
O transdutor junto com o adaptador deve ser colocado na mão que irá sofrer a interferência na
peça.
A seleção do dispositivo ou da forma de fixação deve ser feita de modo a buscar o melhor
acoplamento entre o acelerômetro e o ponto de medição visando a não comprometer as condições de
operação e as características do sinal de vibração, próprias do processo de exposição ocupacional objeto
de estudo. Outro cuidado na montagem dos acelerômetros é o posicionamento e a fixação dos cabos de
conexão ao medidor. Deve-se procurar posicioná-los de forma a não comprometer a livre movimentação
do trabalhador avaliado e fixá-los a fim de evitar que os cabos sofram movimentações ou oscilações
desnecessárias que possam introduzir sinais indesejados durante a medição, falseando os resultados
obtidos e podendo, inclusive, danificar os referidos cabos ou conexões.
Cuidado: Interferentes ambientais durante a medição que pode ser o calor, umidade e campos
magnéticos.
- que a medição não deve interferir em sua conduta de trabalho e em suas atividades habituais,
devendo manter a sua rotina e seus procedimentos operacionais. Deve informar o avaliador sobre
qualquer ocorrência que não seja habitual ou rotineira da tarefa que está sendo executada ou sobre
qualquer dúvida quanto à sua conduta durante o processo de medição;
- sobre a fragilidade dos dispositivos utilizados, sendo alertado para o cuidado com eles durante
a medição, como, por exemplo, evitar pancadas ou puxões nos cabos e acelerômetros, bem como atos
bruscos e agressivos durante os procedimentos operacionais;
- que os dispositivos fixados em sua mão, ou em sua ferramenta de trabalho, ou na peça que está
sendo processada só podem ser removidos pelo avaliador;
- o nível de tensão da(s) bateria(s) após o término das medições deve apresentar-se dentro do
mínimo aceitável;
são gastos, em média, três minutos para a troca de uma placa desbastada pela seguinte. No período
da tarde, ele realiza a operação de polimento de nove das dezoito placas já desbastadas, com uma
politriz manual. O tempo médio de polimento de cada placa está em torno de vinte e sete minutos,
sendo que são gastos, em média, três minutos para a troca de uma placa polida pela seguinte.
Na tabela 1 se nota que não há muita variação nos valores de aceleração que é o correto.
Interpretação do resultado
Atividade do exemplo não é insalubre e também não dá o direito à aposentadoria especial por
estar abaixo dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15.
91
- buscar ajuda médica sempre que sentir nas mãos, de forma continua, formigamentos,
dormências intensas ou dor;
- eventuais limitações de proteção das medidas de controle, sua importância e o seu uso correto;
- informar seus superiores sempre que observar níveis anormais de vibração durante o uso das
ferramentas.
- manutenção das ferramentas, em especial aquelas com eixo excêntrico, de forma a mantê-las
em bom estado de conservação;
92
- troca de componentes gastos ou defeituosos, tais como: discos, rebolos, ponteiras, correntes de
corte, mancais, rolamentos e acoplamentos;
- troca de componentes novos quando identificado que estes produzem vibração excessiva,
resultante, por exemplo, de defeitos de fabricação ou da má qualidade dos produtos;
Aceleração média
Vibração para corpo inteiro além dos limites de tolerância para aceleração resultante de
exposição normalizada, também deve ser calculado o Valor da dose de vibração resultante.
O Valor da dose de vibração (VDVji) corresponde ao valor obtido a partir do método de dose de
vibração à quarta potência determinado na direção “j”, sendo que “j”corresponde aos eixos ortogonais
“x”, “y” ou “z”, expresso em m/s1,75, definido pela expressão que segue:
VDVjik = valor de dose de vibração relativa à késima amostra selecionada dentre as repetições
da componente de exposição “i” ;
VDVji = valor total da dose de vibração medido no eixo “j”, relativo à componente de
exposição “i”;
94
Texp = tempo total de exposição à vibração, ao longo de toda a jornada de trabalho, decorrente
da componente de exposição “i” em estudo. Corresponde ao número de repetições da componente vezes
o seu tempo de duração;
Tamos= tempo total utilizado para a medição das “s” amostras representativas da componente
de exposição “i”, em estudo:
fj = fator de multiplicação em função do eixo considerado (f = 1,4 para os eixos “x” e “y” e f =
1,0 para o eixo “z”).
Para os fins desta norma, são utilizados os valores de referência descritos a seguir. O nível de
ação para a exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro adotado nesta norma corresponde a
um valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5m/s 2 e ao valor da dose de
vibração resultante (VDVR) de 9,1m/s1,75. O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo
inteiro, adotado nesta norma corresponde a um valor da aceleração resultante de exposição normalizada
(aren) de 1,1 m/s2 e ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21 m/s1,75.
95
Para fins de comparação com o limite de exposição ou com o nível de ação, independentemente
da duração da jornada de trabalho, deve-se determinar a aceleração resultante a exposição normalizada
(aren) e o valor da dose de vibração resultante (VDVR). Este último parâmetro adquire maior
importância quando for constatada a ocorrência de choques ou solavancos significativos na
exposição do trabalhador sobestudo.
A avaliação da vibração deverá ser feita de forma a ser representativa da exposição de todos os
trabalhadores considerados no estudo. Identificando-se os grupos de exposição similar, não precisarão
ser avaliados todos os trabalhadores.
As avaliações podem ser realizadas cobrindo parte dos trabalhadores de cada grupo considerado
que esteja em situação correspondente à exposição “típica” do grupo. Sempre que houver dúvidas
quanto à representatividade de uma amostragem parcial, esta deverá ser estendida até que haja
convicção técnica de sua representatividade.
Para a análise preliminar da exposição, deve-se considerar, entre outros, os seguintes aspectos:
Quando, por meio da análise preliminar, houver a convicção técnica de que as situações de
exposição são aceitáveis, em princípio não serão necessárias avaliações quantitativas, sendo
recomendada, no mínimo, a manutenção das condições de exposição existentes.
- uma única componente de exposição, de curta ou longa duração, repetida ou não, durante toda
a jornada de trabalho ou em parte dela;
Esta forma de abordagem, por meio de componentes de exposição, tem por objetivo facilitar o
processo de coleta de dados, tendo em vista as mais variadas condições de exposição.
A identificação das componentes de exposição é feita por meio de uma avaliação qualitativa,
cuidadosa e detalhada, do processo e das condições de trabalho, considerando: a variedade de tipos e
características de veículos e máquinas, assentos e suspensões, tipos de pavimento, velocidades de
condução, procedimentos e operações distintas, tempos de trabalho, pausas ao longo da exposição
diária, modos de condução e modos operacionais distintos, inerentes a cada trabalhador, entre outros.
Um exemplo seria um operador de trator que realiza uma atividade de carregamento de terra
(Tarefa A). Forma Pilhas no pátio de areia (tarefa B) tudo no turno da manhã. Ao todo são duas
componentes de exposição diferentes.
Uma vez determinadas as componentes de exposição, devem ser obtidos: a aceleração resultante
de exposição parcial (arepi) e o valor da dose de vibração da exposição parcial (VDVexpji),
representativos da contribuição da exposição ocupacional de cada uma das diferentes componentes
identificadas.
Também deverão ser determinados o tempo médio de duração de cada componente Ti, o
número de repetições de cada componente ao longo da jornada de trabalho ni, o tempo total utilizado
para a medição das “s” amostras representativas de cada componente Tamos e o tempo total de
exposição à vibração ao longo de toda a jornada de trabalho decorrente de cada componente Texp.
O Ti de cada componente de exposição deve ser determinado por meio da média aritmética das
cronometragens, obtidas cada vez que a componente é repetida.
Quando o número de repetições for igual ou superior a três, devem ser feitas no mínimo três
cronometragens ou tantas quantas forem necessárias para que seja alcançado um valor representativo do
Ti.
A aceleração resultante de exposição parcial (arepi) de cada componente de exposição deve ser
determinada por meio da média aritmética das acelerações, obtidas cada vez que a componente é
repetida. Cada valor de aceleração, obtido neste caso, corresponde à aceleração média resultante
(amrik). Quando o número de repetições for igual ou superior a três, devem ser feitas no mínimo três
medições ou tantas quantas forem necessárias para que seja alcançado um valor representativo da arepi,
que será obtido pela expressão que segue:
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Outra situação ocorre quando a integração do sinal for mantida de forma continuada. Neste
caso, a medição prossegue cobrindo várias repetições da componente de exposição até que o avaliador,
baseado no seu julgamento e experiência profissional, tenha convicção de que a amostragem é
representativa da exposição, sendo que o resultado obtido amri já corresponde ao valor do arepi a ser
atribuído à componente de exposição em análise.
- medição em rms.
Outro cuidado na montagem dos acelerômetros é a disposição e a fixação dos cabos de conexão
ao medidor. Deve-se procurar dispô-los de forma a não prejudicar a movimentação ou o posicionamento
do trabalhador avaliado e fixá-los a fim de evitar que os cabos sofram movimentações ou oscilações
desnecessárias que possam introduzir sinais indesejados durante a medição, falseando os resultados
obtidos e podendo, inclusive, danificar os referidos cabos ou conexões.
As mesmas medidas adotadas no acelerômetro de mãos e braços irá valer para esse, já que o
medidor é o mesmo, só muda o campo de avaliação.
Normalmente é executada uma série composta pela repetição de oito vezes a Tarefa A, sendo
que o tempo médio de duração de cada uma é de cinco minutos. Na sequência, o operador permanece
parado por um tempo médio de seis minutos com o trator desligado e, em seguida, executa uma série
composta pela repetição de seis vezes a Tarefa B, sendo que o tempo médio de duração de cada uma é
de sete minutos. Desta forma, no período da manhã, o operador repete três vezes o ciclo composto por
uma série de Tarefas A, mais seis minutos de parada, mais uma série de Tarefas B.
Nas 4h24 do período da tarde, ele opera o britador (Tarefa C), em pé, posicionado sobre uma
plataforma acoplada a ele. Nesta atividade, o operador permanece na plataforma por quarenta e seis
minutos, condição na qual fica exposto à vibração. Em seguida, fora da plataforma, durante vinte
minutos, realiza outras tarefas sem contato com o agente. Desta forma, no período da tarde, o operador
repete quatro vezes a Tarefa C e o ciclo de sessenta e seis minutos composto pelas tarefas executadas
sobre a plataforma e fora dela.
Deve ser observado que, neste caso, as componentes de exposição levam em consideração
apenas o tempo efetivo de contato com a vibração, não sendo computados os períodos de tempo de
paradas entre as séries de Tarefas A e as séries de Tarefas B, bem como os tempos que o operador fica
fora da plataforma do britador, executando outras tarefas.
Componente de Exposição A:
101
Esse é um exemplo trazido da NHO, mas 3 medições já é o suficiente para estar de acordo com
a norma, não havendo necessidade de 14 medições.
102
Aren: 1,0m/s2
VDVR: 18,0m/s1,75
Importante: Por que devo usar os conceitos das NHOs na avaliação de riscos? A NR-15 é
uma norma que estabelece, normalmente, para alguns agentes, três limites: Teto, tolerância e ação. Até
107
aí tudo bem. Agora as NHOs trazem um novo conceito que se chama "região de incerteza" que é uma
zona um pouco abaixo do limite de tolerância onde deve ser adotada medidas preventivas e corretivas.
Isso se deve ao fato do risco em determinado momento devido a uma pequena variabilidade durante o
processo de medição ficar maior que o limite de tolerância. Isso é algo que garante uma maior
proteção aos trabalhadores e também, em caso de perícias, o perito em hipótese ou circunstância
alguma relacionada a sua medição encontrará um valor acima do limite de tolerância. Esse item das
NHOs está geralmente citado no tópico " Critério de julgamento e tomada de decisão". Por isso fiquem
atentos as NHOs durante a avaliação dos riscos, já que a NR-15 não é o suficiente para se ter um bom
controle.
- cuidados a serem tomados após a exposição, tais como evitar levantar pesos ou fazer
movimentos bruscos de torção ou flexão;
- eventuais limitações de proteção das medidas de controle, sua importância e seu uso correto;
- informar seus superiores sempre que observar níveis anormais de vibração durante o uso de
veículos ou durante a execução de atividades em plataformas de trabalho.
Segundo o artigo: Avaliação técnica jurídica sobre insalubridade por agente frio em ambientes
de produção na indústria frigorífica de aves do Gérson Dalcin.
“Estas faixas e o tempo de descanso foram baseados no artigo 253, da CLT e não estão
fundadas em bases científicas, devendo caso seja necessário que os laudos das avaliações ambientais
sigam as recomendações da ACGIH.” (PG 182). “
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma)
hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos
de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior,
nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e
Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a
10º (dez graus).
109
Sumula 438 do TST: O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos
termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito
ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.»
O que é utilizado no Brasil para definir o que é frio insalubre é o artigo 253 da CLT e não
conceitos técnicos, infelizmente, por isso o perito deverá realizar as medições, consultar a zona
climática específica baseado no mapa oficial do IBGE e com isso constatar os limites de tolerância para
aquela zona. Para o calculo desses valores um termômetro de mercúrio já será o suficiente.
110
Aerodispersoides fibrogênicos
Telerradiografia do tórax Admissional e anual
Esperiometria Admissional e Bienal
Aerodispersoides não fibrogênicos
Telerradiografia do tórax Admissional e cada 3 anos para exposições menores
que 15 anos, para maiores que 15 anos bienal.
Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a
caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes
112
do Quadro n.o 1 do anexo 11 e todos esses valores são válidos apenas para absorção por vias
respiratórias.
Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos
ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser
18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo
deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância
não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho.
Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que
podem ser absorvidos, por via cutânea, portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas,
além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
19.1 Avaliação
A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem
instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada
ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo
de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.
Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os
valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e
iminente:
113
Cada agente do anexo 11 que requer insalubridade possui determinado limite de tolerância. De
acordo com o limite de tolerância conforme o quadro acima será estabelecido um desvio padrão
multiplicado pelo limite de tolerância. Caso o valor da análise quantitativa seja maior que o FDxLT será
uma atividade de risco grave iminente.
Os limites de tolerância serão excedidos quando a média aritmética das dez amostragem for
maior que o LT estabelecido.
Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de
Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das
concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro.
Válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive.
Atividades que excedem às 48 horas semanais só serão permitidas de acordo com o art 60 da CLT se e
somente se acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene e
segurança do trabalho. Dessa forma, Os meios necessários procederão de exames locais para verificação
dos métodos de processo diretamente pelo MTE, ou autoridades sanitárias federais, estaduais ou
municipais. Excetuam-se jornadas de 12 horas de trabalho e descanso de 36 horas ininterruptas.
Caso a NR-15 não apresente determinado agente químico deverá ser consultada a ACGIH para
medidas de controle conforme a NR-9. Porém não é para fins de insalubridade onde somente produtos
químicos que estão na NR-15 recebem o adicional.
Os limites de tolerância estão para 48 horas semanais e devem ser alterados para 44 horas.
Desse modo se aplica a equação Brief &Scala:
48 (160 − ℎ)
𝐹𝑅 = ( ) 𝑋( )
ℎ 128
(h=44)
Suporte do filtro: Disco de celulose usado para suportar o filtro de membrana dentro do porta-filtros
Porta-filtro (cassete): Conjunto de duas ou três peças feito em plástico transparente, com 37 mm de
diâmetro, que abriga e sustenta o filtro de membrana e o suporte utilizados para retenção da amostra.
115
Filtro testemunho: Filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e diâmetro do filtro a ser utilizado
para a coleta. É um filtro usado exclusivamente em laboratório, como branco analítico, e deve
acompanhar todos os tratamentos dados aos filtros do mesmo lote destinados à coleta de amostras.
Caixa de estabilização: Caixa utilizada para proteção dos filtros de membrana durante o período de
estabilização; construída em madeira ou alumínio de forma a permitir que haja equilíbrio das condições
de umidade e temperatura entre o seu interior e o ambiente em que se encontra, sem que haja depósito
de poeira desse ambiente sobre as amostras. As dimensões da caixa devem ser definidas de acordo com
o espaço disponível no local de utilização.
Este método de ensaio consiste na pesagem do filtro de membrana antes e depois da coleta da
poeira suspensa no ar, e posterior determinação da massa da amostra, por diferença, considerando as
variações ocorridas entre essas duas pesagens. Não é específico para nenhum contaminante, já que
determina a massa de qualquer material particulado que possa ficar retido no filtro. No caso uma análise
específica para aerodispersóides como poeiras. A pesagem se faz em uma balança analítica podendo ser
sobre um vidro relógio. As pesagens devem ser realizadas em ambientes com temperaturas e umidades
controladas. Também a eletricidade estática pode ser uma fator de influência no resultado, por isso
necessário algumas vezes dispositivos para eliminação da eletricidade estática dos filtros.
20.1 Materiais
• Pinças planas, sem estrias nas bordas e sem propriedades magnéticas.
• Haste de madeira, vidro ou metal.
• Suporte de pesagem (triângulo de vidro).
• Álcool etílico (para limpeza).
• Caixa de estabilização.
• Etiquetas adesivas (para codificação).
• Porta-filtros.
• Filtros de membrana.
• Suporte de celulose.
116
O local destinado às pesagens deve ser reservado e independente de outras atividades que possam
interferir no seu bom andamento; evitar locais com incidência direta da luz solar ou área de circulação
de pessoas.
A temperatura ótima para a sala de pesagem situa-se na faixa de 20 a 25°C, provida por sistema
de ar-condicionado. A faixa de umidade deve ser fixada considerando-se as características da região
onde se localiza o laboratório. Recomenda-se que a variação de umidade seja controlada dentro de 10%,
entre a mínima e a máxima, encontrada durante o ano.
Pinças, suporte de pesagem e caixa de estabilização devem ser limpos usando álcool etílico e
lenço de papel.
Os porta-filtros devem ser deixados de molho em água com detergente neutro durante o tempo
necessário para limpeza total. Enxaguar pelo menos cinco vezes em água corrente e três vezes em água
destilada. Secar os porta-filtros em estufa numa temperatura de até 50°C.
A caixa de estabilização deve ser limpa internamente sempre que se introduzir qualquer filtro
para estabilização.
Toda a área próxima à balança deve ser mantida o mais livre possível da poeira.
Entao a partir de 10 membranas selecionadas para realizar a medição, deverá ter ao menos dois
filtros testemunhos. Essas membranas irão ingressar em porta filtros, assim como as duas membranas
testemunho em outros porta filtros. Todos devem ser identificados.
117
Realizar a pesagem de todos os filtros incluindo os testemunhos por pelo menos 2 vezes e realizar
a média aritmética dessas medições. O filtros com uma diferença de 0,02mg na pesagem será necessário
uma terceira pesagem. A diferença máxima deve ser 0,02mg de uma pesagem para outra.
No fim o porta filtros será fechado e vedado com 3 camadas de teflon conforme a figura abaixo.
Estipular um intervalo de tempo razoável para que os filtros sejam utilizados, conforme a rotina
desenvolvida em cada laboratório.
Os filtros devem ser utilizados o mais rapidamente possível após a pesagem. Todas as
modificações ocorridas na balança ou nas condições de estabilização do laboratório, entre as pesagens
realizadas antes e após a coleta, afetam os resultados analíticos.
20.5 Resultados
Determinar a massa da amostra coletada sobre o filtro calculando a diferença entre a massa do
filtro carregado e a massa do filtro virgem.
Sendo que:
a massa inicial corresponde à massa do filtro testemunho quando acompanha a pesagem dos filtros do
respectivo lote antes da coleta;
a massa final corresponde à massa do filtro testemunho quando acompanha a pesagem dos filtros do
respectivo lote após a coleta
Os resultados finais da análise gravimétrica devem ser apresentados com 2 algarismos decimais.
120
Bomba de Amostragem Individual: Instrumento portátil e leve que forneça uma vazão de até
6 ℓ/min, provido de um sistema de controle de vazão constante, que funciona com bateria recarregável e
blindada para utilização em ambientes onde se presume que exista risco de explosão e um sistema
automático de controle de fluxo que lhe permita regular, de maneira instantânea, as variações no fluxo
do ar aspirado, com uma precisão de ± 5%.
Vazão de ar: Volume de ar, em litros, que passa pelo dispositivo de coleta por unidade de
tempo, em minutos.
Faixas de Vazão: Alta vazão: acima de 500 mililitros por minuto (mℓ/min)
Calibração: Operação que tem por objetivo levar o instrumento de medição a uma condição de
desempenho e ausência de erros sistemáticos adequados ao seu uso (VIM, 3.14, NBR ISO 10012-1).
Bolha de Sabão: É a película de água e sabão que se forma no interior da bureta durante a
calibração da bomba de amostragem.
21.1 Materiais
Bureta de vidro para calibração (Anexo B, Figura B2), com as seguintes características:
• Bureta de vidro graduada, com relação de altura/diâmetro de 10/1 (dez para um), e capacidade de no
mínimo 100 mℓ, 500 mℓ e 1000 mℓ para calibração, respectivamente, de até 0,2ℓ/min, 2ℓ/min e 6ℓ/min;
• A bureta deve ter, no mínimo, duas marcações com volume calibrado entre elas de 100 mℓ, 500 mℓ ou
1000 mℓ;
• O ponto inicial de calibração deve estar posicionado a uma distância mínima de 7 centímetros do bocal
da bureta de calibração.
123
Nota: A bureta utilizada deve ser calibrada periodicamente quanto a seu volume interno, de
acordo com a NBR 11588.
Frasco retentor de umidade com duas aberturas para circulação de ar, contendo conexões com orifício
de diâmetro interno aproximadamente igual ao orifício de entrada de ar da bomba de amostragem
(Anexo B, Figura B3).
Nota: A mangueira utilizada também pode ser de silicone, desde que seja indeformável,
transparente ou semitransparente e flexível.
Solução de água e sabão em recipiente com boca de diâmetro superior ao da bureta de calibração.
. • Barômetro
Os principais cuidados são com as conexões das mangueiras da bomba com o frasco de
elemeyer e do frasco com a bureta. As conexões devem estar bem vedadas.
Ligar a bomba de amostragem por pelo menos 20 minutos antes de iniciar o procedimento de
calibração, para estabilizar a tensão das baterias.Verificar se a voltagem do módulo de baterias está de
acordo com as especificações do fabricante. Fazer teste de vedação da bomba de amostragem de acordo
com as instruções do fabricante.
Ajustar previamente a bomba de amostragem para a vazão requerida. Calcular o tempo que a
bolha deve levar para percorrer a bureta, por meio da expressão:
125
Erguer o recipiente contendo a solução de sabão até encostá- lo ao bocal da bureta, fazendo com
que se forme uma bolha. Repetir várias vezes esta operação, até que se forme uma bolha que percorra
inteiramente a bureta sem se romper. A bolha deve manter-se plana em todo o trajeto.
Repetir o processo por 3 vezes consecutivas até que a diferença das ultimas 3 medições tenha
variação máxima 0,2 segundos, próximo ao tempo que a bolha deve levar de acordo com a fórmula.
A bomba deve ser calibrada antes de cada coleta e após cada coleta também.
Os tempos médios da medição inicial com variação máxima de 0,2 segundos devem ter sua
média calculada. Esse valor médio irá para fórmula abaixo para o calculo da vazão inicial:
O mesmo se aplica na calibração final após a coleta dos resultados nos locais de trabalho para
descobrir a vazão final.
O valor da variação entre as vazões não deve ultrapassar 5%. Caso isso ocorra a amostragem
não deve ser considerada. Deve se realizar nova calibração inicial e nova avaliação com a bomba.
Caso o local de calibração seja diferente do local de medição a vazão deverá ser corrigida com a
seguinte fórmula:
126
Os resultados são obtidos por meio de leituras diretas, em unidades de vazão, volume por
minuto.
Os dados ficam retidos na memória para cálculos da média, assim como podem ser eliminados
total ou parcialmente, conforme o interesse do usuário ou a qualidade das bolhas.
O princípio de funcionamento é o mesmo recomendado por esta Norma e pela Norma da ABNT
NBR-10562, com a diferença de realizar as leituras automaticamente.
Nota: O gerador de bolhas, dependendo do calibrador, pode ser oferecido para volumes
diferentes.
Bloco de sensores: constituído por dois detectores de infravermelho, para acionar as leituras dos
tempos inicial e final durante o percurso da bolha.
127
Material Particulado: Partículas sólidas, produzidas por ruptura de um material original mente
sólido, suspensas ou capazes de se manterem suspensas no ar.
Particulas não especificadas de outra maneira: Partículas para as quais ainda não há dados
suficientes para demonstrar efeitos à saúde em concentrações geralmente encontradas no ar dos locais
de trabalho. Essa definição se refere às partículas que não tenham um limite de exposição estabelecido;
que sejam insolúveis ou fracamente solúveis em água ou nos fluidos aquosos dos pulmões; não sejam
citotóxicas, genotóxicas ou quimicamente reativas com o tecido pulmonar; não emitam radiação
ionizante; causem imunossensibilização ou outros efeitos tóxicos que não a inflamação ou a deposição
excessiva.
Zona Respiratória: Região hemisférica com um raio de 150 ± 50 mm, medido a partir das
narinas do trabalhador.
22.1 Procedimentos
Na aplicação deste procedimento, deve-se incluir a análise de todas as informações disponíveis
que caracterizam a magnitude e a importância dos riscos à saúde dos trabalhadores com a finalidade de
formular recomendações significativas para a eliminação ou a redução desses riscos. Essas informações
são obtidas por meio de:
• pesquisa bibliográfica;
• observação do local de trabalho;
• entrevistas com trabalhadores;
• obtenção de resultados de concentração de material particulado suspenso no ar para fins
de comparação com referências apropriadas, entre outras.
Etapa 1 Reconhecendo os Riscos: Nesta etapa, devem ser obtidas informações sobre o
ambiente e o processo de trabalho, as operações, as matérias-primas e os produtos químicos utilizados
ou gerados, produtos finais, sub-produtos e resíduos, assim como as possíveis interações entre os
agentes presentes no local de trabalho e o organismo humano e os efeitos associados à saúde.
129
a) Os materiais que podem ser usados ou produzidos e lançados no ar do ambiente de trabalho durante as
operações ou processos sob investigação, com sua composição, toxicidade e quantidade;
b) As possíveis fontes de geração de material particulado, como, por exemplo, processos que envolvam
moagem, peneiramento, lixamento, polimento, serragem, corte, furação, gravação, esmagamento,
operações de limpeza a seco ou que produzam material particulado ou suspendam aquele depositado;
c) A posição dos trabalhadores em relação às fontes de emissão de material particulado em seus locais de
trabalho;
f) O número de trabalhadores para os quais se presume maior risco de exposição a material particulado;
g) O número de trabalhadores com atividades idênticas que possam ser separados por grupos de exposição
similar;
Quando não for possível caracterizar e selecionar um trabalhador de maior risco para cada
atividade, define-se, estatisticamente, um sub grupo de tamanho adequado, de tal maneira que essa
amostra aleatória tenha elevada probabilidade de incluir pelo menos um trabalhador com alta exposição.
A seleção desse subgrupo de trabalhadores pode ser realizada conforme o Anexo B.
131
NOTA:A coleta individual e a coleta de área podem ser realizadas ao mesmo tempo, uma vez
que são complementares.
O número de amostras a serem coletadas está relacionado com o dispositivo de coleta a ser
utilizado e a capacidade de retenção do filtro de membrana, variando conforme o tipo de amostra,
podendo ser:
Várias amostras de ar são coletadas, sendo que o período de coleta deverá corresponder à
jornada diária de trabalho.
Uma única amostra de ar é coletada continuamente ou várias amostras são coletadas com
iguais ou diferentes tempos de coleta. O período total de coleta deverá corresponder a, pelo menos, 70%
da jornada diária de trabalho.
132
NOTA: A coleta de material particulado total deve ser efetuada quando não houver indicação
de coleta de material particulado nas frações inalável, torácica ou respirável.
Antes de iniciar a coleta das amostras, deve-se consultar o laboratório que realizará a análise
sobre: os métodos analíticos utilizados, o fornecimento de dispositivos e filtros para a coleta, prazo de
validade dos filtros, acondicionamento e transporte das amostras, entre outros.
• Os parâmetros de validação dos métodos, tais como: precisão, exatidão, limite de detecção, limite de
quantificação, sensibilidade e possíveis interferentes;
• Que os resultados expressem as incertezas das medições. Os cálculos das incertezas podem ser
efetuados conforme o “Guia para a Expressão da Incerteza da Medição” (ISO, 2003)
No início da medição anotar data, horário do início da coleta, código do filtro, número da
bomba de amostragem e demais dados em um formulário de registro, conforme modelo apresentado no
Anexo G;
22.9 Calculos
O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte
expressão:
A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra de acordo
com a seguinte expressão:
NOTA: No caso de amostra única, o tempo total de coleta é igual ao período de coleta.
Portanto, a concentração de material particulado dessa amostra já é a concentração média ponderada
pelo tempo para a jornada de trabalho.
Esta Norma prescreve um método padronizado de coleta e análise de fibras, incluindo todos os
tipos de amianto/asbesto, fibras vítreas (MMVF – Man Mineral Vitreous Fibers) e fibras cerâmicas.
Tem a finalidade de estimar a concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar.
Nota: Este método não se aplica a avaliação de fibras orgânicas (algodão, sisal, linho, rami e
cânhamo).
A maioria dos métodos que utilizam a técnica de microscopia ótica de contraste de fase
apresenta grande variabilidade nos resultados intra e interlaboratoriais.
Fibra Respirável: Entende-se por fibra respirável aquela com diâmetro inferior a 3
micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros, e relação entre comprimento e diâmetro igual ou
superior a 3:1.
Filtro de membrana constituído por nitrato de celulose ou uma mistura de ésteres de celulose
com tamanho de poro de 0,8 µm ou 1,2 µm, diâmetro de 25 mm, com quadriculado impresso
Bomba de amostragem
23.1 Interferências
Qualquer outra partícula pode interferir na análise, desde que se encontre dentro do critério de
contagem. A variabilidade do valor estimado para a concentração de fibras no ar ocorre em razão de
vários fatores e erros cometidos durante os procedimentos de coleta e/ou durante os procedimentos
analíticos.
A norma também menciona erros que podem ser gerados no laboratório de análise com
microscópio óptico. Porém são erros que envolvem conceitos técnicos de operação do equipamento
mais voltados para área técnica de operar um microscópio óptico que não tem relevância para área do
higienista ocupacional. Isso reforça ainda mais a necessidade de sempre buscar laboratórios
credenciados com tecnicos qualificados na operação dos equipamentos para esse tipo de análise.
Notas:
Escolher, ao acaso, 4% dos filtros da mesma embalagem (ou embalagens). Prepará-los como
branco que não será utlizado para análise, mas apenas como critériode comparação para laboratório.
Escolher um código para cada embalagem original de 50 ou 100 filtros e identificar os porta-
filtros com esse código, de forma crescente.
Estabelecer um código para os filtros brancos de lote de cada embalagem, para a verificação da
contaminação dos lotes.
Exemplo:
São considerados aprovados os lotes com contaminação inferior a 5 fibras em 100 campos, não
havendo necessidade de correções nos resultados da contagem.
Nota: Recomenda-se não reutilizar o dispositivo de coleta durante um mesmo período de amostragem.
Finalizado o período de amostragem, verificar a vazão final das bombas de amostragem (metodo bolha
de sabão).
Nota: Efetuar análise das amostras que não foram invalidadas durante a amostragem, ou seja,
amostras de bombas que apresentaram variação de vazão maior que 5% são consideradas inválidas.
A análise preliminar é a mesma que é adotada na NHO-08, onde deve ser estabelecido um
planejamento de amostragem em função dos grupos homogênios de exposição que serão identificados
na fase de reconhecimento de riscos. Buscar sempre a situação mais critica. Após a análise preliminar e
reconhecimento de riscos, se faz a amostragem preliminar, que pode ser estática ou individual,
semelhante a amostragem apresentada na NHO-08. Aí, caso seja estabelecido o grupo homogêneo de
risco, assim como situaçãomais crítica da atividade, deverá se realizar a avaliação quantitativa, tudo
semelhante como ocorre na NHO-08. Caso não se tenha exatidão de grupos homogêneos de exposição e
situação mais crítica, deve ser avaliado a parcela de trabalhadores conforme a tabela da NHO-08 abaixo:
141
A NHO-04 traz o conceito de que a avaliação não deve ser realizada em um único dia, devendo
as variações de picos de exposição, diferentemente da amostragem da NHO-08 que permite avaliação
em um único dia, podendo ser 70% da jornada de trabalho.
Os filtros de membrana devem ser transportados com a face amostrada voltada para cima. Deve-
se tomar todo o cuidado possível na identificação das amostras, para evitar a reutilização de um filtro
amostrado por engano ou para não confundir amostras.
No laboratório as amostras serão vaporizadas com acetona e triacetina para deixar a membrana
trasparente a assim em um microscópio ótico visualizar as quantidades de fibras.
142
23.6 Resultados
O valor que chegará do laboratório é a concentração de fibras/cm 3 amostrado. Os valores de
concentração em fibras por centímetros cúbicos de ar devem ser apresentados com 1 algarismo decimal.
Todos os resultados, tanto os de contagem das fibras como os de concentração de fibras por
centímetros cúbicos de ar, devem ser acompanhados das observações de amostragem e análise que se
fizerem necessárias para a perfeita interpretação dos dados fornecidos.
A norma está sob revisão pela fundacentro e tem um foco maior na análise de laboratório por
cromatografia gasosa. A fração volátil é a porção da amostra que se encontra na fase vapor ou gás acima
de sua superfície que será analisada em laboratório.
A cromatografia acontece pela passagem de uma mistura através de duas fases: uma moveis e
uma estacionária. A grande variabilidade de combinações entre a fase móvel e estacionária faz com que
a cromatografia tenha uma série de técnicas diferenciadas. Para o processo de separação de misturas, a
mistura passa por duas fases sendo uma estacionaria (fixa, sendo um material poroso como um filtro) e
outra móvel (como um liquido ou um gás, que ajuda na separação da mistura), sendo que os
constituintes dessa misturas interagem com as fases através de forças intermoleculares e iônicas,
fazendo a separação. Quando acoplados com detectores de massas ou UV/Vis fornecem também
informações a cerca da identidade da molécula.
Deverá ser providenciada embalagem que garanta condições de segurança contra rupturas e
vazamentos. Deve-se dispender o menor tempo possível entre a coleta e o envio ao laboratório e,
durante este intervalo de tempo, a amostra deverá permanecer ao abrigo de luz e calor.
144
Para orientar o transporte seguro de acordo com a natureza das amostras a embalagem deverá
trazer destacadas as seguintes indicações "FRÁGIL", "FACE SUPERIOR PARA CIMA", "TÓXICO" E
"INFLAMÁVEL ". Para que o portador esteja ciente dos riscos no transporte das amostras, bem como
das medidas a serem adotadas em caso de acidente, cada embalagem deve estar acompanhada de
envelope adequado (anexo C) contendo ficha de emergência (anexo B).
25.3 Carcinogênicos
O Comitê de Limites de Tolerância de Substâncias Químicas classifica certas substâncias
encontradas em ambientes de trabalho como carcinogênicas dentro das seguintes classes, expostas
resumidamente:
A4 — Não classificável como carcinogênico humano Não há dados adequados que possam
redundar na classificação da carcinogenicidade do agente quanto a humanos ou animais.
A5 — Não suspeito como carcinogênico humano Não suspeito, com base em pesquisa
epidemiológica bem conduzida.
147
Esses são dispositivos de leitura direta que utilizam métodos químicos e fornecem a
concentração existente no ambiente pela alteração da cor, ocorrida devido a uma reação química.
Consistem fundamentalmente em se passar uma quantidade conhecida de ar por meio de um reagente, o
qual sofrerá alteração de cor, caso a substância contaminante esteja presente.
148
Sabemos que os tubos de carvão ativado são utilizados para coleta dos vapores orgânicos
(benzeno, tolueno, xileno, tricloroetileno, acetona etc.) e os tubos de sílica gel para outras substâncias
(tais como anilina, ácidos, aminas etc.).
Menor custo dos tubos de carvão ativado do que os tubos detectores colorimétricos em caso de
muitos agentes químicos nos locais de trabalho.
149
• fase de difusão-permeação
• fase de adsorção
A massa de contaminante transferida para o adsorvente pode ser calculada pela expressão:
M = ((E x A)/L) x C x t
Observações 1: Asfixiante simples não possui limite de tolerância na NR-15 e não é utilizado para fins
de insalubridade. São químicos que reagem com o oxigênio ambiente reduzindo o nível de oxigênio
para respiração humano. O dado serve para classificar como caso grave iminente risco se constatado
presença de oxigênio inferior a 18%. Existem equipamentos que medem o % de oxigênio no ar.
Observações 2: Asfixiante químicos possuem limites de tolerância e tem ação nos alvéolos pulmonares
impedindo a entrada de oxigênio. Caso da Kiss.
Observação 3: Qualquer substância com valor teto designado não poderá ter nenhuma das amostras de
monitoramento acima do limite de tolerância se não será considerado insalubre.
Observação 4: Caso uma das amostras ultrapasse o valor máximo estipulado da formula FDXLT já será
caracterizado risco grave iminente.
Observação 5: A NR trata-se somente de exposição respiratória, já que a exposição pela pele quando
ultrapassada significa que a exposição pela via respiratória já foi ultrapassada inúmeras vezes.
Então antes de verificar os limites de tolerância para fins de aposentadoria especial dos
agentes químicos devemos verificar se esses pertencem ao grupo um da LINACH, possuem CAS e estão
no decreto 3048. Assim a partir dos laudos como LTCAT e do documento PPP deverá ser considerado a
atividade como especial e a empresa terá que fazer o financiamento da aposentadoria especial.
‘Os outros agentes que não pertencem ao grupo I da LINACH, ou não possuem CAS, ou não
constam no decreto 3048 a avaliação será conforme os limites de tolerância do anexo 11 ou 12 da NR-
15, ou qualitativamente conforme o anexo 13 da NR-15. Os limites de tolerância são os mesmos
utilizados na NR-15.
151
28.1 Asbestos
Também conhecido como Amianto. Grupo de fibras minerais extraídas de rochas
metamórficas e compostas por silicatos hidratados de magnésio, ferro, cálcio e sódio.
Avaliação ambiental no máximo a cada seis meses e os registros dessa avaliação mantidos por
30 anos. Avaliação acontecerá com os representantes dos trabalhadores e os trabalhadores possuem
direito de solicitar avaliações complementares e até impugnar resultados das avaliações junto à
autoridade competente. Avaliação deve ser fixada em quadro de aviso. Treinamentos específicos a todos
os trabalhadores com adoção de procedimentos de segurança em situação de emergência para essas
atividades.
O limite de tolerância estabelecido para atividade com asbestos será de 2f/cm3 sendo que o
diâmetro das fibras deve ser menor 3 micrômetros e o cumprimento maior que 5 micrômetros, ou seja,
somente poeiras respiráveis. O método de avaliação utilizado é o de filtro de membrana, NHO-04 e
NHO-08, utilizando o aumento de 400X e 500X com iluminação de contraste. Assim serão contadas as
fibras em um laboratório credenciado pelo Inmetro.
Proibições:
153
O empregador deverá fornecer gratuitamente toda vestimenta de trabalho. Não pode ser usada
fora do local de trabalho. A guarda é de responsabilidade do empregador, o vestiário deve ser duplo para
os trabalhadores. Um para guarda do EPI e outro dos pertences pessoais, ambas com comunicação direta
com a bateria de chuveiros. Troca de vestimenta com frequência mínima de duas vezes por semana.
a) A cada 3 (três) anos para trabalhadores com período de exposição de 0 (zero) a 12 (doze)
anos;
b) A cada 2 (dois) anos para trabalhadores com período de exposição de 12 (doze) a 20 (vinte)
anos;
Os programas de prevenção já previstos em lei (curso da CIPA, SIPAT, etc.) devem conter
informações específicas sobre os riscos de exposição ao asbesto.
Os treinamentos em função dos riscos dessa atividade deverão ser no mínimo anual.
O anexo II traz o modelo de cadastro das empresas que utilizam asbestos em seu processo de
fabricação. Somente empresas cadastradas poderão comprar asbestos
- Uso de equipamentos de proteção respiratórios com linha de ar mandado, para trabalhos, por
pequenos períodos, em áreas altamente contaminadas;
O limite de tolerância, expresso em milhões de partículas por decímetro cúbico, é dado pela
seguinte fórmula:
O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3 , é dado pela seguinte
fórmula:
156
Tanto a concentração como a percentagem do quartzo, para a aplicação deste limite, deve ser
determinada a partir da porção que passa por um seletor com as características do Quadro n.° 1.
O limite de tolerância para poeira total (respirável e não - respirável), expresso em mg/m3, é
dado pela seguinte fórmula: (não há seletor para o tamanho das partículas)
Sempre será entendido que "Quartzo" significa sílica livre cristalizada que é um dado obtido
no laboratório da amostra levantada. Os limites de tolerância fixados no item 5 são válidos para jornadas
de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive. Para jornadas de trabalho que
excedem a 48 (quarenta e oito) horas semanais, os limites deverão ser deduzidos, sendo estes valores
fixados pela autoridade competente. Fica proibido o processo de trabalho de jateamento que utilize areia
seca ou úmida como abrasivo. As máquinas e ferramentas utilizadas nos processos de corte e
acabamento de rochas ornamentais devem ser dotadas de sistema de umidificação.
157
29.1 Arsênico
Grau Máximo
Extração;
Fabricação de Pesticidas;
Grau Médio
Pintura a Pincel;
Grau Mínimo
Empalhamento de Animais;
29.2 Carvão
Grau Máximo
Grau Médio
Grau Mínimo
29.3 Chumbo
Grau Máximo
Vuncanização da Burracha;
Grau Médio
Grau Mínimo
29.4 Cromo
Grau Máximo
Grau Médio
Cromagem eletrolítica;
Outros.
159
29.5 Fósforo
Grau Máximo
Extração;
Defensivos Fosforatos;
Explosivos (Fosforo 32 tá na LINACH, possui CAS e está no decreto 3048). Aposentadoria Especial
Grau Médio
Bronze Fosforado;
Destilação do petróleo;
Grau Médio
Pintura a Pincel.
29.7 Mercúrio
Grau Máximo
Obs: Mercúrio, todas as formas exceto as orgânicas tem limite de tolerância no anexo 11 que é
0,04mg/m3 e é insalubridade de grau máximo. O mercúrio não está na LINACH.
29.8 Silicatos
Grau Máximo
- Produção de Benzidina;
- Betanaftilamina;
- 4 - nitrodifenil,
Sem nenhum contato (hermetizados caso contrário é caracterizado como grave iminente risco)
- extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio,
utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante em
revestimentos metálicos, e outros produtos.
Grau Médio
Metalização a pistola.
Grau Mínimo
O anexo 13 – A são para empresas que realizam todas as atividades que envolvem benzeno e
suas misturas contendo até 1% e as empresas que prestam serviços para essas
(Sem PPEOB)
a) o produzem;
As empresas que utilizam benzeno em atividades que não as identificadas nas alíneas do
parágrafo anterior e que apresentem inviabilidade técnica ou econômica de sua substituição deverão
comprová-la quando da elaboração do Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao
Benzeno - PPEOB.
162
30.1 Responsabilidades
As empresas contratadas e contratantes possuem responsabilidades nas medidas de controle
em relação à exposição de benzeno e as empresas contratantes devem manter o registro das empresas
contratadas no Programa de Prevenção à Exposição Ocupacional ao Benzeno (PPEOB) por no
mínimo 10 anos. (comprovação da inviabilidade Técnica)
• Identificação da contratada;
• Período de contratação;
• Número de funcionários.
Avaliações do PPEOB seguindo os critérios do PPRA, mas por 40 anos e com procedimentos.
(segue instruções normativas)
Laboratório que utilizam benzeno em processo de síntese química, qual não pode ser
substituído por outro solvente deverá ter PPEOB, mas sem necessidade de apresentar a DSST.
a) ser formalizado através de ato administrativo oficial do ocupante do cargo gerencial mais elevado;
163
b) ter indicação de um responsável pelo Programa que responderá pelo mesmo junto aos órgãos
públicos, às representações dos trabalhadores específicas para o benzeno e ao sindicato profissional da
categoria.
O conteúdo do PPEOB deve ser aquele estabelecido pela Norma Regulamentadora n.º 9 -
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, com a redação dada pela Portaria n.º 25, de 29.12.94,
acrescido de:
- Cronograma detalhado das mudanças que deverão ser realizadas na empresa para a
prevenção da exposição ocupacional ao benzeno e a adequação ao Valor de Referência
Tecnológico;
30.3 Avaliação
Avaliação para o adicional de insalubridade e independe da concentração nos locais de
trabalho.
VRT-MPT: 1 ppm para empresas abrangidas por este anexo. E 2,5 ppm para empresas de siderurgia.
Esses valores são para atividades de 8 horas/dia.
Coletas/medições instantâneas:
Tomando-se como exemplo uma jornada de trabalho de 8 horas (480 minutos), durante a
qual se deseja realizar 8 coletas de 15 minutos, deve-se proceder da seguinte forma:
1 8:00 - 8:15
2 8:15 - 8:30
3 8:30 - 8:45
... ...
... ...
... ...
31 16:00 - 16:15
32 16:15 - 16:30
O número mínimo de resultados de MPT necessários para serem utilizados na avaliação estatística é de
5.
No caso da avaliação ambiental (amostragem de área), deve ser utilizado um número mínimo
de 5 resultados em cada ponto escolhido como representativo do local de trabalho, na etapa de
reconhecimento/caracterização.
trabalhadores. Estas ações e procedimentos deverão seguir o disposto na Instrução Normativa n.º 02
sobre "Vigilância da Saúde dos Trabalhadores na Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno".
As empresas abrangidas pelo presente Anexo, e aquelas por elas contratadas quando couber,
deverão garantir a constituição de representação específica dos trabalhadores para o benzeno
objetivando a acompanhar a elaboração, implantação e desenvolvimento do Programa de Prevenção da
Exposição Ocupacional ao Benzeno. A organização, constituição, atribuições e treinamento desta
representação serão acordadas entre as representações dos trabalhadores e empregadores.
Os trabalhadores das empresas abrangidas pelo presente Anexo, e aquelas por elas contratadas,
com risco de exposição ao benzeno, deverão participar de treinamento sobre os cuidados e as medidas
de prevenção. Os prazos de adequação das empresas aos referidos VRT-MPT serão acordados entre as
representações de trabalhadores, empregadores e de governo.
a) após a ocorrência de emergência, deve-se assegurar que a área envolvida tenha retornado à
condição anterior através de monitorizações sistemáticas. O tipo de monitorização deverá ser avaliado
dependendo da situação envolvida;
b) caso haja dúvidas das condições das áreas, deve-se realizar uma bateria padronizada de
avaliação ambiental nos locais e dos grupos homogêneos de exposição envolvidos nestas áreas; (NHO-
8)
- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais portadores de
doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
- estábulos e cavalariças; e
>> até 400 minutos por dia (próximo de 6 horas e meia) = trabalho intermitente;
“Art. 193 São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial.
§ 2º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.
33.1 Introdução
Os EPCs e EPIs não podem retirar o adicional de periculosidade, diferentemente do caso de
agentes ambientais.
b) Ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos,
choque e atritos.
As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não
serão consideradas para efeito desta Norma. Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser
delimitadas, sob responsabilidade do empregador. Líquido combustível Ponto de fulgor entre 63 e 93°C.
a) nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados
na fabricação de misturas explosivas ou de fogos de artifício, a área compreendida no Quadro n.º 2:
c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (pólvora negra e pólvora
chocolate ou parda), área de operação compreendida no Quadro n.º 4:
Depósitos barricados ou entrincheirados são aqueles que possuem uma proteção que pode
limitar os efeitos de eventual explosão. Nesse caso as distâncias do quandro 4 para armazenamento de
explosivos poderá ser reduzida pela metade.
É obrigatória a existência de anteparo físico que limita o acesso à área de risco para pessoal
autorizado para essas atividades.
Então resumindo o anexo... Produtos explosivos são aqueles de ação autocatalítica gerando
uma ação exotérmica que envolve pressão e calor. Todas as atividades são periculosas para quem realiza
de forma intermitente e atividade de armazenamento pode incluir aqueles que não realizam a atividade,
mas estão na área de acesso. O quadro 2, produtos utilizados para fabricação, fogos de artifício e
pólvora, apresenta o limites de distância dessas áreas. Quadro 3 apresenta os limites de distância para as
áreas de armazenamento dos iniciadores e o quadro 4 dos explosivos. Evidente que os iniciadores não
podem ser armazenados junto aos explosivos.
172
São líquidos ou gasosos com ponto de fulgor abaixo ou igual a 60°C. A tabela a seguir apresenta essas
atividades ou operações que necessitam de adicional de periculosidade.
173
Inflamáveis gasosos liquefeitos com até 135 quilos nas atividades de transporte também não
há necessidade de adicional de periculosidade.
O Anexo 2 também apresenta uma tabela com todas as distâncias de segurança conforme as
atividades realizadas para classificar a área de risco. Quando a norma menciona área de risco para
adicional de periculosidade, deve-se consultar a tabela que relaciona as distâncias de segurança para
classificação da área.
O risco irá depender do produto e sua classificação conforme a NBR 9198 que classifica as
embalagens em função do ponto de fulgor do líquido inflamável.
Importante: Existem apenas 4 medidas diferentes de segurança que é 3 metros, 7,5 metros, 15 metros e
30 metros.
Áreas de maior risco como poços de petróleo e refinarias requerem a maior distância de 30
metros.
a) Empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que
integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registrada e autorizada pelo Ministério da
Justiça.
A atividade de porteiro e vigia sem uso de arma de fogo não requer adicional, somente para
fins de proteção do patrimônio com tarefas de fiscalização local.
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade, conforme estabelece a NR-10;
d) das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência
– SEP (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica), bem como suas contratadas, em
conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no quadro I deste anexo.
c) Nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso de
equipamentos elétricos energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos, desde que
os materiais e equipamentos elétricos estejam em conformidade com as normas técnicas oficiais
estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais
cabíveis.
Exclui acidente de trajeto; Veiculo que não exige emplacamento ou carteira nacional de
habilitação.
A norma NR-16 apresenta uma lista de atividades com radiação ionizante consideradas
perigosas as respectivas áreas de risco
Não são consideradas perigosas para o efeito deste anexo áreas que utilizam
equipamentos móveis de raio-x para diagnóstico médico. Salas de emergências, centro de
tratamento intensivo, sala de recuperação e leitos de internação.
2. Capacete: Dispositivo
EPIs protegem contra riscos químicos, físicos, biológicos e acidentes. O EPI constituído por
um ou mais dispositivos que protegem os trabalhadores de mais classes de riscos. Deve ser o ultimo
item a ser oferecido nas questões de saúde ocupacional, ou seja, o item com a menor prioridade de
todas. Empresa é obrigada a oferecer gratuitamente EPI com o respectivo CA conforme a
hierarquização das medidas de controle. O EPI deve ser adotado em ultimo caso, quando as medidas de
caráter coletivo e administrativo não forem suficientes por razões técnicas e não financeiras.
❑ Eliminar agente
❑ Reduzir Agente
❑ Substituir Agente
3. EPIs
181
❑ Medidas de emergência
Obs: EPI sempre deve estar disponível em estoque para ser trocado, não importando o dia ou horário.
Em hipótese alguma deve-se ter dia específico para troca.
Compete ao SESMT decidir quais EPIs serão utilizados no ambiente de trabalho conforme
estabelecido na NR4. O SESMT deve consultar a CIPA e a opinião dos trabalhadores e só escolher EPI
com CA. Empresas sem SESMT é empregador que escolhe, escutando a CIPA ou representante de
CIPA e a opinião dos trabalhadores. Quando o SESMT deseja solicitar produto ou dispositivo sem estar
presente no anexo 1 desta NR, sem CA, estes devem passar por comissão tripartite (CTPP) a ser
constituída pelo órgão nacional competente. (CTPP): Ministério do trabalho, empregadores e
empregados.
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.
182
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação
- CA;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização,
manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando
quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à
substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção
original.
g) cancelar o CA.
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
34.9 Anexo 1
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA (Eletricidade, aerodispersoides sólidos e líquidos, agentes
térmicos).
A.1 - Capacete
b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos;
B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE (aerodispersoides sólidos e líquidos, Radiações não
ionizantes, agentes térmicos)
B.1 – Óculos
a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.
186
187
D2
D3
188
D-5
Respirador de
fuga
D4
f) Vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo,
para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES (vibrações, agentes químicos, térmicos,
eletricidade, biológicos, radiações ionizantes)
F.1 - Luvas
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos.
F.3 - Manga
190
F.4 - Braçadeira
F.5 - Dedeira
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES (químicos, elétricos, térmicos, umidade)
G.1 - Calçado
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água;
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
191
G.2 - Meia
G.3 - Perneira
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
G.4 - Calça
d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.
H.1 - Macacão
b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com
água;
a) dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação
vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
I.2 - Cinturão
A empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da adoção das melhores
práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis. (PPRA)
Os resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações industriais devem ser
adequadamente coletados, acondicionados, armazenados, transportados, tratados e encaminhados à
adequada disposição final pela empresa e os trabalhadores que atuam nestas etapas devidamente
treinados. Estabelecer também outras ações de controle nessas etapas para evitar risco aos trabalhadores.
A manutenção preventiva também poderá evitar o risco ruído, pois muitas vezes máquinas e
equipamentos que são fontes geradoras fazem ruído em função de parafusos soltos que criam partes
móveis que se chocam umas com as outras.
Afastar também outras zonas de trabalho de equipamentos ruidosos reduz de forma eficiente os
níveis de exposição como uma medida administrativa.
36.2 Calor
200
Big Fans
Chillers
201
A função é impedir que os raios primários e secundários saiam do ambiente onde são realizados
os exames radiodiagnósticos. Os raios devem ser dissipados na própria sala, pois a radiação é nociva à
saúde e jamais deve se espalhar pelas adjacências.
Além da aplicação nas paredes, piso e/ou teto, ela também é usada para chumbar a porta
radiológica e o visor plumbífero na parede.
A argamassa baritada pode ser aplicada em paredes de alvenaria, de bloco de gesso e drywall.
A espessura da camada de argamassa baritada que deve ser aplicada na parede, piso e/ou teto,
varia de acordo com a necessidade, após elaborado o cálculo de blindagem por um físico competente.
Lençóis de Chumbo
No caso de soldas a única alternativa mais viável é o EPI que são as mascaras de soldas que sua
tonalidade vai depender da corrente da máquina de solda.
36.5 Vibração
Utiliza-se principalmente amortecedores de vibração para atenuação do risco. Os amortecedores
podem estar acoplados nas estruturas vibrantes das máquinas e equipamentos, nos bancos dos veículos
que vibram.
Outra alternativa para prevenir a presença de gases e vapores nos locais de trabalho seria a
utilização de agentes químicos menos voláteis. Já no caso dos aerodispersoides sólidos é a utilização de
agentes com um granulometria maior.
A análise preliminar tem por objetivo reunir elementos que permitam enquadrar as situações
analisadas em três distintas possibilidades, quais sejam:
a) Informações fornecidas pelos fabricantes das fontes geradoras sobre os agentes de exposição
utilizados no processo; (se for ruído, vibração, radiações ionizantes e não ionizantes, verificar o manual
das máquinas e equipamentos que são fontes geradoras; se for químico, verificar as FISPQs).
205
b) Foco na fonte geradora e o estado de conservação das ferramentas, máquinas e dos agentes
utilizados no processo.
Essa técnica utiliza o procedimento de analisar os riscos a partir de uma lista de verificação. As
respostas virão a partir da aplicação da lista nos processos de trabalho.
Descrição da atividade:
Planilha de Reconhecimento de Riscos
Ruído Ruído Radiações Pressões Radiações Vibr Vibr Age Age
contínuo de ionizantes Hiperbárica Não açõe açõe ntes ntes
Impacto s ionizantes s de s de Quí Biol
Mão corp mic ógic
e o os os
Braç intei
os ro
12: EPIs
Caso não exista a convicção técnica que a situação de exposição seja aceitável, será necessário a
avaliação quantitativa dos riscos.
As técnicas de identificação de risco que podem ser consultadas antes da análise preliminar
pode ser o mapa de risco que é proposto pela CIPA, avaliação do fluxograma dos processos e avaliação
dos acidentes ocorridos no setor que envolve os riscos físicos, químicos e biológicos.
206
2. Etapas de elaboração
-o ambiente.
- queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
- o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
- a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos diferentes de círculos.
3. Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser
afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
37.1.3 Fluxogramas
Indicam as operações da empresa que podem gerar perdas potenciais. Eles devem identificar a
totalidade das operações, desde o fornecimento da matéria-prima até a entrega do produto ao consumidor
final.
Perdas por responsabilidade – responsabilidade civil por danos pessoais e/ou materiais a
clientes, por defeitos nos produtos; a visitantes, por eventuais acidentes; a terceiros em geral, pelo uso e
operação negligente de veículos.
Usada como forma de controle de riscos para determinadas atividades antes que elas aconteçam.
Uma técnica muito interessante para sistemas cujo qual exista pouco conhecimentos por parte do
209
operador ou analisador devido características inovadoras ou iniciais de projetos. Analisa a causa, o efeito,
a categoria e estabelece as medidas corretivas.
Análise preliminar de riscos normalmente é utilizada para diversas atividades como trabalho em
altura, espaço confinado, envolvendo riscos de choque elétrico, levantamento de cargas pesadas,
manutenção de máquinas e equipamentos, obras e escavações. Isso por que não há procedimentos
específicos para cada atividade. Vem junto com uma permissão de trabalho, conhecida como PT que deve
ter uma cópia junto ao local da atividade, uma com a equipe de SESMT e outra com os supervisores.
A partir do roteiro das atividades de riscos que serão realizadas é aberta a análise preliminar de
risco onde os colaboradores que realizaram ouviram as instruções referentes à segurança do trabalho para
realizar cada passo da atividade proposta. Normalmente possui duração de um turno. Para troca de turno é
necessária outra PT e outra análise preliminar de risco.
2. Marginal: Falha degradará o sistema em certa extensão, mas não ocasionará acidentes
com lesões;
3. Crítica: falha resultará em acidentes com lesões e uma boa parte do sistema será
degradada;
Antes de dar início a utilização da técnica, deve-se descrever o processo e seu sistema e assim
avaliar determinado risco, a sua causa, efeito, classe e gravidade e a solução para evitar tal risco
combatendo a causa.
1. A: Alta
2. M: Média
3. C: Baixa
210
Objetivos
2. Determinação dos efeitos que tais falhas terão em outros componentes de um sistema
ou máquina.
Avaliar os efeitos das falhas humanas no sistema também é importante que se faça de forma
qualitativa;
Assim estabelece a categoria do risco com a classe do risco e sua probabilidade, os métodos de
detecção dessas falhas nos componentes e as ações de correções que deverão ser realizada para corrigir a
falha no componente.
Metodologia adotada:
A técnica se baseia basicamente em diagnosticar as falhas dos componentes e o risco que pode
ocasionar essas falhas num todo ao se analisar um processo. Pode-se também verifica a probabilidade de
falha do componente para avaliar a probabilidade de ocorrência do risco. Por isso pode ser uma técnica
qualitativa e quantitativa.
R=e^(TF.t)
212
TMEF= 1/TF
t = Tempo de Operação
Q= 1-R
Q=1-R
Uma analise qualitativa. A condição de trabalho em equipe da técnica HAZOP exige que
pessoas em diferentes funções trabalhem em conjunto, estimulando a criatividade, evitando os
esquecimentos e facilitando a compreensão dos problemas das diferentes áreas e interfaces do sistema.
A análise HAZOP é realizada através de palavras-chaves que guiam o raciocínio dos grupos de
estudo multidisciplinares, fixando a atenção nos perigos mais significativos para o sistema. As palavras-
chaves ou palavras-guias são aplicadas às variáveis identificadas no processo tais como pressão,
temperatura, fluxo, composição, nível, entre outros, gerando os desvios, que nada mais são do que os
perigos a serem examinados.
Para cada linha analisada é aplicada a série de palavras-guias, identificando os desvios que
podem ocorrer caso a condição proposta pela palavra-guia ocorra. Identificadas as palavras-guias e os
desvios respectivos, pode-se partir para a elaboração das alternativas cabíveis para que o problema não
ocorra, ou seja, mínimo. Convém, no entanto, analisar as alternativas quanto a seu custo e
operacionalidade.
Intenção ou parâmetros: é como se espera que a planta opere de acordo com os valores dos
fatores estabelecidos como normais;
Processos contínuos
Imaginar a linha operando e selecionar uma variável de processo (exemplo: vazão); aplicar as
palavras-guia a essa variável (exemplo: maior); identificar desvios (exemplo: vazão maior). Apenas os
desvios considerados perigosos devem ser selecionados para análise. Determinar as causas dos desvios
perigosos (exemplo: válvula falha e abre totalmente). Avaliar qualitativamente as consequências dos
desvios perigosos (tanque transborda, produto inflamável entra em ignição).
216
Verificar se há meios para o operador tomar conhecimento de que o desvio perigoso está
ocorrendo. Estabelecer medidas de controle de riscos e de controle de emergências. As medidas de
controle de risco, como implantar sistema de monitoramento do nível do tanque e aplicar programa de
treinamento, têm por finalidade evitar o evento perigoso. As de controle de emergência, como implantar
sistema de detecção de gases, combate a incêndio e de evacuação, tem por finalidade reduzir as
consequências do evento, caso ele venha a ocorrer.
Processos Descontínuos
Diagrama de causa e efeito, também conhecido como diagrama de Ishikawa (espinha de peixe)
– permite identificar, explorar e apresentar graficamente todas as possíveis causas relacionadas a um
único problema. Esta técnica é utilizada em equipe e permite classificar os defeitos em seis tipos
diferentes de categorias: método, matéria-prima, mão de obra, máquinas, medição e meio ambiente.
Diagrama de consequências que inicia por um evento inicial, posteriormente cada evento
desenvolvido é questionado:
Que outros componentes o evento afeta? (Parecido com a AMFE ou FMEA exceto por não
acusar a relação entre os componentes)
Esta técnica possibilita a avaliação qualitativa e quantitativa das consequências dos eventos
catastróficos de ampla repercussão, e a verificação da vulnerabilidade do meio ambiente, da comunidade
e de terceiros em geral. Nesse procedimento, escolhe-se um evento crítico, partindo-se para um lado, com
as consequências e para outro, determinando as causas. A estruturação é feita através de símbolos. O
diagrama ACE é mais conhecido é o de Ishikawa, também conhecido como espinha de peixe devido à
semelhança de sua representação gráfica.
217
Os pontos fracos podem ser corrigidos com a utilização em conjunto dos 5 porquês. Focar nas
principais causas para evitar um diagrama de árvore.
Passos do Ishikawa
1. Definir o problema a ser estudado e o que se deseja obter (o que deve acontecer ou o
que deve ser evitado).
5. Assinalar os fatores mais importantes para obtenção do objetivo visado (fatores chave,
fatores de desempenho, fatores críticos).
6. Estabelecer as soluções com base naquilo que foi considerado mais relevante
O LTCAT tem finalidade previdenciária para concessão de aposentadoria especial. Portanto não
se deve confundir com o laudo técnico de periculosidade ou insalubridade para avaliação e caracterização
das condições especiais previstas na aposentadoria especial. Laudos de insalubridade e periculosidade são
para esfera trabalhista e não previdenciária.
Nocividade é relativa aos agentes físicos, químicos e biológicos ou associação de agentes capaz
de causar danos à integridade física dos trabalhadores baseados nos anexos e decretos previdenciários. O
LTCAT também pode trazer informações relacionadas aos riscos ergonômicos avaliados tecnicamente
pelo profissional qualificado da área de saúde e segurança do trabalho a partir da Análise Ergonômica do
Trabalho conforme a NR-17. Atividades periculosas que envolve inflamáveis, eletricidade, radiações
ionizantes, condução de motocicleta em vias públicas e de vigilante são referenciados na NR-16. Os
riscos físicos, químicos e biológicos são mensurados conforme as técnicas estabelecidas na NHO e os
limites de exposição da NR-15. Os riscos mecânicos, não há necessidade de serem referenciados no
LTCAT, assim como os ergonômicos, já que esses riscos não dão direito à aposentadoria especial. Porém
muitos LTCATs tem referenciado esses riscos atualmente, muito provavelmente para oferecer subsídios
de informações que serão declaradas no eSocial.
Formulário PPP emitido com base no LTCAT para concessão de aposentadoria especial.
As avaliações dos agentes nocivos presentes no anexo IV do decreto 3048 de 1999, pode ser
qualitativa ou quantitativa. Na avaliação qualitativa dá-se pela presença dos agentes no ambiente de
trabalho conforme os anexos 6, 13 e 13-A e 14 da NR-15. Na quantitativa a nocividade ocorre quando se
ultrapassa os limites de tolerância estabelecidos nos anexos 1, 2, 3, 4 (revogado p/ insalubridade e AE), 8,
9 (revogado p/ AE), 11 e 12.
221
1. Circunstâncias da exposição
1. Identificação da Empresa
2. Individual ou coletivo
3. Setor e função
4. Descrição da Atividade
10. Conclusão
O PPRA não precisa ser assinado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do
Trabalho. O PPRA não precisa de conclusão. O PPRA estabelece sua própria metodologia para alguns
agentes físicos e o LTCAT é conforme a NHO.
As avaliações do ruído também devem ser realizadas conforme NHO e não de acordo com a
metodologia adotada na NR-15, segundo o Manual de Aposentadoria Especial.
TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
223
ASBESTOS
1.0.2 20 ANOS
d) fabricação de queim
d) produção de coque.
e) fabricação de policloroprene;
1.0.12 25 ANOS
FÓSFORO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
j) recuperação do mercúrio;
l) amalgamação do zinco.
b) niquelagem de metais;
g) construção de túneis;
c) sínteses químicas;
e) fabricação de plásticos;
f ) produção de medicamentos;
2.0.1 25 ANOS
RUÍDO
2.0.3 25 ANOS
RADIAÇÕES IONIZANTES
e) trabalhos realizados com exposição aos raios Alfa, Beta, Gama e X, aos nêutrons
e às substâncias radioativas para fins industriais, terapêuticos e diagnósticos;
2.0.4 25 ANOS
TEMPERATURAS ANORMAIS
3.0.0 BIOLÓGICOS
f) esvaziamento de biodigestores;
4.0.0
ASSOCIAÇÃO DE AGENTES
Exposição aos agentes combinados exclusivamente nas atividades especificadas.
4.0.2 15 ANOS
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
A partir deste conceito o amianto por estar na LINACH, possuir CAS e constar no anexo IV do
decreto 3049 será considerado o recolhimento do Fator de Aposentadoria Especial (FAE)
independentemente dos EPIs ou EPCs adotados. Os trabalhadores que estiveram nessa atividade podem
se aposentar com 20 anos de serviço e a empresa pagará um GILRAT de 8%.
CNPJ: 01.234.848.0001-48
CNAE: 82.40-2-02
Grau de Risco: 3
2. Objetivo:
Este laudo objetiva avaliar as atividades exercidas pelo trabalhador no exercício de suas funções
e/ou atividades, determinando se o mesmo esteve exposto a agentes nocivos, com potencialidade de
causar danos à saúde ou a sua integridade física, em conformidade com os parâmetros estabelecidos na
legislação vigente. A caracterização da exposição foi realizada em conformidade com os parâmetros
estabelecidos na legislação trabalhista vigente (Normas Regulamentadoras – NR, da Portaria n. 3.214/78,
do Ministério do Trabalho e Emprego e Decreto 3048 que regulamenta a Previdência Social), tendo sido
realizada inspeção nos locais de trabalho do empregado e considerados os dados constantes nos diversos
documentos apresentados pela empresa. Deve manter-se atualizado, anualmente ou nos casos de alteração
do ambiente de trabalho ou da exposição de agentes nocivos ao trabalhador.
a) FÍSICOS:
c) BIOLÓGICOS: Microorganismos
d) ERGONÔMICOS: Postural.
A empresa fornece:
Touca Descarpak
Não há EPCs.
12. Conclusão:
O mesmo trabalhador exerce suas atividades em contato permanente com os agentes biológicos
nos locais de trabalho, sendo somente a luva insuficiente para evitar o contato direto, fazendo com que o
trabalhador tenha direito a Aposentadoria Especial.
Diante da inspeção realizada no local de trabalho, verificou-se que de acordo com a NR-16,
anexo 2, da Portaria no. 3.214/78, o Auxiliar Macroscopia não fica exposto ao risco de explosão, não
caracterizando assim os fatores que justificam o adicional de PERICULOSIDADE.
De acordo com a convenção coletiva firmada entre o Sindicato dos laboratórios e Bancos de
Sangue do Estado de Goiás – SINDILABS, e o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde da
Rede Privada do Município de Goiânia e Cidades Circunvizinhas – Sindicato dos Trabalhadores da
Saúde, a atividade de Auxiliar Macroscopia caracteriza os fatores que justificam o adicional de
INSALUBRIDADE, na proporção de 20 % sobre o salário mínimo vigente. Também há necessidade de
234
financiamento da aposentadoria especial com uma alíquota do RAT de 8% que incida sobre o salário base
do trabalhador.
XXXXXXXXXXXX
Isso significa basicamente que os ASOs que abastecem a fonte de informações para criação do
PCMSO, assim como as avaliações ambientais que abastecem como fonte de informações para o PPRA e
LTCAT irão servir para definir o histórico de atividades em que o trabalho foi realizado por esse
trabalhador ao longo do tempo em que esse esteve laborando em determinada empresa.
O PPP poderá ser substituído por PPRA, LTCAT, PCMAT e PCMSO conforme estabelecido no
manual da previdência social. O documento PPP é individualizado por trabalhador.
O PPP é obrigatório à emissão para empregados que laborem expostos a agentes nocivos como
agentes químicos, físicos e biológicos. Ainda que não presente os requisitos para concessão da
aposentadoria especial. Nele deve ser comprovada a eficácia dos EPIs, EPCs e medidas administrativas
para retirada da aposentadoria especial.
• Constitui crime divulgar o PPP para terceiros a não ser se for exigido por órgãos públicos.
O PPP pode ser solicitado pelo empregado, perícia médica previdenciária e autoridades
competentes.
236
40.1.1 Objetivo
NR estabelece os requisitos mínimos para a proteção da saúde e da integridade dos
trabalhadores contra os riscos relacionados a agentes físicos, químicos e biológicos nas atividades e
ambientes de trabalho.
Os requisitos mínimos
Isso significa que a norma continuará sendo por estabelecimento e não por empresa, caso uma
empresa tenha 5 estabelecimentos em cada um deles deve haver um documento de agentes ambientais
específico de acordo com os riscos do estabelecimento. A abrangência e complexidade do documento de
agentes ambientais dependerão dos riscos presentes no estabelecimento, quanto maior o número de
riscos e gravidade, mais aprofundada será as questões relacionadas às medidas de controle.
Esta NR e seus anexos devem ser utilizados para fins de prevenção e controle dos riscos, não
cabendo sua utilização para fins de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas.
A NR deve levar em consideração somente o controle de riscos nos locais de trabalho, esse
documento não serve para caracterizar as atividades como insalubres ou perigosas, essa caracterização
ainda irá depender dos laudos elaborados por médicos do trabalho ou engenheiros de segurança do
trabalho que sustentaram esse documento.
a) A descrição das atividades; (Durante a análise preliminar de riscos essa etapa já é realizada).
b) a identificação do agente e formas de exposição; (Anterior a avaliação preliminar, a partir das técnicas
de identificação de riscos e durante a avaliação preliminar será definida as formas de exposição).
d) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho;
Após a avaliação preliminar, quando há convicção técnica que os agentes estão acima dos
limites de tolerância, ou quando há incerteza deverá proceder com avaliação quantitativa, ou uma
avaliação qualitativa mais aprofundada.
238
A avaliação quantitativa da exposição aos agentes ambientais deverá ser realizada sempre que
necessária para:
Nos casos em que as avaliações quantitativas não forem aplicáveis, a avaliação das exposições
deve ser realizada utilizando-se métodos qualitativos conforme o disposto nos Anexos desta NR.
Os anexos da NR-9 promete trazer critérios para avaliações qualitativas de alguns riscos
químicos.
As avaliações das exposições devem ser registradas na forma de Relatório Técnico, observando
os aspectos específicos constantes nos Anexos desta NR.
239
d) quando, por meio do controle médico da saúde, houver evidências de associação entre os
agravos à saúde dos trabalhadores e as exposições identificadas.
Sempre que forem identificados riscos potenciais e evidentes na fase de projeto, nas atividades
existentes, acima dos limites de tolerância ou casos de doenças ocupacionais deverá ser adotadas as
medidas de controle necessárias para neutralização dos riscos no trabalho.
Enquanto não forem estabelecidos limites de exposição ocupacional nos Anexos a esta norma,
serão utilizados os valores constantes da NR15 e seus anexos.
A nova NR-9 deixa claro que vai ser estabelecido nos limites de tolerância para alguns
agentes, a antiga estabelecia esses limites para vibração e um limite técnico para benzeno.
Na ausência de limites de exposição ocupacional devem ser adotados aqueles previstos pela
ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists.
Semelhante a NR antiga, a ACGIH segue sendo uma importante ferramenta para controle de
riscos.
As medidas de controle das exposições referentes a cada agente ambiental estão estabelecidas
nos Anexos desta norma.
As medidas de controle devem ser objeto de ações de manutenção, de forma a garantir sua
efetividade.
Esse parágrafo demonstra uma necessidade de preventiva nas medidas de controle que serão
implementadas.
Esse parágrafo demonstra que essa manutenção preventiva será registrada, eletronicamente ou
em livro de registro com a assinatura do responsável.
240
40.2.1 Abrangência
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e
da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
A NR antiga também estabelecia que o PPRA era por estabelecimento e que sua abrangência e
profundidade iria depender da complexidade dos riscos nos locais de trabalho.Sendo uma
responsabilidade do empregador e participação de todos os trabalhadores. Por isso a necessidade de
aprovação do documento base na CIPA.
Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento,
descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas alíneas "a" e "f" do
subitem 9.3.1.
Aqui a NR deixa claro que todas as empresas que possuem trabalhadores celetistas, até as que
não possuem nenhum tipo de risco devem elaborar o PPRA. Caso não houvesse riscos químicos, físicos e
biológicos o PPRA se resumiria em antecipação, reconhecimento e registro dos dados.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas
demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto
na NR-7.
Desnecessário o texto, o PPRA de forma lógica deve ser articulado com o PCMSO e as demais
NRs.
Parâmetros que envolvem a negociação coletiva de trabalho caíram na nova NR-9. Porem
articulado com a NR-1 sabemos que essas negociações podem ser realizadas, desde que tenha uma rigor
maior que a norma.
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e
tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
241
Esse item caiu pois passou a fazer parte do primeiro item da nova NR-9.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
Mesmo caso do item anterior. Conceitos relacionados aos aerodispersoides sólidos que podem
ser névoas, neblinas, poeiras, fibras e fumos. Assim como as formas de contaminação podendo ser pela
pele, ingestão e as vias áreas superiores.
A etapa de planejamento sempre terá que mudar, já que anualmente é realizada as medições e
provável implementação e manutenção das medidas de controle. Sempre no documento base vai ser
explicado o anexo em que está o cronograma com o planejamento e as metas, no item de estratégia e
metodologia será explicado as medidas que serão adotadas para neutralização dos riscos. Um item
específico para se estabelecer como será registrado os dados para acesso aos trabalhadores e a
periodicidade e forma de avaliação.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global
do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento
de novas metas e prioridades.
Esse é um item que falta na nova NR-9, que não estabelece a periodicidade de avaliação dos
riscos ambientais.Na NR-9 antiga era de um ano.
O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais
constantes do item 9.2.1.
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Neste documento base será descrito as etapas estruturais do PPRA, como planejamento e o
cronograma, estratégia e metodologia, registro, manutenção e divulgação dos dados e por fim a
periodicidade de avaliação. Cronograma de implementação das medidas de controle, as avaliações
ambientais devem estar anexadas ao PPRA e não no documento base.
Essa necessidade de apresentação para CIPA do documento base caiu na nova NR-9.
Todo cronograma possui prazos, estará presente assim como as anaises preliminares com as
respectivas avaliações ambientais nos anexos do PPRA.
Como a própria norma explica, poderão ser realizadas pelo SESMT, mas não é uma
obrigatoriedade. O empregador é o principal responsável por definir que irá elaborar o PPRA, que é um
243
documento de gestão, não um laudo técnico, por isso não é necessário a elaboração por profissional
habilitado como engenheiro ou médico. Na nova NR-9 estabelece o conceito de relatório técnico dos
riscos ambientais que devem ser realizados para o documento de riscos ambientais, se tratando de
relatório técnico, talvez seja necessário no novo entendimento a necessidade do profissional habilitado
para o relatório, mas não para elaboração do documento. Já na NR-7, o SESMT tendo médico é
obrigatório que esse seja o responsável pela elaboração e implementação do documento.
40.2.3.1 Antecipação
A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos
de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir
medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
Momento ideal para se aplicar as técnicas de análise de risco, como as APRs que são muito
utilizadas e indicadas na fase de projeto. A partir da análise de risco se estabelece as medidas de
controle.
40.2.3.2 Reconhecimento
O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente
de trabalho;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos
observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
Caso seja inviável as medidas de proteção coletiva, esteja em estudo, ou são aplicadas,
mas ainda não são o suficientes, medida de carater administrativo seria reduzir o tempo de
exposição e de proteção individual e os EPIs conforme a NR-6.Os EPIs podem ser usados para
emergências também, como em falhas nas medidas de controle e em casos de vazamentos do
agente.
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade
exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto
oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre
as limitações de proteção que o EPI oferece;
Quando for adotado o EPI como medida de controle, deve escolher o EPI adequado as
atividades, sendo uma função do SESMT. O SESMT deverá avaliar o desempenho e conforto do EPI com
os trabalhadores usuários. O ideal é que sempre busque amostras grátis de EPIs com as empresas
fornecedoras para realização de testes antes de comprar lotes maiores. Os operadores devem ser
treinados em relação ao uso do EPI. Deve existir um procedimento específico para troca e registro, o
treinamento deve abordar questões referentes a utilização, limitação da proteção, guarda, conservações
e higienização. As atividades que são utilizados os EPIs devem estar no PPRA no próprio anexo de
avaliação quantitativa dos riscos. Nessa etapa é necessário dois documentos: registro de entrega e ata de
participação nos treinamentos específicos.
As avaliações quantitativas do risco normalmente são pelo CBO, função do trabalhador, ali é
estabelecido o valores de exposição quantificados e as medidas de controle em relação aos riscos.
Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas
ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais
246
Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional
acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15,
Anexo I, item 6.
Na avaliação quantitativa, para situações em que as exposições estiverem acima dos limites de
ação, será necessário a implementação das medidas de controle.
40.2.3.5 Do monitoramento
Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser
realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou
modificação das medidas de controle, sempre que necessário.
Critério de melhoria contínua para rodar o PDCA. O PPRA adota uma gestão baseada nos
modelos toyotistas, onde há um planejamento, implementação, verificação, avaliação.
O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e para as autoridades competentes.
A nova NR-9 não menciona a questão de divulgação dos dados, nem o tempo que o documento
deve ser armazenado e também não estabelece a necessidade de registro. Situação que pode vir a
aparecer nos anexos.
Dos trabalhadores:
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam
implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
247
Da informação.
As informações sobre os riscos não constam mais na nova NR-9 por que hj está na nova NR-1.
Para fins deste anexo, consideram-se Postos Revendedores de Combustíveis - PRC contendo
benzeno o estabelecimento localizado em terra firme que revende, a varejo, combustíveis automotivos e
abastece tanque de consumo dos veículos automotores terrestres ou em embalagens certificadas pelo
INMETRO.
40.2.6.1 Responsabilidades
Cabe ao empregador
Mesmo treinamento da NR-5 e com o adendo dos riscos causados devido ao benzeno.
Essa capacitação deve ser dada de 2 em 2 anos, com a previsão em acordo e convenção coletiva
esse treinamento poderá ser ministrado na modalidade EAD.
Entregue aos trabalhadores em até 30 dias mediante recibo. Ao final do contrato a série histórica
deve ser entregue ao trabalhador.
* Sintomas do benzenismo
O benzenismo atinge o sistema nervoso central e a medula óssea. Entre os sintomas da doença
estão cansaço excessivo, dores de cabeça, tonturas e hemorragias (estes para os casos menos graves). As
anemias (redução dos glóbulos vermelhos) e a leucemia (câncer de sangue) são consequências de níveis
mais altos de intoxicação
249
Os PRCs a partir de 2016 devem possuir sistema eletrônico de medição dos tanques. Os que
possuem disponibilidade técnica devem já ser instalados, os que não possuem devem adotar o
procedimento eletrônico no momento da reforma do tanque. Esses, que possuem disponibilidade técnica,
são os tanques que apresentam boca de visita ou já realizaram obras para adequação ambiental.
A aferição de tanques por régua deve ser realizado quando (obrigatório a utilização dos EPIs):
Todas as bombas de combustível líquido contendo benzeno devem estar equipadas com bico
automático.
A contenção de respingos deverá ser realizado com materiais projetados para tal finalidade,
utilizando toalhas absorventes com uso de luvas que deverão ser descartados após a utilização.
41.1 Objetivo
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece princípios e procedimentos para o
desenvolvimento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional nas organizações, com o
objetivo de proteger e preservar a saúde desses trabalhadores, em relação aos riscos gerados pelo trabalho.
41.3 Diretrizes
As ações do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional devem ser utilizadas para:
c) definir a aptidão de cada empregado para exercer suas funções ou uma tarefa determinada;
O PCMSO deve estar articulado conforme a NR-1, NR-9 e com a NR-38 que é o PGR.
252
A partir das avaliações clínicas e individuais dos trabalhadores, irá de forma preventiva
diagnosticar a situação da área de trabalho e dos setores com exposição ao risco antes da doença se
manifestar no trabalhador. Com a gestão de risco e implementação das medidas de controle será
possível reduzir os níveis de exposição e assim buscar resultados normais nos exames clínicos. O
PCMSO também monitora a eficácia das medidas de controle a partir de exames clínicos, afasta os
trabalhadores dos riscos que podem resultar na possibilidade de doença ou no agravamento de doença.
O PCMSO estabelece as doenças com nexo causal em função das atividades dos trabalhadores para
encaminhamento a previdência social. Dessa forma, fica mais fácil estabelecer as medidas necessárias
para evitar que as doenças ocorram e se ocorrer o tratamento que será necessário a partir do
afastamento do trabalhador em função dos riscos nos locais de trabalho. Os empregados com maior
vulnerabilidade são aqueles expostos aos riscos físicos, químicos, biológicos podem desencadear em um
agravamento da doença já diagnosticada.
O controle da saúde dos empregados deve incluir procedimentos de vigilância passiva, a partir
da demanda espontânea de empregados que procurem serviços médicos e procedimentos de vigilância
ativa, por intermédio de exames médicos dirigidos que incluam, além dos exames previstos nesta NR,
coleta de dados sobre sintomas referentes aos agravos possíveis à saúde devidos aos riscos identificados
pela organização.
Nesse sentido, fica proibido utilizar exames médicos com o objetivo de contratação de
funcionários para determinadas funções com exposição aos riscos. Isso significa que ao contratar um
funcionário a empresa não poderá usar a prerrogativa de exames para demitir um funcionário devido
alguma doença específica antes da contratação.
c) indicar médico do trabalho responsável pelo controle médico da saúde dos empregados, que
deve ser componente de seu SESMT, quando houver.
a) seja baseado nas informações da organização sobre todos os riscos ocupacionais a que estão
ou estarão sujeitos os empregados;
Evidente que o PCMSO deverá ser construído com base nos riscos dentro da organização,
esses riscos identificados na NR-9 a partir de técnicas de identificação e reconhecimento de riscos,
deverão ser consultados pelo médico na CID-10 (Classificação internacional de doenças) presentes no
anexo II do decreto 6957, para verificação dos sintomas específicos em relação aos riscos nos locais de
trabalho. Com isso o PCMSO deverá ter um plano de atuação ativa para atuar de forma preventiva no
reconhecimento de possíveis doenças ocupacionais antes de se estabelecerem no trabalhador. O
Relatório analítico deverá ser realizado todos os anos nas empresas que não se enquadram no MEI, ME
e EPP.
41.4.3 Os exames
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
Os exames admissional deverão ser realizados antes do trabalhador ser exposto ao risco, para
verificar se ele não possui nenhuma doença que poderá ser agravada devido aos riscos nos locais de
trabalho. Lembrando que esses exames não podem ter caráter seletivo.Os periódicos vão depender dos
riscos específicos de exposição, alguns riscos podem requerer a periodicidade semestral, outros anual.
Retorno ao trabalho ocorre após o afastamento do trabalhador de suas funções em um período maior
que 30 dias. A mudança de função é sempre que alterar os riscos em que o trabalhador ficará exposto e o
demissional será caso o trabalhador encerre suas atividades na empresa.
complementares será avaliado o risco específico e a doença que esse risco pode desencadear e como se
dará a periodicidade deste exame.
Os empregados expostos a riscos relevantes, conforme informado pela organização, deverão ser
submetidos aos exames correspondentes discriminados nos Quadros Ia, Ib e II e anexos desta NR.
Quadro Ib – Indicadores com Significado Clínico (SC)* *Indicadores com significado clínico
(SC) evidenciam disfunções orgânicas e efeitos adversos à saúde. (#) A atividade basal é a pré
ocupacional e deve ser estabelecida com o empregado afastado a pelo menos 30 dias da exposição aos
inseticidas inibidores da colinesterase. Indica desencadeamento de doença e necessária adoção de
medidas de controle no local de exposição.
Os exames previstos nos Quadros Ia e Ib deverão ser realizados a cada seis meses, podendo ser
antecipados ou postergados por até 90 dias, a critério do médico responsável, com o objetivo de realizar
os exames em situações mais representativas da exposição do empregado.
A justificativa técnica para alteração das datas desses exames deverá constar do relatório
analítico do PCMSO.
O empregado deve ser informado das razões da realização dos exames complementares
previstos nesta NR e do significado de seus resultados.
Somente a critério do médico responsável pelo PCMSO poderá ser aceito os exames
complementares, não sendo qualquer exame, realizados em prazo de 90 dias antes da admissão.
Podem ser realizados outros exames complementares, incluindo indicadores biológicos não
previstos nesta NR, a critério do médico responsável, desde que tecnicamente justificáveis e relacionados
aos riscos presentes no trabalho.
Os exames devem ser justificados tecnicamente relacionados aos riscos presentes nos locais de
trabalho. Por exemplo, um médico não pode buscar informações se um dos trabalhadores é soro positivo
se não houver uma justificativa técnica. A medida serve para evitar possíveis atuações preconceituosas
por parte do empregador.
255
Esses exames são os clínicos e de anamnese ocupacional e mental. Não sendo considerado
como prazo para os exames complementares. Os exames complemetares referentes aos riscos no quadro
1 são de seis em seis meses, assim como o médico ao seu critério poderá estabelecer outros exames em
prazos menores.
No exame admissional, deverá ser realizada antes que o empregado assuma suas atividades;
b) para os demais empregados, não expostos a riscos ocupacionais específicos, o exame clínico
deverá ser realizado: (são os exames de anamneses ocupacional e mental)
II- a cada dois anos, para os empregados entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de
idade.
No exame de retorno ao trabalho, o exame clínico deverá ser realizado no primeiro dia da volta
ao trabalho do empregado ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença
ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
Nesse caso deverá ser realizado os exames complementares junto ao exame clínico. Esses
exames só ocorreram quando houver a mudança de exposição em relação aos riscos. “Para fins desta
NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de
setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da
mudança.”
- 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I
da NR-4;
Até dez dias após a demissão é necessária a realização de exames demissionais, incluindo
também os exames complementares. Caso o funcionário já tenha realizado esses exames nos 135 dias
anteriores para empresas de grau de risco 1 e 2 não haverá necessidade de novos exames. No caso de
empresas de grau de risco 3 e 4 os exames deverão ter sido realizados em um prazo de 90 dias anteriores
a demissão.
Para cada exame clínico realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em
2 (duas) vias.
A segunda via do ASO será entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.
c) indicação e data de realização dos exames médicos e complementares a que foi submetido o
empregado;
e) definição de apto ou inapto para a função que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu;
É através do ASO que é documentado se o funcionário está apto ou inapto ao trabalho. Dentro
do ASO devem constar também os exames ocupacionais (admissional, periódico, mudança de função,
retorno ao trabalho) complementares, caso necessário. Pode conter outros itens, a gosto da empresa e do
setor de saúde ocupacional.
Quando forem realizados exames complementares, sem que tenha ocorrido exame clínico, a
organização emitirá, em 2 (duas) vias, Comprovante de Entrega de Exames - CEE, devendo a primeira via
ser arquivada na organização e a 2ª via entregue ao empregado, juntamente com a cópia do resultado do
exame complementar realizado, mediante recibo na primeira via.
Não confundir o CEE com a ASO. O CEE é o resultado dos exames complementares que são
entregues ao trabalhador em uma segunda via, sendo que a primeira fica arquivada na empresa. O
exame clínico o resultado é a própria ASO. O exame clínico serve para estabelecer se o funcionário esta
apto para exercer suas funções. Os exames complementares vão municiar os exames clínicos para definir
se aquele profissional é apto sim ou não.
b) indicação dos exames complementares a que foi submetido o empregado e a data em que
foram realizados;
Basicamente as mesmas informações contidas no ASO, porém com a entrega dos resultados os
exames complementares. Com a assinatura do empregado nesse documento ele atestará que recebeu
todos os exames realizados por ele.
258
Sendo verificada exposição excessiva a agentes listados no Quadro Ia desta NR, deverá o
empregado ser afastado do local de trabalho ou da situação de risco, até que esteja normalizado o
indicador biológico de exposição e medidas de controle suficientes tenham sido adotadas.
Sempre que constatada pelo médico doenças ocupacionais a partir dos exames complementares
o trabalhador deverá ser afastado, quando necessário, de suas funções e emitido o CAT. O CAT deverá
sempre ser emitido independentemente do trabalhador ter sido afastado sim ou não. O funcionário
quando afastado por um período superior a 15 dias deve ser encaminhado para previdência social para
estabelecimento do nexo causal e as medidas de controle deverão ser tomadas no plano de gestão de
riscos com cronograma de implementação.
Esse empregado deverá ser submetido a exame médico, caso necessário, devendo o médico
responsável avaliar a necessidade de exames médicos dos outros empregados sujeitos às mesmas
situações de trabalho.
Cabe à organização fornecer aos empregados, quando solicitada, cópia de seu prontuário
médico.
Os registros a que se refere o item anterior deverão ser mantidos por período mínimo de 20
(vinte) anos após o desligamento do empregado.
Um funcionário caso realize um exame admissional em uma empresa, e permaneça por 15 anos
na empresa, o exame deverá ser arquivado por 15 + 20 anos após o desligamento. O prazo de validade
dos exames começa contar somente a partir do desligamento.
Havendo substituição do médico responsável, os arquivos deverão ser transferidos para seu
sucessor.
Todos os exames médicos, periódicos devem possuir planejamento específico com os exames
complementares que também devem ocorrer de mineira periódica.
d) informações sobre o quantitativo e patologias das CATs emitidas por acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho
f) análise comparativa em relação aos relatórios anteriores e discussão sobre possíveis variações
nos resultados
A quantidade de exames realizados devem ser descrita no relatório, assim como a quantidade
de exames complementares. Os resultados estatísticos dos exames que acusaram não conformidades por
setor ou grupo de exposição similar. Número de benefícios por afastamento do trabalho e a comparação
em relação aos relatórios e planejamentos anteriores. Esse relatório também deve apresentar o
planejamento para o próximo ano e os índices que se deseja alcançar.
O relatório analítico está dispensado para todas as MEI e para as ME e EPP dispensadas de
PCMSO.
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O relatório analítico anual deverá ser apresentado e discutido com as instâncias responsáveis
por segurança e saúde no trabalho na empresa, incluindo a CIPA, quando existente na empresa.
Outros exames
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*A avaliação ambiental para os Asbestos é a cada seis meses no PPRA, os exames seguem as
características da tabela.
*No caso específico dos Asbestos os exames devem ser mantidos por 30 anos e devem ser realizados a
cada 3 anos para aqueles com 0 a 12 anos de trabalho após o desligamento; periodicidades de 2 anos
para aqueles que trabalharam 12 a 20 anos após o desligamento; anual para trabalhadores com
tempo de 20 a 25 anos de serviço após o desligamento.