AÇÕES AFIRMATIVAS, IGUALDADE E DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR
SOBRE AS COTAS RACIAIS PARA AFRODESCENDENTES
ADRIANA BARBOSA DE SOUSA, JOSÉ LUIZ ARAÚJO CALDAS, MARGARETH NOLETO CAMARGO SAMPAIO,
PAULO HENRIQUE ROCHA DE OLIVEIRA, ORIENTADOR: Me. VITOR MORAES
RESUMO
O artigo em questão faz uma reflexão sobre os 10
anos da Lei 12.711/2012 e seus efeitos na ótica
da concretização dos direitos humanos, a partir da
análise da efetividade das cotas raciais para
afrodescendentes, sob a perspectiva da
democratização do acesso ao ensino superior e
da consagração do princípio constitucional da
igualdade.
PROBLEMA
A igualdade prevista constitucionalmente é
suficiente para garantir a realização de direitos
humanos fundamentais?
OBJETIVOS
- Analisar a efetividade das cotas raciais para
afrodescendentes, sob a ótica da democratização
do acesso as universidades públicas federais e da
concretização do princípio constitucional da
igualdade, bem como verificar sua implicação à
consumação dos direitos humanos.
- Analisar se o princípio constitucional da
igualdade tem relação com as cotas raciais para
afrodescendentes;
Analisar se as cotas raciais garantiram maior
acesso ao ensino superior;
- Analisar se as Cotas Raciais, enquanto política
afirmativa, pode ser considerada um instrumento
de efetivação dos direitos humanos.
METODOLOGIA
Realização de pesquisa qualitativa, mediante a
utilização do método indutivo e de procedimento
técnico centrado em análise de doutrinas,
legislações, jurisprudências e outros documentos.
PALAVRAS-CHAVE:
Educação; Igualdade; Cotas Raciais; Direitos
Humanos.
CONCLUSÃO:
A política de Ação Afirmativa é compatível
com o princípio constitucional da igualdade. A
experiência com a implementação da Lei de
Cotas apresentou resultados positivos,
principalmente no tocante a uma aproximação da
igualdade formal e da igualdade material,
especialmente em relação ao crescimento do
acesso dos estudantes afrodescendentes no
ensino superior.
Se por um lado a política de cotas raciais
ampliou o acesso ao ensino superior, por outro,
ela demonstrou que apenas a garantia desse
acesso não é suficiente, sendo necessário a
implementação de Políticas de permanência que
possibilitem o amparo do discente no decorrer do
percurso e a consequente conclusão do curso.
Considerando o exposto, tem-se que a
experiência nos dez anos da Lei de Cotas
demonstrou que as cotas em seu sentido mais
amplo, de reparação histórica e de ações
afirmativas são fundamentais à
democratização da educação na instância
superior, e se perfazem um instrumento
efetivo de direitos humanos fundamentais.
REFERÊNCIAS
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional.
34. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 988 p.
DE ALMEIDA, Cecília Barreto. Dez anos da Lei de
Cotas: mapeamento dos Projetos de Lei em
tramitação no Congresso Nacional que objetivam
alterar a política pública. REVISTA DA
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO
PAULO: EDEPE, São Paulo, v – 1, n. 1, 2019, p. 27-
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