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Fato é, o direito nunca será uma ciência exata e tão pouco algum vago dia obterá a aquisição
da verdade absoluta de todas as coisas que permitirá ao jurista realizar o julgamento sem receio
algum de controvérsias e falsas constatações. Ainda existe muito a que se construir na esfera
jurídica, muito a se abandonar junto à âncoras de sistemas passados ultrapassados e, por óbvio,
muito a se aprimorar a fim de se obter cada vez mais um maior grau de refinamento aplicável às
instituições do direito.
Dentre essa vasta gama de aplicabilidade dessa noção de refinamento dos métodos jurídicos,
uma discussão que, sem sombra de dúvidas, merece uma análise detalhada de seus pontos e a
construção de um debate rico e contundente trata da temática da justiça negocial inserida nos
meandros da esfera penal. Mas para entender isso, primeiro é fundamental entender o papel da
negociação dentro dos vários ramos do direito. O direito em quanto área, possui uma variedade de
campos de estudo e atuação e que se estendem a medida em que o avanço e as modificações da
sociedade produzem a necessidade do estabelecimento de tutelas a novas relações de interação
social. Por meio disso, surgem as várias áreas do direito, cada uma com a sua peculiaridade, mas na
busca pelo mesmo objetivo. Frente a isso, é fundamentalmente importante se colocar que essas
peculiaridades de cada área nos mostram, em termos práticos, como um mesmo tema é tratado das
mais variadas e até mesmo, em determinados casos, antagônicas formas, ao se estabelecer um
paradigma para a sua aplicação dentro daquela determinada área.
Contudo, deve-se atentar para a tentativa da transferência desse raciocínio para o campo do
direito penal. Diferentemente do debate civilista, o âmbito penal possui peculiaridades exclusivas
que lhe conferem a necessidade de um olhar diferenciado para os debates travados.