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Aluna de Doutoramento do Departamento de Educação da Universidade Aveiro e Bolseira de
Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia – FCT e do Centro de Investigação em Didáctica
e Tecnologia da Formação de Formadores – CIDTFF. Mail: rosanapatane@ua.pt
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Docente na Universidade de Aveiro no Departamento de Educação da Universidade de Aveiro e
investigador do Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia da Formação de Formadores -
CIDTFF– Portugal. Mail: amartins@ua.pt
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O texto proposto regula-se pelas normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AO) assinado
em 1990 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe
(tendo Timor- Leste aderido em 2004). O AO entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 de
maio em Portugal. Por essa razão, alguns termos e expressões próprias da utilização corrente do idioma
em Portugal e no Brasil poderão estar em evidência conforme o previsto no referido instrumento. (Porto
Editora, 2011).
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Os professores selecionados para participar da investigação em relação ao Brasil leccionam no Ensino
Fundamental (5º ao 9º) e no Ensino Médio e suas escolas pertencem às Metropolitanas Regionais III, IV e
X, localizadas na Cidade do Rio de Janeiro e coordenadas pela Secretaria Estadual de Educação. Em se
tratando de Portugal, os professores selecionados são do Ensino Básico (2º e 3º ciclos) e do Ensino
Secundário. As escolas pertencem aos Agrupamentos de Escolas de: Aveiro, São Bernardo, Esgueira e
Aradas, localizadas no Concelho de Aveiro.
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Segundo Freitas & Moscarola (2008), Sampieri, Collado & Lucio (2003), Dezin & Lincoln (2006) a
metodologia “quali-quanti”é um recurso que permite não só a combinação de mais do que um método,
como também, das técnicas de recolha e de tratamento de dados próprios dos estudos de abordagem
quantitativa e qualitativa para obtenção de resultados precisos sobre o objeto de estudo.
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Com base nas abordagens de Guiddens (1995) sobre as influências das lógicas
do mercado capitalista nas dinâmicas sociais relativas à sexualidade nos meios de
comunicação social de massa, inauguraram o que consideramos como uma “aceitação
por indução”, por considerarmos que os indivíduos fizeram diversas adesões relativas à
liberdade e ao comportamento sexual de forma não reflexionada. Simplesmente os
reproduziram por influência dos meios de comunicação e pela pressão exercida de
sujeito para sujeito (parceiros, cônjuges ou pares). O que revela a existência de uma
espécie de “adesão e de assimilação”, que se incorpora na vida cotidiana, ao ponto de
conquistar o estatuto de legítimo e de “normal” pelo senso comum e desta forma dar
suporte à criação de tipologias de representações sociais específicas e que importa
discutir.
(…) num esquema explicativo básico que “não é difícil conceber que desse
esquema parcimonioso se possa extrair a explicação para a produção de efeitos
funcionais de compreensão e explicação da realidade, de definição da identidade
grupal, de orientação dos comportamentos e das práticas e de justificação das
tomadas de posição. Eles pousam (…) sobre a dinâmica da familiarização que rege
os processos formadores das representações.
Da teoria do núcleo central faz parte também o sistema periférico onde, de certa
forma, se matrializam as representações sociais e onde o “eu”, o “nós” e os “objectos”
se encontram. O sistema periférico é complementar do sistema central, com o qual se
encontra em dialéctica permanente (Abric, 2001; Flament, 1994: 86) e apresenta duas
importantes funções: protecção do núcleo duro das representações sociais e adaptação à
realidade.
De acordo com Flament (1989: 218), o facto de se verificar algum tipo de
desfasamento entre a realidade e a sua representação, faz com que os sistemas
periféricos funcionem por uma lado como um filtro que protege e estabiliza o núcleo
duro da representação comparativamente à realidade exterior e por outro ao serem mais
flexíveis e estarem mais atreitos à influência do contexto tendem a ser mais permeáveis
à mudança e por conseguinte à alteração das representações sociais.
Mesmo que a representação social seja determinada pelo sistema central ela
acaba por ter expressão ao nível do sistema periférico, como diz Flament (1994) “(…) é
na periferia que se vive uma representação social no quotidiano (…)” (p. 85). Este facto
coloca ou pode colocar algumas dificuldades nos estudos empíricos, particularmente
quando se segue o método indutivo e não são respeitadas orientações metodológicas
rigorosas.
Este estudo por tomar como referência, a teoria das representações sociais, já se
constitui num estudo de natureza complexa, dado que e de acordo com Moliner (1996)
trata-se de: “un corpus de conaissances fondé sur dês traditions partagées et enrichi par
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Segundo Freitas & Moscarola (2008), Sampieri, Collado & Lucio (2003), Dezin & Lincoln (2006) a
metodologia “quali-quanti”é um recurso que permite a combinação não apenas de mais do que um
método como também das técnicas de recolha e de tratamento de dados próprios dos estudos de
abordagem quantitativa e qualitativa para obtenção de dados mais precisos sobre o objeto de estudo.
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O método de triangulação permite a verificação de dados e serve-se das várias fontes de informação dos
vários métodos de recolha de dados ou, pode permitir a mobilização de vários investigadores com
procedimentos científicos distintos no mesmo estudo. Os tipos de triangulação são basicamente quatro: a
triangulação de dados, a triangulação do investigador, a triangulação teórica e a triangulação
metodológica (Vilelas, 2009:345).
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Pode ocorrer de dois modos: a) dentro dos métodos; b) entre os métodos. Quando ocorre dentro dos
métodos pode incidir sobre o desenho do estudo ou na recolha de dados. Este modo consiste na
combinação de dois ou mais instrumentos de recolha de dados, com idênticas aproximações do objecto
em estudo para medir a mesma variável (Vilelas, 2009:347).
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Considerações finais
Referências Bibliográficas
Abric, J. C. (2001). Les représentations sociales: aspects théoriques. In J.C. Abric (Ed.),
Pratiques sociales et représentations. Paris: PUF.
Alferes, V. R. (1996). A pedagogização do sexo. Revista Portuguesa de Pedagogia, 30
(1), 91-96.
Alferes, V. R. (2002). Encenações e comportamentos sexuais – para uma psicologia
social da sexualidade. Porto: Afrontamento.
Denzin, N.K., & Lincoln, Y. S. (2006). Introdução: a disciplina e a prática da pesquisa
qualitativa. In N. K. Denzin & Y. S. Lincoln (Orgs.), O Planejamento da
Pesquisa Qualitativa: teorias e abordagens (pp.15-39). Porto Alegre: Artmed
& Bookman.
Editora, P. (2011). O que muda no ensino do português. Dicionário Terminológico.
Porto. Porto Editora.
Flament, C. (1989). Structure, dynamique des représentations sociales. In D. Jodelet
(Ed.), Représentations sociales. Paris: PUF.
Flament, C. (1994). Structure, dynamique et transformation des représentations sociales.
In J.C. Abric (Ed.), Pratiques sociales et représentations. Paris: PUF
Flick, U. (2005). Métodos qualitativos na investigação científica. Lisboa: Monitor.
Foucault, M. (2003). História da sexualidade I – a vontade de saber (15ª ed.). Rio de
Janeiro: Editora Graal.
Franco, M.L. (2004). Representações sociais, ideologia e desenvolvimento da
consciência. Cadernos de Pesquisa, 34 (121), 170-185.
Freitas, H. & Mascarola, J. (2008). Análise dos dados quanti e qualitativos. Revista
Quanti & Quali. Acedido em 17 de março de 2010, em:
http://www.quantiquali.com.br/
revista/arquivos/Analise%20de%20dados%20quanti%20e%20qualitativos.pdf.
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Sampieri, R., H; Collado, C. & Lucio, P. (2003). Metodologia de Pesquisa (3ª ed.).
Porto Alegre: MacGraw-Hill.
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