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Grandezas físicas 01

meta
Apresentar aos alunos os principais tipos de grandezas estudadas em Física, suas
relações e o modo de operar com elas.

objetivos
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:
• distinguir grandezas escalares de grandezas vetoriais;
• efetuar operações simples com vetores;
• reconhecer as unidades mecânicas fundamentais do S.I.
8

Introdução
Nessa primeira unidade do livro 1 de Física, vamos apresentar o conceito de vetor, pois grande
parte das grandezas estudadas em Física não ficam bem definidas se apresentamos apenas o
seu valor numérico.

Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa está com febre e sua temperatura é de 38,5
graus Celsius, esse valor numérico 38,5 (que chamaremos também de módulo da grandeza),
seguido da sua unidade (graus Celsius), define perfeitamente a temperatura da pessoa. Mas,
por outro lado, quando dizemos que um automóvel está na ponte Rio-
Niterói, a uma velocidade de 80 km/h, não fica bem definida a velocidade
módulo do automóvel, pois ele pode estar indo do Rio de Janeiro para Niterói ou
Valor numérico de um de Niterói para o Rio de Janeiro, o que é bem diferente!
vetor representante de
uma grandeza Física. A velocidade é um bom exemplo de grandeza que, para ficar fisicamente
Quando esse vetor estiver bem definida, necessita mais do que apenas seu valor numérico seguido
representado por uma seta da unidade de medida. Precisamos da direção, no caso, dada pela pista
(um seguimento de reta
da ponte, e do sentido: Rio-Niterói ou Niterói-Rio. Vamos, então, estudar
orientado) seu módulo
será representado pelo seu o que é uma grandeza escalar e uma grandeza vetorial; e uma maneira
comprimento. bem bacana de representar os vetores.

Grandezas escalares

Imagine um automóvel que, viajando entre Nova Friburgo e Niterói, percorre os cerca de 130
quilômetros da estrada em duas horas. Quais grandezas físicas estão envolvidas no movimen-
to que acabamos de descrever?

Em primeiro lugar, temos a distância percorrida, isto é, o comprimento da estrada. Temos, tam-
bém, o tempo gasto no percurso e, finalmente, uma outra grandeza, que relaciona o caminho
percorrido com o tempo gasto no percurso, indicando-nos a rapidez com que foi feita a viagem,
à qual chamamos velocidade.

A velocidade é definida como a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto no percurso.
Isto é:

distância
velocidade =
tempo

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9

No caso do nosso automóvel, a velocidade isto é, tomar uma outra direção e acabar
v será, então: não chegando nem em Friburgo, nem em Ni-
terói. Para que o movimento fique bem de-
130 quilômetros finido, torna-se importante saber também a
=v  = 65 km / h
2 horas direção e o sentido da velocidade, além do
seu valor numérico (seu módulo). Passare-
Dizemos que o módulo da velocidade do au- mos, então, a estudar as representações das
tomóvel é de 65 km/h. Veja que o compri- grandezas vetoriais.
mento da estrada não depende do fato de
o automóvel estar viajando de Friburgo para
Niterói, ou de Niterói para Friburgo. Da mes-
Grandezas vetoriais
ma forma, o tempo passa do mesmo jeito,
independentemente de para onde o móvel
está se dirigindo. As grandezas tempo e com-
primento são chamadas grandezas escalares. As grandezas físicas que só ficam bem defi-
nidas se soubermos a sua direção e sentido,
além do seu módulo, são descritas em lin-
guagem matemática por um vetor.
// atenção
Para nossos estudos, é conveniente repre-
Grandezas escalares são as que ficam sentar um vetor por um segmento de reta
bem definidas apenas pelos seus valo- (uma seta) orientado do seguinte modo:
res numéricos, seguidos de suas respec-
tivas unidades de medida. Representando um vetor graficamente
Esta é a chamada reta suporte
e sua inclinação nos indica a
direção do vetor.
Exemplos de grandezas escalares:

• tempo → a sessão de cinema durou 2 h; A extremidade (ponta) da seta


indica o sentido do vetor.

• comprimento → a régua tem 30 cm;

• área → a sala de aula é de 48 m²;


O comprimento da seta
• volume → a capacidade do balde é de 6 l; nos indica o módulo
(ou intensidade) do

• massa → o caminhão pode transportar 3 t.


vetor.

Sendo um dos propósitos da mecânica de- Esta é a origem do vetor.

terminar onde o móvel estará após decorri- Figura 1.1: Representação gráfica de um vetor. A seta
não é um vetor; é apenas uma representação gráfica
do um certo tempo, torna-se muito impor-
que nos ajuda a visualizá-lo. Um vetor é um “objeto”, ou
tante saber o sentido em que o móvel está se “ente” matemático, que tem módulo, direção e sentido.
deslocando. Além disso, o motorista pode,
sem querer, entrar numa estrada errada,
10

Outras representações:
A adição de vetores:
Podemos também representar um vetor método gráfico
utilizando uma letra, com uma pequena
  
seta acima da mesma. Para representar o Consideremos a,b ec grandezas vetoriais
vetor ”vê”, escrevemos V com uma setinha quaisquer, de módulo 3, 2 e 1, respectiva-

superposta: V mente, representadas graficamente a seguir:

Ou então em negrito: V.   
a,b ec
Para representar explicitamente o módulo

de V escrevemos V isto é o vetor entre duas
  
barras, ou simplesmente V (sem o negrito). a,b ec
  
a,b ec
Vejamos graficamente:

Consideremos um vetor com módulo 20


(unidades de medida)
Para somar graficamente, escolhemos uma

V origem e colocamos os vetores um seguido
do outro. A soma é obtida ligando-se a ori-
10 10
gem do primeiro à extremidade do último.
Veja a seguir:
Este terá módulo 40.
Este é o vetor resultante e seu
 comprimento representa o módulo.
V c

R=a+b+c
E este aqui, módulo 30.
R
 b
V

a
Repare que o comprimento do vetor repre-
senta o seu módulo. A ordem dos vetores não altera a sua soma
(a soma vetorial é comutativa). Isto é, inver-
Atividade tendo-se a órdem dos vetores o resultado
da soma é o mesmo. Aqui, faremos b + c + a:
1. Dê mais alguns exemplos de grandezas
escalares e grandezas vetoriais. Leve a lista
para discussão em sala com os colegas, ou
utilize seu celular ou computador para trocar
ideias com eles. (Anote as respostas em seu
caderno)

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c a
  
a,b ec

  
b a,b ec
R

Para somá-los, colocamos os dois vetores


com uma origem comum e traçamos retas
auxiliares, paralelas a cada um dos vetores,
Note que o vetor resultante R é igual ao da
passando pela extremidade um do outro,
figura anterior (isto é: tem mesmo módulo,
respectivamente. Veja:
direção e sentido).

  
Atividade a,b ec

2. Utilizando uma régua milimetrada, faça a   


a,b ec
soma dos mesmos vetores do exemplo an-
terior na ordem c; b; a; tomando o cuidado
O vetor resultante é obtido ligando-se a ori-
de preservar, respectivamente, os mesmos
gem comum à interseção das retas auxilia-
módulos (representados pelos comprimen-
res que formam o paralelogramo.
tos), as mesmas direções e os mesmos sen-
tidos. Faça isso a partir da origem O, dese-
  
nhada a seguir. a,b ec

R
  
a,b ec
Este é o vetor resultante.

O.
A subtração de vetores
Para subtrairmos um vetor de outro, pode-
mos proceder como na soma, pondo um

O método do vetor seguido do outro, mas invertendo-se


o sentido do vetor a subtrair. Isto é: para
paralelogramo para a efetuarmos a – b, faremos a + (– b), que é a
adição de vetores mesma coisa.

É comum termos que somar apenas dois ve- Temos aqui a representação dos vetores
tores, sendo conveniente utilizar o método a e b:
descrito abaixo. Consideremos dois vetores
quaisquer, a e b representados por:
a

b
12

Este é o vetor (– b): 1o caso: a e b têm o mesmo sentido.

Em módulo, temos o vetor resultante


R = a + b, como na soma algébrica comum.

a b

R
Assim, teremos:

a 2o caso: a e b têm sentidos opostos.

Neste caso, temos o vetor resultante


R’ = a − b também como na soma (ou subtra-
R=a−b ção) algébrica comum.
-b
R’ a

Um outro modo de se fazer a subtração grafi-


-b
camente consiste em colocar os dois vetores
com uma origem comum (que aqui chamare-
3o caso: a e b são perpendiculares.
mos de o). Para efetuarmos a diferença a − b,
ligamos a extremidade do segundo vetor (b) Solução gráfica:
à extremidade do primeiro. Para os mesmos
vetores do exemplo anterior, teremos:
R’’
a
b
R=a−b

b
o
a Neste caso, podemos encontrar o módulo
do vetor resultante (que chamamos de R’’)
Obtendo o mesmo resultado do caso anterior. aplicando o famoso teorema de Pitágoras,
que nos diz:
Casos especiais
Podemos determinar, facilmente, o módulo
do vetor resultante em três casos particula- // atenção
res: quando os vetores têm a mesma dire-
ção e sentido; quando têm mesma direção “Num triângulo retângulo, o quadra-
e sentidos opostos; e quando são perpendi- do da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos”
culares. Vejamos a soma dos vetores a e b,
em cada caso.

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Aplicando o teorema, teremos: Fy é o módulo de Fy e F é o módulo do vetor


F e α é o ângulo entre F e o eixo x.
(R'')² = a² + b².
Os elementos do triângulo retângulo forma-
Assim, o módulo do vetor resultante será:
do são:
R'' = a2  + b2 Esta é a hipotenusa.

Decomposição de um F
Fy
vetor em componentes
perpendiculares α .

Já vimos como podemos encontrar a resul- Fx


Este é o cateto oposto ao
tante de dois vetores perpendiculares uti- ângulo α e tem o mesmo
comprimento de Fy.
lizando o teorema de Pitágoras. Em nosso Este cateto é um dos
lados do ângulo α. Ele é
estudo, como veremos mais adiante, na de-
adjacente ao ângulo.
composição dos movimentos ou das forças Figura 1.2: Elementos de um triângulo retângulo.
que atuam sobre um corpo, é conveniente
que façamos o inverso; isto é, que uma vez Relembrando as relações trigonométricas
conhecendo um vetor, encontremos as suas em um triângulo retângulo
componentes perpendiculares.
Para fazermos a decomposição de um vetor
Consideremos um vetor F que faz um ângu- em suas componentes, sobre os eixos x e y
lo α com o eixo horizontal (eixo x). As suas de um sistema de coordenadas Cartesiano,
componentes horizontal, Fx e vertical Fy , são precisamos recordar as definições de seno e
as projeções de F sobre os eixos x e y, con- cosseno de um ângulo agudo para um triân-
forme ilustrado na figura a seguir, gulo retângulo, (ângulos agudos são aque-
les menores que o ângulo reto, isto é: menor
y
que 90°). Temos então, por definição:

Seno cateto oposto (ao ângulo)


(de um ângulo) = hipotenusa

Fy F
Cosseno cateto adjacente (ao ângulo)
α (de um ângulo) = hipotenusa

Fx x
Aplicando as definições para o triângulo re-
tângulo anterior e escrevendo seno e cos-
Fx e Fy são as componentes vertical (x) e ho-
seno abreviadamente, como na linguagem
rizontal (y) de F.
matemática, teremos:
Agora vamos olhar com mais detalhes o
triângulo retângulo da figura anterior, rede-
senhado a seguir, onde Fx é o módulo de Fx ,
14

Fy
sen   ⇒ assim podemos encontrar a componente y de F ⇒ Fy = F . sen(α)
F

F
cos    x ⇒ assim podemos encontrar a componente x de F ⇒ Fx = F . cos(α)
F

Vamos lembrar também que a tangente de um ângulo agudo de um triângulo retângulo é dada por:

Tangente cateto oposto (ao ângulo)


(de um ângulo) =
cateto adjacente (ao ângulo)

No caso das forças representadas no triân- nos problemas de física. A seguir, com base
Fy nessas definições, dadas anteriormente,
gulo anterior, temos tanα = ; onde α é o
Fx complete os valores que faltam na tabela.
ângulo entre a força F e o eixo dos x. Este ân-
Após completar a tabela, discuta sua solução
gulo nos indica a direção do vetor F.
com os colegas e com o professor, ou con-
Para fins práticos, se indicamos a tangente sulte uma tabela já pronta, para ver se você
do ângulo entre o vetor e o eixo x, fica defi- acertou. (Anote as respostas em seu caderno)
nida a direção do vetor.
Tabela 1.1: Principais ângulos utilizados no

Atividades estudo de Física

Ângulo
3. Utilizando as relações trigonométricas no Seno cosseno tangente
(em graus)
triângulo retângulo definidas anteriormente, 1
0 10 1
mostre que a tangente de um ângulo pode 21 0
2 2
também ser dada pela razão entre o seno e o 1 3
30 3 3
cosseno do ângulo. Isto é, mostre que: 2 2
2 2
3 2
45 1 22 2
2
sen
tan    22 2 2
cos
60 23
2
Sugestão: releia atentamente as definições 2
90 1 ∞
dadas acima. 2
Discuta sua solução com os colegas e com o
professor, em aula presencial, ou por meio
de mensagem para seus colegas e amigos
Levando em conta que a força é uma gran-
também estudantes.
deza vetorial, vamos supor que uma pessoa
4. É de grande utilidade conhecermos os va- está puxando uma caixa sobre um piso bem
lores do seno, do cosseno e da tangente dos liso, fazendo uma força constante de 10 N
ângulos de 30°, 45°, 60° e 90°, muito comuns (newtons), segundo um ângulo de 45° com a

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horizontal; de modo que a caixa é arrastada 2


Fx  Fcos45o   10.   5. 2   
para a direita sem se levantar do piso, con- 2
forme ilustra a figura a seguir: ≅ 5 × 1,41 ≅ 7 Newtons

F
Atividade
45° direção e sentido
caixa do movimento
5. Aqui, cabe perguntar: e a componente y
da força F, o que faz? Pense a respeito, olhe
Figura 1.3: Caixa sobre um piso liso, sendo puxada
novamente para a figura da caixa sendo pu-
para a direita por uma força que faz 45° com a
horizontal. xada, desenhe a componente vertical de F.
Discuta com o professor e seus colegas.
Neste caso, a força que realmente faz a caixa
se mover é apenas a componente da força F
na direção do movimento sua componente
Fx . Vejamos como calcular o seu módulo:

// atenção
Quando que você for resolver uma ativi-
dade, um desafio ou um exercício, tente
sempre chegar a uma conclusão por si
F
Fy mesmo. Pense, releia o texto a respeito
do assunto, discuta com os colegas, e, so-
mente depois disso, você deverá ver a res-
45° posta ou a solução. É apenas pensando,
tentando resolver, que se aprende. Visua-
Fx x
lizar a solução antes disso é prejudicial
Figura 1.4: Decomposição de uma força em suas para o seu aprendizado: não é possível
componentes horizontal FX e vertical, FY , graficamente.
decorar soluções de problemas; é preciso
aprender a resolver os problemas!
Calculando o módulo das componentes:

É dado do exemplo que a Força F tem mó-


dulo F = 10 N e o ângulo que faz com o eixo x
é de 45°. Na Tabela 1.1, você pode consultar
os valores do seno, do cosseno e da tangen-
te desse ângulo, se necessário.

Assim, aplicando a definição do cosseno, a


força na direção do movimento (direção x)
será:
16

O sistema internacional As grandezas


de unidades fundamentais da
mecânica
As grandezas fundamentais da mecânica
são o comprimento, a massa e o tempo.
As grandezas físicas podem ser medidas
em muitas unidades diferentes. O compri- Suas unidades, no S. I., são dadas como no
mento, por exemplo, pode ser medido em quadro a seguir:
centímetros, metros ou quilômetros. Já nos
países de língua inglesa, é comum o uso da Tabela 1.2: Grandezas fundamentais da
mecânica, suas respectivas unidades de
polegada como unidade de comprimento. medidas e abreviatura
Para que fossem uniformizadas as diversas
unidades de medidas utilizadas no mun- Unidade de
Grandeza Abreviatura
do, a maioria dos países resolveu adotar as medida
unidades do Sistema Internacional de Uni- Comprimento Metro m
dades (que chamaremos de S. I.). O sistema
Massa Quilograma kg
atual foi proposto na 11a Conferência Geral
de Pesos e Medidas, no ano de 1960, sendo Tempo Segundo s
o Brasil um de seus signatários. No mesmo
ano da conferência, o Brasil adotou o siste-
ma por meio de uma lei, sancionada pelo
// atenção
então presidente da república, João Goulart.
Não existe plural com abreviaturas. Por
Em 1971, uma nova grandeza mecânica, o exemplo: 3 metros é abreviado como 3 m
mol, foi acrescentada ao S. I., para a quanti- e não 3 ms, ou, muito menos, 3 mts.
dade de matéria.

Existe também uma unidade de tempo que Todas as outras grandezas mecânicas são
é baseada numa determinada transição derivadas dessas três fundamentais. Por
atômica em um isótopo do átomo de Césio, exemplo, a velocidade, como vimos, é a
que é utilizada para calibrar relógios atômi- razão entre o comprimento (distância) e o
cos de altíssima precisão. tempo; por isso sua unidade S. I. é o m/s.
Mais adiante, à medida que formos estu-
À proporção que continuarmos nosso curso
dando as outras grandezas, veremos quais
de Física, definiremos as grandezas do S. I.
são suas unidades no S. I.
que são estudadas em eletricidade, óptica,
calorimetria e assim por diante. Existem outras unidades que, por terem um
uso muito comum, serão também estuda-
das, como, por exemplo, o minuto (min) e a
hora (h), para o tempo; ou o quilômetro por
hora (km/h), para a velocidade. Essas são
chamadas unidades práticas.

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Transformação de
unidades # lá na plataforma

Para passarmos da unidade prática, km/h Na Unidade 1 de nosso ambiente virtual,


no tema Grandezas Físicas: vetores - o
(quilômetros por hora), para a unidade S. I.
sistema internacional de unidades,
de velocidade, o m/s (metros por segundo), siga as orientações de desenvolvimento
fazemos: da atividade proposta. Acesse objetos
de aprendizagem de simulação
km 1000m 1 computacional, da Universidade de
1  =  m / s
=
h 3600s 3, 6 Boulder, Colorado [https://phet.colorado.
edu/pt_BR/].
Assim, em resumo, temos:
Perceba como a atividade/recurso dialo-
ga diretamente com o tema de nossa aula.
Multiplicar por 3,6

m/s km/h

Dividir por 3,6 Exercícios

Resumo
# lá na plataforma
Informação complementar: na Unidade
2 de nosso ambiente virtual, no tema
Grandezas Físicas: vetores - o sistema
Nesta unidade, apresentamos o conceito
internacional de unidades, siga as ori-
matemático de vetores e alguns tipos de entações pedagógicas de suporte para
operação com os mesmos. Basicamente, es- a resolução dos exercícios propostos a
tudamos a sua adição e subtração. seguir, que foram pré-gravadas em áu-
dio no formato [mp4].
Esse estudo é importante porque a maior
parte das grandezas que estudaremos no
nosso curso de Física são grandezas vetoriais
1. Responda: como podemos distinguir en-
e, portanto, só ficam bem definidas quando
tre uma grandeza escalar e uma grandeza
conhecemos seu módulo, sua direção e seu
vetorial?
sentido. Nas unidades seguintes, daremos
continuidade ao estudo da mecânica. 2. Identifique cada uma das grandezas a
seguir, escrevendo V ou E, entre os parên-
teses, conforme a grandeza seja vetorial ou
escalar, respectivamente.
a) Temperatura (  )
b) Volume (  )
18

c) Peso (  ) a) (  ) Dois vetores de mesma direção


d) Massa (  ) têm sempre o mesmo suporte;
e) Força (  ) b) (  ) Dois vetores de mesma direção
têm sempre o mesmo sentido;
f) Pressão (  )
c) (  ) Dois vetores de mesmo suporte
g) Comprimento (  )
têm sempre a mesma direção;
h) Voltagem (  )
d) (  ) Dois vetores de mesmo suporte
i) Tempo (  )
têm sempre o mesmo sentido.
j) Velocidade (  )
7. Determine graficamente o vetor soma (a
k) Aceleração (  )
+ b) e o vetor subtração (a – b) dos vetores
l) Campo elétrico (  )
dados a seguir.
m) Corrente elétrica (  )

3. Cite algumas unidades práticas (usuais)   


a,b ec
que não se encontram no S. I., para o com-
primento e a velocidade.

4. Dados os vetores c e d, representados a   


a,b ec
seguir, encontre graficamente os vetores re-
sultantes das operações que se pede. 8. Um ônibus viaja a 108 km/h. Expresse
    sua velocidade em unidades do S. I.
cd cd
   
c d 9. Aqui um vai um desafio: a grandeza tra-
c d
    balho (T) pode ser definida como o produto
dc dc
da força (F) pelo deslocamento (d), sendo
sua unidade S. I. (sistema internacional de
  unidades) chamada de joule (J). A grandeza
a) c  d
  força é definida como o produto da massa
b) c  d
  (m) pela aceleração (a). Escreva a unidade
c) d  c de medida “joule” em termos das unidades
fundamentais do S. I.

5. Uma força de 100 newtons faz um ângu-


lo de 30° com o eixo horizontal. Calcule os Respostas da unidade
módulos das componentes horizontal e ver-
tical dessa força (consulte a tabela das fun-
ções trigonométricas, dada anteriormente). Atividades
Sugestão: reveja o item Grandezas vetoriais,
1. Exemplos de grandezas escalares: Tem-
logo no início da Unidade 1.
po; massa; volume; comprimento; energia;
6. Analise as afirmativas abaixo e assinale trabalho; potência; rendimento; constante
se verdadeira (V) ou falsa (F). elástica; resistência elétrica; temperatura;
frequência; amplitude de onda; índice de
refração; voltagem; carga elétrica.

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Exemplos de grandezas vetoriais: Velocidade; deslocamento; aceleração; força; quantidade de


movimento (momento linear); impulso; campo elétrico.

2.
  
a,b ec

  
a,b ec 
R
  
a,b ec
O.

3. Temos as definições de seno e cosseno de um ângulo agudo de um triangulo retângulo quais-


quer:

cateto oposto
sen (α ) =
hipotenusa
cateto adjacente
cos (α ) =
hipotenusa

Vamos dividir as equações membro a membro, para tal vamos lembrar que para dividirmos
duas frações (os segundos membros de ambas as equações são frações) o procedimento é de
multiplicarmos a primeira fração pelo inverso da segunda. Assim temos:

sen   catetooposto hipotenusa


 
cos   hipotenusa catetoadjacente

Logo, simplificando a hipotenusa.

sen   catetooposto
   catetooposto
sencos
 catetoadjacente
cos   catetoadjacente catetooposto(aoângulo)
Tangente deumângulo  
catetooposto(aoângulo)
catetoadjacente(aoâ ngulo)
Que é a definição de tangente: Tangente deumângulo  
catetoadjacente(aoângulo)
Logo

sen
tan   
cos
20

4. Utilizando a solução da atividade ante- 1


sen Para que a fração  resulte em um nú-
rior onde vimos que tan    . cos 90
cos mero extremamente grande (“tenda” ao in-
Para os ângulos pedidos teremos: finito) é necessário que o denominador, o
1 cos90°, seja extremamente pequeno, muito
sen30 1 2 1 1 1 3 3
tan 30   2       próximo , 577
 ( 0de )
zero.
cos 30 3 2 3 3 3 3 3 3
2 A divisão por zero não é definida em ma-
temática, mas nos estudos de limites, que
1
sen30 1 2 1 1 1 3 3
  2         ( 0, 577) é abordado no nível superior, vemos que
cos 30 3 2 3 3 3 3 3 3 “no limite”, quando um número diferente
2
de zero é dividido por um número muitís-
2 simo próximo de zero o resultado é um nú-
sen45 2 2
tan 45   2   1
cos 45 2 2 2 mero extremamente grande, como o valor
2 da tan90° (que “tende” ao infinito). Sendo
O cosseno de 60° assim podemos completar a tabela com o
cosseno de 90°.
3 cos90 = 0
sen60 2 (eq. 1)
tan
= 60  = 
cos60 cos 60
Exercícios
Veja que não temos na nossa tabela o cos- 1. Grandezas escalares são aquelas que
seno de 60° mas temos a sua tangente ficam bem definidas apenas pelos seus va-
(tan60 = √3) Assim, teremos lores numéricos, seguidos das respectivas
unidades de medida, já as grandezas veto-
3 3 riais necessitam também da direção e do
2 onde 3 1 1
  3  ondecos60   2     (eq. 2)
cos 60 3 2 3 2 sentido.

3 3 2. Temos ( E → escalar e V → vetorial):


2 ondecos 3 1 1
3     60   2     (
(eq.
eq.2)
2)
cos 60 3 2 3 2 e) Temperatura (E)
Assim, voltando ao valor da tangente (em 1) f) Volume (E)
O cosseno de 90° g) Peso (V)
h) Massa (E)
Sabemos que
i) Força (V)
sen90 1 j) Pressão (E)
tan
= 90  = 
cos90 cos90
k) Comprimento (E)
Como foi dado o valor da tangente de 90° l) Voltagem (E)
(∞ = um valor extremamente grande!) veja- m) Tempo (E)
mos o que é possível fazer. Temos:
n) Velocidade (V)
1 o) Aceleração (V)
  
cos 90 p) Campo elétrico (V)
q) Corrente elétrica (E)

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21

3. Exemplos:

Para o comprimento: polegada (nos países de língua inglesa), palmo, quilômetro, centímetro,
ano-luz (para distâncias astronômicas) etc...

Para a velocidade: cm/s, km/s, km/h, milhas/hora (nos países de língua inglesa), etc.

4. Os vetores c e d  
  cd
cd  
  c d
c d  
  dc
dc


 
    cd
a) c  d cd  
      c d
c d c d cd  
      dc
dc dc c d
    
dc c  d Ra
ou  
c d
  
Ra dc

 
cd
 
b) c  d
   
dc cd
 
c d
 
dc
 
 ou cd
Rb  
cd  R
b  
  c d cd
c d    
  dc c d
    d  c  
cd cd dc
     
c d c d cd
     
c) d  c (Veja que d  c = − ( c  d ))  
   cd
c  dd  c  
c d  
  cd
c d  
dc  
  c d
dc  
dc

  
cd 

Rc Rc
  ou
c d
 
dc

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