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© 1998-2020 Compass (ReliaSoft Brasil LTDA.

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“Networking”

Nome, Empresa, Posição/Cargo


Qual a sua experiência no assunto?

1. Nenhuma. Esta é a minha primeira exposição ao assunto.


2. Periférica. Eu já fui exposto a alguns princípios.
3. Iniciante. Eu apenas comecei a trabalhar nesta área e já tenho algum treinamento básico.
4. Intermediário/Praticante. Eu já me envolvo por algum tempo e uso em minhas atividades diárias.
5. Especialista. Eu possuo um profundo conhecimento do assunto e de suas aplicações.

• Se 3 ou maior:
• Quais abordagens você tem usado?
• Qual software/ferramentas você tem usado?
O que você espera obter deste treinamento?

Compass
• História
• Soluções
• Softwares de Confiabilidade
• Treinamentos
• Capacitação Profissional
• Consultorias em Confiabilidade
• Consultorias em Gestão de Ativos
• Benefícios
• Eventos

1
História

A Compass têm atuado por mais de 20 anos no mercado nacional e mundial.


Somos pioneiros, como empresa de Engenharia de Confiabilidade, na América do Sul.

1998 2000 - 2006 2008 - 2009 2012 - 2013 2019 - 2020

Fundada para Pioneira em oferecer Inicio do Participação em Comitês Parceria com a Atech
comercializar softwares treinamentos em desenvolvimento do de Gestão de Ativos em Embraer para
da Reliasoft na América Confiabiidade. software Orion, o todo o mundo, realizando desenvolver uma nova
do Sul. primeiro sistema de apresentações, interface para o Orion
Organização do primeiro gestão de ativos baseado vários treinamentos e System.
Simpósio Internacional de na Web suportado pela pesquisas para criar
Confiabilidade no Brasil. Engenharia da novos módulos. Orion V5 lançado em
primeiro Confiabilidade março de 2020
O sistema foi lançado em
Inicio de prestação de 2009 e o primeiro cliente
serviços de consultoria e foi a empresa KOC –
Avaliação de ativos para a Kuwait Oil Company.
Industria.

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Soluções Compass

Softwares de Confiabilidade
Softwares especialistas abrangendo todos os conceitos da Engenharia da Confiabilidade.

Sistema de Gestão de Ativos - Orion


Sistema para a gestão de ativos físicos suportado pela Engenharia da Confiabilidade e de acordo com a ISO 55.000 e PAS 55. Permite
total integração com os bancos de dados e informação necessárias para a gestão de seus ativos físicos.

Consultorias – Engenharia da Confiabilidade


Consultorias e assessorias para implementação da Engenharia da Confiabilidade incluindo: Análise RAM, RCM, FMEA, Análise de
Falhas, Gestão e Análise de Riscos e outros assuntos correlatos.

Consultorias – Gestão de Ativos


Diagnóstico e suporte para implementação de um sistema de gestão de ativos conforme requisitos ISO 55001 e suportado pela
engenharia da confiabilidade. Para que sua empresa possa fazer mais com menos, gerenciando os riscos em todo o ciclo de vida do
portifólio de ativos.

Treinamento e Programas de Certificação em Confiabilidade


Uma grade completa de treinamentos presenciais e a distância (EAD) cobrindo todos os conceitos da engenharia da confiabilidade e
assuntos correlatos. Programa de capacitação internacional de consultores de confiabilidade.

Compass – Softwares de Confiabilidade

Análise de Dados de Vida Análise da Confiabilidade de Sistemas Ensaios Acelerados de Vida

Análise do Crescimento da Análise da Manutenção Centrada na Análise de Risco e Simulação de


Confiabilidade e Sistemas Reparáveis Confiabilidade Eventos Estocásticos

Análise dos Efeitos dos Modos de Inspeção baseada em Risco


Normas de Predição da Confiabilidade
Falha (FMEA/FMECA)

Sistema para Gestão de Falhas

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Compass - Treinamentos

Programa de Certificação Programa de Certificação


Rede Consultor Rede Consultor
Simpósio - SIC Simpósio - SIC

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Compass - Capacitação Profissional

Programa para Certificação de Consultores de Confiabilidade

 O programa Rede Consultor foi desenvolvido


para capacitar Consultores de Confiabilidade,
oferecendo, aos interessados, a oportunidade de
seguir carreira na área, seja como um
profissional da indústria, ou como um consultor
independente.

 Trata-se de um programa de incentivo


profissional que subsidia a capacitação em
Engenharia da Confiabilidade.

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Compass – Consultorias em Engenharia da Confiabilidade

Engenharia da Confiabilidade Aplicada na Manutenção

O Pacote de Manutenabilidade tem como


objetivo levar o processo de Manutenção para
um novo patamar de Excelência.

“Fazer Mais com Menos, gerenciando


quantitativamente os Riscos, de forma Sustentável em
todo o Ciclo de Vida do portfólio de ativos da
empresa”

Dependendo da necessidade da empresa o pacote


manutenabilidade pode ser implementado de forma
completa ou por especialidade.

3
Compass – Consultorias em Gestão de Ativos

Com essa solução, nós apoiamos a sua empresa a implementar um


sistema de gestão de ativos conforme a PAS 55 e ISO 55000

Solução em Sistema de Gestão de Ativos

Gestão & Gerenciamento

• Implementação de sistema de Entregas Principais:


gestão de ativos baseado nos • Plano diretor da Gestão de Ativos
requisitos da norma ISO 55001 e
• Processo de Gestão de Falhas
alinhado ao planejamento
estratégico da organização. • Eficiência Operacional: melhoria
nos processos do ciclo de vida dos
• A solução ASSET 55 é suportado pela
ativos
engenharia da confiabilidade e a
aprendizagem organizacional. • Integração de todas as atividades
do ciclo de vida dos ativos
• Etapas: Avaliação – Aprovação –
Implementação – Auditoria – • Implementação do sistema
Certificação ISO 550001 informatizado Orion

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Benefícios do Gerenciamento de ativos classe mundial


Um novo nível de Eficiência Operacional

• Otimizar estratégias de manutenção • Otimizar o tempo de substituição de ativos


Eficiência Operacional • Reduzir custos de manutenção • Aumentar a disponibilidade
• Reduzir os custos da peça sobressalente • Gestão total de riscos
• •

-50% -20% -30% -20%

Redução de 30% a Redução de até 20% Redução de até 30% Redução de até 20%
50% na quantidade no custo anual de nos custos anuais de nos custos do prêmio
de planos de manutenção sobressalentes do seguro
manutenção

Fonte: Resultados baseados em projetos já realizados pela ReliaSoft. Esses valores podem variar de acordo com a situação atual da empresa.

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Compass - Eventos

Simpósio Internacional de Confiabilidade

 O SIC traz conteúdo e networking em um só


evento!

O Simpósio Internacional de Confiabilidade


reúne, anualmente, diversos profissionais, para
debater como a Engenharia da Confiabilidade é
fundamental para atingir os resultados na
gestão de ativos, permitindo que as empresas
alcancem novos patamares de eficiência
operacional.

17 anos de evento

12

4
RCM
Manutenção Centrada na
Confiabilidade

Princípios e Práticas

13

Horários

7:00 a 11:00
Coffee breaks (15 minutos),
aproximadamente as 9:00

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Objetivos do Curso

Este curso apresenta uma visão geral das técnicas de Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM) e uma introdução
ao uso do módulo de RCM do sistema Orion da Compass.
• A intenção não é prover uma “facilitação” para se realizar RCMs.
Observação:
• Entre os profissionais, existem muitas variações com respeito aos
procedimentos específicos de análise, terminologia, conteúdos de
relatórios, etc.
• A ferramenta foi adaptada de várias maneiras para servir a vários
propósitos.
• Este curso tratará de requisitos gerais e técnicas comuns,
e espera que com isso os profissionais possam identificar
variações relevantes que se encaixem em suas próprias
experiências e atendam às suas necessidades.

15

5
16
Exemplos adicionais com Vídeos passo-a-passo

17

Introdução a
Manutenção Centrada
na Confiabilidade

18

6
Objetivos

A competição global está cada vez mais agressiva. Para sobreviver, as empresas precisam atingir cada
vez mais um grau maior de eficiência e eficácia no tocante a custos e preços.

A Manutenção Centrada na Confiabilidade é uma técnica eficaz para orquestrar e obter um tempo
maior de operação e de disponibilidade de equipamentos, diminuindo assim o custo de operação e
aumentando a produtividade.

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História

Origem do RCM é fortemente relacionada aos processos


tecnológicos e sociais do período após a 2ª. Guerra Mundial.

Evolução da Manutenção em 3 gerações:

• Primeira Geração: 1940 – 1950 (Manutenção


Corretiva);

• Segunda Geração: 1960 – 1980 (Manutenção


Preventiva e Preditiva);

• Terceira Geração: 1980 – 2010 (Manutenção


Produtiva, Confiabilidade).

• Quarta Geração: 2010 – atual (Industria 4.0 e


Gestão de Ativos)

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História

Com o aumento da tecnologia, os ativos modernos


se tornaram cada vez mais complexos, e nós
dependemos cada vez mais deles.

Isso foi reconhecido primeiramente pela indústria


da aviação comercial.

Composto por membros da FAA, por fabricantes de


aeronaves e pelas principais linhas aéreas
comerciais a Força-Tarefa MSG (Maintenance
Steering Group) foi formada no início dos anos 60

21

7
História

Aplicada primeiro na indústria da aviação comercial (cerificação do Boeing 747 pela FAA).

O Departamento de Defesa ficou bastante interessado no assunto.

Encomendou um relatório em 1976, que mais tarde foi publicado em 1978 com o título

MANUTENÇÃO
CENTRADA NA
CONFIABILIDADE

22

História

Normalização pela SAE JA1011 e JA1012 (Agosto de 1999)

• Evaluation Criteria for Reliability-Centered Maintenance (RCM) Process

• A Guide To The reliability-Centered Maintenance (RCM) Standard

23

Diretrizes publicadas e Referências

• Reliability-Centered Maintenance, de F. Stanley Nowlan e Howard F. Heap, da United Airlines,


publicado em Dezembro de 1978.

• ATA MSG-3 “Operator/Manufacturer Scheduled Maintenance Development,” atualizado em 2007.

• NAVAIR 00-25-403 “Guidelines for the Naval Aviation Reliability-Centered Maintenance Process,”
atualizado em Julho de 2005.

• SAE JA1011 “Evaluation Criteria for Reliability-Centered Maintenance (RCM) Processes,” publicado em
Agosto de1999.

• SAE JA1012 “A Guide to the Reliability-Centered Maintenance (RCM) Standard,” publicado em Janeiro
de 2002.

24

8
Diretrizes publicadas e Referências

• Reliability-Centered Maintenance (2ª Edição) , de John Moubray, publicado em 1997.

• Reliability Centered Maintenance: Gateway to World Class Maintenance , de Anthony M. Smith,


publicado em 1993.

• “Practical Application of Reliability-Centered Maintenance” , do “Reliability Analysis Center”, publicado


em 2003.

• MIL-STD-2173(AS) “Reliability-Centered Maintenance Requirements for Naval Aircraft, Weapons Systems


and Support Equipment,” publicado em Janeiro de 1986.

• “NASA Reliability Centered Maintenance Guide for Facilities and Collateral Equipment,” publicado em
Fevereiro de 2000.

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FMEA

A RCM é baseada na metodologia FMEA.


A análise FMEA pode contribuir com outros processos e objetivos, e também se integrar a eles:
• Melhoria de projeto usando DFMEA
• Melhoria de processo usando PFMEA
• Teste e Gestão de Crescimento da Confiabilidade
• Planos de Verificação de Projeto (Design Verification Plans - DVP&Rs) ou Planos de Testes
• Planos de Controle de Processo
• Revisão de Projeto Baseada no Modo de Falha (Design Review Based on Failure Mode - DRBFM)
• Diagrama de Bloco de Confiabilidade ou Análise de Árvore de Falha

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Aplicações do RCM

O objetivo principal da metodologia RCM é o de desenvolver ou aprimorar


planos de manutenção para que a empresa possa:
• Prever falhas em equipamentos.
• Agir de forma a diminuir o risco de falha durante a operação de um
sistema.
• Melhorar a utilização de recursos.
• Diminuir o nível de stress na empresa.
• Reduzir Custo
• Reduzir a ocorrência de paradas imprevistas e atividades reativas de
manutenção.
• Melhorar a disponibilidade.
• Baixar custos operacionais.

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9
Sete Questões

De acordo com o padrão SAE JA1011 , que descreve o critério mínimo de


adequação de um processo a ponto de ele ser chamado “RCM”. Um Processo
de Manutenção Centrada na Confiabilidade responde a sete questões:

7
Questões

28

Sete Questões

1. Quais são as funções e padrões associados de desempenho do ativo, no contexto operacional (de funcionamento)?

2. De que formas ele pode deixar de desempenhar suas funções (falhas funcionais)?

3. O que causa as falhas funcionais (modos de falha)?

4. O que acontece quando cada falha ocorre (efeitos da falha)?

5. Qual é a importância de cada falha (suas consequências)?

6. O que deveria ser feito para prever ou prevenir cada falha (tarefas proativas e intervalos das tarefas)?

7. O que deveria ser feito se não fosse possível encontrar uma tarefa proativa (ação padrão)?

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Por que realizar uma RCM?

Quando bem feita, a análise de RCM é uma ferramenta comprovada para


redução de paradas e aumento de disponibilidade.

• Identificando planos de manutenção com tarefas que evitará a


ocorrência de falhas, além do uso eficiente dos recursos de manutenção
e da redução de paradas associadas a falha do equipamento.

• É muito menos dispendioso compreender a natureza da falha do


equipamento, e antevê-la e mitigá-la do que aguardar a ocorrência da
falha e tentar corrigi-la durante a operação.

30

10
Definições e
Conceitos

31

Definição

32

Definição

Segundo alguns dicionários, normas e especialistas:

A manutenção é um conjunto de ações que permitem


restabelecer um bem para seu estado específico, ou medidas
para garantir um serviço especificado.
AFNOR NF 60-010
A manutenção é um conjunto de medidas
ou ações que permitem conservar ou
restabelecer o sistema em seu estado de
funcionamento
Medidas necessárias para conservação ou a
LAROUSSE
permanência de alguma coisa ou de uma situação; os
cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento
regular e permanente de motores e máquinas.
AURÉLIO
Combinação de todas as ações técnicas e administrativas,
incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar
um item em um estado no qual possa desempenhar uma
função requerida. A manutenção pode incluir uma modificação
de um item.
NBR-5462

33

11
Definição

34

Confiabilidade e Disponibilidade

A análise de RCM realmente trata de Confiabilidade??

Definição de Confiabilidade

• É a probabilidade de um item desempenhar as funções requeridas sob determinadas condições, por


um período determinado de tempo.

A execução da rotina apropriada de manutenção certamente influencia na vida de um item.

Mas é o aumento da confiabilidade o que estamos tentando conseguir??

Vamos ver a definição de RCM.

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Definição de RCM

Por John Moubray

• Manutenção Centrada na Confiabilidade: um processo


utilizado para determinar os requisitos de manutenção
de qualquer ativo físico no seu contexto operacional

Extraído do livro Reliability-centered


Maintenance, © Industrial Press Inc,
1992.

36

12
Definição de RCM

Por Neil B. Bloom

• Um conjunto de tarefas, com base em uma


avaliação sistemá ca, que é usado para
NAVAIR 00-25-403 Guideline for Naval Aviation Reliability Centered
Maintenance Process, Naval Air Systems Command, 2001.
desenvolver ou otimizar um programa de
manutenção. A análise de RCM incorpora a
lógica de decisão para determinar a
segurança e as consequências operacionais
de falhas, e identifica os mecanismos
responsáveis por essas falhas.

Extraído do livro Reliability Centered


Maintenance: implementation made simple, ©
McGraw-Hill Companies, 2006.

37

Definição de RCM

Pelo “Naval Air Systems Guideline”

• A Manutenção Centrada na Confiabilidade


(RCM) é um processo analítico para determinar
os requisitos de Manutenção Preventiva
(Preventive Maintenance - PM) , e identificar a
necessidade de tomar outras medidas que
garantam a operação segura e rentável de um
sistema.

NAVAIR 00-25-403 Guideline for Naval Aviation Reliability Centered


Maintenance Process, Naval Air Systems Command, 2001.

38

Manutenção Centrada na Confiabilidade

Para o propósito do nosso curso, usaremos:

39

13
Manutenção Centrada na Confiabilidade

• A Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM) fornece um quadro estruturado para a análise das
funções e falhas potenciais para os ativos físicos (como um avião, uma linha de produção, etc), com
foco na preservação das funções do sistema, ao invés da preservação dos equipamentos :

• Ela é utilizada para desenvolver planos de manutenção programada que fornecerá um nível aceitável
de operacionalidade, com um nível aceitável de risco, de forma eficiente e de baixo custo.

Isso significa melhorar o tempo de

atividade / disponibilidade,

assim como gerenciar recursos e

custos.

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Manutenção Centrada na Confiabilidade

Mudanças de projeto para melhorar a confiabilidade do equipamento não é o foco.

Tarefas de manutenção que maximizam a disponibilidade.

• Rotina de manutenção para garantir a vida máxima do equipamento ou componente.


• Manutenção planejada para antever e tratar de falhas potenciais antes de elas ocorrerem.

• Manutenção preditiva para antever e tratar falhas potenciais antes de elas ocorrerem.

• Inspeções de Condição para prever e realizar a MP em equipamento com falha iminente.

• Inspeções para encontrar e tratar de falhas ocultas.

41

Manutenção Centrada na Confiabilidade

Ademais:

• Um plano estratégico de tarefas é usado para otimizar recursos e


minimizar os tempos de parada afim de:

• Otimizar a utilização de recurso.

• Minimizar o tempo de espera (por peças ou por mão de obra).

Operações ininterruptas tendem a funcionar mais suavemente, custam


menos, resultam em um produto melhor e são mais fáceis de gerenciar.

42

14
Manutenção Centrada na Confiabilidade

O tempo de inatividade é frequentemente o que mais


contribui para o custo de falha em um sistema produtivo.

• Produto perdido

• Recursos não utilizados (pessoas)

• Ativos ociosos

• Trabalho perdido

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Variações

Entre profissionais, há uma variação considerável de procedimentos


específicos de análise, terminologia, requisitos de informação, etc.

Apesar da variação, o objetivo é o mesmo:

• Desenvolver e organizar planos de manutenção que melhor se


adequam à empresa.

Este curso irá discutir os requisitos gerais e técnicas comuns, com a


expectativa de que os participantes possam identificar variações relevantes
para atender às suas próprias necessidades.

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Procedimento
Básico de Análise
Passos para a condução da
análise de RCM

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Na Visão da Engenharia

O RCM fornece um quadro estruturado e documentado para a avaliação do engenheiro


acerca dos seus ativos físicos.

• Ele se baseia fortemente no julgamento dos indivíduos que executam a análise RCM.

O RCM é geralmente uma abordagem de análise qualitativa (e não quantitativa).

A análise pode se tornar quantitativa conforme os dados se tornarem disponíveis para


realizar a análise dirigida por dados.

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Preparação

A preparação adequada é essencial para o sucesso de qualquer projeto de RCM.

Os objetivos deste módulo são:

• Resumir as tarefas sistemáticas que precisam ser realizadas uma única vez para se preparar para
futuros projetos de RCM.

• Demonstrar as tarefas que precisam ser realizadas para cada novo projeto de RCM.

Como resultado deste módulo, os alunos irão entender os principais passos para a preparação do RCM,
a fim de serem totalmente bem sucedidos com projetos de RCM.

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Abordagem para a RCM

Decidir sobre uma abordagem para a RCM.


• Escolher um perfil pré-definido no software que esteja alinhado com as necessidades do
negócio.
• SAE JA-1011 / JA-1012
• RAC – (Reliability Analysis Center) Centro de Análise de Confiabilidade para o Depto de
Defesa
• MSG-3 – (Maintenance Steering Group) Grupo Diretor de Manutenção – aviação
• NAVAIR – Aviação Naval
• Standard RCM – RCM Padrão
• Outros
• Desenvolver um perfil que se adeque às necessidades do negócio e ao estilo de gestão.

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16
Preparação para a Análise de RCM
Tarefas que se realiza uma única vez

• Obter o software para RCM

• Selecionar ou modificar • Programar a logística de reuniões.

planilhas e escalas do padrão • Definir a hierarquia do sistema.


RCM que será adotado (Como
• Determinar como a equipe irá
serão as planilhas – que
trabalhar com interfaces e
escalas serão utilizadas?) interações.

• Identificar papeis e • Estabelecer o papel de


responsabilidades fornecedores.

• Estabelecer como o facilitador • Fornecer treinamento apropriado


será determinado para a equipe de RCM.

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Mapa do processo de Análise RCM


Alto Nível

PREPARAÇÃO REUNIÃO APRIMORAMENTO

Hierarquia do Sistema Liste Funções Primárias Evalie Desempenho de


identificando Ativos Tarefa, Disponibilidade e
Significativos Determine as Falhas Custo
Funcionais
Aprimore a Escolha de
Diagrama de Bloco
Identifique os Efeitos das Tarefas para Resultados
Funcional
Falhas Ótimos
Determine o escopo Desenvolva a Categoria de Faça Pacote de Tarefas para
Efeito de Falha Otimizar Recursos e Tempo
Monte a Equipe Correta de Atividade
Determine os Modos de
Estabeleça Regras Básicas Falha (causas) Faça atualização com
‘Lições Aprendidas’,
Documente as Tarefas do incluindo Dados de Falha
Estabeleça Suposições Momento
Atualize as Atividades de
Estabeleça/Aprimore as Manutenção conforme
Junte Informação Tarefas de Manutenção Apropriado

50

Determine o Escopo

Antes de começar o RCM, você deve decidir especificamente o que você vai analisar.

Determinar o escopo da análise é um passo muito importante no processo, porque ajuda a identificar
os limites e as questões a serem consideradas, e a abordagem que os analistas irão adotar durante a
análise.

• Onde a análise irá iniciar?

• Onde a análise irá cessar?

• Que equipamento será incluído/excluído, especialmente de operações de alimentação,


operações de captação e apoio/serviços?

• Serão considerados o reprojeto e o recondicionamento?

51

17
Determine o Escopo

Estabelecer o escopo e definir os limites do sistema afim de:

• Evita sobreposição de análises de sistemas adjacentes.

• Os limites podem ser identificados eu um diagrama de bloco.

• O critério deve ser documentado nas Regras Básicas de análise.

52

Documentos para Análise


Exercício

Figura 1 – Visão geral do Transportador de Limpeza


pertencente ao Carregador de Navios.

53

Documentos para Análise


Exercício

Figura 2 – Sistema principal do Transportador de


Limpeza.

Tambores:
1: Acionamento (diâmetro = 630mm, Largura 2200mm)
2: Esticamento (diâmetro = 630mm, Largura 2200mm)
3 ... 6: Desvio (diâmetro = 500mm, Largura 2200mm)

54

18
Documentos para Análise
Exercício

Dados do Processo:
Comprimento Horizontal = 74.000 mm
Elevação = 0 graus
Capacidade Nominal = 1.800 ton/h
Capacidade de Projeto = 1.800 ton/h
Velocidade da Correia = 0,6 m/s
Material = Finos de Minério de Ferro
Peso Específico = 2,7 ton/m3
Granulometria Máxima = 0,5 mm
Umidade = 8%
Grau de Enchimento = 80%

Correia Transportadora:
ACME, Modelo ZN-3, 4 Lonas, Emenda Vulcanizada, Revestimento AB de 6x3mm,
Comprimento = 154,3 metros, Largura = 2200mm

55

Documentos para Análise


Exercício

Conjunto de Acionamento:
2 Motoredutores
Fabricante = ACME Drives
Potência = 15 CV
Tensão = 440 V
No. Fases = 3
Freq. = 60 Hz
Num. Pólos = 4
Grau Proteção = IPW-55
Método de Partida = Inversor de Frequência

Conjunto de Roletes:
71 Roletes de Carga em V
21 Roletes de Retorno Plano

56

Documentos para Análise


Exercício

Limpadores e Raspadores de Correia:


1 Limpador de Correia em V
1 Raspador Primário do Tambor de Acionamento
1 Raspador Secundário do Tambor de Acionamento

Chaves de Emergência:
8 Chaves de Emergência tipo Pull Cord
Tensão = 120 V
No. Fases = 1
Freq. = 60 Hz

57

19
Hierarquização

Nível I: Usina de Pelotização

O objetivo da hierarquização é subdividir


Nível II: Moagem
uma planta industrial (nível mais alto, Nível
I ou 0) em níveis intermediários e menores
Nível III: Moinho (Níveis I ou II, III, IV, V etc) de modo a
classificar os ativos, estabelecer funções e

Nível IV: Acionamento


relações entre estes níveis.

Nível V: Motor Elétrico

58

Hierarquização

Nível I: Usina de Pelotização


Pode-se iniciar com um equipamento definido
dentro desses parâmetros:

Nível II: Moagem • Área


• Sequência de Processo
• Local de Manutenção
• Ou outro método que compreenda
Nível III: Moinho equipamento, para ser incluído na análise
Os detalhes podem ser obtidos de:

Nível IV: Acionamento


• Registro de Planta/Instalação física
• Inventário de Equipamentos da Planta
• Planilhas de Processamento
Nível V: Motor Elétrico • Outras fontes que forneçam informação
apropriada sobre o ativo

59

Hierarquização

Em todos os sistemas, a operação de vários


Nível I: Usina de Pelotização
equipamentos de níveis hierárquicos mais
baixos está relacionada à operação de um
equipamento num nível mais alto, que por sua
Nível II: Moagem
vez, é dependente de um equipamento num
nível mais alto ainda, e assim em diante.
Nível III: Moinho
A falha de um equipamento em um sistema
hierárquico irá resultar na paralisação de todos
Nível IV: Acionamento os equipamentos conectados a ele e isto
poderia resultar num número muito alto de
Nível V: Motor Elétrico equipamentos fora de serviço devido a uma
única falha.

60

20
Hierarquização

Nível I: Usina de Pelotização A hierarquização irá permitir, dentre inúmeras


outras funções, os seguintes benefícios para
uma estrutura de Manutenção, a saber:
Nível II: Moagem
• Estabelecer os Diagramas Lógicos para
Análise da Confiabilidade dos Sistemas;
• Estabelecer Relações entre Funções de
Nível III: Moinho
Equipamentos e Itens;
• Facilitar as Apropriações de Ordens de
Manutenção em Qualquer Nível Hierárquico
Nível IV: Acionamento
dos Ativos;
• Organização e Classificação dos Ativos;
Nível V: Motor Elétrico
• Etc.

61

Exemplo de Hierarquia

Carregador de Navios
Transportador de Correia Identificar a hierarquia do equipamento do sistema/subsistema.
Transportador de Limpeza
• Sistema Principal
• Tambor de Acionamento
• Tambor de Desvio
• Tambor de Esticamento
• Correia Transportadora
• Acionamento
• Motor
• Redutor
• Inversor de frequência
• Limpeza
• Limpador
• Raspador
• Proteção
• Chaves de Emergência

62

Exercício

Construa a hierarquia do equipamento para o exercício


proposto.

Siga com a demonstração:

• Navegue na estrutura hierárquica e selecione o


item no Orion

63

21
Hierarquia de Sistema

Exemplo no Sistema Orion

64

Selecione o Equipamento para a Análise

Devido à análise de RCM requerer investimento de tempo e recursos, a empresa pode desejar focar
em ativos de um risco maior, com base em:

• Fator de segurança

• Fator legal

• Fator econômico

• Outras considerações

Os métodos de Perguntas e Classificação para Identificação de Riscos são dois métodos de escolha
de equipamento normalmente empregados.

65

Perguntas para Identificação de Risco do


Equipamento

O método de Perguntas para Identificação de Risco consiste de um conjunto de perguntas do tipo SIM ou
NÃO que têm por finalidade identificar se a análise de RCM é indicada a um equipamento em particular.

É uma série de perguntas do tipo SIM ou NÃO, onde um “SIM” para qualquer pergunta indica que o
equipamento deve ser considerado para uma análise de RCM.

O software RCM++ possui perguntas das diretrizes MSG-3, NAVAIR e RAC. Você também pode configurar
perguntas para satisfazer suas necessidades particulares.

66

22
Perguntas para Identificação de Risco da MSG-3

Cada norma de RCM possui a sua lista de perguntas para focar os esforços de desenvolvimento.

• A falha é indetectável, ou provavelmente não seria detectada, pela tripulação durante suas
atividades normais?

• A falha afeta a segurança, inclusive equipamentos ou sistemas de segurança/emergência?

• A falha tem um impacto operacional significativo?

• A falha tem um impacto econômico significativo?

67
Escolha de Equipamento para o RCM++ - Perguntas para Identificação de Risco

68

Escolha de Equipamento para o RCM++


Perguntas para Identificação de Risco

A decisão de se utilizar a RCM é feita com base em perguntas acerca do risco para cada item.

69

23
Escolha de Equipamento para o RCM++
Classificação de Identificação de Risco

As classificações de risco de um equipamento podem então ser usadas como um:

• Ranking

• Por exemplo, iniciar a análise do equipamento com o maior risco e prosseguir lista abaixo
conforme os recursos permitirem.

• Limite

• Por exemplo, uma análise detalhada é necessária para os equipamentos com níveis de
risco maior que X, ou análises detalhadas devem ser feitas para os ‘top’ 20% dos ítens de
maior risco.

70

Outros Métodos de Escolha de Equipamento

Outros métodos, como a análise de equipamento de Pareto, baseada em paradas, disponibilidade ou outra métrica relevante,
também podem ser aplicados.

Qualquer que seja o método (ou combinação de métodos), o objetivo é concentrar recursos para a análise de RCM em
equipamentos que trarão o máximo de benefício para a empresa.

71

Exercício

Este exercício será feito no Orion

• O propósito é realizar a Identificação de Risco para o Sistema


Análisado.

• Mantenha sua análise aberta, nós a usaremos para registrar


atividades nos exercícios seguintes.

72

24
Prepare-se para a Análise

Outros elementos de planejamento são importantes, e incluem:

• Montar a equipe de análise.

• Definir regras básicas e suposições.

• Identificar e implementar tarefas a serem realizadas.

• Preparar um esquema de reunião

73

Prepare-se para a Análise


Montar a Equipe de Análise

Facilitador RCM

As equipes mais eficientes e eficazes de análise serão


multifuncionais, formadas por especialistas de
diferentes áreas, e não deverá ser nem muito grande
nem muito pequena.

74

Prepare-se para a Análise


Montar a Equipe de Análise

Os três principais motivos de se ter uma equipe formada por


Facilitador RCM
várias disciplinas são:

• As pessoas possuem “pontos cegos”.

• A análise de RCM requer especialistas em assuntos de


várias disciplinas para garantir que todas as
informações necessárias de entrada sejam
consideradas.

• A troca de informação e sinergia entre os


especialistas captam aspectos que as pessoas
separadamente deixam de considerar.

75

25
Prepare-se para a Análise
Montar a Equipe de Análise

A equipe principal para uma análise de RCM deve incluir representantes de:
Facilitador RCM
• Manutenção
• Reparo de Máquinas
• Gestão de Peças
• Operação
• Engenharia de Sistema
• Engenharia de Produção
• Qualidade/Confiabilidade
• Fabricante do Equipamento
O objetivo é juntar conhecimentos/especialidades suficientes para uma
análise efetiva sem perder recursos valiosos e/ou realizar reuniões
inadministráveis.

76

Perfil da Equipe
MUITO

COMPETITIVO COLABORADOR
ASSERTIVIDADE

Irritante Ideal
POUCO

ESQUIVO SERVIÇAL
Jogador de queimada < Acomodado

POUCO MUITO

COOPERATIVIDADE

77

Prepare-se para a Análise


Regras Básicas

Estabelecer Regras Básicas


Elas definem a forma como a equipe irá trabalhar.
Por exemplo
• Celulares serão desligados no início das reuniões.
• Ao menos 5 integrantes da equipe deverão estar presentes para a
reunião acontecer.
• Todos os integrantes da equipe participarão ativamente da análise.
• Com exceção do computador do facilitador, todos os demais
computadores deverão ficar desligados durante a análise.
• Todas as decisões serão tomadas por consenso.
• Sem conversas paralelas.

78

26
Prepare-se para a Análise
Suposições

Estabelecer Suposições

Suposições são acordos com base em “premissas" que limitam a análise à área de interesse para a
equipe. Por exemplo, elas podem incluir:

• As peças que entram em operação serão consideradas peças dentro da especificação.

• Peças de reposição de equipamentos serão consideradas peças dentro das especificações e


funcionais.

• Tarefas de restauração para peças e equipamentos deixarão o equipamento com um índice de


90% de um novo.

• Tarefas de serviço não irão restaurar a vida do equipamento, mas reduzir a degradação.

• Tempos de trabalho e de espera serão incluídos no tempo de reparo.

79

Prepare-se para a Análise


Coleta de Informações

Para se executar uma análise aprofundada, é importante que a


informação do sistema seja compreendida e esteja disponível para
referência.
Coletar e revisar a documentação relevante que contribuirá para a
análise como por exemplo:

• P&IDs de Sistemas • Dados de Garantia


• Manuais de fabricantes • Dados de Confiabilidade
• Esquemas Elétricos • Resumo de Ordens de Serviço
• Especificações/ descrições de • Resumo dos Custos de
Sistema Manutenção (CMM)
• Histórico do Equipamento

80

Exercício

Desenvolva um Programa de Análise para o Sistema Analisado

• Selecione a Equipe

• Regras Básicas e Suposições

• Documentação para Análise

81

27
Inicie a
Análise

82

Inicie a Análise de RCM

Para conduzir a análise de forma efetiva, é importante conhecer os conceitos.

O objetivo deste módulo é mostrar como:

• Compreender a terminologia de RCM.

• Compreender os conceitos de RCM.

• Familiarizar-se com a forma de realizar a análise.

Ao final deste módulo, os alunos entenderão o significado de cada campo envolvido na realização da
análise de RCM, assim como a forma de iniciar essa análise.

83

A primeira das Sete Questões


Identifique as Funções

São várias as definições de função, as mais conhecidas são:

• Moubray: A descrição da função deve consistir de um verbo, um objeto e um padrão de


desempenho.

• SAE JA1011 e JA1012: Aquilo que o proprietário ou usuário do ativo físico ou sistema deseja que o
mesmo faça.

• SAE J1739: A descrição da função deve levar em conta normas aplicáveis de desempenho,
material, processo, ambiente e segurança.

84

28
Funções
Conceito

O conceito de função no RCM objetiva responder a primeira das sete perguntas do RCM, a saber:

• Quais são as funções de um ativo no atual contexto operacional?

As empresas adquirem ativos para que estes possam desempenhar várias funções dentro de um
processo produtivo;

85

Funções
Tipos de Funções

Um determinado ativo contém diversas funções;

A manutenção deverá assegurar a identificação destas funções com os seus respectivos padrões de
desempenho de forma que o ativo continue a cumprir tais funções;

As funções são divididas em duas principais categorias:

• Funções Primárias;

• Funções Secundárias.

86

Funções
Função Principal

A função principal é a razão da existência do ativo;

Um ativo poderá ter mais de uma função principal;

• Ex: Smartphone

Fazer Ligações

Tirar Fotos

Fazer vídeos

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC


BY-NC-ND

87

29
Funções Secundárias

Espera-se que muitos ativos realizem uma ou mais funções,


além de suas funções primárias. Estas são conhecidas como
FUNÇÕES SECUNDÁRIAS.

As funções secundárias são complementos para a função


principal;

Embora complementem a função principal não podem


ser consideradas como funções menos importantes;

A perda de uma função secundária pode trazer graves


problemas por exemplo para o processo ou para a
segurança operacional;

88

Funções Secundárias

As funções secundárias são divididas em 7 categorias conhecida como ESCAPES

ESCAPES???

89

Funções Secundárias

Environmental Integrity: Garantir conformidades com padrões e leis ambientais.


• Ex: Emitir menos que 0,01% de finos de minério na atmosfera.

Safety/Structural Integrity: Assegurar a integridade estrutural de um ativo bem como


a segurança operacional.

• Ex: Prevenir o operador de sofrer choque elétrico no dispositivo de comutação;

• Ex: Suportar o peso da estrutura metálica da cobertura.

90

30
Funções Secundárias

Control: Regular parâmetros de desempenho do ativo, garantir armazenamento e conforto

ergonômico.

• Ex: Medir corrente elétrica com menos de 0,05% de erro;

• Ex: Conter todo o óleo do reservatório hidráulico;

• Ex: Permitir operação na sala de controle dentro dos parâmetros ergonômicos.

Appearance: Garantir identificação visual do ativo.


• Ex: permitir identificação visual da tubulação de água do Sistema de Combate a Incêndio.

91

Funções Secundárias

Protection: Proteger o ativo quanto às falhas.


• Ex: Aliviar a pressão interna do vaso caso exceda 6 bar

Economy/Efficiency: Utilizar os recursos materiais de forma econômica e sem desperdícios.


• Ex: Recuperar 70% da energia térmica do forno elétrico.

Superfluous Functions: Garantir o gerenciamento de itens/componentes supérfluos.


• Ex: Desativar componentes da máquina sem função.

92

Funções Secundárias

• Environmental Integrity: Integridade Ambiental

• Safety/Structural Integrity: Integridade a Segurança e Estrutural

• Control: Controle, Contenção e Conforto

• Appearance: Aparência

• Protection: Dispositivos de Proteção

• Economy/Efficiency: Economia e Eficiência

• Superfluous Functions: Funções Supérfluas

93

31
Funções
Capabilidade e Padrões de Desempenho

Padrões de desempenho são parâmetros do tipo Quantitativo ou


Qualitativo atribuídos a um ativo para melhor especificar o
desempenho de sua função;

Padrões de desempenho representam a amplitude que um


usuário deseja que um ativo faça alguma coisa;

O que o ativo é capaz de produzir ou pode fazer (conforme


especificado pelo projeto do fabricante) é conhecido como
capabilidade inicial ou intrínseca;

O desempenho desejado do ativo é o próprio padrão de


desempenho.

94

Capabilidade Inicial

É fundamental que haja uma margem adequada para deterioração entre a capabilidade inicial
e o desempenho desejado.

CAPABILIDADE INICIAL CAPABILIDADE INICIAL


(o que ele pode fazer) (o que ele pode fazer)

Margem para
deterioração

D Manutenção não O objetivo da Então a manutenção


manutenção é assegurar alcança seus objetivos
E pode subir a
que a capabilidade por manter a
DESEMPENHO S capacidade do item
permaneça acima deste capabilidade do item
DESEJADO E acima deste nível nível nesta zona
(o que os usuários M
querem que ele P
faça) E
N DESEMPENHO DESEJADO
H (o que os usuários querem que ele faça)
O

95

Descrição de Funções

Como definição e método de declaração, as funções devem iniciar com:

• Verbo no Infinitivo

• Conter um objeto

• E ao menos um padrão de desempenho

Verbo Objeto
Função do Sistema: Fornecer água quente para o usuário
numa faixa de temperatura entre 60oC e 85oC.
Padrão de desempenho

96

32
Exercício

Pratique a descrição da função principal do sistema abaixo.

TANQUE
RECEBIMENTO BOMBA TANQUE
Z DISTRIBUIÇÃO

CAPABILIDADE
BOMBA Z
1000 LITROS/MIN

FLUXO SAÍDA
950 LITROS/MIN

97

Função Protegida e Dispositivo de Proteção

• Bomba Z: Transportar 1000 litros de água por minuto do tanque de recebimento para o tanque de
distribuição. (Função Protegida)

• Bomba Y: Reserva da bomba Z (Dispositivo de Proteção).


BOMBA
Z

TANQUE TANQUE
RECEBIMENTO DISTRIBUIÇÃO

BOMBA
Y

98

Função Protegida e Dispositivo de Proteção

• Bomba Z: Transportar 1000 litros de água por minuto do tanque de recebimento para o tanque de
distribuição. (Função Protegida)

• Bomba Y: Reserva da bomba Z (Dispositivo de Proteção).


BOMBA
Z

TANQUE TANQUE
RECEBIMENTO DISTRIBUIÇÃO

BOMBA
Y

99

33
Função Protegida e Dispositivo de Proteção

• Bomba Z: Transportar 1000 litros de água por minuto do tanque de recebimento para o tanque de
distribuição. (Função Protegida)

• Bomba Y: Reserva da bomba Z (Dispositivo de Proteção).


BOMBA
Z

TANQUE TANQUE
RECEBIMENTO DISTRIBUIÇÃO

Falha Múltipla: Quando um evento ocorre devido à


BOMBA
Y falha da função protegida e do dispositivo de proteção.

100

Exercício

O propósito deste exercício é praticar a redação de descrições de


função.

Insira as informações de função para no seu exemplo prático.

• 1 Função Principal;

• 1 Função Secundária (ESCAPES) do tipo Segurança (Safety);

• 1 Função Secundária (ESCAPES) do tipo Meio Ambiente


(Environmental Integrity);

101

Atalho para Entrada de Dados

No Módulo de RCM do Orion há maneiras de economizar tempo e reduzir erros usando informação pré-
definida para facilitar a entrada de dados.

• Aproveitar textos de funções, falha funcionais, modos de falha, efeito e causa dentro de um
mesmo estudo.

102

34
Falhas Funcionais
Conceito

O conceito de falha funcional no RCM objetiva responder a segunda das sete perguntas do RCM, a saber:

• De que forma ele falha ao realizar suas funções?

A definição de falha é tudo aquilo que impossibilita o ativo de cumprir a sua função, i.e, é a incapacidade do
ativo em fazer o que seu usuário quer que ele faça;
• Moubray: Incapacidade de um ativo cumprir a sua função com
um padrão de desempenho aceitável pelo usuário.

• SAE JA1011/1012: Um estado no qual um ativo físico ou


sistema é incapaz de determinar uma função específica com o
desejável nível de desempenho.

Um ativo pode sofrer uma variedade de estados de falhas;

103

Falhas Funcionais
Tipos

As falhas funcionais são divididas em:

• Falhas Funcionais Totais: São todas as falhas que levam a perda total da função
(padrão de desempenho é nulo);

• Ex: Não bombear água do reservatório 1 para o reservatório 2.

104

Falhas Funcionais
Tipos

• Falhas Funcionais Parciais: São todas as falhas que extrapolam os limites inferiores e superiores de
controle do padrão de desempenho (abaixo do LIC e/ou acima do LSC).

• Ex: Bombear água do reservatório 1 para o reservatório 2 com uma vazão inferior a 560 l/min.

105

35
Falhas Funcionais
Conceito

Os limites de desempenho, que foram identificados nas funções, podem fornecer um guia para a
descrição da falha funcional.

Por exemplo:

• “Fornecer pressão hidráulica maior que 3200 psi.”

• “Fornecer pressão hidráulica menor que 2800 psi.”

• etc.

106

Exercício de Declaração de Falha Funcional

Os limites de desempenho para a função podem fornecer a descrição da falha funcional.

TANQUE
RECEBIMENTO TANQUE
BOMBA
DISTRIBUIÇÃO
Z

CAPABILIDADE
BOMBA Z
FAÇA A DECLARAÇÃO DA 1000 LITROS/MIN
FALHA FUNCIONAL
TOTAL E PARCIAL. FLUXO SAÍDA
950 LITROS/MIN

107

Exercício

O propósito deste exercício é praticar a redação das descrições


de falha funcional para as funções identificadas.

Entre com as informações no seu exemplo prático.

108

36
Modos de Falha
Conceito

O conceito de modo de falha no RCM objetiva responder a terceira das sete perguntas do RCM, a saber:

• O que causa cada falha funcional?

A definição de modo de falha reside em descrever qualquer evento que pode levar um ativo a falhar;

Em outras palavras, modo de falha é todo evento que gera uma falha funcional.

Falha Modo de
Função
Funcional Falha

109

Modos de Falha
Conceito

Maneira como o sistema/modo/componente deixa de executar a função pretendida.

SAE JA1011/1012: Um evento ou condição física que causa a falha funcional.

SAE J1739: Maneira como uma máquina ou equipamento falha ao executar sua função.

110

Identificar os Modos de Falha

O causa da falha (frequentemente chamada de “modo de falha” na análise de RCM) representa a


causa específica da falha funcional no nível acionável.

• Isto é, o nível ao qual será possível aplicar uma estratégia de manutenção para tratar da falha
potencial.

• A causa para um RCM (ao contrário do FMEA) não deve ser levada ao nível de causa raiz, mas
ao nível de manutenção acionável, que pode ser tratada com uma tarefa.

Esta determinação é baseada no julgamento da engenharia e conta com a experiência e habilidade


da equipe no processo de análise RCM.

111

37
Modo de Falha
Nível de Detalhamento

Que nível de detalhamento é apropriado para descrever modos de falha no nosso exemplo da
bomba?

• O conjunto de bombas falham

• Bombas falham

• Impulsor rachado devido a

• Desgaste excessivo da bomba

• Abrasivos no fluido

• Material macio demais para uso

• Material especificado de forma incorreta

112

Modo de Falha
Nível de Detalhamento

Os modos de falha são definidos da maneira mais apropriada para se implementar uma medida de manutenção.

FUNÇÃO FALHA FUNCIONAL MODO DE FALHA

Rolamento emperrado
Transferir óleo do tanque x para o tanque y Não transfere óleo
não inferior a 15 galões por minuto
Motor queimado

Pistão solto

Etc.

Cabeça do pistão folgada


Transfere menos que 15 galões por minuto

Linha da entrada parcialmente obstruída

Exemplo extraído do livro Effective FMEAs, © John Wiley & Sons, 2012, todos os direitos reservados.

113

Modo de Falha
Descrição

Uma maneira de descrever os modos de falha é pela classe do equipamento, seguida do mecanismo

de falha:

• Bomba, rolamento travado • Circuitos, contatos corroídos

• Bomba, impulsor desgastado • Circuitos, braço de controle quebrado

• Caixa de engrenagem, sem óleo • Motor, barra quebrada

• Cilindro de ar, vedação do pistão rachada • Motor, anéis rachados

• Cilindro de ar, vedação do eixo trincada • Barra de distribuição, contato solto

• Transformador, enrolamento com curto-circuito

114

38
Modo de Falha x Causa Raiz da Falha

Modo de falha normalmente é declarado até o estado da


falha física. O estudo causa raiz vai além deste estado e
requer outros métodos de estudo.

FÍSICO
(Peça / Componente, Equipamento,...)

HUMANO
(Atitude / Comportamento,
Habilidade,...)

PRIMÁRIO
(Sistema de Gestão, Política, Cultura,
Procedimento, Treinamento,...)

115

Exercício

O propósito deste exercício é praticar a redação das


descrições de modos de falha para as falhas funcionais
identificadas no Sistema Analisado.

Entre com as informações no seu exemplo prático.

116

Efeito e Consequência da Falha


Definição

O conceito de Efeito e Consequência da Falha no RCM objetiva responder a quarta das sete perguntas do
RCM, a saber:
• O que acontece quando ocorre cada falha?
“Efeito da falha é descrever de forma sucinta o que acontece quando um modo de falha ocorrer”
John Moubray
Outras definições

• IEC 60300-3-11: Efeito imediato de cada modo de falha nos itens funcionalmente significantes
e nas funções requeridas destes itens.
• SAE J1011/J1012: Aquilo que acontece quando um modo de falha ocorre.
• SAE J1739: Trata-se do impacto do modo de falha no sistema, subsistema
ou componente.

117

39
Identificar Efeitos de Falha

O próximo passo é definir os efeitos de falha.

• O que será observado quando uma falha ocorrer?

• Qual é o impacto sobre a operação/produção?

• Qual é o impacto sobre a segurança/meio ambiente?

• Que mudanças físicas ocorrerão no equipamento ou equipamento adjacente?

• Que alarmes ou indicadores serão observados?

118

Identificar Efeitos de Falha

Os efeitos podem ser classificados em três níveis.

• Efeito Local

• O que é observado no componente individualmente?

• Efeito de Nível Superior

• O que é observado a nível de subsistema?

• Efeito Final

• O que será observado a nível de sistema?

119

Exercício

O propósito deste exercício é praticar a redação das


descrições de efeitos para as falhas funcionais
identificadas.

Entre com as informações no seu exemplo prático.

120

40
FEC – Categorização dos Efeitos da Falha
Conceito

O conceito de categorização dos efeitos da falha no RCM objetiva responder a


quinta das sete perguntas do RCM, a saber:

• De que forma cada falha importa?

Um diagrama lógico pode ser usado para avaliar e categorizar os efeitos da falha
(FEC – Failure Effect Categorization).

121

Diagramas de Categorização

Muitas referências de RCM contêm diagramas lógicos que podem ser utilizados para avaliar e
categorizar os efeitos de falha.

Os diagramas podem ter 4, 5 ou 6 categorias. O slide seguinte apresenta diversos exemplos extraídos
de fontes diferentes.
CONSEQUÊNCIAS
ECONÔMICAS

CONSEQUÊNCIAS
SEGURANÇA
CONSEQUÊNCIAS
OPERACIONAIS

122

Categorização do Efeito de Falha


FEC (Failure Effect Categorization)

Um diagrama lógico com perguntas do tipo Sim/Não que levam a uma categorização dos efeitos de falha
(ex.: Oculta Segurança, Evidente Econômico, etc).

Você também pode configurar as perguntas/categorias para adequá-las às suas necessidades. O orion
suporta 4 configurações para a árvore lógica:

• 4 Categorias

• 5 Categorias (Divididas em ramificação de SIM)

• 5 Categorias (Divididas em ramificação de NÃO)

• 6 Categorias

123

41
Exemplo de Árvore Lógica de FEC (4 Categorias)

124
Exemplo de Árvore Lógica de FEC (5 Categorias)

Norma MSG 3 A ocorrência da falha funcional é evidente para a


tripulação durante as suas atividades normais?

sim não

As falhas Funcionais ou danos secundários A combinação da Falha Funcional Oculta e uma


resultante da Falha Funcional possui efeito falha adicional relacionada ao sistema ou função
adverso direto na segurança da operação? de backup possuem efeito adverso direto na
segurança da operação?

sim
não

A falha funcional possui


sim não
efeito adverso direto sobre
a capacidade operacional?

sim não
5 6 7 8 9
Evidente Evidente Evidente Oculta Oculta
Segurança Operacional Econômica Segurança Econômica

From the Air Transport Association (ATA) MSG-3 guidelines for aircraft systems and powerplant analysis.

125
Exemplo de Árvore Lógica de FEC (6 Categorias)

A ocorrência da falha funcional é evidente


para a operação durante as suas
atividades normais?
sim não

As falhas Funcionais ou danos secundários A combinação da Falha Funcional Oculta e uma falha
resultante da Falha Funcional possui efeito adverso adicional relacionada ao sistema ou função de backup
direto na segurança da operação ou outros possuem efeito adverso direto na segurança da operação
resultados perigosos? ou outros resultados perigosos?

não não

A falha funcional possui efeito sim


sim A falha funcional oculta
adverso direto sobre a possui efeito adverso
capacidade operacional? direto sobre a capacidade
operacional?

sim não
sim não
ES EO EE
OS OO OE
Evidente Evidente Evidente
Segurança Operacional Econômica Oculta Oculta Oculta
Segurança Operacional Econômica

From page 48 of SAE JA1012 "A Guide to the Reliability-Centered Maintenance (RCM) Standard."

126

42
Exemplo de Árvore Lógica de FEC (4 Categorias)

127

FEC – Categorização dos Efeitos da Falha


Tipos de Falha: Evidente

Falha Evidente: São todas as falhas que se tornam inevitavelmente evidente para o grupo de
operação sob circunstâncias normais de operação.

• Ex:

• Queima de um motor,

• Travamento de um mancal

• Rompimento da correia de transmissão.

128

FEC – Categorização dos Efeitos da Falha


Tipos de Falha: Oculta

Falha Oculta: São todas as falhas que não se tornarão evidente para o grupo de operação se
ocorrerem sob situações normais de operação.

• Ex: Travamento da haste de atuação do sensor de posição de emergência, Baixa carga da


bateria do sistema de luz de emergência, Queima do motor reserva.

• As tarefas relacionadas a “Failure Finding (FF) – Localizando Falhas (LF)” são somente
desempenhadas para falhas ocultas.

“Uma falha oculta é aquela que a perda da função não é


evidente para quem opera a máquina”

129

43
FEC – Categorização dos Efeitos da Falha
Tipos de Falha: Oculta

As ações de manutenção para falhas ocultas consiste na inspeção das funções ocultas (não evidentes
para os operadores e/ou mantenedores), em intervalos regulares, para identificar e corrigir possíveis
modos de falha de sistemas/equipamentos, i.e, Manutenção Detectiva.

130

FEC – Categorização dos Efeitos da Falha


Categorias da Falha: Segurança e Ambiental

Uma falha apresenta consequências que impactam na Segurança ou no Meio Ambiente caso o efeito
destas falhas resultem em:

• Ferimentos graves, morte ou perda funcional do operador/mantenedor;

• Não cumprimento de qualquer padrão ambiental regional, nacional ou internacional;

131

FEC – Categorização dos Efeitos da Falha


Categorias da Falha: Segurança e Ambiental

Uma falha apresenta consequências Operacionais caso o efeito destas falhas resultem em:

• Perdas de produção (lucro cessante devido à parada total ou redução da produção);

• Impactos na qualidade do produto;

• Problemas nos serviços de atendimento ao cliente;

• Custos operacionais diversos.

132

44
FEC – Categorização dos Efeitos da Falha
Categorias da Falha: Econômica/Não Operacional

Uma falha apresenta consequências que impactam em fatores Econômicos ou Não Operacionais caso
o efeito destas falhas não resultem em efeito adverso na segurança, no meio ambiente ou
capabilidade operacional, impactando somente em:

• Custos diretos de reparo (custos de manutenção corretiva).

• Outros custos de manutenção.

133

Usando cálculos de RPN

Alguns profissionais preferem usar cálculos de RPN quando realizam a análise de RCM. Isso requer passos
adicionais:

• Rankings de gravidade onde os efeitos são classificados de acordo com o pior efeito identificado para a
falha funcional.

• A ocorrência é a base de uma avaliação subjetiva da frequência de uma falha potencial.

• A detecção é baseada na probabilidade de um modo de falha potencial


ser identificado antes de uma falha.

• Análise de RPN para estabelecer os tipos de tarefas que irão reduzir o


risco.

O restante dessa apresentação será baseado no uso de FEC.

134

Exercício

O propósito desse exercício é praticar o uso de diagramas


de FEC para as falhas funcionais identificadas.

Entre com as informações no seu exemplo prático no


software.

135

45
Estratégias de
Manutenção

136

Estratégia de Manutenção

A fim de definir e melhorar as atividades de manutenção de forma eficaz, é importante entender as


opções de tarefas que podem proporcionar oportunidades de melhoria.

O objetivo deste módulo é:

• Desenvolver a compreensão das várias técnicas para gerenciar o potencial de falha.

Ao final deste módulo, os alunos entenderão como a questão de “funcionar até falhar” pode
beneficiar ou prejudicar a linha de produção, e entenderão a inclusão de técnicas preventivas e
preditivas que podem ajudar a otimizar iniciativas de manutenção.

137

Estratégia de Manutenção

Uma vez que a análise de falha está concluída, é identificada uma estratégia de manutenção que
pode evitar ou postergar as falhas.

A escolha é feita com base nas tarefas de manutenção que melhor mitiga as falhas.

• Otimiza o tempo de atividade

• Minimiza custo

138

46
A Escolha de uma Estratégia de Manutenção

A decisão da equipe de análise de RCM sobre qual estratégia aplicar para cada modo de falha pode
ser baseada em:

• julgamento/experiência

• um diagrama lógico pré-definido

• comparações de custo/disponibilidade

• algumas combinações de fatores

139

Opções de Estratégia de Manutenção

• Manutenção Preditiva ou Preventiva com Base na Condição

 Inspeção da Condição

 Intervalo de Advertência

• Manutenção Preventiva com Base no Tempo

 Substituição

 Reparo

 Serviço

• Manutenção Detectiva

• Manutenção Corretiva

140

RCM
Manutenção Preditiva

141

47
Evolução da Manutenção
História

Manutenção Corretiva Manutenção Preditiva


Reparar quando Baseado na Gestão de Ativos
Quebra Condição

1950 1970 1980 1990 2000 2010 20 20

Manutenção Preventiva Manutenção Manutenção


Intervenções Confiabilidade Pro-ativa Prescritiva
Programadas Otimização Prognose

142

Ganhos com diversos tipos de Manutenção

18 USD/hp/ano

Economia média industrial resultante de um programa de


Custo médio de manutenção de Bombas

manutenção preditiva bem implantado:


13 USD/hp/ano • Retorno do investimento: 10 vezes
• Redução dos custos de manutenção: 25% a 30%
• Eliminação das quebras não programadas: 70% a 75%
• Redução no tempo de reparo: 35% a 45%
Corretiva

9 USD/hp/ano
• Aumento da produção: 20% a 25%.
6 USD/hp/ano
Preventiva

PdM/CBM

Prescritiva
RCM

Referência: US Department of Energy’s - Operations & Maintenance Best Practices - A Guide to Achieving Operational
Efficiency Release 3, 2010

143

Manutenção Prescritiva

• Sistema tratamento de dados, capaz de detectar precocemente a falha e fornecer


o diagnóstico do ativo, através do aprendizado sobre o seu comportamento.

• O diagnóstico é realizado no momento exato, privilegiando a integridade do ativo


e sua segurança.

• São utilizados os sensores em quantidade e tipo adequados para identificar as


falhas esperadas.

144

48
Manutenção Prescritiva
Sistema de Prognose e Diagnose

Fluxograma do Método

REFERÊNCIA: LABORATÓRIO DE CONFIABILIDADE DA ESCOLA POLITÉCNICA

Prof. Dr. GILBERTO FRANCISCO MARTHA DE SOUZA

145

Manutenção Prescritiva
Sistema de Prognose e Diagnose

146

Técnicas de Manutenção Preditiva


mais Utilizadas

147

49
Processo Recomendado de Implantação

148

Seleção de Tarefas
Técnicas de Preditiva: Vibração

Análise de Vibrações é a técnica mais utilizada.

Todo defeito de um equipamento rotativo pode é


transmitido, através dos mancais, e pode quantificado
em função da amplitude (severidade), frequência (tipo
de defeito) e fase (forma de vibrar).

149

Tipos de Equipamentos

Inspeção Coletores Portáteis de Dados

NK300 NK600 NK620

Wireless Proteção e Monitoramento On line

150

50
Seleção de Tarefas
Técnicas de Preditiva: Vibração

Estator
Rotor

Forças

151

Vibrações em Equipamentos Rotativos

O Valor global das vibrações dá uma indicação da Severidade da Vibração.


Toda falha de equipamento pode ser representada por uma frequência e amplitude de vibração

Bearing
Amplitude

Gear
Generator
mesh
Frequency & Range

Rotor Hub FFT


Amplitude

S Valor Global
Time

(RMS)

152

O que é Vibração?

153

51
Características das Vibrações

• AMPLITUDE
• FREQUÊNCIA
• FASE

154

Amplitude

0.707 of Peak
0.637 of Peak
*RMS
*AVG Zero-To-Peak

Peak-To-Peak

* RMS (Root Mean Square) and AVG (Average) value calculations are
only valid for pure sine wave signals.

155

Relações de Amplitude

Sistema Massa- Mola


Maxima Aceleração
Mínima Velocidade

Maxima Velocidade
Mínima Aceleração

Maxima Aceleração
Mínima Velocidade

156

52
Relações de Amplitude

0 90 180 270 360


Acceleration Velocity Displacement

157

Relações Velocidade x Aceleração

158

Relações de Amplitude

159

53
Vibrações em Equipamentos Rotativos

O Valor global das vibrações dá uma indicação da Severidade da Vibração.


Toda falha de equipamento pode ser representada por uma frequência e amplitude de vibração

Bearing

Amplitude
Gear
Generator mesh
Frequency & Range

Rotor Hub FFT

Amplitude

S Valor Global
Time

(RMS)

160

Sinais Complexos

Frequências individuais Resultado forma


por problema de máquina de onda complexa

A
Motor Elétrico
Ventilador com 6 Pás
B
Soma de A,B,C,D.

161

Transformada de Fourier

162

54
Amplitude x Frequência

• Frequência de vibração indica a fonte potêncial do problema.


• Amplitude de vibração indica a severidade do problema.

163

Fase

• Fase indica como a máquina está se movendo.

• Indica a relação do movimento de parte da máquina em função de uma referência.


 Por exemplo o rasgo de chaveta do eixo;
 O movimento entre 2 pontos da máquina.

• Se nós conhecermos “Como” a máquina está se movendo fica mais fácil entender o “Por Que”

• Amplitude e frequências permitem uma precisão de pelo menos 80% de acerto no


diagnóstico. Adicionando Fase aumenta a precisão de acerto para mais de 95%.

164

Identificação das Formas de Vibrar - ODS

165

55
Uso da Rotação (Fase) e Carga como referência
de medição

Referência: Artigo Cledson Deiró

166

Uso da Rotação (Fase) e Carga como referência


de medição

Referência: Artigo Cledson Deiró

167

Por que os Rolamentos Falham?

lubrificação inadequada
- excesso de lubrificante
- falta de lubrificante
- contaminação

carga excessiva pôr:


- desalinhamento
- desbalanceamento
- empenamento
- etc.....
instalação incorreta
vida
impactos na pista externa

168

56
O Rolamento Conhece

Lubrificação

Desalinhamento

Desbalanceamento

Folgas

169

Por que os Rolamentos Falham?

LUBRIFICAÇÃO (36%)

BOA INADEQUADA

170

Por que Lubrificar?

• Separar as superfícies entre os


anéis e os elementos rolantes,
diminuindo o atrito e o desgaste
(contato metal-metal);

• Proteger o rolamento contra a


contaminação e a corrosão;

• Retirar calor

171

57
Por que os Rolamentos Falham?

FADIGA DA SUPERFÍCIE

1) Formação da cavidade 2) Inicio da trinca

3) Propagação 4) Liberação de material

172

Evolução do Defeito

173

Evolução do Defeito

174

58
Falha do Rolamento

Falha do Rolamento

175

Falha do Rolamento

176

Falha do Rolamento

177

59
Envelope de Aceleração - SKF

178

Envelope de Aceleração - SKF

Sinal no Tempo FFT

Sinal de
entrada

Filtro passa-
Faixa
Aceleração Espectro de Acc

Retificador

Filtro passa-
Baixa
Demodulated Acc. Envelope Acc. Espectro

179

Espectro de Envelope de Aceleração - SKF

180

60
Evolução da Falha

Fase 2 - pequenos defeitos visíveis c/ microscópio

Fase 3 - defeitos visíveis, aparecimento de harmônicos e bandas laterais no espectro no final da fase velocidade de vibração
aumenta
Fase 4 - 1x rpm é afetada, frequências de envelope são substituídas pôr banda de alta frequência

recomendação de troca
Medições convencionais
fase 1 fase 2 fase 3 fase 4 de velocidade, temperatura

Medições de envelope
de aceleração, técnicas de demodulação

20 10 5 1 ( % estimada da vida rolamento)

181

Fase

• Indica a relação do movimento de parte da máquina em


função de uma referência.
• Por exemplo o rasgo de chaveta do eixo;
• O movimento entre 2 pontos da máquina.
Movimento em fase

 Se nós conhecermos “Como” a máquina está se movendo


fica mais fácil entender o “Por Que”
 Amplitude e frequências permitem uma precisão de pelo
menos 80% de acerto no diagnóstico. Adicionando Fase
aumenta a precisão de acerto para mais de 95%. Movimento fora de fase

182

Tipos de Monitoramento por Vibrações

• Periódico
• Medidores manuais
• Coletores/Analisadores de vibrações
• Wireless

• Permanente
• Monitoramento para proteção
• API 670
• transmissor
• Monitoramento para acompanhamento
• 24/7

183

61
Equipamentos para Monitoramento por
Vibrações

CSI 6500 ATG


Machinery
Geradores Caldeir Protection
Turbina as 3500 Machinery Protection Systems
Compressor s
Ventilad Motoes
Reduto Bomb
ores r res as

AMS Asset Monitor Anallisadores portáteis


Balanço de MachineryOn line de vibração
Planta Monitoring

Eddy
Current
Eddy Current Probes Convertor Acelerômetros
s
184

184

Base Instalada da Emerson na Vale

185

Lançamento - AMS Asset Monitor

186

62
Sensores Wireless - Dynamox

187

Sensores Wireless

188

Acelerômetros

• Sensibilidade
• Faixa de frequência
• Temperatura de operação
• Fixação

189

63
Alimentação do Acelerômetro

SupplyVoltage
 SCP (Standard
18 to 30 VDC
+
Current Powering)
2-10 mA 22 F
CCD >
Readout
 Corrente limitada pela
+ Equipment
500K
voltagem
Bias Voltage
Connector  Uso Bias Voltage
Amplifier Shield

Crystal

IsolationLayer
#625

190

Cabos e Conectores

Readout Readout
Equipment
Equipment

Internal Shield
Isolated from Housing Internal Shield
Isolated from Housing

#614
#615

191

Montagem do Acelerômetro

192

64
Montagem fixa x Base Magnética

Base Magnética

Montagem
Rígida

193

Deve –se medir na Zona de Carga?

Zona de Carga

Fora da Zona de Carga

194

Medição com qualidade ruim do sinal

195

65
Locais de Medição

196

Métodos de Avaliação

• Operador
• Inspetor
• Lubrificador
Severidade de
Velocidade de
Vibração Limites de Velocidade por Classes de
segundo Máquina
Norma
ISO10816-1
Máquinas Grandes
mm/s in/s Máquinas Máquinas médias Suporte rígido Suporte flexível
RMS Pico pequenas
eq. Classe I Classe II Classe III Classe IV
<15KW >15<75KW >75KW
0.28 0.02
0.45 0.03 Bom
0.71 0.04 Bom
1.12 0.06 Aceitável Bom
1.80 0.10 Aceitável Bom
2.80 0.16 Razoável
4.50 0.25 (alerta) Razoável Aceitável
7.10 0.40 (alerta) Razoável Aceitável
11.20 0.62 Inaceitável (alerta) Razoável
18.00 1.00 (perigo) Inaceitável (alerta)
28.00 1.56 (perigo) Inaceitável Inaceitável
45.00 2.51 (perigo) (perigo)

197

Métodos de Avaliação

• Analista de vibrações coleta de dados e descarrega os dados no software.

198

66
Medição do Valor Global x Espectro (FFT)

Inaceitável
Aumento
Normal

Normal
Defeito

199

Desbalanceamento

200

Desalinhamento

201

67
Folgas

202

Forças Hidráulicas

203

Engrenagem

204

68
Falha em Redutor

205

Falha em Redutor

206

Falha em Acoplamento

207

69
Falha em Motor Elétrico

Estator Rotor

Ventilador

Passagem Corrente Elétrica no Rolamento

208

Falha em Motor Elétrico

Estator Rotor

Ventilador

Barra Quebrada no Rotor

209

Falha em Rolamento

• Crescimento da curva de tendência (valor Global)

• Identificação de defeito na pista interna do rolamento

210

70
Falha Engrenamento

Identificada falha no engrenamento


inferior por Análise de Vibrações.

Frequência de engrenamento Superior, com bandas laterais


na frequência de engrenamento inferor ( )
Frequência de engrenamento Inferior
6m

211

Falha em Rolamento de Giro de Guindaste

Analise da Forma de onda no tempo

Analise da Forma de onda circular


no tempo

212

Falha de Engrenamento

Forma de onda Circular permite identificar qual dente, apresenta problema.

213

71
Seleção de Tarefas
Técnicas de Preditiva: Termografia

• Termografia infravermelha (energia emitida por pontos


quentes dos equipamentos) detecta:

• Rolamentos, eixos e motores superaquecidos


• Perda das conexões elétricas
• Vazamentos de vapor/fluido refrigerante
• Isolamento danificada, problemas de umidade
• Vazamentos e danos na cobertura
• Retentor de vapor defeituoso

214

Sistema de Monitoramento Integrado


Vale Itabira - 2004

215

Seleção de Tarefas
Técnicas de Preditiva: Análise de Óleo

• A análise do óleo examina:


 Partículas sólidas

 Contaminação

 Viscosidade

• Detectar:
 Componente deteriorado
 Problemas de vedação / Selo vazando
 Degradação do lubrificante

216

72
Seleção de Tarefas
Técnicas de Preditiva: Ultrassom

Emissão de ondas sonoras (> 20 kHz) indicam:

 Vazamento em sistemas pressurizados

 Vazamento nos sistemas de vácuo

 Arcos elétricos (descarga corona)

 Atrito em equipamentos mecânicos

217

8 Pilares do Ultrassom

218

Aplicações do Ultrassom

219

73
Aplicações do Ultrassom

220

Resultados do Ultrassom

221

Considere Técnicas de Preditivas (PdM)

Considere a viabilidade de tarefas de Manutenção Preditiva (PdM):

• Há tecnologia disponível nas instalações?

• Isso é rentável?

• Os resultados podem ser repetidos?

• A tarefa é tecnicamente factível?

222

74
Técnicas de Preditiva (PdM)

Determinar a aplicabilidade das tarefas com Base na Condição

• Condição do dispositivo de monitoramento (alarme, instrumento de vazão,


registrador, etc).

• Tecnologia preditiva (termografia, análise de óleo, análise de vibração,etc...).

223

Tarefas de Inspeção da Condição

Detecção de Condição:

• Uma indicação de quando a falha que se aproxima será detectável durante


a inspeção. Isso pode ser especificado em uma das seguintes maneiras:

• Limiar de Detecção de Falha (FDT - Failure Detection Threshold)

• Intervalo P-F

224

Limiar de Detecção de Falha

Um número de 0 a 100 que indica a percentagem da vida de um item que deve decorrer antes
de uma falha que está se aproximando ser detectada.

• Por exemplo, se o FDT for de 90% e o produto for falhar em 1.000 dias, a falha que se
aproxima pode começar a ser detectada aos 900 dias.

• Técnicas preditivas podem apresentar FDT diferentes.

Ex: Num redutor o FDT para Análise de Óleo é menor que o FDT para Vibração.

225

75
Intervalo P-F

A quantidade de tempo antes da ocorrência da falha quando a mesma puder ser detectada por uma
inspeção.

Este é “o período de advertência” com duração de P (quando uma Falha Potencial pode ser detectada)
a F (quando a Falha Funcional ocorre).

• Por exemplo, se o intervalo PF for de 200


dias, e o produto apresenta um tempo
para falhar de 1000 dias, a falha tem a
possibilidade de começar a ser detectada
com 800 dias.

226

Intervalo P-F

227

Manutenção Preventiva com Base no Tempo

Determine a aplicabilidade das tarefas de Manutenção Preventiva com base no tempo

• Um período/taxa/intervalo direcionado ao Modo de Falha?

• O mecanismo de falha é conhecido e relacionado a idade do item?

• Existem dados de falha suficiente para definir adequadamente a frequência das tarefas?

228

76
Seleção de Tarefas com Base no Tempo

Determinar a viabilidade das tarefas de Manutenção Preventiva

• O custo da tarefa é viável?

• Há repetibilidade nos resultados?

• A tarefa é tecnicamente viável?

229

Seleção de Tarefas Preventivas Baseadas no


Tempo - Tipos

Preventiva de Reparo

• Restaurar o equipamento para o nível


desejado de performance

Preventiva de Troca

• Substituir o equipamento/componente
para o nível desejado de performance

Tarefa de Serviço (Services)

• Manter uma determinada condição para


postergar a falha do item

230

Seleção de Tarefas Preventivas Baseadas no


Tempo - Exemplos

Preventiva de Reparo
• Alinhamento de conjuntos de acionamento
• Ajustes de tensionamento de correias
• Soldas
Preventiva de Troca
• Substituição de elementos filtrantes
• Troca de óleo
Tarefa de Serviço (Services)
• Reaperto, Limpezas e Lubrificações
• Calibrações de dispositivos de proteção

231

77
Intervalo Ótimo de Substituição

Para calcular o intervalo ótimo para se realizar uma tarefa de reparo/substituição, você
precisa definir o seguinte:
• Probabilidade de Falha:
• A probabilidade do item falhar devido a causas específicas. Esta probabilidade é
determinada através de uma distribuição de confiabilidade.
• Custo da MC por Intervenção:
• O custo de cada ação de manutenção corretiva.
• Custo da MP por Intervenção:
• O custo de cada ação de manutenção preventiva.

232
Intervalo Ótimo de Manutenção

Co st p er un it T im e vs. T im e

0.02

0 .0 18
No geral, quando ações de MP
aumentam, os custos de MP
0 .0 16
também aumentam e os custos
0 .0 14
de MC diminuem.
C o st p er unit T ime

0 .0 12
Quanto mais espaçadas são as
0.01

M in imum C o st o f MPs, haverá menos custo de


0 .0 08
R ep lacemen t MP e mais custos de MC.
0 .0 06
Preventive
O objetivo é identificar o
0 .0 04 R eplacem ent
C orrective
C osts
R eplacemen t
melhor custo benefício para o
0 .0 02
C osts negócio.
0
0 10 0 2 00 3 00 400 5 00 60 0 7 00 80 0 9 00 1 00 0

T im e, t

233

Intervalos para as Tarefas


Intervalo Ótimo de Preventiva

Os seguintes cálculos determinam o tempo “t”, que resulta no menor custo possível por unidade de
tempo:

C P R (t ) CU [1 R(t )]
CPUT (t ) 

t
0 R( s)ds
onde:

• R(t) = Confiabilidade no Tempo “t”.

• CU = Custo de MC por Intervenção.

• CP = Custo de MP por Intervenção.

234

78
Intervalos para as Tarefas
Intervalo Ótimo de Preventiva

O intervalo ótimo, t, é o tempo que minimiza o CPUT (t). Isto pode ser encontrado resolvendo:

[CPUT (t )]
0
t
Ou resolvendo para um t que satisfaça a seguinte equação:

 C  R (t )  C  [1  R (t )] 
 P U

  0 R( s)ds 
t

0
t

235

Manutenção Detectiva

Também conhecido como tarefas de Localização de Falhas


(FF – Failure Finding)

Inspecionar o equipamento de forma programada para


descobrir falhas ocultas.

Se encontrar a falha, iniciar a manutenção corretiva.

Neste contexto o termo corretiva programada faz sentido

236

Manutenção Detectiva - Exemplos

Teste para confirmar a falha ocorrida e corrigir a situação, exemplo:

• Testes de chaves de emergência;

• Testes de trip de disjuntores;

• Testes de luzes de emergência.

237

79
Reprojetos e Manutenção Corretiva

O conceito de reprojeto e manutenção corretiva no RCM objetiva responder a última das sete
perguntas do RCM, a saber:

• O que deve ser feito se não for encontrada uma tarefa pró-ativa apropriada?

238

Reprojeto

Determine a aplicabilidade do reprojeto do


sistema

• Nenhuma tarefa baseada na condição ou


baseada no tempo é viável.

• O sistema e/ou subsistema é crítico.

• O custo antecipado é aceitável (o retorno


sobre o investimento é adequado).

239

Considere Funcionar-até-Falhar

Funcionar-até-Falhar: não realizar ações de manutenção


programadas.

Determinar se Funcionar-até-Falhar é uma estratégia viável.

• Tarefas de PdM ou PM não estão disponíveis.

• O reprojeto não é garantido com base em criticidade x


custo de sistema/subsistema.

• Consequências das falhas são aceitáveis.

240

80
Seleção de Tarefas
Custos e Justificativas das Tarefas

Prescritiva

Pró Ativa (RCM com tarefas de Man.


Preditiva e RCA)

Base Condição
(Inspeções Sensitivas ou
Instrumentadas e Manutenções Preditivas)

Manutenção Preventiva de Reparo

Manutenção Preventiva de Troca

Manutenção Detectiva
(Testes)

Manutenção Corretiva

Reprojeto

241

Diagrama Lógico de Seleção de Estratégia

Por exemplo, o diagrama lógico a seguir é fornecido como um exemplo nas diretrizes do SAE
JA1012, que aplica a abordagem de FEC (Categorização do Efeito de Falha) ao risco.

• A parte do diagrama apresentado aqui representa as questões a serem consideradas


para falhas com efeitos que foram classificados como "Ocultos Operacionais”.

• Diagramas de seleção estão disponíveis e/ou podem ser desenvolvidos para outras
opções de tarefas.

242

Seleção de Tarefas
Diagrama para Falhas Evidentes

Selecionar Inspeções (Sensitivas Sim É tecnicamente viável e vale a pena ser executada uma tarefa sob
ou Instrumentadas) ou condição?
Manutenções Preditivas
Não

Manutenção Preventiva de Sim Uma tarefa programada de recuperação, é tecnicamente viável e


Reparo vale a pena ser executada?

Não

Manutenção Preventiva de Troca Sim Uma tarefa programada de descarte, é tecnicamente viável e vale
a pena ser executada?

Não

Reprojeto ou Manutenção
Corretiva

243

81
Seleção de Tarefas
Diagrama para Falhas Ocultas

Selecionar Inspeções (Sensitivas Sim É tecnicamente viável e vale a pena ser executada uma
ou Instrumentadas) ou tarefa sob condição?
Manutenções Preditivas Não

Sim Uma tarefa programada de recuperação, é tecnicamente


Manutenção Preventiva de
viável e vale a pena ser executada?
Reparo
Não

Sim Uma tarefa programada de descarte, é tecnicamente


Manutenção Preventiva de Troca
viável e vale a pena ser executada?
Não

Sim Uma tarefa programada de localização de falha, para


Manutenção Detectiva (Testes) detectar a falha funcional, é tecnicamente viável e vale a
pena ser executada?
Não

Reprojeto ou Manutenção
Corretiva

244

Seleção de Tarefas
Outros Diagramas

245

Seleção de Tarefas
Outros Diagramas

246

82
Seleção de Tarefas
Outros Diagramas

247

Escolha da Estratégia de Manutenção

Uma série de perguntas do tipo SIM/NÃO que levam o analista a escolher a estratégia
apropriada de manutenção (normalmente baseada na Categorização do Efeito de Falha).

O Orion vem com uma seleção de perguntas extraídas das melhores publicações a este
respeito. Também é possível configurar tipos diferentes de perguntas/tarefas para satisfazer
a necessidade específica da organização.

248
Seleção de Tarefas do RCM++

249

83
Seleção de Estratégia

Decidir sobre a(s) tarefa(s) considerando Custo X Disponibilidade.

Comparar custos normalizados e disponibilidades médias para as estratégias potenciais de


manutenção.

Selecionar a tarefa de manutenção que fornece o nível desejado de disponibilidade para o custo
mínimo.

250

Seleção de Estratégia
Exercício

Defina as Estratégias de Manutenção para cada


Modo de Falha descrito no exercício F, com base
na Avaliação FEC.

251

Seleção de Tarefas
Descrição das Tarefas de Manutenção

A estrutura do texto que comportará as Tarefas de Manutenção deve constituir de uma Ação com verbo no
infinitivo (Ex.: Apertar, Limpar, Lubrificar etc), um Objeto e Local utilizados para situar o ponto onde a ação
será aplicada, um Método ou Ferramental que indica qual o sentido humano ou ferramental que deverá ser
utilizada para executar a ação e uma Medida Padrão que quantifica o parâmetro de qualidade a ser buscado
pela Tarefa de Manutenção.

252

84
Exemplos de Estratégia de Manutenção

Inspeção de Descoberta de Falha


• Testar um detector de fumaça para confirmar se ainda funciona.
Inspeção da Condição
• Examinar o desgaste dos pneus e substituí-los se necessário.
Serviço
• Realizar rotina de lubrificação.
Reparo/Substituição
• Substituir o filtro de ar.
Mudança de Projeto
• Adicionar sistema de monitoramento de pressão nos pneus para melhorar a
capacidade de verificação da pressão dos pneus sem parar o veículo.

253

Exercício

Descreva as Tarefas de Manutenção conforme o padrão


(Verbo + Objeto + Local + Ferramental + Medida Padrão)

E defina a periodicidade de execução destas tarefas

254

Fontes de Entradas e Saídas

255

85
Documento Vivo

O RCM é mais eficaz quando é um processo dinâmico e interativo - um documento "vivo".

A equipe terá de rever e atualizar a estrutura do RCM para compreender:

Implementação
de Melhorias
Mudanças no
Novas pessoal de
informações que manutenção e
se tornam operação
disponíveis

Mudanças no
desempenho
RCM Novas
exigências
monitorado da
falha

Mudanças no Mudanças na
processo e/ou taxa de
equipamento. produção

256

Análise de
Falhas

257

Análise de Falhas

Ao realizar uma Analise de Falha podemos fazer conexão com o RCM de quatro formas maneiras:

1ª Verificação do modo de falha no RCM na etapa de investigação.

2ª Investigação no estudo de RCM para verificar se existe uma tarefa de manutenção que aborda o
modo de falha investigado.

3ª Criação de ações que consistem em:

• Criar uma tarefa de manutenção em caso de inexistência e comprovação da necessidade

• Alterar uma estratégia de manutenção em caso de existência de uma estratégia de manutenção


comprovadamente equivocada.

• Alterar a periodicidade de uma tarefa em caso de existência comprovada de ineficácia atrelada


a periodicidade .

258

86
Exemplo

• Vamos supor que:

Uma Análise de Falhas está sendo realizada e nela foi comprovada que para o modo de falha
analisado não há uma tarefa de manutenção estabelecida.

Neste caso as ações de melhoria são:

• Criar a tarefa no RCM definindo:

 Estratégia de Manutenção

 Periodicidade da Tarefa

 Descrição da Tarefa

259

Análise de Falhas

• Criar no Orion
A análise de RCA
O plano de Ação
A definição da tarefa de manutenção no RCM

Correia Transportadora

260

Diretrizes
Básicas

261

87
Diretrizes Básicas

Processo para criação de documentações que regulamentam a execução de tarefas


1° Grupo
Regulamentos – documentos mandatórios para a manutenção e operação de equipamentos
sempre atrelados a segurança.
2° Grupo
Procedimentos – documentos que descrevem como as atividades técnicas de manutenção e
operação devem ser executadas.

262

Diretrizes Básicas

Garantir o cumprimento dos regulamentos e procedimentos em checklists para assegurar o


seu cumprimento.

• Regulamentos – TE´s – testes de eficiência

• Procedimentos – DT´s – diagnósticos técnicos

A partir destes checklists criamos provas, para justificar criação/mudanças em tarefas de


manutenção (estratégia/periodicidade e técnica aplicada).

263

Diretrizes Básicas

SGDB – Sistema de Gestão de Diretrizes Básicas


• Ferramenta para gestão dos TE´s e DT´s.

PTM - Plano de Trabalho Mensal

Um grupo Multidisciplinar se reúne para tratar os principais inputs e definir o que será avaliado
pelos TE´s e DT´s no PTM.

Os TE´s e DT´s podem ser realizados por oportunidades.

Em um processo de Análise de Falhas

Uma estratégia/tarefa de manutenção pode ser criada/alterada a partir da comprovação da sua não
viabilidade comprovada a partir de uma consulta dos TE´s e DT´s.

264

88
Diretrizes Básicas

• Vamos supor que:

Uma Análise de Falhas está sendo realizada e nela foi comprovada através de uma consulta a DT´s de um
determinado item que uma tarefa de manutenção não está sendo executada devido a dificuldade de acesso ao
item para execução da tarefa

A partir desta comprovação e determinação de causa raiz, um plano de ação foi criado comtemplando:

• Alterar uma tarefa no RCM:

 Alterando a estratégia de Manutenção

 Alterar a periodicidade da Tarefa de Manutenção

 Alterar a descrição da Tarefa de Manutenção

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Diretrizes Básicas - Exemplo

• Criar no Orion
A análise de RCA – inserir evidências de consulta dos DT´s que justificam a
alteração da estratégia de manutenção.

O plano de Ação

A definição da tarefa de manutenção no RCM

Equipamento Elétrico como exemplo.

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HIRA

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89
HIRA – Identificação de Perigos e
Análise de Risco

Processo para Mapeamento de Riscos

Bow Tie e o One Page: Mapeamento do Risco


Para o RCM vamos utilizar as seguintes informações

• As causas identificadas podem ser interpretadas como modos de falha ou utilizadas para
compreender o mecanismo por trás do modo e falha e deste modo auxiliar a definir qual
é a melhor estratégia/tarefa de manutenção.

• Nos controles podemos identificar as estratégias/tarefas de manutenção aplicadas


atualmente que visam evitar a ocorrência das causas e a partir delas definir a
necessidade de criação/alteração de uma estratégia/tarefa de manutenção.

• Na descrição dos impactos vamos identificar os potenciais efeitos da falha.

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HIRA – Identificação de Perigos e


Análise de Risco

• Vamos supor que:

Um Bow tie foi verificado e surgiu a necessidade de criação de um controle para bloquear uma
causa. A partir disto um plano de ação foi criado om a seguinte ação.

Criar uma tarefa no RCM:

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HIRA - Exemplo

Orion

Verificar no Bow-tie se o modo de falha está mapeado e se existe tarefa de


manutenção para bloquear a ocorrência.

Caso negativo
Crie um plano de ação
Crie ações de inserção da tarefa no RCM.

Exemplo para recuperadora

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CPIA

O processo de CPIA visa prevenir e tratar acidentes e quase acidentes operacionais com foco nos
equipamentos, ativos e processos, vitando desta forma perdas pessoais, ambientais, sociais, operacionais,
financeiras e de qualidade.

Com relação ao tratamento de acidentes e quase acidentes operacionais, as investigações devem ser
realizadas de forma imparcial, padronizada, com qualidade técnica e com foco na identificação e bloqueio
das causas fundamentais e contribuintes.

Com relação a prevenção, devem ser realizadas diagnósticos em campo e análises estatísticas visando
identificar oportunidades de melhoria, com foco na prevenção de acidentes.

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CPIA

Acidente
Operacional

Ocorrência e
=
Operacional
Quase acidente
Operacional

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91
CPIA

Criar no Orion

• Uma análise RCA - Inserir um processo CPIA – Investigação de acidentes e possíveis


acidentes e Identificar e comprovar a necessidade de criação/alteração de uma
estratégia/tarefa de manutenção.

O plano de Ação: criação da tarefa no RCM do ativo.

A definição da tarefa de manutenção no RCM

um caso de forno.

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Observações

Inserir no processo a verificação da vida do ativo.


• Verificar se o ativo já alcançou a sua vida útil.
• Seria interessante que cada ativo tivesse um estudo de LCC para cada ativo para fazer a estimativa de vida
útil.

• Analisar a tendência dos tempos até falha (RGA).

• Projetar quando o custo médio de manutenção é idêntico ao custo de aquisição de um ativo.

• E a partir deste momento é mais vantajoso reformar ou trocar o ativo ao invés de agir em questões pontuais.

• O LCC vai permitir te dizer quando você está fazendo tanta manutenção que o custo de manutenção está
maior que o custo de aquisição de um novo ou a realização de um reforma.

• Sempre associar os impactos das falhas a quantidade de perda de produção.

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Referências

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Referências

1. Reliability-Centered Maintenance, de F. Stanley Nowlan e Howard F. Heap,


da United Airlines, lançado em Dezembro de 1978.
2. ATA MSG-3 “Operator/Manufacturer Scheduled Maintenance
Development,” atualizado em 2007.
3. NAVAIR 00-25-403 “Guidelines for the Naval Aviation Reliability-Centered
Maintenance Process,” atualizado em Julho de 2005.
4. SAE JA1011 “Evaluation Criteria for Reliability-Centered Maintenance
(RCM) Processes,” lançado em Agosto de1999.
5. SAE JA1012 “A Guide to the Reliability-Centered Maintenance (RCM)
Standard,” Lançado em Janeiro de 2002.
6. Reliability-Centered Maintenance (2nd Edition), de John Moubray,
publicado em 1997.

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Referências

7. Reliability Centered Maintenance: Gateway to World Class Maintenance, de Anthony M. Smith,


publicado em 1993.

8. “Practical Application of Reliability-Centered Maintenance” do Centro de Análise de Confiabilidade,


lançado em 2003.

9. MIL-STD-2173(AS) “Reliability-Centered Maintenance Requirements for Naval Aircraft, Weapons


Systems and Support Equipment,” lançado em Janeiro de 1986.

10. “NASA Reliability Centered Maintenance Guide for Facilities and Collateral Equipment,” lançado em
Fevereiro de 2000.

11. Carlson, Carl, Effective FMEAs: Achieving Safe, Reliable and Economical Products and Process Using
Failure Mode and Effects Analysis, Hoboken, NJ, John Wiley & Sons, Inc., 2012.

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Essa ilustração foi extraída do livro


Effective FMEAs, © John Wiley & Sons,
2012, todos os direitos reservados

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