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IM.LA.216 06
DATA FOLHA
CONJUNTO A/B
UNIDADES GERADORAS 50/60 Hz
IM.LA.216 – R06
IM REV.
IM.LA.216 06
DATA FOLHA
REVISÕES
ELABORADO CONSENSADO APROVADO DATA
N° DESCRIÇÃO
01 - - - - -
02 - - - - -
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ÍNDICE
1 - FINALIDADE ............................................................................................................................... 4
2 - APLICAÇÃO................................................................................................................................. 4
5 - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS..................................................................................................... 8
6 - PROCEDIMENTOS .................................................................................................................... 11
7 - ANEXO........................................................................................................................................ 12
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1 - FINALIDADE
Esta instrução tem por finalidade orientar os procedimentos de ensaios dielétricos em corrente
alternada, de comprovação da rigidez dielétrica dos isolamentos dos enrolamentos de estator e do
rotor dos geradores principais da CHI.
2 - APLICAÇÃO
A presente instrução aplica-se na condução dos ensaios dielétricos em corrente alternada, du-
rante o comissionamento ou manutenção, de enrolamentos estatóricos e rotórico, com o objetivo
de:
3 - INFORMAÇÕES GERAIS
. Deformação do isolamento, devido a forças causadas por expansão térmica, vibrações anor-
mais, ou ainda montagem e desmontagem forçada de separadores.
3.2 - Os fatores principais que afetam a vida do isolamento do enrolamento do rotor, po-
dendo resultar em falha são:
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3.3 - O ensaio dielétrico (tensão aplicada AC) é utilizado para detetar defeitos que possam
existir no isolamento e que não são detetados no ensaio de resistência do isolamento,
devido ao baixo valor da tensão DC aplicada.
3.4 - O ensaio dielétrico (tensão aplicada AC) somente determina a corrente de fuga, entre o
enrolamento e a massa, (nos locais onde há contato físico entre o isolamento e a massa
no estator, ou seja, na parte reta das barras). Nas partes das cabeças de bobinas, fora das
ranhuras, providas de proteção contra o efeito corona a corrente de fuga é relativamente
pequena. Nas partes das cabeças de bobinas, desprovidas da proteção anti corona, o en-
saio nada revela.
3.5 - A realização do ensaio dielétrico (tensão aplicada AC) nos enrolamentos do gerador é
recomendada quando: (Ver tabelas 3.11.1 e 3.11.2).
a) Estator:
b) Rotor:
. Na recepção (comissionamento)
. Após manutenção com desmontagem e reparo total dos pólos.
. Após manutenção com desmontagem e limpeza total dos pólos.
. Na localização de falhas dielétricas no enrolamento.
. Pólos, novos e/ou reparados, antes de instalar no rotor.
. Pólos, novos e/ou reparados após instalados no rotor e antes de conectar aos demais.
3.6 - Todo o ensaio dielétrico deve ser considerado como potencialmente destrutivo se não fo-
rem utilizado com critérios. Portanto, esses ensaios devem ser aplicados somente quando
as conseqüências de uma falha são totalmente conhecidas. Constitui indicação de defeito
no isolamento, se durante a aplicação plena da tensão de ensaio, ocorre elevação contínua
ou oscilação da corrente de fuga.
3.7 - A tensão a ser aplicada no ensaio pode ser alternada ou contínua, sendo de valor maior que
o valor da tensão nominal do enrolamento. Para enrolamento de campo de tensão nominal
maior que 500 V, a tensão de ensaio recomendada é sempre em CA.
Nos geradores da CHI, devido ao sistema de resfriamento por circulação de água pura,
utiliza-se equipamento de ensaio de alta tensão em corrente alternada.
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3.9 - Durante o ensaio dielétrico no estator, todo o isolamento dos enrolamentos é solicitado
igualmente, (o que não ocorre durante a operação normal do gerador, quando a tensão
reduz no sentido do neutro), permitindo dessa maneira detetar defeitos em todo o isola-
mento.
3.11 - Conforme normas IEC 34-1 e VDE 0530, o valor da tensão de ensaio CA 50/60 Hz,
segundo o critério de aplicação, para enrolamentos de estator e rotor, deve ser de acordo
com as tabelas a seguir:
Nota: Segundo a norma ABNT NBR - 5117 e VDE-530, para tensão nominal maior que
17kV, no comissionamento, a tensão de ensaio a ser aplicada, é sujeita a acordo entre
fabricante e comprador.
TENSÃO DE
REF. TENSÃO A
ENSAIO
CRITÉRIO DE APLICAÇÃO ITEM APLICAR
VALOR TEÓ-
3.5 (kV)
RICO (V)
Comissionamento, enrolamento novo a.1 2U + 3000 39
Após manutenção, com reparação ou substitui
a.2 0,80 (2U + 3000) 31,2
ção total ou parcial do enrolamento
a.3
Após manutenção, com limpeza do enrolamento
a.4 1,5 U 27
para verificação da integridade do enrolamento
a.5
Barras inferiores e superiores, novas, sobre cava-
letes com ranhuras de madeira revestidas com a.6 (*) 43
cordoalhas, antes da instalação na(s) ranhuras(s)
Barras inferiores, instaladas na ranhura e com
a.7 (*) 41
amarrações.
Notas:
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3.12 - O ensaio dielétrico deve ser aplicado sucessivamente em cada fase do enrolamento do
estator contra a massa, com as outras duas fases aterradas.
3.13 - No rotor, o ensaio dielétrico deve ser aplicado no enrolamento contra a massa, com as
escovas retiradas dos porta escovas e com os enrolamentos do estator aterrados.
Nota: Há casos em que para se localizar a falha, é necessário reaplicar a tensão com elevação
gradual da mesma, observando no enrolamento, o ponto de ocorrência da descarga.
3.15 - A tensão de ensaio deve ser aplicada de forma continuada, não sendo recomendadas
aplicações repetidas.
A aplicação e retirada da tensão plena de ensaio, instantaneamente, por fechamento e
abertura de disjuntor, deve ser evitada.
3.16 - Se ocorrer descarga ou algum defeito durante o ensaio, a tensão deve ser reduzida rapi-
damente a zero e após aterramento, o enrolamento deve ser inspecionado. Adicional-
mente, deve ser medida a resistência de isolamento e verificado se o resultado atende
aos valores recomendados nos Ítens 5.4.1 e 5.5.4.
3.17 - A forma de onda da tensão alternada de ensaio aplicada deve estar dentro dos padrões
estabelecidos, ou seja: o fator de desvio não deve exceder a 0,1 da forma padrão quando
analisada com osciloscópio ou oscilógrafo.
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3.18 - Para ensaio dielétrico em uma fase, tendo barra nessa fase com falha para terra, na iso-
lação, a barra faltosa deverá ser isolada eletricamente do restante do circuito conforme a
seguir:
- Isolar o circuito hidráulico a que pertence a barra faltosa, na entrada e saída, na tubu-
lação de inox, através de tampões com o´ring original.
4 - INSTRUMENTOS/MATERIAIS UTILIZADOS
- Termohigrômetro.
- Multímetro.
Nota: O Conjunto de Testes de alta tensão – Siemens, encontra-se montado sobre duas platafor-
mas móveis, ver figura IM.LA.216/01.
5 - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS
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5.2 - Para acesso aos enrolamentos sob ensaio devem estar retirados:
. Posicionar as duas plataformas, uma ao lado da outra, de modo a não impedir a pas-
sagem de terceiros.
. Com corrente plástica, delimitar o trecho, por onde o cabo elétrico para aplicação da
alta tensão será esticado, isolando assim a área de risco.
5.4 - Por se tratar de aplicação de tensão CA, o descarregamento do enrolamento sob ensaio é
rápido, mas, por segurança, é conveniente aterrar o mesmo com utilização de bastão de
aterramento.
5.5.1 - Nos enrolamentos do estator, o ensaio dielétrico poderá ser realizado somente se os va-
lores de resistência de isolamento R10'e o índice de polarização (Ip) do enrolamento
contra a massa, à temperatura de 40ºC, forem superiores a 1000 MΩ ≥ 3 res-
pectivamente, conforme IM.LA.215.
5.5.2 - Os enrolamentos do estator devem estar desconectados dos barramentos de saída de fase
e do neutro do gerador, nos link's 1 e 2 (Figura IM.LA.216/02).
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5.5.6 - Jampear flange isolante das tubulações de Água Pura, garantindo o aterramento.
. Enrolamento do rotor;
. Sensores do entre-ferro;
. Barramentos fora de teste, nos pontos desconectados dos terminais do gerador, ou dos termi-
nais do transformador principal e dos transformadores de excitação e do cubículo terminal do
gerador (CTG).
5.5.8 - Os terminais de alta tensão devem estar afastados da massa de no mínimo 200 mm.
5.5.9 - O ensaio dielétrico do enrolamento do estator deve ser executado com o sistema de água
pura em operação (em manual) e a condutividade de água deve ser ≤ a 3 µS/cm e com a
temperatura do enrolamento estabilizada em 40ºC.
5.5.10- Observadores podem ser distribuídos nos locais previamente determinados para identi-
ficar sinais visíveis ou audíveis de descargas parciais ou mesmo de falha, que eventual-
mente venham a ocorrer. Para tanto, é necessário remover seções de guia de ar, em mai-
or quantidade, principalmente na região das saídas de fases.
5.5.11- A conexão do cabo elétrico (com isolação para AT) do equipamento de ensaio e o ater-
ramemto das fases que não estão sendo ensaiadas, deve ser feito sucessivamente nos
terminais T4, T5 e T6 do gerador.
5.6.1 - Painel CTG - aterradas as três fases do enrolamento do estator, Figura IM.LA.216/03.
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5.6.4 - No enrolamento do rotor, o ensaio dielétrico poderá ser realizado somente se o valor de
resistência de isolamento do enrolamento contra a massa, à temperatura de 30ºC e ten-
são de ensaio de 1000V, for superior a 6,5MΩ, leitura após 1 minuto, (Ref. 621083-
73002-PR3/6210-83-73501-P-RO).
5.6.5 - As escovas devem estar fora dos porta-escovas, os anéis coletores curto circuitados e
interligados ao barramento de excitação, e este deve estar seccionado entre o disjuntor
de campo e os anéis, aterrando-se o lado do disjuntor de campo (vide item 5.5.2).
5.6.6 - No caso do rotor, não há contato elétrico firme com a terra, principalmente quando a
turbina está sem água, por isto, será necessário aterrar, na malha de terra o anel magné-
tico do rotor ou um núcleo do pólo ou ainda o eixo da máquina. A conexão do anel à
malha de terra é para evitar que em caso de falhas no ensaio dielétrico, venha a circular
corrente pelos segmentos dos mancais danificando-os.
5.7.6 - Se necessário acompanhamento dos ensaios "IN LOCO", as pessoas envolvidas no en-
saio que permanecerem no interior do gerador, deverão se posicionar em locais previa-
mente definidos e munidos de rádios transceptores.
5.7.7 - Preencher Check List e assinar no campo correspondente (Anexo I para ensaio no Gera-
dor e Anexo II para ensaio no Rotor).
5.7.8 - Após serem cumpridas todas as condições para os ensaios e as premissas de segurança,
o responsável pela equipe deverá estar de posse da Autorização de Trabalho (AT) devi-
damente preenchida e assinada.
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6 - PROCEDIMENTOS
6.1.1 - Posicionar as duas plataformas, uma ao lado da outra, com o conjunto de testes de en-
saio dielétrico na cota 108, visando a conexão do cabo elétrico (com isolação para AT),
aos terminais de neutro:
. O transporte poderá ser feito com ponte-rolante, com dispositivo especial para içar as
plataformas.
. Para execução dos ensaios, supõe-se que o executante tenha pleno conhecimento da
operação e funcionamento do conjunto de testes.
6.1.3 - Aplicar no enrolamento a tensão até 50% do valor nominal de ensaio e a partir deste
valor, continuar aumentando a tensão lentamente à razão de 1 kV/s, até alcançar o valor
pleno de tensão especificada de ensaio (ver tabela item 3.11.1). Observar os instrumen-
tos de medição de tensão e corrente com a finalidade de detetar anormalidade.
Manter a tensão plena de ensaio por um período de 60 segundos e em seguida reduzir a
tensão a zero a uma razão de 1 kV/s.
6.1.4 - Após o ensaio, o enrolamento deve ser aterrado para descarga do dielétrico.
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6.2.2 - Aplicar no enrolamento a tensão de ensaio, através dos anéis coletores interligados
(Conf.figura IM.LA.216/01 a uma razão de 1 kV/s. até alcançar o valor pleno de tensão
especificada de ensaio (ver Tabela item 3.11.2). Observar os instrumentos de medição
de tensão e corrente com a finalidade de detetar anormalidade.
6.2.3 - Após o ensaio, o enrolamento deve ser aterrado para descarga do dielétrico.
7 - ANEXOS
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ANEXO I
09 Bomba de água pura ligada em manual com CA na chave seletora 43PW1 OPUO.DT
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ANEXO II
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FIGURA IM.LA.216 / 01
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ANÉIS COLETORES
T4-1
T3
T4-2
ENROLAMENTOS
DO ESTATOR T5-1
FASE T1 SOB ENSAIO T2 ENROLAMENTO
T5-2 DO ROTOR
T6-1
T1 T6-2
0 - 50 A
X25
X26 A
REATOR k l
1000 kVA
41000 V
U 50 : 1 A V
2
X28
X27 V
0 - 150 V 0 - 5A
u v X23
U V A
41000V X24
100
1U 1V k l
K 5:1A L
TRANSFORMADOR
2U 2V
DE ALTA TENSÃO
150kVA 380 - 41000V 0 - 500V
X21
V
1 - CABOS SOLDAFLEX ISOLADOS,
X22 750V - 67,4 mm2
TRANSFORMADOR
REGULADOR 160 kVA
380/440 - 0 - 500V U V
U V
X14 X13
QUADRO DE X15
CONTROLE
X12 X11
FIGURA IM.LA.216 / 02
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IM.LA.216 06
DATA FOLHA
T
U
U
9
9
4
FE
TU
STAU
STE
m
TAU
CTG
7
5
TEP
TEN
8
9
3
10
2
14
12
13
L3
R0
3
G
Q
1
11
EC
SO1
AREA ENERGIZADA
NC
PONTOS DE ATERRAMENTO
FIGURA IM.LA.216 / 03
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IM.LA.216 06
DATA FOLHA
T
U
U
9
9
4
FE
TU
STAU
STE
m
TAU
CTG
7
5
TEN
TEP
8
9
3
10
2
14
12
13
L3
R0
3
G
Q
1
11
EC
SO1
AREA ENERGIZADA
NC
PONTOS DE ATERRAMENTO
FIGURA IM.LA.216 / 04