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IM.LA.403 00
DATA FOLHA
CONJUNTOS A/B
UNIDADES GERADORAS 50/60 Hz
IM.LA.403 – R00
IM REV.
IM.LA.403 00
DATA FOLHA
REVISÕES
ELABORADO CONSENSADO APROVADO DATA
N°° DESCRIÇÃO
J. C. Henning
F. Trevisan R. Gonzalez
00 SDS 015/10: Elaboração da IM José Simão 14/04/11
Jaci F. de Souza M. Chilavert
Luiz Fernando
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ÍNDICE
1 - FINALIDADE ............................................................................................................................... 4
2 - APLICAÇÃO................................................................................................................................. 4
5 - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS..................................................................................................... 7
6 - PROCEDIMENTOS ...................................................................................................................... 9
7 - ANEXO.......................................................................................................................................... 9
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1 - FINALIDADE
Esta instrução tem por finalidade definir os procedimentos para a realização do ensaio de tangen-
te de delta no enrolamento estatórico das unidades geradoras.
2 - APLICAÇÃO
A presente instrução aplica-se aos ensaios dielétricos nos enrolamentos do estator das unidades
geradoras, com objetivo de verificar a qualidade do isolamento bem como detectar defeitos inci-
pientes nos enrolamentos.
3 - INFORMAÇÕES GERAIS
3.1 - Referências
• IEEE Std 286 (2000) - Recomended Practice for Measurement of Power Factor Tip-Up of
Electric Machinery Stator Coil Insulation
• Documento Interno AR/SMIL.DT/055/2008
Um sistema de isolamento pode ser modelado eletricamente por uma associação paralela de um
capacitor ideal e uma resistência de valor elevado representando as perdas no isolamento. Quan-
do submetido à uma tensão CA, circula pelo isolamento uma corrente composta de duas compo-
nentes: uma denominada corrente de fuga (ir) de característica resistiva, e outra chamada corren-
te de carga (ic) adiantada de 90º em relação à tensão aplicada.
A Figura IM.LA.403/01 apresenta um diagrama fasorial mostrando a relação entre a tensão apli-
cada e as correntes de carga e de fuga em um sistema de isolamento, bem como a diferença an-
gular entre os fasores.
O ângulo δ (ou ângulo de perda dielétrica) é definido como o ângulo complementar ao ângulo φ,
ou seja, φ + δ = 90º. Este ângulo representa a corrente de fuga do isolamento a qual provoca per-
das, aquecimento, e, por conseqüência, a deterioração do isolamento.
tan(δ) = ic/ir
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Para isolamentos, o valor da potência ativa resultante das perdas (devido à corrente de fuga) é
normalmente muito menor que o valor da potência reativa envolvida (devido à corrente de car-
ga). Assim, neste caso, o valor da tan(δ) - fator de dissipação do dielétrico - e o cos(φ) - fator de
potência - são numericamente semelhantes entre si.
3.3 - Definições
P
tan (δ) = ---
Q
P
cos (φ) = ---
S
DF
PF =
1 + DF 2
PF
DF =
1 + PF 2
• Power Factor Tip-up (∆tan(δ)): incremento no valor da tangente de delta com a elevação da
tensão. Esse valor é obtido fazendo-se a diferença entre os valores calculados para a tan(δ) pa-
ra cada ponto de medição (1kV, 2kV, 3kV..).
• Uma boa isolação apresenta baixos níveis de ∆tan(δ), ou seja, não são constatadas grandes e-
levações no valor da tangente de delta com o aumento da tensão;
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• Deve-se garantir que a carcaça do transformador regulador e os resistores shunt estejam co-
nectados à um ponto de terra dentro do gerador. A carcaça do transformador elevador e do(s)
reator(es) por sua vez deve estar levantada de terra;
• As fases que não estão sob ensaio devem estar conectadas ao ponto de guard;
• Os centelhadores inseridos no circuito são utilizados para evitar que haja uma elevação do po-
tencial do circuito de guard (Figura IM.LA.403/04);
4 - INSTRUMENTOS/MATERIAIS UTILIZADOS
Nota: O conjunto de testes de alta tensão Siemens encontra-se montado sobre duas platafor-
mas móveis (ver Figura IM.LA.403/05).
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5 - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS
Os valores de isolamento medidos devem ser iguais ou maiores do que os valores definidos na
IM.LA.215: IP ≥ 3 e Resistência de Isolamento em 10 minutos ≥ 1000 MΩ (à 40°C).
• Ninguém poderá entrar na área isolada, exceto as pessoas efetivamente envolvidas no ensaio e
nesse caso com o equipamento de teste desligado e devidamente aterrado;
• Os cabos de aplicação de alta tensão ao bobinado somente devem ser conectados após a veri-
ficação do Check List (Anexo I/Anexo II);
• Se existir um intervalo grande entre os testes, a cerca de isolação deverá ser baixada ao chão
para desconfigurar a eminência de perigo, evitando assim desacreditar a isolação;
• Por se tratar de aplicação de tensão CA, o descarregamento do enrolamento sob ensaio é rápi-
do, mas, por segurança, é conveniente fazer o aterramento com utilização de bastão de ater-
ramento.
Para acesso aos enrolamentos sob ensaio deve-se garantir que estejam removidas:
• Posicionar as duas plataformas, uma ao lado da outra, com o conjunto de testes de ensaio die-
létrico na cota 108, visando a conexão do cabo elétrico (com isolação para AT), aos terminais
de neutro:
• O transporte poderá ser feito com ponte-rolante, com dispositivo especial para içar as plata-
formas;
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Nota 2: Para execução dos ensaios, supõe-se que o executante tenha pleno conhecimento da
operação e funcionamento do conjunto de testes.
Link número 5 aberto e aterrado do lado Link número 5 fechado e aterrado do la-
3
do CTG do do CTG
Anéis coletores curto circuitados e ater- Anéis coletores curto circuitados e ater-
4
rados rados
Tubulação de água pura levantada de Tubulação de água pura levantada de ter-
terra e conectada ao ponto de GUARD ra e conectada ao ponto de GUARD no
5
no equipamento de Alta Tensão, con- equipamento de Alta Tensão, conforme
forme circuito de ensaio. circuito de ensaio.
RTDs do sistema de água pura curto- RTDs do sistema de água pura curto-
6
circuitados e levantados de terra. circuitados e levantados de terra.
Quadro CG - RTDs do enrolamento es-
Quadro CG - RTDs do enrolamento esta-
7 tatórico e sensores de entre-ferro aterra-
tórico e sensores de entre-ferro aterrados.
dos.
8 Seccionadoras STE e STAU abertas
Link número 2 aberto e aterrado do lado
Transformadores TEP e TAU aterrados do CTG
9
do lado de Alta Tensão.
Bomba de água pura ligada em manual Bomba de água pura ligada em manual
10 com CA na chave seletora 43PW1, H2O com CA na chave seletora 43PW1, H2O
com condutividade ≤ 3µS/cm. com condutividade ≤ 3µS/cm.
(*)A numeração dos links está referida aos diagramas das Figuras IM.LA.403/07 (ensaio com
Bus Duct) e IM.LA.403/08 (ensaio sem Bus Duct).
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6 - PROCEDIMENTO DE ENSAIO
• Fazer o ajuste da ressonância do circuito de medição com nível de tensão reduzida (1 kV) (va-
riação da indutância do reator de modo que a corrente ir seja mínima).Ver Figura
IM.LA.403/11;
• Elevar a tensão em patamares de 1kV rms, até o valor final de 8 kVrms (máquina limpa) ou
5kVrms (máquina suja)(*). Ver Figura IM.LA.403/10;
• Medir a tensão sobre os shunts juntamente com o valor da tensão aplicada e corrente do cir-
cuito de guard para cada patamar. Os dados devem ser anotados em uma planilha eletrônica
na qual são realizados os cálculos necessários para determinação dos valores de tan(δ) para
cada nível de tensão. Ver Figura IM.LA.403/06;
• Como resultado do ensaio deve ser obtido um gráfico dos valores calculados para tan(δ) em
função da tensão aplicada no ensaio.
7 - ANEXOS
• Anexo III - Figuras IM.LA.403/01, 403/02, 403/03, 403/04, 403/05, 403/06, 403/07,
403/08, 403/09, 403/10 e 403/11.
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Anexo I
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Anexo II
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Figura IM.LA.403/01
Diagrama fasorial - Isolamento
Figura IM.LA.403/02
Análise do circuito ressonante
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Figura IM.LA.403/03
Circuito elétrico do ensaio
Figura IM.LA.403/04
Detalhe da conexão do cabo de guard.
Obs: Centelhadores foram adicionados ao circuito para proteção
em caso de elevação de tensão do ponto de guard
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Figura IM.LA.403/05
Montagem do equipamento de alta tensão na cota 108
Figura IM.LA.403/06
Detalhe dos resistores shunt e multímetros digitais
utilizados para medição indireta das correntes ir e ic.
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Figura IM.LA.403/10
Painel de controle do conjunto de AT Siemens.
A: Dial para verificação da seqüência de fases
B: Chave para energização do painel;
C: Comando de abertura/fechamento do disjuntor de AT;
D: Comando do tap do transformador regulador (motorizado);
E: Comando do tap do reator.
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Figura IM.LA.403/11
Quadro de comando do reator com botoeiras para
controle motorizado e manivela para ajuste fino do valor da indutância.