Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DDFEE003
DDFEE003
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO
DDF.EE.03 – R00
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
REVISÕES
ELABORADO CONSENSADO APROVADO DATA
Nº DESCRIÇÃO
00 SDS-155/2001: Elaboração da DDF Marcos Mendes Rodinei / Ivan José Roberto 28/12/01
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
ÍNDICE
1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
2 - OBJETIVO....................................................................................................................... 5
4 - CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS.................................................................................. 5
5 - DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO...........................................................................12
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................24
7 - ANEXOS.........................................................................................................................24
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
1 – INTRODUÇÃO
Um dos parâmetros da qualidade da energia elétrica é a sua freqüência. A freqüência deve ser a
mais estável possível, mesmo durante variações de carga do sistema, onde a potência de geração
da máquina é alterada. Esta é a função do regulador de velocidade, ou seja, seu papel é manter a
velocidade do gerador constante, uma vez que a freqüência é diretamente relacionada à
velocidade do gerador.
Para realizar a ação acima descrita, são necessários três subsistemas: Hidráulico; de Ar
Comprimido; Eletroeletrônico. O foco desta DDF é este último subsistema: o Cubículo Eletrônico
do Regulador de Velocidade – TGC. Ele é toda a parte eletro-eletrônica do sistema de regulação
de velocidade da turbina.
O TGC pode ser considerado o "cérebro" do sistema de regulação, pois ele centraliza todas as
informações e dá as ordens para o sistema. Ele gera um sinal de controle que comanda o
movimento das palhetas. Este comando é feito indiretamente, uma vez que entre a saída do TGC e
as palhetas da turbina existe o sistema atuador composto de transdutor eletro-hidráulico, válvulas,
eletrodistribuidores, motobombas, compressores, servomotores, etc., que realiza o trabalho de
movimentação, ou seja, dispõe de energia mecânica suficiente para isto.
A ação de controle é baseada numa referência fixa, o valor desejado, e no valor da saída do
sistema (unidade geradora), o valor atual. Portanto, trata-se de um sistema de controle em malha
fechada. Apesar de ser mais complicado, um sistema de controle em malha fechada apresenta
uma série de vantagens sobre o controle em malha aberta. Uma das vantagens mais importantes, é
a menor sensibilidade com relação a variações paramétricas do processo e perturbações externas.
Além da função de regulação descrita acima, o cubículo TGC é responsável pela proteção da
turbina/gerador através do fechamento adequado (tão rápido quanto possível) das palhetas.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Isto pode ser necessário, por exemplo, devido a uma sobrevelocidade, uma rejeição de carga ou
alguns outros trips existentes na máquina.
2 – OBJETIVO
Esta DDF tem como objetivo principal apresentar o princípio de funcionamento do Cubículo
Eletrônico do Regulador de Velocidade – TGC (equipamento 028). Este equipamento está presente
em todos os Sistemas de Regulação de Velocidade (subunidades D) das Unidades Geradoras de 50 e
60 Hertz (conjuntos A e B) da Central Hidrelétrica de Itaipu – CHI.
Este documento tem o intuito de contribuir na compreensão do funcionamento dos blocos funcionais
(cartões eletrônicos) do TGC individualmente, bem como da interação existente entre eles. Além
disso, esta DDF visa facilitar a detecção e solução de algum defeito que por ventura venha a
acontecer no Sistema de Regulação de Velocidade.
-0-
4 – CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
4.1 – Classificações
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Os cubículos TGC’s estão localizados nas Salas de Controle Local, na cota 108. O painel é
construído com chapas de aço zincado com pintura epoxi. Suas dimensões são: 600 x 600 x 2100
milímetros.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
. Voltímetro digital;
. Chave seletora do ponto de medida (32 posições e entrada para sinal externo);
. Conector BNC para se ligar um osciloscópio (mesmo ponto da chave seletora);
. Frequencímetro analógico;
. Comutador de estatismo (de 0% a 10%);
. Chave seletora de operação manual ou automática;
. Potenciômetro de abertura/fechamento manual do distribuidor;
. Leds indicadores de operação fora (verde) e em (vermelho) defeito;
. Botoeira para rearme;
Através da chave seletora vários pontos de medida do TGC podem ser visualizados no voltímetro
digital, ou na tela de um osciloscópio ligado ao conector BNC. Isto facilita bastante a verificação
do estado do equipamento, pois permite visualizar vários sinais sem a necessidade de intervenção
nos cartões. Normalmente, o seletor fica na posição 16, que indica a abertura do distribuidor. Esta
abertura é verificada periodicamente pelos operadores da usina.
Na parte posterior do cubículo existem três réguas verticais com borners para conexão de
terminais.
Uma delas é da cor marrom, pontos identificados pela letra M (maroon), e conecta sinais cuja
referência é o ponto comum dos circuitos eletrônicos (SCADA, teleindicação, variômetros, etc.).
As outras borneiras são de cor cinza e identificadas pela letra G (grey). Elas recebem as
alimentações e conecta sinais externos desacoplados dos circuitos do TGC (contatos e bobinas
dos relés).
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Os diversos circuitos, ou blocos funcionais, do TGC são divididos em cartões individuais. Cada
cartão é identificado por um código numérico de três dígitos. Por exemplo, o cartão que realiza a
ação de controle proporcional mais integral mais derivativa, Cartão Regulador PID, é o 265. Este
código é amplamente utilizado pelo pessoal da manutenção.
Existem alguns cartões duplicados (cartões idênticos) com funções diferentes no TGC. Estes
cartões são identificados por um índice numérico após o seu código. Por exemplo, os cartões de
Alimentação Principal e Alimentação Auxiliar, ambos cartões do tipo 273, são identificados por
2731 e 2732, respectivamente.
A modularização do painel facilita a manutenção do mesmo, uma vez que os circuitos do TGC
podem ser substituídos individualmente. Assim, quando suspeita-se de um mal funcionamento de
um determinado cartão, este pode ser substituído por um idêntico para a realização de testes.
É importante dizer, que alguns cartões possuem ajustes, normalmente através de resistores
variáveis (potenciômetros ou trimpots). Estes ajustes podem ser característico de um TGC, ou
seja, relacionados à unidade geradora que ele controla. Portanto, na substituição destes cartões,
eles devem ser ajustados para a máquina onde vão trabalhar. Além disso, existem pequenas
diferenças entre alguns cartões das unidades de 50 Hz com relação aos das unidades de 60 Hz.
Medições
Leds
Ajuste
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Os cartões são placas de circuito impresso de dupla face na forma retangular. A Fig. 3.1 apresenta
o esboço de um cartão eletrônico do TGC. Eles são encaixados no painel na posição vertical,
assim como mostra a figura.
Num dos lados existe um conector macho de 18 pinos, que é encaixado ao conector fêmea do rack
do TGC. No TGC existem dois racks horizontais para os cartões. No lado oposto do cartão está o
painel frontal. Neste painel, além da identificação do cartão (código numérico), podem existir,
dependendo do cartão:
Além disso, existe um “cartão extensor” utilizado para manutenção. Este cartão possibilita
encaixar os outros cartões do TGC de forma que eles fiquem fora do painel. Assim, fica fácil
acessar os pontos de teste e de ajustes internos do cartão (na placa de circuito impresso).
São utilizados resistores de filme de carbono, filme metálico e de fio, este último nos casos de
maiores potências. Alguns destes são resistores de precisão. A maioria dos potenciômetros,
utilizado para ajustes e parametrização, são do tipo multivoltas.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Os diodos são utilizados nas fontes de tensão, diodos retificadores, e nos outros circuitos para
processamento dos sinais, diodos de sinal. Além destes, são utilizados também alguns diodos
zener para obter uma referência (fixa) de tensão.
O transistor mais utilizado é o 2N2219. Ele é um transistor NPN de silício projetado para
aplicações cujos chaveamentos são de alta velocidade e corrente de coletor de até 500 mA. O seu
encapsulamento é metálico do tipo Jedec TO-39.
Os amplificadores operacionais utilizados são o LM324. Cada circuito integrado tem quatro
amplificadores independentes. Eles são amplificadores de alto ganho, com compensação de
freqüência interna e podem trabalhar numa ampla faixa de tensões de alimentação. Abaixo são
apresentadas algumas características deste amplificador operacional:
Algumas chaves analógicas do tipo SFF155 são utilizadas para direcionar o "caminho" dos sinais
e alterar os ganhos dos amplificadores. Além das chaves analógicas, alguns cartões tem pequenos
relés de contato seco.
Vários circuitos integrados de portas lógicas (NOT, AND, NAND, OR e XOR) fazem parte de
alguns cartões. Os cartões que têm um maior número de circuitos integrados são:
Carga/Freqüência Numérico 2441 e Limitador de Abertura Numérico 2442. Além das portas
lógicas, eles utilizam contadores e conversores digital/analógico.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Os cartões Detetor de Parada 2581 e Detetor de Baixa Velocidade 2582 também utilizam uma
quantidade considerável de portas lógicas.
4.5 – Relés
Além dos cartões eletrônicos descritos na subseção anterior, o TGC tem uma grande quantidade
de relés de contato seco. Estes relés são utilizados para interface com os outros paineis e são de
grande importância para o sistema.
Alguns relés indicam estados do TGC para outros sistemas, por exemplo, para os sistemas de
excitação, de aplicação de freios, de injeção de óleo nos mancais, de proteção e para o SCADA.
Outros relés recebem informações/comandos externos, como por exemplo, a situação do disjuntor
principal ou um comando para aumentar ou para diminuir o valor de carga/freqüência.
1 51 50 61 60 71 70 81 80
2 5 6 7 8
Fig. 3.2 – Diagrama do Relé Fig. 3.3 – Relé Aberto e seu Envólucro
Os relés são de quatro contatos e na maioria dos casos apenas um ou dois contatos são utilizados.
Existem três tipos de relés com alimentações das bobinas diferentes: 24, 48 e 125 V, todos eles
em corrente contínua.
As Figs. 3.2 e 3.3 apresentam o esquema de um relé e uma fotografia, respectivamente.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
5 – DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO
Este cartão pode ser considerado o "cérebro" do TGC. Ele gera o sinal de controle para a
regulação da velocidade da máquina.
O circuito Taquímetro Principal, cartão 266, fornece dois sinais de erro de freqüência:
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
10 8
5
4 5
5 0,5 K3
8
A 2
7 A37 S3 A214 296 - Estatismo
S1 A4 S2
Teste GP Permanente
1/3 14 11
P3 6/20
K3 A27
K2
Inibidor GI
Acelerômetro 5 241 - Limitador Abertura
7 Função não A21 14 9/20
8
A eA 14 A 1 Linear A18 Reset
4 4
6 9 18
4 22 8 9
13 11 15
266 - Taquímetro Principal 255A - Realimentação e 241 - Limitador Abertura
(fm - f n) Limitação de Potência (clipping)
4/20 15/20 9/20
A Fig. 4.1 mostra o diagrama em blocos do cartão PID incluindo suas interfaces (entradas/saídas
de outros cartões). A Fig. 4.2 apresenta duas fotos do cartão 265: a placa de circuito impresso
com seus componentes e o painel frontal.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
O nível de tensão do degrau é ajustado através de um potenciômetro P3. Ao se fechar a chave K3,
essa tensão é aplicada na entrada do circuito regulador (somada às outras entradas). Observe na
Fig. 4.1 que o degrau passa por um amplificador de ganho 1/3.
O regulador vai alterar o sinal de controle devido à perturbação aplicada e estabilizar num outro
ponto de operação. Assim, de posse da resposta ao degrau, é possível analisar as características
dinâmicas do regulador: tempo de subida, sobre-sinal máximo, tempo de acomodação, etc.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
5.1.2 – Acelerômetro
K 1Tn s + 1
G ( s) = (4.3)
K 2Tn s + 1
1
NTV = , (4.4)
K2
escolhendo:
11
K1 = ; NTV = 10 (4.5)
10
A ação derivativa é do tipo “antecipatória”. Através da derivada temporal do erro é possível saber
em que direção o erro possa eventualmente estar crescendo e realizar uma ação antes que ele
torne-se demasiadamente grande. Note que a ação derivativa só é efetiva durante o regime
transitório.
O derivador tem outro papel importante na ação de controle. A ação integral, descrita na
Subseção 4.1.9, produz um atraso de fase indesejado no sistema. O derivador por sua vez, produz
um avanço de fase que compensa o deslocamento causado pelo integrador. Portanto, o derivador
proporciona um maior amortecimento do sistema evitando uma possível instabilidade.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
5.1.3 – Somador S1
Com a máquina fora do sistema, o circuito Taquimétrico Principal, cartão 266, fornece na sua
saída 10 um sinal de erro de freqüência com relação à freqüência da barra, fb. Após a
sincronização do gerador, o sinal de erro tem como referência a freqüência nominal, fn.
de fn
v s1 = 5e fn + 5 = 5(e fn + e& fn ) (4.6)
dt
Além desses dois sinais, também pode ser somado o sinal do Circuito de Teste. Fechando-se a chave
K3 o sinal de teste fará parte do somatório:
Note que antes de ser somado, o sinal de teste passa por um amplificador de ganho 1/3.
5.1.4 –Inibidor
Assim como o Circuito de Teste, o Inibidor é utilizado apenas para ensaios da unidade geradora.
Até hoje, ele foi utilizado somente durante o comissionamento do TGC.
O circuito Inibidor é ativado através da chave K2. Ele proporciona uma insensibilidade do sinal
de saída do somador S1, vs1, de ±1% em torno da freqüência nominal da máquina.
5.1.5 – Somador S2
O sinal de saída do Somador S1, passando ou não pelo Inibidor, é somado ao sinal de estatismo
permanente no Somador S2 (amplificador operacional A37 ).
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
O sinal de estatismo permanente, vep, entra no cartão PID com sinal contrário ao de vs1, ou seja, é
uma realimentação negativa, com ganho 0,5.
v s 2 = v s1 + 0,5v ep (4.8)
Quando o sinal vindo do Somador S2 é maior que a diferença entre a potência atual e a potência
máxima, epm definida pelo cartão Realimentação e Limitador de Potência - 255A. O sinal de
limitação passa a ser utilizado no cálculo da ação de controle.
v s 2 se v s 2 < e pm
v sm = (4.9)
e pm se e pm < v s 2
Desta forma, a potência gerada pela máquina nunca ultrapassará o valor ajustado como limite.
Atualmente, o Limitador de Potência encontra-se na posição máxima, assim ele não tem nenhuma
influência no sinal de controle.
Para distúrbios no sistema de grande amplitude, a ação de controle PID, que é do tipo linear, não
é muito adequada. Assim, é necessário a inclusão de uma característica não linear para melhorar a
performance do regulador durante estes distúrbios. No caso do cartão 265 do TGC, esta função
não linear foi colocada antes do integrador.
O bloco de função não linear é um amplificador com duas faixas de ganhos lineares (amplificador
operacional A27 ). Para entradas ve até um certo valor de tensão va, o ganho é G0. Acima do valor
va, o ganho torna-se G1 que é consideravelmente maior que G0. Desta forma, para erros maiores
esta função proporciona uma ação de controle com ganho maior, portanto, uma resposta mais
rápida.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Vs
G1
va Ve
G0
5.1.8 – Ganhos Gp e Gi
O sinal de saída do Seletor de Mínimo, vsm, é aplicado à entrada de dois circuitos amplificadores.
São dois circuitos independentes com um amplificador operacional e alguns resistores que
implementam os ganhos proporcional (Gp) e integral (Gi) do regulador.
Observe na Fig. 4.1 que antes do sinal ser amplificado para a ação integral, ele passa pela Função
Não Linear descrita na subseção anterior.
5.1.9 – Integrador
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
5.1.10 – Clipping
Durante as grandes variações de referência, a ação integral pode introduzir oscilações no sistema,
devido às dinâmicas tanto do sistema como do próprio integrador. Além disso, esta ação pode
ocasionar sobre-sinais elevados, o que é indesejado.
Uma situação onde ocorre o problema acima descrito é durante a partida da máquina. Para
solucionar este problema é utilizado o circuito de Clipping, formado pelo transistor Q1 (cartão
265). Ele inibe a ação integral do controlador impedindo que ele “memorize” um grande erro e o
libera para cumprir sua função durante o funcionamento normal do regulador (pequenos erros).
5.1.11 – Somador S3
A saída deste somador é o comando de abertura. Este sinal vai para o Limitador de Abertura,
cartão 241, e pode variar na faixa de 0 a -10 V. O valor 0 V significa distribuidor completamente
fechado e –10 V distribuidor completamente aberto.
Além disso, o sinal de saída do PID é também realimentado para o módulo de Estatismo
Permanente, cartão 296
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Como o próprio nome já diz, o cartão 241 limita a abertura do distribuidor a um determinado
valor. Este valor é definido pelo cartão Limitador Numérico de Abertura - 2442, que nada mais é
que um potenciômetro digital. O comando de abertura para o distribuidor não ultrapassa o valor
fixado pelo limitador numérico, independentemente do sinal de controle vindo do PID.
Este circuito também tem um papel importante durante a partida da máquina. Ele permite a
abertura do distribuidor acima da posição de marcha em vazio a fim de que a grande inércia do
grupo girante seja vencida. A figura abaixo mostra o diagrama em blocos do cartão Limitador de
Abertura incluindo suas interfaces (entradas/saídas de outros cartões):
A28
A27
Polarização de A17
Cavitação
-1
2442 - Limitador 6 6
11 7 238 - Posicionador e
Numérico de Abertura Min1 -1
8/20
Amplificador de Potência
1 10/20
Min2 A1
R10 KVP
11 12
S1
2493 - Básculas 15 5
(Polarização de Partida) 14/20
inversor Ensaio
A21
VP
255A - Realimentação e 5 13
Limitação de Potência 0,5
(Rampa) 15/20
15 14
9
18 14
265 - PID
5/20
A Fig. 4.5 mostra duas fotos do cartão Limitação de Abertura - 241. Nelas podem ser vistos os
componentes eletrônicos, os potenciômetros de ajuste e os pontos de teste.
Existem dois circuitos seletores de mínimo neste cartão. Cada um é implementado com um
amplificador operacional, resistores e dois diodos de sinal. Apesar de serem implementados com
os mesmos componentes, existe uma diferença entre eles, devido à configuração de polarização
dos diodos.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
O primeiro Seletor de Mínimo, Min1 (d4-d6), é um seletor de menor valor algébrico. Por
exemplo, para entradas –1 V e –2 V, a saída será –2 V, que é algebricamente menor que –1 V:
−1 > −2 (4.10)
Já o segundo Seletor de Mínimo, Min2 (d5-d7), é um seletor de menor valor absoluto. Para o
exemplo anterior, entradas –1 V e –2 V, a saída será –1 V, que tem um módulo menor que –2 V:
−1 < −2 (4.11)
Esta forma de implementação do Seletor de Mínimo Min2 se deve exclusivamente ao fato de que
os sinais na entrada têm sinais negativos. No exemplo apresentado no parágrafo anterior, –1 V e –
2 V significam 10% e 20% de abertura, respectivamente. Assim, 10% deve ser a saída pois,
obviamente, é uma abertura menor que 20%.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Este circuito fornece uma tensão de referência limite para ocorrência de cavitação. Ele é
simplesmente um circuito amplificador na configuração inversora com um potenciômetro para
ajuste.
Caso o valor da polarização de cavitação seja menor que 100%, ele é comparado com o valor
dado pelo Limitador Numérico de Abertura no seletor de mínimo Min1. Assim, o menor valor
entre estes passará para o seletor de mínimo seguinte, Min2, limitando o sinal de controle vindo
do PID, cartão 265.
5.2.3 – Somador
Este circuito é um somador na configuração inversora. O bloco somador é efetivo apenas durante
a partida ou a parada da unidade geradora. Ele é colocado no circuito pelo relé R10 Polarização
de Partida.
O circuito soma os sinais provenientes de dois outros cartões: Limitador Numérico de Abertura –
2442 e Realimentação e Limitação de Potência – 255A. Conforme pode ser visto na Fig. 4.3, o
sinal deste último cartão passa antes por um amplificador com ganho 0,5 (definido no próprio
somador).
Na partida da máquina o relé R10 está operado, a saída 15 do cartão 2493 (vpartida) apresenta –2,8
V e o circuito de rampa do cartão 255A, saída 5, fornece +5,9 V . Assim, a tensão na saída do
somador S1 é:
v S 1 = −(v partida + 0,5 ⋅ v rampa ) = −(− 2,8 + 0,5 ⋅ 5,9 ) = −150mV . (4.12)
A tensão vS1, -150 mV, passa então pelo seletor de mínimo Min1, onde é comparado com a tensão
de Polarização de Cavitação. Como ela é menor que esta última, ela passa por um amplificador
inversor de ganho unitário e é enviada para o segundo seletor de mínimo. Além disso, este sinal
também é enviado para o cartão 265, o controlador PID. Ele é aplicado no circuito de Clipping
para limitar a ação integral na partida da máquina.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
Na partida, a saída do PID (ponto de teste 9) é maior, em módulo, que -150 mV. Assim, a saída
do seletor de mínimo é o sinal do somador, ou seja, uma ordem de fechamento para o distribuidor.
Após 5,0 s do comando de partida, a tensão de +5,9 V (rampa) vinda do cartão 255A, começa a
zerar num tempo aproximado de 10,5 s. Desta forma, a tensão na saída do somador varia de -150
mV até:
v S 1 = −(v partida + 0,5 ⋅ v rampa ) = −(− 2,8 + 0,5 ⋅ 0,0 ) = 2,8V , (4.13)
no tempo determinado pela rampa. Como este comando de abertura continua sendo menor que o
valor de polarização de cavitação e também menor que o comando do PID, o distribuidor abre até
28%.
Por fim, quando a máquina é sincronizada, o relé R10 desopera. Assim, ficará a tensão de -10 V
dada pelo Limitador Numérico de Abertura, cartão 2442, na entrada do seletor de mínimo Min1.
Como, normalmente, o valor do Limitador Numérico de Abertura (que deve estar na posição
máxima: -10 V) é maior, em módulo, que o valor de abertura pedido pelo PID, este último estará
presente na saída do seletor de mínimo Min2 e, portanto, será o comando de abertura do
distribuidor. Caso o valor de saída do PID fique maior que o do Limitador de abertura Numérico,
está claro que este último será o comando de abertura para o distribuidor.
Na parada da unidade geradora, o sinal de rampa volta a atuar. O sinal vindo do cartão 255A vai
de 0 V para 5,9 V em aproximadamente 3,2 s. Desta forma, a saída do Somador S1, vS1, volta a
ser em torno de -150 mV e o distribuidor é fechado. O valor correspondente ao fechamento do
distribuidor é particular para cada máquina, ele está relacionado com o ajuste da curva do
variômetro do distribuidor.
Após o fechamento total do distribuidor, o sistema encontra-se em condições para uma nova partida
da unidade geradora.
DDF REV.
DDF.EE.03 00
DATA FOLHA
O circuito é constituído por uma chave seletora, chamada KVP, e um potenciômetro, identificado
por VP. A seletora KVP pode ser manobrada apenas utilizando uma chave. Ela tem duas
posições: "normal" e "ensaio".
Estando a chave KVP na posição normal o potenciômetro fica "desligado" do circuito. A saída do
cartão PID, o sinal de controle, é colocado na saída do Limitador de Abertura, pino 11 do cartão
241.
O potenciômetro VP é utilizado como um divisor de tensão resistivo. Com a chave KVP na posição
ensaio, a tensão no cursor do potenciômetro (saída do divisor) é colocada no pino 11 do cartão 241.
O valor do divisor pode variar de 0 a -10V, que corresponde a 0 e 100% de abertura,
respectivamente, ou seja, uma manobra completa do distribuidor.
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Consórcio ITAIPU Eletro Mecânico – CIEM, SPEED GOVERNOR TYPE RAPID 77 -
INTERNAL RELAYING DIAGRAM, 5215-DF-71138-I ou 10557396, 1979.
[2] Consórcio ITAIPU Eletro Mecânico – CIEM, SPEED GOVERNOR TYPE RAPID 77 -
TECHNOLOG. - DIAGRAM, 5215-DF-71810-O ou 10558684, 1979.
7 - ANEXOS.
-0-