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INSTITUIÇÃO: UFMT – ICET – CUA CURSO: ENGENHARIA CIVIL

AULA PRÁTICA DE CAMPO DE ELEMENTOS DE GEOLOGIA 2021/2


09 DE JULHO DE 2022
DOCENTE: SILVIO CESAR OLIVEIRA COLTURATO
DISCENTE: ISADORA BEZERRA DA SILVA – RGA: 202011729036

• Horário de saída: 7:40


• Local: UFMT – Campus Araguaia – Barra do Garças – MT
• 1° parada
• Local: Rua 04, perpendicular a Av. Valdon Varjão – Barra do Garças –
MT
• Horário de retorno: 12:00

Ao chegarmos no local encontramos um afloramento rochoso onde se encontrava


uma rocha maciça sedimentar exposta. Em seguida percebemos que se tratava de um
talude de corte, que normalmente são feitos com intuito de abrir estradas.

Esse talude
apresentava forma
plana e dimensões
de
aproximadamente
5m de altura por
15m de largura,
com surgência de
vegetação arbustiva e feições de movimentação de massa.

Neste maciço rochoso sedimentar também podemos observar planos de camadas,


fraturas e descontinuidades.
Na imagem a seguir
podemos observar com clareza as
descontinuidades causadas por
uma quebra ou fratura presente
nesse maciço, que como já citamos
é proveniente de processos
artificiais por ser um talude de
corte.

Prosseguindo com a
análise vimos também os planos
de camadas, sendo observados por
apresentar esse aspecto a grosso
modo, de empilhamento, como se
tivessem cortes horizontais na
rocha e eles fossem sobrepostos.

Para determinar a granulometria utilizamos um


martelo para golpear a rocha e obter partículas que
conseguiríamos quebrar nas mãos, sentindo que era
proveniente de minerais finos. Ao sujarmos as mãos
quando apertamos a partícula da rocha percebemos que
era composto de argilito, pois apresenta essa característica
barrosa que ao pressionar sujamos as mãos. Além do
argilito também percebemos a surgência de arenito em
algumas partes do talude, pois apresentava um aspecto
pulverulento ao quebrarmos nas mãos.

Quando golpeamos a rocha para obter pequenas


partes também vamos nos aproximando da cor original da
rocha, aquela que fica mais submersa e não sofreu
intempéries, neste caso era a cor marrom avermelhado também conhecido como
coloração sã.

Com o intuito de descobrir a coerência da rocha, fizemos um teste com o auxílio


de um canivete. Esse teste consiste em fazer um risco no maciço rochoso e se ele “riscar”
facilmente podemos dizer que ele possui uma baixa coerência. Por fim ao fazer o teste
determinamos que se tratava de uma rocha incoerente.

Do lado
extremo direito do
talude conseguimos
fazer uma análise de
movimentação
gravitacional de
massa. Partindo do
estudo de uma zona de
falha e da coloração do
maciço rochoso
chegamos a uma
conclusão que se pode verificar no croqui acima de que ouve esforços tectônicos causando
uma deformação rúptil com deslocamento de blocos. Através da coloração da rocha como
indicado nas setas vermelhas acima, vimos que no lado direto do croqui existe uma
coloração mais forte em uma região de maior altura e na zona de falha essa coloração teve
uma inclinação seguindo para uma altura mais baixa no bloco deslocado. Com esses
fatores podemos concluir que o esforço tectônico fez que com a placa direita subisse e a
placa da direita descesse, como indicado na figura ao lado.

MEDIÇAO DE SENTIDO E MERGULHO DAS FRATURAS


Identificamos que fraturas são da mesma família se estão na mesma direção ou no
máximo 10 de diferença, e seguimos fazendo os seguintes cálculos:

Cálculo do sentido: posicionamos a bússola do celular na horizontal com auxílio de uma


caderneta.

Cálculo do mergulho: colocamos o clinômetro do celular perpendicular a direção e


cuidando para que esteja no prumo.

Obtivemos os seguintes resultados:

Família 01: contém 2 fraturas com 95 cm de


distância entre elas;

FRATURA DIREÇÃO MERGULHO


F1 F2
F1 N50O 87°
F2 N44O 87°

Família 02: contém 3 fraturas, sendo 62 cm de


distância da 1° para a 2° e 20cm de distância
da 2° para a 3° fratura, totalizando 82 cm.
F3
F4 FRATURA DIREÇÃO MERGULHO
F3 N70O 79°
F4 N68O 78°

Família 03: contém 4 fraturas, sendo 63cm da


1° para a 2°, 75cm da 2° para a 3°, totalizando
F6 1,38m.

F5 F7
FRATURA DIREÇÃO MERGULHO
F5 N23E 89°
F6 N27E 81°
F7 N22E 85°
família 04: contém 2 fraturas com uma distância de
80cm entre elas

F9 FRATURA DIREÇÃO MERGULHO


F8
F8 N87O 82°
F9 N90O 88°

Família 05: contém 2 fraturas com uma distância de


21cm entre elas

F10 F11 FRATURA DIREÇÃO MERGULHO


F10 N86O 75°
F11 N86O 75°

Com a condição de que para as fraturas serem da mesma família precisam estar
na mesma direção ou no máximo 10 de diferença, entendemos que a família 4 e 5 são na
verdade apenas uma única família.
N

F1 – N50O/87° F5 – N23E/89°
F2 – N44O/87° F6 – N27E/81°
NO F3 – N70O/79° F7 – N22E/85° NE
F4 – N68O/78°
F8 – N87O/82°
F9 – N90O/88°
F10 – N86O/75°
F11 – N86O/75°

O L

SO SE

S
• Horário de saída: 14:00
• Local: UFMT – Campus Araguaia – Barra do Garças – MT
• Horário de chegada: 14:19
• 2° parada
• Local: 1700 BR – 070 – Barra do Garças – MT
• Horário de saída: 15:45

Temos um recorte feito em uma área


afim de torna-la plana, como consequência
gerou-se um talude que foi feito sem contenção
e que acabou sofrendo com as intempéries.

O talude é uma rocha sedimentar


composto por argilito e arenito e foi cortado em
um ângulo muito íngreme fazendo com que o
talude não tenha estabilidade, portanto os
processos erosivos causados pelas intempéries
juntamente com a falta de estabilidade e sua
baixa coerência está fazendo com que esse
talude avance para dentro da rodovia que passa
por detrás dele.

Percebemos que o problema precisa ser


resolvido o mais rápido possível pois com o
avanço do talude o primeiro impacto a ser
percebido é a interrupção do transporte na
rodovia, sendo assim debatemos e foi decidido
que a solução mais cabível seria primeiramente
a implantação de um muro de contenção para
que se possa preencher o espaço que o talude
avançou, devolvendo o tamanho correto da
rodovia. Em seguida deveria ser feita a
repavimentação da rodovia e aplicação do meio fio junto com uma estrutura de drenagem
e assim oferecer um tráfego seguro e conforto para as pessoas que residem próximo ao
local.
• Horário de saída: 15:45
• Local: 1700 BR – 070 – Barra do Garças – MT
• Horário de chegada: 16:00
• 3° parada
• Local: Rua Mato grosso – Barra do Garças – MT
• Horário de retorno: 17:20

Estávamos diante de um talude de corte feito com o auxílio de escavação


mecânica. O talude é composto por rocha sedimentar que apresentava nas partes
superiores predominância do mineral argilito e nas partes inferiores apresentava
predominância de arenito.

Conseguimos observar o contato da rocha com o solo que por sua vez se tratava
de um solo residual medindo entre 70 cm á 1 m. Esse solo foi desenvolvido naturalmente
sobre a rocha que sofreu intemperismo.

O maciço rochoso era mais homogêneo com aproximadamente 8 m de altura por


68m de largura, sem sinais de instabilidade, contendo uma superfície côncava, baixa
coerência e planos de camadas nas partes inferiores.

Material argiloso Verificação da cor Teste de coerência


sã da rocha
MEDIÇÃO DE SENTIDO E MERGULHO DAS FRATURAS

FRATURA DIREÇÃO MERGULHO


F1 N55O 76°
F2 N53O 56°

Através desta medição podemos concluir que essas duas fraturas fazem parte da
mesma familia apesar da diferença entre os mergulhos, pois temos uma aproximação
considerada entre suas direções.
INSTITUIÇÃO: UFMT – ICET – CUA CURSO: ENGENHARIA CIVIL
AULA PRÁTICA DE CAMPO DE ELEMENTOS DE GEOLOGIA 2021/2
16 DE JULHO DE 2022
DOCENTE: SILVIO CESAR OLIVEIRA COLTURATO
DISCENTE: ISADORA BEZERRA DA SILVA – RGA: 202011729036

• Horário de saída: 7:40


• Local: UFMT – Campus Araguaia – Barra do Garças – MT
• Horário de chegada: 8:00
• 1° parada
• Local: Avenida Serra Azul – Barra do Garças – MT
• Coordenadas: 15,8708° S, 52,28283° O
• Horário de saída: 10:30

Temos um corte feito para passagem de uma estrada e como consequencia


produziu-se dois taludes. Para prosseguir nossa análise estudamos apenas o talude do lado
direito da estrada.
Se tratava de uma rocha sedimentar e conseguimos notar isso pela presença de
planos de camadas.
O maciço rochoso tem predominância no seu topo do mineral argilito, no meio era
composto por argilito e areia, já em sua base conseguimos notar a predominância de
arenito. Em uma determinada parte do talude percebemos um solo com surgência de
pedras e de coloração escura, sendo assim entendemos que se tratava de um solo oxidado
que recebe o nome de solo laterítico.
Através do teste de coerência feito com o auxilio de um canivete conseguimos
notar que se tratava de uma rocha incoerente.
Como dito anteriormente, a rocha sofreu um processo de corte transformando-a
em dois taludes de aproximadamente 47° de declividade e com a influência dos processos
erosivos causados pelas intempéries, esse talude acabou não resistindo ao ângulo de alta
declividade, juntamente com a fragilidade da rocha por conta dos materiais que a compõe
e houve um processo de movimentação gravitacional de massa. Nessa rocha apesar de
haver uma predominância de arenito, percebemos que o material que está maiis
instabilizado era o argilito.
O processo de movimentação gravitacional de massa gerou um deslizamento
circular ou rotacional transformando oque depois do corte seria uma superficie plana,
agora depois do deslizamento se tornou um estrutura côncava. Com a variação de
coloração e materiais conseguimos notar a movimentação desses materiais através do
deslizamento e com isso percebemos que a placa da direita subiu e a da esquerda teve
uma descida.
O material de cor clara que vimos no paredão se trata de uma rocha, já a cor escura
em cima da rocha se trata de um solo residual ( material inconsolidado que é residuo da
rocha que se encontra por baixo).
Devemos nos questioniar as causas desse deslizamento que como já citado foi uma
junção de fatores, porém não basta apenas indentificar o problema também precisamos
pensar nas medidas cabíveis para a situaçao. Nesse caso o mais indicado para que não
haja futuros deslizamentos é incialmente suavizar a declividade desse talude buscando o
melhor ângulo de repouso para ele e em seguida aplicar uma calda de cimento (fluido
viscoso feito através de bombeamento) e por derradeiro um estrutura de drenagem.

Croqui autoral representando a


movimentação gravitacional
de massa

Materiais que compõe o


maciço rochoso
Planos de camadas Talude de corte

• Local: Local: Avenida Serra Azul – Barra do Garças – MT


• Horário de saída: 10:30
• Coordenadas: 15,8708° S, 52,28283° O
• Horário de chegada: 11:05
• 2° parada
• Local: Parque Estadual Serra Azul – Barra do Garças – MT
• Horário de saída: 12:00

Estavamos em uma região formada por paredões de maciços rochosos naturais de


aproximadamente 2 metros de altura e possuia entre 80° ou 90° de declividade,
intensamente fraturados e incoerentes. Continham um solo delgado (fino) ou por vezes
inexistentes, sendo assim não contém uma estrutura suficiente para a vegetação se
estabelecer, com isso as espécies arbóreas das arvores que se estabelecem contém um
sistema de raizes que se adentram entre as descontinuidades das rochas, sejam planos de
camadas ou fraturas. A medida que as raizes dessas arvores vão crescendo elas tendem a
levantar blocos de camadas, atravessar e causar fraturas que em sua maioria são
verticalizadas.
Encontramos planos de camadas inclinados que podem formar um cunha além de
termos a junção de dois planos de acamadamento. O cruzamento desses planos com o
acamadamento tendem a individualizar blocos, ou seja, os blocos começam a ficar livres
e juntamente com o espaçamento começa há haver quedas desses blocos.
Quanto mais superficial for o maciço maior será a percolação das águas das
chuvas, abertura de fraturas, ação das raizes, grau de alteração e tudo isso irá contuibuir
para que haja uma alteração na rocha e que o bloco venha a se individualizar e
consequentemente a cair.

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