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Eurico: Isso é hora de chegar em uma casa de respeito, aqui você não entra
nem com a muléstia de cachorro-doido, vai dormir é na rua, que é pra todo
mundo conhecer a qualidade de mulher traidora que você é.
Eurico: Refrescar esse fogo que você tem aí dentro. João Grilo, Chicó (eles
respondem “Sinhô”), vá chamar Padre João, eu quero que ele testemunhe essa
safadeza e condene essa adúltera aos quinto dos infernos.
João Grilo: Já chamei Padre pra tudo nesse mundo, menos pra passar
atestado de corno.
Dora: Rikinho, vamo resolver esse assunto entre nós. (Dora arranha a porta
como um gato). Abra, por favor!
Eurico: Abrir? Só se for sua cabeça infeliz! Eu fui muito besta em me casar
com você, viu. Mulher bonita só serve pra butar cifre.
Dora: E vai todo mundo pensar que você que me matou por ciúmes.
Dora: Adeus, Eurico, meu único amor. Aaaaah ! (Dorinha simulou que tinha
pulado na cacimba e se escondeu atras da porta)
Eurico: Dorinha, minha filha, não faça uma coisa dessas que eu sou doido por
ti. (Dorinha entra na casa e fecha a porta)
Eurico: Era eu que estava lá dentro, Padre João. Mas aí ela se jogou na
cacimba
e terminou eu vindo parar aqui fora, em Dora?
Dora: (abre a porta e joga água em eurico). Tá bebeinho, Padre, não fala coisa
com coisa.
Dora: Perdoo não, Padre. Não aguento mais sentir bafo de cachaça.
Eurico: Desculpee.
Dora: Dorinha.