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UNIDADE ESCOLAR UCP LTDA

COMP. CURRICULAR TURMA DATA NOTA OBTIDA

Redação 9º ANO / / 2023


PROFESSOR(A)

ALUNO (A)

PROVÃO AVALIATIVO – I UNIDADE


Obs:
 A prova deve ser respondida à caneta;
 A prova poderá ser tomada pelo professor presente em sala por qualquer indício de corrupção, vulgo cola;
 Não é permitido rasura;

1. Leia o texto a seguir.


ACIDENTE NA ESTRADA
Todos os anos eu passava as férias de julho na fazenda dos meus tios, no interior do Rio de
Janeiro. Os fatos que vou contar aconteceram em 1989, quando eu tinha 17 anos. Eles mudaram
minha fé e visão do mundo. Meu tio, dois primos e eu estávamos jogando baralho enquanto,
esperava minha tia terminar o jantar. A fazenda era muito antiga. Minha família morava ali há
várias gerações. Infelizmente, nessa época, não havia eletricidade no campo. E os geradores eram
muito caros para meu tio, então, era tudo iluminado através da vela e do lampião, o que dava um
aspecto tenebroso ao lugar. Nesse dia, chovia muito forte e os cachorros estavam dentro da casa,
mesmo assim estavam muito inquietos.
“Eu não gosto quando eles estão assim, sempre acontece algo estranho” – disse meu tio
apontando os cachorros.
Todos nós rimos do comentário, que, no momento, pareceu engraçado. Ainda estávamos rindo,
quando ouvimos alguém bater forte na porta. Todos nós pulamos, por conta do susto. Meu tio foi
atender a porta, seguido de minha tia que veio rápido da cozinha ver quem era a visita inesperada.
Quando meu tio abriu a porta, vimos um homem que estava todo molhado da chuva. Eu sabia que
não era conhecido, porque eu conhecia todos os vizinhos da redondeza.
“Eu capotei meu carro ali na estrada. Preciso de ajuda, pois minha mulher está machucada e
precisa de cuidados médicos. Eu vi sua casa da estrada e...” – disse o homem, sem fôlego, até ser
interrompido por meu tio.
“Não precisa explicar mais.” – disse meu tio pegando a chaves da caminhonete saindo.
Sem perguntar nada, eu entrei com eles no veículo e partimos. Em um minuto, já estávamos
onde o carro se encontrava. Eu e meu tio corremos para o carro, o homem ficou lá dentro do carro,
paralisado, olhando na direção do carro e chorando quieto. Eu e meu tio agachamos, para ver a
situação da mulher dele e para nosso choque ali estava o homem que bateu na porta da fazenda,
todo ensanguentado. Sua mulher não estava diferente. Eu fiquei com medo, mas meu tio me olhou
e disse:
“Rápido temos que levar os dois para o hospital.” – Disse ele, ignorando o fato sinistro e
forçando a porta para abrir.
Tiramos os dois do carro e os levamos para o hospital. O homem, como eu e meu tio sabíamos,
já estava morto. A mulher estava com ferimentos bastantes graves, mas sobreviveu. Algumas
horas depois, saímos do hospital e fomos de volta para a fazenda. Quando chegamos, contamos a
história para meus primos e minha tia. Eles ficaram morrendo de medo. Terminei de contar a
história e alguém bateu na porta. Meus primos correram para o quarto com medo. Meu tio abriu a
porta, só que desta vez não tinha ninguém.
Paulo Henrique Garcia. Texto disponível em: http://www.contosehistoriasdeterror.com/

 O texto pertence a qual gênero? (0,5)


a) Crônica
b) Memória literária
c) Conto Fantástico
d) Conto de Ficção Científica

2. Descreva o Conflito e o Clímax do texto “Acidente na estrada”. (1,0)


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3. O narrador do texto “Acidente na estrada” é observador ou personagem? Por
quê? (0,5)
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4. Marque V para verdadeiro e F para falso a respeito do gênero Conto


Fantástico: (1,0)
a) ( ) Trata-se de uma narrativa literária de curta duração, com quantidade
reduzida de personagens e histórias que aliam ficção e realidade.
b) ( ) Edgar Allan Poe é considerado uns dos principais precursores de histórias
fantásticas.
c) ( ) Em seu eixo temático, é um texto que retrata acontecimentos do cotidiano,
sempre com um caráter crítico (sobre comportamentos sociais, leis, instituições
etc).
d) ( ) O enredo normalmente não segue uma linha cronológica. O autor conta os
fatos de um presente, passado ou futuro com ajuda de recursos como flashback e
o chamado tempo psicológico
e) ( ) Conhecida também como a "literatura das ideias", evita utilizar-se do
sobrenatural, baseando-se em fatos científicos e reais para compor enredos
ficcionais.
f) ( ) São histórias ficcionais criadas por fãs, que se baseiam em diversos
personagens e histórias de filmes, livros, séries, histórias em quadrinhos,
videogames, mangás, animes, grupos musicais, celebridades etc.

5. Explique o que é a verossimilhança presente nos contos. (1,0)


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6. Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector: (0,5)

“Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de
circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos.
Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas
de uma aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o
que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes,
um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o
abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher
tinha nojo, e era fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia.
Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à
garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do jardim era outra. Agora que o
cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde
vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam
amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era profunda,
perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de
insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais
adivinhava que sentia o seu cheio adocicado... O jardim era tão bonito que ela teve medo do
Inferno.”
(LISPECTOR, C. Amor. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 25)

A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de


revelação quando desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no
Jardim Botânico. Neste momento, várias imagens vão configurando um universo de
sensações inesperadas em contato com uma natureza que sempre esteve no mesmo
lugar.
Por que agora a percepção desse mundo se torna diferente?
a) Porque a autora reforça a condição alienada da personagem.
b) Porque a autora conduz a personagem a um conto-de-fadas onde apenas cabe a
mentira de suas aspirações pessoais.
c) Porque a personagem consegue perceber uma verdade que estava escondida
dentro dela mesma.
d) Porque a personagem vive um momento psicótico que pode levá-la ao suicídio.
e) Porque a autora permite que a personagem desloque para o Jardim Botânico as
suas aspirações frustradas que apenas empobrecem aquele espaço.

7. Quando o narrador descreve as percepções da personagem e sequencia três


sentenças conclusivas de um estado de espírito (A crueza do mundo era
tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos), o
verbo “ser” funciona como: (1,0)
a) Uma valorização da morte dentro dos padrões habituais.
b) Um modo de percepção privilegiada do circuito natural dos fenômenos.
c) Um modo de conclusão falida e frustrante em relação ao sentido da vida.
d) Uma natural condição de não se aceitar o fim das coisas.
e) Uma impressão equivocada quanto ao sentido prático dos fenômenos.

8. Nas sentenças “Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço
era macio, colado. Como repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante,
a mulher tinha nojo, e era
fascinante”, o travessão encerra uma relação íntima com a natureza ao mesmo
tempo assustadora, já que ela: (0,5)
a) Elimina qualquer possibilidade de compreensão do seu papel naquele contexto.
b) Estabelece uma distância do seu universo doméstico, o que torna improvável
qualquer relação futura com a humanidade.
c) Imprime aos poucos na sua personalidade uma repulsa por qualquer fenômeno
que possa vir tirá-la do seu acomodamento.
d) Reprime a sua própria natureza para dar condições de uma personalidade doentia
se manifestar, única capaz de revelar a sua verdade.
g) Consegue reunir em seu imaginário opostos que afirmam uma nova fase em sua
vida

9. TEXTO I:

Tirinha de André Dhamer. Disponível em:https://jornalocasarao.files.wordpress.com/2013/10/andre-dhamer.png

TEXTO II

Cyberbullying no meio escolar

A internet veio para ficar. Os jovens não são apenas os maiores consumidores, mas
também os mais vulneráveis às consequências da exposição nas redes sociais. Online,
eles cumprem uma das tarefas mais importantes para o seu desenvolvimento: a
socialização. Pertencer a um grupo é imperativo. Estar sempre online é o principal
requisito. (...) O problema surge quando apostam na socialização digital de modo a
causar sofrimento no outro. Isso se chama "cyberbullying" – isso é uma realidade
inevitável. Não há força física, não há medo da descoberta, não há feedback do
sofrimento da vítima. E existem muitos seguidores: uns que estão do lado do agressor,
outros que defendem a vítima; há também os indiferentes. É uma forma de diversão
realizada pelos cyberbullies, que se apresentam como frios e poderosos, com uma
identidade falsa ou, por vezes, fazendo-se passar por incógnitos, e, assim, tornam-se
muito populares e temidos. Desse modo, percebe-se que o bullying ganhou uma nova
ferramenta de atuação: as tecnologias de informação e comunicação (...). O
cyberbullying surge de várias formas: no envio de informações ou de imagens privadas
[...], tornadas acessíveis a todos; no envio repetido de mensagens agressivas e
humilhantes etc.

PATRÃO, Ivone. Cyberbullying em jovens no meio escolar. Diário de Notícias, 20 nov. 2016. Disponível em:
<http://www.dn.pt/opiniao/opiniaodn/convidados/interior/cyberbullying-em-jovens-no-meio-escolar-5507565.html, com ajustes.
Acesso em 02.jul.2021.

TEXTO IV
Ataques, golpes e outros tipos de agressão cibernética são bastante comuns no país. De
acordo com levantamento realizado pela SaferNet Brasil, em parceria com o Ministério
Público Federal (MPF), só em 2018 foram registradas 133.732 queixas referentes a
delitos online, o que equivale a pelo menos 366 ocorrências diárias. (...) Confira, a
seguir, um ranking com os 10 tipos de crimes que mais incitaram denúncias em 2018:
Pornografia infantil (60.002); Apologia e incitação a crimes contra a vida (27.716);
Violência contra mulheres/misoginia (16.717); Xenofobia, com destaque para ataques a
nordestinos (9.705); Racismo (8.337); LGBTfobia (4.244); Neonazismo (4.244); Maus
tratos contra animais (1.142); Intolerância religiosa (1.084); Tráfico de pessoas (509).
Naquele ano, o país foi considerado a segunda nação com mais ataques cibernéticos no
mundo, atrás apenas da China.
https://fia.com.br/blog/cyberbullying/
Acesso em 02.jul.2021.

 A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de


sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua
portuguesa, sobre o tema: Estratégias para conter o cyberbullying. Apresente
proposta de intervenção social que respeite os valores humanos. Selecione, organize e
relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista. (4,0)
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Bom desempenho! S2

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