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COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

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SUMÁRIO

1. NOSSA HISTÓRIA............................................................................................................2
2. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
3. CONHECENDO A COMUNICAÇÃO ALTERNATTIVA...............................................5
1. Sobre a Comunicação Alternativa...................................................................................5
2. Definindo um Sistema de Comunicação Alternativa.......................................................7
3. Comunicação Alternativa Aplicada à Educação..............................................................9
4. SISTEMAS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO..................................................11
1. Sistema Bliss.................................................................................................................11
2. Sistema PCS..................................................................................................................12
3. Sistema PECS - Picture Exchange Communication System.........................................13
4. Sistema SPC - Símbolos Pictográficos Para a Comunicação........................................14
5. ESTRATÉGIAS NOS RECURSOS PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA.........16
1. Adaptação do Formato dos Recursos............................................................................16
2. Tipos de Estímulos e Estratégias Utilizados.................................................................16
3. Quantidade de Estímulos Utilizados.............................................................................17
4. Participação do Usuário na Construção do Recurso......................................................17
5. Ambientes e Parceiros de Comunicação Alternativa....................................................17
6. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – DESENVOLVENDO AUTONOMIA...............19
1. Programas Geradores de Autonomia e Auxiliares na Comunicação Alternativa....20
7. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA......................................................23
1. Classificação dos Símbolos a Serem Utilizados............................................................23
2. Alunos que Necessitam de C.A.A.................................................................................24
3. Avaliando o Aluno........................................................................................................25
4. Definindo o Sistema a Ser Utilizado.............................................................................26
5. Disposição do Sistema de Comunicação.......................................................................27
6. O Que o Sistema Deve Comunicar................................................................................28
7. Iniciando o Trabalho Com C.A.A. – Materiais Necessários.........................................29
8. Sistema de Comunicação de Baixa Tecnologia: Confeccionando o Cartão Pictográfico
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9. O Passo a Passo - Iniciando o Trabalho........................................................................31
1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................36

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1. NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso
foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível
superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e


eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa
forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos,
primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço
oferecido.

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2. INTRODUÇÃO

Expressar sentimentos, partilhar informações, contar piadas, interagir com os outros,


enfim comunicar...
Tudo isso faz parte da essência do ser humano. A comunicação é de enorme
importância para a vida de uma pessoa, pois contribui para sua autoconfiança e autoestima, e
sobretudo para sua qualidade de vida. A comunicação humana implica interações e envolve
ações, palavras, sons, gestos, posturas, expressões corporais. A comunicação é o modo como
o homem se expressa, trabalha, se diverte e ama.
A maior parte dos conhecimentos aprendidos pela criança durante a infância surge das
relações com outros - adultos ou crianças. Do que lhe contam e explicam, mas também
ouvindo e vendo o que outros dizem e fazem. Por estas interações, aprendem a comunicar-se,
conhecem os significados dos objetos, das expressões faciais, dos gestos, dos movimentos e da
fala. Desta forma a criança adquire conceitos e apropria-se de conhecimentos. “A
comunicação é a chave da aprendizagem” — Downing; 1999.
Desde a infância, o ato de expressar-se está associado as experiências de autonomia,
auto-respeito e autoestima. Por sua vez estes aspectos se encontram relacionados com a
possibilidade de expressar interesses, desejos, sentimentos, escolher o que se quer, ou não, e
de comentar situações.
Criança com dificuldades no funcionamento comunicativo está limitada em seu
acesso à informação, restringindo assim o conhecimento do que se passa a sua volta e
limitando sua participação nas atividades familiares, escolares e sociais.
A dificuldade de comunicação pode reduzir as oportunidades de:
 Expressar sentimentos, afeto e desejos;
 Compartilhar e trocar experiências;
 Questionar, descrever ou comentar situações de seu dia.
Considerando estes aspectos, desenvolver as capacidades comunicativas destas
crianças, significa dar a ela maior compreensão do que acontece a sua volta, possibilidade de
expressar suas necessidades, anseios e sobretudo devolver-lhe a

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chave da aprendizagem em todos os seus aspectos. Retirando-lhe do isolamento e da
frustração.
Sendo assim, entendemos que é extrema a importância do uso de técnicas e estratégias
para minimizar ao máximo possível as dificuldades imposta pela deficiência na comunicação.
Normalmente as crianças que apresentam essas dificuldades, vivem isoladas em seu próprio
mundo, são introspectivas, tristes e solitárias. É, portanto, necessário, “alargar as suas
possibilidades de progredir e facilitar seu desenvolvimento neste domínio, usando formas
alternativas de comunicação, de modo a poderem entender melhor o mundo que as cerca e
serem mais facilmente compreendidas pelos outros” (Downing. 1999). Esta é uma das formas
que o educador poder auxiliar no desenvolvimento da comunicação da criança. Gleason
(1995) e Mac Farland & McLetchie (s/d) enumeram algumas condições essenciais para se
estabelecer essa relação, são elas:
 Reconhecer e responder aos seus comportamentos;
 Levá-la a aceitar a presença do outro e a divertir-se na interação;
 Usar as rotinas significativas para a criança de uma forma consistente com
início, meio e final bem definidos;
 Realizar atividades em conjunto de forma que a criança possa aprender por
imitação;
 Dar “pistas” sobre o que irá acontecer;
 Encorajar a criança a aprender mais sobre seu mundo, para poder
reconhecer que é um ser diferenciado dos outros:
 Ajudá-la a compreender que as coisas de que falamos podem não estar
próximas de nós;
 Dar oportunidades de experimentar várias situações em que possa
controlar o que acontece.
Ao longo do processo de aprendizagem o papel do adulto na interação com a criança é
importante no sentido de poder fornecer materiais e oportunidades de aprendizagem e
partilhar com ela as suas experiências. Por isso o papel do educador deve ser o de facilitar a
aprendizagem, deixando a criança aprender da forma mais participativa e ativa possível,
brincando. Para isso o educador pode usar de estratégias relacionadas ao ambiente da sala de
aula e a interpretação de seus comportamentos comunicativos.

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3. CONHECENDO A COMUNICAÇÃO ALTERNATTIVA

Um dos maiores desafios para a TECOLOGIA ASSISTIVA é criar ferramentas e


métodos que permitam que pessoas com deficiências motoras e da fala possam se comunicar.
Isso deu origem a uma área de estudos e técnicas chamada Comunicação Alternativa. Sendo
fundamental para que pessoas com deficiências que limitam sua capacidade comunicacional
melhorem sua qualidade de vida. Afinal, é a partir das suas ferramentas e técnicas que essa
habilidade é desenvolvida de maneira adequada.

1. Sobre a Comunicação Alternativa

O que é comunicação? É transmitir oralmente uma mensagem? É a ação de um


emissor enviar uma mensagem a um receptor? É possível viver sem comunicação? Essas
questões são de grande importância para elucidar o conceito de comunicação. Conforme já
comentado a comunicação é a possibilidade de uma pessoa expressar uma mensagem de
forma diversificada e possibilita a interação entre as pessoas nos diferentes ambientes que
estão ao seu redor.

PROF!

A comunicação é um marco histórico que revolucionou o mundo, desde os primatas até os dias atuais. A te
o grande diferencial entre o hoje e o ontem. Será a mola propulsora entre o hoje e
o amanhã e será uma grande força contributiva de um futuro bem próximo (BRAGANÇA, 2009).

Cada um de nós possui variados modos de comunicar: com o olhar, o sorriso,


movimentos corporais, com o corpo ou partes do corpo etc. Por exemplo: acenar com

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o braço para dizer “tchau” ou para chamar um táxi na rua e balançar a cabeça para dizer “sim”
ou “não”. Com os gestos corporais, comunicamos nossas vontades, interesses, concordâncias
ou discordâncias, emoções, sentimentos. A comunicação entre pessoas é marcada e
complementada por vários elementos comunicativos que permitem compreender o outro e,
também, ser compreendido. (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 3)
O sistema de comunicação humana consiste em diversos sinais que podem ser gestos,
sons, signos linguísticos que possuem significados singulares ou universais, transmitidos por
via de comunicação natural e/ou alternativa.
O livro - O Corpo Fala, de Weil e Trompaço (2001), é um clássico da literatura que
descreve de maneira brilhante as diversas modalidades da linguagem não verbal do corpo
humano, apresentadas como ferramentas de comunicação, de troca mútua entre pessoas. Os
autores convidam o leitor a interagir com o texto por meio de recursos como desenhos e
personagens. Explicam o processo de comunicação emissor-informação-receptor, desde a
emissão da informação até a recepção e decodificação pelo receptor, que interpreta e dá um
significado à mensagem. “O tema abrange a comunicação psicossomática inconsciente do
próprio leitor e por isso o fascina, diverte, desafia e esclarece ao mesmo tempo!” (WEIL;
TOMPAKOW, 2001, p. 4).
A comunicação é um recurso essencial ao homem, é um indicador da evolução da
espécie humana. Por isso, quando nos deparamos com pessoas com deficiência que não
conseguem se comunicar bem, nos incomodamos. Isso acontece, por exemplo, quando temos
à frente uma pessoa com paralisia cerebral ou sequelas na área da fala, ou uma pessoa surda
que deseja comunicar algo e não consegue.
Nesses momentos, a comunicação alternativa é uma importante aliada.

“Comunicação alternativa e aumentativa (CAA): refere -se a qualquer meio de


comunicação que complemente ou substitua os meios usuais de fala ou escrita. A comunicação é aumentat
ciais. A comunicação alternativa ocorre quando o indivíduo utiliza outro meio para

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Em educação especial, a expressão comunicação alternativa e/ou suplementar vem
sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e
metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou
alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais
pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala
(MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 4).

Inseridos na sociedade informacional, globalizada, e preocupados com acessibilidade


comunicacional, nos interrogamos sobre as formas alternativas de comunicação. O que é
preciso construir para ajudar uma pessoa a comunicar suas vontades, conversar com os
demais? Nesse ponto insere-se a comunicação alternativa.

PROF!

Leia o livro - O Corpo Fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, de Wel e Tompa

2. Definindo um Sistema de Comunicação Alternativa

A comunicação alternativa (suplementar ou ampliada, como termos sinônimos)


enfatiza diferentes modalidades de comunicação com finalidades definidas a partir da
necessidade do usuário, que podem ser, segundo Deliberato e Manzini (2006):
 Propiciar uma comunicação alternativa para o usuário;
 Criar recursos de manutenção da comunicação alternativa para o usuário.
Os autores supracitados sugerem ainda duas dimensões às comunicações alternativas:
 Comunicação apoiada;
 Comunicação não apoiada.
A comunicação apoiada indica que os recursos para a comunicação utilizam apoios de
expressão linguística que estejam fora do corpo do usuário e que recebem ajuda de outra
pessoa, assim, “são objetos reais, miniaturas de objetos, pranchas de

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comunicação com fotografias, desenhos e outros símbolos gráficos e, ainda, os sistemas
computadorizados” (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 5).

Em decorrência das dificuldades motoras, certos usuários de recursos de


comunicação apoiada vão, também, depender de alguém para selecionar e indicar os
estímulos necessários para que seja interpretado. É o caso dos alunos que necessitam
de uma outra pessoa para realizar o manuseio do material confeccionado, apontando
as figuras ou as fotos necessárias para estabelecer uma comunicação. A pessoa que
auxilia vai indicando uma figura após a outra até que a escolha seja feita (sistema de
varredura na linha e/ou na coluna). Após a seleção da figura pelo usuário, há
necessidade de retomar novas seleções. Há alunos que conseguem selecionar os
estímulos pelo olhar ou pelo apontar com a língua, mas não conseguem virar uma
página ou pegar uma prancha temática. Nessas situações, também, esses alunos
necessitam de auxílio do professor (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 5, grifo
nosso).

A comunicação não apoiada indica que os recursos de comunicação estão na pessoa,


ou, em outras palavras, o “banco de comunicação” é dela mesma, “tais como os sinais
manuais, expressões faciais, língua de sinais, movimentos corporais, gestos, piscar de olhos
para indicar ‘sim’ ou ‘não’” (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 5-6).

As expressões são totalmente produzidas pelos seus usuários, ou seja, ela é realizada
por meio das ações que o próprio aluno pode produzir, sem o auxílio de outra pessoa
ou de equipamentos. Cabe salientar que o uso da escrita, assim como o da língua de
sinais, é um recurso importante quando o aluno não tem a possibilidade de falar, pois
estabelece uma comunicação face a face. Embora sejam possibilidades
comunicativas importantes, tanto a escrita como a língua de sinais requerem
habilidades motoras e, nesse sentido, nem todos os alunos com deficiência física têm
possibilidade de utilizá-las (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 6, grifo nosso).

Para selecionar, planejar e aplicar um sistema de comunicação, Manzini e Deliberato


(2006) advertem que temos que estar atentos ao ambiente individual e do entorno do aluno e,
também, aos dispositivos legais voltados à acessibilidade, desenho universal, CIF, entre
outros. Para essa tarefa, os autores descrevem algumas das propriedades que devem ser
atendidas pelo sistema de comunicação alternativa:
 O sistema utilizará objetos concretos?
 O sistema será composto por fotografias, figuras ou desenhos?
 Terá como base um sistema de símbolos gráficos (pictográficos,
ideográficos ou aleatórios)?
 O sistema será combinado?
 Far-se-á uso da ortografia?

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 O sistema será composto por sistemas gestuais?
Esses autores observam ainda: Para fazer esse delineamento é necessária uma
avaliação do aluno (DELIBERATO; MANZINI, 1997), e também da participação do
professor, da família, do fonoaudiólogo e, se possível, de uma equipe para avaliar as
possibilidades do aluno e da situação.
Em linhas gerais, para avaliar o aluno e a situação na qual o sistema será utilizado,
deveremos verificar:
1. As habilidades físicas do usuário: acuidade visual e auditiva; habilidades
perceptivas; fatores de fadiga; habilidades motoras tais como preensão manual, flexão e
extensão de membros superiores, habilidade para virar páginas;
2. As habilidades cognitivas: compreensão, expressão, nível de
escolaridade, fase de alfabetização;
3. O local onde o sistema será utilizado: casa, escola, comunidade; com quem o
sistema será utilizado: pais, professores, amigos, comunidade em geral;
4. Com qual objetivo o sistema será utilizado: ensino em sala de aula,
comunicação entre amigos.
Dessa forma, é importantíssimo fazer um levantamento das habilidades já existentes e
do potencial do aluno, uma vez que o recurso alternativo de comunicação dará possibilidade
ao professor de trabalhar aspectos da compreensão e expressão da linguagem do aluno. Tendo
em mãos os dados dessa avaliação, é possível preparar o recurso a ser utilizado, ou seja, qual
será a forma desse recurso, por exemplo, se ele deverá conter um vocabulário específico para
a sala de aula ou para outra situação, se haverá um vocabulário básico com figuras acoplado
com letras, ou mesmo com objetos (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 6-7).

3. Comunicação Alternativa Aplicada à Educação

Pensar sobre a comunicação alternativa aplicada à educação é refletir sobre os


princípios da educação atual sustentada na ética e na cidadania, para o pleno desenvolvimento
do ser humano; uma educação que valoriza o acesso e a permanência do aluno no espaço
escolar.
É a escola para todos. Santos (2007), quando reflete sobre os indicadores de uma
escola atual, identifica como sendo aquela que foca seu trabalho com as

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diferenças em sala de aula, no contexto da diversidade cultural, em ações que desenvolvam o
trabalho com as diferenças e os variados ritmos de aprendizagem do alunado.
 Transformação das dinâmicas e das metodologias utilizadas em sala de
aula: organização dos tempos e espaços com características individuais, em dupla, em
pequeno grupo e em grande grupo, viabilizando a ocorrência não apenas de ensino, mas de
aprendizagens que ocorrem nas interações professor e alunos.
 Reorganização do tempo e espaço de forma flexível: o Projeto escolar
pressupõe flexibilidade de horários (aulas geminadas, aulas curtas etc.) e ocupação de outros
espaços que permitam ritmos e atividades diversificados.
 Formação em serviço: a aprendizagem permanente não para e o desafio de uma
educação de qualidade está sempre presente para que os estudos contínuos aconteçam sempre
(SANTOS, 2007, p. 27). Esses sinais revelam o quanto a escola é coerente com os
dispositivos legais para o desenvolvimento do indivíduo, alicerçada no paradigma da inclusão:
autonomia, empoderamento e independência.
Esses sinais revelam o quanto a escola é coerente com os dispositivos legais para o
desenvolvimento do indivíduo, alicerçada no paradigma da inclusão: autonomia,
empoderamento e independência.
Uma boa via na efetivação do paradigma, segundo Galvão (2012), está na atitude
paciente, respeitosa ao ritmo da criança, e persistente ao estímulo, por parte do professor, no
enfrentamento dos obstáculos cotidianos. Um exemplo:

A escola ao lidar com o aluno surdocego precisa estar ciente da importância da


comunicação para este aluno, compreendendo, por exemplo, que não basta o aluno
surdocego usar gestos e sons que só ele entende. É preciso que as suas formas de
expressão estejam inseridas em um sistema linguístico, seja este baseado na língua
oral ou gestual. Ou seja, para facilitar o acesso do aluno aos conteúdos escolares é
importante conhecer as peculiaridades que envolvem a sua comunicação, acolhendo
os limites e possibilidades das formas de comunicação usadas pelos alunos
(GALVÃO, 2012, p. 333).

Ressalta-se a importância da aplicabilidade das Ajudas Técnicas, especificamente da


comunicação alternativa, para assegurar e viabilizar as políticas públicas educacionais à
pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida ou idosa. Desse modo, a educação favorece
o acesso, participação e qualidade de vida por

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parte de todas as pessoas. Devendo assim estarem integrados aos recursos da sociedade
informacional e ao currículo escolar.

 PROF!
Leia o texto “Audiodescrição – recurso de acessibilidade para inclusão
cultural das pessoas com deficiência”, da autora Lívia Maria Villela de Mello
Motta.

4. SISTEMAS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO

Os sistemas alternativos de comunicação são representados por marcadores como


gestos, alfabeto digital, signos, fotos, figuras e desenhos. Os sistemas alternativos mais
populares no Brasil são:
 Blissymbols (Bliss), Picture Communication Symbols (PCS) 
Pictogram Ideogram Communication Symbols (PIC).
Sonza (2013, p. 255) destaca que os sistemas de comunicação aumentativa e
alternativa se referem aos componentes (símbolos, gestos, recursos, estratégias e técnicas)
utilizados pelos indivíduos para comunicação. Podem ser manuais ou gráficos, sendo que os
primeiros são aqueles que não requerem ajuda externa, como: gestos, alfabeto digital e Libras
(sem as flexões), além de outros marcadores gramaticais complexos que venham a ser
utilizados por ouvintes.

1. Sistema Bliss

[...] os símbolos são compostos por um número pequeno de formas, os elementos


simbólicos. Esses são combinados para representar milhares de significados. Os símbolos
podem ser:
 Pictográficos (desenhos que parecem com aquilo que desejam simbolizar);
 Arbitrários (desenhos que não possuem relação pictográfica entre forma e aquilo
que desejam simbolizar);
 Ideográficos (desenhos que simbolizam a ideia de algo, criam uma associação gráfica
entre símbolo e o conceito que ele representa);

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 Compostos (grupos de símbolos agrupados para representar objetos e ideias) (SONZA,
2013, p. 256).
Esse sistema é conhecido como visual gráfico representado por símbolos pictográficos
- parecem-se com o que representam, que estão acompanhados do seu significado e que
representam pessoas, objetos, ações, conceitos, sentimentos.
Estão dispostos num quadro com determinada ordem e significado e vantagens, pois
pode ser utilizado em casa, na escola ou em qualquer outro local, visto o quadro ser fácil de
transportar. É de fácil compreensão visto que em cima de cada símbolo existe a palavra escrita
e é fundamental para a aprendizagem da leitura e da escrita, reforça a construção correta das
frases e o reforço visual é constante.
Destina-se a crianças com déficits auditivos, visuais, mentais, autistas, atrasos de
desenvolvimento de linguagem, entre outros. Com o objetivo de que a criança adquira uma
maior independência, haja um desenvolvimento da linguagem, uma interação sócia familiar
melhorada e exista uma estimulação intelectual.

Figura 1: Exemplo de sistema Bliss

Fonte: (SANTOS, 2017).

2. Sistema PCS

[...] é basicamente pictográfico. Criado para indivíduos com comprometimento na


comunicação oral e que não compreendem o sistema ideográfico. Segue a mesma divisão
sintática e cores dos Símbolos Bliss (FERNANDES, 2000 apud SONZA, 2013, p. 256).
Sistema PIC (Pictogram Ideogram Communication): os “Pictogramas” são um sistema
que foi concebido com o objetivo de possibilitar a comunicação e assim estimular e
desenvolver as capacidades de percepção e conceitualização de pessoas

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impossibilitadas de comunicar oralmente. Pode ser usado por crianças e jovens com atrasos
acentuados no desenvolvimento intelectual, com dificuldades na fala e/ou com problemas a
nível perceptivo. Este método é composto por 400 símbolos que englobam mais de 400
conceitos.
Os símbolos graficamente são constituídos por figuras brancas, aperfeiçoadas, sobre
um fundo preto, para reduzir as dificuldades de discriminação entre figura e fundo. Podem ser
agrupadas por áreas de interesse, facilitando assim à criança a construção de frases

Figura 2: Exemplo sistema PIC.

Fonte: (SANTOS, 2017).

3. Sistema PECS - Picture Exchange Communication System

Forma um sistema de comunicação completo e foi originalmente desenhado para criar,


rápida e economicamente, recursos consistentes de comunicação. Este é o método de
comunicação mais utilizado com autistas, desde os primeiros anos de vida.
Foi originalmente desenvolvido para crianças do espectro autista em idade préescolar,
mas atualmente é usado por crianças e adultos com perturbações do espectro do autismo e
outros diagnósticos que apresentem dificuldades na fala e na comunicação. Através deste
método, a criança autista consegue desenvolver a fala, pois tenta responder a todas as
necessidades e desejos, desde os mais básicos aos mais complexos. Os cartões com fotos de
objetos que significam coisas que a

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criança necessite, como: “beber água”, “comer”, “ir ao banheiro” ou “brincar” fazem com que
a criança comunique tudo aquilo que precisar naquele momento.
O PECS tem como objetivo ir ao encontro daquilo que atrai as crianças, como
alimentos, bebidas, brinquedos, livros. Depois de se conhecerem as preferências da criança
são feitas imagens desses objetos que, posteriormente, serão apresentadas e oferecidas a esta.
Lentamente, é retirada a ajuda física para apanhar a imagem, para que a criança comece a
desenvolver a iniciativa de iniciar a interação, pegando na imagem e entregando-a ao
terapeuta.
Progressivamente, o grau de dificuldade será aumentado, a ponto de o sistema ensinar
a criança a criar enunciados simples a partir das imagens e de uma sequência de frases.

Figura 3: Exemplo de PECS

Fonte: (SANTOS, 2017).

4. Sistema SPC - Símbolos Pictográficos Para a Comunicação

É constituído por desenhos a preto que representam substantivos, verbos e adjetivos. O


fundo sobre o qual o símbolo é desenhado pode ser branco ou de outra

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cor. É normal o emprego de cores comuns aos vários gêneros (substantivos, verbos e
adjetivos).
O SPC é apropriado para ser utilizado, tanto por pessoas cujas necessidades
comunicativas sejam equivalentes a um nível de linguagem simples (necessitando de um
vocabulário limitado e de estruturar frases relativamente curtas) como por pessoas com níveis
de linguagem mais elaborados (que necessitam de utilizar uma gama de vocabulário muito
vasta, com possibilidades de estruturar frases de maior complexidade). Pode assim considerar-
se como um sistema flexível que pode evoluir, ajustando-se às necessidades comunicativas do
seu utilizador.
Figura 4: Exemplo de SPC

Fonte: (SANTOS, 2017).

APRENDA MAIS:

Sugerimos a leitura do artigo: “Desafios para a tecnologia da informação e comunicação em espaço educac
Melo, Janaína Speglich de Amorim, M. Cecília C. Baranauskas e Susie de Araujo Campos Alcoba. Publica

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5. ESTRATÉGIAS NOS RECURSOS PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

Para identificar o recurso de comunicação alternativa mais adequado às necessidades


do aluno com deficiência, Manzini e Deliberato (2006) descrevem o banco de ideias, com a
finalidade de instrumentalizar o professor na seleção do recurso que atenda ao estilo de
aprendizagem e garanta acessibilidade instrumental e comunicacional ao aluno.
A seguir apresentamos o banco de ideias composto por cinco temas principais.

1. Adaptação do Formato dos Recursos

 Pastas e fichários: tipos, cores e tamanhos variados que atendam às características


físicas e motoras do aluno.
 Pranchas com estímulos removíveis: por exemplo, álbuns de fotografias, de
desenhos.
 Prancha temática: figuras com tema específico, por exemplo, materiais de higiene
pessoal.
 Prancha fixa na parede: o professor pode fixar figuras relacionados ao TEMA da
aula.
 Prancha fixa sobre a carteira: para alunos que apresentam movimentos involuntários.
 Pasta frasal: como um cardápio com figuras que representam ações (com verbos).
 Prancha frasal: utilizada para construir textos com aluno.

2. Tipos de Estímulos e Estratégias Utilizados

Podem ser compostos pelo próprio objeto, ou seja, mais próximos do real,
proporcionando melhor manuseio para o aluno.
 Objeto concreto e sua representação: por exemplo, laranja, banana.
 Miniaturas: por exemplo, animais, brinquedos.

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 Símbolos gráficos: utilizam-se fotos ou figuras com os nomes dos objetos
representados.
 Figura temática: figuras com identificação dos nomes.
 Fotos e figuras de atividade sequencial: usadas para comunicar relato de
experiência.
 Símbolos gráficos com fundo diferente: cores contrastantes facilitam a
comunicação.
 Misto: integram mais de um estímulo.
 Gestos: usam-se partes do corpo.
 Expressões faciais: os olhos podem expressar vontades, interesses.

3. Quantidade de Estímulos Utilizados

Planejados para o trabalho com aspectos de percepção visual, auditiva e


sinestésica.
 Estímulo único: uma figura, um desenho.
 Dois estímulos: composição de figuras, fotos, desenhos.
 Vários estímulos: integram mais de um estímulo, auxiliam na interação
professor-aluno. Recursos para a comunicação alternativa.

4. Participação do Usuário na Construção do Recurso

Para selecionar os objetos, fotos ou figuras dependendo do usuário.


 Seleção dos estímulos.
 Confecção do recurso.
 Organização do recurso.

5. Ambientes e Parceiros de Comunicação Alternativa

 Facilitam a interação e a participação entre todos na escola.


 Parceiros de comunicação alternativa.
 Participação da família.

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Finalmente, conforme Manzini e Deliberato: A aparência do recurso em si pode ser
muito simples, porém, o seu processo de implementação necessita ser pensado, elaborado e
testado em situação prática.
[...] um recurso só adquire funcionalidade para comunicar mensagens quando
conseguimos identificar as potencialidades de nossos alunos e adequamos o meio para que
essas potencialidades possam ser expressas. Feito isso, estaremos dando voz a nossos alunos,
que é uma das primeiras formas para a construção de uma sociedade inclusiva (MANZINI;
DELIBERATO, 2006, p. 42).
Os autores destacam o quão fundamental é a comunicação alternativa e como o seu
planejamento e uso devem ser cuidadosos. Inicialmente deve-se conhecer o ambiente pessoal
e o do entorno do aluno para que se preserve a natureza do recurso como um mediador no
processo de acessibilidade que promove a qualidade de vida. O aluno é um parceiro
importante na escolha do recurso para a sua aprendizagem, para a conquista da vida
independente, para a autonomia e para o exercício da cidadania.

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6. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – DESENVOLVENDO AUTONOMIA

A comunicação alternativa desenvolvendo autonomia atende as prerrogativas da ONU


– Organização das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) –
quando descrevem as três dimensões dos direitos humanos:
1. As liberdades individuais ou direito civil;
2. Os direitos sociais;
3. Os direitos coletivos da humanidade conjugam os direitos e as liberdades
individuais e os deveres para com a comunidade em que se vive.
A comunicação alternativa disponibiliza ao usuário uma comunicação eficiente e
eficaz, que explora as diversas possibilidades da linguagem, respeita as diferenças individuais
e a diversidade humana.
Ao interagir com as práticas pedagógicas, identifica-se o estilo de aprendizagem do
aluno e assim elimina-se qualquer barreira que impede o aprender e o sucesso escolar do
aluno, ou seja, respeita-se o conhecimento prévio do aluno e trabalha-se com a zona de
desenvolvimento proximal.

A zona de desenvolvimento proximal refere-se, assim, ao caminho que o indivíduo


vai percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e
que se tornarão funções consolidadas, estabelecidas no seu desenvolvimento real. A
zona de desenvolvimento proximal é, pois, um domínio psicológico em constante
transformação: aquilo que uma criança é capaz de fazer com ajuda de alguém hoje,
ela conseguirá fazer sozinha amanhã (OLIVEIRA,1993).

A educação nos dias atuais tem por meta a autonomia do aprendiz, o uso da
criatividade no enfrentamento e na resolução dos problemas cotidianos. O professor é quem
apresenta os desafios ao aprendiz e colabora na pesquisa de recursos e de instrumentos de
resolução da problemática em sala de aula. Assim, ele oferece as condições no ambiente de
aprendizagem.
As tecnologias assistivas e a comunicação alternativa são aliadas essenciais quando o
professor tem um aluno com deficiência na sala de aula. Possibilitam a construção de recursos
de acessibilidade nas suas diferentes dimensões: metodológica, instrumental, comunicacional,
atitudinal e arquitetônica.

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Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o processo de
aprendizagem resultado da ação do aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições
para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de situações que
favoreçam isso. Nesse sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável
a criação de condições de aprendizagem pelo professor por meio da construção de recursos de
acessibilidade.

1. Programas Geradores de Autonomia e Auxiliares na Comunicação Alternativa

I. Sistema Plaphoons – software de comunicação para pessoas com limitações


graves. Finalidade: construir mensagens para que a pessoa possa comunicar suas vontades e
interesses. Usado para leitura e escrita. O programa permite criar pranchas e pode ser utilizado
como editor de pranchas, prancha de comunicação, comunicador.
II. Sistema Notevox – da USP laboratório de psicologia. Sistema concebido para servir
paralisados cerebrais alfabetizados e portadores de esclerose lateral amiotrófica. Tem três
versões: Notevox-teclado, Notevox-mouse e Notevox-chave.
III. Sistema Boardmaker – processo computadorizado no qual as pranchas de
comunicação são montadas e impressas conforme a necessidade do usuário. O sistema é
composto por 3 500 símbolos do tipo PCS e possui suporte para a língua de sinais. É uma
ferramenta de autoria que permite construir os recursos de comunicação e aprendizado dos
quais o aluno necessitará em cada fase de seu desenvolvimento educacional. Os exemplos e
modelos que o Boardmaker possui servem apenas para mostrar aos professores o potencial de
criação deste software.

20
(TOGASHI; WALTER, 2011)

[...] Para von Tetzchner e Martinsen, (1996), a Comunicação Alternativa e Ampliada


também chamada de comunicação não oral ou comunicação

suplementar refere-se a um ou mais recursos gráficos visuais e/ou gestuais que


complementam ou substituem a linguagem oral comprometida ou ausente. A comunicação
alternativa engloba aspectos muito mais importantes do que simplesmente o uso de
recursos eletrônicos ou pranchas contendo figuras ou pictogramas, ela necessita de
interlocutores atentos e interessados em se
comunicar com a pessoa que não comunica por meio da fala.

O prejuízo linguístico no autismo e nos Transtornos Globais de


Desenvolvimento (TGD) envolve dificuldades na comunicação não verbal, nos processos
simbólicos, na produção da fala, nos aspectos pragmáticos da linguagem (PRIZANT et al.,
2000), nas habilidades que precedem a linguagem,

na compreensão da fala, no uso de gestos simbólicos e das mímicas (PERISSINOTO,


2003; TOMAZELO, 2003; VON TETZCHNER et al., 2004).
Pessoas com autismo apresentam sinais e sintomas bastante peculiares, tornando a relação
ainda mais delicada, uma vez que são caracterizados por apresentarem alterações
qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um
repertório de interesses e de atividades restrito, estereotipado e repetitivo (WALTER,
TOGASHI E LIMA, 2011).
Zilbovicius, Meresse e Boddaert (2006) definem o autismo infantil como um grave
transtorno do desenvolvimento, onde a aquisição de algumas das

habilidades importantes para a vida humana é seriamente comprometida. Ainda para


estes autores, o distúrbio prejudica a interação social, deficiências na comunicação verbal
e não verbal, limitação das atividades e interesses, além de padrões de estereotipias no
comportamento. Estes e outros fatores tornam

delicado o processo de inclusão escolar para o grupo com o diagnóstico de TGD. O


atendimento escolar a esta clientela ainda necessita de muitos ajustes e melhorias para
que suas necessidades possam ser atendidas satisfatoriamente. As características de
pessoas com autismo podem assustar o professor que terá

21
e modo, alunos com autismo que apresentam dificuldades na unicação oral e que estão incluídos e
rtanto, o processo de inclusão de alunos com autismo no contexto regular e a ser ainda mais delicado,
rão restrito e repetitivo de comportamento podem acarretar prejuízos no sso deste aluno na sala de a
NDES, 2010).

22
7. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA

O termo Comunicação Alternativa e Ampliada (C.A.A.), de acordo Glennem (1997), é


definido por outras formas de comunicação além da modalidade oral, como o uso de gestos,
língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto, símbolos pictográficos, uso
de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada, dentre outros.
Dessa forma, a comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não
apresenta outra forma de comunicação e, considerada ampliada quando o indivíduo possui
alguma forma de comunicação, mas essa não é suficiente para manter elos comunicativos e
estabelecer trocas sociais. Vários são os sistemas de CAA disponíveis no mercado.
Os profissionais da educação e saúde podem optar por
 Recursos de baixa tecnologia; 
Recursos de alta tecnologia.
Os Recursos de Baixa Tecnologia referem-se a recursos mais acessíveis que
possibilitam a comunicação quando inexiste a linguagem oral, podendo ser representados
através de gestos manuais, expressões faciais, código Morse e signos gráficos como a escrita,
desenhos, gravuras, fotografias. Podem ser também utilizados o Sistema de Símbolos Bliss,
Pictogram Ideogram Communication System – PIC, Picture Communication Symbols – PCS.
Os símbolos utilizados nesses sistemas podem ser trabalhados em pranchas, painéis, carteiras
ou outra forma acessível a quem utilize.
Os Recursos de Alta Tecnologia oferecem sistemas de comunicação mais
sofisticados, com utilização do computador. São eles: Bliss-Comp, PIC-Comp, PCSComp
ImagoAnaVox, comunique, dentre outros.

1. Classificação dos Símbolos a Serem Utilizados

Os símbolos são as formas de representação de objetos, pessoas, ações, relações e


conceitos. São utilizados para expor o pensamento. Podem ser acústicos, gráficos, gestuais,
expressões faciais, movimentos corporais, táteis.

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A classificação dos símbolos pode também ser diferenciada entre comunicação
assistida ou não assistida (LLOYD, QUIST e WINDSOR, 1990, apud NUNES 2002).
Para a comunicação não assistida, não são necessários símbolos na reprodução do
pensamento, apenas o corpo do indivíduo. Já na comunicação assistida, o indivíduo necessita
de materiais como objetos, palavras escritas, fotografias e outros para se comunicar.
A comunicação assistida é ainda entendida como estática e permanente. Na
comunicação estática e permanente podem ser usados objetos, código Morse, figuras diversas,
símbolos Bliss, PIC, alfabeto escrito, Braille, podendo ser explorados de forma dinâmica, seja
por meio de mímica, voz digitalizada, língua de sinais ou computador.
Cada cultura percebe o significado dos símbolos através de sua iconicidade, podendo
ser estabelecidos como translúcidos, transparentes ou opacos. Os símbolos translúcidos estão
relacionados a referentes específicos ou ideográficos (conceito), sendo colocados em forma de
símbolos pictográficos.
Os transparentes, por sua vez, são colocados em forma de miniaturas de objetos,
fotografias, pictográficos, de maneira que mantenham semelhança física ao objeto que se
referem. Já os símbolos opacos necessitam de ensino, pois não são claros, ou seja, não é
legível, podendo ser representados por convenções sociais, referindo-se a objetos ou a
conceitos (NUNES, 2002).

2. Alunos que Necessitam de C.A.A.

A C.A.A. pode ser utilizada junto à população de paralisados cerebrais, pessoas com
deficiência mental e autistas. Contudo, a Comunicação Alternativa aqui apresentada pretende
atender a todos as deficiências, já que o material visual além de subsidiar as questões
linguísticas, pode também contribuir para a aquisição de conhecimentos de forma geral, pois o
educando com necessidades especiais trabalhado adequadamente pode compreender o mundo
que o cerceia. Assim, a população que necessita de formas alternativas de comunicação, de
acordo com Nunes (2002) pode integrar um dos seguintes grupos:

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i. Linguagem expressiva; ii.Linguagem
de apoio; iii.Linguagem alternativa.
O primeiro grupo refere-se aos indivíduos que compreendem a linguagem oral,
tendo dificuldades na fala por apresentarem problemas fono-articulatórios, devendo recorrer a
outras formas de comunicação.
Já no segundo grupo estão os indivíduos com atraso no desenvolvimento da fala,
que apresentam dificuldades, como paralisados cerebrais, portadores de Síndrome de Down e
outros, que pode utilizar-se de recursos alternativos de comunicação temporariamente, apenas
para alcançarem-na.
O grupo da linguagem alternativa engloba indivíduos com grande defasagem na
comunicação, como autistas, pessoas com deficiência mental severa, surdos. Nesses casos se
faz necessária a comunicação alternativa para subsidiar essa dificuldade.

3. Avaliando o Aluno

É notório que crianças, adolescentes e adultos com necessidades de CAA apresentam


níveis de competência linguística diversificados. É necessário conhecer o aluno antes de
introduzir um sistema de CAA, o qual deve ser elaborado com base numa avaliação para o
aluno estabelecer elos comunicativos.
Assim, o professor junto à equipe pedagógica, quando houver, deverá avaliar o aluno e
a situação na qual o sistema será utilizado para determinar o que será mais útil e funcional,
verificando aspectos tais como:
 Competências linguísticas: Verificar a capacidade de comunicação em diferentes
contextos com diferentes pessoas;
 Formas de expressão: Verificar como o aluno se expressa e se compreende o que os
outros expressam. Ex. O aluno entende tudo o que você fala? Ele puxa pela mão e leva até o
objeto/lugar de interesse, emite sons, usa determinados lugares para expressar alguma
necessidade?
Lembre-se: é difícil obter uma ideia clara do nível de compreensão. Há muitos
exemplos em que se atribui um elevado nível de compreensão a crianças/jovens, na realidade,
quando são avaliados, demonstram não compreender as palavras, mas sim

25
os gestos que as acompanham ou outros dados específicos da situação. Formas não verbal
auxiliam na compreensão da linguagem oral  Habilidades:
o Físicas: Avaliar a acuidade auditiva e visual, habilidades motoras (preensão
manual, flexão e extensão dos membros superiores), habilidades perceptivas,
dentre outras;
o Emocionais: Com quem o sistema será utilizado? pais, professores, amigos;
o Cognitivas – local onde o sistema será utilizado, verificar nível de escolaridade,
compreensão, por parte dos alunos dos acontecimentos cotidianos;
 Competências de autonomia pessoal;
 Nível geral de conhecimento;
 Problemas de comportamento.

4. Definindo o Sistema a Ser Utilizado

O professor deverá optar por um sistema de CAA considerando as condições de uso pelo
aluno conforme avaliação realizada. Após avaliação o professor decidirá qual será o melhor
recurso a ser utilizado:
 Sistema de baixa tecnologia composto por fotografias, figuras, desenho;
 Sistema composto por objetos concretos em miniaturas;
 Sistema composto por sistemas gestuais;
 Sistema de alta tecnologia (pictográficos, ideográficos ou aleatórios –
sistemas PIC, computadorizado, Bliss, entre outros);
 Sistemas combinados;
 Far-se-á uso da ortografia?
Tanto a avaliação quanto a escolha do recurso a ser utilizado, é de suma importância,
pois evidenciará as habilidades já existentes no aluno bem como seu potencial de uso.

26
5. Disposição do Sistema de Comunicação

O artefato onde o professor dispõe o sistema de comunicação é denominado Prancha


de Comunicação. As Pranchas de Comunicação podem ser construídas com materiais simples,
ou seja, cadernos, álbuns, quadro de pregas, flanelógrafo, painel de alumínio para fixar cartões
com imãs, pastas, coletes, aventais, livros, fichários tipo pasta-arquivo, cavalete de pintura,
cartões fixos em chaveiros, dentre outros. (JOHNSON, 1998). Nelas é possível expor figuras,
números, símbolos, letras, palavras. As pranchas devem ser personalizadas de acordo com as
possibilidades de ação do aluno, ou seja, sua condição motora (ALENCAR, 2002).

Figura 5: Exemplos de pranchas de comunicação

(a)

(b)

(c)

27
(d)
Fonte: (SANTOS, 2017).
Os cartões que compõem o sistema de comunicação devem ficar em local de fácil
acesso ao aluno, por exemplo, na carteira, em caixas de sapato, na mesa do professor, dentre
outros.

6. O Que o Sistema Deve Comunicar

Após a avaliação, o professor deverá identificar as necessidades básicas e reais dos


alunos quanto a suas necessidades comunicativas mais imediatas para num momento posterior
ampliá-lo. Recomenda-se que o professor elabore uma lista para registrar as necessidades
comunicativas de seu aluno.
Após a identificação das necessidades básicas o professor deverá selecionar imagens,
juntamente com o aluno, quando for possível, para compor o sistema. As imagens (fotos;
recortes de revistas, encartes, jornais, desenhos) selecionadas devem retratar o objeto, ou seja,
o aluno tem que reconhecer nela (imagem) o que de fato quer expressar e/ou comunicar.
 Lista de algumas necessidades: o
Alimentação:
Arroz - Feijão - Polenta - Carne moída - Frango - Lingüiça - Salsicha - Sopa- Salada -
Cenoura - Berinjela - Chuchu - Repolho - Abobrinha - Couve - Salada de batatas.

28
o Frutas:
Laranja - Banana - Maça - Mamão - Manga - Uva - Ameixa - Abacate - Abacaxi - Pêra –
Morango. o Lanche

Suco Refrigerante Pão Leite Chá Iogurte Bolacha Bolo Chips


Canjica o Sala de aula

Nomes Agenda Cantar Ouvir música Aula de expressão corporal


Recorte e colagem Desenhar Estudar Aula de educação física Aula de
informática Aula de artes Ir ao banheiro Beber água o Higiene Pessoal

Escovar os dentes Tomar banho Colocar sapatos Tirar sapatos Chinelos


Camiseta Blusa Calça Short Tênis Sandália Meia Cueca Calcinha
Sutiã Pentear cabelos Shampoo Condiciona dor Desodorante Toalha de

banho Batom Esmalte Absorvente Sabonete Bolsa.


Cabe ao professor como dito anteriormente, identificar que imagens são prioritárias ao
seu aluno e ir acrescentando à lista sugerida acima, sempre que necessário.

7. Iniciando o Trabalho Com C.A.A. – Materiais Necessários

Neste texto, abordaremos os recursos compreendidos como “baixa tecnologia”, ou


seja, confecção de cartões pictográficos utilizando imagens fotográficas para ilustração e
imagens de cliparts.
Materiais necessários para elaboração do sistema:
 Tesoura, cola, cola quente;
 Imagens (Figuras de programas computadorizados, fotografias, gravuras de
revistas, jornais, encartes, desenhos, desenhos estilizados, símbolos diversos, palavras,
etc.);
 Papel cartão e/ou cartolina;
 Contact ou fita adesiva de PVC transparente;
 Velcro/alfinete ou imã;
 Fraselógrafo (Painel forrado c/ feltro, emborrachado (EVA) ou revestido de
papel pardo disposto em pregas);
 Caixa de sapatos (pra guardar os cartões);

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 Máquina fotográfica digital (armazenar imagens em CDs);

8. Sistema de Comunicação de Baixa Tecnologia: Confeccionando o Cartão


Pictográfico

Confeccionar um cartão, de 10cmx8cm (sugestão) ou de acordo com as necessidades


motoras apresentadas pelo aluno. Após a confecção do cartão, o professor deverá colar ao
centro a imagem selecionada referente a uma das necessidades comunicativas do aluno.

Figura 6: Exemplo de cartão pictográfico - Beber água

Fonte: (SANTOS, 2017).

 Definindo a cor de fundo do cartão pictográfico:


A cor de fundo do cartão deverá ser definida pelo professor, de preferência por
categorias, como no exemplo que se segue:
a) Cartão vermelho - substantivos;
b) Cartão verde – verbos;
c) Cartão azul – adjetivos;
d) Cartão branco – artigos;
e) Cartão amarelo – estórias; e assim sucessivamente.
No início do trabalho o professor irá utilizar apenas um cartão (substantivos) para
ensinar o aluno a expressar sua necessidade imediata. As outras categorias são utilizadas no
momento em que o professor começa a trabalhar a elaboração de sentenças, ou seja, o aluno
irá gradativamente ser ensinado a elaborar frases mais complexas com o sistema de
comunicação. Contudo, isso só é possível quando ele já domina o uso do sistema para se
expressar.

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9. O Passo a Passo - Iniciando o Trabalho

Após o levantamento das necessidades comunicativas apresentadas pelo aluno, o


professor deverá trabalhar o reconhecimento das imagens selecionadas.
 Reconhecimento – O professor mostra ao aluno dois cartões e solicita uma imagem
específica. O aluno deverá sinalizar qual é essa imagem por meio de apontamentos com as
mãos, com o olhar, com os pés, ou outro recurso de acessibilidade. Recomenda-se num
primeiro momento o uso de dois cartões para que o aluno dê a resposta, garantindo assim um
percentual de 50% de acerto. Cumpre ressaltar que uma boa parcela dos alunos com alguma
deficiência apresenta um histórico de fracasso e de baixa estima, o que justifica esse cuidado
inicial com a quantidade de cartões dispostos. Esse reconhecimento de imagens deve ser
gradativo e à medida que o aluno se apropria do conceito expresso no cartão pictográfico, o
professor poderá dispor um número maior. Esse processo de reconhecimento deve ser feito
sempre que se introduz uma nova imagem.
 Funcionalidade - Para que o sistema seja eficaz o aluno tem que perceber que ele de
fato funciona. Assim sendo, quando o aluno, por exemplo, desejar ir ao banheiro, só poderá ir
se sinalizar na prancha de comunicação seu desejo.
 Estratégias - O professor deverá englobar um conjunto de estratégias estruturadas
de comunicação visando permitir que os elos comunicativos aconteçam a partir dos símbolos
presentes no sistema de comunicação alternativa. Uma das estratégias eficaz de ensino do
sistema de CAA é o ensino naturalístico o qual preconiza que:
1. O ensino deve ocorrer no contexto das interações verbais normais da
criança/jovem;
2. As habilidades de linguagem e comunicação sejam ensinadas nas
atividades rotineiras do ambiente natural da criança/jovem;
3. As tentativas de ensino estejam dispersas ao longo das interações da
criança/jovem com seu ambiente;
4. O interesse e a intenção imediata da criança/jovem devem ser o fio condutor de
todo o ensino; Devem ser utilizados reforçadores funcionais pela própria criança/jovem;

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5. O ensino da forma e do conteúdo da linguagem deve ocorrer no contexto e uso
normal desta. (NUNES, 1992 apud ALENCAR, 2002).
 Comunicação simples – um pictograma - Nessa primeira etapa do
trabalho o professor deverá introduzir um número reduzido de cartões pictográficos que
compõem o sistema de comunicação. O primeiro passo é o reconhecimento da imagem
impressa (símbolo) no cartão pictográfico. Exemplo: O professor apresenta dois cartões.

Figura 7: Duas figuras para que o aluno aponte uma

Fonte: (SANTOS, 2017).

Em seguida o professor solicita ao aluno que aponte o cartão referente ao suco (o tipo
de ação solicitada dependerá das condições motoras da criança podendo ser apontar para dar a
resposta, piscar, pegar o cartão, dentre outras). Durante essa fase de ensino o professor deverá
introduzir os cartões pictográficos, como nas demais fases, gradativamente. Após a fase de
reconhecimento das imagens o professor deverá criar condições para que a criança faça uso do
sistema para se comunicar. Assim, as pranchas de comunicação, bem como o sistema, deverão
estar dispostas de forma que o aluno possa ter acesso a ele sempre que desejar comunicar algo.
Exemplo: Se o aluno deseja ir ao banheiro, o mesmo deverá sinalizar (avisar o professor) por
meio do sistema (cartões pictográficos) sua necessidade. Para tanto, deverá apontar/pegar o
cartão e colocá-lo no quadro de alumínio/fraselógrafo/quadro de pregas. Cumpre frisar que o
feedback positivo dado pelo professor é de fundamental importância. Só após essa ação o
professor permite que o aluno se retire

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para satisfazer sua necessidade, garantindo assim que o sistema de comunicação seja
funcional.
 Escrevendo frases simples - Findada essa etapa, o aluno já terá domínio
sobre o sistema. O professor poderá então solicitar para que o aluno escreva e leia frases no
quadro de comunicação. O aluno deverá ir até o sistema, onde terá um número significativo
de cartões pictográficos e localizar o solicitado. Em seguida deverá fixá-lo no quadro.
O aluno irá selecionar o pictograma e fixá-lo no painel. Em seguida, a professora
deverá solicitar ao mesmo que leia o que escreveu, respeitando e elogiando seus esforços de
verbalização.
Esse procedimento irá contribuir posteriormente na elaboração de frases mais
complexas que serão exemplificadas mais adiante.
Nessa etapa o professor deverá introduzir uma segunda categoria, aqui denominado
sujeitoação, para que o aluno perceba a construção de sentenças e comece a ampliar suas
funções comunicativas.
O que outrora era expresso com apenas um cartão passará a ser feito com dois.
Exemplo: Quando o aluno quer expressar seu desejo de beber água, ele o faz por meio do
cartão “água”. Percebe-se que na maioria das solicitações nós pedimos para que algo seja
realizado ou satisfeito. Assim sendo, o professor deverá dispor de uma imagem que simbolize
o desejo “quero” o qual será subentendido como “eu quero” nessa etapa da intervenção.

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Figura 8: Modelos de cartão

Fonte: (SANTOS, 2017).

O professor deverá deixar o cartão “eu quero” fixo no quadro e solicitar ao aluno que
escreva uma frase, como por exemplo, “eu quero comer bolo”.
Num segundo momento o professor irá dispor esse cartão pictográfico, sujeitoação,
junto ao sistema e reiniciar as atividades de elaboração de frase. O aluno começará a perceber
que para formar a frase solicitada ele necessitará de dois cartões, no nosso exemplo um cartão
de cor verde e outro vermelho. Nessa etapa, além da função comunicativa, o professor poderá
intervir nos aspectos referentes à noção espacial e lateralidade apresentada pelo aluno.
A forma como o aluno dispõe os cartões para formar a frase não significa que o mesmo
não entendeu o solicitado ou deu uma resposta inadequada. Muitas vezes a lacuna refere-se a
noções de lateralidade, a forma como uma escrita convencional, por exemplo, se configura, ou
seja, da direita para esquerda. A estratégia de solicitar a leitura da atividade realizada por ele,
iniciada na fase anterior “escrevendo frases simples” torna-se primordial, pois possibilita
identificar se há erros de interpretação ou de noção de lateralidade.
 Para além da comunicação – a alfabetização: O estímulo visual, como
evidenciado até aqui, auxilia não só a comunicação como também possibilita a
aquisição de novos conhecimentos. Apresentamos a seguir algumas sugestões para uso
do sistema de comunicação alternativa nas atividades pedagógicas referentes ao início
da fase de alfabetização. O professor tem a liberdade de tratar esse aspecto de acordo
com os seus pressupostos teóricos, as sugestões configuram-se apenas como recursos
para

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o ensino da leitura e escrita. Dessa forma, poderá iniciar seu trabalho por
palavras, por letras, por sílabas, dentre outras possibilidades.
Cumpre frisar que no que tange as questões de alfabetização o professor poderá
realizar atividades tais como:
 Pareamentos:
a) Pictograma x pictograma;
b) Pictograma x palavra
c) Pictograma x sílabas
d) Palavra x palavra;
 Suporte para exploração de textos;
 Instrumento para interpretação de texto;
 Oferecer ao aluno um material para encaixar as sílabas;
 Retirar estímulo visual escrito e solicitar que escreva a
palavra correspondente ao pictograma apresentado.
Outra sugestão é deixar espaço no cartão pictográfico para que o aluno possa inserir a
escrita da imagem. Nesse espaço deverá ter “velcro” ou “imã” para que as sílabas possam ser
fixadas.

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1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ampliada a pessoas com necessidades educacionais especiais no contexto de sala de aula.
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