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SUMÁRIO
1. NOSSA HISTÓRIA............................................................................................................2
2. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
3. CONHECENDO A COMUNICAÇÃO ALTERNATTIVA...............................................5
1. Sobre a Comunicação Alternativa...................................................................................5
2. Definindo um Sistema de Comunicação Alternativa.......................................................7
3. Comunicação Alternativa Aplicada à Educação..............................................................9
4. SISTEMAS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO..................................................11
1. Sistema Bliss.................................................................................................................11
2. Sistema PCS..................................................................................................................12
3. Sistema PECS - Picture Exchange Communication System.........................................13
4. Sistema SPC - Símbolos Pictográficos Para a Comunicação........................................14
5. ESTRATÉGIAS NOS RECURSOS PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA.........16
1. Adaptação do Formato dos Recursos............................................................................16
2. Tipos de Estímulos e Estratégias Utilizados.................................................................16
3. Quantidade de Estímulos Utilizados.............................................................................17
4. Participação do Usuário na Construção do Recurso......................................................17
5. Ambientes e Parceiros de Comunicação Alternativa....................................................17
6. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – DESENVOLVENDO AUTONOMIA...............19
1. Programas Geradores de Autonomia e Auxiliares na Comunicação Alternativa....20
7. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA......................................................23
1. Classificação dos Símbolos a Serem Utilizados............................................................23
2. Alunos que Necessitam de C.A.A.................................................................................24
3. Avaliando o Aluno........................................................................................................25
4. Definindo o Sistema a Ser Utilizado.............................................................................26
5. Disposição do Sistema de Comunicação.......................................................................27
6. O Que o Sistema Deve Comunicar................................................................................28
7. Iniciando o Trabalho Com C.A.A. – Materiais Necessários.........................................29
8. Sistema de Comunicação de Baixa Tecnologia: Confeccionando o Cartão Pictográfico
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9. O Passo a Passo - Iniciando o Trabalho........................................................................31
1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................36
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1. NOSSA HISTÓRIA
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2. INTRODUÇÃO
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chave da aprendizagem em todos os seus aspectos. Retirando-lhe do isolamento e da
frustração.
Sendo assim, entendemos que é extrema a importância do uso de técnicas e estratégias
para minimizar ao máximo possível as dificuldades imposta pela deficiência na comunicação.
Normalmente as crianças que apresentam essas dificuldades, vivem isoladas em seu próprio
mundo, são introspectivas, tristes e solitárias. É, portanto, necessário, “alargar as suas
possibilidades de progredir e facilitar seu desenvolvimento neste domínio, usando formas
alternativas de comunicação, de modo a poderem entender melhor o mundo que as cerca e
serem mais facilmente compreendidas pelos outros” (Downing. 1999). Esta é uma das formas
que o educador poder auxiliar no desenvolvimento da comunicação da criança. Gleason
(1995) e Mac Farland & McLetchie (s/d) enumeram algumas condições essenciais para se
estabelecer essa relação, são elas:
Reconhecer e responder aos seus comportamentos;
Levá-la a aceitar a presença do outro e a divertir-se na interação;
Usar as rotinas significativas para a criança de uma forma consistente com
início, meio e final bem definidos;
Realizar atividades em conjunto de forma que a criança possa aprender por
imitação;
Dar “pistas” sobre o que irá acontecer;
Encorajar a criança a aprender mais sobre seu mundo, para poder
reconhecer que é um ser diferenciado dos outros:
Ajudá-la a compreender que as coisas de que falamos podem não estar
próximas de nós;
Dar oportunidades de experimentar várias situações em que possa
controlar o que acontece.
Ao longo do processo de aprendizagem o papel do adulto na interação com a criança é
importante no sentido de poder fornecer materiais e oportunidades de aprendizagem e
partilhar com ela as suas experiências. Por isso o papel do educador deve ser o de facilitar a
aprendizagem, deixando a criança aprender da forma mais participativa e ativa possível,
brincando. Para isso o educador pode usar de estratégias relacionadas ao ambiente da sala de
aula e a interpretação de seus comportamentos comunicativos.
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3. CONHECENDO A COMUNICAÇÃO ALTERNATTIVA
PROF!
A comunicação é um marco histórico que revolucionou o mundo, desde os primatas até os dias atuais. A te
o grande diferencial entre o hoje e o ontem. Será a mola propulsora entre o hoje e
o amanhã e será uma grande força contributiva de um futuro bem próximo (BRAGANÇA, 2009).
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o braço para dizer “tchau” ou para chamar um táxi na rua e balançar a cabeça para dizer “sim”
ou “não”. Com os gestos corporais, comunicamos nossas vontades, interesses, concordâncias
ou discordâncias, emoções, sentimentos. A comunicação entre pessoas é marcada e
complementada por vários elementos comunicativos que permitem compreender o outro e,
também, ser compreendido. (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 3)
O sistema de comunicação humana consiste em diversos sinais que podem ser gestos,
sons, signos linguísticos que possuem significados singulares ou universais, transmitidos por
via de comunicação natural e/ou alternativa.
O livro - O Corpo Fala, de Weil e Trompaço (2001), é um clássico da literatura que
descreve de maneira brilhante as diversas modalidades da linguagem não verbal do corpo
humano, apresentadas como ferramentas de comunicação, de troca mútua entre pessoas. Os
autores convidam o leitor a interagir com o texto por meio de recursos como desenhos e
personagens. Explicam o processo de comunicação emissor-informação-receptor, desde a
emissão da informação até a recepção e decodificação pelo receptor, que interpreta e dá um
significado à mensagem. “O tema abrange a comunicação psicossomática inconsciente do
próprio leitor e por isso o fascina, diverte, desafia e esclarece ao mesmo tempo!” (WEIL;
TOMPAKOW, 2001, p. 4).
A comunicação é um recurso essencial ao homem, é um indicador da evolução da
espécie humana. Por isso, quando nos deparamos com pessoas com deficiência que não
conseguem se comunicar bem, nos incomodamos. Isso acontece, por exemplo, quando temos
à frente uma pessoa com paralisia cerebral ou sequelas na área da fala, ou uma pessoa surda
que deseja comunicar algo e não consegue.
Nesses momentos, a comunicação alternativa é uma importante aliada.
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Em educação especial, a expressão comunicação alternativa e/ou suplementar vem
sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e
metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou
alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais
pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala
(MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 4).
PROF!
Leia o livro - O Corpo Fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, de Wel e Tompa
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comunicação com fotografias, desenhos e outros símbolos gráficos e, ainda, os sistemas
computadorizados” (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 5).
As expressões são totalmente produzidas pelos seus usuários, ou seja, ela é realizada
por meio das ações que o próprio aluno pode produzir, sem o auxílio de outra pessoa
ou de equipamentos. Cabe salientar que o uso da escrita, assim como o da língua de
sinais, é um recurso importante quando o aluno não tem a possibilidade de falar, pois
estabelece uma comunicação face a face. Embora sejam possibilidades
comunicativas importantes, tanto a escrita como a língua de sinais requerem
habilidades motoras e, nesse sentido, nem todos os alunos com deficiência física têm
possibilidade de utilizá-las (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 6, grifo nosso).
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O sistema será composto por sistemas gestuais?
Esses autores observam ainda: Para fazer esse delineamento é necessária uma
avaliação do aluno (DELIBERATO; MANZINI, 1997), e também da participação do
professor, da família, do fonoaudiólogo e, se possível, de uma equipe para avaliar as
possibilidades do aluno e da situação.
Em linhas gerais, para avaliar o aluno e a situação na qual o sistema será utilizado,
deveremos verificar:
1. As habilidades físicas do usuário: acuidade visual e auditiva; habilidades
perceptivas; fatores de fadiga; habilidades motoras tais como preensão manual, flexão e
extensão de membros superiores, habilidade para virar páginas;
2. As habilidades cognitivas: compreensão, expressão, nível de
escolaridade, fase de alfabetização;
3. O local onde o sistema será utilizado: casa, escola, comunidade; com quem o
sistema será utilizado: pais, professores, amigos, comunidade em geral;
4. Com qual objetivo o sistema será utilizado: ensino em sala de aula,
comunicação entre amigos.
Dessa forma, é importantíssimo fazer um levantamento das habilidades já existentes e
do potencial do aluno, uma vez que o recurso alternativo de comunicação dará possibilidade
ao professor de trabalhar aspectos da compreensão e expressão da linguagem do aluno. Tendo
em mãos os dados dessa avaliação, é possível preparar o recurso a ser utilizado, ou seja, qual
será a forma desse recurso, por exemplo, se ele deverá conter um vocabulário específico para
a sala de aula ou para outra situação, se haverá um vocabulário básico com figuras acoplado
com letras, ou mesmo com objetos (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 6-7).
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diferenças em sala de aula, no contexto da diversidade cultural, em ações que desenvolvam o
trabalho com as diferenças e os variados ritmos de aprendizagem do alunado.
Transformação das dinâmicas e das metodologias utilizadas em sala de
aula: organização dos tempos e espaços com características individuais, em dupla, em
pequeno grupo e em grande grupo, viabilizando a ocorrência não apenas de ensino, mas de
aprendizagens que ocorrem nas interações professor e alunos.
Reorganização do tempo e espaço de forma flexível: o Projeto escolar
pressupõe flexibilidade de horários (aulas geminadas, aulas curtas etc.) e ocupação de outros
espaços que permitam ritmos e atividades diversificados.
Formação em serviço: a aprendizagem permanente não para e o desafio de uma
educação de qualidade está sempre presente para que os estudos contínuos aconteçam sempre
(SANTOS, 2007, p. 27). Esses sinais revelam o quanto a escola é coerente com os
dispositivos legais para o desenvolvimento do indivíduo, alicerçada no paradigma da inclusão:
autonomia, empoderamento e independência.
Esses sinais revelam o quanto a escola é coerente com os dispositivos legais para o
desenvolvimento do indivíduo, alicerçada no paradigma da inclusão: autonomia,
empoderamento e independência.
Uma boa via na efetivação do paradigma, segundo Galvão (2012), está na atitude
paciente, respeitosa ao ritmo da criança, e persistente ao estímulo, por parte do professor, no
enfrentamento dos obstáculos cotidianos. Um exemplo:
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parte de todas as pessoas. Devendo assim estarem integrados aos recursos da sociedade
informacional e ao currículo escolar.
PROF!
Leia o texto “Audiodescrição – recurso de acessibilidade para inclusão
cultural das pessoas com deficiência”, da autora Lívia Maria Villela de Mello
Motta.
1. Sistema Bliss
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Compostos (grupos de símbolos agrupados para representar objetos e ideias) (SONZA,
2013, p. 256).
Esse sistema é conhecido como visual gráfico representado por símbolos pictográficos
- parecem-se com o que representam, que estão acompanhados do seu significado e que
representam pessoas, objetos, ações, conceitos, sentimentos.
Estão dispostos num quadro com determinada ordem e significado e vantagens, pois
pode ser utilizado em casa, na escola ou em qualquer outro local, visto o quadro ser fácil de
transportar. É de fácil compreensão visto que em cima de cada símbolo existe a palavra escrita
e é fundamental para a aprendizagem da leitura e da escrita, reforça a construção correta das
frases e o reforço visual é constante.
Destina-se a crianças com déficits auditivos, visuais, mentais, autistas, atrasos de
desenvolvimento de linguagem, entre outros. Com o objetivo de que a criança adquira uma
maior independência, haja um desenvolvimento da linguagem, uma interação sócia familiar
melhorada e exista uma estimulação intelectual.
2. Sistema PCS
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impossibilitadas de comunicar oralmente. Pode ser usado por crianças e jovens com atrasos
acentuados no desenvolvimento intelectual, com dificuldades na fala e/ou com problemas a
nível perceptivo. Este método é composto por 400 símbolos que englobam mais de 400
conceitos.
Os símbolos graficamente são constituídos por figuras brancas, aperfeiçoadas, sobre
um fundo preto, para reduzir as dificuldades de discriminação entre figura e fundo. Podem ser
agrupadas por áreas de interesse, facilitando assim à criança a construção de frases
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criança necessite, como: “beber água”, “comer”, “ir ao banheiro” ou “brincar” fazem com que
a criança comunique tudo aquilo que precisar naquele momento.
O PECS tem como objetivo ir ao encontro daquilo que atrai as crianças, como
alimentos, bebidas, brinquedos, livros. Depois de se conhecerem as preferências da criança
são feitas imagens desses objetos que, posteriormente, serão apresentadas e oferecidas a esta.
Lentamente, é retirada a ajuda física para apanhar a imagem, para que a criança comece a
desenvolver a iniciativa de iniciar a interação, pegando na imagem e entregando-a ao
terapeuta.
Progressivamente, o grau de dificuldade será aumentado, a ponto de o sistema ensinar
a criança a criar enunciados simples a partir das imagens e de uma sequência de frases.
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cor. É normal o emprego de cores comuns aos vários gêneros (substantivos, verbos e
adjetivos).
O SPC é apropriado para ser utilizado, tanto por pessoas cujas necessidades
comunicativas sejam equivalentes a um nível de linguagem simples (necessitando de um
vocabulário limitado e de estruturar frases relativamente curtas) como por pessoas com níveis
de linguagem mais elaborados (que necessitam de utilizar uma gama de vocabulário muito
vasta, com possibilidades de estruturar frases de maior complexidade). Pode assim considerar-
se como um sistema flexível que pode evoluir, ajustando-se às necessidades comunicativas do
seu utilizador.
Figura 4: Exemplo de SPC
APRENDA MAIS:
Sugerimos a leitura do artigo: “Desafios para a tecnologia da informação e comunicação em espaço educac
Melo, Janaína Speglich de Amorim, M. Cecília C. Baranauskas e Susie de Araujo Campos Alcoba. Publica
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5. ESTRATÉGIAS NOS RECURSOS PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Podem ser compostos pelo próprio objeto, ou seja, mais próximos do real,
proporcionando melhor manuseio para o aluno.
Objeto concreto e sua representação: por exemplo, laranja, banana.
Miniaturas: por exemplo, animais, brinquedos.
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Símbolos gráficos: utilizam-se fotos ou figuras com os nomes dos objetos
representados.
Figura temática: figuras com identificação dos nomes.
Fotos e figuras de atividade sequencial: usadas para comunicar relato de
experiência.
Símbolos gráficos com fundo diferente: cores contrastantes facilitam a
comunicação.
Misto: integram mais de um estímulo.
Gestos: usam-se partes do corpo.
Expressões faciais: os olhos podem expressar vontades, interesses.
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Finalmente, conforme Manzini e Deliberato: A aparência do recurso em si pode ser
muito simples, porém, o seu processo de implementação necessita ser pensado, elaborado e
testado em situação prática.
[...] um recurso só adquire funcionalidade para comunicar mensagens quando
conseguimos identificar as potencialidades de nossos alunos e adequamos o meio para que
essas potencialidades possam ser expressas. Feito isso, estaremos dando voz a nossos alunos,
que é uma das primeiras formas para a construção de uma sociedade inclusiva (MANZINI;
DELIBERATO, 2006, p. 42).
Os autores destacam o quão fundamental é a comunicação alternativa e como o seu
planejamento e uso devem ser cuidadosos. Inicialmente deve-se conhecer o ambiente pessoal
e o do entorno do aluno para que se preserve a natureza do recurso como um mediador no
processo de acessibilidade que promove a qualidade de vida. O aluno é um parceiro
importante na escolha do recurso para a sua aprendizagem, para a conquista da vida
independente, para a autonomia e para o exercício da cidadania.
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6. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – DESENVOLVENDO AUTONOMIA
A educação nos dias atuais tem por meta a autonomia do aprendiz, o uso da
criatividade no enfrentamento e na resolução dos problemas cotidianos. O professor é quem
apresenta os desafios ao aprendiz e colabora na pesquisa de recursos e de instrumentos de
resolução da problemática em sala de aula. Assim, ele oferece as condições no ambiente de
aprendizagem.
As tecnologias assistivas e a comunicação alternativa são aliadas essenciais quando o
professor tem um aluno com deficiência na sala de aula. Possibilitam a construção de recursos
de acessibilidade nas suas diferentes dimensões: metodológica, instrumental, comunicacional,
atitudinal e arquitetônica.
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Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o processo de
aprendizagem resultado da ação do aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições
para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de situações que
favoreçam isso. Nesse sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável
a criação de condições de aprendizagem pelo professor por meio da construção de recursos de
acessibilidade.
20
(TOGASHI; WALTER, 2011)
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e modo, alunos com autismo que apresentam dificuldades na unicação oral e que estão incluídos e
rtanto, o processo de inclusão de alunos com autismo no contexto regular e a ser ainda mais delicado,
rão restrito e repetitivo de comportamento podem acarretar prejuízos no sso deste aluno na sala de a
NDES, 2010).
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7. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA
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A classificação dos símbolos pode também ser diferenciada entre comunicação
assistida ou não assistida (LLOYD, QUIST e WINDSOR, 1990, apud NUNES 2002).
Para a comunicação não assistida, não são necessários símbolos na reprodução do
pensamento, apenas o corpo do indivíduo. Já na comunicação assistida, o indivíduo necessita
de materiais como objetos, palavras escritas, fotografias e outros para se comunicar.
A comunicação assistida é ainda entendida como estática e permanente. Na
comunicação estática e permanente podem ser usados objetos, código Morse, figuras diversas,
símbolos Bliss, PIC, alfabeto escrito, Braille, podendo ser explorados de forma dinâmica, seja
por meio de mímica, voz digitalizada, língua de sinais ou computador.
Cada cultura percebe o significado dos símbolos através de sua iconicidade, podendo
ser estabelecidos como translúcidos, transparentes ou opacos. Os símbolos translúcidos estão
relacionados a referentes específicos ou ideográficos (conceito), sendo colocados em forma de
símbolos pictográficos.
Os transparentes, por sua vez, são colocados em forma de miniaturas de objetos,
fotografias, pictográficos, de maneira que mantenham semelhança física ao objeto que se
referem. Já os símbolos opacos necessitam de ensino, pois não são claros, ou seja, não é
legível, podendo ser representados por convenções sociais, referindo-se a objetos ou a
conceitos (NUNES, 2002).
A C.A.A. pode ser utilizada junto à população de paralisados cerebrais, pessoas com
deficiência mental e autistas. Contudo, a Comunicação Alternativa aqui apresentada pretende
atender a todos as deficiências, já que o material visual além de subsidiar as questões
linguísticas, pode também contribuir para a aquisição de conhecimentos de forma geral, pois o
educando com necessidades especiais trabalhado adequadamente pode compreender o mundo
que o cerceia. Assim, a população que necessita de formas alternativas de comunicação, de
acordo com Nunes (2002) pode integrar um dos seguintes grupos:
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i. Linguagem expressiva; ii.Linguagem
de apoio; iii.Linguagem alternativa.
O primeiro grupo refere-se aos indivíduos que compreendem a linguagem oral,
tendo dificuldades na fala por apresentarem problemas fono-articulatórios, devendo recorrer a
outras formas de comunicação.
Já no segundo grupo estão os indivíduos com atraso no desenvolvimento da fala,
que apresentam dificuldades, como paralisados cerebrais, portadores de Síndrome de Down e
outros, que pode utilizar-se de recursos alternativos de comunicação temporariamente, apenas
para alcançarem-na.
O grupo da linguagem alternativa engloba indivíduos com grande defasagem na
comunicação, como autistas, pessoas com deficiência mental severa, surdos. Nesses casos se
faz necessária a comunicação alternativa para subsidiar essa dificuldade.
3. Avaliando o Aluno
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os gestos que as acompanham ou outros dados específicos da situação. Formas não verbal
auxiliam na compreensão da linguagem oral Habilidades:
o Físicas: Avaliar a acuidade auditiva e visual, habilidades motoras (preensão
manual, flexão e extensão dos membros superiores), habilidades perceptivas,
dentre outras;
o Emocionais: Com quem o sistema será utilizado? pais, professores, amigos;
o Cognitivas – local onde o sistema será utilizado, verificar nível de escolaridade,
compreensão, por parte dos alunos dos acontecimentos cotidianos;
Competências de autonomia pessoal;
Nível geral de conhecimento;
Problemas de comportamento.
O professor deverá optar por um sistema de CAA considerando as condições de uso pelo
aluno conforme avaliação realizada. Após avaliação o professor decidirá qual será o melhor
recurso a ser utilizado:
Sistema de baixa tecnologia composto por fotografias, figuras, desenho;
Sistema composto por objetos concretos em miniaturas;
Sistema composto por sistemas gestuais;
Sistema de alta tecnologia (pictográficos, ideográficos ou aleatórios –
sistemas PIC, computadorizado, Bliss, entre outros);
Sistemas combinados;
Far-se-á uso da ortografia?
Tanto a avaliação quanto a escolha do recurso a ser utilizado, é de suma importância,
pois evidenciará as habilidades já existentes no aluno bem como seu potencial de uso.
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5. Disposição do Sistema de Comunicação
(a)
(b)
(c)
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(d)
Fonte: (SANTOS, 2017).
Os cartões que compõem o sistema de comunicação devem ficar em local de fácil
acesso ao aluno, por exemplo, na carteira, em caixas de sapato, na mesa do professor, dentre
outros.
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o Frutas:
Laranja - Banana - Maça - Mamão - Manga - Uva - Ameixa - Abacate - Abacaxi - Pêra –
Morango. o Lanche
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Máquina fotográfica digital (armazenar imagens em CDs);
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9. O Passo a Passo - Iniciando o Trabalho
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5. O ensino da forma e do conteúdo da linguagem deve ocorrer no contexto e uso
normal desta. (NUNES, 1992 apud ALENCAR, 2002).
Comunicação simples – um pictograma - Nessa primeira etapa do
trabalho o professor deverá introduzir um número reduzido de cartões pictográficos que
compõem o sistema de comunicação. O primeiro passo é o reconhecimento da imagem
impressa (símbolo) no cartão pictográfico. Exemplo: O professor apresenta dois cartões.
Em seguida o professor solicita ao aluno que aponte o cartão referente ao suco (o tipo
de ação solicitada dependerá das condições motoras da criança podendo ser apontar para dar a
resposta, piscar, pegar o cartão, dentre outras). Durante essa fase de ensino o professor deverá
introduzir os cartões pictográficos, como nas demais fases, gradativamente. Após a fase de
reconhecimento das imagens o professor deverá criar condições para que a criança faça uso do
sistema para se comunicar. Assim, as pranchas de comunicação, bem como o sistema, deverão
estar dispostas de forma que o aluno possa ter acesso a ele sempre que desejar comunicar algo.
Exemplo: Se o aluno deseja ir ao banheiro, o mesmo deverá sinalizar (avisar o professor) por
meio do sistema (cartões pictográficos) sua necessidade. Para tanto, deverá apontar/pegar o
cartão e colocá-lo no quadro de alumínio/fraselógrafo/quadro de pregas. Cumpre frisar que o
feedback positivo dado pelo professor é de fundamental importância. Só após essa ação o
professor permite que o aluno se retire
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para satisfazer sua necessidade, garantindo assim que o sistema de comunicação seja
funcional.
Escrevendo frases simples - Findada essa etapa, o aluno já terá domínio
sobre o sistema. O professor poderá então solicitar para que o aluno escreva e leia frases no
quadro de comunicação. O aluno deverá ir até o sistema, onde terá um número significativo
de cartões pictográficos e localizar o solicitado. Em seguida deverá fixá-lo no quadro.
O aluno irá selecionar o pictograma e fixá-lo no painel. Em seguida, a professora
deverá solicitar ao mesmo que leia o que escreveu, respeitando e elogiando seus esforços de
verbalização.
Esse procedimento irá contribuir posteriormente na elaboração de frases mais
complexas que serão exemplificadas mais adiante.
Nessa etapa o professor deverá introduzir uma segunda categoria, aqui denominado
sujeitoação, para que o aluno perceba a construção de sentenças e comece a ampliar suas
funções comunicativas.
O que outrora era expresso com apenas um cartão passará a ser feito com dois.
Exemplo: Quando o aluno quer expressar seu desejo de beber água, ele o faz por meio do
cartão “água”. Percebe-se que na maioria das solicitações nós pedimos para que algo seja
realizado ou satisfeito. Assim sendo, o professor deverá dispor de uma imagem que simbolize
o desejo “quero” o qual será subentendido como “eu quero” nessa etapa da intervenção.
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Figura 8: Modelos de cartão
O professor deverá deixar o cartão “eu quero” fixo no quadro e solicitar ao aluno que
escreva uma frase, como por exemplo, “eu quero comer bolo”.
Num segundo momento o professor irá dispor esse cartão pictográfico, sujeitoação,
junto ao sistema e reiniciar as atividades de elaboração de frase. O aluno começará a perceber
que para formar a frase solicitada ele necessitará de dois cartões, no nosso exemplo um cartão
de cor verde e outro vermelho. Nessa etapa, além da função comunicativa, o professor poderá
intervir nos aspectos referentes à noção espacial e lateralidade apresentada pelo aluno.
A forma como o aluno dispõe os cartões para formar a frase não significa que o mesmo
não entendeu o solicitado ou deu uma resposta inadequada. Muitas vezes a lacuna refere-se a
noções de lateralidade, a forma como uma escrita convencional, por exemplo, se configura, ou
seja, da direita para esquerda. A estratégia de solicitar a leitura da atividade realizada por ele,
iniciada na fase anterior “escrevendo frases simples” torna-se primordial, pois possibilita
identificar se há erros de interpretação ou de noção de lateralidade.
Para além da comunicação – a alfabetização: O estímulo visual, como
evidenciado até aqui, auxilia não só a comunicação como também possibilita a
aquisição de novos conhecimentos. Apresentamos a seguir algumas sugestões para uso
do sistema de comunicação alternativa nas atividades pedagógicas referentes ao início
da fase de alfabetização. O professor tem a liberdade de tratar esse aspecto de acordo
com os seus pressupostos teóricos, as sugestões configuram-se apenas como recursos
para
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o ensino da leitura e escrita. Dessa forma, poderá iniciar seu trabalho por
palavras, por letras, por sílabas, dentre outras possibilidades.
Cumpre frisar que no que tange as questões de alfabetização o professor poderá
realizar atividades tais como:
Pareamentos:
a) Pictograma x pictograma;
b) Pictograma x palavra
c) Pictograma x sílabas
d) Palavra x palavra;
Suporte para exploração de textos;
Instrumento para interpretação de texto;
Oferecer ao aluno um material para encaixar as sílabas;
Retirar estímulo visual escrito e solicitar que escreva a
palavra correspondente ao pictograma apresentado.
Outra sugestão é deixar espaço no cartão pictográfico para que o aluno possa inserir a
escrita da imagem. Nesse espaço deverá ter “velcro” ou “imã” para que as sílabas possam ser
fixadas.
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1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENAP, 2010. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2017. ONU. Declaração de Salamanca.
Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Espanha,
1994. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2017.
GALLAGHER. Educação da criança excepcional. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 27.
36
MOTTA, Lívia Maria Villela de Mello. Audiodescrição – recurso de acessibilidade para a
inclusão cultural das pessoas com deficiência visual, 2008. Disponível em: . Acesso em: 21
mar. 2017.
NUNES, L. R. Métodos naturalísticos para o ensino da linguagem funcional em indivíduos
com necessidades especiais. In: ALENCAR, E. (Ed.). Novas contribuições da Psicologia aos
processos de ensino e aprendizagem. S. Paulo: Cortez, 1992. p. 71-96.
SANTOS, Maria. Inclusão social e educação: inclusão escolar desafios e possibilidades. In:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ética e cidadania:
construindo valores na escola e na sociedade. Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação, Brasília, 2007. Disponível em: . Acesso em: 21 mar. 2017.
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