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Doenças Parasitárias - Aula 01 - 13/07/22

-> Verminoses gastrointestinais dos ruminantes domésticos


-- Conceitos iniciais
- Desenvolvimento larval inibido
- Aumento peripuerperal (APP) em contagem de ovos nas fezes
- Hipobiose

-> Ostertagia spp.


- Gastrite parasitária em ruminantes
- Regiões temperadas

-- Identificação
- 1 a 2 cm
- Vermes delgados
- Visíveis na mucosa
- Glândulas abomasais
- Diâmetro do corpo é constante
- Espiculo médio bi/trifurcado
- Raio dorsal simétrico
- Cauda cônica

-- Ciclo evolutivo
- Direto
- Ovos nas fezes
- L3 dm 2 semanas
- Desencapsula no rúmen
- Na glândula abomasal (L3 - L4 - L5)
-- Hipobiose
- Contaminação ambiental
- Sobrevivência em períodos adversos

-- Patogenia
- Emergência das larvas
- Histológico: hiperplasia das células gástricas
- Bioquímica: alcalinização do abomaso

-- Sinais clínicos
- Diarreia profusa aquosa verde brilhante
- Pelagem opaca
- Anorexia
- Sede
- Mucosa pálida
- Diarreia intermitente

-- Ostertagiose tipo I X Ostertagiose tipo II


- Tipo I = maior morbidade e menor mortalidade (animais em seu primeiro pastejo -
regime intensivo)
- Tipo II = maior mortalidade e menor morbidade (animais com mais de 1 ano de
idade) -> estimulo das larvas em hipobiose; imunidade formada, exceto no período
puerperal

-- Diagnostico
- Anamnese
- Epidemiologia (estação)
- Histórico de pastejo
- Sinais clínicos
- Contagem de ovos
- Níveis plasmáticos de pepsinogênio
-- Necropsia
- Aspecto cariáceo
- Odor pútrido (pH)
- Presença de formas adultas na superfície (1,0 cm)

-> Tratamento
-- Tipo I e Tipo II
- Benzimidazois
- Albandazois
- Fembandozol
- Oxfendazol
- Avermectinas/milbicinas
- Pró-benzimidazois

-- Controle
- Gordan & Whitlock = testes periódicos
- Tratar animais estabulados
- Animais jovens em pastos novos
- Sistema ‘’tratar e transferir” -> rotação de ovinos/bovinos/lavroura -> Jovens antes e
adultos depois
Doenças Parasitárias - Aula 02 - 18/02/22

-> Haemonchus spp. - Hemoncose


- Principal nematódeo hematófago
- Ovinos de regiões tropicais e subtropicais
- H. contortus e H. placei

-> Identificação
- 2 a 3 cm
- Ovários brancos enovelados (bastão de barbearia)
- Gubernaculo e 2 espículos
- Raio dorsal
- Lábio vulvar
- Lanceta perfurante

-> Ciclo evolutivo


- Direto
- Ovos nas fezes
- FI = L3 em 5 dias
- Desencapsula no rumen
- 2 mudas no abomaso
- Adultos movem-se livremente
- PPP = 2 a 3 semanas
- Fêmeas ovíparas proliferas
-- OBS: Sistema de pastejo superintensivo -> não deixar os animais mais do que 5 dias
-- OBS: Forma de controlar parasitoses -> limpar pastagens
-> Hemoncose Ovina aguda = H. contortus
-> Anemia hemorrágica aguda
- Hematócrito baixo e constante
- Perda de proteínas e ferro
- Anorexia
-- Sinais clínicos
- Mucosas pálidas
- Edema
- Letargia
- Perda de lã

-> Anemia hemorrágica hiperaguda


- Morte por gastrite hemorrágica
- OBS = + que 3000

-> Anemia crônica


- Queda da produção de leite
- Perda de peso
- Hiporexia
- Fraqueza
- Baixas infecções + escassez de nutrientes

-> Epidemiologia da hemoncose


- Temperatura
- Ausência de umidade
- Potencial biótico -> contaminação constante do campo
- Surtos
- Chuvas sazonais
- Os surtos acontecem no final das secas
-- OBS: 90% da população parasitária estão na fase de vida livre
-- OBS: ler sobre resistência parasitária

-> Diagnostico
- Anamnese
- Sinais clínicos
- Contagem de ovos nas fezes (forma aguda)
- Diagnostico terapêutico (forma crônica)
-- Necropsia:
- Hiperemia
- Ulceras abomasais
- Hiperplasia da medula óssea
- OBS: Hemoncose não causa diarreia
- OBS: Via de regra os bovinos regulam sua resistência a Haemonchus com 2 anos de
idade

-> Tratamento de Hemoncosse


- Benzimidazois
- Avermectinas e milbemicinas
- Diisofenol e closantel -> longo período residual em relação aos outros

-> Controle
- Tratamento antes da estação chuvosa (hipobiose)
- Selecionar animais resistentes
- Dosificar apenas mucosas pálidas (método FAMACHA)
- Bovinos adquirem resistência
- Autocura = hipersensibilidade e agentes larvais
Doenças Parasitárias - Aula 03 - 08/08/2022
-> Trichostrongylus sp.

- Componentes de gastrenterites parasitárias (GEP)


- Abomaso e intestino delgado
- Regiões temperadas e subtropicais
- T. axei (abomaso) e T. colubriformis (ID)

-> Identificação
- Poro excretor na região esofágico
- Região anterior afilada
- Sem capsula bucal aparente
- Espículos curtos e grossos
- Cauda crônica, curta e afilada
- Femeas = 3 a 9mm Machos = 2 a 7mm

-> Ciclo evolutivo


- Direto
- Desencapsulamento (L3), no abomaso
- Ovo -> L3 = 1 a 2 semanas
- Fase parasitária não migratória (migração somática não existe)
- PPP = 2 a 3 semanas
- Potencial biótico menor que Haemochus contortus
- OBS: Trichostrongylus spp. causa diarreia
-> Patogenia
- L3 penetra entre as glândulas do epitélio duodenal
- Tuneis sobre a lâmina própria
- Rompimento dos tuneis = libera formas adultas
-- Enterite erosiva hemorrágica
-- Perda proteica
-- Absorção de nutrientes e líquidos

-- T. axei - abomaso
- L3 entre as glândulas do epitélio abomasal
- Rompimento dos tuneis
- Gastrite erosiva hemorrágica
- Alterações de pH
- Perda proteica
- Lesões nodulares
- Absorção de nutrientes e líquidos
- Diarreia - Tricostrongilose

-> Sinais clínicos


-- Infecções leves
- Hiporexia
- Desenvolvimento
- Fezes amolecidas
-- Infecções maciças
- Perda de peso
- Diarreia
-> Epidemiologia
- Ovos embrionados e L3 muito resistentes
- Anidrobiose -> capacidade de sobreviver sem água no ambiente
- Evidencia de hipobiose em larvas de L3
- Imunidade lenta
- Aumento peripuerperal - queda da imunidade no período gestacional

-> Diagnostico
- Epidemiologia
- Sinais clínicos -> emagrecimento
- Coprocultura -> técnica de Roberts O´Sullivan

-> Tratamento
- Benzimidazois (albendazol, febendazol, oxfendazol)
- Avermectinas e Milbemicinas
- Pró- benzimidazois e febantel

-> Cooperia spp.


- C. punctata; C. pectinata; C. oncophara; C. curticei
- Papel secundário em GEP em áreas temperadas
- Importante em áreas tropicais
- GEP - Gastroenterite por Parasitose

-> Identificação
- Bolsa copuladora bem desenvolvida
- Ausência de gubernaculo
- Pequena vesícula cefálica
- Estrias cuticulares esofágicas
- Femeas = 5 a 9mm
- Machos = 6 a 11mm

-> Ciclo evolutivo


- PPP = 15 a 18 dias
-- Penetram no epitélio intestinal semelhante a Haemonchus spp. (C. puntata e C.
pectinata) -> Patogenia = penetram no epitélio intestinal, ruptura com atrofia de
vilosidade (má absorção) - lesão nos enterócitos -> menor superfície de absorção
-- Superfície da mucosa do ID semelhante a Ostertagia spp. (C. oncophora e C. curticei)
-> Patogenia = Inapetência e desenvolvimento deficiente

-> Sinais clínicos


- Perda de peso
- Anorexia
- Diarreia
- Edema submandibular

-> Epidemiologia
- Áreas temperadas = estagio larval 4
- Regiões tropicais = junto com a hemoncose
- Porque eu tenho que saber qual é espécie que ta acometendo meu rebanho? R= As
populações de parasitos são susceptíveis a uns fármacos e sensíveis a outros -> Melhor
controle e não cria resistência a outros fármacos (seleção de resistentes para fármacos
usados para tratar o outro) Ex. Abamectina mata Haemonchus e não mata Cooperia
- Pressão de seleção = fármacos. E quanto maior a pressão, mais rápido o processo de
seleção de resistentes

-> Diagnostico, Tratamento e Controle


- Preconizada à Ostertagiose bovino e GEP ovina
 Bunostomum spp.
- Ancilóstomo - hematófago
- Intestino delgado

-> Identificação
- Grande capsula bucal
- Bolsa copuladora
- Lâmina cortantes
- Espiculo longos
- 1 a 3cm
-- OBS: Entre coprocultura de Bunostomum e Haemonchus -> Bunostomum spp. é
muito patogênico e com pouco potencial biótico em relação a Haemonchus (então se
tivermos um OPG com 200 de Bunostomum e um OPG de 2000 de Haemonchus, o de
Bunostomum é pior)

-> Ciclo evolutivo


- L3 -> percutânea (foot root como resultado de infecção bacteriana secundaria -
bovinocultura de leite) -> pulmões -> ID
- L3 -> oral -> ID
- PPP= 1 a 2 meses

-> Patogenia e Sinais Clínicos


- 100 a 500 adulto -> hematofagia
- Anemia = mucosas pálidas
- Perda de peso
- Hipoalbuminemia
- Diarreia
- Ato de bater os pés
-> Epidemiologia
- Regiões quentes e úmidas
- Fim da estação seca -> indícios de Hipobiose

-> Diagnostico
- Anamnese
- Sinais clínicos
- Epidemiologia
- OPG+ (mais baixo que hemoncose) -> anemia
- Coprocultura

-> Tratamento
- Avermectinas e Milbemicinas e lactonas macrociclicas

-> Controle
- Higiene nos estábulos
Doenças Parasitárias - Aula 04
-> Verminoses gastrintestinais dos ruminantes domésticos

-> Toxacara vitulorum


-> Formas de infecção
- Transmamário = até 30 dias após o parto
- Animais contaminados com mais de 6 meses encistam as larvas

-> Epidemiologia
- Transmissão transmamária -> femeas como reservatório
- Acomete principalmente bubalinos

-> Diagnostico
- OPG = > 50.000

-> Patogenia e sinais clínicos


- Odor cetônico -> diferenciar cetose de parasitismo
- Desenvolvimento insuficiente
- Diarreia intermitente
- Causas de morte

-> Tratamento
- Benzimidazois, levomisol e lactonas

-> Controle
- Tratar bezerras com 3 e 6 semanas
-> Oesophagostomum
- Ancilostomídeo dos ruminantes
- Nodulo no ceco e colon
- O. columbianum, O. venulasum, O. raviatum
- Hospedeiros = suínos, ruminantes
- Regiões tropicais e subtropicais

-> Epidemiologia
- Regiões temperadas = Hipobiose em EL4
- Regiões tropicais e subtropicais = L3 pode resistir o inverno no campo

-> Identificação
- Capsula bucal cilíndrica e rosa
- 1 a 2 cm
- Bolsa copuladora
- 2 espículos iguais
- Gubernaculo
- Cauda cônica, longa e afiada

-> Ciclo evolutivo


- FI = L3
- L3 = encistam no Id ou IG -> L4 -> L4 emerge e migra para o colón -> L5
- L4 pode permanecer encistada por ate 1 ano
- PPP = 46 dias

-> Patogenia
- Varia de acordo com a quantidade de ingestão da FI
-- Forma aguda
- Enterite grave com migração na mucosa
- Perda sanguínea e proteica
- Resposta inflamatória acentuada
- Infiltrado eosinofílica (L4)
- Ulcerações na mucosa pela emergência de L4
-- Forma crônica
- Curso debilitante
- Nódulos purulentos

-> Sinais clínicos


-- Forma aguda
- Diarreia verde escura
- Perda de peso
- Edema submandibular

-- Forma crônica
- Emagrecimento, anemia e diarreia intermitente

-> Diagnostico
- Anamnese, sinais clínicos e lesões de necropsia
- OPG = não é útil para a fase adulta
- Coprocultura

-> Tratamento e controle


- Mesmas medidas preconizadas para Tricostrongilídeos
- OBS: FI são larvas Cisticercóides

-> Controle
- Dosificações estratégicas
- Tratar e trocar o campo
- FAMACHA -> ovelhas
- Integração lavoura e pastejo alternado

-> Enteroparasitoses em equinos

- Brasil é o 3º maior rebanho mundial e movimenta R$ 7,3 bilhões/ano


- Medicamentos, suplementos, insumos
- Casos subclínicos e os equídeos são reservatórios de alguns patógenos por essa
característica

-- Queda do rendimento
- Reprodução
- Desenvolvimento
- Trabalho
- Competições
- Diarreia, perda de peso, desenvolvimento, anemia e apetite depravado
- Tipo de pastagem, temperatura, raios solares, manejo e unidade

-- Tratamento supressivo, estratégico e curativo


-> Trichostrongylus acei

-> Macroscopia = pequenos e filiformes

-> Ciclo biológico


- Direto
- L3 = 1 a 2 semanas
- PPP = 15 dias
- Desenvolvimento inibido devido à ausência de água (seca) -> capacidade de resistir ->
hipobiose e anidrobiose
- Forma imaturas = entre as glândulas gástricas
- Atingem a forma adulta em três semanas
- Larvas se tornam infectantes em 2 semanas no ambiente

-> Sinais clínicos


- Gastrite catarral
- Ulceras com depressão central
- Aumento do pH
- Potros são os mais acometidos
- Anorexia e perda de peso
- Pelos arrepiados
- Diarreia escurecida

-> Strongyloides westeri

-> Etiologia
- Vermes finos
- Apenas a fêmea é parasita
- Órgão de eleição = intestino delgado
- Ovos são ovais e tem casca fina e são pequenos
- Esôfago ocupa 1° 1/3 do corpo

-> Ciclo biológico


- 1) Penetração ativa na pele ou passiva por ingestão (mucosas)
- 2) L3 na circulação -> L3 no coração -> L4 no pulmão -> L4 é deglutida na traqueia e
faringe -> no ID vira L5 (fêmea partenogênica) -> ovos larvados (3n) -> L1 -> L2 no meio
ambiente -> L3 (3n) filarioide infectante -> infecção
- 3) Lembrando que, pode ocorre sucessão de gerações de vida livre, pois a fêmea
pode ovipor ovos (2n - fêmea de vida livre) e 1n (macho de vida livre) e os mesmos
podem copular e seguir o ciclo sem o hospedeiro necessariamente

-> Infeção transmamária


- Potros podem adquirir a infecção imediatamente após o nascimento -> mobilização
de larvas inibidas presentes nos tecidos abdominais, que são posteriormente
excretados no leite

-> Patogenia
- Enterite catarral = edema e erosão da mucosa do duodeno e jejuno
- Adultos na base das vilosidades = atrofia
- Comprometimento da digestão e absorção
- hemorragia pulmonar e dificuldade respiratória
- Irritação cutânea e dermatite

-> Epidemiologia
- Ambientes quentes e úmidos
- Reservatórios nos tecidos das femeas de reprodução

-> Sinais clínicos


- Diarreia, fraqueza e debilidade = potros
-> Diagnostico
- Sinais clínicos
- Epidemiologia
- Idade jovem
- Ovos ou larvas nas fezes

-> Tratamento
- Benzimidazois
- Lactonas macrocíclicas
- Controle = remoção das fezes e camas secas

-> Anaphocefalídeos (cestódeos dos equinos)


-> Morfologia
- Colo curto
- Estróbilo curto
- Poucos patogênicos
- Adultos são mais susceptíveis
- 50 a 60um

-> Ciclo biológico


- Ovos mais ou menos triangulares com aparelho piriforme projeções em forma de
gancho

-> Tratamento
- Especifico raramente é necessário
- Piratel (agonista seletivo a acetilcolina)
- Praziquantel (alta permeabilidade das membranas)
-> Parascaris equorum
-> Etiologia e morfologia
- Classe nematoda
- Família Ascaridae
- Gênero Parascaris
- Femeas é maior que macho
- Nematódeos grandes
- Ciclo com migração hepato-traqueal
- Oviposição diária - 200k
- Boca circundada por papilas
- Macho apresenta espículos e tem 15 cm
- Femeas com até 45cm
- Ovo = 90 a 100um
- Equinos até 6 meses são os mais susceptíveis

-> Ciclo de vida


- Hospedeiros - equinos
- Órgão de eleição = Intestino delgado
- Migração hepato-traqueal
- PPP = 10 a 100 dias

-> Patogenia
- Infecções leves = apartogênicas
- Infecções maciças = pneumonia (migração); enterite com cólica -> causam obstrução
intestinal parcial ou total com perfuração -> perda de peso

-> Resistencia
- Longevidade de ate 60 semanas
- Infectante em 14 dias
-> Diagnostico
- Sinais clínicos + técnica de Gordon e Whitlock (OPG)

-> Tratamento
- Fenbendazol; oxfenbendazol e lactonas macrociclicas

-> Grandes estrôngilos


- S. edentatus
- S. equinum
- S. vulgari -> + patogênica

-> S. vulgaris
- Cosmopolita
- Maior importância -> + patogênica e mais estudada
- Cursa com cólicas
- Trombose -> artéria mesentérica cranial e ramificação
- Aneurisma verminóticos
- Infarto e necrose em áreas do intestino (Artéria renal, esplênica, cecal e ilíaca)
- Cólicas e trombos -> artérias intestinais
- PPP = 6 a 7 meses

-> Diagnostico
-- Exame de fezes = técnica de Willis; Gordon Whitlock; Robin O’sullivan
- Necropsia
- Cólicas (suspeita)

-> Epidemiologia
- Equinos jovens criados em pastos ocupados por adultos
- Superlotação e manejo deficiente
- Adultos são disseminadores de ovos no campo e pastagens

-> Controle e profilaxia


- Tratar adulto 2 a 3 vezes por dia
- Recolher fezes de baias e esterqueiras
- Manter bebedouros limpos
- Rotação de pastagens com cultura
- Pastejo com outras espécies de animais
-> Aula 05 - 05/09/2022
-> Parasitoses gastrintestinais de equídeos
-> Pequenos estrôngilos
-> Etiologia
- 40 espécies de ciatostomíneos
- Ciclo sem migração visceral
- Baixo potencial biótico
- Hipobiose - mucosa
- Ciatostomose larvária aguda
- FI = L3 penetra na glândula mucosa -> cistos -> deformando estas glândulas

-> Sinais clínicos


- Diarreia
- Anorexia
- Perda de peso
- Edema
- Anemia

-> Oxyuris equi


- Associado a falta de higiene
- Animais estabulados
- Caracterizados por prurido anal intenso
- Parasitose de distribuição mundial

-- Biologia
- OE = intestino grosso
- Hospedeiros definitivos = equídeos
- FI = ovo operculado larvado com L3
- Ciclo direto
- Femeas ovíparas
- Usar sabão em barra de glicerina

-- Sinais clínicos
- Altas infecções
- Mudança de comportamento
- Perda de apetite
- Importante = prurido anal intenso - ovos na região perianal
- PPP = 5 meses
- PP = 30 dias
- Longevidade dos ovos = 2 a 3 meses - princípios de higiene básicos

-- Prurido intenso ao redor do ânus resulta em:


- Pelos hirustos
- Alopecia
- Inflamação da pele sobre a anca e parte superior da cauda

-- Epidemiologia
- FI = portadores que contaminam água e alimentos
- Flocos de ovos -> dispersos no ambiente -> equinos esfregam-se na parede dos
estábulos, postes e arvores
- Ovos resistentes no ambiente por vários meses
- Pouca imunidade a reinfecção

-- Diagnostico
- Sinais clínicos + massa de ovos na região perianal
- Femeas observadas em fezes de solo
- Raramente são encontrados ovos nas fezes
- Aplicação de fita gomada (Técnica de Graham)
-- Controle e profilaxia
- Limpeza de instalações com desinfetantes
- Remoção diária de fezes das cocheiras (não usar como adubo)
- Rotação de pastagens e evitar superpopulação
- Variação de princípio ativo (anti-helmíntico)? O. equi não tem histórico de resistência
- Recolher fezes de baias para esterqueiras
- Manter bebedouros limpos
- Rotação de pastagens com culturas (lavouras)
- Pastejo com outras espécies de animais (bovinos)

-- Como avaliar a eficácia dos anti-helmínticos?


- % eficácia = media OPG grupo controle - media OPG grupo tratado x 100 / media OPC
grupo controle -> se der abaixo de 95% ele não tem eficácia

-> Como controlar o processo de resistência?


-- Controle integrado
-1) Frequência de tratamento = 90/120 dias ou PRO (Período de reaparecimento de
ovos nas fezes)
-2) Escolha do medicamento
-3) Alternância de base química = 3+ 1
-4) Tratamento seletivo -> OPG = 200 (cavalos), 500 (bovinos), 1000 (ovinos)
-5) Manejo da propriedade
- OBS = manter maior população de refugia -> os que não foram expostos
-> Habronemose

- OE = estomago
- HD = equídeos
- HI = Musca e Stomoxys sp
- PPP = 2 meses
- Ciclo no HI = ~11 dias

-> Patogenia e sinais clínicos


-- Ação do parasito = irritativa, mecânica, espoliativa, traumática
-- Apetite seletivo ou depravado, náusea e emagrecimento, sede e cólica
-- Habronema = mucosa e glândulas gástricas = gastrite crônica, mucosa congesta e
hemorrágica, ulceras e abcessos
-- Habronemose cutânea = ferida do verão
- Migração das larvas impedindo a cicatrização normal da ferida
- Cura espontânea? Não há registros científicos
- Prurido
- Granulomas proliferativos com infiltrado eosinofilico, necrose e calcificação

-> Diagnostico
- H. gástrica = exame de fezes (ovos e larvas); lavado gástrico com HCO3 e necropsia
- H. cutânea = larvas em raspados e biopsia
- H. ocular = larva na secreção ocular
- Diagnostico diferencial = pitiose, sarcoide e tecido de granulação

-> Tratamento
- Anti-helmíntico no local da lesão
- Corticoide
- Antibiótico/antifúngico -> IBS e IFS
- Remoção cirúrgica dos granulomas cutâneos e crioterapia
-> Epidemiologia
- Cosmopolita
- Região tropicais e subtropicais
- Equinos parasitados
- Umidade e temperatura
- Larvas pouco resistentes a dessecação
- Moscas na região
-> Doenças parasitarias de pequenos animais

-> Superfamilia Ancylostomatoidea - Ancylostoma sp.


- Corpo cilíndrico
- Capsula bucal profunda
- Extremidade anterior curvada dorsoventralmente
- Dois a três pares de dentes
- Ovo = forma oval, membrana delgada 70x50um

-> Forma de infecção


- Percutânea, oral, transcolostral e paratênico
- FI = L3

-> Ciclo biológico


- Penetração ativa = L3 -> penetração -> circulação linfática -> coração -> laringe ->
faringe -> traqueia -> pulmões (L4) -> ID (L5) -> adulto
- Oral = Ingestão de L3 -> perda da cutícula no estomago -> ID -> duodeno (L4) -> luz
intestinal (L5) -> adultos
-1) Ovos eliminados pelas fezes
-2) Eclosão da larva L1
-3) Mudas no ambiente de L2 a L3 (5 dias)

-- Infecção passiva (usual)


- 1) L3 = ID
- 2) L4, L5 e adultos = oviposição

-- Infecção ativa - Larva migrans cutânea (zoonose)


-1) L3 penetra na pele
-2) Larva atinge a circulação e migra para os pulmões
-3) Larva ‘sobe’ ate a traqueia e é deglutida -> L4 e L5a adultos no ID
-- Infecção transmamária
- L3 nas glândulas mamarias
- Cadelas sem ovos nas fezes e filhotes parasitados
- PPP = 2 a 3 semanas
- PP = até 1 ano

-> Patogenia
- Anemia hemorrágica (0,1ml/dia) + hemorragia
- Reações cutâneas = lesões interdigitais na penetração ativa

-> Diagnostico
- Clinico = sintomas
- Laboratorial = ovos nas fezes

-> Medidas preventivas


- Higiene
- Terapia anti-helmíntica em cadela prenhe e filhotes
- Desinfecção de canis com borato de sódio ou sal
- Exames de fezes periódicos

-> Tratamentos
- Febendazol, mebendazol e pirantel + ferro + proteína
- Cadelas gestando devem receber tratamento
- Ninhadas devem ser tratadas com 2 a 4 semanas

-> Epidemiologia
- Cães e gatos parasitados em áreas de recreação
- Caixas de areia em parques e creches
- Crianças são as mais acometidas (LMC)
-> Controle
- Posse responsável
- Exame de fezes periódicos
- Tratamento de animais
- Proteção de caixas de areia
- Controle de cães errantes

-> Toxocariase / Toxocariose

- Nematódeos grandes, opacos e brancos


- Boca trilabiada
- Espículos sub-inguais
- Ovos de casca grossa
- FI = Ovo com L3
- Maioria tem migração hepato-traqueal
- Potencial biótico = oviposição diária de 200.000
- Resistencia = longevidade dos ovos por ate 6 anos

-> Toxocara canis


- Larva migrans visceral
- Hospedeiro definitivo = cães
- Órgão de eleição = ID
- Cosmopolita
- Tamanho médio = até 18 cm
- Asa cervical longa e estreita
- Macho com apêndice digitiforme
-> T. cati
- Até 10 cm
- HD = gatos
- OE = ID
- Asa cervical longa e curta, em formato de ponta de flecha

-> Ciclo hepato-traqueal


- Monoxeno
- Ovos com L3 -> ID -> fígado -> pulmões -> alvéolos e brônquios (L4) -> traqueia -> ID
(L5) -> adulto -> postura
- FI = ovo
- Migração hepato-traqueal = somente ate 3 meses de idade
- A partir dos 6 meses não ocorre migração hepato-traqueal
- Animais maiores que 3 meses = larvas histotróficas = músculos
- Pode infectar fígado, musculo, cérebro, pulmões e intestino

-- 1) Transmissão vertical
- Mobilização de larvas 3 semanas antes do parto -> pulmões dos filhotes (T. canis)
- Cadelas infectadas albergam larvas suficientes para infectar sucessivas ninhadas
- T. cati não ocorre infecção transplacentária

-- 2) Transmissão direta
- Ingestão de ovos ate 3 meses de idade

-- 3) Transmissão por hospedeiro paratênico


- Predação de roedores
- Sem migração
- PPP = 4 a 5 semanas
-- 4) Transmissão transmamária = filhotes de ate 3 semanas de idade ingerem L3 no
leite da mãe - sem migração

-- Infecções moderadas
- Migração larval sem lesão aparente dos tecidos e os vermes adultos provocam pouca
reação no intestino
-- Nas infecções maciças, a fase pulmonar de migração larval está associada a
pneumonia
- Parasitas adultos causam enterite mucoide - oclusão

-> Sinais clínicos


- Desconforto abdominal e aumento de volume
- Tosse, vomito, aumento da FR, corrimento nasal espumoso, parasitas nas fezes e no
vomito
- Falha no desenvolvimento do animal - tamanho menor
- Pelagem opaca e abdômen distendido
- Convulsões

-> Diagnostico
- Técnica de Willis Mollay
- Sinais clínicos

-> Epidemiologia
- Animais jovens de ate 6 meses de idade
- Alta oviposição; ovos muito resistentes ao ambiente
- Ambiente úmidos e quentes

-> Tratamento
- Piperazina; mebendazol e febendazol
- Adultos devem ser tratados a cada 3 a 6 meses
- Febendazol antes do parto diariamente (3 semanas antes e 2 dias após o parto)
-> Profilaxia
- Higiene das instalações
- Controle de hospedeiros paratênicos
- Alimentação adequada
-> Endoparasitas de suínos

-> Hyostrongylus
- Gastrite crônica dos suínos

-> Morfologia
- Avermelhados
- Delgados - 5 a 10mm
- Possuem pequena vesícula cefálica
- Ingestão de L3
- PPP = 3 semanas
- APP

-> Patogenia
- Ocorre penetração de L3 nas glândulas gástricas que são substituídas por células
indiferenciadas -> nódulos na mucosa
- Elevação do pH
- Gastrite e hemorragias
- Lesões nodulares

-> Sinais clínicos


- Inapetência, anemia e perda de escore corporal

-> Epidemiologia
- Acesso ao campo ou cama
- Reprodutores jovens
- Hipobiose sazonal

-> Diagnostico = Epidemiologia, clinica, OPG e cultura


-> Tratamento
-1) Benzimidazois
-2) Lactonas macrociclicas (L4)

-> Controle
- Rotação de pastos (anual)
- Tratamento antes da fase anual favorável
-> Ascaris suum

-> Morfologia
- Maior nematódeo de suínos
- Orifício oral circundado por três lábios com papilas
- Macho 15 a 25cm de comprimento

-> Ciclo biológico


- Ingestão de ovos com larva infectante (L3) contidos em alimentos, água ou ao lamber
regiões do corpo onde existam ovos
- Eliminação de ovos no ambiente -> ovo não embrionado -> ovo l3 infectado ->
minhocas e besouros -> infecção por ingestão de ovos (L3) ou HP -> eclosão dos ovos
no ID -> migração no sistema porta e fígado -> L3 via sistema venoso, coração e
artérias pulmonares -> rompem os alvéolos L4 -> faringe (deglutida) -> ID -> L5 adultos
- PPP = 40 a 53 dias

-- Larvas
- Processos inflamatórios no fígado = destruição do tecido e hemorragia
- Manchas leitosas = infecção recente
- Migração de larvas nos pulmões -> lesões hemorrágicas, infiltrações eosinofílicas,
edema e enfisema

-> Sinais clínicos


-- Infecções leves = assintomático
-- Infecções maciças podem ser de 2 tipos:
-1) Sinais clínicos causados por larvas = tosse, dispneia, pneumonia e icterícia
-2) Sinais clínicos causados pelos adultos = abdome proeminente e sintomas nervosos
(ataques epileptiformes)
- Competição por alimento, enterite e obstrução intestinal e biliar
- Leitões = são mais sensíveis, com sinais mais evidentes, com mortes
- Adultos = resistentes, porem tem alteração de apetite, cólica e as vezes paralisia
-> Patologia = fígado com aspecto de manchas leitosas

-> Diagnostico
- Clinico = sintomas, idade do animal, corrimento nasal e tosse
- Laboratorial = exame de fezes
- Necropsia

-> Tratamento
- Levamisol, ivermectina e benzimidazois (alimento)

-> Controle
- Ovos muitos resistentes ao ambiente
- Troca de cama
- Higiene de comedouro e piso
- Tratamento de porcas reprodutoras na maternidade
- Leitões a cada 2 meses (em locais endêmicos)
- Lavar as porcas antes de saírem da maternidade (ovos na pele)
-> Teniose/Teniase e Cisticercose

-> Filo Platyhelmintes, Classe Cestoda, Ordem Cycloplyllidea, Família Taeniidae, Gênero
Taenia
- Espécies Taenia solium e Taenia saginata

-- Cisticercose
- Cysticercus cellulosae = suínos
- Cysticercus bovis = bovinos

-> Hospedeiro intermediário


- Suínos = subcutâneo, muscular, cardíaco, olhos
- Bovinos = masseter, língua, coração e cérebro
- Homens = SNC (50% dos casos), olhos e anexos, musculatura esquelética, tecido
subcutâneo

-> Taenia solium - Cyscitercus cellulosae


- PPP = 3 meses
- PP= 2 anos
- HI = 3 meses
- Longevidade dos ovos = 1 ano
- Heteroxeno

-> Taenia saginata - Cysticercus bovis


- PPP = 3 meses
- PP = 10 anos
- HI = 3 meses
- Longevidade de ovos = 1 ano
- Heteroxeno
-- Teníase = ingestão de carne crua ou mal cozida, infectada com Cysticercus cellulosae
ou C. bovis

-- Cisticercose
- Ingestão de ovos
- Bovinos = pastagens ou água
- Suínos = alimento, coprofagia ou água

-> Epidemiologia
- Consumo de carne crua ou mal passada
- Carne não inspecionada = abate clandestino
- Precárias condições de higiene
- Saneamento deficitário
- Criação de porcos soltos
- Água contaminada
- Ingestão de vegetal mal lavado
- Transporte de ovos por insetos (coleópteros coprófagos)

-> Profilaxia
- Inspeção em abatedouros
- Saneamento básico
- Tratamento das pessoas parasitadas
- Impedir o acesso do HI as fezes humanas
- Esclarecimento a população sobre o consumo de carne mal cozida
-> Metastrongylus spp.

- Classe Nematoda, Ordem Strongylida, Familia Metastrongylidae e Gênero


Metastrongylus
- Pneumonia verminótica dos suínos
- HD = suídeos
- HI = anelídeos (Lumbris terretris, Elsenia phoetida)

-> Morfologia
- Corpo filiforme
- Cor esbranquiçado
- 6 cm

-> Ciclo biológico


- Femeas nos brônquios e bronquíolos - L1 ovos
- Ovos são transportados pelas vias aéreas ate a faringe e deglutidos
- Ovos = eliminados nas fezes ou no muco catarral
- PPP = 30 dias

-- Anelídeos
- Ovos (L1) nos anelídeos -> larvas sofrem mudas para L3 infectantes -> Varios anos no
interior do HI

-- Resumo
- L3 invadem a parede intestinal -> vasos linfáticos -> nos linfonodos mudam para L4 ->
L4 atinge o pulmão e coração -> L5 adultos -> oviposição nas vias aéreas (faringe) ->
são expectorados ou deglutidos -> fezes (ovo com L1)

-> Patogenia
- Degeneração do epitélio bronquiolar
- Nódulos = morte dos parasitos (encapsulado)
-> Sintomas
- Primoinfecção leve = assintomática
- Infecções maciças = tosse acentuada
- Dispneia e secreção nasal
- Baixo crescimento dos leitões
- Infecções secundarias = Stafilococcus spp.

-> Diagnostico
- Clinico
- Flutuação de ovos larvados
- Necropsia = formas adultas nos pulmões

-> Epidemiologia
- Suínos de 4 a 6 semanas
- Plaquetas contaminados por longo período
- Não ocorrem surtos em sistemas de criação tecnificados

-> Profilaxia
- Eliminar os excrementos
- Tratar os doentes e remove-los para lugares com piso
- Exame de fezes periodicamente
- Impedir o contato com o HI
- Manter os suínos em locais secos
- Predileção por piso de concreto

-> Tratamento
- Febendazol, doramectina/ivermectina e levamisol

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