Prof a. Patr icia M. Ramos (2022.

2)
AU L A 1 – A P R E S E N TA Ç Õ E S E I N T RO D U Ç Ã O
A O S C O N C E I T O S B Á S I C O S N U T R I Ç Ã O,
M E TA B O L I S M O E B RO M AT O L O G I A
DISCIPLINA BSU 7115

Práticas
associadas
 Última aula Profa.
Patricia
Primeira aula
Profa. Aline

Aulas até dia 07/10 = maior parte aulas Profa. Patricia

Profa Aline deverá
combinar com
vocês (quando ela
iniciar as aulas
dela),
As condições de
reposição de carga
horária e/ou
conteúdo
A VA L I A Ç Ã O É M O M E N T O D E
A P RE N D I Z A D O ?

Individuais e sem consulta

Em grupo/individual
I N T RO D U Ç Ã O A O E S T U D O D A
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Conceitos básicos em
1. Nutrição animal
2. Metabolismo animal
3. Bromatologia
• Conceitos prévios
- Adquiridos durante a vida: disciplinas anteriores, leituras, conversas etc
• Conceitos alternativos
- Conceitos já “sedimentados” mas que não necessariamente são corretos
• Construção e sedimentação dos conceitos novos
- Reconhecer conceitos alternativos, engajamento nas aulas, nas atividades
- Autonomia
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• O que é nutrição?
“Ciência que estuda os processos
pelos quais um organismo ingere e
assimila o alimento para promover
crescimento ou renovação tecidual
(‘turnover’).”
“Ciência que envolve o estudo dos
nutrientes que cada animal deve
obter para crescimento,
manutenção e produção.”
N U T RI Ç Ã O A N I M A L

• Importância no contexto da produção animal

- Custos de produção: eficiência
- Transformar recursos alimentares de menor valor nutricional
em alimentos para o consumo humano
- Crescimento populacional
- Escassez de recursos
- Sustentabilidade
- Responsabilidade
N U T RI Ç Ã O A N I M A L

• Alimentar animais – objetivos

- Animais de companhia
- Animais de exposição https://www.youtube.com/watch?v=AL8SHVfaz70

- Animais de produção: carne, leite, ovos

“Conhecer a história da nutrição e os principais nutrientes da

alimentação animal e aplicar os conceitos da digestibilidade dos
alimentos (proporção de alimento que é digerido) e os métodos
de formulação e cálculos de exigências nutricionais dos
animais.”
 N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Alimentos - definição
“Substância que, consumida por um
indivíduo, é capaz de contribuir para
assegurar o ciclo regular de sua vida e a
sobrevivência da espécie a qual pertence.
Uma determinada substância pode ser
alimento para um animal ou para uma
dada espécie, mas pode deixar de ser
alimento para outro animal ou outra
espécie. Têm-se ainda que o valor
nutritivo de determinado alimento não é
característica imutável em si, ela depende
da composição da ração, quer dizer, dos
outros alimentos que a constituem.”
 A L I ME NTOS

• Volumosos – 18% de fibra bruta, baixo valor

energético
- Úmidos (forragens, silagens) e secos (feno)
• Concentrados – menos de 18% de fibra bruta
- Ricos em energia (energético) ou proteína
(proteicos: > 20% PB)
- Mais de 60% de NDT (nutrientes digestíveis
totais)
N U T RI Ç Ã O A N I M A L

• Nutrientes – grupos (características químicas)

- Lipídeos
- Proteínas
- Carboidratos (estruturais e não-estruturais)
- Vitaminas (lipossolúveis e hidrossolúveis)
- Minerais
• Água
• Classificação e análise de alimentos
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Formulação
- Mistura de alimentos com diferentes
composições nutricionais
- Técnicas experimentais estimam as
exigências nutricionais – tabelas de
exigências
- Animal/categoria/fase fisiológica
- NRC (National Research Council)
- Tabelas e alimentos – mistura de
alimentos (percentual)
N U T RI Ç Ã O A N I M A L

• Ingrediente
- Componente ou constituinte de qualquer combinação ou
mistura , que tenha valor nutricional ou não
- Origem: vegetal, animal, mineral
• Ração
- Qdade de alimento fornecido e consumido pelo animal
em 24h
- Mistura composta por ingredientes e aditivos, destinada à
alimentação de animais de produção, que constitua um
produto de pronto fornecimento e capaz de atender às
exigências nutricionais dos animais a que se destine
- Formulação de dietas oferecidas como ração aos animais
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Dietas
- Alimentos que compõem uma ração, incluindo a quantidade respectiva, particular
e específica para determinada categoria animal, para suprir suas necessidades
• Exigência nutricional
- Quantidade de um determinado nutriente necessário para manutenção dos
processos vitais (mantença), atividades e produção ????
 N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Exigências nutricionais
- Espécie e categoria animal: mantença (ex. Temp corporal) + produção (ex.
Crescimento + lactação)
• Animal jovem e ativo vs. animal mais velho e sedentário
- Exigências nutricionais: hábitos alimentares, tipos de alimentos, macro e
micronutrientes
- Nutrientes essenciais
- Não são sintetizados (ou não em quantidade)
- Minerais (limites) e vitaminas
- Co-fatores enzimáticos, solubilidade e armazenamento)
 N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Manejo nutricional e manejo alimentar
- Nutricional = exigências e necessidades, digestibilidade (adequação à espécie e categoria)
- Alimentar = seleção e preparo de alimentos, diferentes métodos de oferecimento (adequação
aos hábitos)

• Balanço/equilíbrio
- Quantidade consumida/quantidade usada ou excretada pelo organismo
- Exemplo: balanço de nitrogênio
- Consumo maior de nitrogênio do que excreta = balanço positivo
- Balanço positivo = síntese maior do que degradação
- Balanço negativo = síntese menor do que degradação

Síntese

Degradação
Crescimento animal = situação favorável?
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
• Suplementos
- Mistura composta por ingredientes ou aditivos,
podendo conter veículo ou excipiente, que deve ser
fornecida diretamente aos animais para melhorar o
balanço nutricional; quando se tratar de suplementos
minerais destinados à alimentação de ruminantes, estes
também poderão ser indicados para diluição
• Concentrado
- Mistura composta por ingredientes ou aditivos que,
quando associada a outros ingredientes, em
proporções adequadas, constitua uma ração
N U T RI Ç Ã O A N I M A L

• Aditivos
- Substância, microrganismo ou produto
formulado, adicionado intencionalmente aos
produtos, que não é utilizada normalmente
como ingrediente, tenha ou não valor nutritivo
- Objetivo: melhorar as características dos
produtos destinados à alimentação animal ou
dos produtos animais; melhorar o desempenho
dos animais sadios; atender às necessidades
nutricionais ou tenha efeito anticoccidiano
(ex.: enzima, acidulante, antifúngico, corante,
pigmentante, probióticos, prebióticos, etc.)
N U T RI Ç Ã O A N I M A L

• Núcleo
- Pré-mistura composta por aditivos e macrominerais contendo
ou não veículo ou excipiente, que facilita a dispersão em
grandes misturas, que não pode ser fornecido diretamente aos
animais
• Premix
- Pré-mistura de aditivos e veículo ou excipiente, que facilita a
dispersão em grandes misturas, que não pode ser fornecida
diretamente aos animais (ex. premix mineral e vitamínico)
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
Animais obesos… não é bonito, não é engraçado!

RESPONSABILIDADE
N U T RI Ç Ã O A N I M A L
 A N U T RI Ç Ã O E O
M E TA B O L I S M O A NI M A L

Conceitos bá s icos
 M E TA B O L I S M O A NI M A L
• Metabolismo
“ Termo utilizado para descrever à interconversão de compostos
químicos no corpo, as vias percorridas pelas moléculas individuais,
suas inter-relações, e os mecanismos que regulam o fluxo dos
metabólitos pelas vias.”
• Vias metabólicas podem ser de três categorias
- Anabólicas (processos construtivos, de síntese)
- Catabólicas (processos destrutivos, de degradação)
- Anfibólicas (cruzamento entre as vias anabólicas e catabólicas,
servindo de link – ligação)
M E TA B O L I S M O A NI M A L
• Combustíveis metabólicos e produção de energia
- Armazenamento para períodos sem consumo
- Glicose é o combustível de muitos tecidos
- Em jejum, glicose é poupada para atender ao sistema nervoso central
- Controle/regulação dos níveis de glicose

Energia e nutrição animal

M E TA B O L I S M O A NI M A L

• Vias metabólicas: processos da maioria dos produtos

da digestão
- Determinado pelo tipo de dieta
- Carboidratos: glicose
- Lipídeos: ácidos graxos e glicerol Produto comun: Acetil-CoA
- Proteínas: aminoácidos

Fontes de energia!!!
M E TA B O L I S M O A NI M A L
• Carboidratos
- Metabolismo oxidativo (aeróbico): produtos finais CO2
e H2O, formação de ATP (Ciclo ác. Cítrico)
- Metabolismo glicolítico (anaeróbico): acúmulo de íons
H+, formação de lactato

• Lipídeos
- Dieta ou síntese “De novo”: oxidação (Ciclo ác.
Cítrico), esteroides, corpos cetônicos

• Proteínas
- Fonte de aa essenciais: não são sintetizados, são obtidos
da dieta
- Oxidados (Ciclo ác. Cítrico), gluconeogênese, corpos
cetônicos ou Acetil-CoA
M E TA B O L I S M O A NI M A L
• Estudos do metabolismo e diferentes níveis
1) Tecidos e órgãos: sangue e circulação integram o metabolismo
2) Subcelular ou compartimento (por exemplo: mitocôndria/citosol)
O que existe em
1) Tecidos e órgãos comum entre o
metabolismo do
• Fígado
fígado e do músculo
- Carboidratos e proteínas estriado esquelético?
- Lipídeos: não é metabolizado direto pelo fígado, requer
lipoproteína lipase (tecido)
• Músculo estriado esquelético
- Compõe aproximadamente 50% da massa corporal
M E TA B O L I S M O A NI M A L

2) Subcelular
• Mitocôndria: Ciclo ác. Cítrico, β-oxidação (ác. Graxos) e
cetogênese, respiração (ATP)
• Citosol: glicólise, via pentose-fosfato, síntese de ác. graxo

Produção de energia e nutrição animal

▪ ATP
▪ Creatina quinase: ADP + fosfoc. Creatina + ATP
▪ Glicólise anaeróbica (2 ATP/mol glicose)
▪ Glicólise aeróbica (32 ATP/mol glicose)
▪ Oxidação de ácidos graxos (106 ATP/mol palmitato)
M E TA B O L I S M O A NI M A L

• Regulação
- Enzimas regulatórias: concentração de substratos
- Reações em desequilíbrio vs em equilíbrio (A C D)
- Consumo de energia para manter o equilíbrio, irreversibilidade da reação
- Ex. Glicólise, glicose – hexoquinase (fluxo gerado uma vez que há saturação de
substrato)
- Mecanismos hormonais e alostéricos como reguladores (A B C D)

• Alimentados e em jejum
- Glicose disponível para SNC e eritrócitos (desprovidos de mitocôndrias)
- SNC 20% energia por corpos cetônicos (80% direto glicose)
- Gestação (feto) e lactação (lactose)
M E TA B O L I S M O A NI M A L
• Insulina (células β pancreáticas)
- Absorção no músculo e no tecido adiposo
- Fígado: absorção independe de insulina (glicoquinase: aumento
de glicose = glicose-6-fosfato)
- Músculo e fígado: insulina age para que o excesso de glicose –
glicogênio (ativa glicogênio sintase)
- Tecido adiposo: estimula conversão aos ácidos graxos e
esterificação a triacilglicerol
- Síntese proteica
• Glucagon (células α pancreáticas)
- Fígado: inibe glicogênio sintase, ativa glicogênio fosforilase,
glicose SNC e eritrócitos
- Tecido adiposo: inibição de lipogênese, estímulo à liberação
de glycerol e ác. graxos não esterificados
- Músculo: oxidação de ác. graxos, acúmulo de piruvato –
produção de alanina e corpos cetônicos – fígado
(gliconeogênese)
M E TA B O L I S M O A NI M A L

Insulina
plasmática

Glucagon

Mudança relativa
plasmático

Glicose no sangue

Horas em jejum 12-24

A N U T RI Ç Ã O A N I M A L E A
B RO M A T O L O G I A

Concei tos bá s i cos

B RO M A T O L O G I A

“Bromatologia deriva do grego bromatos = dos alimentos; logos = estudo.

Componentes químicos que compõem os alimentos, em quantidades
superiores a 1%”
• Indústria de alimentos: informa a população sobre qualidade
nutricional, qualidade, segurança, órgãos de fiscalização etc.
• Alimentação animal: adequação de dietas, presença de contaminantes etc

Análises bromatológicas
B RO M A T O L O G I A
B RO M A T O L O G I A

• Princípios de estatística
- Média aritmética
- Desvio-padrão
- Número de determinações
• Erros comuns
- Sistemáticos: equipamentos, métodos, pessoais (operador)
- Valores médios que não representam o analito da amostra
- Aleatórios: entre as determinações
- Aumento do desvio-padrão
B RO M A T O L O G I A

• Procedimentos analíticos-bromatológicos
- Amostragem, processamento, medida (extração, reações físico-químicas), tratamento
dos dados, análises estatísticas

• Resultados
- Sistema internacional: massa (grama), volume (litro), concentração (g%, g/l, g/g etc)
- Prefixos: μ – micro 10-6, m – mili 10-3, k – quilo (10 3)

Campeche et al., 2011

D ÚVI DA S ? ?

patricia.ramos@ufsc.br