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A E x p a n sã o d a Me
M en te
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Lei
L eia
a também:
também :
REFLEXÕES SOBRE
A MENTE
Tarthang Tulku(org.)
volv
vo lvim
imenentoto da perso
per sona
nalid
lidad
adee e a interaç
int eraçãoão e inte
gi ação do co m plex o corpo/ment
corpo/mente. e. Re flex
fl exõe
õess sob
s obre
re
a Mente
Mente explora a fascinante abordagem budista
i ibetana com relação a essas preocupações. De um
ponto dc vista novo , o livro fornece um relato relato atua-
atua-
lizado da compreensão tanto tanto budista como o ciden- ciden -
tal sobre a consciência humana. Psicólogos famo-
sos, como Cláudio Naranjo, Gay Luce e Charles
lart associam suas experiências pessoais das prá-
ticas budistas tibetanas com o treinamento profis-
sional em métodos terapêuticos ocidentais para
oferecer uma perspectiva ú nica sobre as tendência tendênciass
atuais
atuais dada psicolo
psic olo gia ocidental.
Re flex
fl exõe
õess sob
s obre
re a Ment
Me ntee descreve as experiên
i ia . modernas do amplo conhecimento psicológi-
co do Budismo Tibetano, detalhando uma grande
quantidade de métodos práticos guardados por sé
11do
11doss pelas tradições espirituais do Tibete. Co nfor- nfo r-
me atestam os autores, estas técnicas estão mos
ti ando
ando ser altamente inovadoras
inovad oras na terapia
terapia ociden
oci den -
tal
tal l Jm capítul
cap ítulo o introdutório
intro dutório exce
ex celen
len te e bastante
«hiiingciite do Lama Tarthang Tulku oferece uma
orie
orient
nta^
a^ Io segura
seg ura para a compre
com preens
ensão ão total da pro
lundidade e potencial da mente humana. humana.
( oiii artigos
artigo s de:
de:
<ítiy (iaer Luce Theodore
Theo dore M. Jasnos
Jasnos
t Imidio Naranj
Naranjo o Kendra Smith
A EXPANSAO DA M ENTE
EN TE
TARTH
TARTHANG
ANG TULKU
Tradução
M A N O EL
EL V I D A L
Revisão técnica
I NS
N S TI
T I TU
T U TO
TO N Y I N G M A D O B R AS
AS I L
EDITORA CULTRIX
São Paulo
008585
AEXPANSÃODAMENT
AEXPANSÃODAMENTE
E
E7AP4
O primeiro número à esquerda indica a edição, ou reedição, desta obra A pnmeira
dezena à direita indica o ano em que esta cdiçflo, ou reediçfto foi publicada
Edição Ano
5-6-7-8-9-10-11-12-13 03-04-05-06-07-08-09
Prefácio 9
In tro du ç ão 13
PA
AR
RTTE
E I: A B E R T U R A
PART
PARTE
E II:APROFUNDANDO
II:APROFUNDANDO AM EDITAÇÃO
PART
PARTE
E III:R EALIDAD E E ILUSÃO
ILUSÃO
Realidade e ilusão 76
A trama móvel dos sonhos 80
O lótus do sonho 91
A base prim ord ial do ser 95
P A R U IV: A LÉ M DOS SI GNI FI CADOS
P AR TE V : O D H A R M A V I V O
10
A obra mais antiga deste tipo é atribuída ao Guru Padma-
sambhava, uma pessoa cuja historicidade ficou sombreada por
lendas e mitos queatestam, todos , o impacto quea sua apresen
tação das idéias budistas teve sobre aqueles que tomaram con
tato com a força atrativa delas. O que distingue sua obra (bem
como as obras que se desenvolveram na tradição por ele inicia
da, conhecida como a ordem Nyingma) de obras da mesma na
tureza de outras escolas de pensamento é a vividez da apresen
tação. Temos uma apresentação de experiênciasvivenciadaspo r
inteiro, e não uma coletânea rançosa de textos canônicos. Esta
mesma vividez e abordagem direta, o leitor encontrará neste li
vro, cujo autor é um dos mais destacados estudiosos Nyingma.
A expansão da mente foi escrito para aqueles que ousam
formular perguntas que tocam o sentido da vida, e o livro to
mou forma a pa rtir da colocação de tais perguntas. É desneces
sário salientar que o próprio título representa um desafio —
abrirmo-nos significa restituir a mente à sua abertura criativa.
A expansão da mente, sem dúvida, sinaliza o caminhonesta d i
reção.
Herbert V. Guenther
UniversidadedeSaskatchewan
11
INTRODUÇÃO
25
podermos acordare verclaram entea naturezadanossa cond ição
samsárica. Quanto mais prontos estivermos para a d m itira reali-
dade do sofrimento em nossas vidas, tanto mais necessário se
torna fazeralgosobreesta questão.
Alu no: Nós somos ocidentais, sem um modelo tradicional pa-
ra estes entendimentos. Como podemos ganhar a abertura de
que precisamos para viverem sociedade?
Rinpoche:Penso queos ocid entais estãoem condições de en ten -
derau tomaticam ente mu itos dos ensinamentos básicosdo Buda,
porque aqui há uma grande quan tidade defrustração. Podemos
compreender uma porção de coisas apenas estudando nossa p ró -
pria experiência na vida. O pró prio Buda adquiriusabedoriaem
função do curso natural de sua vida. Mas este caminhodemora
m uito, de modo que podemos querernosbeneficiardosensina-
mentos do Buda. Com freqüência, porém, os ocidentais têm o
conceito de queo Budismo é uma ''religião ''; de que é preciso
crer cegamente, sem compreensão; deque é preciso seguiras re-
gras de alguma outra pessoa. Mas o Budismo ouo Dharma é, na
verdade, a compreensão da realidade; ele pode ser constatado
pormeiodanossaprópriaexperiência.
Alu no: Parece que estou estudando a mim mesmo, nãouma re-
ligião.
Rinpoche: Esta é a razão pela qual o Budadharma podesera pli-
cável a todas as pessoas. Todo s os seres vivostêm a o po rtu n ida -
de de experimentar, por si próprios, a verdade do que o Buda
descobriu.
A A U T O -IM A G E M
y/
a estes con flitos, e estes co nflitos , po r sua vez, alimentam a au
to-imagem. Deste modo, a auto-image m perpetua-sea si mesma,
tendendo a filtra r as experiências de forma a só pe rm itirespaço
para queas suas própriasestruturas rígidas funcio nem . Desprovi
dadeaberturaedeaceitação,aauto-imagemnosaprisionaemblo
queios e limitações. O flux o natural da nossa energiafica inter
rom pido , e a nossa sensibilidade de resposta, bem como a pro
fundidade da nossa experiência, ficam com sua am plitude seria
mentetolhida.
A fim de nos libertarm os da in te rferê ncia da auto-imag em ,
e para que o nosso eq uilíbrio natural tenha espaço para atuar,
precisamos prime iro ver quea auto-imagem nãoé umaparteau
têntica de nós mesmos, que nós não precisamos dela, e que, de
fato , ela obscureceo nosso verdadeiro ser. Umaform a de conse
guir isto é dar um passo atrás e observar nossos pensamentos,
semprequeestivermosem meio a ferme ntação emociona l.
Vtí
riências dolorosas. Podeserque nãoqueiramosrealmente mud ar.
0 apego a uma auto-imagem é poderoso: talvez não queiramos
b uscar novas a lte rn ativ as p or qu e pressentimos u ma p ossíve l
perda danossa “ identidad e".
Com frequência, nós realmentenosagarramosao nossoso
frim en to, pois o sofrim ento parece oferecer mais segurança do
que uma abertura para mudanças efetivas. Contudo, para expe
rime ntar felicidade verdadeira e equilíbrio em nossas vidas, te
mos que ab rir mão da causaque está na raizdo nossos ofrim en
to:aauto-imagem.
No mom ento em que deixamos de servir a auto-imagem e
suas necessidades, todas as nossas dificuldades desaparecem, e
nossa energia é liberada para flu ir sem empecilhos. Estaenergia
pode então ser utilizada para incrementar, ainda mais, a com
preensãodenósmesmos.
29
perguntaram onde estava seu belo damaru, com o qual haviare
zado pela manhã. Nas manhãs de todos os dias anteriores, ele
havia contado como conversara com demónios e com que es
perteza os havia subjugado. Mas, desta vez, nada disse. Mais
tarde,desistiudapráticado chod porcompleto.
40
0 medo da morte é extremamente poderoso; é, de longe,
mais intenso do que qualquer outra emoção. Quando estamos
frente à morte, podemos tentar ignorá-la ou rezar, mas, de fato,
nada ajuda. Ainda mais potente do que a dor física é a dor do
medo. Até a palavra "m o rte " nos parece assustadora, visto que
denota um fim. Podemos acreditar que a consciência e o corpo
são a mesma coisa e que, se o corp o morre, entãoa consciência
deve cessar também . Mesmo se acreditamos que a nossa consci
ência sobrevive depois que o co rpo morre, sabemos que na m o r
te eles têm que se separar, e a idéia de abrir mãodo nosso corp o
nos faz sentir m uito perdidos e amedrontados.
Todavia, à medida que aumenta nosso entendimento do
significado da existência humana, é possível verquea m orte não
é uma separação mas, sim, uma transformação. Quando conse
guimos ampliar nossa perspectiva, podemos ver que a vida não
pode ser perdida e não pode desaparecer. Conforme o entend i
mento cresce, o medo declina. A morte se torna um excelente
mestre.
4 I
Infelizmente, nos Estados Unidos, a morte é um assunto
tabu. Seria de ajuda para nós sea m orte fosse reconhecida mais
abertamente como parte natural daexistência, e não como uma
grande tragédia. Ao entender a impermanência da vida, pode-
mosvalorizarplenamentecada mom ento. Aconsciência da m or-
te nos ensina a desfrutar a vida, não possessiva ou em ocional-
mente, mas com simplicidade, preenchida pela beleza e cria tivi-
dadedeumviverpleno.
43
[iá nada a fazer; não há m otivo algum para produziralgumac oi
sa ou pararalguma coisa. Apenas deixetudo ser.
Quando meditamos deste modo simplese receptivo,a qua
lidade meditativa gradualmente se torna mais pronunciada e sua
experiência, mais imediata. Após cada meditação, a luz desta
experiência permanecerá e se fortalecerá com a prática. A m edi
tação simplesmente vem por si própria, como o Solda manhã;a
atenção interio r, uma vez tocada, irradia-se naturalmente. To da
via, encontrar esta atenção inte rior requerprática diária, de m o
do queé imp ortan te reservar tem po para a meditação.
A lu no: Então,comoéquetentamos?
Rinpoche: Traga mais leveza para a sua meditação. Então,quan
do alguma dor ou auto-imagem ou quaiquer outra coisa o inco
modar, será mais fácil transcendê-ia. Quando sua meditação tem
uma qualidade pesada, "vo lun tária ", talvez não lhe seja possí
'1'
que a mesma coisa. Não podemos dizer que seja exatamente o
mesmo, mas o sonho está m uito próximo da natureza da cons
ciência. O problema é que nós nos prendemos em distinções en
treos níveisde realidadedo mundo dossonhos edo mu ndo real.
Mas, se os examinarmos com bastante cuidado, constataremos
queosdoisestão m uito próximos. Durantea noite,quando algu
ma coisa aparece num sonho, o próprio aparecimento é, em si,
sem substância. O que aparece, o que vem, não pode ser visto.
Portanto, a figura, a imagem, o sonho, não existe. É a não-exis
tênciaqueestamosvendo.
Quanto mais profundam ente esta compreensão se estabe
lece, tanto mais flexível passa a ser nossa capacidade de viven-
ciar plenamente a vida. Ao perceber mais a fundo a naturezado
processo do sonho, podemos chegar mais perto da realidade
que se encontra dentro do sonho. Podemos vir a conhecer nos
sos sonhos tão bem que conseguimoscontrolá-loscom o umate
levisão. Esse conhecimento pode então ser utilizado, na nossa
realidade do estado de vigília, para mudar nosso modo de pen
sar. Podemostransfo rm ar umdragão num nenezinho.
A lu n o : Mas não podemos fazercom quetodasas outras pessoas
acreditem nisto.
Rinpoche: Não, essa realidade é individual. Geralmente, não po
demosveros sonhos unsdos outros. Quando estamossonhando,
aquele mundo é todo o nosso mundo consciente. Naquele m o
mento, é possível ver o quanto podemos manipulá-lo, refiná-lo
e transcendê-lo — o quanto podemos jogar. Gradualmente, per
cebemos que, sendo nós mesmos uma projeção, somos tão fle
xíveis quanto as outras imagens. Assim, podemosaprendera nos
mudar também. Além disso, conforme nos desenvolvemos psi
quicamente, é possível que possamos compartilhar dos sonhos
dosnossosamigos.
Alu no: Na noite passada, sonhei que estava em pé num campo
amplo. Enquanto estava lá, sem nenhum esforço, desci escorre
gando por um caminho coberto de areia e pedregulho. Era um
prazer maravilhoso. Nunca tinha feito isto.
Rinpoche: 0 sonho que você estava projetando era livredas li
mitaçõesdo tem po ou dascategoriasdoque é "re a l"ou "irr e a l".
87
Tanto o estado de vigília quanto oestadodesonosãoco mo es
pelhos. Você estava olhando para o seu rosto no espelho, que
nesse caso era o sonho. 0 sonho em si mesmo não tem funda
mento algum. É como uma bolha; a imagem não tem uma se
mente. Onde estão as imagens do sonho de ontem à noite?
Paraondeelasdesapareceram?
HM
A lu no: Há algum modo de nos livrarmosdesse medo?
Rinpoche: O medo faz parte do vão, da separação que vemos
entre o sonho e a realidade do estado de vigília. Mas, na verda
de, a natureza de toda a nossa experiência é a de um sonho. D i
gamos que eu tenha um sonho em que um tigre,um cachorro e
uma cobra estão todos me atacando, e eu sinta medo. É apenas
quando acordo de manhã que percebo que todo o programa do
sonho fazia parte de mim . A mesmacoisaacontece quando você
se torna ilum inad o: nesse mom ento, você sedá contadeque to
do o samsara faz parteda sua própria criação. Você está criando
todaasuaexperiência.
Quando temos experiências com sonhos à noite, podemos
aplicar o que aprendemos nesses sonhos para torna r as nossas
vidas mais fáceis e sadias. Passar do estado de sonho para o es
tado de vigília é como cruzaruma ponte,de um nível deconsci
ência para ou tro. Com atenção plena e prática, podemos fazer
umaviagemdivertida.
<)()
O LÓTUS DO SONHO
91
pire de forma muito lenta e suave. Deixeseu corpo esua mente
sentiremaqualidadeleveereconfortantedorelaxamento.
Em seguida, conduza a mente da maneira delicada como
você, talvez, conduziria uma criança pequena. A mente gosta
muitíssimo de sentimentos; por isso, faça-a assentar-secom sen
timentos calorosos, alegres e tranqüilos. A mente pára de ficar
pulando de um lugar para ou tro ; suas preocupações e conceitos
vão desaparecendo e você será capaz de relaxarprofundamente.
Agora,vocêestáemcondiçãodevisualizardemodoeficaz.
Quandovocêestiversesentindobemcalmoesereno,visua
lize uma flor de lótus linda e suave, em sua garganta. O lótus
tem pétalas rosa-claro que se curvam ligeiramente para dentro;
e, no centro deste lótus, há uma chama luminosade corlaranja-
avermelhado, que é clara nas bordas, passando a umatonalidade
maisescura nocentro. Olhando com bastantesuavidade,concen
tre-se na ponta da chama, e continu e a visualizá-la tanto tempo
quantopuder.
Esta chama representa a atenção pura, que tem a mesma
qualidade luminosa da energia do sonho. As experiências da
nossa vida no sonho e no estado desperto têm características
diferentes. Mas, visto que sua estrutura é essencialmente a mes
ma, a atenção plena de um estado pode passardesimpedidapa
raooutro.
100
Rinpoche: É possível alguémgastarm uitos anos praticando, sem
fazer progressossubstanciais. Mas podemos distinguirquando es
tamos meditando bem, pois nos níveis mais elevados de medita
ção não temos ciência de que estamos fazendo coisa alguma —
não há movimento reflexivo. Enquanto houver paredes, enquan
to houver parâmetros, vamos questionar e tentar medir o espa
ço. Mas, desde que entremos no espaço aberto da meditação,
não podemos dividi-lo deste ou daquele modo. As perguntas já
nãose aplicam mais.
Quando começamos a meditar, é importante abrir mãode
todos os pensamentos; libertarmo-nos do seu passado e do seu
futuro . No espaço entre eles, encontramos a meditação. Mas,
conforme nossa meditaçãose torna maisdesenvolvida, umaqua
lidademeditativa podeserdescoberta intrinsecamentedentro de
cada pensamentoe decada emoção. A meditação, então, passa a
ser uma partenatural de nós mesmos — uma experiênciaque po
demossustentarao longoda nossa vida diária.
101
Rinpoche: A meditação é uma concentração não rígida. Para o
principiante, a concentração requer esforço. Mas, embora haja
volição,nãodevehaverforça.
Alu no: Parece que, sempre que me dito, minha menteé constan
temente inundada por imagens.
Rinpoche: Às vezes, quando nos concentramos, imagens sub
conscientes — recordações e arquétipos — chegam à superfície.
Muitas experiências não conhecidas parecem pular para a cons
ciência. Algumas técnicas de meditação revolvem e inflam estas
imagens. Este tip o de exp eriên ciasignificaque vocêestá no cami
nho da meditação. A concentração, naturalmente, leva a taise x
periências, mas a concentração também leva para além delas.
Relaxe-se e abra mão do "observa dor". Tente não estar ciente
de coisa alguma. Use de paciência. Vo lte para den tro da sua me
ditação e tente ficar em co nta to com a sensação de relaxamento
pro fun do ... Conforme sua experiênciada meditaçãofo rsea pro
fundando,sua inquietud e irá naturalm ente declinar.
Portanto, não prestea tenção à quantidadeou qualidadeda
m m meditação. Apenas conserve-a aberta. Você é o centro da
m m meditação.
A lu no : Freqüentemente, quando tento me concentrarou quan
dotentomeditar,ficocomdordecabeça.
Rinpoche: Então sua meditação está sendo rígida ou dura de
mais. Esqueça o conceito de meditação; sclte-se do sentimento
de posse. Quando você tem uma experiência boa ou má, você
sente que é o dono dela. Este segurar gera contração. Quando
conseguir abrir mão da experiência, suas dores de cabeça irão
desaparecer. Muitas vezes, somos cuidadosos demais com a me
ditação, e agimos como se estivéssemosnum quartocom um be
bê do rm ind o: qualquer barulho fará o bebêacordar. Precisamos
relaxaresoltarestaatitude.
Seja gentil com o seu corpo. Massageie com delicadeza os
músculos do pescoço para que ali a energia se movimente livre
mente. Solte todas as suas tensões e resistências. Vocênão pre
cisa fazer nada em particular. Seus olhos, mãos, estômago, os
sos e músculos estão todos tom and o conta de si mesmos. Deixe
suaatençãopurafluirpeloseucorpoemente.
103
Alu no: Ela podese transformar num apego?
Rinpoche:Sim. Vocé pode se torna r apegadoao ouroou à m edi
tação, à sua casa ou a pessoas. Você pode se apegar a qualquer
coisa. Não há diferença:um apego é, ainda, um apego.
A lu no: E a filosofia?
Rinpoche: A filosofia, antes de mais nada, se ocupa de pensa
mentos e conceitos. Os pensamentos e conceitosvãose refinan
do e, então, ganham uma direção. Essa direçãochega a um po n
to em que se torna uma regra e, depois, um sistema. 0 sistema
cresce e, poucoa pouco, uma consciência ética se forma — certo
e errado, positivo e negativo, virtude e mérito, carma ruim — ,
coisas dessa natureza. Gradualmente, então,à medida quea filo
sofia se torna um modelo, passa a ser restritae amarrada a m ui
tosdetalhescomplexos.
Quanto mais perguntas formulamos, mais perguntas pas
sam a existir. Porfim , percebemosque nãoprecisamosfazerper
guntas, pois não há respostas definitivas. Mas, se não começar
mosfazendo as perguntas,talvez nunca iremos nosdarcontadis
to. Em certo sentido, nosso conhecimento comum não é inú til,
porque nos ajuda a aprender como dar respostas... mas ele tam
bém nos mostra que as perguntas nãotêm fim. É comoesfregar
dois pedaços de madeira um no outro. Eles se aquecem e aca
bam consumidospelo fogo. Assim é o conhecimento intelectual.
O único modo de não dar respostas é perceber, de finitiva
mente, quenão há respostas. Dar respostas não é a resposta. Dar
respostas co ntrib ui para as perguntas, e elas meramenterepetem
o ciclo. As perguntas e respostas não levam a lugar algum; elas
se reaümentam umas às outras.
105
PENSAMENTOS
Quandosomos
Quan dosomosca capa
paze
zessdeaq
deaq uiet
ui etar
arnos
nosso
soc
corp
orpo,
o, respiração
respiração e
mente
mente, , surge natura
naturaimen
imentete uma
uma sensação muito confort confortável
ável e
apaz
apazig igua
uadodora
ra.
. E, à medida
medida que expandimos
expandimos essa sensação, ve- ve-
mos que,
que, dentro
dentro deia, nos senti sentimos
mos m uito em casa... pode podemo moss
vo lta r a essa sensação inúmeras veze vezesna
sna meditação diária. Pode-
Pode-
mos começ
começar ar praticando
praticando apen
apenas as uns poucosm
poucosm inutosa cada dia. dia.
Um dia,
dia, poré
porém,
m, conforme
conforme prolongamos
prolongamos estes perí períodos,
odos, vemos
que podemos
podemos meditarse
meditarsem m esforço. E, po r meio meio do contato repe-
repe-
tid o com essa sensação, nossa concentraçã o sedesen desenvo volv
lve
e na tu-
ralme
ralment nte.
e. Nosso progresso, no entanto, pode ficar ficar prej
prejud
udiicado
cado
se tentarmos interpretar essas sen sensaçõe
ções intelectualmente,
intelectualmente, pois pois
o processo do p en samen mento, ele próprio,
próprio, nos separa da expe expe--
riência.
Noss
ssoos pensa
pensamenmento tos
s fazem ta n to parte de nósqu
nósque,
e, mesm
mesmo o
quan
quando do estamos meditameditandondo, , tend
tendemos
emos a acei aceittar o mund
mundo o das
idéi
idéiaas e conceit
conceitos
os como a nossa real realida
idade.
de. Nós nos limitamos a
essa esfe
esfera
ra conhecida
conhecidae e, po r cons eguinte,
egu inte, limitam osa nossam edi- ed i-
taçã
tação.o. Enxe
Enxergrgam
amosos claramente
claramente esse efe ito quando quando examin
examinamosamos
de perto a natur
naturez
eza
a dos
dos pensamentos
pensamentos..
Quand
Quandoo surge um pensame
pensament
nto
o na ment
mente,
e, nós nos '"apega-
mos" a ele como
como se fosse nosso filho . Nós
Nós nos sen
sentimo
timos
s como
como
10(3
mães dos
dos nossos
sos pens
pensamamenentotos;
s; na realidade
realidade, , porém, ist isto
o é uma
uma
peça
peça quea mente nosprega sprega. . De fato, se observarmos comcuid com cuida a
do e tentarmos
tentarmos permperman anec
ecerer desapegados, pode podere remos
mos ver ver que
que
cada pens
pensame
amentnto
o surge e se vai vai sem umauma liga
ligaçã
çãoo efetiv
efetiva
a com o
subs
subseqü
eqüenente.
te. Os pens
pensam amenentotoss tendem a sererráticos, a pular de
uma
uma cois
coisa
a para
para outra,
outra , como cangcanguru urus.
s. Cada
Cada pensamento
pensamento tem sua
própria natu
nature
reza
za.
. Algu
Algunsns são lent lentosos eoutros
ou tros rápidos;
rápidos;um um pensa
nsa
mento pode
pode ser mu itopositivo,e
itopositivo,eo o próx imo , m uito nega negatitivo
vo.
. Os
pensament
pensamentos os estã
estão
o só de passag sagem, como os carros que passam sam
por uma estrada. Em sucessão muito muito rápirápidada,, um penpensam
sament
ento
apar
aparec
eceà
eà medidaque
medida que o últim úl tim o somesomede
de vis
vista.
ta.
À medida
medidaqueque um pensam
pensamen ento
to lev
leva ao pró xim o, pare parece
ce que
eles têm
têm uma cert certa
a dire
direçã
ção;o; mas, apesar da sensação de movi
mento, não
não há uma
umapr prog
ogre
ress
ssãoão verdade
verdadeira ira.
. Os eventos
eventosmen mentai
tais
s —
os pensa
pensamenmentotos
s—
— são como umfilmumf ilme: e: emboraexista umase umasen nsa
ção de continuidade, a continuidade,
continuidade, em si, é uma uma ilus
ilusão
ão cria
criada
da
pela
pela projeção
projeção de uma uma séri
sériee de imag image ens semelh
semelhant antes
es mas, na ver
dade,distintas.
À medid
medidaque
aque umdeterminado
umdeterminado pensampensament ento
o ou idéi
idéiaap
aapar
are
e
ce,
ce, ele come
começa ça a tomar forma, como umbe um bebêbê cres
cresce
cend
ndode
odentro
ntro
do útero.
útero. Ele se desen senvolv
volve
e por um certotempo
certotempo dentro de nós nós;
entã
então,o, "nasce"
"nasce" como
como uma idé idéiatotalm
iatotalm ente formada.
formada. Assi
Assimqu
mquee
o pensament
pensamento o emer
emergege,
,e
ele se põe a chorar;
chora r; precisamos
precisamos cuidarde
cuidar de
le. Os pens
pensamamenenttos são muito difícei
difíceis
s e exig
exigen
ente
tes.
s. É preciso
iso
aprendera lidar
lida r com eles
les demane
de maneiraadequ
iraadequada
ada..
Pela observação cuidad dadosa dos pens pensamamen
enttos,
os, pode
podemo
moss
aprender a experienciar dir diretam
etamen entte cada pensamento ou
conceit
conceitoo que
que brota.
brota. Se ficar
ficarmos
mos com
com cada penspensam
amenento
to de uma
manei
maneira ra delicada
delicada e habilid
habilidosa,
osa, podere
poderemos
mos sentir seus diferentes
padrões e tons. É isto o que se q u e r diz e r co m e ntra r na
experiência
experiência inte
in terio
rior
rou
ou tornar-s
tornar-sede
ede fato a experiência.
experiência.
A concentra
concentração
ção é importa
imp ortante
ntep
par
aras
aseeentrarem contato com
a ene
energia
rgia dentro de cada penspensamamen
ento
to,
, mas uma conc
concen
entr
traç
ação
ão
forç
forçad
ada
a não tem
tem efei
efeito
to algu
algum.
m. Forç
Forçar
ar pode parecarecer
er funcionar
funcionar
por períodos curtos
curtos detem po, mas, aí, novonovospen
spensa
same
mentntos
os con
tinuam
tinuam a surgi
surgir
r e a conc
concenentr
traç
ação
ão falh
falha.
a. Quando
Quando estam
tamos lidan
lidan
107
do apena
penass pela meta
metadede com
com um pensam
pensamentento,
o, um ou tro já surge,
e depo
depoisis outro. Para evit
evitar
ar isto, é importante
importante con du zira ment
mente
e
delic
delicada
adament
mentee para uma unidir
unidireci
ecionai
onaiida
idade
de que
que possa se con
centrar
centrar plena
plenamen
mentete dentr
dentro
o da exper
experiên
iênci
cia
a inte rior de cada pen
pen
sament
samento.o. Por
Por meio
meio de uma
uma autod isciplina
isciplina branda,
branda, podemo
podemosgra
sgra
dualme nte desen
desenvo
volv
lvere
ere expan dir esta concen tração.
Quando
Quando estam tamos muito atent atentos
os,
, podem
podemos os nos
nos tornar cien
tes
tes do espa
espaço
ço que
que há entreca
entrecad da um dos
dospensa
pensamento
mentos.
s. Isto
Isto nãoé
nãoé
fácil, já que, tão rápi
rápida
da esutilm
s utilmente
ente um pensamento desa desapapare
reçça,
o pró xim o surge. Mas este processo tem tem um ritm o — e, e, quando
quando
nos sintoniz
sintonizamos
amos com esse ritmo , podemo podemos s verum
verum "vã o " entr
entre
e
os pensame
pensamento ntos:
s: um "espaço"
"espaço" ou um nível de consci consciênc
ência
ia onde
onde
os senti
sentidosdos não
não nos dist
distra
raem
em.. O espaço entre
entre os pens
pensamamenento
tos
s
tem uma
uma qualidad
qualidadedeedeaber
abertur
tura
a queé
queé m uito próx ima da qualida
de do vazi vazio.
o. Este espaço não é tomado por disc discri
rimin
minaçõ
açõeses ou
obsc
obscururececim
iment
entos
os.. Atingi
Atingi-l
-lo
o é como dardar um profun do mergu mergulh lho
o
no ocean
oceano; o; há uma vasta quietude.
quietude. Na superfície podem podem have haverr
inúmer
inúmeras as onda
ondas s mas, quand
quando o penetramo
penetramos s no fun do , há paz pro
funda e equilíbrio.
equilíbrio.
Esse espa
espaçoço entre os pensamentosé
pensamentosé semelhante ao interva
lo entre este momentoe o fu tu ro : este pensament pensamento o já se foi mas
o pró xim o aindaindaa não exis
existe
te.
. De fato, esta prepresenç
sença
a de aten
atençção
pura não se envolvenvolveco
ecom
m pas
passado
sado ou fu tu ro ; nãose
nãose envolv
envolvee nem
nem
com a nossa idé idéia habi
habitu
tual
al do pres
presen
ente
te.
. Entrar em contato com com
esse espaço é como como fazer uma viagem a um outro mundo, mundo, e a
qual
qualiidade
dade da experiência é muito muito dif
diferent
erente
e daquilo
daquilo com que
norm alme nte nosde
nosdepapararamo
mos.s.
10H
demos a sustentar esta atenção pura porperíodoscadavez mais
prolongados, ela se tornacom o uma luz interior, sempre radian-
te. Esta é a atenção pura intrínseca. Ela nos libertada confusão
e da seqüência habitual e aparentemente infindável dos pensa-
mentos.
Podemos expandir essa calma para além do nosso corpo,
para além, mesmo, deste mundo, e podemos sentir a amplidão
do espaço aberto, a sua ausência de centro. Nossa experiência
setorna viva, fresca,clara e positiva. Quanto mais profundam en-
te entramos neste espaço entre os pensamentos, mais poderosa
passa a sera nossa experiência.
Dentro do espaçoentre os pensamentos, vemosquea men-
te, em si, é espaço, que é transparentee sem forma. Vemos que
os nossos pensamentos, também, são abertos e desprovidos de
forma. Quando vivenciamos diretamente essa sensação de espa-
ço aberto, não ficamos mais confinados dentro das caixas dos
conceitos, palavras e imagens que, anteriormente, restringiam
nossaexperiência.
No espaço que há entre os pensamentosexisteapenasa qua-
lidade cristalina da atenção plena e pura. O passado e o fu turo
se dissolvem, porque esse espaçoestá além da esfera dosconcei-
tos... vasto, aberto, não se prendendoa nada, embora p erm itin-
dotudo.
110
con tatar esta atençãoou energia, expanda-atan to quanto puder.
Faça destaexpansão do pensamento um exe rcício.
Ou, então, veja por este ângulo: um pensamento está aqui
e o próxim o pensamento ainda não veio; no exato momento
que o atual pensamento se vai, fique neste espaço antes que o
pró xim o chegue. Isto é que é expandir. Tão logoum conceito se
fo i, este é o lugar ondevocê permanece.
113
ta atração sobre a nossa mente conceituai que é fácil ficarmos
presos neles — ficarmos emaranhados nas palavras e perdermos
de vista as mensagens que carregam. As formas externas de to
dos os tipos, quer asdo estudioso,querasdo monje, podem ser
armadilhas: podemos, com facilidade, pegar a forma e perdero
significado que está por trás dela. Podemos facilmente co nfu n
dir o dedo que aponta coma Lua. O caminhoespiritual não sig
nifica necessariamente passar a vida estudando filosofia e faia n
do sobre ensinamentos espirituais. A fim de queo caminho espi
ritual tenha valor real para nós, precisamos compreender suas
verdadesdiretamente.
11 5
nossas ener
energi
gias
as flu íre m livre e serena
serenamen
mentete.
. Nesse esta
estado
do m ed i-
tat
ta t ivo
ivo relax
elaxa
a do,
do, nós pene
penettramos
amos em toda
oda a riquez
queza
a e profun-
didade
didade da experiência. Essa é a bele beleza
za e a potencialidade doser
doser.
■i<\
A I L U S Ã O DO A G O R A
Muito se diz
diz atual
atualmentmente e sob
sobre a import
importâncância ia de vive
viverm
rmosos
no pres
presen
ente
te,
, sobre a importância
importância do "a q u i" e "ago ra". Mas será
que
que há, na ver
verdade
dade,, um "agora"? Seolharmo olharmoscom
scom m uito cuida-
do para o que exat exatam amen entte é o "agora",
"agora", iremos talv alvez concluir
concluir
que ele não
nãoex
exis
iste
te.
. Talv
Talvez ez vejamosque
vejamosque não não há um "prese"pre sentente".
".
A princípi
princípio,
o, isto parece absu absurrdo:
do: eu tenhtenho o pensamen mentos
agora, e elesles acont
aconteceecemm para
para mim agora. Toda Todaa a experiên
experiência ciaquque
e
está acontecendoes
acontecendoestá tá,
,obviame
obviame nte, acontece
acontecendo ndo agora. Euestou
Euestou
aqui;
aqui;você está aí.
í. Posso falar com você; você você pode falarcom
fala rcomigo.
igo.
Não há dúvi
dúvida
da de que nos cons consiidera
deramo
mos s mutuamen
mutuamente te reais. É
tudo m uito simp
simplles.
es.
Não obstante,
obstante, a realirealidade
dade é diferen te para para cadaada um de nós.
Do meu ponto de vist vista,
a, vejo
vejo umauma coisa;
sa; do seu, você ocê vê outra.
outra.
Do meu ponto de vist vista,
a, eu sou o sujeito
sujeito da experi
experiênci
ência a e você
você ó
o objeto. Para você
você, , evidentemente, ocorre o inve invers
rso.
o.
Nenhum
Nenhum de nós vive ive exatament
exatamente e a mesma real realid
idad
ade.e. Mes-
mo se tent
tentás
ásse
semomoss duplicar, com absolu absolutata prec
precisisão
ão,, as circuns
circuns
tân
tâncias
cias de uma determinad
determinada a experiência
experiência, , nunc
nuncaasseria
eria exatamen-
te a mesma coisa. Se pudéss déssem emosos "d a r" a uma outra pessoa a
nossa experiência, a experiência não não seri
seria
a a mesm
mesma a para
para ela,
ela, pois
pois
ela
ela a veri
veria
a de sua própria
próp ria perspectiva. Nossas experiências,
experiências, nossa
real
realid
idad
ade,
e, depe
depend ndem
em da nossa consc consciêiênc
ncia
ia individual.
individual. E atéque
atéque
125
pon to essa consci
consciênc
ência
ia é está
estáve
vel?
l? Drog
Drogas
as,
, doen
doença
ças,
s, febre, calor,
fadi
fadiga
ga,
, podem
podem todos afetar
afetar profundamente nossa mente.
mente. Pode
Pode--
mos ver
ver drag
dragõe
õess ou figuras
figuras coloridas,
coloridas, ou a sala se mexendo. Sa-
bemo
bemoss que essas experiên
experiêncicias
as não
não são reais.
reais...
.. mas que é real
mas o que real?
?
Nossa
ossass sens
sensaç
açõe
ões,
s, percepções, pensamentos, reco nhec nh ecimimenen -
tos,
tos, lembra
lembrançanças,
s, experiências,
experiências, sentimentos, conceitos, emoções: emoções:
todos
todos são orgaorgani
niza
zado
dos
s sob form a de umpadrão,
umpadrão,dodo mesm
mesmom om o-
do que a estruestrutu
tura
ra de uma flo r é um padr padrão
ão.. Quand
Quandodes
odesmem-
mem-
bramos
bramos uma
uma flo r para
para verco
verco m o é feita, ela deixa
deixa dese
deser
ruma
umaflo
flo r.
Igual
Igualment
mente, e, quando
quando dividimos nossa experi experiênc
ência
ia em suas "p a r-
tes ", ela já não é mais
mais a mesmaexperiência.
Nossa experiênci
experiência a ha bitua l seencaixad
encaixad en tro de um padrão
dualist
dualista:
a: dividimos o mu ndo entreentre aque
aquelelequetem
quetem a experiência
experiência
(eu,
(eu, osujeito) ea quilo que é experienciado (ele (ele,o
,oob
ob jeto ). Assi
Assim
m
que
que temos
temos uma determinad
determinada a exper
experiêniênci
cia,
a, o eu (o sujeito)
sujeito) pensa
sobre a exper
experiêiênci
ncia
a (o ob jeto), ou a cons
considider
era
a de algu
algum
m modo.
Mas noss
nossosos pensamento
pensamentos s são apen
apenas as reflexosda exp eriên cia; não
pode
podem m ser a própriaexperi
própriaexperiênciência.
a. Em vezde formarem "e stru tu-
ras"
ras" isol
isolad
adas
as de experiência,
experiência, nossas experiexperiênc
ências
ias apar
aparec
ecem
em so- so-
brepostas
brepostas umaàs
umaàs outras.
Ao
A o te n ta r classi
cla ssific
ficar
ar e a rra n jar
ja r noss
nossas
as experi
exp eriênência
cias,
s, criam
cri am os
apenas umauma confus
confusãoão de cama camadadass e divi
divisõ
sões
es.
. Pode
Pode ser que cul-
pemo
pemos s as complexi
complexidades
dades da vida vida moderna
moderna por essas confu confusõesões.
s.
Assim, tent
te ntam
am os s im p lifili fic
c a r as noss
nossas asvidas,a
vidas,a band
ba ndon onan ando
doaas
s nos-
nos -
sas repon
reponsab sabililid
idade
adess par
para viver no "prese nte". Maseste esteviver
viver no
"presente" acaba sendo ainda ainda uma
uma tentati
tentativa
va de agar
agarra rar
r a expe-
riên
riênci
cia,
a, ainda
ainda umsujeito queexamina umobjeto.
As noss
nossasas próp
pr ópria
riass idéias
idéia s sobre o que sig si g nific
ni fica
a estar
esta r no
"present
"presente", e", ou estar aqui aqui "agora", cria criam
m raíz
aízes e nos enr enredam
edam
com suas complexidades. Onde está essa mente, mente, a minha mente
na qual
qual acreacredi dito
to que
que as idéai déaiss e as expe experriênc
iênciaias
s ocor
ocorraram?
m? Os
pens
pensam
amen ento
tos
s existem;
existem; nós nós temos um senso do presen presente; te; nósso-
nósso-
mos dotados
dotados de consc consciê iênci
ncia.
a. Mas, quando tentamosd eterm inar
com
com prec
precisisão
ão a experiênc
experiênciaqueiaque esta
estamo mos s de fato tendo, nãocnãoc on-
segu
seguim
imosos encon trar nad nada em nossa descr descriçiçãodaexp
ãodaexp eriênciaque
seja real mesmesmo.
mo. O que,que, na verd verdad
ade,e, encontramos,
encontramos, não não é nunca
nunca
1?(5
a realidade da experiência, mas apenas um conjunto de concei
tos que formamos sobre a nossa experiência. Quando tentamos
viver no "presente", partimos para ir além dos conceitos, além
do tempo, além das nossas experiências habituais; mas tudo o
que fazemos com nossa zelosa antecipação é reforçar nossa
mentedualista.
A prin cíp io , é d ifíc il ace ita r que esse espaço vazio exista.
Como não temos desenvolvido o tip o de percepção queé neces
sário, temos dificu lda de em enten der a experiência. Porisso,p re
cisamos, primeiramente, ad qu irir uma compreensão intelectual;
depois, podemos, po r meio da meditação, nos abrir para a expe
riência efetiva. Por um lado, a compreensão intelectual apóia a
experiência; por ou tro, a experiência inspira uma compreensão
mais profunda. Elas se apro fund am juntas,em apoio mútuo.
Nosso entendimento intelectual é um mecanismode testa-
gem, um mecanismo que cria um meio de provar coisas de fo r
ma lógica. Essa faculdade é importante — mas, a partir de um
determinado ponto, ela se torna cada vez menos confiável, po r
que os conceitos e a lógica só nos levam até uma certa distância.
127
Somente a experiência pode nos levar além das imagens, além
dos conceitos e palavras, além do tempo. Mas isso não é a nossa
idéiahabitualdeexperiência...éatençãopura.
A meditação nos ajuda a deixar que os nossos conceitose
idéias cedam lugar a essa atenção pura e aberta. Na meditação,
fazemos nosso contato mais íntim o com o nosso lado experien-
ciai, ondeseencontraailum inação, a consciênciasuperior.Quan
do passamos diretamente para dentro de um momento qual
quer, quando dissolvemos as formas ou "nuve ns" dosconceitos
e cedemos lugar à experiência pura, descobrimos nosso grande
recurso — o espaço iluminado. Podemos garimpar nossa expe
riência para encontrar esse grande tesouro quese encontra den
trodecadapensamento.
Quando essa compreensão emerge, tudc passa a fazer parte
da meditação. Nós nos centramos no momento imediato da ex
periência e, noentanto, ainda participamosdesuasformasexter
nas, usando conceitos, gestos etc., para manifestar nossa expe
riência interior. Essa compreensão é umaverdadeira integração,
uma ligação autêntica de todo o nosso ser com a realidade da
experiência, com o "agora" que não é limitado pelo tempo ou
peloespaço.
É possível descobrir essa "rea lidade", esse "agora", duran
te a meditação. Nós a encontramos noespaço quehá tanto den
tro dos pensamentos como entre eles; esse espaço é um "te r
reno" silencioso e sereno que constitui a base da consciência.
Esse "terreno " é totalmente receptivo; todas as informações
provenientes dos nossossentidos se assentamaí, como sementes
semeadas num campo. As "sementes" incluem todas as expe
riências e toda a atividade mental, positiva e negativa;todas são
plantadas nesse "te rre no". Quandoas condiçõesestãopropícias,
as "sementes" brotam. Esse brotar, esse ganharvida é a ação do
carma. O "terreno"' para cada um de nós é o mesmo. O carma,
então, é o impulso que transforma esse terreno da consciência
na consciência singular de cada indivíd uo, dando lugar à cons
ciência individualizada do samsara.
A consciência, quando tomada isoladamente, não possui
quaisquer características determinantes. Podemosdizerqueeste
ó o sou aspecto "nirvâ nico". No entanto, podemosdizero mes-
mo com relaçãoà consciência "sa m sá rica"... a únicadiferença é
que, no plano samsárico, os pensamentos criam um dualismo,
um senso de sujeito e objeto, e um senso de separaçãoentreeles.
Nosso "agora" convencional discrimina entre "esta" pre
sença do agora e "aquela" presença do agora. Portanto, antes
que possamos de fato vivenciar a "presença da atenção pura ", é
necessário transcender esses conc eitos e esse processo de disc ri
minação. Até lá, não poderemos nunca saber, com certeza, se
a nossa consciênciaestá revelando a realidade ou a ilusão.
129
demos encontrar essa força deixando que o Buda e o Dharma
ganhem vida den trode nós. Todavia, a maioriade nósainda não
é capaz de vivenciar essa verdade inte rio r. Podemosten tar, mas,
por ora, parece que temos que viver num nível maissuperficial,
voltad o para sujeitose objetos.
Essa é a razão pela qual a meditação é im po rtante . Na me
ditação, podemos tercompreensõesexperienciaisquerompem o
nosso modo conceituai de lidar com as experiências, e estas
compreensões nos ajudam a enxergardeum po nto devista mais
ilum inado . Nósentramosem con tato com acalmaeaclarezaque
se encontram pordebaixo do nível conceituai. A meditação,en
tão, passa a ser o nosso refúgio, pois, sempre que precisamos,
podemos apelar para ela para nos dare qu ilíbrio . Buscar refúgio
em nós mesmos, dessa maneira, nos pro po rcio na uma base mais
sólida, e uma maior confiança para fazer face à vida cotidiana.
Isto é refúgio num nível maiselevado.
O refúgio definitivo consiste num contato constante com
o estado meditativo, dentro do qual descobrimos a qualidade
imediata do Ser, onde não existem distinções artificiais. Nesse,
que é o mais alto dos níveis, vemos toda a experiência como a
atenção pura que alcançamos por meio da meditação. Não há
Buda, nem Dharma, nem Sangha. Não há sujeito nem objeto,
nenhum "e u " para buscar refúgio em coisa alguma; o conceito
de buscar refúg iocai porterra.
141
AMOR E COMPAIXÃO
142
A SEMENTE DA ILUMINAÇÃO
A ilum
ilu m ina
in a çã o é a natureza
natu reza deto
de toda
da a expe
ex periê
riênc
ncia,
ia, oque
o quesig
sig
nifica
nifica que
que a ilumin
iluminação
ação está disponí
disponível vel a nós, todo otempo. otempo. A
a u to -imag
mag em, p o rém, nos divo divorr cia
cia da visão ilumina uminada da — por por
isso, a maioria
maioria de nós tem pouc poucaa convic
convicçãoção de que
que há,defato,
,defato,
algo a mais na vida vida,
, além
além daquilo queque vive
vivemo
mos s cotidianamente
cotidianamente. .
Quando
Quando temos estas tas dúvid
dúvidas,
as, pode
pode ser queque nem
nem tentemos trans
cend
cender er as limitaç
limitações
ões que
que o nosso ego nos impõe. impõe. Mas, quando quando
vem
vemos que que talvez
talvez possa have haver
r algum
alguma a verd
verdadade
e nas cren
crençaças
s espi
espi
ritu
rituai
ais,
s, pomo-n
pomo-nos os num
num caminho
caminho queque nos leva além além das nossas
limitações para para esta
estadodos
s de atenção
atenção pura cada cada vez
vez mais
mais ele elevado
vados.s.
Nós nos
nos torna mo s maise aise mais
mais despert
despertos os para
para a nossa verdadverdadeireira
a
natu
naturerezaza,, até
até que,
que, ao final, nada exist existee entre
entre nós e nossa expe expe
riênci
riência a da iluminação.
Osensinamentosdo
ensinamentosdo caminho da iluminaçãotêm sidotrans sidotrans
mitid
mitidosos de mest mestrre a alunaluno
o em uma linhag hagem ininterr
ininterrupta
upta que,
no passad sado, cheg hega até
até o pró prio Buda
Buda. . O Buda
Buda ensinou,
ensinou, eaque
aque
les para
para quem ensino ensinou,u, por sua vezvez, ensi
ensinanara
ram
m outras pessoas.
Esta é a tradi tradição
ção viva que mantmantém ém o cami caminhnhoo da ilumi
ilumina
naçãção.
o.
Aqueles
Aquele s que passa passam mos
os ensina
ens iname
mentontos
s o fazem p o r inte
in term
rm é d io da
comp
compre reen
ensãsãoo dos
dos ensin
ensiname
amentntos
os do Buda
Buda em si mesmo esmos, s, e, por
tanto, transmitem não não apenas os textos e seus signif significa
icados
dos ver
dadei
dadeiro ros,com
s,com o também a efetivaexperiênc
efetivaexperiência ia da iluminação.
147
14 7
Os mestres da linha linhage
gem,
m, trabalhando
trabalhando em níve níveisis intern
internos,
os,
pode
podemm transm itir
itir a linha
linhagem
gem da ilumin
iluminaçã
açãoo dire
direta
tamen
mente te — sem
sem
palav
palavra
ras
s ou conceitos,
conceit os, sem
sem mesmo o uso
usodeex
deexprpres
essõ
sõeses ou gesto
gestos
s
simbólicos
simbólicos. . Todavia,
Todavia, nãonão é fácil receber
receber esta tran transm
smisissã
são;o; nossa
mente
mente conceituai, nosso ego ego que julga
julga e interpreta toda
toda a nossa
experiênc
experiência,ia, se põem
põem no meio do caminho.
caminh o.
Naquilo que
que geralmente
geralmente chamamosde
chamamosde ensi ensinono,
, o aprendiza
do é uma ques questãtãoo de filtra r pala
palav vras e sign
signif
ific
icad
ados
os através da
nossa compr
compree eens
nsão
ão conceituai.
conce ituai. Mas, nos nos ensi
ensina
namemento
ntos s do cam i
nho,
nho, como
como cada pala palav vra é uma
uma porta diredireta
ta para a ilumiiluminaç
nação,
ão,
pre
precisam
isamo os compr
compreeneenderder os signi
signifi
ficad
cados
os inte
intern
rnos
os,
, por
por meio
meio da
nossa exper
experiên
iênci
cia
a direta.
direta. Quando nossos coraçõ raçõeses e mentmenteses se
abre
abrem
m para estes tes significados
significados mais
mais profundo s, um mest mestre re pode,
então,
então, nos ajudar a transcender as limitaçõesque
limitaçõesque a nossa mente
conceituai
conceitua i impõe à nossa compreensão.
MM
me e fluente.
fluente. Gradualmen
Gradualmente,
te, tornamo-
tornamo-nos
nos cien
cienttes da nossa na
ture
tureza
za interior e aprofundamos
aprofundamos nossa auto
autocom
comprpreen
eensã
são,
o, nossa
forç
força
a interior.
No entanto,
entanto, os ensiensinam
namenenttos nemnem sempre vèm em formas formas
agra
agradá
dáv veis
eis para
para nós
nós ou nossos egos. Um mest mestre re compass
compassiv ivo,
o, ao
reve
revelalar
r nossa nature
natureza
za inte rior à nossa atenatençã
çãoo consc
conscieient
nte,
e, ta m
bém
bém trazà tona qualidades
qualidades que
que nãogost
nãogostamo amosde
sde a dm itiremnó
itiremnós s.
Podem
Podemos os nosnos livra r delas
delas depois queas
queas vemo
vemos, s, mas estas tasq ua lida
des podem ser tais que os nossos egos não não queiram renunciá-
renunciá-las.
las.
E noss
nossosos egos, qua ndo se sentem
sentem ameaameaça çado
dos
s deperda,
perda, podem fa
zer com
com queque duvidemos
duvidemos dosdos ensi
ensinanamementntos
os e do mest mestrre; pode
podemm
mesm
esmo nos leva levar
r a crer
crer que,
que, se não gost gostam
amosos de um certocerto ensi
ensi
namento, certamente elede eledevve esta
estarr errado.
errado. Nesse mo me nto, po
demo
demos s nos sentir compelidosa romper com com o mest
mestre re,
, em vez de
romper com o nos nosso ego.
Mas romper
romper c om o mestre equi quiv ale
ale a rompe
romper r c om nossa
confi
confianç
ançaa em nós mesm esmos. Ao agir agir assim, chei heios de vont vontadades
es,
,
acei
aceittando
ando aqui aqui e rejei
rejeita
tando
ndo ali
ali, solapamo
pamos s o nosso próprio
próprio de
senvolvimento
senvolvimento e reforçamos apen apena as as nossas limitações.
limitações. Desse
modo
modo,, não só atraí atraímos
mos conf
onfusão
usão,, c omo
omo també
ambém m um profundo
profundo
sent
sentiiment
mento de cul culpa e fracasso que que torna
orna extre
extremame
mament nte
e d if í
ceis novos
novos progr
progres
essos
sos ao longo do caminho .
..Portanto,
..Portanto, confiança no mestr mestre e e no que ele repr repres
esent
enta
a é ne
cessário desde o início. início. Para que
que a linhagehagemm continu
continue e ininter
rupta,de
rupta,dev ve have
haverconfiança
rconfiança mútua, abertura,
abertura, honest
honestidaidadee
dee inte
grid
gridad
ade,e, como
como bases do caminho.
caminho. ComunComuniidade
dades s construí
construídas
das so
so
bre
bre estes alialicerc
cerces
es continuarão
continuarão a prosprospe pera
rar,
r, e o futuro da linha
gem
gem esta
estará
rá assegurado
assegurado..
Os ensina
ensinament
mentos
os que lev
levam à experi
experiênc
ência
ia direta
direta são as pe
dras
dras de toque dos está
estági
gios
os do nosso cresci
crescimento
mento.. Porfim
Porfim , desco
desco
brimosqueos ensinamentose a nossa própria experiência
experiência da ilu
minação
minação se fun de m . Transcendemosa nossa natureza
natureza samssamsáráric
ica.
a.
Agora
Ag ora,
, vemos que
qu e toda
to da a natur
na turez
eza
a e toda
to da a exis
ex istê
tênc
ncia
ia já estão
iluminadas.
Quando
Quando nos tornamos
tornamos ilumina
iluminados,
dos, passamos a fazer fazer part
parto
o
da iinh
iinhage
agem,
m, e com partilhamos do mesmo esmo conhecimento
conhecimento e com
preensão vivos do Buda. Este é o fio da iluminação. Nós então
levamos isto adiante em nossa próp ria compreensão, em nosso
trabalho no mundo.
Depois dessa experiência, não permanecem quaisquerques-
tões ou dúvidas: nós temos compreensão da linhagem ininter-
rupta. A inspiração desta antiga linhagem de iluminação vive
dentro de nós, e nósnosabrimos para a natureza iluminada que
é inerenteà toda a existência.
INDICE REMISSIVO
A b e r t u r a , 56, 60, 70, 96, 108, 111, Basedo ser, 95 segs.
1 1 6 , 1 20 , 1 3 7 , 1 4 3, 1 45 Bodhisattva,23
A ç ã o c o r r e t a , 2 3 Buda. 22, 23, 26. 96, 133, 138 segs.,
A g a r r a r . 5 4 , 6 6 , 7 1, 1 2 6 145, 147, 150
e a u t o - im a g e m , 2 9 Budismo, 14, 16, 25. 43, 69, 113, 132
e p e n s a m e n t o s e i m ag e ns , 4 3
A n s ie d a d e , 4 7 , 71 segs.
A p e g o , 5 1 , 6 3 , 7 0 , 1 0 4 , 1 0 6 Caminho, 43,60, 147, 148
A t e n ç ã o ( p u r a ) , ( p le n a ) , 19, 4 4 , 5 1 , 5 5 , Caminhodo meio, 59, 70, 133
5 8 . 6 3 . 6 7 , 6 8 , 7 8 , 1 08 , 1 09 , 1 10 , Caminho espirituai, 60, 70, 103, 113,
114
1 1 3 s eg s. , 1 4 0
Carma, 21, 22, 33, 35, 41, 81, 128
c o m o b as e d o s er , 9 5
Chod, 38-40
comoenergia.21
Ciúme, 144
c o m o e x p e ri ê n c i a p o s it iv a e n eg a
Compaixão, 15, 62, 69, 136, 137, 142
tiva,30
segs.
d e n t r o d os p e ns a m e n t os , 1 0 0, 1 08 - Comunicação, 20, 54, 55, 69, 85, 143
109 dossentidos,55
d i s c r i m i n a d o r a , 1 10 Compreensão experiencial, 53, 57, 60,
nameditação,63 78. 79, 101, 107, 117, 147, 148
na v is u ali za ç ão d o l ót us d o s o nh o , Conceitos, 76, 78, 91, 95, 104, 111,
92-4
113, 114, 122, 127
Concentração, 101-03, 107, 108, 111,
samsárica, 1 18-19
115,116
A t i s h a , 8 2
Confiança, 135, 136, 149
A t i t u d e , 4 6 - 7 , 5 6 , 6 0
Consciência, 27, 30, 38, 41, 48, 51.
A t r a ç ã o , 71
61-3, 66, 67, 78, 81, 82, 91, 93 5.
A u t o c o n f i a n ç a , 5 4 , 1 4 8 108, 122, 126. 128
A u t o - i m a g e m , 2 7 se gs ., 3 4 , 8 1 , 8 3 , 1 0 0 , níveisda,89, 108
14 7 pura, 117, 139
A u t o - s u f i c i é n c i a , 5 3 , 5 8 Criatividade, 29, 69 ,89
Demónios,38-40 Hinayana, 14
Devoção, 103, 135, 136, 137 Honestidade. 32 segs., 58
Dharma, 26, 44, 114, 132, 133 segs.,
138 segs.
Dor,28.41,45,61,66-67 Ilum ina ção. 69, 8 9, 117, 132, 134,
Dualismo, 117, 119, 121, 126, 127 135, 136, 138. 139. 147 segs.
desejopela.24
Ilusão, 37, 76 segs., 88, 107, 129
Ego, 23, 34, 46, 48, 64, 66, 83, 84, Impermanéncia. 22, 42 Wer também
102, 120, 121, 132, 139, 148, 149 Transitoriedade)
Emoções, 40, 59 segs.,84 , 117 Integração,56, 57, 118, 128
como energia,60 segs.,64
comomanifestaçãodoego,64
Jigmay Lingpa. 136
lidandocomas,64-5
transmudando as, 21, 28, 29, 30,
33. 34, 59 segs., 82. 116-17,
Lembranças, 48, 52 segs.
136
Linhagem. 147 segs.
Energia, 21, 28,29,35, 36,42,5 1,5 6,
Ludismo,41,63
57, 59, 61. 68. 69. 73, 84,93. 122
comomedo,36-7,62
Ensinamentos Nyingma, 11, 13, 14 Mahayana. 14,24
Eq uilíbrio interior,54,57, 69,94
Esforço, 45, 46,52, 62, 101, 102
Espaço,56,93, 111, 122, 127 Meditação, 42,43 segs.,63.65, 66,84,
como nível básico, 96 86. 100 segs., 114, 115. 116, 123,
da meditação, 101 129, 140. 146
Existência humana (importância da), ansiedadena, 72-3
41,42 atençãopura na, 114, 146
Experiência, 29. 55, 84, 95, 96. 97, desejo de experiências na, 48, 72,
106, 125, 126 120
caráter imediato da, 19 segs., 71, experiencial. 19 segs., 127, 128
78, 1 14, 117, 149 exploraçãodos sentioos na. 56
níveisda,97, 114 natureza dam entee, 14
positiva e negativa, 30, 59, 60, 67 níveisda.96, 97, 106
realidadeda.85-6 penetrando o medo na. 34, 37. 38
Experiênciamística,93 pensamentos na, 106 segs., 110
relaxamento e, 43 segs., 53, 102
tempoem relaçãoà. 47 .48
Fantasia.28 terrenoda,96
Fascinação, 71 segs. transformação de emoções negati
Filosofia, 25, 85, 104, 105, 113, 114 vasna, 60 segs., 65
Força. 145, 146 transitoriedadee. 78
da energia, 61 Meao, 34-5, 36 segs., 53. 61, 62, 67,
Frustração, 23, 26, 28-9, 32, 52, 62. 78,8 8.89 , 121
132 comocriação da mente. 36, 37
152
Ment e. 14, 2 4. 5 6, 6 2 , 7 2. 77, 8 5, 9 5 , Religião, 103
96. 106, 108, 121, 126, 153 Renúncia,24
meditação e a, 84. 114 Respiração,56, 116
natureza da, 14 Rotulação (da experiência), 37,41, 60.
padrões da. 51 80-1, 120
Mestres. 41, 103. 134, 147 segs.
Morte, 22, 40-2.89
Sangh a, 133 segs.
Mudança, 29, 32 segs., 41, 44, 76 (ver
Samsa ra. 2 1, 2 2, 2 5 , 8 9, 9 0 , 9 6 . 115.
:3mhóm impermanència)
128,129,139
Saúde,44
N agarjuna. 129. 135 efeito da mente sobrea, 14
Negatividades. 53, 59, 144 Sentidos, 19,54 segs., 71 ,9 6
tran sfor maç ão. 60 segs., 69 camadasdos,55
N ir va na . 2 1 , 9 0 . 9 6 , 1 28 , 129 Sentimentos. 37, 52, 53, 54 segs., 61,
71,92.143
Sentimentos positivos,56, 145
O ri en ta çã o s u je i to - ob j et o, 2 7, 36 . 3 7, S e r , 9 5 . 9 6 . 1 23 , 1 24 , 140
46. 116, 118. 120, 140. 145 Significados, 68. 113 segs.
Sistemas de ccnviccões, 78
Sociedade, 20, 26
Paciência, 20, 21, 62 S o f ri m e nt o , 2 4, 2 5, 29, 61 segs., 8 6,
Padrões. 32 segs., 51 segs., 60, 73, 126 89, 117
Wer tombem Carma) Sonhos,40,59,80segs.,93
do medo,37 atenção plena nos. 92 segs.
rompendo os.33 -4, 73 c om o e x em p lo da t ra n si to ri ed a de ,
Pe ns ame nt os . 37 . 6 1 , 6 2 , 7 2. 7 3, 8 4 , 77
92. 104, 106 segs.. 121 segs., 126 usodos, na exoloração da realidade.
atenção pura e, 100, 101 80 segs.
espaço entre, 108 segs., 122 segs., visualização nos,92 segs.
128
natureza dos. 107
o observador e, 121 segs. T em po , 20, 24, 4 6-4 8. 62, 9 3, 122.
Poder, 134, 135 126,127
Prazeres,54, 55,71, 132, 134 Tensão,14
Presença mental, 20. 4 7 ,5 6 , 119 Tibete.82
meditação e, 19 Transitoriedade. 24,40. 77
T a r t h a n g T u l k u
ISBN 85-316-0163-0