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Após mais uma luta, gregos e troianos estão cansados, desorientados e desanimados e
voltam para suas bases – uns, para o acampamento; os outros, para a cidade. Depois da morte
de Heitor e Aquiles, os dois lados estão num impasse.
No lado grego, a exaustão faz-se sentir amargamente. São dez anos desde que deixaram a pátria para reaver
Helena, mas, apesar de todas as mortes e sofrimentos, Troia continua inconquistável. Esquecendo o antigo
entusiasmo, os mais cansados já falam em voltar para casa. É mais que hora de fazer alguma coisa, e, se a força
não consegue derrotar Príamo, talvez a astúcia seja a solução.
Pelo menos, essa é a convicção de Ulisses. Pacientemente, ele arquiteta um plano e, debaixo do maior segredo,
o propõe ao rei Agamenon. Este ouve-o com atenção, dá alguns palpites e resolve aceitar a proposta de Ulisses.
Algum tempo mais tarde, enquanto todos os gregos dormem, um homem esgueira-se entre as tendas e escapa
da vigilância das sentinelas. Muito ferido, deixa o acampamento e, mancando, dirigi-se a Troia. Ao chegar às portas
da cidade, faz tanta algazarra que os vigias, apesar de desconfiados, acabam abrindo-as. O desconhecido conta
sua história:
- Eu me chamo Sínon e era prisioneiro dos gregos. O esperto Ulisses e Agamenon reduziram-me ao lamentável
estado em que me encontro. Mas consegui fugir e suplico que me deem asilo.
O homem é levado a Príamo, o qual, após ouvi-lo, resolve oferecer-lhe a hospitalidade e os cuidados que
necessita. O velho e sábio soberano de Troia nem desconfia de que Sínon, primo de Ulisses, é um espião e está ali
para destruir a cidade.
De manhã, do alto das muralhas, os habitantes de Troia descobrem um espetáculo assombroso: as tendas e os
navios gregos desapareceram. Até onde a vista alcança, não há mais nenhum vestígio da presença dos gregos. No
entanto, diante da maior porta da cidade ergue-se um imenso cavalo de madeira. Que significa uma coisa dessas?
Mandam buscar Sínon, na esperança de que ele possa explicar aquela situação esquisita. O espião engana-os
dizendo que os gregos, cansados de lutar inutilmente, voltaram a sua terra. O cavalo seria apenas um meio de
tentar garantir sua segurança durante a viagem marítima – enquanto ele ficar fora da cidade, os gregos serão
poupados pelas tempestades. Se, porém, o cavalo entrar em Troia, toda a frota grega naufragará.
Os troianos dão gritos de alegria. Vão enfim poder vingar-se daqueles que os fizeram sofrer durante dez anos.
Abrem os pesados portões e apressam-se em trazer para dentro o cavalo.
Cassandra, filha de Príamo, tem o dom de ver o futuro. Ela prediz que, se os troianos pegarem o cavalo, então
as piores catástrofes lhes ocorrerão. Mas suas advertências são motivo de descrédito e de zombaria.
Os troianos começam a trabalhar, uns empurrando e outros puxando o animal. Ao fim de muito esforço, o
colossal cavalo chega ao centro da cidade, diante do templo de Atenas.
Quando a noite chega, os súditos de Príamo, serenos, vão dormir. Enquanto descansam, abre-se no ventre do
cavalo um alçapão, habilmente escondido. Do corpo oco do bicho saem uns dez guerreiros. Acompanhados de
Sínon, vão à entrada de Troia, livram-se das sentinelas e abrem as portas. Armados da cabeça aos pés, os gregos
entram na cidade. O plano de Ulisses é um sucesso: a partida dos gregos era uma farsa, e os navios voltaram com
a escuridão.
Os gregos lançam-se sobre os adormecidos troianos. É uma carnificina. O velho Príamo e seus filhos são
passados pelo fio da espada. Resistir é impossível, pois os troianos nem ao menos conseguem reunir-se para
enfrentar o inimigo.
No palácio de Príamo, o príncipe Eneias cai da cama, Acaba de ter um pesadelo enviado por sua mãe, a deusa
Afrodite. Ainda mal desperto, dirigi-se ao terraço, onde vê que o sonho era realidade: um gigantesco incêndio
devasta Troia.
Recuperando o sangue frio, Eneias reúne alguns troianos apavorados> Segura pela mão o filho, Ascânio, e
carrega nas costas Anquises, seu velho pai. Evitando os lugares onde há lutas, o pequeno grupo consegue fugir,
escapando da morte.
Enquanto isso, os gregos tornam-se senhores de Troia e não deixam vivo um só homem. As mulheres e as
crianças passam a ser escravas dos vencedores. Quando amanhece, a cidade, antes tão orgulhosa, está reduzida
a um monte de cinzas e escombros.
No meio de toda essa desolação, um homem está no auge da felicidade: Menelau. Finalmente recuperou
Helena! Ela, a causadora de todo esse horror, entra no navio do marido sem nem ao menos lançar um olhar para
as troianas em lágrimas, sem nem pensar em Páris.
O antigo pastor do monte Ida, que salvou a vida do pequeno Páris, sem querer acabou cumprindo a profecia:
causou a completa destruição de Troia.
Instruções:
1º) Não escreva e nem rasure esta folha. Ao final, devolva-a ao professor;
2) Os fatos que você copiou formam o enredo do texto. Eles são vividos por personagens, em
determinado lugar e tempo. O texto que apresenta esses elementos é um texto narrativo.
a) Copie o quadro a seguir no caderno e complete-o com os nomes dos personagens listados abaixo.
Na primeira coluna, coloque o nome dos gregos e, na segunda, os dos troianos.
Tabela:
GREGOS TROIANOS