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Luciana Raimunda De Lana Costa

Andreia Neves De Souza


Organização
As organizadoras declaram que a autoria, as ideias expos-
tas bem como o ineditismo dos textos são de inteira respon-
sabilidade de seus autores e/ou responsáveis.
Leituras, autorias e re-
leituras ao entardecer

LUCIANA RAIMUNDA DE LANA COSTA


ANDREIA NEVES DE SOUZA
(Organizadoras)

1ª EDIÇÃO
Novembro de 2022
APRESENTAÇÃO..........................................11

DEPOIS .......................................................... 16
Amanda Reverdito Geminiano
VOANDO A CAMINHO DA ETERNA
FELICIDADE................................................... 18
Ana Clara Lana Costa
VOU VOANDO ................................................ 19
Kauany Vitória Mondini da Silva
PENSAR, POR QUE NÃO IMAGINAR!? ........ 21
Ana Vitória Neves Souza
NO FUNDO DO POÇO ................................... 22
Emily Raquel Duarte Oliveira
AS MARCAS DA CULTURA .......................... 26
Ana Vitória Neves Souza
DESABAFO .................................................... 27
Ana Clara Lana Costa
VERGONHA DE SER GENTE! ....................... 28
Amanda Reverdito Geminiano
ÁGUA SEM MALES ....................................... 30
Kauany Vitória Mondini da Silva
NO MEU LUGAR ............................................ 32
Emily Raquel Duarte Oliveira
MEU IKUIAPÁ ................................................ 33
Ailla Odorizzi da Costa Teixeira
NOSSO LAÇO ................................................ 35
Alliny Dutra Ricardo
A GUERRA ENTRE A BELEZA E O
CONHECIMENTO ........................................... 36
Ana Karoline de Oliveira
REVOLUÇÃO ................................................. 39
Ana Luiza Gomes Stofell
EXAUSTÃO NÃO TEMPORÁRIA................... 40
Ana Luiza Gomes Stofell
O CORVO E O DRAGÃO ............................... 41
Bruna Gabrieli da Silva Almeida
MINHAS PAIXÕES ......................................... 42
Bruna Soares Alves
GAVIÃO E O PÁSSARO ................................ 43
Camila Arruda
CONSTANTE MUDANÇA! ............................. 45
Cauane Gabriele Miranda Santos
TAMANHA PRESSÃO, SAIA DAQUI! ............ 46
Cauane Gabriele Miranda Santos ..................... 46
NEM EU E VOCÊ ............................................ 47
Cauane Gabriele Miranda Santos
A RAPOSA E O PÁSSARO ............................ 48
Cibele Cristina Nobre Teixeira
A HERANÇA................................................... 49
Clara Gabriely Ramos da Silva
O ACORDO NÃO CUMPRIDO ....................... 50
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi
AS DIVERSAS FACES DO AMOR ................. 51
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi
DIFERENTES VISÕES PARA A VIDA ........... 52
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi
ENSINO MÉDIO .............................................. 53
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi
OS TRÊS PORQUINHOS ............................... 54
Eduardo Oliveira Souza
O LABIRINTO DO MEU CORAÇÃO............... 57
Emanuele Cristina Pereira Fernandes
ELE NÃO DEVERIA PASSAR ........................ 58
Emanuele Cristina Pereira Fernandes
EU NO LABIRINTO ........................................ 59
Francieli Teixeira Simão
OBRIGADA..................................................... 60
Gaby De Souza
OS LÍRIOS QUE VOCÊ PINTOU .................... 61
Gaby De Souza
EU ODEIO O TEMPO ..................................... 62
Gleicy Kemilly Castro Cardoso
TRATO FEITO ................................................ 63
Hiago Marrone Ferreira Souza
SOPRO ........................................................... 64
Hiago Marrone Ferreira Souza
UM AMOR, ÓDIO............................................ 65
João Paulo Gomes Colla
CAMINHOS ALTERNADOS ........................... 68
João Victor Piovezam
O GATO E O RATO ........................................ 69
Jonatan Orniesk Ramos
A VIDA VALE A PENA? ................................. 70
Jorge Augusto Ferreira Moura
VALE .............................................................. 71
Julio Cesar de Oliveira Vieira
SONHOS E PESADELOS .............................. 73
Julio Cesar de Oliveira Vieira
A ARMA DA VIDA É O TEMPO...................... 75
Kamilla Gabrielly Netto de Souza
FLOR E CHUVA ............................................. 77
Kelly Geovana Gomes Pereira
QUALQUER COISA OU NENHUMA .............. 78
Kelly Geovana Gomes Pereira
O AMOR ......................................................... 79
Kemely Neves Monteiro
TRISTEZA DE UMA MULHER........................ 80
Lorena Souza Joansen
NO AVESSO DAS PALPEBRAS .................... 81
Luana Jota Da silva
A FRIGIDEIRA E A TAMPA ........................... 82
Lucas Gabriel Matos Gondim
AJUDE-ME ..................................................... 84
Maria Eduarda Soares Borges
O QUE SOU?.................................................. 85
Maria Eduarda Soares Borges
MEDO ............................................................. 86
Maria Eduarda Soares Borges
SAUDADE ...................................................... 87
Maria Eduarda Soares Borges
FLOR DO JARDIM ......................................... 88
Marianny Gonçalves Moreira
VOCÊ .............................................................. 89
Mateus Soares da Silva
TUDO O QUE SINTO! .................................... 91
Mateus Soares da Silva
PAIXÃO NA ADOLESCÊNCIA ....................... 93
Mateus Soares da Silva
IGUALDADE ................................................... 96
Mônica Alessandra Ganzardi
FELICIDADE................................................... 97
Mônica Alessandra Ganzardi
UM DIA FELIZ ................................................ 98
Mônica Alessandra Ganzardi
EM UM LUGAR MELHOR ............................ 100
Mônica Alessandra Ganzardi
VIDA SECRETA ........................................... 101
Mônica Alessandra Ganzardi
RUMO CERTO .............................................. 102
Mônica Alessandra Ganzardi
O MAL E O SOFRIMENTO, PARTE II .......... 103
Mônica Alessandra Ganzardi
MEU BEM ..................................................... 104
Mônica Alessandra Ganzardi
A PRINCESA E O PLEBEU .......................... 105
Mônica Alessandra Ganzardi
POESIA ........................................................ 108
Pedro Wagner Moreira Nobre
LABIRINTO DA VIDA ................................... 109
Pedro Wagner Moreira Nobre
O CRAVO E A ROSA ................................... 110
Rebeca Geovania dos Santos
O PÁSSARO E A FORMIGA ........................ 111
Samara dos Anjos
PROFESSOR................................................ 113
Tais Costa Gosliski
SER JOVEM ................................................. 114
Tais Costa Gosliski
NEM EU ........................................................ 115
Thafnnes Pires Ramos de Souza
SAIA DAQUI ................................................. 116
Thafnnes Pires Ramos de Souza
INSIGNIFICÂNCIA ........................................ 117
Thafnnes Pires Ramos de Souza
VIDA, DOCE MORTE ................................... 118
Thafnnes Pires Ramos de Souza
ODEIO O TEMPO ......................................... 120
Thafnnes Pires Ramos de Souza
MEU PÉ ........................................................ 122
Thafnnes Pires Ramos de Souza
APAIXONAR-SE ........................................... 124
Vitória Sara da Silva Santos
SENTIMENTOS ............................................ 125
Vitória Sara da Silva Santos

POESIA ........................................................ 127


Ademir Soares
VOZES DE UM POVO .................................. 129
Adielson Gonçalves de Lima
AMOR QUE SE DIVIDE ................................ 131
Andreia Neves de Souza
A DONZELA E O FORASTEIRO .................. 132
Evelyn Claire Santos da Silva
A HISTORINHA DOS ANIMAIS .................... 136
Frederico Trindade Teófilo
A MOCHILA DE UM VIAJANTE ................... 138
Rosane Pontes Silva
11
12
13
14
15
Amanda Reverdito Geminiano

O vento forte batia em minha pele, me


deixando com frio. Ao nosso redor, o céu
azul nos abraçava e, de vez em quando, pas-
sávamos por uma nuvem ou outra, e ao con-
trário do que eu pensava, não tinha gosto de
algodão doce.
Observei as grandes árvores abaixo de
nós, ainda não havíamos chegado na civili-
zação, o que era perceptível pela vasta mata
que nos acercava.
Quando nos aproximávamos do solo,
era possível ver vários animais. Macaco-
prego pulando de árvore em árvore com o fi-
lhote grudado nas costas, capivara pastando,
flamingo com sua plumagem rosa posando
pros peixes do lago e o tuiuiú com sua gola
vermelha fazendo sei lá o que no corgo.
Quando tivesse chance perguntaria a Amis.
Ela não queria ir para casa. Queria mo-
rar no sítio com Amis e Adriel para sempre.
Mas não podia. Estava com saudade dos pais
e tinha certeza que eles também.

16
Então quando avistaram a cidade de
longe, ela deu a mão para Adriel, que apertou
em resposta e desceram juntos de volta para
casa.

17
Ana Clara Lana Costa

Estou feliz
Me sinto realizado
Consigo sentir a brisa batendo em meu rosto
Quem diria que um dia eu voaria
Os adultos com certeza não acreditariam.
Estou voltando para o meu lar
Sinto que tudo está certo
Com Ade ao meu lado tudo estava bem
Não havia dúvidas de que isso era o correto.
Via debaixo de meus pés árvores lindas
Me sentia em paz
Planando sobre as nuvens
Ade parecia se divertir
E eu estava feliz.
Nosso lar estava logo ali
Já era noite
As luzes da cidade estavam ligadas
Ade estava ansiosa
E eu queria muito ir para a minha eterna fe-
licidade.

18
Kauany Vitória Mondini da Silva

Quem diria que eu pudesse voar?


Que eu alcançaria as nuvens tão cedo?
E ainda por cima, sem estar em um avião
Com as minhas próprias asas
Consegui tirar os pés do chão.

Vou voando a mundos que eu nem mesma


conhecia
Vagando em um mundo de imaginação
Ade me fez sonhar
Amis me fez ver e realizar.

As nuvens são fofinhas, como já vimos em


desenhos
Aqui de cima tudo é pequenininho
Somente a mata imensa não diminui
Consigo ver de perto o céu azulzinho, azul-
zinho!

Aqui do alto, mostrei para Adriel


Tudo aquilo que tinha visto com Amis
Ficou sem acreditar
Na imensidade desse lugar
E o que nele poderíamos encontrar.

19
Eu gostaria de ter mais tempo
Desfrutar e conhecer um pouco de tudo
Eu ainda tenho perguntas para Amis
Mas infelizmente, é hora de partir!
A saudade de casa se manifestou
Ao se despedir, Amis chorou
Indagando quando voltarei
Um abraço nele dei.

Com a certeza que voltaria


Plainei.
Junto com Adriel, de mãos dadas voltarei
Deste paraíso incerto, saudade sentirei.

20
Ana Vitória Neves Souza

21
Emily Raquel Duarte Oliveira

A declaração
Havia uma garota que vivia sofrendo
bullying, seu nome era Alice. Ela só tinha
uma amiga seu nome era Taís. Elas ficavam
juntas o tempo inteiro.
Alice gostava de um menino chamado
Pedro. Um dia Alice queria falar isso a ele
então pediu ajuda a sua melhor amiga. Taís
disse:
— Finalmente você vai falar pra ele?? —
Perguntou Taís. Então Alice respondeu:
— Sim, eu já não aguento mais ficar com
isso no meu peito! Eu quero dizer o
quanto amo ele, mas não sei como. Você
pode me ajudar??— Perguntou para sua
amiga. Então Taís respondeu:
— Claro que posso! Olha você vai falar as-
sim: 541. — Disse Taís. Alice perguntou:
— O quê? Por que tenho que dizer isso a ele,
não sei o que significa? — Sua amiga en-
tão respondeu:
— Esse é o número do amor.
Então, no outro dia Alice foi falar com Pe-
dro.
22
— Oi, Pedro! Quero te falar uma coisa! —
Pedro então disse:
— Oi, Alice! Pode falar.
— 541! — Disse Alice e saiu correndo. Pe-
dro foi falar com seus amigos:
— Gente, a Alice disse que me ama, mas eu
não gosto dela ele é muito feia.
Alice escutou isso e foi correndo falar
para sua amiga.
No fundo do poço

Depois de alguns dias Alice não falava


nem com sua amiga. Alice estava muito
triste, estava no fundo do poço. Nas aula não
fazia nada, só ficava dormindo, pois chorara
durante toda a noite. Não conseguia dormir
com o desprezo do seu amado.
No outro dia Alice não foi a escola fi-
cou em casa, sua amiga estava preocupada,
pois ela não faltava às aulas.
Então, Taís foi na casa de sua amiga.
Tocou a campainha e a mãe de Alice aten-
deu:
— Taís, você não deveria estar na escola?
— Sim, eu deveria, mas estou preocupada
com Alice. Ela esta aí?

23
— Está sim, por quê?
— Preciso falar com ela.
— Vai ser difícil, pois ela está com a porta
trancada.
— Vou tentar. Quem sabe ela não abre a
porta.
Então, Taís foi falar com sua amiga.
— Alice, abre a porta quero falar com você .
Então, Alice abriu a porta. Porém, não
disse nada.
— Não vou deixar você no fundo do poço.
Então veio várias memorias das duas
juntas então Taís trouxe sua amiga de volta.
— Obrigada, Taís, você é a melhor. Amo
você!
— Não iria deixar minha amiga no fundo do
poço. Também te amo.

24
25
Ana Vitória Neves Souza

Em meio à paisagem
estou sempre a admirar
A cultura da minha região
que aos quatro cantos
quero mostrar.

Cultura que passa


de geração em geração
Pelos mais jovens os mitos
são desconhecidos

E os mais velhos adoram relembrar


Que na luz de lamparinas
Amavam ouvir seus pais
e avós as histórias contar.

Minhocão do Pari
e outros folclores de Cuiabá

Acompanhados de tantas celebridades


Que só posso me orgulhar
Orgulho de ser mato-grossense

E com a grande serpente


poder viajar,
pelas bacias do Rio Cuiabá.

26
Ana Clara Lana Costa

Estou poluído
Desagrado é o que corre por mim
Lixo e violência são descontados em meu ser
Eu odeio estar assim

Plásticos e vidros correm por minhas águas


Fico triste ao ver as ações da humanidade
A cada dia que passa fico mais doente
Não gosto de tal desrespeito

Meus filhos lutam pela própria sobrevivência


Sinto peixes- pacu darem seus últimos suspiros
É doloroso.
A pescaria irresponsável deles me deixa
com raiva.

Há anos espero salvadores


Belas almas que queiram a natureza bem
A queiram intacta e saudável sem nenhum
hematoma

Assim surgiu e estou feliz


Juntos tenho fé que vão conseguir
São poucos, mas vão levar a natureza sua
glória há muito tempo tomada de si.

27
Amanda Reverdito Geminiano

Respirei o ar puro das montanhas,


como era bom! O vento batia em meu rosto
e pescoço, refrescando ali onde o suor mo-
lhava. Não dava pra brincar mesmo com o
calor de Cuiabá.
Olhei para o chão abaixo do monte. De
lá era possível ver pessoas pequenininhas,
como formigas em volta de formigueiro, só
que dessa vez estavam em volta do rio, e adi-
vinha o que estavam fazendo? Bagunça!
Como era de se esperar dessa gente.
Esse povo é difícil mesmo, onde já se
viu fazer um negócio desses logo com o lu-
gar em que moravam e precisam para sobre-
viver?! Nunca entendi.
De onde venho e falo, meu povo res-
peita a terra, os rios, os animais, as flores-
tas... Até as plantas!
Sabemos que se não cuidar direito não
teríamos onde viver. Aqueles frescores gos-
tosos pela manhã que as árvores nos propor-
cionam, a água boa onde a gente banha de-
pois de um dia cansativo. Nem se fala da fo-
lha de bananeira que cobre a gente para des-
cansar nos dias que o sol torra na cabeça.
Tudo isso dado por ela - a natureza – e, essa

28
gente ainda joga lixo, queima e mata a flo-
resta?! Fico indignado!
Às vezes sinto vergonha de ser gente!

29
Kauany Vitória Mondini da Silva

A cidade era tão limpinha, sua beleza


natural era do nível de ficar “de boca aberta”.
Uma mata enorme. Rios, lagos, uma água
que se enxergava tudo, até os possíveis pei-
xes que poderiam morar ali. Montanhas al-
tas, que de longe eram tão pequeninas, um
céu azulzinho e quando ficava escuro, meu
maior desafio era tentar contar o máximo de
estrelas até pegar no sono.
Minha avó tinha costume de contar
lendas e mitos para os meus irmãos, mas
nunca dei nem trela, parecia tão bobo,
VOTE!
Até que um dia ela veio com um tal de
“Minhocão do Pari”, resolvi parar e ouvir o
que aquilo tinha de interessante. Vovó come-
çou dizendo que ele morava na divisa do rio
Pari com o rio Cuiabá, disse que o minhocão
era um defensor de seu lar e seu objetivo
agora era encontrar uma tal de “água sem
males”, eu já estava achando aquilo tudo
uma tremenda perca de tempo, então me re-
tirei.
Pela manhã do dia seguinte fui passear
com meus tios, que foram pescar no encontro
das águas dos rios Pari e Cuiabá. Aquilo já
estava entediante, até que retirei um pacote
30
de balas que havia comprado no caminho, de
acordo com o que ia consumindo, ia jogando
os papéis no local mais próximo, ou seja, no
rio. De repente, surge uma espécie de cobra
do fundo do rio:
— Ei, não faça isso garota!
Dei um pulo para trás, não conseguia
acreditar que uma cobra tinha acabado de fa-
lar comigo. FALAR!?
Cheguei mais próximo à margem do
rio e aquilo desbarrancou, me levando para
dentro daquele rio sujo, fedido e de água ge-
lada. Aquela espécie de serpente surge e me
coloca em seu... Seu... Lombo? Eu nem sei
que nome dar para aquilo, mas me colocou
de volta em terra firme.
— Isso é consequência dos seus próprios
atos, continue jogando lixo em qualquer
lugar, poluindo os solos e os rios e verá
onde vamos parar. Ah! A propósito, me
chamo Minhocão do Pari.
Mesmo depois de minutos, ainda sem
entender, a única coisa que conseguia pensar
era em quem ia acreditar que aquele bicho
me salvou? E o pior, ele falou comigo!

31
Emily Raquel Duarte Oliveira

Nas margens de um rio


Se ouvia falar de
Um nome Ikuiapá.
Que o significado
não podia se imaginar.
Lugar de aventuras,
Que podíamos planejar.
Lugar de pescar e flechar.
Brincar e nadar.
Nome indígena,
Para travessuras aprontar.
Nem se podia falar,
Em Ikuiapá.
Logo imaginava as travessuras
Que passei por lá.

32
Ailla Odorizzi da Costa Teixeira

33
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NOSSO LAÇO
Alliny Dutra Ricardo

Hoje acordei
Com vontade de te ver
Quando te encontrei
Sabia o que ia acontecer
O meu coração bateu forte
E eu suspirei
Tentei negar, mas percebi que foi sorte
Eu te admirei
A cada dia que se passa
Sinto seu abraço
De quando te encontrei na praça
E se fez o nosso laço.

35
A GUERRA ENTRE A
BELEZA E O
CONHECIMENTO
Ana Karoline de Oliveira

Certo dia Bruna foi até a uma loja e viu


que tinha um concurso de miss internet, ficou
intrigada, mas foi embora, por um tempo fi-
cou pensando sobre o concurso, mas acabou
se inscrevendo para concorrer ao título de
"Miss Internet” que iria acontecer no mês de
abril. Ela então queria que sua amiga Julia
Paula participasse e lhe mandou uma mensa-
gem via whatsapp.
— Querida amiga, me inscrevi para um con-
curso de Miss Internet, e agora me veio a
dúvida, não sei ao certo o que irão avaliar
melhor, a beleza ou a informação. Estou
aflita, pois se eu me dedicar a cuidar da
minha beleza sei que isso levará horas e
horas em salões de beleza e acho que te-
nho grandes chances, afinal, sou razoá-
vel. Mas por outro lado não terei tempo
para navegar na rede para me atualizar
sobre os acontecimentos, mesmo porque,
imagino que uma Miss Internet deva es-
tar muito bem atualizada, né!?
Julia, amiga de Bruna respondeu:

36
— Querida Bruna, entendo seu desespero,
afinal é uma escolha difícil: ser linda ou
inteligente. Eu apostaria tudo na beleza,
afinal mulheres belas sempre chamam
mais atenção por onde passam.
— Obrigado, Julia!
— Seguirei seu conselho.
Bruna passou dias em salões de beleza
e estética, alongamento de unha, alonga-
mento de cílios, sobrancelhas, depilação,
limpeza de pele, alisamento capilar, Botox
facial, e horas de academia todos os dias.
Bruna estava maravilhosa, radiante, uma be-
leza inexplicável, e o grande dia chegou.
Julia estava sentada nas primeiras ca-
deiras, queria ter uma visão privilegiada de
sua amiga, então o apresentador anuncia o
início do concurso. Tinha umas 10 garotas,
algumas lindíssimas e outras nem tanto.
— Bruna irá ganhar, é a mais bela!
O início foi o desfile para avaliarem a
beleza das participantes e em seguida um
jogo de perguntas e respostas referente a
nosso país e acontecimentos relevantes para
a sociedade atual. Julia não esperava que a
amiga fosse tão mal nessa etapa.
Chegou o momento final do concurso.
O apresentador anuncia:

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— Maria do Carmo, é a campeã!
Bruna ficou perplexa, afinal investiu
tanto dinheiro na beleza e nada em conheci-
mento. Hoje Bruna não é só linda como tam-
bém universitária e em alguns anos estará
formada.
Uma lição que levará para o resto da
vida.

38
REVOLUÇÃO
Ana Luiza Gomes Stofell

Às vezes nem eu sei descrever


como me sinto
Se é amor, raiva, tristeza,
mágoa ou tudo misturado
Minha mente é como
um universo particular.

Uma fábrica da era


da revolução industrial
Que não para de trabalhar nunca
Um turbilhão de pensamentos
desejos e ilusões

Deixarei então minha mente trabalhar


Para fugir da realidade que me amedronta
Encontrarei paz em um mundo distante
Esse que se encontra em mim.

39
EXAUSTÃO NÃO
TEMPORÁRIA
Ana Luiza Gomes Stofell

O homem escutava o tic-tac do relógio


Os sons das teclas e gotas de chuvas
que caem
Lá fora, acho que já deu sua hora
Sentia o cansaço
sobre os seus pés
Mas para onde iria,
se não tinha para onde voltar?
O que o resta é chorar!

Seus pés o levam para todos os lugares


Mas não para um lugar seguro
Onde possa esquecer do mundo
E parar de desejar não ter nascido
Assim vive sozinho,
em um mundo Sombrio
Sem alguém para fazê-lo sorrir

Acho que irá morrer


de desgosto pavor ou solidão
Essa é a vida de um homem
Que se esqueceu de viver,
se apaixonar, ver TV
Se divertir por causa de uma Fortuna
Que quando ele partir, ficará aqui.

40
O CORVO E O DRAGÃO
Bruna Gabrieli da Silva Almeida

Enquanto o pequeno dragão estava


brincando no Jardim do Palácio um grande
corvo apareceu e falou.
— Ei, Dragão! Eu lhe achei muito lindo,
não tenho amigo nenhum, quer ser meu
amigo?
O corvo então disse:
— Claro, isso vai ser bom para os dois.
Você poderá voar comigo e eu ficarei
invencível com você ao meu lado.
Assim foi. Os dois saíram voando e vo-
ando. Passaram por uma caverna, e o corvo
então disse:
— Entre ali, Dragão. Tenho inimigos nos
quais querem o meu mal os destrua.
E assim o Dragão fez. Ele entrou na ca-
verna chegando lá era tudo uma armação era
a própria família do corvo planejando matar
o Dragão.
Moral da história: Nunca confie demais
em alguém, nem todo mundo é seu amigo.

41
MINHAS PAIXÕES
Bruna Soares Alves

Você, meu amor e minha saudade


Meu frio na barriga, minha ingenuidade
Você é minha poesia mais linda e sincera
Você é a minha lembrança mais bela
A cada segundo do meu dia penso em ti
Quando poderei te ver
Ou quando terei que partir.

Me perdi nesses seus olhos castanhos


Me encontrei no seu abraço
Me sinto um verdadeiro estranho
Quando não estou em seus abraços
Meu Príncipe Encantado
dos cabelos cacheados
Você nem imagina o quanto sou apaixonada
Nesse seu cabelo enrolado.

Me ensinou várias formas distintas de amar


Me faz chegar ao céu sem sair do lugar
Me tocou com palavras e não com as mãos
Me fez ter memórias que ficarão
Em um cantinho bem profundo
do meu coração
Sem muito esforço me hipnotiza
Com esse teu sorriso que me contagia
Obrigada por apesar de tanta simplicidade
Me ensinar o que é amor de verdade.

42
GAVIÃO E O PÁSSARO
Camila Arruda

Em uma Floresta qualquer viviam nor-


malmente os animais nela.
O Gavião temido como sempre cora-
joso esbelto voando para caçar sua presa em
um dia qualquer...
Ele singelamente avistou um pássaro e
como a fome estava grande não teve muita
escolha então lá foi ele.
— Olá, pequeno passarinho, tudo bom?
Ele bem ingênuo, respondeu:
— Oi, oi!
— Como vai? Estou morrendo de fome,
você acredita? Você não teria algo para
eu comer?
— Não, não. — falou o passarinho.
— Eu estou morrendo de fome então não
terei escolha. — falou o Gavião voando
para cima.
O passarinho voou desesperadamente
para os galhos de baixo e o Gavião logo
atrás.

43
Acidentalmente o Gavião trombou nos
galhos e caiu tristemente se espinhando nos
galhos.
O passarinho mesmo com medo ficou
certamente, muito preocupado com o Gavião
e foi ajudá-lo.
— Você quer ajuda senhor Gavião? você se
machucou?
— Sim, poderia me ajudar prometo não te
comer.
O passarinho acreditando foi logo aju-
dar. Desamarrando a armadilha o Gavião
tentou o pegar novamente.
— Ooou, você está machucado e ainda quer
me comer, viu?! Não pode fazer isso eu
vou embora.
— Não, não, me desculpe. — falou arrepen-
dido.
E como o passarinho é muito empático
foi lá ajudar. Depois de desamarrar o Gavião
o Gavião ficou se coçando para não pegar o
passarinho, mas com muito custo ele foi em-
bora.
Moral: Aprendemos que sempre deve-
mos ser empáticos com o próximo até
mesmo com o nosso inimigo.

44
CONSTANTE MUDANÇA!
Cauane Gabriele Miranda Santos

O modo como as coisas mudam


é rápido.
É constante a mudança
O ser, a língua, a época...
As coisas mudam,
melhoram e pioram.

Tempos bons e ruins


Auge da mudança,
onde tudo se reina
Mas melhora, muda,
produz a evolução
Tempo bom e que não muda,
pois ficou no passado.
Foi a importância duradoura
que perdura em mim,
no meu ser e alma!

45
TAMANHA PRESSÃO
SAIA DAQUI!
Cauane Gabriele Miranda Santos

Vivemos em um mundo rodeado de proble-


mas
é o psicológico, é o físico, o ser em si.
Procurando solução em música,
roupas, emblemas...
Num estado deprimente,
nada contente em me ir.
Precisasse de ajuda, refúgio, salvação
Isso não faz bem para a alma
É a escuridão que se alastra
e não se acha jeito não.
Saia daqui, procure um jeito
e se salva.
Saia daqui pois esse parece
o jeito mais fácil.
As pessoas não querem argumentação
Só querem um caminho
para os seus passos.

46
NEM EU E VOCÊ
Cauane Gabriele Miranda Santos

Mal nascemos e já estamos presos


Tão frio e sozinho, fiquei!
Roubado e exportado eu fui
Lembrava- me apenas do teu cheiro.
Cheiro esse que senti quando ela me levou
Do Lari escuro e Sombrio, me libertei
E agora já não havia mais medo
Eu havia me tornado seguro.
Foi quando a buscavam também
Me senti sozinho de novo
A saudade apertava no peito
E eu apertei sua miniatura mais forte.
Ficamos doentes,
Porque é uma verdade
a morte de saudade.
E meses se passavam
E nem o seu nome
não ouvia mais ninguém dizer.
Então me deixei,
afinal você não aguentou
e nem eu.

47
A RAPOSA E O PÁSSARO
Cibele Cristina Nobre Teixeira

Era Uma Vez uma raposa passeando


pela Floresta viu ela estava com muita fome
porque não havia encontrado empresas para
poder devorar. Andando muito tempo pela
mata à procura de comida ela avistou um pe-
queno pássaro na galhada de uma árvore fi-
nal por conta de ter sentido o cheiro forte de
aves ele sabia que era um pássaro ele a avis-
tou e disse:
— Olá! Que ótimo dia, além de sua a plu-
magem ser muito bonita se encaixa
muito bem.
O pássaro ficou todo feliz com o que a
raposa disse para ela. A raposa sorriu para o
pássaro. O pássaro ia voar para perto da ra-
posa, mas a raposa já ia emboscar o pássaro
para comê-lo. Então o pássaro conseguiu es-
capar e a raposa ficou triste por não ter con-
seguido comer o pássaro e a acabou ficando
sem comida.
Moral da história: Preste atenção
quando alguém lhe disser coisas boas. Pode
ser por interesse.

48
A HERANÇA
Clara Gabriely Ramos da Silva

Marta tinha muitos primos,


todos eles eram meninos,
com o passar dos anos seu avô morreu
Marta, ficou surpresa com a herança que re-
cebeu.
Depois de um tempo seu primo a cobrou,
pois ele também queria herança de seu avô.
Mas todo o dinheiro havia sido deixado para
a Marta,
contudo não lhe sobrava nada.
Foram muitos anos nessa briga por dinheiro,
Marta conheceu o engenheiro
e com ele se casou,
juntando toda a herança com seu amor.
Seus primos ficaram bravos,
não tinha o que fazer,
o dinheiro já estava guardado
para um novo herdeiro que iria receber.

49
O ACORDO NÃO CUMPRIDO
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi

Sentamos, conversamos e fizemos um


acordo:
“Não vamos nos machucar, apenas nos
amar”.
Sabíamos que era praticamente impossível
mas resolvemos tentar!

O tempo foi passando


estávamos cumprindo o acordo
até que começamos a errar e errar
e cada dia mais, nos machucar.

Tentamos e tentamos novamente


mas não dava mais
“e o nosso acordo?”
Bom... não cumprimos com ele.

50
AS DIVERSAS FACES DO
AMOR
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi

Alguns amores podem te amar


na mesma intensidade que podem te machucar
quem amamos pode falhar
e, às vezes, devemos perdoar!
E quando nos machucaremos fazer chorar?
Estamos tão bobos que continuamos a amar.

Os amores são como o mar


às vezes calmo, às vezes agitado!
Mas assim é que é bom amar!
com um pouco de adrenalina
no amor temos altos e baixos
mas se amamos mesmo, vamos continuar!

51
DIFERENTES VISÕES PARA
A VIDA
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi

Tudo é bonito...
Basta querer ver!
Tudo é alegre...
Basta querer viver!

Tudo é piada...
Basta querer rir!
Tudo tem amor...
Basta querer amar!

52
ENSINO MÉDIO
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi

Se esforçar para Entender a matéria


Descobrir Novos gostos e habilidades
Ser paciente com colegas e professores
se dedicar para não Ir para a recuperação
se acostumar com Novos horários
torcer para nãO ir mal na prova.
Mil tarefas e trabalhos para entregar
não É tão fácil quanto parece
tentar Dar conta de tudo sem ficar maluco
convIver com pessoas legais e chatas
acordar no hOrário para não chegar atrasado.

53
OS TRÊS PORQUINHOS
Eduardo Oliveira Souza

Era uma vez três porquinhos o Bob, o Juca


e o Pedrinho
— Abre essa porta!!!
— Estou indo senhor lobo.
Bob abre a porta. Senhor Lobo a garra Bob
e fala:
— Você tem que pagar o que me deve.
— Eu vou, me dá três dias.
— Ok, irei dar três dias e avisa seus irmãos
para eles também me pagarem.
— O-ok, senhor lobo.
Senhor Lobo vai embora.
— Tenho que avisar eles.
Bob corre até a casa de seu irmão:
— Juca, Juca, Juca!!
— O que foi?
— O Senhor Lobo virá atrás de nós em três
dias!
— Nossa! A gente vai virar presunto!
— Vamos avisar o Pedrinho.
— Vamos!!

54
Os dois saem correndo atrás do Pedrinho.
— Pedrinho, Pedrinho, Pedrinho!!!
— O que foi? Caramba!
— O Senhor Lobo vai vir nos transformar
em bacon em três dias!
— Meu Deus, entrem. Eu tenho um plano!
Três dias depois...
— Ei, Bob, abre essa porta!
Nada acontece.
— Eu já mandei abrir!
Nada acontece.
E assim então, o Senhor Lobo se prepara e
assopra bem forte, a casa de palha de Bob
desmonta.
— Ele não está aqui!
Senhor Lobo vai para a casa de Juca.
— Juca!!! Abra isso agora, quer saber, eu
mesmo abro!
Senhor Lobo se prepara suga bastante ar e
sopra na casa e a destrói.
— Sabia, ele não está aqui!
Senhor Lobo vai até a casa de Pedrinho.
— Eu sei que vocês estão aí, eu irei trans-
formar vocês em linguiça!

55
Senhor Lobo assopra bem forte, mas não
acontece nada na casa.
Senhor Lobo assopra de novo, e não acon-
tece nada na casa.
Mas do nada o Senhor Lobo escuta os Três
porquinhos gritando de longe.
— Agora! —Dizem os três porquinhos jun-
tos.
— Agora o quê?
Abre um buraco debaixo do Senhor Lobo
que cai e o buraco se fecha.
Os três parquinhos juntos.
— Aí, demos um fim nesse lobo maldito.
Sentido da história: Se o problema é grande
demais para você, procure ajuda. É melhor
do que tentar sozinho.

56
O LABIRINTO DO MEU CORAÇÃO
Emanuele Cristina Pereira Fernandes

Olho para um lado, olho para o outro


não consigo avistá-la.
Será que vou conseguir achá-la.
Eu sei que um dia vou encontrá-la.
Eu ando desesperada de um lado
para o outro, de cima para baixo.
Me falaram que ia ser fácil para encontrá-la.
As pessoas têm facilidade para achá-la
e eu aqui perdido na escuridão
do labirinto do meu coração
tentando encontrar a felicidade
para o descongelar.
Estou perdido no labirinto do meu coração,
da minha mente e da minha vida então.

A felicidade irei encontrar


e meu coração descongelar
e serei o amor, então a declarar.

57
ELE NÃO DEVERIA PASSAR
Emanuele Cristina Pereira Fernandes

Eu odeio o tempo
porque ele já se passou
Eu odeio o tempo
porque ele não me esperou
Eu odeio
porque a gente não aproveitou.

O tempo, ele não passa, ele voa!


E nisso muitas pessoas deixam de aprovei-
tar a vida boa,
E assim só ficam as lembranças que voam.

Durante a minha infância boa


Eu queria que o tempo passasse e passou,
E em um piscar de olhos
a vida não era tão boa,
E o tempo passou a infância se foi,
E uma nova realidade
o tempo me mostrou.

Eu odeio o tempo,
mas odeio mais a mim
Que o deixei passar,
sem reparar nas coisas boas
Que tinha para aproveitar.

58
EU NO LABIRINTO
Francieli Teixeira Simão

Através da minha mente


tenho tudo diferente
pensamentos,
críticas,
e por fim, logo me perco
em pensamentos ruins.

Às vezes me perco em meus pensamentos


Tornando-os em difíceis ventos
mas o que complica é a autoestima
fazendo um rebuliço em minha vida.

Esta confusão está em minha mente


formando um labirinto evidente
essa sou eu, ou até você!
Vivendo a vida sem viver.

Mas uma coisa eu tenho certeza


experiência irei ganhar
com caminhos em círculos
sem me encontrar!
Então avisto a saída
logo após, olha nós vivendo a vida
dizendo adeus ao labirinto
e confiando no nosso instinto.

59
OBRIGADA
Gaby De Souza

Naquele dia eu chorei,


chorei até os meus olhos ficarem vazios.
Igual a alegria e toda a esperança que restava
em meu coração, em que um dia,
eu iria achar alguém, mas...
Você me tirou essa esperança
você me deixou vazia
e obrigada por isso
até porque isso me fez
saber que eu era capaz
de superar algumas coisas
que para mim era impossíveis...

60
OS LÍRIOS QUE VOCÊ
PINTOU
Gaby De Souza

Querido Van Gogh, eu encontrei uma pes-


soa que tem o brilho da noite estrelada em seus
olhos.
Uma pessoa que faz os meus poemas ter
sentido.
Uma pessoa que me fez saber o verdadeiro
significado de lar.
Um amor recíproco.
E mesmo que ela me desse um tiro em meu
peito, eu ainda agradeceria por todos os momen-
tos, memórias e lembranças que tenho com ele
ou até mesmo que ele me proporcionou.
Querido Van Gogh, sabe aqueles lírios que
você pintou?
Então eu os achei em forma de uma pessoa.

61
EU ODEIO O TEMPO
Gleicy Kemilly Castro Cardoso

Quando criança era tão querida


Tão cuidada, tão amada!
Humilhada, “maltratada”.
Olhada com outros olhos
Olhares maldosos
Ah, como eu odeio tempo!
Sou crescida, cheia de responsabilidades
de traumas e inseguranças!
Quando criança não tinha preocupações
era tão leve, tão calmo!
Como eu odeio o tempo.
As pessoas não se importam
não ligam para o que falam e fazem.
Tantas brigas entre si
esses tempos, esses dias, essas pessoas
acabam com tudo, com a natureza
com o amor e a alegria.
Como eu odeio o tempo!

62
TRATO FEITO
Hiago Marrone Ferreira Souza

Como tenhas dito,


nosso acordo foi feito.
De Juramento a promessas
de promessas a segredo
Está selado com o fogo do nosso amor
E guardado no fundo de nossos corações.

Sempre me contando palavras de conforto


Me fazendo companhia em noite solitária
Me protegendo e me apoiando
Mesmo que seja parte do nosso acordo.

Quando chego em casa


É como se a Felicidade
Estivesse me esperando
Independente de tudo.
Foi meu melhor acordo em muito tempo
Esse foi o começo do meu casamento.

63
SOPRO
Hiago Marrone Ferreira Souza

Você foi como um sopro quente


e aconchegante no meu peito,
mas esse mesmo sopro
foi se transformando
em uma ventania fria
ao ponto de congelar
todos os meus sentimentos
e fazer o meu coração
se quebrar como gelo.

64
UM AMOR, ÓDIO
João Paulo Gomes Colla

Em vários olhares me apaixonei pelo


seu, porque eu me pergunto, tantos por aí um
mais perfeito que o outro, tinha que me apai-
xonar pelo seu?
Acho que você era a luz que eu preci-
sava para voltar meu brilho ao alto, você tra-
zia a melhor versão de mim mesmo. Por você
eu dava meu coração ainda em vida. Faria
coisas que ninguém acreditaria que eu fi-
zesse por alguém. Alguém não melhor um
amor, porém eu te pergunto seria amor?
Enfim... Me cedi a me deixar apaixonar
por você, conversar com você era meu passa
tempo preferido. Ver você era como olhar as
estrelas no céu. Nada se compara a isso. Fi-
car com você o dia, à tarde, à noite, era algo
incrível que eu nunca havia visto antes. Eu
realmente estava confiante que iria dar certo.
Eu explicava minhas dores a você. Você me
consolou no pior momento e disse que iria
ficar tudo bem, seus, nossos pais, sabíamos
que era um amor tão lindo, separados na in-

65
fância, na adolescência voltam como namo-
rados, algo lindo, um amor contagiante, seus
amigos adoravam ver nós dois juntos, um dia
antes de tudo acabar. Foi o melhor que vivi
ao seu lado, tiramos muitos risos contagian-
tes um do outro, abraço mais gostoso impos-
sível seria...
No dia que acabou ficava me pergun-
tando o que EU fiz de errado desta vez?! Po-
rém, a resposta vocês já sabem, não adianta
tentar se encaixar no coração onde não te
pertence pois cada vez que você tenta se ma-
chuca muito.
Acho que a parte mais ruim que tive que
aceitar foi ser magoado por alguém a qual eu
explicava minhas dores. “Não queria te ma-
chucar!” Imagina se quisesse então, né? Na-
quela segunda feira eu perdi todo o meu sen-
tido do que é amor. Perdi meu sentido de vi-
ver e a única coisa que eu queria era chorar.
Em três dias. Perdi muito peso. Eu pesava 50
kg. Depois desses três dias fiquei com 38 kg.
Eu não me achava mais bonito quanto eu era,
não queria sair do meu quarto... Chorei noi-
tes inteiras, porém pela manhã estava sor-
rindo como se nada tivesse acontecido.

66
Hoje não quero saber como você está.
Nem onde está, com quem, se ainda me ama,
ou se ainda quer algo. Posso chamar isso de
maturidade emocional? Não sei chamem do
que vocês quiserem sem problemas. Uma úl-
tima coisa “não era pra ser assim que tudo
acaba”

67
CAMINHOS ALTERNADOS
João Victor Piovezam

Tem esperança de se libertar


do corpo que a prende
Oh ,meu amor, esqueças-te de mim
Carimbe minha passagem só de ida ao inferno.
Solta-me de imensa angústia
Arrancas de meu peito desmedida amargura

O odor fétido exalado de uma alma aflita


Uma mente perturbada com tamanha ferida
Que tem vontade de se libertar
do corpo que a esconde
E agarra com firmeza
o desejo da morte

Mal sabe ela que teu sofrimento


lhe mantém viva
O maldito ciclo vicioso
denominado amor o sustentas
Aquilo que te prende
simultaneamente a liberta
A lua observa friamente
a tua coragem
Em caminhos tortos
tu persegues sua longa viagem

Oh, meu amor, venha logo...


lhe aguardo do outro lado.

68
O GATO E O RATO
Jonatan Orniesk Ramos

Enquanto o gato dormia o rato se ani-


mava, pois na cozinha comida ele iria encon-
trar. Com muita animação ele deixou a pa-
nela cair no chão o gato pegou o rato, mas o
rato pela sua vida implorou. O rato saiu com
vida, o gato deixou.
Dias depois o cachorro com o gato en-
controu. O rato vendo a situação reuniu os
ratos do bairro para o cachorro pegar. Sua
dona vendo cachorro o pegou. Assim o rato
e o gato felizes ficaram.
Moral da história: Apesar das dificulda-
des procure ajudar as pessoas. Ela o ajudará
quando você mais precisar.

69
A VIDA VALE A PENA?
Jorge Augusto Ferreira Moura

Às vezes fico pensando


O que é que posso ser
Pois fico com muito medo
De o amanhã não amanhecer.

É como dizem no passado


É como dizem no presente
Não pensa em fazer errado
Depois, lá de cima ele cuida da gente.

Nesse verso eu falo


Neste outro eu explico
Nunca fique abalado
Todos temos o amor de Cristo.

70
VALE
Julio Cesar de Oliveira Vieira

É em meio ao vale
que passamos por provas
e lutas!
Aparecem muitas mentiras
e tentações astutas
por isso, devemos ter
discernimento para vencer
Assim, podemos não perecer.
O vale grande é,
porém, há um segredo,
para assim perdermos o medo!
Existe alguém bem maior
ao nosso lado
que não pode
ser "dublado".

O vale aparenta
ser lindo inicialmente
e por isso, somos atraídos
inocentemente
e então, ele mostra
sua verdadeira face.
Devemos permanecer
firmes para que

71
nossa mente não embarace.
Mas, assim como tudo na vida,
o vale também possuí um fim!
E quando chegamos lá,
podemos entrar no Jardim.
Onde não haverá dor
e nem rancor.

Tenha uma boa interpretação


e receba essa exortação.
Não estamos falando
sobre "vale",
mas sim sobre o mundo
e a salvação
que nos levará
até o céu profundo.
A promessa é
nos tirar desse vale depressa!
Busque, pois o tempo está findando
e a iniquidade estão se multiplicando.
Para nesse vale não ficar
você deve se purificar,
para entrar no jardim.
e entoar adoração
juntamente com os serafins.

72
SONHOS E PESADELOS
Julio Cesar de Oliveira Vieira

A vida é longa e, às vezes,


realmente é extravagante!
Porém, isso, às vezes,
pode não soar "elegante"
Pois, assim como podemos
realizar sonhos
Podem-se tornar realidade
pesadelos bisonhos.
A escolha de como viver é nossa
E isso não é fazer vista grossa
Afinal, temos livre arbítrio
Não podemos viver no modo aleatório.
Ou vivemos os nossos sonhos
Ou esquecemos o que somos para viver pe-
sadelos medonhos.
Temos a escolha de viver na luz
Pois alguém nos ama,
e esse alguém se chama Jesus!
Também temos a escolha
de viver nas trevas,
onde o pecado inflama
Onde, de dor, nosso coração clama
Pois não há alegria
Não há harmonia.

73
Uma escolha simples
porém dificultada
por mentes indecisas
Que seus sonhos não mais visa.
Criam uma grande divisa
Entre seus corações e o céu.
Nosso Deus é grande e exaltado
Então, por que não ter
um sonho bem alto?
Corra de pesadelos fantasiados de sonhos,
pois são enganosos
Nos fazem cometer
algo pecaminoso.
Sonhe em ter sua salvação
E realize esse sonho então
Buscando constantemente santificação
Para não cometer nenhuma abominação.

74
A ARMA DA VIDA É O
TEMPO
Kamilla Gabrielly Netto de Souza

Eu odeio o tempo
Porque com ele eu aprendo
Que nada é para sempre
E aí eu entendo
Que tudo tem seu tempo.
Tempo de começar.
Tempo de terminar.
Tempo de correr.
Tempo de parar.
Tempo de chorar.
Tempo de se alegrar.
Tempo de viver.
Tempo de morrer.
O que é algo que
Nunca vou entender
Pois no final
É só a morte
E então o tempo passa
E não temos tanta sorte.

75
AMOR NÃO
CORRESPONDIDO
Kelly Geovana Gomes Pereira

Se a vida quis assim


Não é culpa minha
Nem sua também
Talvez seja injusto

Juro que era para sempre


Mas nem sempre é
Me entreguei e confiei
Mas no final me machuquei

A vida é assim
Justa ou injusta
Um amor tão bonito
Não é minha culpa
Nem sua também
Pois sempre te amei
E você me amou também?

76
FLOR E CHUVA
Kelly Geovana Gomes Pereira

Em todas as noites que te encontro


Em todas as noites que te perco
Seu Sorriso é tão calmo
Seu Sorriso é tão pleno.
Me traga flores
Me traga beijos
Eu sinto seu cheiro
Onde quer que eu vá
Pois você é meu lar.

77
QUALQUER COISA OU
NENHUMA
Kelly Geovana Gomes Pereira

O que mudou em um ano?


Tudo ou nada
tudo o que desejou
Com a alma enganada.

O que mudou em uma hora?


Absolutamente nada
Será que alguém me agrada
Então, não diz nada.

E o que mudara?
Nada que é tudo!
Ou tudo que é nada!

78
O AMOR
Kemely Neves Monteiro

O amor pode ser bom,


mas também pode ser cruel!
Ter sentimentos por alguém
é uma responsabilidade
mas também uma raridade!

A responsabilidade desse sentimento


é demais
por isso não quero
esse sentimento nunca mais!
Se por acaso acontecer
vou fazer de tudo para que dê certo
vai ser como um coração aberto!

79
TRISTEZA DE UMA MULHER
Lorena Souza Joansen
Queria entender
Como podes assim viver
Sem ver o Sol raiar
Trancada dentro do lar

Não expressão do seu saber


Escondendo o seu modo de ser
Tentando compreender
Como pode se isso acontecer

Com quem via seu anoitecer


Estava lá no amanhecer
Com seu jeito meigo de ser
Buscava sempre te surpreender

Ah, mas a vida é assim mesmo


E em um momento chega à morte
Levando embora sua sorte

Chega sem avisar


Não diz hora e nem lugar
Só vem e leva embora
O que te alegrava outrora.

Então deve se conformar


Assim mesmo se confortar
Deixar sua Alegria voltar
E essa energia boa expressar.

80
NO AVESSO DAS PALPEBRAS
Luana Jota Da silva

Não há quem não feche os olhos


a cantar a música favorita.
Não há quem não feche
os olhos ao abraçar.
Fechando os olhos
para garantir a memória.
É ali que a vida entra em movimento.
Naquela escuridão mínima.
No avesso das pálpebras.

81
A FRIGIDEIRA E A TAMPA
Lucas Gabriel Matos Gondim

Era uma vez uma frigideira que vivia


triste e solitária por ver todas as outras pane-
las com sua tampa e ela não tinha a sua.
Um certo dia fazia muito frio e Dona
Maria resolveu fazer uma sopa, ao pegar uma
panela no armário, Dona Maria deixou a pa-
nela cair e a panela amassou-se. Dona Maria
jogou a panela fora e guardou sua tampa para
caso um dia precisar.
Como de costume Dona Maria acordou
bem cedinho para preparar um café da manhã
bem reforçado e então pegou a frigideira para
fritar alguns ovos. Ao colocar os ovos na fri-
gideira, ela percebeu que espirrava óleo para
todo lado, então, ela foi ao armário e pegou
aquela tampa que se encaixava perfeitamente
em sua frigideira, porém, ao colocar a tampa
na frigideira, Dona Maria percebeu que em
vez dos ovos fritarem, eles cozinharam. En-
tão, Dona Maria percebeu que quando uma
coisa não é feita para se encaixar em outras,
elas não trabalham em conjunto. Assim,
nunca se acertando em fazer as coisas.

82
Moral: Não adianta insistir em algo que
não foi feito para você, não conseguirá fazer
algo bem-feito ou certo.

83
AJUDE-ME
Maria Eduarda Soares Borges

Aqui estou enjaulada,


Nada vejo ao meu redor
Minha cabeça está pesada
E não sei o que é pior.

Estão à minha volta


Mas não consigo escutá-las
Meus pensamentos não me deixam ouvir
Nenhuma de suas palavras.

Cada detalhe é essencial


Cada palavra é repensada
Minha boca está em disparada
Mas já não sei mais nada.

Às vezes sinto que consigo sair


Às vezes acho que não é possível
Talvez se eu gritasse resolveria
Saia daqui seu invisível!

84
O QUE SOU?
Maria Eduarda Soares Borges

Nem eu mesmo sei quem sou


Às vezes sou uma filha madura
Às vezes uma simples menina
na qual o seu destino de vida
Não está compreendida.

O sentido de tudo ainda não está implícito


As pessoas não enxergam o que vejo
Nem eu sei o que vejo.
Talvez vejo o que querem que eu veja,
E não o que realmente preciso.

85
MEDO
Maria Eduarda Soares Borges

Toda coragem precisa


De um medo para existir
A coragem de levantar
Vem do medo de cair

Quando o medo surgir


Não se abale ou evite.
Encare-o como um forte,
Mas aceite seu limite.

Sem muitas preocupações,


Viva a vida com leveza.
A coragem é para poucos,
E nos traz muitas surpresas.

Apesar das dificuldades,


Nunca perca a resistência.
Ter coragem é ter fé,
E exige paciência.

86
SAUDADE
Maria Eduarda Soares Borges

Sinto o cheiro no quintal


Cheirinho do rango bom
Preparado pela vovó,
Com seu inexplicável dom
Ansiosa pela visita,
Ela espera no portão.
Cada um que vai chegando,
Ganha abraço e um beijão.

A família está animada,


Para a ceia do Natal
Primos alegres e energizados
Uma brincadeira que tal?!
Correndo pela casa inteira,
A vovó logo gritava
Vocês vão se machucar!
Vão para o quintal.

Hoje no mesmo lugar,


Não sinto o cheiro do rango
Não tem abraço e nem beijo
Nem meus primos estão brincando.
A casa ficou vazia
Não tem crianças pulando,
Só encontramos o silêncio
E os passarinhos cantando.

87
FLOR DO JARDIM
Marianny Gonçalves Moreira

Sentimento de vazio
e grande solidão
Com uma extrema dor no coração
Que te dedico esta canção
Com tantas pessoas imersas na solidão
Você se afundando
em toda essa ilusão,
Um mundo criado por você
em imensa escuridão
Que te tranca a alma
e o coração.
Anjo meu, não se vá!
Tente se ajudar.
Mesmo com o coração
escuro e preso neste porão
Me ajude a lhe ajudar!
Não se martirize,
corra para mim,
flor mais bela do meu jardim!

88
VOCÊ
Mateus Soares da Silva

Você chegou
e nem me avisou
Chegou entrando
sem falar nada!
Agora eu entendo
Destruiu barreiras
e construindo muralhas.
Suas muralhas são de amor
Chegou para tirar
toda minha dor!
Trazendo sim, alegria!
Para iluminar
todos os meus dias.

Sempre com sorriso no rosto


Mesmo não estando feliz!
Mas nos seus dias ruins
Coloca uma máscara da alegria
Para completar meu dia.

Você chegou há pouco tempo


Mais já penso
em te pedir em casamento!
Porém não é tão fácil assim

89
Tenho que esperar
Até que você peça por mim.

Você é um menino hétero


Eu sou uma menina trans!
Até quando vou ter que esperar
Esse seu ego passar?

Você fala que me beijaria


E eu acreditei em ti
Até você me falar
Que nunca gostou de mim.

90
TUDO O QUE SINTO!
Mateus Soares da Silva

Aqui sentado mais uma vez


Refletindo sobre minha vida
E pensei bem…
Porque insistir tanto
em alguém que
não quer nada com você?
Às vezes não é para você!
Às vezes tem outro!
Às vezes você não é suficiente!
Às vezes ele não é suficiente!
Então resolvi colocar para fora
tudo o que sinto!
Quando estou com você
o tempo voa!
Mas, ao mesmo tempo,
sinto que não é para mim!
Quando te vejo meu coração dispara!
Mas depois de segundos para!
Às vezes tento!
Mas você não ajuda!
Às vezes sinto falta!
Mas você nem liga!
Às vezes quero te ver!
Mas você sempre inventa algo!

91
Então me diz…
Quais são as suas intenções?
Isso é se você tiver alguma comigo…
Às vezes tento te ajudar!
Mas não consigo!
Às vezes tento te entender!
Mas não consigo!
Você me deixa confusa!

92
PAIXÃO NA ADOLESCÊNCIA
Mateus Soares da Silva

Hoje me peguei sorrindo para o celular


Vendo os vídeos que eu gravo de você,
E sinto que estou me apaixonando
Seu sorriso é o mais lindo desse mundo.

Sempre que te vejo,


meu coração grita por ti.
Nos últimos dias
seu sorriso me conforta.

As vezes tenho medo de me aproximar


Não é tanto por medo de me machucar,
É medo de você parar de falar comigo,
E assim não sei se aguentaria.

Queria que fôssemos mais próximos,


Mas acho que você
não liga muito para mim.
Isso acontece sempre,
Todas as vezes que me apego,
acabo me ferindo.
Você todo tímido
E eu toda boba,
De religiões diferentes

93
De famílias diferentes,
De maneiras diferentes
E até mesmo de pais diferentes.

Sei que você não gosta de mim,


do mesmo modo que eu,
Mais talvez “GOSTE” de mim
como um amigo,
Talvez nem como amigo…

Isso me dói,
mas não tenho o que fazer
Tenho medo de chegar
em você para conversar,
E você ser zuado
pelos seus amigos
Por causa da minha sexualidade.

Talvez você nem ligue para isso


Mas não tenho como saber
Todas as vezes
que te mando mensagem
tentando me aproximar,
Você não me responde.

94
Mais a vida é assim
Cheia de barreiras,
Mas tenho fé que vou vencer
Já venci outras,
Saí machucada
Mais depois de um tempo
“PASSA”.

Como diz o ditado


“Quem bateu nunca lembra,
mas quem apanhou nunca esquece”.

95
IGUALDADE
Mônica Alessandra Ganzardi

Nem eu,
Nem você,
Mas sim todos nós,
Todos juntos por uma conquista,
A conquista pela igualdade,
Porque em todo nosso planeta
existe a diversidade.

Existem outras culturas e religiões


Mas cabe a cada um
Respeitar o seu irmão
Começando por si mesmo
Por que a mudança vem de dentro
E se você não acolhe o próximo
Também não terá acolhimento.

A vida é como um plantio


Tudo o que se planta será colhido
Por isso plante amor e respeito em sua vida
Que tudo no final será devolvido.
Nem eu,
Nem você,
Somos superiores a nada,
Por que a próxima parada
Será a liberdade
Onde toda a verdade,
Será revelada.

96
FELICIDADE
Mônica Alessandra Ganzardi

Ser feliz é uma escolha


Que todos deveriam escolher,
A felicidade é uma coisa boa,
Que nos faz enriquecer.

Enriquecer de alegria,
De paz e de amor.
Ela nos dá sabedoria,
E nos enche de vigor.

A felicidade é tão forte,


E chega de repente,
Irradia nossa alma,
E alegra nossa mente.

Quem é feliz não tem mágoa,


Nem rancor,
Só guarda dentro de si,
A pureza do amor.

97
UM DIA FELIZ
Mônica Alessandra Ganzardi

Quando criança,
eu era muito sapeca,
era arteira e teimosa,
toda tenebrosa.

Um dia perguntei à minha mãe.


o que teremos no almoço?
Minha mãe acanhada
respondeu com uma lágrima no rosto:

— Oh, meu querido filho,


estamos sem alimento,
não temos na despensa,
nem sequer um mantimento.

Eu me senti muito triste


e não podia ficar parada
fui atrás de procurar algo
e fui bem-preparada.

98
Parei em uma rua
que estava cheia de gente
comecei a dançar,
e ganhei um dinheiro bom
fiquei muito contente.

Naquele dia, tive uma certeza


minha mãe iria sujar o fogão!
Cozinhou e preparou
um Belo macarrão.

99
EM UM LUGAR MELHOR
Mônica Alessandra Ganzardi

Quero ser livre como vento


sem ter que carregar
o peso do sofrimento.
Quero viver em um mundo
que não existia maldade.
Onde eu possa ter amigos
que não tenha falsidade.
Sei que neste mundo
um dia vou estar.
Não sei quando
mas sei que lá vou chegar.
Sei que daqui
eu vou para um lugar melhor.
Onde eu possa confiar
em todos ao meu redor.
Sem ter que me preocupar
em ser traída.
Por alguém que um dia
me chamou de querida.

100
VIDA SECRETA
Mônica Alessandra Ganzardi

Olhando para o Horizonte,


onde a realidade é superficial,
a cada que eu olho,
vejo uma beleza irreal.
Nesse mundo que eu vivo,
tudo é perfeito,
não existe sofrimento,
e nenhum defeito.
Ao lado de quem amo,
vivo feliz a cada dia,
e quando olho em teus olhos,
vejo a utopia.
Nós duas em um só mundo,
em um universo paralelo,
vivemos escondido,
em um lugar secreto.
Aqui neste lugar,
tudo é uma obra de arte,
pois aqui nascem duas luas,
assim como em Marte.

101
RUMO CERTO
Mônica Alessandra Ganzardi

Odiar o tempo,
nunca foi o meu forte,
só odeia o tempo
quem ainda não encontrou
o seu Norte.
O tempo não é culpa de tudo.
Ele nos torna melhor.
Ou em alguns casos.
Só nos faz pior.
Isso depende,
do que você emana
para o universo.
Se você emana coisas boas,
as coisas terão um rumo certo.
O tempo apesar de tudo.
É aliado da morte.
Uma hora ou outra.
Você não terá sorte.

102
O MAL E O SOFRIMENTO,
PARTE II
Mônica Alessandra Ganzardi

Por que nas cores do Arco-Íris


existe a perfeição?
Se onde ele nasce,
é uma imensa escuridão.
dotada de maldade,
sem saber o que é felicidade.

Todo dia me deparo, com a tristeza,


batendo em minha porta.
Corrompendo o meu sono,
e me fazendo de morta.
Por que as lágrimas deles são de Alegria?
E as minhas derramou a sangria.

Quero que veja o outro lado da história.


Onde não tem luxúria viu nem riqueza,
vive carregando o peso da tristeza.
Não escolhi estar aqui neste lugar,
mas não cabe a você, querer me julgar.

103
MEU BEM
Mônica Alessandra Ganzardi

As coisas vão e vêm,


vem a angústia,
vem tristeza,
mas também vem você, meu bem!
Quando foi embora, levou o meu coração,
mas eu lhe disse muitas vezes,
não saia daqui não.
Fico triste e feliz ao mesmo tempo,
sei que é o melhor para você,
mas me bate um sofrimento.
Sofrimento aquele que dói na alma,
mas sei que devo me recompor,
e sempre manter a calma.
Hoje com os olhos cheios de água,
eu lhe digo adeus,
Mas sempre estarei de olho,
em todos os passos teus.
Espero que saia daqui,
E deu seu melhor,
Pois, em você eu dediquei,
todo o meu suor...

104
A PRINCESA E O PLEBEU
Mônica Alessandra Ganzardi

Bela e deslumbrante
Com um Sorriso radiante.
A mais linda do Vilarejo,
Se tornou o meu desejo.

Desde A primeira vez que te vi,


Nunca mais te esqueci,
Não sei se sente o mesmo por mim,
Mas sei que amar não tem fim.

Até que um Belo dia ensolarado


Recebi um recado
De minha doce e amada
A Bela Princesa Ada.

Fiquei até espantado


Pois por mim,
ela havia se apaixonado.
Aquele foi o melhor recado da minha vida.
Fiquei tão emocionado que lhe mandei uma
Margarida.
E fui assim, dia após dia,
Ela trazia minha Alegria
Através das suas lindas cartas,
Que eu recebia todas as quartas.

Tudo isso demorou


em torno de um mês
105
Até que por sua vez
Resolvemos nos encontrar
Esse amor um para o outro demonstrar.

Foi tudo planejado,


E assim como o Combinado,
Nos encontramos debaixo de uma Figueira,
Do lado de uma Cachoeira.

Aquele dia foi inesquecível,


Pois eu vivi
O Impossível,
Por que plebeu nenhum
podia se casar
Com uma Princesa,
Ou, com ninguém da Realeza.

E eu sabia que
haveria consequência,
E como o ato
de uma desobediência,
Fomos julgados,
E um do outro, separados.
O rei como um homem cruel
E um impiedoso coronel
Logo aprisionou a Princesa
Sem antes pensar com clareza.

E nunca mais,
tivemos notícias um do outro.
A Princesa, foi obrigada

106
a se casar com Rodolfo.
Um príncipe de cavalaria,
Que não sabia nem o que sentia.

O plebeu, continuou
com sua vida de escassez
Mas que por sua vez
Também foi obrigado
a se casar
E por outra mulher,
se apaixonar.

As cicatrizes com o tempo,


foram curadas,
Mas aquele amor de fachada,
Foi algo que marcou suas vidas,
E que deixou muitas feridas.

Mas essa história não termina,


Porque o fruto desse amor cresceu, Sera-
fina.
Menina que foi considerada
filha de Rodolfo,
Mas que sim,
era filha de outro.

107
POESIA
Pedro Wagner Moreira Nobre

Com tudo se faz poesia


Com as ondas do mar
Com as gotas da chuva
Com as frutas do pomar
Com tudo se faz poesia
Com um sorriso da criança
Com as lágrimas da mãe
Com casamento e aliança.
Com tudo se faz poesia
Com a noite e o dia
Com cada momento e instante
Com a tristeza e alegria.
Com tudo se faz poesia
Com as cordas de um violão
Com ritmo e dança
Com amor e paixão
Com tudo se faz poesia.

108
LABIRINTO DA VIDA
Pedro Wagner Moreira Nobre

Eu no labirinto me sinto confuso


Sem saber por onde andar
Com medo e dúvidas de caminhar
Não sei se corro ou vou de vagar
Muito menos por onde começar
Mas sei que um dia
chegarei em algum lugar.

Eu no labirinto me sinto cansado


Pensando no fracasso e em desistir
Se movendo apenas pelo coração
Que sabe que o caminho é persistir
Pois o labirinto é a sua, a minha vida!
E eu, não estou aqui para assistir.

109
O CRAVO E A ROSA
Rebeca Geovania dos Santos

Era uma vez, em um lindo jardim,


duas plantinhas foram plantadas. A chuva
veio e o Sol também e as florzinhas foram
nascendo e crescendo juntas. Até que em um
belo dia as duas começaram a conversar uma
com a outra.
O Cravo disse à rosa:
— Acho você muito legal e amigável! To-
dos os que te veem se alegram por sua
beleza e alegria. Estou muito triste por-
que ninguém além de você me faz feliz
neste Jardim. Quero ser sua amiga
posso?
A Rosa com todo o amor disse:
— Claro que sim! Estou imensamente ale-
gre por isso, vamos ser melhores ami-
gas, eu acredito nisso!
E assim O Cravo e a Rosa se tornaram
grandes e melhores amigas.
Moral: Uma palavra doce e boa faz
qualquer um feliz.

110
O PÁSSARO E A FORMIGA
Samara dos Anjos

Haviam dois animais em uma floresta:


um passarinho e uma Formiga. Em uma tarde
a formiga resolveu passear pela floresta. An-
dando despercebida cai em um rio grande e
fundo e gritou por ajuda.
— Socorro estou me afogando alguém me
ajuda por favor!
O passarinho ouviu os gritos por so-
corro e correu para ajudar a formiga.
— Olá, amiga, vou te ajudar, só um ins-
tante.
O nobre passarinho pegou um graveto e
ajudou a formiguinha que estava desespe-
rada se afogando.
— Muito obrigada, amiguinho! Você sal-
vou minha vida!
— Não há de que minha cara amiga.
— Bom, nós nos vemos por aí... Obrigada!
O passarinho voou e pousou em um ga-
lho de árvore e começou a cantarolar.
Um malvado Caçador ouviu o cantar do
pássaro e logo seu estilingue pegou.
111
A Formiga viu que iam matar o seu
amigo e rapidamente tomou uma atitude.
— Não posso deixar meu amigo morrer!
A formiga picou o caçador que a sua
mira errou. E assim os amigos protegeram
um ao outro se não tivesse os amigos por
perto todos morreriam. Mas, amizade e o cui-
dado salvou a vida dos dois amigos.
Moral: O bem sempre volta a que o faz

112
PROFESSOR
Tais Costa Gosliski

Pessoa
Rica em sabedoria
O que seria de nós, se não
Fosse ele.
Ele nos ensinou a ler e escrever
Somar e dividir
Subtrair e multiplicar.
O conhecimento de todas as matérias
Reconhecido seja o seu valor.

113
SER JOVEM
Tais Costa Gosliski

É se forte conSeguir enxergar o mundo por


Todos os ângulos, é tEr sonhos e querer realizá-los,
é seR ousado mesmo sentindo medo,

é aJudar os amigos, é
estar imersO em um contexto de
atiVidades,
dEsafios e
coMplexidades.

114
NEM EU
Thafnnes Pires Ramos de Souza

Como viver?
Devemos dizer coisas que não existem?
(sentimentos)
Um simples “Eu te amo”
Como uma melodia saiu de sua boca.
Achei que fosse algum encantamento
Feitiço, poção.
Era irreal
Tão irreal que se tornou inexistente.
Mas nem eu sabia o que sentia.
Agora tenho emoções que preciso esquecer,
Os estilhaços de meu coração preciso recolher.
Os pedaços que você
foi o culpado por fazer.
Disse que não mais me amava,
Explicou que já não sentia mais nada.
A sentir, eu engoli o choro
Nem eu sei como eu vivo sem você
Sem sua presença me sinto um tolo.

115
SAIA DAQUI
Thafnnes Pires Ramos de Souza

Que todos os eu te amo sejam esquecidos.


Desejo nunca mais vê-lo
Não sentir sua falta ou cheiro
Quero que nossas músicas desapareçam,
Assim como seus sentimentos por mim
Se é que eles existiram.
Todas aquelas falsas promessas
Me deixam pensativa,
Sobre como eu quero que você
suma da minha vida.
Choro, penso, escrevo e leio.
Só para suprir a falta
que você faz aqui.
Então saia!
Saia com esse perfume barato
Com essa voz melancólica
E o choro preso na garganta.
Que ainda assim insiste
em dizer que não mais me ama
Saia daqui!
Em frente preciso seguir!

116
INSIGNIFICÂNCIA
Thafnnes Pires Ramos de Souza

Para que Um Par de pernas?


Não somos pássaros
Não pousamos em fios
Mas em choque nos movemos.
Para que pernas?
Se é assim como um bebê
Caímos ao tentar andar
Experienciar coisas novas.
Pássaros voam para lugares imagináveis,
Os bebês crescem se tornam adultos
Então ao invés de permanecer nesse pessimismo
Veja outros lugares
Caia como um bebê nos primeiros passos
E por fim,
Morra com toda a sua insignificância.

117
VIDA, DOCE MORTE
Thafnnes Pires Ramos de Souza

Prestem atenção agora


Na história que irei contar
Pouco fala sobre fauna e flora
Mas também te faça repensar
Não se assuste nesta hora
Os pontos vão se conectar.

Olho a mata
Apenas se vê beleza
Animais correndo por aí
Com a melodia das correntezas.
Avisto uma criatura
Que não sei qual é a natureza

Com ele tem algo estranho


No braço segura um cano
Fico paralisado e me acanho
E de longe eu sinto pânico
Um som anormal escuto
Coitada da onça, agora virou defunto.
Não entendo o que ocorre
A maioria dos animais apenas foge.
Os olhos da criatura
Comigo vem de encontro

118
O som novamente aparece
E minha pobre visão escurece.

Para o consumismo humano


O animal não passa de um pano
Essa história não é irreal
Animais morrem todos os dias
Com a caça ilegal.

Tomem providência já
Ou logo mais, não nos verá!

119
ODEIO O TEMPO
Thafnnes Pires Ramos de Souza

Dó, Ré, Mi, Fá...


Primeiras notas que aprendi a tocar
Sou pequeno agora
E peço para o tempo passar
Para enfim, em um grande violão
Eu poder me esbaldar.

Agora já na adolescência
Minha paixão já se esgotou
Bom você tem ainda
um período de decadência
Minha mente se encaixou
Que o tempo passe finalmente
E acabe com a dor que restou.

O som do Relógio a tocar


“Meu Deus como pode?
Já não aguento mais trabalhar”.
Chego atrasado todos os dias
Com um velho café na mão
Odeio tempo pois ele não aguenta esperar.
Agora aos 70 vejo
Que o culpado de meus atrasos
Não era o tempo

120
Era criança que tanto pedia para crescer
Para conhecer outros ventos
Horas, dias e anos a fizeram ver

O que eu tenho tempo


O tempo não para
Que sem ele a fila não anda
Mas com ele a vida continua
Eu vivendo a minha
E você vivendo a sua.

121
MEU PÉ
Thafnnes Pires Ramos de Souza

Paguei me mantenho acordado


Não posso permanecer deitado
Levanto-me, me visto
Saio por aí atrasado
Não me importo com o que esteja vestido
Desde que use um bom Calçado.

No caminho do trabalho
Olhando as lojas me distraio
Entro numa cafeteria
Encarou todos de soslaio
Pego meu café expresso
E com os cadarços desamarrados
De lá saio.

Veja o meu café derramado


Com chão, eu me deparo
Uma dor incessante
Meu tornozelo sente a cada instante
Percebo que algo essencial.
Se quebrou de uma forma tão banal.

Sem família e sem amigos


Em uma cama de hospital, estou.

122
Liga para o meu chefe!
O médico que me atestou
O pé agora quebrou
Me deixou desamparado.

Olho, gesso.
E logo a dor eu esqueço.
Depois desse acidente
Ainda serei o mesmo?
Vejo que o amanhã já passou.
E eu agora foi o que nos restou.

123
APAIXONAR-SE
Vitória Sara da Silva Santos

Apaixonar-se É
como entregar seu coração
na mão de um Belo ladrão.
Não sabendo o que vai acontecer
Se lhe entregar todo o seu ser
É como pular de um Penhasco
Arriscando deixar seu coração um fiasco.

Mas o difícil é pensar, arriscar ou não arris-


car, deixar alguém entrar.
E por mais que seja assustador
Não podemos evitar a dor
E é esse sentimento confuso
Que faz o coração ter uso.

Todo dia torna-se uma nova aventura.


Fazendo cada sentimento te levar à altura
Às vezes, o medo de um coração partido
Te faz muitas vezes, perder o sentido.
Se Perguntando se vale a pena ser machu-
cado, tentando ser amado.

124
SENTIMENTOS
Vitória Sara da Silva Santos

Vivendo um dia de cada vez


Com os sentimentos voltando
todos de uma vez
Dor e sofrimento ocupam
a maioria dos meus pensamentos.
A culpa e o medo
Esses escondem um grande segredo.
Amor e paixão
Esses são responsáveis pela devastação.
Tristeza e angústia
São como uma linda acústica,
Mas o sentimento mais devastador
Com toda certeza é o amor.
Ele te induziu a fazer loucuras
Que muitas vezes te levam às alturas,
Mas o perigo de ir alto é a queda.
Pois nem sempre você vai ter um paraque-
das.

125
126
POESIA
Ademir Soares

Onde podemos encontrar poesia


Nas obras do Criador e na sua magna. sabedoria
Nos paradigmas religiosos que não discrimina etnia
No conto, na fábula ou na plena magia
no canto dos pássaros na aurora do dia
Na música do artista com sua melodia
Nos desenhos, gravuras com nítida geometria
No verde da flora que sempre entra em sintonia
Com a magnitude da fauna que com seu colorido
contagia
No trabalho do professor que sua missão lhe confia
Na atividade do aluno que sempre lhe desafia
Nos quefazeres do construtor com sua alinhada
engenharia
Nas diversidades alimentares compostas de iguarias
No exercício do médico que a qualquer momento
principia
E para fazer poesia não tem segredo nem definida
metodologia

127
uma combinação, um jogo de palavras marcado por
formalidade e ousadia
Assim, basta cuidar para que a expressão não cause
nostalgia
E tendo atenção com os parâmetros da ortografia
Deixando fluir a criatividade como ordena a sua
ideologia
Relacionando os contextos da prática com a teoria
Valorizando nossa cultura e nossa realidade com
primazia
Deste modo, nota-se que escrever é ato de patriotismo
uma grande regalia
É exercer de modo eloquente a plena cidadania
Então deixe arte da escrita fazer parte de sua biografia
Fazendo valer os bons hábitos e os primores da
pedagogia
Sabendo que a poesia é nosso imenso legado
Por aqui esse texto dá-se por finalizado Agradeço a
cortesia desse povo gentil e educado
E pela atenção de vocês lhes digo
Muito Obrigado.

128
VOZES DE UM POVO
Adielson Gonçalves de Lima

Às vezes me pego pensando


sobre minha ancestralidade,
cabelos, pele e os lábios
Uma rica diversidade!
A discriminação também chega
pela religiosidade!
Se ouvem tambor e gira,
Prato cheio para as críticas
da sociedade.
A todo momento somos vistos.
Mas não ouvidos!
Nos noticiários de tv,
mais um negro que se foi.
E ninguém para socorrer!
Mais de um centenário
A Lei Áurea foi assinada!
A própria sorte fomos largados
e ainda vivemos escravizados!
Falar do povo negro
129
É uma coisa que dói em mim!
Saber que muitos morreram
Meu coração se corrói.
Os preconceituosos não se importam
em rebaixar e maltratar
Tudo isso para o seu ego elevar.
Por aqui vou ficando
Mas, ainda tenho muito o que falar!
Esta luta é de todos nós
Ninguém vai nos calar.

130
AMOR QUE SE DIVIDE
Andreia Neves de Souza

Sonhei que estava escrevendo


Palavras que ecoavam do coração
A subjetividade ia revelando
O quão bonito era a intenção.
A revelação só mostrava
Que o sonho pode virar realidade!
Na folha branca e tinta preta
Diminui-se a saudade.
Nesta folha escreve-se a carta
Palavras ditas pelo coração
Filho que orgulho de ti!
Minha saudade tem nome
E se chama GUI.
A vaidade é tamanha
Marcada pelos músculos em formação!
Quando se olha no espelho
Reflete-se o JOÃO.
As ondas são perfeitas
O cheiro ainda de bebê
Nesses cachos eu me perco
Porque sei que ela vai crescer
E o meu medo de perder emana
A princesa chamada ANA.
Aqui encerro está escrita
Na intenção de demonstrar
O instinto materno, que em meu ser
Há mais de 19 anos veio habitar.

131
A DONZELA E O
FORASTEIRO
Evelyn Claire Santos da Silva

Numa aldeia escondida


Havia uma órfã crescida
Uma órfã desprezada
Mas não amargurada
Apesar de ser deslumbrante
Era dona de um temperamento marcante
Ela vivia sua vidinha
Sonhando não ser sozinha
Mas à vida ela despertava
Mais e mais ela confeccionava
Dessa forma ela prosperava
E seu amor para si guardava
Um dia na hora do almoça
Chegou na aldeia um belo moço
Que não planejava ali parar
E teve que seus planos mudar
Um moço machucado
Que viajava para uma celebração
Mas entrou numa confusão
E vestindo trapos era encontrado
Dinheiro não era problema
Mas ao ver a situação extrema
Não atendiam, só diziam “NÃO”

132
Mas havia uma última opção
Ao entrar naquele lugar
Esperava outro traje comprar
Mas nem poderia imaginar
Que ali iria se apaixonar
A moça colocou para dentro às pressas
Pois tinha que terminar várias peças
O serviço ficou acertado
E um preço bom combinado
O moço estava impressionado
Com a beleza e o pulso firmado
Decidiu procurar
Algo para a moça impressionar
Não conseguiu nada
Mas se encheu de coragem
E até a moça abriu passagem
Ao entrar ouvir um homem soar
Tentava a moça intimidar
Ela o ignorava e continuava
Diligentemente costurava
O outro se irritou e ia a moça golpear
O golpe foi impedido
Pelo moço intrometido
A moça logo expulsou os dois
O moço saiu mas voltou depois
Ao voltar a moça estava sozinha
Com muita atenção cozia

133
O moço sem querer a assustou
E “Gosta daqui?” perguntou
Não, a resposta veio de prontidão
Mas com um gesto ela dispensou a questão
A roupa foi provada
E sem demora aprovada
Ele pediu que ela o acompanhasse
E assim daquele lugar se mudasse
Ela não acreditou de primeira
E disse “Para que a brincadeira?”
Ele respondeu ofendido
Que só havia verdade no que foi dito
Que realmente a queria perto
Ela debochada disse: “Certo...”
Ela desacreditada
Ficou quieta e não disse mais nada
Ele pagou o merecido
E um acordo foi oferecido
Que se ele não provasse o dito
Em um mês ele teria se ido
Todos os dias alguma coisa comprava
E o dia todo a donzela acompanhava
Alguns presentes comprava
Mas o dia todo animava
No último dia, ele sumiu
Ela entendeu que ele desistiu
Passou o dia meio que de luto

134
Mas encontrou o moço ao fechar tudo
No céu brilhava a lua cheia
E afastaram-se da aldeia
Pararam no meio da estrada
Olhando-se dizer nada
Então ela o beijou
E para ele o mundo parou
Ela o avisou sobre temperamento forte
E declarou que queria suporte
Que assumiria o fardo declarou
“Com você eu vou.” – Ela declarou
Naquela noite juntos ficaram
Ao raiar do dia caminharam
Pouco depois se casaram
E felizes se tornaram.

135
A HISTORINHA DOS
ANIMAIS
Frederico Trindade Teófilo

Leio num banco branco,


A história da pata penas de prata,
Que vivia com a gata ingrata
E o cão deitado no chão.
Na história tem a anta que canta,
Mas teve dor de garganta.
Tem o sanhaço assanhado
Que tudo assistia do telhado.
O tico-tico molha o bico,
A aranha parece estranha,
A lagartixa de barbicha
Descansa na montanha.
O pavão tem por si paixão
O lagarto desdenha a lagarta,
O grilo destrói o milho
A perua tem penas fartas.
Saiba que o macaco não é fraco,
O tamanduá não fica de pernas pro ar

136
A onça anda esconsa
Doida pra caçar o gambá.
O leão nem sempre é leal,
O boi na água boia,
A serpente é taxada de mal
Mas é apenas uma jiboia.
Reuniram-se os animais
Para uma canção entoar
Aqui somos sociais,
É a história que queria contar.

137
A MOCHILA DE UM
VIAJANTE
Rosane Pontes Silva

Você já parou para pensar no


que vai na mochila de um viajante?
Refiro-me, claro, aqueles via-
jantes que carregam grandes mochilas nas
costas, os “mochileiros”, que desbravam
continentes e países, enquanto viajam o mais
leve que suas mochilas permitem.
Provavelmente você pensa o
mesmo que eu: dentro dessas mochilas exis-
tem roupas, calçados, acessórios e objetos do
cotidiano. Documentos são indispensáveis
para cruzar legalmente as fronteiras, além de
meios financeiros que garantem alimenta-
ção, estadia e passeios.
Como vivemos numa era amplamente
digital, provavelmente esse viajante carrega
consigo objetos tecnológicos que o ajudam a
registrar um pouco do que ele vê, e quem
sabe até a trabalhar e seguir viajando.
Sim, essas mochilas vão passe-
ando o mundo carregadas de coisas palpá-

138
veis, que podem ser perdidas, furtadas, tro-
cadas e atualizadas conforme o viajante
passa de um local a outro, retorna a sua ori-
gem, e começa tudo de novo...
Monta a mochila, viaja, volta para
casa, desmonta, monta, e viaja de novo!
Lembrancinhas também podem
fazer parte, embora a maioria dos mochilei-
ros acredite que as memórias são a melhor
forma de se lembrar de uma experiência vi-
vida em algum local. Mas elas existem, es-
pecialmente para os familiares e amigos.
Elas só não são grandes. Não há muito es-
paço nessas mochilas.
Mas eis o que muitos não ima-
ginam que existe nas mochilas dos viajantes:
medo, alegria, ansiedade, euforia, tristeza,
surpresa, frustração, empatia, raiva, paixão,
insegurança, esperança...
Como numa montanha russa
com muitos altos e baixos, o viajante de mo-
chila experimenta sentimentos diversos nos
dias, semanas e meses em que se aventura
pelo mundo, e eles enchem os espaços vazios
da sua mochila... e da sua alma!

139
A mochila carrega ainda muita
saudade, amor, resiliência... Ela precisa se
adaptar a diferentes estruturas e temperatu-
ras, e permanecer ao máximo sempre nas
mesmas proporções, porque cada quilo extra
pesa na coluna... e também na alma...
Família e amigos também vão
nessa mochila. Podem ser uma foto, um or-
namento, ou então os desejos, felicitações e
incentivos que eles proporcionam nas aven-
turas do viajante.
E deixa eu te contar uma coisa:
por mais novos amigos e conexões que você
faça numa viagem, provavelmente nenhum
deles supera um abraço de mãe, uma refeição
com a família, uma saída com os melhores
amigos, uma tarde de passeios e brincadeiras
com seus animais de estimação!
Agora eu quero que você pare e pense:
o que pesa mais na mochila de um viajante?
Os objetos que ele carrega para viver
enquanto viaja?
Ou os sentimentos que ele experi-
menta antes, durante e depois de uma via-
gem?

140
Independente de sua resposta, não
posso deixar de alertar que:
1. Para saber de verdade o que vai na
mochila de um viajante, é necessá-
rio montar a sua própria mochila
e... VIAJAR!
2. Cada mochila, assim como cada vi-
ajante, é única... e sua principal
constância é que os itens da mo-
chila sempre mudam...
A mochila de um viajante pode ser
leve em um dia, e pesada no outro. Pode ter
coisas, sentimentos e lembranças... Nela, o
viajante carrega um combinado de mundos.
A mochila de um viajante muda seu
corpo, sua alma, sua vida... é deslocamento,
e também o permite!
A mochila de um viajante é o viajante,
enquanto ele descobre não apenas as partes
do mundo que deseja ver, mas os lados de si
mesmo que ainda não sabia existir...

141
ORGANIZAÇÃO DO E-BOOK

LUCIANA RAIMUNDA DE LANA COSTA

ANDREIA NEVES DE SOUZA

142
Ana Clara Lana Costa
Kauany Vitória Mondini da Silva
Amanda Reverdito Geminiano
Ailla Odorizzi da Costa Teixeira
Emily Raquel Duarte Oliveira
Ana Vitoria Neves de Souza

143
144
Ademir Soares
Adielson Gonçalves de Lima
Alliny Dutra Ricardo
Ana Luiza Gomes Stofell
Andreia Neves de Souza
Bruna Gabrieli da Silva Almeida
Bruna Soares Alves
Cauane Gabriele Miranda Santos
Camila Arruda
Clara Gabriely Ramos Da Silva
Cibele Cristina Nobre Teixeira
Daniela Kominkiewicz Zuanazzi
Emanuele Cristina Pereira Fernandes
Evelyn Claire Santos da Silva
Francieli Teixeira Simão
Frederico Trindade Teófilo
Gaby De Souza
Geovana Samara dos Anjos
Gleicy Kemilly Castro Cardoso
Hiago Marrone Ferreira Souza
João Paulo Gomes Colla
João Victor Piovezam da Silva
Jonatan Orniesk Ramos
Jorge Augusto Ferreira Moura
Julio Cesar de Oliveira Vieira
Kamilla Gabrielly Netto de Souza
Kelly Geovana Gomes Pereira
Kemely Neves Monteiro
Lorena Souza Joansen
Luana Jota da Silva
Lucas Gabriel Matos Gondim

145
Maria Eduarda Soares Borges
Marianny Gonçalves Moreira
Mateus Soares da Silva
Mônica Alessandra Ganzaroli Morico
Pedro Wagner Moreira Nobre
Rebeca Geovania dos Santos
Samara dos Anjos
Rosane Pontes Silva
Taís Costa Gosliski
Thafnnes Pires Ramos de Souza
Vitória Sara da Silva Santos

146
[...] muito além de recep-
ção, o Projeto Literarte traz
a voz do estudante en-
quanto autor literário. Co-
loca-o não apenas como ser
decodificador diante do
texto lido. Antes, instiga-o e
o impulsiona a ultrapassar
o espaço de leitor. Compele-
o à identidade de SER-
AUTOR.
Luciana Lana

147

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