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Introdução: O transtorno bipolar (TB) também denominado de “transtorno afetivo bipolar” é

uma doença que se caracteriza por alterações graves de humor, em que o indivíduo apresenta
períodos de elevação do humor (mania) e períodos depressivos, passando por fase de
remissão dos sintomas, apresentando também sintomas físicos e comportamentais
específicos e alterações cognitivas. Há dois tipos principais do transtorno: o Tipo I, quando a
elevação do humor é grave e persiste (mania), e o Tipo II, quando a elevação do humor é mais
branda (hipomania), seguidos do quadro oposto, que é o depressivo. Este trabalho constitui um
estudo bibliográfico que tem a finalidade verificar a adesão de pessoas com TAB à medicação
e comparou, entre aderentes e não aderentes, a satisfação quanto à equipe de saúde e
tratamento. Além disso, outro objetivo é apresentar as dificuldades dos pacientes e familiares
ao terem que lidar com o preconceito.

Objetivo: este estudo tem por objetivo verificar a adesão de pacientes com transtorno afetivo
bipolar à terapêutica medicamentosa prescrita, pela aplicação do teste de Morisky-Green
e comparar a satisfação quanto à equipe de saúde e terapêutica medicamentosa entre
os pacientes identificados como aderentes e não aderentes. Além disso, outro objetivo é
apresentar as dificuldades dos pacientes e familiares ao terem que lidar com o preconceito.

Metodologia: Utilizamos de plataformas de pesquisa especializada como o Google Acadêmico


e palavras chave como “Transtorno Afetivo Bipolar” e “Tratamento Medicamentoso” e
“Preconceito” para atingirmos nossos objetivos na pesquisa.

Resultados: no estudo feito por Adriana Inocenti Miasso, Maristela Monteschi e Kelly Raziani
Giacchero (2009), foi observado que todos os pacientes aderentes ao tratamento
medicamentoso referem-se positivamente à equipe de saúde, mencionando estarem
satisfeitos com a mesma. Tal achado corrobora os resultados de uma revisão
bibliográfica sobre adesão à terapêutica medicamentosa, que identificou várias publicações
que trazem como um dos fatores decisivos para a adesão a confiança depositada pelo
paciente na prescrição e na equipe de saúde.

Os depoimentos dos pacientes com TAB e de seus familiares evidenciaram que o preconceito
ainda está presente no percurso de vida dessas pessoas. Para Randemark (2009), a pessoa
com transtorno mental é considerada diferente com base no conceito de
normalidade/anormalidade social sustentado por parâmetros culturais e, por não se enquadrar
nos comportamentos julgados “normais” é rejeitada e excluída.

Conclusão: O TAB é uma condição psiquiátrica grave de alteração de humor, distinguindo-se


dois tipos do transtorno: O tipo I caracterizado pela elevação grave do humor (mania), tipo II,
quando a alteração é branda (hipomania), havendo também o polo oposto, que é o quadro
depressivo da doença. Requer tratamento medicamentoso, associado a psicoterapia. Com
relação aos resultados obtidos, reiteramos aqui que foi observado que todos os pacientes
aderentes ao tratamento medicamentoso se referem positivamente à equipe de saúde. Isso
corrobora, segundo os resultados de uma revisão bibliográfica sobre adesão à terapêutica
medicamentosa, que um dos fatores decisivos para a adesão é a confiança depositada pelo
paciente na prescrição e na equipe de saúde.

Além disso, os depoimentos dos pacientes com TAB e de seus familiares evidenciaram que o
preconceito ainda está presente no percurso de vida dessas pessoas.

Em virtude de tudo aqui analisado, concluímos que para uma boa adesão ao tratamento
medicamento, o paciente precisa estar assistido por uma boa equipe de saúde, em que ele
possa depositar sua confiança. Com relação ao preconceito enfrentando pelos pacientes com
TAB, entendemos que para haver uma mudança de paradigmas em relação a concepção das
pessoas sobre quem possui algum tipo de transtorno mental, é preciso que haja a inclusão do
tema saúde mental nas escolas, desde o ensino fundamental, pois é um tema deveras
importante para ser negligenciado no currículo escolar ou tratado como um tabu pela
sociedade.

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