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em Segurança Veicular
Proposta de Programa Prioritário (PPP)
Eixo de atuação: Segurança Passiva
Elaborada por:
3. MOTIVAÇÃO ................................................................................................................ 6
4.6. Apoio técnico as montadoras, fornecedores e aos órgãos governamentais ........... 109
PROGRAMA PRIORITÁRIO
Nome do programa Centro de Testes em Segurança Veicular (CTSV)
Público alvo - Montadoras e sistemistas do setor automotivo
- Instituições de Pesquisa Científica e Tecnologias
- Instituições de Ensino Superior
- Órgãos governamentais responsáveis pelo Sistema
Nacional de Trânsito
- Órgãos governamentais responsáveis pelos direitos e
defesas dos consumidores
- Empresas Públicas de personalidade jurídica de direito
- Organizações sociais
Captação anual pretendida R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)
Capitação total pretendida R$ 850.000.000,00 (cinquenta oitenta milhões de reais)
Prazo de vigência da proposta 05 (cinco) anos
2. OBJETIVOS DO PROGRAMA
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3. MOTIVAÇÃO
O Brasil tem ocupado uma posição de destaque nos últimos anos entre os países
recordistas em mortes e acidentes de trânsito. De acordo com o Ministério da Saúde, em
2015, foram registrados cerca de 37.000 óbitos com mais de 204 mil pessoas feridas por
acidentes de trânsito. Neste mesmo ano, o Seguro de Danos Pessoais causados por
Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) pagou cerca de 40.000 indenizações por
mortes no trânsito, além de amparar cerca de 520 mil pessoas por invalidez. Tais
estatísticas levam os órgãos governamentais a tratarem esta questão como um problema
de saúde pública, que necessita ser drasticamente reduzido em médio e em longo prazo.
Assim, os órgãos governamentais têm incentivado as montadoras a desenvolverem
veículos cada vez mais seguros. Para tanto, o Governo Federal criou o Plano Nacional de
Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) a partir da promulgação da Lei nº
13.614/2018, o qual se baseia nos seguintes eixos: (1) gestão da segurança viária; (2) vias
mais seguras; (3) veículos mais seguros; (4) usuários mais seguros e (5) respostas aos
acidentes. Seguindo esta mesma linha, o CONTRAN publicou a resolução 717/2017, a
partir da qual se criaram Grupos de Trabalho para regulamentação e implantação de
tecnologias para aumentar a segurança veicular. Dentre as ações, visa-se à melhoria da
segurança do condutor, dos passageiros e dos usuários da via. Na referida resolução,
destacam-se os seguintes aspectos:
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Os resultados dos critérios de lesões calculados com os dados coletados nos dummies
durante o ensaio de impacto, aliado à inspeção da deformação do veículo após o evento,
permitem avaliar o desempenho de sistemas de proteção passivo e ativo, assim como o
próprio desempenho estrutural do veículo. Naturalmente, os resultados de testes de impacto
são utilizados pela indústria automotiva para revisões de projetos, modificações na estrutura
e nos componentes veiculares visando à melhoria da segurança veicular. Percebe-se que
assim, avalia-se a proteção dos ocupantes, como requerido na resolução.
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milhões são automóveis, 07 milhões são comerciais leves, 02 milhões são caminhões,
376,5 mil ônibus e 15,1 milhões são motocicletas. Mediante a proposta do presente
programa prioritário, cerca de 73,32% da frota total tem o potencial de ser atendida no
Centro de Testes de Segurança Veicular o que inclui automóveis e comerciais leves (até 2,5
toneladas). Considera-se este atingimento como sendo de elevada relevância.
Sendo assim, o impacto em termos de desenvolvimento industrial e tecnológico no que
se refere à segurança veicular é inevitável. Isto porque um processo de teste e
homologação nacional que conta com a participação efetiva e constante dos órgãos
competentes em segurança veicular impulsiona a qualidade do produto no quesito. Isto
incorre em avanços tecnológicos que impactam na qualidade final do produto. Tal ação tem
o potencial de fomentar a competitividade das marcas tanto no mercado nacional como
internacional e o ganho se traduz em veículos mais seguros, ou seja, melhoria efetiva da
frota e das vidas preservadas.
4. LINHAS DE ATUAÇÃO
Esta linha de atuação deve ser responsável pelo desenvolvimento, realização e atualização
de estudos e procedimentos de testes para avaliar a capacidade de proteção na colisão.
Pesquisa em resistência a falhas e no gerenciamento da energia da colisão devem
abranger tanto veículos novos quanto os modificados. Deve também propor contramedidas
de segurança e equipamentos necessários para aumentar a segurança dos ocupantes do
veículo.
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Esta linha de atuação deve ser responsável por investigar a complexa integração entre o
veículo, condutor e o ambiente. Ela tem por finalidade avaliar importantes questões
relacionadas ao perfil de condução do motorista, atenção, comportamento e questões de
segurança relacionadas ao emprego de novas tecnologias assistidas. Em particular, esta
linha de atuação visa desenvolver e aplicar teorias e conceitos através do emprego de
avançados estudos computacionais por simulação no intuito de prever as condições de
condução.
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Consiste em formar uma rede de apoio formada por peritos, engenheiros, pesquisadores e
profissionais especializados para as montadoras, para os sistemistas e para os órgãos
governamentais na promoção e realização de avançados estudos em segurança veicular.
5. PLANO DE EXECUÇÃO
Revisão do estado da arte: nesta fase a entidade executora deverá realizar uma
extensa revisão da literatura buscando levantar: normativas, procedimentos,
regulamentações nacionais e internacionais utilizados na avaliação da segurança
veicular.
Projeto básico do centro de testes: nesta fase será realizado o projeto básico do
centro de testes. Este projeto deverá apresentar as características básicas do
centro, seus objetivos fundamentais, localização, projeto arquitetônico, estrutural,
instalações elétricas, hidráulicas e do sistema de refrigeração.
Projeto executivo do centro de testes: nesta fase será realizado o projeto
executivo do centro. O projeto executivo deve apresentar todos os elementos
necessários e suficientes para a construção do centro de testes. Deverão ser
especificados, em maiores detalhes, os equipamentos a serem adquiridas, as
características técnicas, levantamento de fornecedores nacionais e internacionais,
bem como orçamento detalhado.
Instalação do centro de testes: uma vez aprovado os projetos básico e executivo
do centro, a entidade executora deverá proceder com as ações necessárias para a
instalação do centro de testes. Isto envolve obras civis e de terraplanagem,
aquisição de materiais e equipamentos para o centro, bem como instalação e testes
funcionais.
Realização de testes pilotos: nesta fase serão realizados testes de impacto
utilizando-se dos materiais e equipamentos adquiridos para a montagem do centro.
Inauguração e apresentação do centro de testes: a entidade executora deverá
promover uma ação formal de inauguração e apresentação do centro de testes. Esta
ação visa apresentar a indústria automotiva e/ou seus representantes, a sociedade
civil e aos órgãos governamentais responsáveis pelo sistema nacional de trânsito as
potencialidades do centro de teste.
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Revisão do estado da arte: Nesta fase, a entidade executora deverá realizar uma
extensa revisão da literatura referente aos estudos realizados para avaliação dos níveis
de proteção e de segurança veicular.
Definição do problema: É nesta fase que a entidade executora deverá apresentar em
detalhes o problema de pesquisa a ser abordado, bem como seu nicho de aplicação
(ocupantes de veículos de passeio, veículos de transporte, ciclistas, motociclistas,
segurança de pedestres). Também é necessário apresentar uma contextualização e
uma motivação devidamente fundamentada que justifique a necessidade de intervenção
científica e tecnológica.
Definição da metodologia científica: Nesta fase deverão ser elencados os aspectos
relacionados à metodologia científica adotada. Assim devem constar quais as métricas,
procedimentos, estudos de casos, dentre outros que serão adotados para avaliar os
níveis de proteção e de segurança veicular.
Elaboração de modelos computacionais e estudos via simulação: Elaboração e
utilização de sofisticados modelos computacionais que visam representar os objetos e
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6.1.1. Metas
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6.2.1. Metas
7. RESULTADOS ESPERADOS
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Acredita-se, então, que a implantação do Centro de Testes será de grande valia para
a cadeia produtiva brasileira e, sendo as proponentes instituições de formação e pesquisa,
sendo que uma delas (Universidade de Brasília) possui um curso de Engenharia Automotiva
o que propiciará a formação profissional de especialistas na área de segurança veicular,
configurando-se, assim, um impacto social de relevância.
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Fornecer suporte técnico e logístico as montadoras e aos sistemistas para a
realização de testes de impacto;
Fornecer suporte técnico e logístico aos órgãos governamentais responsáveis pelo
sistema nacional de trânsito (DENATRAN) e direito e defesa do consumidor
(SENACON) para avaliação veicular;
Ensaios de pré-homologação de veículos demandados por montadoras e
fornecedores do setor automotivo (sempre autorizados pelos órgãos governamentais
visando garantir a isenção do Centro);
Prestar serviços relacionados à sua finalidade especialmente os ensaios de
homologação de veículos constantes na resolução N°190/2009 do CONTRAN.
I. Conselho Deliberativo;
II. Conselho Acadêmico;
III. Diretoria do Centro;
IV. Laboratórios especializados;
V. Controladoria;
VI. Fundação de Apoio– Execução administrativa/Financeira.
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Membros da
Membros da Laboratórios Administração de
comunidade
indústria especializados recursos
acadêmica
Membros da
Membros da Contratação de
comunidade
indústria estudos e serviços
acadêmica
Contratação para
apoio técnico
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O Conselho Deliberativo tem por objetivo manter o Centro de Teste em Segurança Veicular
(CTVS) alinhado com as necessidades do setor de regulamentação do setor automotivo,
subsidiando as diretrizes, as estratégias e a priorização das atividades de condução do
Centro.
O Conselho Acadêmico tem por objetivo garantir a qualidade pedagógica e científica das
propostas dos projetos – inclusive cursos – do Centro de Testes, as quais devem estar
alinhadas com seus objetivos.
A Universidade de Brasília (UnB) é uma universidade pública federal brasileira, com sede
própria em Brasília – DF, fundada em 21/04/1962, tendo, portanto, 57 anos de
funcionamento. A estrutura administrativa da Universidade é formada por Reitoria (reitor e
vice-reitor representantes legais); unidades acadêmicas; centros; conselhos superiores e
órgãos complementares.
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conta com mais de 37 mil estudantes de graduação registrados, além de 7.600 estudantes
de pós-graduação e 3.159 docentes (Fonte: DPO, 2016).
A Faculdade UnB Gama (FGA) foi criada a partir do Programa de Apoio ao Plano de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (programa REUNI) fomentado em
2007. Nesse projeto, a UnB visa a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das
regiões limítrofes do DF. Inicialmente, foram ofertadas 480 vagas anuais em 04 novos
cursos de graduação: Engenharia Automotiva, Engenharia Eletrônica, Engenharia de
Energia e Engenharia de Software. Em 2012, a FGA abriu o curso de Engenharia
Aeroespacial e, a partir desse ano a oferta de vagas passou de 480 para 560 vagas anuais,
passando a atender 2.500 estudantes regularmente matriculados. Sobre cursos de pós-
graduação, a FGA conta com um Latu sensu em Engenharia Clínica e Modelagem de
Sistemas Complexos; Stricto Sensu (mestrado): Engenharia Biomédica e Integridade de
Materiais da Engenharia.
Projeto 02: Período 2010 a 2011 – Testes dinâmicos para certificação de anel balanceador
a ser aplicado em veículos de transporte interestaduais e veículos de carga
Integrante financiador: Centramatic
Principais resultados: Certificação no Brasil de um anel balanceador externo a ser fixado
nas rodas de veículos de transporte. Foram executados testes dinâmicos, a fim de
determinar a eficiência do equipamento. O aspecto da segurança reside no fato de reduzir a
vibração do sistema de rodas.
Projeto 03: Período de 2014 a 03/2019 – Análise de projeto e vínculo causal na ocorrência
de supostos defeitos em veículos.
Integrante financiador: DENATRAN.
Principais resultados: Análise de cerca de 30 processos iniciados no DPDC e que com os
pareceres fornecidos pela equipe de professores da UnB auxiliou o DENATRAN a dar
andamento aos mesmos, tomando as decisões cabíveis, inclusive, culminando em recalls.
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Projeto 04: Período 2012 – 2015 – Projeto estrutural de um sistema de proteção contra
impactos e capotagem (Roll over Protective Structure) para veículos 4 x 4 da Vale
Mineração.
Integrante financiador: Vale S.A.
Principais resultados: fornecimento à Vale Mineração S. A. de projeto da estrutura de
proteção testada numérica e experimentalmente, comprovando os benefícios de segurança
em sua utilização. Baseado nesse projeto, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por
meio da Resolução Contran nº 506/2014, regulamentou o uso e a instalação da estrutura de
proteção contra impactos e rolagem (ROPS) para cabine de caminhonetes utilizadas nas
atividades de mineração subterrânea e a céu aberto, em garimpos, e de beneficiamento e
pesquisa mineral, de uso facultativo e exclusivo para a atividade de mineração.
Projeto 05: Período 06/2018 a 02/2020 - Modelagem de teste de roof crush em escala
reduzida: abordagem experimental e numérica.
Financiador: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF)
Principais resultados: inovação na tecnologia de teste de um componente específico em
Segurança Veicular (teto), em decorrência da adaptação de um dispositivo de teste de valor
elevado e que ocupa grande espaço físico, a partir do tratamento em escala reduzida. O
impacto principal é a redução da complexidade e do custo de realização de testes
envolvendo esmagamento de teto veicular. O projeto ainda se encontra vigente.
Além de ser uma ICT independente do mercado, a Fundação Universidade de Brasília conta
com o corpo docente do Curso de Graduação em Engenharia Automotiva. Em particular, o
curso é formado por 24 professores(as) especialistas nas áreas que permeiam a
Engenharia Automotiva (materiais, estruturas, eletroeletrônica, projetos, etc.). Naturalmente
o corpo docente do curso formado por peritos, engenheiros, doutores estarão disponíveis
como contrapartida deste programa. Em relação aos recursos disponibilizados:
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