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1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que o sucesso de uma empresa está atrelado a interação dentre todas as suas esferas de
forma a interagir em beneficio do objetivo organizacional. E para assessorar e garantir a
competitividade no mercado atuante às empresas contemporâneas dispõem de duas ferramentas
fundamentais, o planejamento e a programação. Estas se tornaram utensílios primordiais para todos
os setores de uma organização, em especial no aprimoramento da produção.
Existem outras definições com visão mais global, como: “Função existente numa organização com a
missão de garantir a disponibilidade da função dos ativos (equipamentos, instalações e pessoas) de
modo a atender a um processo de produção ou serviço, com confiabilidade, segurança, preservação
do meio ambiente e custos adequados”.
Assim, esta pesquisa busca enfatizar a importância de uma programação eficiente da produção no
tocante a manutenção, como forma de reduzir os custos e aperfeiçoar os processos produtivos, com
confiabilidade e qualidade, tornando possível melhoria ao produzir com eficiência todos os
equipamentos em perfeito funcionamento sempre que solicitado pela programação da produção.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Manutenção
Segundo VIANA, manutenção é uma “palavra derivada do latim manus tenere, que significa manter o
que se tem”. Ou seja, é o conjunto de atividades direcionadas para garantir, ao menor custo possível,
a máxima disponibilidade dos equipamentos e sistemas para a sua capacidade máxima de produção
ao que se destinam, prevenindo e reduzindo a ocorrência de falhas e identificando causas da redução
de performance dos equipamentos e/ou sistemas.
Na Área de manutenção, ocorrem paradas previstas e não previstas. Pode-se definir “parada” como
qualquer interrupção total ou parcial de funcionamento de um equipamento e ou sistema durante
um período de produção. Como por exemplo: Uma linha de produção deixou de produzir um % da
produção programada, devido a uma parada de um determinado equipamento, o tempo de não
produção será justificado é computado como “parada”.
Segundo VIANA, “Manutenção preventiva é todo serviço de manutenção realizado em máquinas que
não estejam em falhas, estando em condições operacionais ou em estado de zero defeito”.
Essas intervenções são realizadas sistematicamente, em intervalos fixos de tempo (semanal, mensal,
trimestral, semestral ou anual), independentemente da condição do equipamento, no qual alguns
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componentes são substituídos, por serem de baixo custo ou ainda por serem muito críticos, e,
portanto, passíveis de programação e planejamento com grande antecedência. A Manutenção
Preventiva Sistemática é adotada para oferecer uma grande tranqüilidade operacional dos sistemas e
equipamentos.
O PDCA é aplicado para se atingir resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser utilizado em
qualquer empresa independentemente de sua área de atuação.
Este é um aspecto que não pode ser analisado isoladamente, pois em conjunto com a confiabilidade
operacional, certamente refletirá, em médio prazo, a eficácia da sistemática da manutenção
aplicada.
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Para que a área de manutenção possa conhecer seus custos, e saber se o trabalho desenvolvido por
ela está sendo corretamente executado e alcançando bons resultados, alguns indicadores básicos
deverão ser planejados e acompanhados.
Os indicadores sempre foram uma ferramenta polêmica nas empresas, entretanto dois aspectos são
fundamentais na escolha dos indicadores. São eles:
Existem muitos indicadores de manutenção que podem ser usados para se medir o desempenho da
manutenção. Cabe à equipe de manutenção, e em comum acordo com os gerentes de produção,
definir quais indicadores serão usados, bem como, sua frequência e período. Pode-se citar segundo
VIANA alguns dentre vários desses indicadores.
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Para exprimir o índice capaz de avaliar as interferências desse tipo de intervenção, necessitamos
caracterizar e levantar os seguintes tempos:
Com os tempos acima, pode-se calcular o “IIMC - Índice de Interferência de Manutenção Não-
Programável / Não-Planejável” (“Corretiva”).
IIMC = (HO-HC) / HO
Para exprimir o índice capaz de avaliar as interferências desse tipo de intervenção, necessitamos
caracterizar e levantar os seguintes tempos:
IIMPV = (HO-HP) / HO
É a relação entre o produto do número de itens pelos seus tempos de operação e o número total de
falhas detectadas nesses itens no período observado.
Esse índice deve ser usado após a ocorrência de uma falha. A análise dos períodos deve ser sempre
comparados, pois o objetivo da equipe deve ser o “TMEF – Tempo Médio Entre Falhas” tendendo ao
infinito.
NI = Número de Itens
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TO = Tempo de Operação
TMEF = NI . TO / NF
É a relação entre o tempo total da intervenção corretiva em um conjunto de itens com falha e o
número total de falhas detectadas nesses itens, no período desejado. Esse índice deve ser usado
após a ocorrência de falhas. A análise dos períodos deve ser sempre comparados, pois o objetivo da
equipe deve ser o “TMRP - Tempo Médio de Reparação” cada vez menor.
É a relação entre o número total de itens com falha (Manutenção Corretiva), e o tempo total
acumulado no qual esse conjunto foi observado. Esse índice deve ser acompanhado em períodos
fixos, semanais, quinzenais ou mensais, de modo a permitir a análise dos dados, pois o objetivo da
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equipe deve ser a “TXFO – Taxa de Falha Observada” mais baixa possível, de preferência tendendo
para zero.
Manutenção Produtiva Total nos processos, buscando reduzir ao máximo o número de quebras dos
equipamentos durante os processos de produção.
O bom planejamento possibilitará ao mantenedor executar sua tarefa sem que tenha de interromper
por falta de qualquer informação ou insumo. Por esta razão, o Planejador deve ter o conhecimento
de todo o cenário em que os equipamentos objetos do planejamento estão contidos, seja
metodologia de avaliação dos riscos envolvidos, metodologia de detalhamento das tarefas, processos
logísticos, processo de aquisição de material e noções básicas da própria execução da tarefa
mantenedora.
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Para Certo (2003, p. 103) planejamento “é o processo de determinar como a organização pode
chegar onde deseja e o que fará para executar seus objetivos”. E complementa ainda que planejar “é
uma atividade gerencial fundamental independentemente do tipo de organização que esteja sendo
gerenciado”. Desta forma, o autor afirma que por meio do planejamento a empresa pode contribuir
para suas expectativas futuras.
Já Corrêa et al (2001, p. 36) afirma que planejar é entender e considerar a situação atual para ter
visão de futuro influenciando as decisões tomadas no presente e assim poder atingir determinados
objetivos vindouros. Este plano pode ser traçado baseado nas informações passadas ou presentes e
projetadas para o futuro seja ele curto, médio ou longo prazo.
Assim, fica evidenciado, o alto nível de importância que o planejamento exerce, bem como, a
necessidade de sua utilização de forma correta.
3. METODOLOGIA
Objeto deste estudo tem como premissa demonstrar a metodologia dos processos de planejamento
e programação da manutenção nas bases operacionais da Petrobras.
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Este padrão se aplica ao processo normal de manutenção das instalações offshore, realizadas pelas
equipes fixas de bordo.
3.2 Descrição
O PMB tem como objetivo estruturar uma equipe multidisciplinar nas bases operacionais das
plataformas com a função de planejar e programar toda a carteira de manutenção que será
executada pela equipe fixa de bordo e que estiver sob responsabilidade das gerências de operação
da produção (OP) e manutenção de integridade (MI). Os principais objetivos do processo são:
Para atingir os objetivos, o processo do PMB está contemplado nos sete sub processos, conforme
ilustração abaixo:
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3.4.1 Componentes
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# Indicador Descrição
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A REMAN possui abordagem subdividida em quatro enfoques ou pilares distintos, sendo cada um
deles orientado por um fluxograma anexo ao Padrão:
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A condução da REMAN caberá ao Gerente do MI e este deverá respeitar a sequência definida pelos
quatro Pilares, sendo que, ao concluir o enfoque de um Pilar, antes de alterar o enfoque para o Pilar
seguinte, deverá haver o registro das ações geradas, seus responsáveis e prazos, bem como o
“follow-up" das ações vencidas na ferramenta Reunião Colaborativa do Portal do Ambiente
Colaborativo.
Resultados Esperados:
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Com base na metodologia dos processos de planejamento e programação da função manutenção nas
bases operacionais da UO-RIO foi possível observar os benefícios propostos que se destacaram em
função da implantação do PMB.
Assim, a pesquisa proposta buscou demonstrar através do seu problema, qual a importância do
planejamento e programação da manutenção nas bases das plataformas da Petrobras.
Também, verifica-se que o PMB contribui para que as organizações busquem cada vez mais formas
de padronizar e promover melhorias nos seus processos de modo a atrelar a tangibilidade dos
anseios na produtividade da empresa e promover um diferencial competitivo na potencialização da
redução dos custo.
Importante salientar também a forma como a metodologia do PMB é transmitida para a equipe de
planejamento e programação, neste quesito fica perceptível à necessidade de identificação de
demandas de manutenção nas unidades marítimas da UO-RIO, referentes ao processo PMB,
garantindo que os trabalhos de manutenção sejam corretamente identificados e registrados.
Sobre os benefícios gerados pela implantação do PMB foram baixos custos com relação a
ferramentas e mão de obra; maior disponibilidade do maquinário; diminuição de riscos de acidentes;
aumento da produtividade, melhoria da eficiência nos seus resultados, aumento da qualidade de
execução dos serviços de manutenção e uma maior confiabilidade dos dados e informações nos
sistemas que suportam o processo.
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5. CONCLUSÕES
Os resultados positivos desta implantação só foram possíveis devido o engajamento de toda a equipe
de planejamento e programação juntamente com toda a coordenação ter aceitado as mudanças
propostas, permitindo o investimento nos materiais necessários e na capacitação dos principais
envolvidos, entendendo que o projeto precisa estar em eterna evolução, necessitando
permanentemente de atualização e adequação para não se tornar obsoleto.
Sendo assim, com base no estudo é possível concluir que as principais vantagens da implantação
deste planejamento foram: possibilidade de evitar trabalho desnecessário; maior eficiência na
execução da manutenção; maior produtividade das equipes; redução de tempos mortos; redução de
retrabalhos; redução dos custos da manutenção; prática sistematizada de planejamento e
programação da manutenção; melhoria no planejamento e programação de tarefas críticas; maior
qualidade e confiabilidade dos dados e informações no SAP; acompanhamento dos resultados da
manutenção; execução da manutenção de forma organizada e priorizada; aumento da satisfação da
equipe; focar a equipe de bordo na execução dos serviços; fortalecer as práticas de trabalho
baseando-se em padrões e, por fim, melhor qualidade e menor custo para o setor de manutenção.
Desta forma, no que se refere ao objetivo específico deste trabalho, pode-se afirmar que foi
completamente alcançado, pois a proposta foi desenvolvida e implantada na empresa em estudo.
Quanto aos objetivos específicos, também foram alcançados no decorrer do trabalho, através do
levantamento de todos os dados necessários e do desenvolvimento de cada uma das etapas para
implantação desta sugestão de planejamento e programação da manutenção.
Sendo assim, o modelo proposto demonstrou ser muito importante para garantir a disponibilidade e
confiabilidade do maquinário. Portanto, o PMB contribui para que a empresa busque cada vez mais
formas de padronizar e promover melhorias nos seus processos de modo a atrelar a tangibilidade
dos anseios na produtividade e promover um diferencial competitivo na potencialização de melhoria.
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REFERÊNCIAS
CERTO, Samuel C. Administração Moderna. Tradução de Maria Lúcia G.L. Rosa, Ludmila Teixeira
Lima; Revisão técnica de José Antônio Dermengi Rios. 9. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
CORRÊA, Henrique; CAON, Mauro; GIANESI, Irineu G.N. Planejamento, Programação e Controle da
Produção: MRP II/ERP: Conceitos, uso e implantação. 4. Ed. São Paulo: Gianesi Corrêa & Associados:
Atlas, 2001.
MAXIMIANO, Antonio César Amauri. Introdução à administração. 5º ed. rev. e ampl. São Paulo:
Editora Atlas, 2000.
Qualitymark 2001
YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e método. Trad. Daniel Grassi. 3. ed.
PETROLEO BRASILEIRO S/A. PADRÃO PETROBRAS PG-1EP-00181. Rio de Janeiro, 2013. Disponível
em: Treinamento PETROBRAS, Acesso Corporativo em: Dez. 2013.
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ANEXOS
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O Planejador verifica disponibilidade prévia dos recursos ,se estão todos confirmados
ou se há alto grau de certeza que serão entregues a tempo para execução do
serviço.
8 Liberar Ordem para Programação Planejador de Base SAP
A ordem deverá ser aprovada por alçada de valor. Após aprovação e confirmação
prévia da disponibilidade dos recursos, o Planejador libera a ordem para
programação.
A reunião de Planejamento Integrado deverá acontecer semanalmente e tem como Planejador Integrado, GEPLAT,
objetivo apresentar o pacote de serviço semanal do PMB, bem como a carteira de Coordenadores de bordo, 4º COMAN,
Realizar Reunião Semanal de Planejamento serviços consolidados do PIR. Supervisores, Planejadores,
10 N/A
Integrado (S-2) Na ocasião, os Planejadores deverão declarar e negociar suas necessidades de Programadores, Equipe do PIR,
recursos externos, tais como andaimes, caldeireiro, eletricista, adequação ao padrão Coordenador CGM e Representantes
de liberação, etc. das Gerências de Apoio