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*Obrigatório
( ) Sim ( ) Não
( ) A – Difusão artística
( ) B – Culturas periféricas
( ) C – Culturas Rurais
( ) D – Memória e tradições
( ) E - Culturas LGBTQIA+
5. A sua proposta é? *
10. Você é? *
11. Qual o seu endereço? Lembre-se de colocar o seu endereço o mais completo
possível, incluindo rua, avenida, praça ou comunidade, número da casa ou prédio (neste
caso não se esqueça do nome da mesmo e o número do apartamento) e o bairro/distrito.
*
( ) Sim ( ) Não
18. Qual o link para a sua fotografia? Este item é obrigatório para os inscritos em
cotas raciais.
19. Você autoriza a divulgação de sua fotografia para fins da homologação de sua
inscrição na reserva de vagas?
( ) Sim ( ) Não
20. Você é uma Pessoa com Deficiência (PcD)? Se sim, assinale abaixo a
necessidade. *
( ) Deficiência Física
( ) Deficiência Auditiva
( ) Deficiência Visual
( ) Deficiência Mental
( ) Deficiência Multipla l
21. Qual o link para o drive com os seus documentos? (Cópia do CPF, RG,
Comprovante de residência e comprovante bancário. - Você poderá atualizar estes
documentos até o final do processo de seleção, mas já inclua o link da pasta do seu
drive) *
30. Qual/quais o(s) produto(s) desta proposta? Descreva de forma mais objetiva
possível o seu produto. Lembre-se que a proposta é utilizar as redes sociais e
plataformas de stream. *
32. Porque sua proposta deve ser premiada? Apresente os motivos e justificativas
para a sua premiação. *
36. Caso tenha assinalado outra na questão anterior, informe qual será esta.
37. Quais redes sociais ou canais de stream você(s) utilizará(ão) neste projeto? *
38. Há mais alguma coisa que queira falar sobre sua proposta?
Declarações Obrigatórias
39. Declaro: *
( ) em caso de optante pelas cotas raciais, que concordo com a divulgação da minha
imagem para fins de controle da veracidade de autodeclaração racial.
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A cultura e seu potencial de influenciar o tipo de desenvolvimento mais adequado
a um territó rio revela a importâ ncia política de se formular estratégias territoriais.
Tais estratégias só podem e devem ser formuladas a partir do reconhecimento dos
corpos que as produzem e nos seus contextos sociais e histó ricos. Por essas
expressõ es variarem no tempo e no espaço se torna imprescindível a ocupaçã o de
corpos periféricos nas produçõ es artísticas locais, tendo em vista o papel político e
transformador social da arte no Mundo. Na intençã o de criar uma realidade que
desejamos e diferente da qual está dada, a produçã o de uma revista eletrô nica
seria potente para revelar nossas denú ncias, experiências de produtores de
culturas marginais e modos de vida dissidentes.
Frente a um cená rio pandêmico, as distâ ncias entre mundo ideal e mundo real se
alargam. O circuito intensivo ativado pela equipe de curadoria de textos e ademais
materiais visuais e audiovisuais está sendo impulsionado por questõ es que dizem
respeito à s sobrevivências, resistências e à saú de mental da juventude periférica e
artística feirense.
Nossos corpos foram ordenados a se afastarem um dos outros e o lugar do
contato/cuidado precisou ser ressignificado, pensar os limites dessas distâ ncias
abriu questõ es para questionar os limites que definem o que é central do que é
periférico. O que fazer para sobreviver? A dú vida agonizante amplamente
questionada mais afundo a partir do ano de 2020 é a dú vida que sempre
acompanhou e ainda acompanha os corpos pretos, pardos e indígenas, os corpos
femininos, afeminados e transfigurados.
É nesse sentido da periferia enquanto lugar das diferenças e formaçã o do comum
pelas diferenças – daí a noçã o coletiva de comunidade – que acreditamos no
potencial e na necessidade da produçã o de nossa proposta. Uma rede que a partir
da sabedoria popular pensa em transmitir os conhecimentos artísticos entre nó s e
para a comunidade feirense, bem como a sustentabilidade de nosso trabalho
enquanto pesquisadores e artistas.
A rede que compõ e o projeto foi embasada nesses corpos marginalizados que
vivenciam tempos de retorno ao conservadorismo que constantemente negam
seus modos de vida. Na contramã o, em busca de afirmar à vida, encontramos no
livro de Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista, chamado “Ideias para adiar o
fim do mundo”, publicado meses antes da pandemia. A citá -lo: “[...] coragem para
sair de uma atitude de negaçã o da vida para um compromisso com a vida, em
qualquer lugar”. Essa mesma rede se revela enquanto circuito intensivo
amplamente expresso em políticas de identidade, capaz de se manifestar em
valores, diferenciaçã o e afirmaçã o de si mesmo e com outros grupos
sociais/territoriais. Territó rio, cultura e identidades sã o os motores que engedram
a construçã o e motivam à açã o do projeto.
A composiçã o de mú ltiplas possibilidades artísticas (poemas, QR codes interativos
com danças e performances e até a elaboraçã o de um artigo científico que
destacará reflexõ es da juventude artística e periférica feirense) darã o
oportunidades de visibilidade geral e, também, de circulaçã o em contextos
escolares e educacionais, visto que já existem parcerias entre os produtores da
revista com professores, oficineiros, coreó grafos e outros profissionais da
educaçã o.
É importante destacar o cará ter de combate da revista eletrô nica à realidade dada,
principalmente pensando na sociedade neoliberal, machista, racista e intolerante
à s diferenças que gera um espaço que praticamente iguala a periferia à violência.
Pesquisas sobre a violência no espaço urbano feirense tem crescido dentro da
UEFS, revelando dados junto à Rede de Observató rios da Segurança que apontam
Feira de Santana como a cidade mais violenta do interior baiano, com grá ficos
ascendentes no que diz respeito à homicídios, violência sexual e violência contra
mulher. Segundo à rede já citada, o total de ocorrências de violência sexual em
Feira cresceu 130% no período de 2009 a 2017. As vulnerabilidades se ampliam ao
passo que deixamos o centro e saímos do anel de contorno. Os bairros periféricos
despontam nas estatísticas de violência na cidade, a exemplo do bairro do Aviá rio,
Mangabeira e Conceiçã o, que juntos no primeiro semestre de 2016 totalizaram 36
dos 185 homicídios registrados na cidade, segundo a rede já citada.
Pú blico:
O pú blico é livre, para todos os gêneros, raças e faixas etá rias. Nã o obstante haverá
um esforço maior para a circulaçã o dentro de escolas pú blicas e privadas feirenses,
enquanto material local que pode e deve ser explorado e investigado.