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O primeiro filósofo foiTales de Mileto. Tales acreditava que a primeira substância era a
água, a água era a origem única de todas as coisas. Ele acreditava que era possível ver a
água em tudo. Se tudo era água, tudo era um por conclusão lógica. Logo o universo
inteiro era caracterizado pela unidade na visão de nosso primeiro filósofo.
Anaximandro de Mileto acreditava que o universo tenha sido criado por modificações de
um princípio originário (arché). Esse princípio era o ápeiron (infinito). Esse primeiro
princípio tinha de ser naturalmente não-gerado, pois aquilo que foi gerado tem
necessariamente um fim. Logo esse princípio era o princípio de todas as coisas, mas não
teve um princípio próprio.
Pitágoras de Samos acreditava na unidade entre todos os seres existente. O que unia
todos os seres era a arithmós (no caso, a matemática). O esforço intelectual conseguiria
unificar numericamente todas as coisas. Os números são, portanto, a alma das coisas.
Heráclito e Parmênides
Comecemos por Heráclito: tudo é contínua mudança, isto é, estamos numa constante
alteridade. Daí surge o clássico exemplo do rio: quando banhamo-nos no rio, somos uma
coisa e o rio outro; quando banharmo-nos novamente, seremos outra coisa e o rio outra.
O ser está em constante mudança, tudo está em constante mudança.
Parmênides afirmará o contrário, o ser não está em contínua mudança, mas em estado de
permanência. Parmênides entrará em duas noções: “o que é” e “o que não é” – o segundo
revelar-se-á impossível segundo o pensamento de Parmênides. O ser é, foi e sempre
será o mesmo. O não-ser não é e nunca será. O ser não pode vir a tornar-se outro ser,
pois para ser outro ser ele teria de ser o não-ser – e isto é uma impossibilidade lógica.
Quando um ser é criado, ele já tem dentro de si todas as potencialidades que o definirão.
Logo ele nunca se torna o que ele não poderia vir a ser, tudo já está delimitado em sua
potencialidade.