CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO

FÍSICA E FISIOLÓGICA PARA

ATLETAS COM DEFICIÊNCIA

PROF. ME PAULO ROBERTO ALVES FALK

• QUAL CLASSIFICAÇÃO É UTILIZADA PARA
SELECIONAR ATLETAS DOS ESPORTES
PARAOLÍMPICOS?
 BASQUETE PROFISSIONAL
• A REGRA PERMITE QUE VOCÊ, COM SUA
ALTURA, SEJA JOGADOR DE BASQUETE?
• VOCÊ PODERIA JOGAR BASQUETE EM ALTO NÍVEL?
1,85
 AVALIAÇÃO FÍSICA E FISIOLÓGICA PARA ATLETAS COM
DEFICIÊNCIA
• AS AVALIAÇÕES DAS CAPACIDADES FÍSICAS DESEMPENHAM PAPEL
FUNDAMENTAL NA PRESCRIÇÃO E NO ACOMPANHAMENTO DAS RESPOSTAS
FISIOLÓGICAS ANTE O TREINAMENTO.
• DE ATLETAS PARALÍMPICOS. DESSE MODO, O EMPREGO ADEQUADO DE
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE DOS TESTES PODEM
AUXILIAR A PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO DE MANEIRA MAIS PRECISA,
AGREGANDO BENEFÍCIOS AO DESEMPENHO ESPORTIVO E,
CONSEQUENTEMENTE, LEVANDO À CONQUISTA DE MELHORES RESULTADOS
NO ESPORTE.
• O TREINAMENTO FÍSICO DEVE SER CONSTANTEMENTE
MONITORADO POR MEIO DO CONTROLE DAS PRINCIPAIS
VARIÁVEIS LIGADAS AO DESEMPENHO DO ATLETA, PARA
QUE SE TENHA UM DESENVOLVIMENTO APROPRIADO DAS
QUALIDADES FÍSICAS PERTINENTES À ATIVIDADE ES-
PORTIVA.
• ALÉM DO MONITORAMENTO DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS FÍSICAS E
FISIOLÓGICAS, ESTÁ INDICADA A UTILIZAÇÃO DE ERGÔMETROS
E/OU TESTES QUE MAIS SE APROXIMEM DAS AÇÕES E GESTOS
ESPORTIVOS DA MODALIDADE PRATICADA, TANTO NAS
AVALIAÇÕES EM LABORATÓRIO COMO EM CAMPO. DESSE MODO,
PARA A OBTENÇÃO DE RESULTADOS MAIS PRÓXIMOS DA
REALIDADE ESPORTIVA DO AVALIADO, DEVE-SE LEVAR EM CONTA A
ESPECIFICIDADE DOS TESTES, POIS PODE HAVER DISCREPÂNCIAS
NOS RESULTADOS OBTIDOS QUANDO SE UTILIZAM ERGÔMETROS
DIFERENTES, COMO A BICICLETA ERGOMÉTRICA E A ESTEIRA.
 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR

• A AVALIAÇÃO ISOCINÉTICA TORNA POSSÍVEL IDENTIFICAR E

QUANTIFICAR A FORÇA E O EQUILÍBRIO MUSCULAR DE ATLETAS.
ESSA AVALIAÇÃO PERMITE CARACTERIZAR AS ALTERAÇÕES E
DESEQUILÍBRIOS MUSCULARES RESULTANTES DA PRÁTICA DE
ESPORTES, LEVANDO À MELHORIA DO DESEMPENHO ESPORTIVO,
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES.
• AS ADAPTAÇÕES MUSCULARES ESPECÍFICAS DA MODALIDADE
ESPORTIVA PODEM DAR INÍCIO A UM DESEQUILÍBRIO DAS FORÇAS
QUE AGEM TANTO ESTÁTICA COMO DINAMICAMENTE SOBRE AS
ARTICULAÇÕES, PROVOCANDO ALTERAÇÕES POSTURAIS E
MECÂNICAS. ESSE DESEQUILÍBRIO PODE PREDISPOR OS ATLETAS A
LESÕES E REDUÇÃO DO DESEMPENHO.
• ESTUDOS QUE TRABALHARAM COM O BALANÇO MUSCULAR DEMONSTRARAM DIMINUIÇÃO
NO ÍNDICE DE NOVAS LESÕES. NESSE SENTIDO, AUTORES RELATAM QUE A PERSISTÊNCIA DA
FRAQUEZA MUSCULAR E O DESEQUILÍBRIO PODEM DAR ORIGEM A LESÕES MUSCULARES
RECORRENTES, COM O PROCESSO DE REABILITAÇÃO CONTRIBUINDO PARA A REDUÇÃO DOS
SINTOMAS E O RETORNO À ATIVIDADE. UM PROGRAMA DE AQUECIMENTO GLOBAL
DESTINADO A MELHORAR A FORÇA, A CONSCIÊNCIA E O CONTROLE CORPORAL
NEUROMUSCULAR PODE AGIR DE MANEIRA PREVENTIVA.
• OS ATLETAS QUE APRESENTARAM DÉFICIT NO PICO DE TORQUE FORAM
ORIENTADOS A REALIZAR UM TRABALHO ESPECÍFICO DE TREINAMENTO DE
FORÇA E COM ISSO DIMINUÍRAM O DÉFICIT DE FORÇA. EM CONCLUSÃO,
PODEMOS AFIRMAR QUE A DINAMOMETRIA ISOCINÉTICA POSSIBILITA UMA
QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS RELACIONADAS COM A
PERFORMANCE MUSCULAR E PERMITE A IDENTIFICAÇÃO DE DÉFICITS NA
FORÇA MUSCULAR, ENTRE MEMBROS OU ENTRE GRUPOS MUSCULARES
AGONISTA E ANTAGONISTA, DA ARTICULAÇÃO AVALIADA. ALÉM DISSO,
AUXILIA O ACOMPANHAMENTO DOS EFEITOS DO PROGRAMA DE
TREINAMENTO E TAMBÉM O PROCESSO DE REABILITAÇÃO.
 AVALIAÇÃO ANAERÓBIA
• TESTES ANAERÓBIOS MENSURAM A POTÊNCIA E A CAPACIDADE ANAERÓBIA.
• A POTÊNCIA ANAERÓBIA ESTÁ LIGADA À QUANTIDADE DE ENERGIA GERADA PELAS VIAS
ANAERÓBIAS (ATP-CP E GLICOGÊNIO) EM UM INTERVALO DE TEMPO, ENQUANTO A
CAPACIDADE ANAERÓBIA É DEFINIDA COMO A QUANTIDADE MÁXIMA DE ATP
RESSINTETIZADO, VIA METABOLISMO ANAERÓBIO, POR TODO O ORGANISMO, DURANTE UM
MODO ESPECÍFICO DE EXERCÍCIO MÁXIMO DE CURTA DURAÇÃO.
• O TESTE DE WINGATE, NA MAIORIA DAS VEZES REALIZADO EM CICLOERGÔMETRO, É UTILI-
ZADO PARA MEDIR A POTÊNCIA ANAERÓBIA DE PICO (POTÊNCIA ANAERÓBIA), BEM COMO A
POTÊNCIA ANAERÓBIA MÉDIA (CAPACIDADE ANAERÓBIA). O TESTE GERALMENTE É EXECUTA-
DO NO ERGÔMETRO DE PERNA OU BRAÇO, EM UM TEMPO DEFINIDO (NORMALMENTE 30S),
PEDALANDO EM VELOCIDADE MÁXIMA CONTRA UMA CARGA CONSTANTE DE APROXIMADA-
MENTE 7,5% DA MASSA CORPORAL.
 AVALIAÇÃO ANAERÓBIA EM LESIONADOS MEDULARES
• A LESÃO MEDULAR ACOMETE OS SISTEMAS MOTOR, SENSORIAL E AUTÔNOMO, INFLUEN-
CIANDO O DESEMPENHO NO EXERCÍCIO FÍSICO E A CAPACIDADE FUNCIONAL, AO EXERCER
EFEITO SOBRE O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO, INTERROMPENDO O ESTÍMULO SIMPÁTICO
PARA O MIOCÁRDIO EM NÍVEIS DE LESÕES ACIMA DE T1.

A estimulação simpática é capaz de desencadear

efeitos como o aumento da frequência cardíaca, da
velocidade de condução cardíaca, da pressão
arterial, da contratilidade e da capacidade do
coração em relaxar e se encher.
• POUCOS LABORATÓRIOS TÊM A POSSIBILIDADE DE USAR EM SUAS
AVALIAÇÕES ERGÔMETROS ESPECÍFICOS PARA CADEIRA DE RODAS, TENDO EM
VISTA SEU ALTO CUSTO E A DIFICULDADE DE MANUTENÇÃO. POR ISSO,
UTILIZA-SE O CICLOERGÔMETRO DE BRAÇO PARA A MAIORIA DOS TESTES
REALIZADOS EM LABORATÓRIO.
• UM ESTUDO CONDUZIDO COM 67 ATLETAS DE ELITE
CADEIRANTES (INCLUINDO LESIONADOS MEDULARES)
ELUCIDOU QUE A POTÊNCIA ANAERÓBIA APRESENTA UMA
RELAÇÃO DIRETA COM A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO
ATLETA (QUANTO MENOR O COMPROMETIMENTO DO
ATLETA, MAIOR O GRAU DE FUNCIONALIDADE).
• ALÉM DA CAPACIDADE FUNCIONAL, A CAPACIDADE
ANAERÓBIA APRESENTA FORTE CORRELAÇÃO COM AS
HORAS DE TREINAMENTO DO ATLETA.
• HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=6STEJQMV9S8
 AVALIAÇÃO AERÓBIA

• POTÊNCIA AERÓBIA É A CAPACIDADE DO INDIVÍDUO REALIZAR UMA ATIVIDADE

FÍSICA UTILIZANDO PREDOMINANTEMENTE A ENERGIA PROVENIENTE DO
METABOLISMO OXIDATIVO DOS NUTRIENTES. A CAPACIDADE AERÓBIA É UM
COMPONENTE IMPORTANTE DO CONDICIONAMENTO FÍSICO, DEPENDENDO
DO SISTEMA DE TRANSPORTE E CONSUMO DE OXIGÊNIO DOS TECIDOS EM
EXERCÍCIO. ASSIM, O TREINAMENTO AERÓBIO ENGLOBA ADAPTAÇÕES
CENTRAIS COMO AS FUNÇÕES CARDÍACA E RESPIRATÓRIA E ADAPTAÇÕES
PERIFÉRICAS OU MUSCULARES QUE PODEM LIMITAR O DESEMPENHO FÍSICO.
• ENTRE OS ÍNDICES MAIS ESTUDADOS PARA A PREDIÇÃO DO
DESEMPENHO AERÓBIO ESTÃO O CONSUMO DE OXIGÊNIO DE
PICO (VO2PICO), QUE FOI DESCRITO COMO DEPENDENTE DE TRÊS
SISTEMAS FISIOLÓGICOS (FUNÇÃO MUSCULAR, FUNÇÃO
CARDIOVASCULAR E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA), E A ECONOMIA DO
MOVIMENTO DURANTE A PRÁTICA ESPORTIVA.
 AVALIAÇÕES EM CAMPO
• AS AVALIAÇÕES REALIZADAS EM CAMPO SÃO MAIS VANTAJOSAS PELO FATO
DE AVALIAREM O ATLETA EM SEU AMBIENTE ESPORTIVO, TENDO A
POSSIBILIDADE DE MENSURAR E AVALIAR AS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS COM
MAIOR ESPECIFICIDADE DENTRO DA MODALIDADE ESPORTIVA.
• AO COMPARAR OS RESULTADOS DE UM TESTE DE ESTEIRA ROLANTE COM AS
DE UM TESTE EM CAMPO, EM ESQUIADORES FUNDISTAS, PODE-SE OBSERVAR
QUE O VO2PICO OBTIDO NOS TESTES EM CAMPO FOI MENOR DO QUE OS
RESULTADOS OBTIDOS NO LABORATÓRIO.
• ESSE ACHADO PODE SER JUSTIFICADO PELO FATO DE QUE NO AMBIENTE
LABORATORIAL O AVALIADOR DISPÕE DE RECURSOS (PELAS ANÁLISES
CARDIORRESPIRATÓRIAS E METABÓLICAS) PARA VERIFICAR SE O ATLETA ESTÁ
EM SUA CAPACIDADE MÁXIMA. EM CAMPO, O AVALIADOR NÃO TEM
CONTROLE DESSAS VARIÁVEIS, E O ATLETA PODE PARAR O TESTE ANTES DE
ALCANÇAR A CAPACIDADE MÁXIMA.
 ...E O QUE EU QUERO É A REPRODUÇÃO DA
MODALIDADE

• NO ENTANTO, AO SER AVALIADO O VO2PICO PELO TESTE DE

CAMPO E LABORATÓRIO EM TENISTAS PARALÍMPICOS, OBSERVOU-
SE QUE NÃO HOUVE DIFERENÇA SIGNIFICATIVA ENTRE OS
RESULTADOS OBTIDOS. ENTRETANTO, EM CAMPO, OS ATLETAS
EXERCERAM INTENSIDADES MAIORES DO QUE O LIMIAR
ANAERÓBIO, EM PARTICULAR EM ESPORTES INTERMITENTES (BAS-
QUETE E TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS).