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O solitário

Começa em uma tarde abafada em seu castelo que se encontra no monte


onde governa, um vento entra pela janela para refrescar o descanso que o rei lá
terá. Do vento que invade pela janela também a um pássaro de uma cor semi-igual,
fazendo uma referência a o metal, não como qualquer metal, mas o que o rei
conhecia e contava a todo dia, com seus olhos que no final dizia:

- Com tanto ouro, como suas plumas conseguem erguer seu corpo? Sé vales como
ouro, então que entre na minha sala do tesouro!
Pronto. Ergue-se o rei de seu descanso, levantando de sua cama e indo até o
pássaro estranho, quando chega na pobre ave, vê que nele falta ainda beleza, onde
do ouro lembra-se de seu brilho, e do pássaro apenas um animal grunhindo sem o
real brilho do ouro que tem em castelo e reino. O pássaro vendo o olhar de
desprezo do rei, não o aprova e por isso ele diz:

- De minhas plumas apenas a cor não importa, pois tenho entre minhas asas algo
que lhe falta, o amor de alguém que você gosta. Se não posso entrar em teu tesouro
então viverás sozinho no fundo do fundo do poço.
Para o rei isso não faz sentido, já que tens com sigo sua esposa e filhos, mas
o medo o assombra, um pássaro cor de ouro disse que pode perder o que tem, será
que fara mal a alguém? Com medo o rei então foi de pressa a sua família, não parou
nem quando pisou na cortina e caiu, se levantando voltando a correr. Chegando
então a sua filha ele a abraça agradecendo os céus que está vida. Partindo então ao
quarto do filho, vê que ele no mesmo está dormindo, mas ao chegar em seu quarto
de sua amada se depara com uma pessoa saindo de baixo dos tecidos, alguém o
qual o rei não dava ouvidos, se baixo das cobertas sai então o seu domador de
feras. Quando vistes isso, de seu coração ergue-se o vermelho contrário ao amor, o
vermelho que em meio ao sangue causa a dor, perante o corpo do domador de
feras a uma surra que mostra sua fraqueza.

- Não faças isso meu rei, enganado estarás se não ouviste-... - suas palavras foram
paradas pelas mãos do rei que o sufoca.
- Cale-se, súdito infiel, como a vadia de minha esposa que nunca a tratei mal, devo
mostrá-la oque farei em uma traição infernal.
- M-meu rei... foi a solidão... o valor da solidão pago em ouro...
Ouro, o rei entende o valor e as palavras que o ouro... pássaro lhe disse.

Dai para frente eventos estrondosos ocorreram no castelo, todo estava em chamas
pelas velas que acenderam o tecido no chão, o que o rei derrubou, gritos então ele
escutou, logo após matar o súdito infiel. Correndo pelo castelo o rei encontra sua
esposa traíra, encorado sobre a parede que em chamas ardia, grita ela por ajuda
dizendo:
- Meu amado rei, me ajuda! Quero viver minha vida ao teu lado, morrer me
deixaria isolado. Me dê sua confiança e mostre teu amor por min, apagas este fogo
e me leva para longe em fim. – clama sua amada já ajoelhada com seu choro
descendo as escadas.
- De min, não terá nem meu desprezo, que sua morte venha e lento.
Quando tudo está a queimar, junto de tudo o rei também fora, mas para sua
infelicidade, as palavras do pássaro assim foram feitas e da morte ressurge o rei,
sozinho no castelo onde vivia sua família, que agora morta estaria se encontrasse
seus corpos nestas cinzas.
O Rei, solitário agora está, com tanto tempo sem seu reino reinar,
enlouqueceu em meio a solidão que o agracia sempre com muita tristeza e medo
em seu coração. Arrancava sua cabeça e cortava seu peito, mas da visa não se
livrava e o desespero o devorava. Se lembrou do pássaro estranho, e soube de suas
palavras que antes duvidava, mas agora sozinho o deixava.
Com o tempo que passa, percebe-se que o rei não necessita mais comer
nada, descansar apenas quando choras em seu canto repetindo sem parar que
solitário e triste ele está. Com tudo isso, pessoas foram mandadas as ruinas de seu
castelo, para entender o que havia acontecido e quando chegam notam dentro da
ruina o rei ainda vivo que lá chorava pedindo um abraço, que ele lhe faltou com sua
família. Os que foram mandados lá, foram com um objetivo, acabar com qualquer
monstro maldito, mas após ver o rei, pensava-se que um monstro ele parecia, pela
sua pele queimada, pelos perdidos no fogo e a voz falha porem grossa que se
assemelhava com a de um demônio. Então com rápidos movimentos, ataques foram
feitos para qual o rei não ligava, mas sim os abraçou enquanto perfuravam seu
corpo, sua força era tanta que quebrastes os ossos de todos ali, enquanto dizia:

- Não quero ficar sozinho neste reino triste, tornem-se meus súditos e
recompensarei com abraços todos os dias, podem levar-te meu ouro se quiserem,
apenas por favor, quero sentir novamente o calor que meu peito não sentira.
Assim morrem os que nos braços do rei estavam, sem escolha o rei se vê
abandonado novamente, chora pela solidão, logo quando pousa sobre a ruina o
pássaro de antes que dizia:

- Negou meu valor, então agora nada mais terá valor para você “meu rei”, a não
ser a solidão que você sentirá para sempre, onde estiver, mesmo você nunca
saindo daqui. Digo mais! Ninguém conseguirá quebrar sua solidão, a não ser que
om bom abraço o deixem ao chão. Como fizestes com eles, que agora se ergam
para acompanhado nesta solidão.
- Devo então abraçar quem eu puder, mas finalmente quebrar esta maldita
maldição que colocaste em min pássaro de ouro! Então saibas que-...
Interrompido pelo soar de mortos se erguendo, seus companheiros que ali
morreram, voltaram como mortos ambulantes, mas com o propósito de ajudar e
proteger o rei, assim fazendo com que o reinado do rei seja possível novamente e
que assim ele pode não se sentir sozinho, com cadáveres em putrefação durante
um tempo bom que passará, ate que outro aventureiro virá e o mesmo se repetirá.
“Sempre sobrará a solidão,
então isso não deveria fazer dele algo que pode confiar? Por não te deixar?”

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