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Termos

errôneos
A aula é sobre isso mesmo?
Sim & Não
Nossa sociedade
utiliza termos
para diferentes
sentidos
Diferem-se dos traços de personalidade

Traços são tendências, características, modos específicos,


que são estáveis e determinantes para a personalidade do
indivíduo. Traços se diferenciam de estados, que são
aspectos temporários e breves, eliciados por fatores
externos circunstanciais, como uma demissão, briga familiar
ou outro fator estressante momentâneo.
Gordon Allport propôs distinguir os traços de
personalidade em três grupos (Pervin & John,
2004):
Traços cardiais, que revelam disposições
penetrantes e marcantes para o conjunto da
personalidade de uma pessoa (p. ex., ser
marcadamente autoritário, sádico, tímido);
Traços centrais (como honestidade,
assertividade, generosidade), que são
importantes e cobrem amplas áreas da vida de
uma pessoa (não sua totalidade);
Traços secundários, que seriam disposições
menos significativas, consistentes e
conspícuas.
Mas por que isso acontece?
O Estigma
"O estigma associado à doença mental é
dos mais importantes e difíceis obstáculos
para a recuperação e reabilitação do
indivíduo; afeta negativamente o
tratamento; nega oportunidade de trabalho;
impede a autonomia e a realização de
objetivos de vida."
A palavra estigma vem do grego
stígma, que significa picada, marca
feita com ferro em brasa, sinal,
tatuagem.

A palavra estigma, na Grécia


Antiga, não era relacionada à
doença mental, mas essas
doenças já eram associadas ao
conceito de vergonha,
desvalorização e humilhação.
A sociedade utilizou diversas denominações para o
fenômeno em questão, conforme as necessidades e
os interesses dos membros das classes dominantes,
fazendo com que o termo "loucura" e "louco" fossem
adquirindo conotações divergentes com o passar
dos anos. Não bastasse haver mudança em seus
significados, também houve transformações nas
práticas de cuidado da saúde, para aqueles que
frequentavam o asilo, o hospital e, mais tarde,
hospício ou manicômio.
Exemplos?

Desde o Antigo Testamento: Na própria Grécia:

Levítico 13: 45 e 46 Na Grécia Antiga, estigma era uma


Quanto ao leproso que tiver a doença, as marca distintiva queimada ou
suas roupas devem ser rasgadas, o seu cortada na pele de escravos ou
cabelo deve ficar descuidado, e ele deve criminosos para que os outros
cobrir a boca e clamar: ‘Impuro, impuro!’. pudessem saber que eram
Ele estará impuro durante todo o tempo membros inferiores da sociedade.
em que tiver a doença. Por estar impuro, Por derivação, estigma é forma de
deve viver em isolamento. Morará fora construção social para indicar a
do acampamento. marca distintiva de desgraça social.
Exemplos?

No Brasil:
Na Idade Média:
A "loucura" assumiu o papel
Atitude inquisitorial relacionada às causador de malefícios à sociedade,
bruxas, além de representar forte por meio daqueles por ela
misoginia, representava atitude negativa acometidos. Fazendo com que os
e condenatória em relação à doença profissionais de saúde optassem
mental. Pode ter sido a origem da por acorrentá-los e segregá-los em
atitude estigmatizante em relação às celas fortes, sob o pretexto de que
doenças mentais desde o racionalismo o isolamento, por si só, tinha o
do século XVII. poder de cura.
O mais próximo de nós

Hospital Colônia de Barbacena-MG.


1959.
O movimento
Antimanicomial

Movimento dos Trabalhadores de Saúde


Mental (MTSM) culminou com um
processo bastante complexo
denominado Reforma Psiquiátrica(4) e
com a promulgação da Lei nº10.216, de 6
de abril de 2001, que redireciona o
modelo assistencial de saúde mental.
Mas por que a sociedade sempre
quer separar os "diferentes"?
Em perspectiva antropológica, cada
um organiza o mundo a partir da
relação individualidade-alteridade,
da consciência do ser único, de ter
uma identidade específica que
distingue um do outro.
Reforça a identidade frágil
a partir da desvalorização
Acrescendo-se a isso o fato de o ser
e exclusão do outro.
humano ser precário (mortal,
cosmicamente insignificante e
biologicamente frágil).
Já pensaram na existência da
humanidade?
De tudo isso, o que eu consegui
concluir?
A conclusão é que essas
associações se dão pela
falta de conhecimento
Pensando sobre isso, cheguei a
mais um questionamento:

Como é formada a personalidade?


DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos
Transtornos Mentais. 3. ed. [S. l.]: Artmed, 2019. 866 p. ISBN
978-85-8271-506-2. E-book (866 p.).

ROCHA, Fábio Lopes. Doença Mental e Estigma. Revista Médica


de Minas Gerais, [s. l.], v. 25.4, 2015. Referências
CÂNDIDO, Maria Rosilene. Conceitos e preconceitos sobre
transtornos mentais: um debate necessário. Revista Eletrônica
de Saúde Mental Álcool e Drogas, [s. l.], v. 8, n. 3, 2012.

CÂNDIDO, Maria Rosilene. O Movimento Antimanicomial no


Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, [s. l.], v. 12, n. 2, 2007.

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