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O estágio Curtis nas turbinas a vapor

Porque a maioria das turbinas a vapor tem esse tipo de roda no primeiro estágio?
Qual é o nome dela? Como ela funciona e quais as características desse tipo de
roda? 
Parsons, Curtis, Rateau e Zoelly tinham o mesmo objetivo, utilizar em turbinas a energia do vapor em alta
temperatura e pressão, procurando minimizar a desvantagem de uma velocidade de rotação muito alta. 
Os estágios de velocidade comuns e usados nas turbinas a vapor até hoje ainda são esses tipos de estágios
Curtis (Velocidade) ou o estágios Rateau (pressão).
O estágio Curtis combina os princípios das turbinas Parsons e De Laval, ou seja, uma velocidade inicial
comparativamente alta é dada ao vapor por meio da expansão em um expansor como nas turbinas De Laval e
como nas turbinas de Parsons essa velocidade é absorvida pela ação sucessiva de um conjunto de palhetas fixas
e móveis.
Com essa diferença, (que enquanto nas turbina Parsons existe uma diferença na pressão entre os dois lados de
cada roda para induzir o fluxo para uma expansão contínua do vapor), no estágio Curtis as rodas são usadas
simplesmente para absorver a velocidade ou momento já gerado pela expansão no expansor.
O estágio Curtis foi projetado para ser de máxima potência, extraindo uma grande quantidade de energia do
vapor.  
Em um estágio de velocidade (Curtis), é possível aproveitar um grande salto de entalpia, embora com algum
prejuízo de eficiência. O estágio Curtis tem duas aplicações características:
Turbinas de simples estágio com baixa potência, obtendo uma turbina mais compacta, de menor custo, porém
menos eficiente.
O estágio Curtis também é muito usado em primeiro estágio de máquinas de grande potência, que normalmente
recebem vapor de alta pressão e temperatura.
Então é vantajoso para o projeto de uma máquina termodinâmica como uma turbina a vapor que o vapor logo
no primeiro estágio sofra uma grande queda de entalpia. Isso tem a vantagem de permitir uma maior queda de
pressão em cada estágio e, consequentemente, menos estágios são necessários, resultando em uma turbina
menor, mais curta para uma determinada queda de pressão. 
Como funciona o estágio CURTIS?
Quando o vapor principal entra na turbina com alta temperatura e pressão, ele passa primeiro pelo expansor (na
placa expansora). A velocidade do vapor no bloco ou no expansor aumenta e diminui a pressão à medida que o
vapor passa por esses expansores.
Em uma turbina de ação, a única vez que ocorre uma queda de pressão é quando o vapor passa através do bico
expansor. Depois que o vapor passa pelos expansores, ele passa pela primeira fileira de palhetas móveis que
estão em movimento. Nessa primeira fileira o trabalho mecânico é extraído do vapor, causando a queda da
velocidade. 
Depois de passar por essa primeira fileira de roda, o vapor passa pelas palhetas fixas. O único objetivo das
palhetas fixas é redirecionar o vapor da primeira fileira de roda para a segunda fileira de palhetas.  
Nas turbinas de ação, as placas de palhetas fixas não afetam a pressão ou a velocidade do vapor que passa por
elas. Depois que sai das palhetas fixas, o vapor passa pela outra fileira de palhetas móveis.
Essa configuração: expansor seguido de um conjunto de palhetas móveis, palhetas fixas e palhetas móveis
novamente compõe um único estágio, o estágio Curtis.  
O emprego do estágio Curtis ocasiona grande perda de pressão e de temperatura do vapor permitindo o uso de
materiais mais leves e baratos nos estágios sequenciais de uma turbina, como os estágios Rateau, assim como
turbinas mais curtas ou menores.(assunto do próximo vídeo)
Por que o estágio Curtis é o primeiro estágio de turbinas de múltiplos estágios e
grande potências?
Como os estágios Curtis reduzem significativamente a pressão e a temperatura do vapor com uma grande
extração de trabalho por estágio. Uma configuração comum das turbinas a vapor é aplicar logo no lado de alta
pressão das turbinas ou seja, na admissão, um ou mais estágios Curtis, seguidos de estágios Rateau. 
Por hoje é isso, espero que tenha contribuído um pouco na explicação….

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