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Submarino esnorqueando

Atendendo a um pedido de um leitor deixado nos comentários, aí vai uma foto mostrando um
submarino holandês da classe Walrus, usando o snorkel (ou esnorquel) para recarregar suas
baterias. O snorkel é o quarto mastro que aparece da esquerda para a direita na foto. Segue a
definição de “esnorquel” (na letra E) encontrada no glossário do Poder Naval:

“Componente comum num submarino diesel-elétrico, tem como objetivo a entrada de ar sem
que haja a necessidade do submarino vir à superfície para renová-lo, além de recarregar as
baterias do sistema propulsor elétrico. Os equipamentos atuais possuem sensor do tipo MAGE
que permite alertar o submarino quando este estiver sendo detectado por radares.”

Observar a fumaça produzida pelos motores diesel.

Wolfpack 6
Só se pode utilizar o snorkel com mar calmo como o dá foto. Imagine o cara ter que fazer o
mesmo procedimento com mar agitado e com ondas grandes. O snorkel apresenta um
desenho que não permite a entrada de água pela entrada de ar, mas isso têm um limite que
inviabiliza sua operação. Esta dependência não se verifica com AIP e Geradores Nucleares.

Alexandre Galante 6
Pessoal, o esnorquel pode ser usado em qualquer tempo. Existe uma válvula nele que impede
a entrada de água quando o mesmo é coberto por alguma onda.
Nos primeiros equipamentos, quando a válvula de ar se fechava, os motores diesel aspiravam
o ar de dentro do submarino, causando descompressão e certo desconforto na tripulação.

Bosco
e o CO sai por onde?

Alexandre Galante
É liberado na água pela “vela” do submarino… vê as borbulhas e a fumaça na foto?

Bosco 6 de dezembro de 2008 at 17:51


Não tinha reparado nas borbulhas! Interessante!

Alexandre Galante
Bosco, a introdução do esnorquel no final da WWII pelos submarinos alemães reduziu
drasticamente o número de submarinos perdidos por ataque aéreo.
Nos teatros modernos, quando um submarino esnorqueia e percebe que está sendo detectado
por radar, é muito mais rápido para ele cortar os motores e mergulhar para escapar, do que se
estivesse completamente na superfície.

Castor 6
Medeiros, depende do nível de carga da bateria, da capacidade total de carga, da capacidade
de geração dos diesel geradores e da velocidade durante o snorkel. Varia de sub para sub.
Isso é normalmente avaliado através de uma medida chamada taxa de indiscrição que é o
tempo total que o sub passou snorkeando, dividido pelo tempo total de operação.

Bosco
é isso mesmo, diminuir a assinatura IR já que o bom comandante se programa para
esnorquear à noite. Mas a grande vantagem o Galante já falou, o tempo de imersão.

Paulo Costa 6 de dezembro de 2008 at 23:11


O rastro de escape na agua de ser visivel, devido as bolhas, ainda mais em agua salgada,
satelites devem pegar este rastro no mar, vi uma foto de um satelite no mar do sul,
monitorando ondas gigantes, que se formam, e o software do sistema indica as ondas que
poem em risco a navegação, e o satelite é civil, imaginem um militar. Este escape na agua
deve ser bem abafado, entre a vela e os motores, pois quem faz pesca submarina sabe o
barulhão que é o funcionamento de motores de popa, em que o escape é dentro dágua,o som
se propaga a 340m/s, na agua 1500m/s, sou mais um snorkel de dois mastros ,um para
admissão de ar, outro para exaustão de gases.

Paulo
Os motores diesel para os geradores eletricos para recarga das baterias, são montados em um
conves falso, para diminuir vibrações. Este sub deriva de tecnologia Americana, e Francesa.O
aço do casco altamente ductil, secreto, possibilita chapas maiores e com isto menos area de
solda, ficando mais resistente, e com isto aumentou em 50% a profundidade de mergulho.

[…] aos submarinos U212 e U214 permanecerem submersos por várias semanas, sem a
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O primeiro com snorkel na US Navy


[…] da classe “Tench”, foi o primeiro submarino americano equipado operacionalmente com
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