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RITUAL DE IMERSÃO NA EGRÉGORA EGÍPCIA,

RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA EGÍPCIO, KABALA,


ALTA MAGIA.

Na árvore da vida dos cabalista, obviamente judeus, há


indícios de que sua origem seja egípcia. Os judeus afirmam
em suas sagradas escrituras que foram escravos do povo
egípcio. Mas arqueologicamente, a primeira menção
histórica da presença do povo judeu ocorre quando eles
foram cativos na babilônia +/- 500 anos antes da era
comum.

O cativeiro no Egito teoricamente ocorreu bem antes dessa


data. Há muita informação arqueológica da civilização
egípcia, mas não há uma só menção nesses registros da
presença do povo judeu, ou melhor da existência do povo
judeu, como cativo dos egípcios. Mesmo assim, a
civilização egípcia grandiosa que foi, teve grande influência
no mundo.

O próprio redigir da bíblia hebraica, só ocorre no cativeiro


da babilônia, antes o conhecimento hebraico era
estritamente oral. Obviamente, esse redigir sofreu
influência dos povos ao entorno e do povo em que os
judeus jaziam cativos. Por exemplo, a tábua da Lei de
Moisés, poderia ter sido grandemente influenciada pelas 42
confissões negativas de Maa’t, Deusa egípcia. Essas
confissões são um código de Lei. Ademais, Moisés recebeu
as tábuas no monte Sinai. Sendo que na babilônia havia
um Deus chamado Sin e que era um Deus legislador. Isso
é só uma amostra da influência de povos e culturas no
redigir dos textos sagrados hebraicos. Por exemplo, os
seres alados (anjos) combinam bem com as divindades
babilônicas aladas que inundavam o imaginário judaico.

Vou fazer uma breve e simplória explanação da árvore da


vida e sua relação planetária. Eu entendo a arvore da vida
e sua relação planetária como o esquema que se segue:

Figura 1:

Nota: Eu considero, como exposto, a árvore da vida desse


modo, com Netuno na primeira Sephira e Plutão na Sephira
oculta Daat. A Ordem A.:A.: considera Plutão como
primeira Sephira e Netuno como a Sephira oculta Daat.
O primeiro princípio de manifestação divina do universo
ocorre na primeira Sephira Kether e de lá em uma força
descendente feito serpente, vai se tornando cada vez mais
densa até atingir Malkut, nosso plano material. Na primeira
Sephira há energia sem forma, o mundo da forma não
existe. A essa Sephira é atribuída a Deusa Egípcia Nut, o
céu estrelado. Essa Sephira sem forma, sem polos, sem
dualidade, se divide em um princípio masculino e um
princípio feminino.

Na manifestação masculina, ocorre a existência de


Chokmah, cuja uma das qualidade é sabedoria. Sendo
associada a Thoth, Deus da Sabedoria.

Esse princípio masculino fecunda o princípio feminino


Binah. Binah é conhecida como A Deusa, ou o princípio
feminino universal e original. Essa esfera, Sephira, que se
relaciona com A Deusa, é associada com a Deusa egípcia,
Isis.

Desse triângulo superior da árvore da vida, a energia


continua descendente atravessa o abismo de Daat e
alcança Chesed.

Figura 2, planos de densidade do divino de sutil a cada


vez mais denso:
Chesed é o princípio organizador, o princípio da majestade
que governa e ordena. Sua associação egípcia se dá com
Maa’t a Deusa que mantem a Ordem do universo, assim
como um governante mantém a ordem de seu reino.

Note que Chokmah se associa com o planeta Urano, Binah


com Saturno e Chesed com Júpiter. Na mitologia grega,
Urano é destronado por Kronos que por sua vez é
destronado por Zeus. Os nomes dos Deuses romanos são
os mesmos dos planetas.

Figura 3, o caminho do divino é o caminho da


Serpente:
Só a serpente poderia invadir o Éden. Foi a Serpente que
nos tirou a venda dos olhos, fazendo nos provar do fruto do
conhecimento. Daat a esfera do abismo é conhecida como
conhecimento. Antes que pudéssemos provar do fruto da
vida, fomos expulsos do Édem. Assim, a árvore da vida é
um ideograma, um mapa, um caminho que nos leva de
volta ao Éden para entrar em comunhão com Deus acima
do abismo.

A energia continua e alcança Geburah. Geburah é


associada com o planeta Marte, que é o Deus da Guerra na
mitologia romana e encontra em sua contraparte grega o
Deus Ares. Na mitologia egípcia, essa esfera é ocupada
por Hórus, o Deus que luta e defende o trono do Egito e
toda sua majestade. Vale ressaltar que essas associações
são flutuantes, na medida em que se observa a Sephira por
um outro ponto de vista. Hórus embora colocado nessa
Sephira, poderia muito bem ser associado com a Sephira
Tiphareth, o Sol. Mas para esse propósito a posição
marcial nos serve.

A energia de Geburah descende a Tiphareth, o Sol, o Deus


que podemos atingir. Falo bastante dessa esfera no artigo
que colocarei o link mais à frente. O Sol é tido como o filho
de Deus, associado a Mitra, Jesus...Enfim, há muito mais
associações que faço no artigo que colocarei o link mais
abaixo. Na bruxaria moderna, O Deus é associado ao Sol e
A Deusa associada à Lua. Mas como observado, o
princípio masculino universal e original é Chokmah e o
feminino Binah. Mas esses princípios estão separados de
nós por um abismo, Daat. Assim, é com o filho de Deus, o
Sol, e com a filha de Deus, a lua, que podemos alcançar
voos maiores. Sem histeria pagã, e olhando a figura de
cristo pelo olhar do gnosticismo e não do cristianismo,
podemos refletir sobre as palavras de Jesus: “Ninguém vai
ao Pai senão for por mim!” João 14:6. Isso é um axioma
que nos diz que para chagarmos ao Pai (Chokmah) temos
que exclusivamente passar pelo mistério do Sol, do filho de
Deus. Assim como para chegar à Deusa (Binah) temos que
passar pelo mistério da Lua, da filha de Deus, que em
minha bruxaria é a Deusa Arádia. O Sol entre outras
coisas, nos diz do Deus sacrificado e renascido. Vemos
portanto nessa simbologia o Deus Egípcio Osíris.

Aqui o link sobre o mistério do Sol:


http://bruxariasemdogmas.blogspot.com.br/2016/07/o-
misterio-do-sol-tiphareth-o-ritual.html

Continuando a queda da energia de cada vez menos sutil


em direção ao denso, encontramos a Sephira Netzach. É
associada a Vênus, Planeta e Deusa do amor, e se
relaciona como o mistério da fecundidade. Sua associação
egípcia se dá com a Deusa do amor Hathor.

Prosseguindo, chegamos a Hod, Mercúrio. Vemos no Deus


Mercúrio sua associação com o Deus psicopompo, o Deus
encarregado de dar um destino às almas dos mortos.
Assim, nessa esfera podemos associar com Anúbis
egípcio. Note que Mercúrio (romano), Hermes (grego) e
Thoth (egípcio) teriam também uma forte similaridade, mas
como associamos Thoth com Chokmah, usamos o
parâmetro do Deus psicopompo para colocar Anúbis nessa
esfera. Assim reforço minha teoria de que as associações
são intercambiáveis dependendo do crivo da análise.

De Hod chegamos em Yosod o plano da Lua, o plano do


astral inferior. Poderíamos associar com Pasht, mais
conhecida como a Deusa Bast. Embora várias associações
solares a essa Deusa felina, há também associação lunar.

Finalmente chegamos em Malkuth, a esfera da matéria


densa. Associado com o planeta Terra. Cuja divindade
egípcia encontra afinidade com o Deus Seb.

Figura 4, Kether - Nuit:

Figura 5, Chokmah - Thoth:


Figura 6, Binah - Isis:

Figura 7, Chesed - Maat:


Figura 8, Geburah - Hórus:

Figura 9, Tiphareth – Osíris:


Figura 10, Netzach - Hator:

Figura 11, Hod - Anúbis:


Figura 12, Yesod - Bast:

Figura 13, Malkuth - Seb:


O Ritual Menor do Pentagrama, nos faz ter a consciência
da Árvore da vida em nós, tanto pelo rito quanto pela cruz
cabalística. Lembrando o axioma hermético: Acima como
abaixo. O plano divino da árvore da vida (macrocosmo)
encontra ressonância em nosso próprio corpo
(microcosmo). Explico e dou o ritual no link abaixo. Mas
para essa prática e para a prática pagã substituiremos os
arcanjos por Deuses egípcios além das posturas divinas.

O Ritual Menor do Pentagrama trabalha com os arcanjos


Raphael, Gabriel, Miguel, Uriel. Aqui segue um rito pagão
derivado desse de arcanjos da mão direita judaica.

Segue o link do Ritual Menor do Pentagrama tradicional:


http://bruxariasemdogmas.blogspot.com.br/2015/08/ritual-
menor-do-pentagrama-rmp.html

O Ritual Menor do Pentagrama Egípcio, foi criado por


mim. Segue abaixo:

Figura 14, carta do mago do tarô:


Introdução:

Geralmente, o RMP é usado como uma forma de


banimento antes e após rituais. Também pode ser usado
para quando se está sobrecarregado, obsidiado, ou
qualquer forma em que você não está se sentindo bem. O
que muita gente não sabe, é que ele pode ser feito no
sentido invocatório só alterando o sentido do traçado do
pentagrama para invocatório. É um rito simples, que se for
feito com concentração, foco, fé, vontade...você perceberá
o imenso poder que ele acarreta.

Deve-se começa-lo sempre no leste, pois é em direção ao


leste que se localiza Kether, a primeira esfera e emanação
da árvore da vida.

Você deverá permanecer no centro do círculo mágico e ir


só virando para as direções.

Essa é a sua posição na árvore da vida durante o rito:


Figura 15:
O rito:

Diga essas palavras:

HEKAS, HEKAS, ESTI BEBELOI!

Segure seu athame, bastão, arma mágica, na mão direita.


Caso não tenha arma mágica, use seu dedo indicador
apontando para traçar os pentagramas no momento
oportuno.

Vire-se em direção ao leste como já explicado.

Faça os toques da cruz cabalista com a mão direita, e


deixe a arma mágica na frente no chão.

A- Cruz cabalística. Atho significa ‘tu és’, e Athe significa


‘eu sou’.
(1) Toque sua testa e diga Atho (tu és)
(2) Toque o centro do peito e diga Malkuth (o reino)
(3) Toque o ombro direito e diga ve-Geburah (o poder)
(4) Toque o ombro esquerdo e diga ve-Gedulah (a
glória)
(5) Junte as mãos em forma de palma, como em oração,
no centro do peito e diga le Olahm (sempre)
(6) Pegue a arma mágica com a mão direita, aponte
para cima, segure com as duas mãos e diga Amen (assim
está feito)

Amém é uma anagrama da sentença em hebraico Adonai


Melekh Neh-eh-mon, O Senhor Rei Fiel. Mais para frente
darei a origem egípcia que derivou o amem judaico.

B- (Se seu rito for de banimento use o pentagrama de


banimento, se de invocação use o invocatório.)

Figura 16:

1) Olhando para o leste, trace um pentagrama da terra,


apunhale o centro do pentagrama e vibre o nome YHVH
(Yod, Heh, Vau, Heh) pronuncia-se assim: Iod Rê Vô Rê.
Imaginando que sua voz é carregada do leste através do
universo.

2) Vire-se para o sul, trace o pentagrama da terra,


apunhale o centro e vibre Adonai.

3) Vire-se para o oeste, trace o pentagrama da terra,


apunhale o centro e vibre Eheieh.

4) Vire-se para o norte, trace o pentagrama da terra,


apunhale o centro e vibre Agla.

5) Vire-se de novo para o leste, arma mágica na mão


direita, abra os braços em forma de cruz e diga:

Na minha frente Osíris


Atrás de mim Bast
Na minha direita Hator
Na minha esquerda Anúbis

Diga:

Na minha frente flameja o pentagrama


Atrás de mim brilha a estrela de seis raios

Faça novamente a cruz cabalística do início.

Após a cruz, faça a postura dos Deuses encarando o leste:

De pé com os pés juntos e com os braços cruzados como


na figura, diga: A postura de Osíris:

Figura 17:
Agachado apoiado com os braços no chão como na figura,
diga: A postura de Bast:

Figura 18, 19:


Com os joelhos e as mãos ao chão, como um quadrúpede,
diga: A postura de Hator:

Figura 20:

Com o joelho direito dobrado sem tocar o chão e o


esquerdo tocando, e braços posicionados como na figura,
diga: A postura de Anúbis:
Figura 21:

Aqui encerra o Ritual Menor do Pentagrama Egípcio. o que


se segue é o ritual de imersão na egrégora egípcia.

Comentário: Na mesma categoria que Ptah, como uma


correspondência da mesma série de idéias filosóficas
ligadas à Coroa, existe o deus Amon ou Amen. Ele era o
poder criativo invisível que era a fonte de toda a vida no
céu, na terra e no mundo inferior, finalmente fazendo a si
mesmo manifesto em Ra, o deus-Sol. O próprio nome
indica aquele que é oculto ou dissimulado, e nos tempos de
Ptolomeu essa expressão associou-se a uma palavra que
significa subsistir e também ser permanente. Num dos
documentos sacerdotais o deus é saudado em tais termos
de modo a nos fornecer uma descrição narrativa de sua
real natureza. “A alma santa que veio a ser no princípio... a
primeira substância divina que deu origem às duas outras
substâncias divinas; o ser através do qual todo outro deus
existe.”

Há, além disso, uma considerável quantidade de


evidências que nos levam a crer que Osíris poderia ser
atribuído a essa mesma categoria. O prospecto do Museu
Britânico do Livro dos mortos afirma que uma princesa
egípcia podia saudar Amen-Ra e Osíris não como dois
deuses distintos, mas como dois aspectos do mesmo deus.
Ela acreditava que o poder criador “oculto” de que era
investido Amen era apenas uma outra forma do mesmo
poder tipificado por Osíris. Com toda certeza, entretanto,
Osíris tem que ser saudado como a encarnação humana
do poder criador, a assunção em humanidade do deus
mais supremo, um avatar, se assim se preferir, do Espírito
supremo. Todas as razões levam a crer que seja este o
ponto de vista acertado a respeito de Osíris, pois ele
também permaneceu para a renovação do nascimento e
uma ressurreição espiritual, tipificando o Adepto iluminado,
purificado pela provação e pelo sofrimento; alguém que
morreu e, depois de descer ao mundo inferior,
miraculosamente ressuscitou glorificado para reinar
eternamente nos céus. Na medida em que este é o caso,
ele será considerado como um tipo pertencente a
Tiphareth. Há, contudo, um aspecto dele, Asar-Un-Nefer,
Osíris feito beneficente ou perfeito em cuja forma deífica
ele é uma representação mais adequada daquela fase de
Kether que é o aspecto mais real e mais profundo da
individualidade.

2- Diga essa conjuração encarando o leste:

“Surge, cão do mal, para que eu possa instruir-te em tuas


presentes obrigações. Estás aprisionado. Confessa que
assim é. É Hórus que produziu este mandamento. Que teu
rosto seja terrível como o céu partido pela tempestade. Que
tuas mandíbulas se cerrem impiedosamente. Faz teus
pelos eriçarem como varetas de fogo. Sê tu grande como
Hórus e terrível como Set; igualmente para o sul, para o
norte, para o oeste e para o leste. Nada te obstará
enquanto colocares tua face em minha defesa, enquanto tu
colocares tua face a serviço da proteção de minhas
sendas, opondo-te ao inimigo. Eu te concedo o poder do
banimento, de se tornar completamente silente e invisível,
pois tu és meu guardião, corajoso e terrível.”
3- Diga essa conjuração:

“Tu te assemelhas a Ra em tudo o que fazes. Portanto os


desejos de teu coração são sempre satisfeitos. Se
desejares uma coisa durante a noite, na aurora ela já
estará disponível. Se disseres ‘Subam às montanhas’ as
águas celestiais fluirão pela tua palavra. Pois tu és Ra
encarnado, e Kephra criado na carne. Tu és a imagem viva
de teu pai Temu, Senhor da cidade do sol. O deus que
comanda está em tua boca e um deus senta-se sobre teus
lábios. Tuas palavras são cumpridas todas os dias e o
desejo de teu coração realiza a si mesmo como o de Ptah
quando ele cria suas obras”.

“Homenagem a ti, ó Ra, no teu formoso nascer. Tu nasces,


tu brilhas na aurora. A companhia dos imortais te louva ao
nascer e ao pôr-do-sol, quando à medida que teu barco
matutino se encontra com teu barco do anoitecer sob
ventos propícios, tu velejas sobre as alturas do céu com um
coração jubiloso. Ó tu uno, ó tu perfeito, ó tu que és eterno,
que jamais és fraco, que nenhum poder é capaz de
rebaixar, ó tu esplendor do sol do meio-dia, sobre as coisas
que pertencem à tua esfera nenhum possui em absoluto
qualquer domínio. E assim a ti presto homenagem. Todos
salvem Hórus! Todos salvem Tum! Todos salvem Kephra!
Tu grande falcão, que por teu rosto formoso produzes o
regozijo para todos os homens, tu renovas tua juventude e
com efeito pões a ti mesmo no lugar de ontem. Ó, jovem
divino, autocriado, auto-ungido, tu és o Senhor do Céu e da
terra, e criaste seres celestiais e seres terrestres. Ó tu,
herdeiro da eternidade, regente perpétuo, auto-sustentado,
quando tu nasces teus raios benevolentes estão sobre
todos os rostos e moram em todos os corações. Vive tu em
mim, e eu em ti, ó tu, falcão dourado do sol!”

4- Diga essa conjuração:


“Pois sei que meu redentor vive e que ele se postará no
derradeiro dia sobre a Terra. Eu sou o caminho, a verdade
e a vida; ninguém virá ao Pai a não ser por mim. Eu sou o
purificado; eu atravessei os Portais das Trevas para a Luz;
lutei sobre a Terra pelo bem; findei minha obra; eu adentrei
o invisível. Eu sou o Sol no seu nascer. Eu passei através
da hora nublada e noturna. Eu sou Amon, o Oculto, aquele
que abre o dia. Eu sou Osíris Onnophris, o Justificado. Eu
sou o Senhor da Vida que triunfa sobre a Morte; não há
nenhuma parte de mim que não pertença aos deuses. Eu
sou o preparador da senda e aquele que resgata para o
interior da Luz. Que aquela Luz surja das Trevas! Antes eu
era cego, mas agora vejo. Eu sou o reconciliador com o
inefável. Eu sou o habitante do invisível. Que o brilho alvo
do Espírito divino desça!

5- Imagine o guardião da torre de observação no leste de


dizendo essas palavras: Diga as palavras como se o
guardião a proferisse:

“Tu não podes passar por mim a menos que possas dizer
meu nome.”

Ao que você responde:

“Escuridão é o Teu Nome! Tu és o Grandioso da Caminho


das Sombras.”

Encene o guardião te respondendo do mesmo modo que


fez anteriormente:

“Filho da Terra, medo é fracasso. Sê tu, portanto,


destemido, pois no coração do covarde a virtude não
habita! Tu me conheceste, assim segue em frente!"

Faça o sinal do entrante cada vez que passar pelos pontos


cardeais.
Figura 22, Sinal do Entrante:

Faça o mesmo no sul, oeste e norte, você está andando no


sentido horário.

6- Diga essas palavras:

“Eu sou Thoth, o escriba perfeito cujas mãos são puras. Eu


sou o Senhor da pureza, o destruidor do mal, o escriba do
correto e da verdade, e o que abomino é o erro.”

“Contempla-me pois eu sou o junco de escrita do deus


Neb-er-tcher, o senhor das leis, que concede a palavra da
sabedoria e do entendimento, e cujo discurso exerce
domínio sobre a terra dupla. Eu sou Thoth, o senhor do
correto e da verdade, que faz o fraco conquistar a vitória e
que vinga os infelizes e os oprimidos naquele que lhes
causou dano.

“Eu dispersei as trevas!”


“Eu afastei a tempestade, e trouxe o vento a Un-Nefer, a
brisa formosa do vento do norte, mesmo brotando do útero
de sua mãe.”

“Eu o fiz ingressar a morada oculta e ele vivificará a alma


do Coração Tranquilo, Un-Nefer, o filho de Nuit, Hórus
triunfante!”

Assuma a postura de Thoth:

Figura 23:

7- Diga essas palavras:

“Salve, senhor Osíris. Salve, senhor Osíris. Salve, senhor


Osíris.”

“Salve, salve, formoso moço, vem ao teu templo


prontamente pois nós não vemos a ti. Salve, formoso
moço, vem ao teu templo e te aproxima após tua partida de
nós.”
“Salve, tu que comandas ao longo da hora, que cresces
exceto em sua estação. Tu és a imagem exaltada de teu
pai Tenen, tu és a essência oculta que provém de Atmu. Ó
tu, Senhor, ó tu Senhor, quão maior és tu que teu pai, ó tu
filho primogênito do útero de tua mãe. Retorna a nós
novamente com aquilo que a ti pertence e nós te
abraçaremos; não nos deixa, ó rosto belo e grandemente
amado, tu imagem de Tenen, tu, o viril, tu senhor do amor.
Vem em paz e permita-nos ver, ó nosso Senhor.”

“Salve, Príncipe, que provém do útero da matéria primeva.


Salve, Senhor de multidões de aspectos e formas criadas,
círculo de ouro nos templos; senhor do tempo e doador de
anos. Salve, senhor da vida por toda a eternidade; senhor
de milhões e miríades, que brilha tanto no nascer quanto
no pôr do sol. Salve, tu senhor do terror, tu, o poderoso do
tremor.”

“Salve, senhor das multidões de aspectos, tanto macho


quanto fêmea; tu és coroado com a Coroa Branca, tu
Senhor da Coroa Urerer. Tu Bebê santo de Her-hekennu,
tu filho de Ra, que senta no Barco de Milhões de anos, tu
Guia do Repouso! Vem para os teus sítios ocultos.”

“Salve, tu senhor que és autoproduzido. Salve, tu cujo


coração é tranquilo, vem a tua cidade. Tu, amado dos
deuses e deusas que mergulhaste a ti mesmo em Nu, vem
ao teu templo; tu estás no Tuat, vem para tuas oferendas.”

“Salve, tu flor santa da Grande Casa. Salve, tu que trazes o


cordame santo do barco de Sekti; tu Senhor do Barco de
Hennu que renovas tua juventude no sítio secreto, tu Alma
perfeita... Salve, tu oculto, que és conhecido da
humanidade.”

“Salve! Salve! Tu efetivamente brilhas sobre aquele que


está no Tuat e efetivamente mostras a ele o Disco, tu
Senhor da Coroa Ateph. Salve, ó poderoso do terror, tu que
nasces em Tebas, que floresces para sempre. Salve, tu
alma viva de Osíris coroado com a lua.”

Assuma a postura de Osíris:

Figura 24:

8- Diga essas palavras:

“Ó Amon oculto no centro de seu olho, espírito que brilha


no olho sagrado, adoração para os Transformadores
Santos, para aqueles que não são conhecidos! Brilhantes
são suas formas veladas num fulgor de Luz.”

“Mistério dos Mistérios, Mistério Ocultado, Salve Tu no


meio dos céus. Tu, que és Verdade, geraste os deuses. Os
signos da Verdade estão em teu misterioso santuário. Por ti
se faz tua mãe Meron brilhar. Tu tornas manifestos raios
que iluminam. Tu circundas a Terra com tua luz até
retornares à montanha que está no País de Aker. Tu és
adorado nas águas. A terra fértil te adora. Quando teu
cortejo passa pela montanha oculta o animal selvagem se
ergue em sua toca, os espíritos do Oriente te louvam,
temem a luz de teu disco. Os espíritos do Khenac te
aclamam quando tua Luz brilha em seus rostos. Tu
atravessas um outro céu que não é possível ao teu inimigo
atravessar. O fogo de teu calor ataca o monstro Ha-her. O
peixe Teshtu guarda as águas ao redor de tua barca. Tu
comandas a morada do monstro Oun-ti, que Nub-ti golpeia
com sua espada.”

“Este é o deus que se apoderou do céu e da terra em sua


tempestade. Sua virtude é poderosa para destruir seu
inimigo. Sua lança é o instrumento de morte para o monstro
Oubn-ro. Agarrando-o subitamente ele o subjuga; ele se faz
mestre dele e o força a reingressar em sua morada; então
ele devora seus olhos e nisto está seu triunfo; o monstro é
então devorado por uma chama ardente; da cabeça aos
pés todos os seus membros queimam em seu calor. Tu
trazes teus servos ao porto com um vento favorável. Sob ti,
os ventos encontram paz. Tua barca regozija, tuas sendas
são ampliadas porque tu venceste os caminhos do autor do
mal.”

“Velejai, estrelas errantes! Velejai, astros resplandecentes;


vós que viajais com os ventos! Pois tu estás repousando no
seio do céu, tua mão te abraça; quando tu chegas ao
horizonte ocidental a terra abre os braços para receber-te.
Tu que és venerado por todas as coisas existentes!”

Forme um triângulo com os dedos indicadores e polegares


das duas mão sobre o olho direito, formando um triângulo.

Figura 25 e 26:
9- Diga essas palavras:

“Tu eu invoco, o Não-nascido.”


“Tu que criaste a Terra e os Céus.”
“Tu que criaste a Noite e o Dia.”
“Tu que criaste as trevas e a Luz.”
“Tu és Osorronophris, que nenhum homem viu em tempo
algum.”

“Tu és Iabas. Tu és Iapos. Tu distinguiste entre o justo e o


injusto. Tu produziste a fêmea e o macho.”

“Tu produziste a Semente e o Fruto. Tu formaste homens


para se amarem entre si e se odiarem entre si.”

“Eu sou Mosheh teu Profeta ao Qual tu confiaste teus


Mistérios, as cerimônias de Israel.”

“Tu produziste o úmido e o seco, e aquilo que nutre todas


as coisas criadas.”

“Que tu me ouça, pois eu sou o Anjo de Paphro


Osorronophris; este é Teu Verdadeiro Nome, entregue aos
Profetas de Israel.”

“Ouve-me: Ar: Thiao: Rheibet: Atheleberseth: A; Blatha:


Abeu: Ebeue: Phi: Thitasoe: Ib: Thiao.”

“Ouve-me e faz todos os Espíritos se sujeitarem a mim, de


maneira que todo espírito do Firmamento e do Éter, sobre a
Terra e sob a Terra, sobre a terra seca e na Água, do Ar
que rodopia e do Fogo impetuoso e cada Encantamento e
Flagelo de Deus possam prestar obediência a mim.”

“Eu te invoco, o Deus Terrível e Invisível, que habitas o


Sítio Vazio do Espírito: Arogogorobrao: Sothou: Modorio:
Phalarthao: Doo: Apé: O Não-nascido.”

“Ouve-me e faz todos os Espíritos se sujeitarem a mim, de


maneira que todo espírito do Firmamento e do Éter, sobre a
Terra e sob a Terra, sobre terra seca e na Água, do Ar que
rodopia, e do Fogo impetuoso e todo Encantamento e
Flagelo de Deus possam prestar obediência a mim.”
“Ouve-me: Roubriao: Mariodam: Balbnabaoth: Assalonai:
Aphnaio: I; Thoteth: Abrasar: Aeoou: Ischure, Poderoso e
Não-nascido.”

“Ouve-me e faz todos os Espíritos se sujeitarem a mim, de


maneira que todo espírito do Firmamento e do Éter, sobre a
Terra e sob a Terra, sobre terra seca e na Água, do Ar que
rodopia e do Fogo impetuoso e todo Encantamento e
Flagelo de Deus possam prestar obediência a mim.”

“Eu te invoco: Ma: Barraio: Ioel: Kotha: Athorebalo:


Abraoth!”

“Ouve-me e faz todos os Espíritos se sujeitarem a mim, de


maneira que todo espírito do Firmamento e do Éter, sobre a
Terra e sob a Terra, sobre terra seca e na Água, do Ar que
rodopia e do Fogo impetuoso e todo Encantamento e
Flagelo de Deus possam prestar obediência a mim.”

“Ouve-me! Aoth: Abaoth: Basum: Isak: Sabaoth: Isa!”

“Este é o Senhor dos Deuses! Este é o Senhor do


Universo! Este é Aquele que os Ventos temem!”

“Este é Aquele Que tendo feito a Voz por seu Mandamento


é Senhor de todas as Coisas, Rei, Governante e
Auxiliador.”

“Ouve-me e faz todos os Espíritos se sujeitarem a mim, de


maneira que todo espírito do Firmamento e do Éter, sobre a
Terra e sob a Terra, sobre terra seca e na Água, do Ar que
rodopia e do Fogo impetuoso e todo Encantamento e
Flagelo de Deus possam prestar obediência a mim.”

“Ouve-me: Ieou: Pur; Iou: Pur: Iaot: Iaeo: Ioou: Abrasar:


Sabrium: Do: Uu: Adonaie: Ede: Edu: Angelos ton Theon:
Anlala Lai: Gaia: Ape: Diarthana Thorun.”
“Eu sou Ele! O Espírito Não-nascido! tendo visão nos Pés!
Forte e o Fogo Imortal!”

“Eu sou Ele! A Verdade!”

“Eu sou Ele! Quem odeia que o mal seja lavrado no


Mundo!”

“Eu sou Aquele que ilumina e troveja. Eu sou Aquele do


Qual procede a Abundância da Vida da Terra: Eu sou
Aquele cuja boca sempre flameja: Eu sou Ele: O Gerador e
o Manifestador diante da Luz.”

“Eu sou Ele: A Graça do Mundo!”

“O Coração com uma Serpente como Cinta é o meu


Nome!”

“Vem e segue-me, e faz todos os Espíritos se sujeitarem a


mim, de maneira que todo espírito do Firmamento e do
Éter, sobre a Terra e sob a Terra, sobre terra seca e na
Água, do Ar que rodopia e do Fogo impetuoso e todo
Encantamento e Flagelo de Deus possam prestar
obediência a mim.”

“IAO: SABAO”

Faça o sinal de Amon-Rá!

Figura 26:
10- Diga essas palavras:

“Ó Tu, Majestade da Divindade, Tahuti Coroado de


Sabedoria, Senhor dos Portais do Universo, a Ti, a Ti eu
invoco!”

“Ó Tu cuja cabeça é como uma Íbis, a Ti, a Ti eu invoco!”

“Tu que seguras em Tua mão direita o bastão mágico do


Poder Duplo e que portas em tua mão esquerda a Rosa e a
Cruz da Luz e da Vida, a Ti, a Ti eu invoco!”

“Tu cuja cabeça é como Esmeralda, e cuja nêmis como o


azul do céu noturno, a Ti, a Ti eu invoco!”

“Tu cuja pele é de laranja flamejante como se ardesse


numa fornalha: a Ti, a Ti eu invoco!”

“Vê, eu sou ontem, Hoje e o irmão do Amanhã! Eu nasço


de novo e de novo. A mim pertence a força invisível da qual
os deuses se originam, a qual dá vida aos habitantes das
torres de vigia do Universo.”
“Eu sou o auriga no Oriente, Senhor do Passado e do
Futuro, o qual vê por sua própria luz interior. Eu sou o
Senhor da Ressurreição, que assoma do crepúsculo e cujo
nascimento procede da Casa da Morte. Ó vós dois falcões
divinos que sobre vossos pináculos mantêm a vigilância do
Universo! Vós que acompanhais o esquife a sua Casa de
Repouso, que pilotam o Barco de Ra sempre avançando às
alturas do céu! Senhor do Santuário que fica no centro da
Terra!”

“Vê! Ele está em mim e Eu Nele! Meu é o brilho com o qual


Ptah flutua sobre seu firmamento! Eu viajo pelas alturas! Eu
piso o firmamento de Nu! Eu ergo uma flama cintilante com
o relâmpago de meu olho, sempre investindo para a frente
no esplendor do diariamente glorificado Ra, outorgando
minha vida aos habitantes da Terra. Se eu digo Subi às
montanhas as águas celestiais fluirão ante minha palavra,
pois eu sou Ra encarnado; Kephra criado na carne! Eu sou
o eidolon do meu Pai Tmu, Senhor da Cidade do Sol.”

“O deus que comanda está em minha boca. O Deus da


Sabedoria está em meu coração. Minha língua é o
santuário da Verdade; e um deus senta sobre meus lábios.
Minha palavra é comprida todos os dias e o desejo de meu
coração realiza a si mesmo como aquele de Ptah quando
ele cria suas obras. Visto que eu sou Eterno tudo atua de
acordo com meus desígnios, e tudo acata minhas
palavras.”

“Portanto que Tu venhas a Mim de Tua Morada no Silêncio,


Sabedoria Impronunciável, Toda-Luz, Toda-Poder.”

“Thoth, Hermes, Mercúrio, Odin. Por qualquer nome que


chame a Ti, Tu és ainda i-Nomeado e Sem Nome para a
Eternidade. Que tu venhas, eu digo, e ajuda-me e guarda-
me nesta obra da Arte.”
“Tu estrela do Oriente que realmente conduziste os Magos.
Tu estás identicamente toda presente no Céu e no Inferno.
Tu que vibras entre a Luz e as Trevas, ascendendo,
descendo, mudando para sempre, e no entanto sempre a
mesma. O Sol é Teu Pai! Tua Mãe, a Lua! O Vento Te
gerou em seu seio: E a terra sempre nutriu a Divindade
Imutável de Tua Juventude.”

“Vem, eu digo, vem e faz todos os espíritos se sujeitarem a


mim, de maneira que todo espírito do Firmamento e do
Éter, sobre a Terra e sob a Terra, sobre terra seca e na
Água, do Ar que rodopia e do Fogo impetuoso e todo
encantamento e flagelo de Deus possam prestar
obediência a mim!”

Assuma a postura de Thoth:

Figura 27:

11- Medite com as forças conjuradas.

12- Faça o Ritual Menor do Pentagrama Egípcio


novamente.
13- O rito está completo.

Referências:

1- The Candle of Vision, A. E.


2- Mysteries of Magic, Éliphas Lévi
3- The Secret Doctrine, H. P. Blavatsky
4- The Holy Kaballah, Arthur Edward Waite
5- Raja Yoga, Swami Vivekananda
6- Introduction to the Study of the Kaballah, W. W. Westcott
7- The Chaldaean Oracles, W. W. Westcott
8- Equinox, Aleister Crowley
9- Magick, Master Therion
10- The Egyptian Book of the Dead
11- The Sacred Magic, S. L. MacGregor Mathers
12- The Key of Solomon the King
13- The Ocean of Theosophy, Wm. Q. Judge
14- The Mysteries, Jâmblico
15- The Gods of the Egyptians, E. A. W. Budge
16- Mystical Hymns of Orpheus
17- The Tree of Life, Israel Regardie
18- Mystical Qabalah, Dion Fortune
19- The Complete Golden Dawn System Of Magic, Israel
Regardie
Vídeo da Bruxaria Sem Dogmas sobre Cabala e Cabala
Egípcia:

https://youtu.be/VSogcMFOjis

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